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COMUTAÇÃO I

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 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA
 E TECNOLOGIA SUL-RIO-GRANDENSE
CURSO : SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES
DISCIPLINA: COMUTAÇÃO TELEFÔNICA I 
UNIDADES I - II - III - IV e V
Professor: Sidnei Padilha 
ÍNDICE
 UNIDADE I = CENTRAL TELEFÔNICA
 1 – 1 = Conceito
 1 – 2 = Localização
 1 – 3 = Classificação
 1 – 4 = Constituição
 1 – 5 = Questionário
 
 UNIDADE II = CENTRAIS PRIVADAS
 2 – 1 = Conceito
 2 – 2 = Classificação
 2 – 3 = Funcionamento
 2 – 4 = Facilidades operacionais 
 2 – 5 = Exemplos de PABX
 2 – 6 = Questionário
 
 UNIDADE III = CENTRAIS PÚBLICAS
 3 – 1 = Conceito 
 3 – 2 = Classificação
 3 – 3 = Funcionamento
 3 – 4 = Tipos de tráfego telefônico
 3 – 5 = Questionário
 
 UNIDADE IV = ENTRONCAMENTO ENTRE CENTRAIS
 4 – 1 = Plano de numeração
 4 – 2 = Código de seleção de prestadora
 4 – 3 = Serviços especiais
 4 – 4 = Categoria de linhas telefônicas 
 4 – 5 = Questionário
 
 UNIDADE V = TRÁFEGO TELEFÔNICO
 5 – 1 = Conceito
 5 – 2 = Unidades de tráfego telefônico
 5 – 3 = Volume de tráfego telefônico
 5 – 4 = Intensidade de tráfego telefônico
 5 – 5 = Tráfego perdido
 5 – 6 = Tráfego oferecido
 5 – 7 = Grau de serviço 
 5 – 8 = Hora de maior movimento
 5 – 9 = Indicadores operacionais 
 5 – 10 = Questionário
 
 UNIDADE I - CENTRAL TELEFÔNICA.
 
