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10313-6- Operações Unitárias da Indústria Química 2 Apresentação da disciplina Trocadores de Calor Ementa • Trocadores de Calor • Isolamento térmico • Evaporadores • Psicrometria • Secagem Bibliografia • TROCADORES DE CALOR ARAUJO, E.C.C. – Trocadores de Calor, EdUFSCar Série Apontamentos, 2002. KAKAÇ, S.; LIU, H. – Heat Exchangers: Selection, rating and thermal design, 2ª ed., CRC Press, 2002 SHAH, R.K. & Sekulic,-D.P. Fundamentals of heat exchanger design, Wiley, 2003 KERN, D.Q. – Processos de transmissão de calor, Guanabara 2, 1980. Obra original 1950. LUDWIG, E.E. – Applied process design for chemical and petrochemical Vol 3 Gulf Pub. SAUNDERS, E.A.D. - Heat exchangers – Selection, design and construction, Longman Scientific and Technical, 1988. KAKAÇ, S.; BERGLES, A.E.& MAYINGER, F. (editors) - Heat exchangers – Thermal hydraulic fundamentals and design, Hemisphere pub., 1981. Bell, K.J. (editor) – Heat exchanger design handbook, Vol 3 Thermal and hydraulic design of heat exchangers, Hemisphere Pub, 1983. GOLDSTEIN JR, L. – Transferência de calor industrial I, edição UNICAMP, 1987. Green D. W. & Perry R. H.– Perry's Chemical Engineers' Handbook, Eighth Edition, McGraw-Hill - 2008 Bibliografia • ISOLAMENTO TÉRMICO SILVA TELES, P.C. – Tubulações industriais, LTC, 1999. REMI, B. – Tubulações KERN, D.Q. (já citado) TURNER, W.C. & MALLOY, J.F.- Handbook of thermal insulation design economics for pipes and equipment, McGraw-Hill, 1980. Catálogos de Fabricantes Bibliografia • EVAPORADORES ARAUJO, E.C.C. – Evaporadores, EdUFSCar Série Apontamentos, 2007. BADGER, W.L & BANCHERO, J.T. – Introduction to chemical engineering, McGraw-Hill, 1954. McCABE, W.L.,SMITH, J.C. & HARRIOTT, P. – Unit operation of chemical engineering, 7 ed, Mc graw-Hill, 2005. MINTON, P.E. – Handbook of evaporation technology, Noyes Pub., 1986. BILLET, R. – Evaporation technology – Principles, application, economics, VCH, 1989. MEHRA, D.K. – Selecting evaporators, Chem. Eng. Febr 3, 56-72, 1986. FOUST, A.S., WENZEL, L.A., CLUMP, C.W., MAUS, L., & ANDERSEN, L.B. – Princípios das operações unitárias, LTC, 1982. BALOH, T & WITTWER, E – Energy manual for sugar factories, Bartens, Berlim, 1995. HUGOT, E. – Manual of cane sugar engineering, 3 ed, Elsevier, 1986. Bibliografia • PSICROMETRIA E SECAGEM McCABE, W.L., SMITH, J.C. & HARRIOTT, P. – Unit operation of chemical engineering, 7 ed, 2005. KEEY, R. B. – Introduction to industrial drying operations, Pergamon Press, 1978. MUJUMDAR, A. S. (ed.) – Handbook of industrial drying, 2nd ed, Cap 1 e 2, Marcel Dekker, 1995 GEANKOPLIS, C. J. – Transport process and separation process principles, 4ª ed, Prentice Hall, 2003. TREYBAL, R.E. – Mass transfer operations, 3 ed, McGrawHill, 1980. STRUMILLO & KUDRA – Drying: Principles, applications and design, Topics in chemical engineering Vol 3, Gordon and Breach Science Publishers, 1986. VAN´T LAND – Industrial drying equipment: Selection and Application, Marcel Dekker, 1991 MATERIAL DISPONÍVEL • Notas de aula: Moodle Isolantes Térmicos Psicrometria Secagem • Todas as apresentações e textos disponíveis no Moodle. AVALIAÇÃO • Duas provas e uma substitutiva total. • Trabalho Projeto de trocador de calor (em duplas ou trios) CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO • P = média de duas provas; T projeto • M 6,0 aprovado • 5,0 M < 6,0 e 75% de freqüência REC Prova de Recuperação • PR=Prova toda matéria, início do semestre seguinte 3 T2P M 2 PRM MF DATAS DAS PROVAS Trocadores de Calor • Equipamentos que realizam a operação de troca térmica entre dois fluidos, possibilitando o aquecimento, resfriamento e/ou mudança de fase • Os fluidos estão separados por uma parede • A troca de calor ocorre através da parede Trocadores de Calor • No trocador de calor, o fluido quente é aquele que fornece calor e se resfriará, se não houver