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INTRODUÇÃO À ENGENHARIA PORTUÁRIA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO ESCOLA POLITÉCNICA DE ENGENHARIA Prof.ª Ana Regina Uchôa, D.Sc. CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: PORTOS 1 PORTO DO RECIFE DÉCADA DE 1900 EVOLUÇÃO DOS PORTOS NO BRASIL PORTO DO RIO DE JANEIRO PORTO DO RECIFE COMÉRCIO INTERNACIONAL PRATICADO PELO BRASIL MOTIVAÇÃO Hidráulica marítima Obras portuárias Operações portuárias ENGENHARIA PORTUÁRIA é um dos campos da engenharia civil que abarca a Infraestrutura de transportes, que por sua vez, dentre outras áreas de atuação, compreende portos e vias navegáveis, além de seus projetos e construções. ENGENHARIA PORTUÁRIA PORTOS 1 – POLI/UPE ENGENHARIA POROTUÁRIA - ramo da engenharia civil concebido para o desenvolvimento e construção na costa ou próximo a ela. ZONA COSTEIRA - interface entre o continente e o oceano, sujeita a ação de complexos fenômenos naturais ondas, ventos, marés, correntes, transporte de sedimentos. OBRAS PORTUÁRIAS - a intervenção do homem nesse ambiente deve ser feita com muita cautela e sempre com base em conhecimentos sólidos desses fenômenos. ÁREA DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL: Estudos de processos costeiros. Obras de proteção costeira. Obras e operações portuárias. Estruturas portuárias e costeiras. Hidráulica marítima. PORTOS 1 – POLI/UPE Setores: - hidráulica marítima - obras portuárias - operações portuárias. Especialidade de aspecto mais abrangente da engenharia civil – conhecimento requerido de várias áreas na concepção, no planejamento e na execução do projeto de obras portuárias. Problemas específicos: implantação e interação do complexo portuário no esquema global de transporte e da economia da região; projetos de obras portuárias. Formação do engenheiro portuário: hidráulica marítima, obras e operações portuárias (logística, procedimentos, afretamentos, contratos...). ENGENHARIA PORTUÁRIA HIDRÁULICA MARÍTIMA OBRAS PRORTUÁRIAS OPERAÇÕES PORTUÁRIAS • Maré - Em águas rasas, o conhecimento preciso da profundidade do mar permite definir em que ocasiões e quais as áreas de portos ou canais onde um navio pode navegar com segurança. • Correntes –planejamento do curso em águas restritas, e seleção dos horários mais favoráveis às manobras, escolha do bordo de atracação e velocidades com que o navio deve evoluir. • Ondas - esforços causados pelas ondas sobre as estruturas; cálculo dos efeitos físicos (difração, reflexão, refração) para a concepção e projeto das obras de defesa (molhe, quebra-mar, espigão). ▪Concepção e projeto de portos, canal de acesso, molhe, píer, quebra-mar, espigão. ▪ Infraestrutura portuária. ▪Obras acostáveis e de abrigo portuário. ▪Problemas Ambientais. • Sistema portuário brasileiro. • Política portuária. • Lei Nº 12.815/2013. • Exploração Portuária. • Logística e transporte. • Processos envolvidos na gestão das operações de carga e descarga dos navios. ENGENHARIA PORTUÁRIA PORTOS 1 – POLI/UPE Hall's Harbour, 75’ de maré enchendo - fonte: Wikimedia.org Maré PORTOS 1 – POLI/UPE Influências da maré e do relevo submarino F Ondas PORTOS 1 – POLI/UPE Correntes PORTOS 1 – POLI/UPE PORTO ▪ O porto é uma área abrigada das ondas e das correntes marítimas, localizada, na maioria das vezes, à beira de um oceano, rio ou lago, destinada ao