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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
ENFERMAGEM BACHARELADO 2017.1
CITOLOGIA E HISTOLOGIA
Técnicas Citológicas e Histológicas
BACABAL
2017
Técnicas citológicas e histológicas
As técnicas histológicas e citológicas possibilitam o estudo das células e dos tecidos do corpo com o auxílio do microscópio. São frequentemente utilizadas em rotinas de laboratórios, pesquisas químicas, fisiológicas, imunológicas e patológicas, pela visualização das microestruturas dos tecidos, identificando as suas características e proporcionando avanços na área, sendo uma importante ferramenta para diagnóstico histológico ou patológico.
Tais estudos exigem sistemas de preparação do material para a observação adequada em um aparelho, que mais comumente é usado o microscópio óptico que utiliza a luz transmitida. Para análise em microscopia óptica de luz é necessária a confecção das lâminas e a preparação com corte de tecidos muito finos.
Os tecidos estudados no microscópio devem ser preparados para a preservação de sua estrutura original ao máximo possível. Para que isso ocorra, as técnicas histológicas são divididas em etapas. As etapas da técnica citológica são semelhantes às da técnica histológica, mas com peculiaridades próprias, podendo também haver consideráveis interferências na qualidade final do diagnóstico. Essas etapas são: coleta do material; fixação; desidratação; diafanização; inclusão; microtomia; colagem; coloração e montagem.
 Como os materiais biológicos apresentam diferentes características, devido às distintas formas de organização e composição, a coleta do material destinado à análise citológica constitui uma etapa fundamental nesse processo. A coleta do material pode ser de origem diversa já que a natureza da amostra (líquida, pastosa ou sólida) irá definir a forma de coleta assim como o preparo mais adequado do material segundo as etapas da técnica citológica escolhida. O material pode ser colhido em necropsia ou biópsia, que dirá o método escolhido: esfregaço; raspado; punção; lavados cavitários; escovados; entre outros. Na fase de coleta do material são definidos os tipos de procedimentos mais adequados à análise dos preparados citológicos. Após a coleta do material chega o momento de preservar a morfologia e composição celular paralisando o metabolismo destas células de forma a causar o mínimo de danos possíveis ao material, com intuito de evitar a autólise celular e endurecer a célula para maior resistência às etapas seguintes. 
 O tipo de material estudado irá indicar qual tipo de fixador deverá ser usado para melhor adesão aos corantes. Os fixadores variam entre o metanol, etanol, acetona, ácido sulfúrico, ácido clorídrico, ácido tricloroacético, ácido pícrico, tetróxido de ósmio, ácido acético, formaldeído, cloreto de mercúrio, etc. Também são muito utilizados misturas de fixadores como o líquido de Bouin,líquido de Carnoy e o líquido de Fleming. O tempo de fixação dependerá a barreira protéica que se origina na periferia do tecido para o centro. Após a fixação a peça estudada é desidratada, retira-se a água dos espaços extracelulares com séries de banhos sucessíveis em solução alcoólica de teor crescente. Este processo facilita o próximo que é a impregnação da peça com parafina, este serve para dar a dureza necessária ao material e então, é realizado o registro do material processado.
Com o material já endurecido, é realizado o corte com micrótomo, um equipamento para cortes sucessivos, fino e uniforme da peça parafinada. Este vai para a colagem em uma lâmina aquecida com auxílio de água albuminada como cola. Esta peça é reidratada para possibilitar a coloração, mergulhado-as em uma tina de ranhuras com xilol e a parafin é retirada. O tipo de corante usado é indicado pela afinidade da célula (acidófila ou basófila), podendo ser ele um corante natural que é extraído de animais e plantas, como por exemplo, o carmim e a himotoxilína, ou artificial que é sintetizado em laboratório, como a eosina e o azul-de-metileno. Os métodos de coloração citológica mais empregados são o mucicarmin de Mayer, May-Gruenwald-Giemsa, hematoxilina e eosina, ácido periódico Schiff (PAS), Grocott, Shorr, entre outros. As peças são desidratadas novamente para conservação e é colocado sobre um meio de montagem.
 Em técnicas citológicas, são variados os métodos de preparação de material citológico para ser observado ao microscópio óptico. Podemos considerar dois grandes tipos de preparações: Preparações a fresco ou extemporâneas e as preparações definitivas com ou sem inclusão. 
