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1 Evicção p.209 O que é? É a perda do direito real sobre o bem decorrente de decisão judicial. Natureza jurídica: a evicção possui natureza jurídica de garantia nos contratos onerosos. Não há evicção se o bem foi adquirido sob risco. Regime Jurídico: - a garantia contra evicção é inerente aos contratos onerosos, somente admitindo-se a exoneração da responsabilidade mediante clausula expressa neste sentido. - é possível o reforço de garantia contra os riscos da evicção. - o evicto tem direito à restituição do preço pago, a eventual indenização sobre os frutos que tiver sido obrigado a restituir e, ainda, ao ressarcimento por benfeitorias necessárias e uteis. - o evicto não terá direito algum se tiver agido dolosamente ou, ainda, se foi privado do bem por força maior ou caso fortuito. - a evicção parcial possibilita a resolução do contrato ou, ainda, a restituição da parte do preço correspondente ao prejuízo sofrido pelo evicto. O evicto somente poderá ser ressarcido se denunciar o transmitente sobre a existência da lide. 2 Distrato P.211 O que é distrato? Uma forma de resilição. 2.1 Resilição O que é resilição? Forma de extinção do contrato por declaração de vontade. A resilição pode ser unilateral ou bilateral. Há resilição unilateral na denuncia, na despedida, na revogação. A denúncia possui efeitos ex nunc. Há resilição bilateral no distrato, que é o negocio que põe termo a outro anterior firmado pelas mesmas partes. O distrato possui eficácia ex tunc, a menos que as partes lhe confiram outro efeito. 3 Condição resolutiva P. 99 3.1 Condição É o acontecimento futuro e incerto estabelecido por meio de cláusula modificativa do ato ou do negocio jurídico. A incerteza pode existir em três situações: incertus an incertus, não se sabendo se haverá nem quando haverá; incertus an certus, sabendo-se que poderá ocorrer até determinado tempo, mas não se sabendo se ocorrerá; certus an incertus, concluindo-se que haverá o acontecimento, mas não se sabendo quando. Não se sujeitam à condição: emancipação, casamento, reconhecimento de filiação, adoção, aceitação de herança e renúncia de herança. É proibida a fixação de condição contraditória ou perplexa. A respeito dos efeitos da cláusula condicional sobre o ato ou o negócio, afirma-se que a condição pode ser suspensiva e resolutiva. 3.2 Condição/cláusula resolutiva Ou final é a modalidade que extingue os efeitos do ato ou do negócio realizado em virtude da ocorrência do evento futuro e incerto. A condição resolutiva pode ser expressa ou tácita, caso esse em que dependerá de interpelação judicial. Durante a condição resolutiva, os riscos da coisa são suportados pelo adquirente, garantindo-se a conservação do direito eventual em prol de quem é o titular por força dessa cláusula condicional. A condição resolutiva pode ser reconhecida pelo juízo mediante sentença declaratória, constatada a aplicação da cláusula resolutiva tácita. 4 Resolução por onerosidade excessiva p.203 4.1 Revisão judicial do contrato O que é revisão judicial do contrato? Entende-se por revisão judicial do contrato o poder concedido ao julgador para analisar o negócio jurídico à luz dos princípios aplicáveis, devendo, quando entender justo, fundamentar sua decisão em determinar a modificação da situação das partes no contrato. Para tanto, o juiz deverá verificar qual era a situação das partes à época da celebração do contrato, interpretando os dispositivos aplicáveis. Em seguida, deverá contrastar suas conclusões iniciais com a situação presente das partes e, se for o caso, proceder à revisão judicial a fim de assegurar o equilíbrio econômico e jurídico desejado pelos contratantes no momento em que o contrato foi firmado. O que significa pacta sunt servanda? Significa "os pactos devem ser obedecidos". Ora, é pertinente a revisão judicial por fatores que modificam o ajuste originariamente tratado pelas partes, valendo-se o julgador de mecanismos para que os equilíbrios econômico e jurídico inicialmente estabelecidos por eles sejam respeitados. Quais são as teorias mais importantes de revisão judicial do contrato? As teorias mais importantes de revisão judicial do contrato são a cláusula rebus sic stantibus, a teoria da imprevisão e a teoria da onerosidade excessiva. 4.2 Teoria da onerosidade excessiva O que diz a teoria da onerosidade excessiva? Segundo a teoria da onerosidade excessiva, poderá o juiz proceder à revisão judicial, bastando que ele conclua que houve a mudança superveniente do equilíbrio econômico ou jurídico do contrato. Por essa teoria, não se discute se a alteração superveniente decorreu de fato extraordinário ou imprevisível. Simplesmente realiza-se a revisão. Embora fale de resolução por onerosidade excessiva, o CC inseriu a existência do fato extraordinário ou imprevisível, acabando por adotar, pois, a teoria da imprevisão para os contratos bilaterais (art. 478). Além disso, o CC estendeu a possibilidade de revisão judicial para os contratos unilaterais (art. 480). O CDC adotou expressamente a teoria da onerosidade excessiva (art. 6°,V).
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