atracamento de navios ou barcos. O porto é um local para transbordo de mercadoria de vários tipos como: granéis sólidos, líquidos, carga geral e contêineres. Esse transbordo pode ser feito de um navio para outro; de um trem para um navio; de um caminhão para um navio; e vice-versa. É portanto uma estrutura intermodal (Rojas, 2014). ▪ Só terá a conceituação de porto o atracadouro que receber cargas de veículos marítimos, fluviais ou lacustres. PORTOS 1 – POLI/UPE Porto de Leixões - Portugal PROBLEMAS AMBIENTAIS RELEVANTES À GESTÃO COSTEIRA ❖ ACELERAÇÃO DA EROSÃO DA COSTA E A DETERIORAÇÃO DA COSTA. ❖ FALTA DE PLANEJAMENTO SUSTENTÁVEL . ❖ O EFEITO ESTUFA É UM PROBLEMA GLOBAL, QUE NO FUTURO AGRAVARÁ AS QUESTÕES RELATIVAS A EROSÃO COSTEIRA, PELA GRADUAL ELEVAÇÃO DO NÍVEL MÉDIO DO MAR. ❖ QUESTÕES AMBIENTAIS LIGADAS A GESTÃO ESTUARINA. ❖ QUESTÃO DA GESTÃO DA ÁGUA DE LASTRO DOS NAVIO PORTOS 1 – POLI/UPE ▪ Obras de regularização e estabilização dos rios. ▪ Mineração em áreas fontes de sedimento. ▪ Obras portuárias de melhoramento de embocaduras. ▪ Dragagens de manutenção de canais de acesso. ACELERAÇÃO DA EROSÃO DA COSTA PORTOS 1 – POLI/UPE Direção de propagação das ondas F ACELERAÇÃO DA EROSÃO DA COSTA DETERIORAÇÃO DA COSTA PORTOS 1 – POLI/UPE F F DETERIORAÇÃO DA COSTA Vale do rio Jaguaribe, Ceará, onde se vê piscinas de criação havia um enorme manguezal. Permitiu o avanço da urbanização muito próximo da linha da costa, gerando ou agravando processos erosivos. Implantação de edificações e avenidas beira-mar nas áreas de pós- praia. FALTA DE PLANEJAMENTO SUSTENTÁVEL PORTOS 1 – POLI/UPE F FALTA DE PLANEJAMENTO SUSTENTÁVEL Praia de PiedadePraia de Boa viagem Balneário de Camboriú - SC FALTA DE PLANEJAMENTO SUSTENTÁVEL CE-010 é coberta por areia de dunas em Fortaleza Impermeabilização ou remoção do campo de DUNAS, como no caso de Fortaleza Alteração do prisma da maré, reduzindo as correntes da maré e a capacidade de renovação das águas, ou a alteração da mistura das águas doces e salgadas. ❖ Construção da Barragem do Bacanga no Estuário de São Luiz -MA, na década de 60, que interceptou considerável volume do prisma da maré e promoveu o entulhamento dos canais navegáveis do antigo Porto de São Luiz e de sua embocadura GESTÃO ESTUARINA PORTOS 1 – POLI/UPE GESTÃO DA ÁGUA DE LASTRO DOS NAVIOS PORTOS 1 – POLI/UPE Navio MV Cougar Ace http://www.chesapeakequarterly.net/V08N2/main1/ Tem-se constituído, em nível global, um grande problema, em virtude de constituir-se o lastro transportador de espécies biologicamente exóticas e outros contaminantes. GESTÃO DA ÁGUA DE LASTRO DOS NAVIOS PORTOS 1 – POLI/UPE GESTÃO DE ÁGUA DE LASTRO DISPOSIÇÃO COSTEIRA DOS EFLUENTES POR EMISSÁRIOS SUBMARINOS PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS ▪ contaminação microbiológica ▪ acréscimo de matéria orgânica e nutrientes no meio marinho (podendo levar à eutrofização) ▪ aumento da turbidez, afetando a produção primária e os organismos filtradores ▪ contaminação química, gerando efeitos tóxicos sobre a biota AVALIAÇÃO DA DISPERSÃO DOS EFLUENTES EM SITUAÇÕES DE ACIDENTES POR DERRAMES DE PRODUTOS CONTAMINANTES Navio Stellar Banner encalhado no Oceano Atlântico, próximo ao Maranhão. Foto: Ibama (2020). Mancha de óleo ao redor do navio - 333 litros de óleo Fonte: Ibama, 2020 PORTO DE PARANAGUÁ – PR (2004) NOVA ZELÂNDIA (2011) RACHADURA