As preparações a fresco permite uma observação rápida, usadas para a observação imediata do material. Nessa preparação utiliza-se corantes vitais que absorvem certos comprimentos de luz visível e tem afinidade por determinados constituintes, facilitando a visualização dos componentes celulares e distinguindo partes específicas das células. 
As preparações definitivas sem inclusão compreendem uma série de etapas em que o material biológico tem que ser submetido a tratamentos para posterior observação, mas sem envolvimento de qualquer meio de inclusão. Os materiais podem ser guardados e observados várias vezes. São utilizados fixadores que são agentes coagulantes ou precipitantes de proteína, especializados em inibir a atividade enzimática da célula.
 A preparação definitiva com inclusão é a etapa técnica que consiste em rodear a peça citológica de uma substância protetora e de suporte que permita facilmente fazer o corte e nela são acrescentadas mais etapas de preparação da peça. Em ambas a coloração consiste em corar a totalidade da peça ou algumas partes específicas, dando-lhes tonalidades diferentes. Usam-se soluções de corantes naturais ou artificiais.
Esfregaços
É uma técnica citológica útil para líquidos orgânicos como o sangue e também colônias de bactérias. Neste processo de coleta, é fixado o material (em gota) em uma lâmina e com a ajuda de outra lâmina ou lamela é espalhado e deixado secar. Depois de seco, o material biológico pode ser fixado e corado na preparação definitiva.
O exame Papanicolaou é um método desenvolvido para a identificação, ao microscópico, de células anormais no colo do útero e à sua volta. Para coleta destas celulas é realizado o esfregaço cervical (coleta no cervix) e vaginal (coleta na vagina)com a possibilidade de diagnóstico de lesões pré-neoplásicas ou neoplasias em estágioinicial. Estes estudam as células esfoliadas da junção escamo-colunaras já que neste são obtidas as células escamosas da superfície do epitélio colo uterino e vaginal. No processode esfregaço, deve ser utilizado uma espátula ou uma e outra extremidade da espátula Ayre, dependendo da idade e da paridade da paciente, com ou sem uma escova endocervical.Tais células são colhidas na região do orifício externo do colo e canal endocervical, colocadas em uma lâmina transparente de vidro, coradas e levadas a exame ao microscópico.A fixação adequada é um passo essencial no preparo de esfregaços cervicais. Ela garante que as células possam ser bem coradas e claramente visíveis para análise microscópica imediata ou definitiva.
O esfregaço vaginal também é uma forma de fazer testes relativos a doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e pode ser colhido pela própria paciente.
Também são coletadas por esfregaços e investigadas as células endometriais, que só aparecem no exame até o dia 10 a 12 do ciclo menstrual. A raspagem endometrial fornece numerosas células epiteliais em melhor estado de conservação. Estas células, se achadas em esfregaços na pós-menopausa frequentemente indicam doença mesmo quando as células parecem normais.
O Espermograma é a coleta e análise microscópica do sêmen. É o mais importante exame para verificar a capacidade reprodutiva dos homens e diagnosticar as possíveis causas de infertilidade, pois avalia a quantidade e a qualidade de espermatozoides do paciente. A coleta do sêmen é realizada por masturbação com 03 a05 dias em abstinência sexual. Após a coleta o sêmen passará por dois tipos de análise: uma a “olho nu”, onde avaliam as condições físicas do sêmen, como o volume, viscosidade, liquefação, coloração e pH e a outra feita por meio de microscópios. Estas análises dirão se o indivíduo possui baixa quantidade de espermatozoides, normal ou nenhuma, além de identificar a presença de espermatozoides mortos e suas morfologias.
BIBLIOGRAFIA
JUNQUEIRA , C. U.; JUNQUEIRA , L. M. M. S. Técnicas básicas de citologia e histologia. S. Paulo: Santos, 1983. 123 p.
Luzia Fátima Gonçalves Caputo Ester Maria Mota Lycia de Brito Gitirana: Técnicas citológicas. Disponível em: http://www.epsjv.fiocruz.br/upload/d/capitulo_4_vol2.pdf. Acessado em 02 de Junho de 2017
Avaliação do Espermograma. Disponivel em: http://www.huntington.com.br/infertilidade/infertilidade-masculina/espermograma/
Citologia cervical. Disponivel em: http://www.eurocytology.eu/pt/course/1119
Descriçao da técnica Papanicolau. Disponível em: http://www.vidrariadelaboratorio.com.br/papanicolau/

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