1 – 1 ) Conceito = central telefônica, é o local onde se realizam as operações de comutação entre uma linha telefônica e outra, considerando as áreas de infra-estrutura, distribuidor geral, equipamento de energia, equipamento de comutação e equipamento de transmissão.
1 – 2 ) Localização = sempre que a operadora telefônica determina que seja instalada uma nova central telefônica, uma equipe executa um levantamento, para verificar onde está o maior número de usuários da região que será instalada a central. O ideal é construir a mesma, o mais próximo possível, onde serão instalados o maior número de telefones, com isso, a operadora economiza na implantação da rede externa.
1 – 3 ) Classificação = as centrais telefônicas podem ser : públicas ou privadas.
 - local ou urbana
 - trânsito tandem 
 - Classificação - públicas - trânsito interurbana
 das - trânsito internacional
 centrais - PMX
 - privadas - PMBX ou PBX
- PAX
- PABX
 - KS 
Centrais públicas = são centrais que proporcionam serviços a redes públicas. Qualquer pessoa pode utilizar os serviços, desde que pague pelo uso dos mesmos.
Centrais privadas = são centrais que proporcionam serviços telefônicos a redes particulares.
Central pública local = é a central onde os assinantes estão conectados, onde se origina e termina qualquer tipo de ligação telefônica. Foram as primeiras centrais automáticas a serem desenvolvidas.
Central pública trânsito tandem = é a central que serve para interligar centrais locais. Quando houver um grande número de centrais locais, torna-se viável a implantação de uma central trânsito tandem, evitando que se crie diversas rotas entre as centrais locais. Permitindo que se crie apenas uma rota de cada central local para a central trânsito tandem e vice-versa.
 A central trânsito tandem, também pode servir como rota alternativa entre centrais locais de grande porte, que possuem rotas diretas. Sempre que estas rotas diretas estiverem congestionadas, parte do tráfego telefônico seria desviado pela rota alternativa.
Central pública trânsito interurbana = é a central que interliga centrais locais em ligações interurbanas, entre cidades diferentes, caracterizando uma ligação interurbana.
 A diferença entre uma central trânsito tandem e uma central trânsito interurbana, é que a central tandem não possui um equipamento tarifador especial, enquanto que a interurbana possui, pois precisa gravar todos os dados da ligação telefônica, como por exemplo: número do assinante chamador e chamado, data, hora e duração da ligação. 
Central pública trânsito internacional = é a central que interliga centrais interurbanas para ligações internacionais.
 A diferença entre uma central interurbana de uma internacional, é apenas na sua programação de encaminhamento de tráfego, enquanto a interurbana possui um software para encaminhar códigos nacionais, a internacional encaminha códigos internacionais. Uma característica do sistema de telecomunicações, é que jamais podemos interligar uma central local, diretamente a uma central internacional, entre as duas, deve haver uma central interurbana.
Central privada PMX = é a central onde as conexões entre ramais são efetuadas manualmente, e, não existe conexão com a central pública.
Central privada PMBX ou PBX = é a central onde as conexões entre ramais são efetuadas manualmente, e, existe conexão com a central pública, porém, a mesma deve ser feita manualmente.
Central privada PAX = é a central onde as conexões entre ramais são efetuadas automaticamente, e, não existe conexão com a central pública.
Central privada PABX = é a central onde as conexões entre ramais são efetuadas automaticamente, e, existe conexão com a central pública. As conexões com a rede pública podem serem feitas, tanto automaticamente, como manualmente, dependendo apenas da categoria do ramal a fazer a ligação. 
1 – 4 ) Constituição = uma central telefônica, constitui-se das seguintes partes:
Distribuidor geral = é formado por uma estrutura metálica, constituída de blocos terminais, cuja função é interligar a rede externa ao equipamento de comutação. No distribuidor geral é que se interliga um par de fios vindo da rede externa com um par de fios vindo do equipamento de comutação, correspondente ao número do assinante, através de fios de transporte ( jampers ). O distribuidor geral é dividido em “lado vertical” e “lado horizontal”.
 - distribuidor geral - lado vertical
 - lado horizontal 
 - retificadores
Constituição - equipamento de energia - baterias
 - motor gerador
 - equipamento de comutação - conexão
 - controle
 - multiplex
 - equipamento de transmissão - rádio 
 - antenas
Lado vertical = é o local onde são ligados os pares de fios que chegam da rede externa, é composto por blocos verticais que recebem 100 pares de fios cada um. No lado vertical estão os fuzíveis de proteção, com a finalidade de evitar que descargas elétricas vindas da rede externa atinjam o equipamento de comutação.
Lado horizontal = é o local onde estão ligados os paresde fios que chegam do equipamento de comutação, correspondente aos números telefônicos. Nas centrais eletromecânicas, o bloqueio de assinantes inadimplentes era efetuado no lado horizontal, através de um isolante que se colocava manualmente em cada linha que se desejasse bloquear, impedindo que o mesmo recebesse ou originasse ligações. Nas centrais CPAs ( centrais controladas por programa armazenado ), o bloqueio é realizado através de comandos pré-estabelecidos, tendo ainda a possibilidade de bloquear o assinante apenas para originar ligações e receber a cobrar, ou bloquear total. 
Equipamento de energia = é a parte da central encarregada de fornecer alimentação de energia elétrica e correntes especiais para os equipamentos da central, inclusive para os aparelhos telefônicos. O equipamento de energia devide-se em: retificadores, baterias e motor gerador.
Retificadores = servem para baixar a tensão de 110/220 ou 380 Vac para 48 Vac, e, posteriormente, retificar e filtrar a mesma, porque os equipamentos funcionam com tensão de 48 Vcc.