NO CASCO –Vazamento de óleo atingiu 6 quilômetros de praias na Baía de Plenty, afetando pássaros e pinguins em uma região famosa por sua beleza natural. GOLFO DO MÉXICO ASPECTOS BÁSICOS DE PROJETO E CÁLCULO DE OBRAS PORTUÁRIAS ❖ A HIDRODINÂMICA E A HIDRÁULICA MARÍTIMA fornecem subsídios para a determinação da ação do mar, através das ondas, correntes e marés, nas estruturas de acostamento. Além disso, utiliza-se para projetar as obras de tranquilização da bacia portuária, em função do problema de reflexão, refração e difração das ondas. ASPECTOS BÁSICOS DE PROJETO E CÁLCULO DE OBRAS PORTUÁRIAS ❖ A CIÊNCIA GEOTÉCNICA E A MECÂNICA DOS SOLOS são utilizadas no estudo das fundações das obras portuárias, no estudo da estabilidade dos terraplenos do retroporto e dos pátios de estocagem, no estudo da estabilidade geral de estruturas maciças, tais como dolfins, obras celulares (cofferdams), cais de cortinas ▪ Estrutura temporária projetada e construída para suportar o solo e manter a água subterrânea ou a água acima do nível do solo afastada de uma escavação. Fonte: https://theconstructor.org/water-resources/types-of-cofferdams-construction-details/13807//OBRAS CELULARES Cofferdam https://theconstructor.org/water-resources/types-of-cofferdams-construction-details/13807/ ASPECTOS BÁSICOS DE PROJETO E CÁLCULO DE OBRAS PORTUÁRIAS ❖ DIMENSIONAMENTO DAS ESTRUTURAS que compõem as obras acostáveis requer não raro a solução de problemas complexos de natureza estática e dinâmica. Especial ênfase cabe ao papel da teoria estrutural dos estaqueamentos e dos pórticos espaciais, sob a ação das cargas dos equipamentos e das forças de impacto e de amarração dos navios. ASPECTOS BÁSICOS DE PROJETO E CÁLCULO DE OBRAS PORTUÁRIAS ❖ ENGENHARIA NAVAL - alguns conhecimentos básicos, de ordem qualitativa, são desejáveis e úteis no projeto das obras portuárias. Interessa-nos conhecer as características estruturais mais importantes dos navios e embarcações, suas dimensões e condições de flutuação e estabilidade, além dos movimentos causados pela ação do mar. ❖ PRINCÍPIOS DE NAVEGAÇÃO - em particular os problemas de manobra e aproximação dos navios às obras de acostamento, devem também ser observados na fixação dos parâmetros de projeto e no dimensionamento da bacia de evolução. ❖ CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS desempenham também um papel de primária importância na definição, na escolha do tipo de solução estrutural e na fixação das solicitações, a que estão sujeitas as obras acostáveis. QUESTÕES FUNDAMENTAIS DO PROJETO DAS OBRAS PORTUÁRIAS O projeto e a concepção de uma obra acostável deverão percorrer as seguintes etapas principais: ▪ DEFINIÇÃO DO TIPO DE OBRA, de acordo com a sua função e Das condições topográficas e batimétricas, hidráulicas e geotécnicas do local escolhido; ▪ FIXAÇÃO DOS PARÂMETROS DE PROJETOS E ESFORÇOS SOBRE A OBRA, em função do tipo de embarcações que dela se servirão, bem como dos equipamentos portuários; ▪ DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO DAS OBRAS ESTRUTURAIS E DE DEFESA eventualmente necessárias, além de outras obras complementares. BIBLIOGRAFIA & REFERÊNCIAS 1. OBRAS E GESTÃO DE PORTOS E COSTAS: A técnica aliada ao enfoque logístico e ambiental. Paolo Alfredini & Emilia Arasaki - Ed. Edgard Blücher, 2009. 