mudança de fase. • O fluido frio é aquele que recebe calor e se aquecerá, se não houver mudança de fase. Classificação • Há muitas maneiras de se classificar os trocadores de calor, apresentaremos duas: • Quanto ao serviço realizado ou função no processo • Quanto à geometria Classificação • Os trocadores podem ser definidos ou classificados pelo tipo de serviço que realizam. A referência é o fluido principal. • RESFRIADORES Fluido do processo e água • AQUECEDORES Fluido do processo e vapor (óleo térmico) • TROCADORES / RECUPERADORES duas correntes do processo • CONDENSADORES Vapor condensando e água • REFERVEDORES Fonte de calor (vapor) para coluna de destilação • EVAPORADORES Concentrar soluções Há dois trocadores nesse processo: Classifique-os quanto ao serviço. 1 2 1 1- trocador ou recuperador Duas correntes do processo 2- resfriador Corrente do processo e água 2 Trocadores de Calor • Considerando a sua geometria podem ser: - DUPLO TUBO - CASCO e TUBO - DE PLACAS - Outros:Serpentinas, Camisas, Baionetas, Resfriadores a ar (Air cooled), Compactos etc. Duplo Tubo • É composto por dois tubos concêntricos • Um fluido escoa no interior do tubo interno o outro no espaço anular. A troca de calor ocorre através da parede do tubo interno. Duplo Tubo • Este conjunto com duas seções retas em série recebe o nome de grampo Duplo Tubo Entrada do fluido, espaço anular Entrada do fluido, interior do tubo Qual a área de troca de calor? A = deL ou diL Duplo Tubo • Fornece áreas de troca de calor relativamente pequenas (até ~ 30 m2) • Necessita de vários grampos em série http://image.made-in-china.com/2f0j00pMvQzTShYqci/Double-Pipe-Heat-Exchanger.jpg http://img.tradeindia.com/fp/1/398/069.jpg http://www.heatexchangersindia.com/double-pipe-heat-exchangers.jpg http://www.graham-hart.com/images/sc17.jpg Duplo Tubo • Características: Facilidade de construção, ampliação e manutenção Podem operar em contracorrente ou paralelo Utilizado quando um trocador CASCO e TUBOS não é a melhor solução econômica número de tubos por passagem < 30, diâmetro do casco < 200 mm ( 8 in), baixas vazões, grande cruzamento (interseção) de temperatura (? a seguir), Q < 500 kW Dimensões comprimento : aprox: 6 m/por seção reta tubo externo : 2 a 4 in (50,8 a 101,6 mm) tubo interno : 3/4 a 3 in área de troca : até 30 m2 Unidades multi-tubos http://www.hed-inc.com/hairpin.html Diferença de Temperatura no Trocador de Calor • Equação de projeto: q = UAΔt (1) q é o calor trocado no equipamento U é o coeficiente global de transmissão de calor A é a área de troca de calor (adotaremos área externa do tubo interno), πdeL (poderia ser a área interna) Δt a diferença de temperatura entre os fluidos no trocador Coeficiente global (2) • Mecanismos de transmissão de calor Convecção (interior do tubo), Condução e Convecção (espaço anular) oln or ii o h 1 kA AΔ Ah A 1 =U Coeficiente global • Sendo Ao a área externa do tubo interno = πdeL, Ai a área interna, Aln é a área média logarítmica, hi é o coeficiente interno de troca de calor por convecçao, ho é o coeficiente externo de troca de calor por convecção, k é a condutividade térmica do tubo interno e r a espessura da parede oln or ii o h 1 kA AΔ Ah A 1 =U Coeficiente Global • O nosso coeficiente global está baseado na área externa do tubo interno. Diferença de Temperatura • Não havendomudança de fase para os fluidos q = wqcpq(T1 – T2) = wfcpf(t2 – t1) (3) • Notação: T fluido quente; t fluido frio índice 1 entrada 2 saída • As temperaturas de cada fluido variam ao longo do trocador. Portanto, a diferença de temperatura entre eles deve variar. Diferença de Temperatura • Qual o Δt deve ser utilizado na equação de projeto (q = UAΔt)? Diferença de Temperatura • Consideremos uma seção diferencial no trocador. • A equação de troca de calor, no estado estacionário, para esta seção diferencial do trocador é: dq = U t dA (4) • Nesta seção a diferença de temperatura entre os fluidos (Δt) é (T - t); T e t constantes (estado estacionário) Diferença de Temperatura • A equação de projeto deverá ser integrada: (5) • A quantidade de calor trocado na seção é: dq = wf cpf dt = Wq cpqdT = U (T - t) dA (6) • Se os cp são constantes t e T são lineares com q t também linear com q A 0 q 0 dA t U dq Diferença de Temperatura t1 = T1 - t2 t2 = T2 - t1 A derivada de t em relação a q pode ser expressa como: q tt dq td 21 (8) (7) Diferença de Temperatura • Substituindo a Equação 4: Rearranjando para a integração: q tt dAt U td 21 A 0 21t t dA q tt t U td 1 2 (9) (10) Lembrando que Δt1, Δt2 e q são constantes Diferença de Temperatura • Se considerarmos U constante a integração é direta e rearranjando: MLDTA U= t t ln t - t A U=q 2 1 21 MLDT = t t ln t - t 2 1 21 (11) (12) Diferença de Temperatura • Que hipóteses foram assumidas? 1 - Vazões constantes (regime permanente) 2 - Perdas de calor desprezíveis (qq = qf) 3 - Calor especifico constante 4 - Temperatura de cada fluido é constante em qq seção transversal 5 - U constante ao longo do trocador E introduzimos agora 6 - Não existem mudanças de fases parciais. (Válido para troca de calor sensível e com condensação ou vaporização isotérmica em todos os pontos) Diferença de Temperatura • Um caso particular importante: O que ocorre se t1 = t2 ? Ocorre uma indeterminação (0/0) na MLDT Analise a Figura que apresenta T x q. Diferença de Temperatura Se t1 = t2 as duas retas das temperaturas são paralelas. O que ocorre se t1 = t2 ? Diferença de Temperatura Se as retas são paralelas, o que ocorre com a diferença de temperatura? t1 = t2 = t q = UA t Poderíamos chegar a este mesmo resultado aplicando a regra de L’Hôpital Diferença de Temperatura • Outro caso: Se U não fosse constante mas variasse linearmente com t, a equação 11 passaria a ser: q = A U t - U t ln U t U t 1 2 2 1 1 2 2 1 Sendo U1 e U2 os valores de U nos terminais do trocador Operação em paralelo e contracorrente • Operação em paralelo A temperatura de saída do fluido frio nunca poderá ser maior do que a saída do quente (T2 > t2) . Os dois fluidos percorrem o TC no mesmo sentido. A diferença de t° é grande no terminal de entrada e vai sempre diminuindo. Operação em paralelo 22 11 2211 tT tT ln tTtT = MLDT Exemplo: T1 = 300°C; T2 = 200°C t1 = 100°C; t2 = 150°C MLDT = 108°C Aplicando a equação 12, MLDT. Operação em contracorrente Quem limita a temperatura de saída do fluido frio é a entrada do quente (T1) que é a maior t° no TC. Os fluidos percorrem o TC em sentidos contrários. A diferença de t° é mais homogênea. A t° de saída do fluido frio poderá ser maior do que a saída do quente. É possível t2 > T2. E na operação em paralelo? Operação em paralelo Quem limita a temperatura de saída do fluido frio é a saída do quente (T2). Operação em contracorrente 12 21 1221 tT tT ln tTtT = MLDT Exemplo: Tomando as mesmas temperaturas do caso anterior: T1 = 300°C; T2 = 200°C t1 = 100°C; t2 = 150°C MLDT = 123°C Em paralelo obtivemos 108°C Fixadas as 4 temperaturas a MLDT em contracorrente será maior que a MLDT em paralelo, exceto em um caso no qual elas serão iguais. Aplicando a equação 12, MLDT. Operação em paralelo e contracorrente • Se um dos fluidos é isotérmico a MLDT em paralelo é igual à em contracorrente, fixadas as 4 temperaturas terminais. Exemplo: vapor condensando ou fluido em ebulição isotermicamente Alguns termos utilizados • Aproximação e interseção de temperaturas Quando T2 > t2, a diferença T2 - t2 é chamada de aproximação (“temperature approach”). Quando T2 < t2, a diferença t2 - T2 é chamada de interseção (“temperature cross”). Por exemplo, uma aproximação de 10°C significa que T2 - t2 = 10°C, o fluido quente sai com 10°C acima da temperatura de saída do fluido frio. Apenas com contracorrente pode-se operar com interseção de temperaturas.
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