2. LOGÍSTICA, TRANSPORTE E INFREAESTRUTURA. Armazenagem – Operador Logístico – via TI – Multimodal. – Marco Aurélio P. Dias. 3 reimpr. – São Paulo: Atlas, 2016. 3. INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA PORTUÁRIA E NOÇÕES DE COMÉRCIO EXTERIOR. Pablo Rojas. Porto Alegre:Bookman, 2014. 4. HIDRODINÂMICA E PROCESSOS DA ZONA COSTEIRA: Integrando dados in situ e de Sensoriamento Remoto. Ana Regina Lima Uchôa de Moura. – Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2010. 147 p,: il. - (Coleção teses e Dissertações). 5. OBRAS PORTUÁRIAS - Jayme Mason - Ed. Editora Campos 1981. 6. INTRODUCTION TO PHYSICAL OCEANOGRAFHY – Robert H. Stewart. Ed. Orange grove Texts. 2009. 7. ANTAQ – Agência Nacional de transportes Aquaviários. Disponível em http://portal.antaq.gov.br/. 8. BRASIL. Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011- 2014/2013/Lei/L12815.htm PORTOS 1 – POLI/UPE http://portal.antaq.gov.br/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12815.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12815.htm PORTO DE SUAPE Localização do Porto de Suape Porto interno e externo de Suape ▪ Porto Externo: composto pelo canal de acesso, áreas de fundeio de embarcações e áreas abrigadas entre o molhe e arrecifes; ▪ Porto Interno: delimitado pelas áreas dos terminais, canais de navegação internos e pela Zona Industrial Portuária (ZIP). OBRA DE ABRIGO PORTUÁRIO Molhe Quebra-mar Instalações gerais de acostagem do Porto de Suape Instalações de acostagem do porto externo Cais de Múltiplos Usos - CMU Instalações de acostagem do porto interno Cais 1 Cais 2 - Tecon Suape Cais 3 - Tecon Suape Instalações de Armazenagem do Porto Organizado de Suape Instalações de Armazenagem Características gerais das instalações de Armazenagem Fonte: PDZ PORTO DE SUAPE, 2020 Slide 1: INTRODUÇÃO À ENGENHARIA PORTUÁRIA Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6: MOTIVAÇÃO Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17: PROBLEMAS AMBIENTAIS RELEVANTES À GESTÃO COSTEIRA Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21: DETERIORAÇÃO DA COSTA Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32: GESTÃO DE ÁGUA DE LASTRO Slide 33: DISPOSIÇÃO COSTEIRA DOS EFLUENTES POR EMISSÁRIOS SUBMARINOS Slide 34: AVALIAÇÃO DA DISPERSÃO DOS EFLUENTES EM SITUAÇÕES DE ACIDENTES POR DERRAMES DE PRODUTOS CONTAMINANTES Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38: ASPECTOS BÁSICOS DE PROJETO E CÁLCULO DE obras portuárias Slide 39: ASPECTOS BÁSICOS DE PROJETO E CÁLCULO DE obras portuárias Slide 40: ASPECTOS BÁSICOS DE PROJETO E CÁLCULO DE obras portuárias Slide 41: ASPECTOS BÁSICOS DE PROJETO E CÁLCULO DE obras portuárias Slide 42: Questões fundamentais do projeto das obras portuárias Slide 43 Slide 44: PORTO DE SUAPE Slide 45: Localização do Porto de Suape Slide 46: Porto interno e externo de Suape Slide 47 Slide 48: Instalações gerais de acostagem do Porto de Suape Slide 49 Slide 50: Instalações de acostagem do porto externo Slide 51: Cais de Múltiplos Usos - CMU Slide 52: Instalações de acostagem do porto interno Slide 53 Slide 54: Cais 1 Slide 55: Cais 2 - Tecon Suape Slide 56: Cais 3 - Tecon Suape Slide 57 Slide 58: Instalações de Armazenagem do Porto Organizado de Suape Slide 59: Instalações de Armazenagem Slide 60 Slide 61: Características gerais das instalações de Armazenagem Slide 62 Slide 63
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