Baterias = servem para manter os equipamentos de comutação e transmissão alimentados, durante a falta de energia da rede elétrica. As baterias mantém a central telefônica por um tempo de 10 a 20 horas aproximadamente, dependendo para tal, do momento da falta de energia. Se for um horário de baixo consumo, manterá por um tempo maior. 
Motor gerador = é usado para substituir a energia da rede elétrica, é acionado automaticamente ao faltar energia da mesma. Uma característica deste motor, é que ele deve possuir um pré-aquecimento, isto é, se mantém a uma temperatura constante, mesmo quando está desligado. Evitando assim, possíveis defeitos no motor, visto que o mesmo, ao iniciar seu funcionamento, imediatamente chega a uma rotação alta, para manter a tensão de consumo.
Equipamento de comutação = é a parte da central telefônica que possibilita o estabelecimento de uma conexão entre dois assinantes quaisquer. É constituído por equipamento de conexão e equipamento de controle.
Equipamento de conexão = é o conjunto de órgãos que ficam conectados durante o tempo que durar a ligação telefônica. Ex: circuito de linha, comutadores, alimentadores e canais de voz de saída e entrada.
Equipamento de controle = é o equipamento que participa da ligação, até o estabelecimento da conexão telefônica. Nestes órgãos é que estão as programações de como a central vai funcionar. São ainda os equipamentos de controle que fazem o diálogo da “máquina” com o usuário. Após desempenhar suas funções, os equipamentos de controle são liberados para atender outra ligação. Exemplo: processadores regionais e processador central.
Equipamento de transmissão = são os equipamentos responsáveis pelas conexões telefônicas cuja distância inviabiliza a instalação de redes usando linha física. Exemplo: ligações interurbanas, divide-se em: multiplex, rádio e antenas.
Multiplex = é o equipamento que separa as ligações telefônicas em canais de frequências com 4.000 Hz, os canais são agrupados em grupos e sub-grupos. No multiplex é executada a modulação do sinal de voz vindo da central, enviando-o para o rádio transmissor.
Rádio = é o equipamento responsável pela transmissão e recepção do sinal de voz em uma conexão telefônica onde se utiliza o ar como meio de transmissão, normalmente em ligações interurbanas e internacionais.
Antena = é o equipamento responsável pela irradiação e recepção das ondas eletromagnéticas que utilizam o ar como meio de transmissão.
1 – 5 ) Questionário.
 Defina central telefônica .
Quais as partes que constituem uma central telefônica ?
Defina distribuidor geral .
Defina equipamento de energia .
Defina equipamento de comutação .
Defina equipamento de transmissão .
Cite a principal função do lado vertical de um distribuidor geral .
Como dividimos o equipamento de energia ?
Como dividimos o equipamento de transmissão ?
10 ) Como dividimos o equipamento de comutação ?
11 ) O que são equipamentos de conexão ?
12 ) O que são equipamentos de controle ?
13 ) Como classificamos as centrais telefônicas ?
14 ) Diferencie uma central privada PAX de uma PABX .
15 ) Diferencie uma central PBX de uma PABX .
16 ) Diferencie uma central PBX de uma PAX .
 UNIDADE II - CENTRAIS PRIVADAS
2 – 1 ) Conceito = são centrais telefônicas, projetadas com a finalidade de atender um grupo de usuários, facilitando a comunicação entre os departamentos de uma Empresa.
 Uma característica deste tipo de central, é que não possui equipamento tarifador, pois se um empresário adquire uma central privada para facilitar as comunicações na sua Empresa, não teria porque cobrar de si mesmo. Nas centrais atuais, existe apenas um software, que pode registrar todas as ligações executadas por cada ramal, listando em uma impressora, para que o empresário possa controlar seus custos operacionais. 
 A aquisição e instalação de uma central PABX em uma Empresa, proporcionam a mesma, grandes facilidades de comunicação entre departamentos, e, entre a Empresa e a rede pública de telecomunicações.
 Vantagens em se instalar uma central privada.
 - Aquisição de um menor número de linhas telefônicas pública. Com um menor número de linhas públicas, consegue-se uma melhor distribuição de tráfego telefônico entre a Empresa e a rede pública.
 - Facilidade de comunicação entre os departamentos da Empresa. As ligações internas não precisam passar pela rede pública, conseqüentemente, evitando encontrar possíveis congestionamento na mesma.
 - Economia nas ligações internas. Como não existe tarifação nas centrais privadas, o custo das ligações internas serão apenas de energia elétrica consumida, e, manutenção do equipamento. Enquanto que sem a central privada, as ligações entre departamentos, teriam o mesmo custo das ligações externas locais.
 - Facilidade de divulgação e memorização do número telefônico da Empresa. Sem a PABX, a Empresa teria que divulgar todos os números das linhas telefônicas adquiridas pela mesma, sendo impossível os usuários memorizarem o número de cada departamento de uma grande Empresa. Com a instalação da PABX, a Empresa divulga apenas um número telefônico ( número chave ) , que normalmente é um número fácil de se memorizar, e a central pública transfere automaticamente para as linhas auxiliares.
 - Bloqueio de ligações externas. A PABX permite que qualquer ramal ligado a ela seja bloqueado para ligações externas a Empresa, evitando ligações extra-trabalho. 
 Sempre que a Empresa instala uma central PABX, deve informar a Operadora de telefonia local que administra a rede pública, para que fique cadastrada no sistema como uma Empresa que possui um “ Grupo de Procura Automático “.
Grupo de procura automático = é a programação no equipamento de comutação de uma central pública local, para que diversas linhas sejam acessadas, através de um único número de linha telefônica. O equipamento transfere a ligação automaticamente para as linhas auxiliares, sempre que receber uma ligação para o número chave.
Número chave = é o número de uma linha telefônica de fácil memorização, e , através dela, são acessados os números auxiliares. É divulgado pela Empresa na lista telefônica, notas fiscais e folhetos de propaganda.
Linhas auxiliares = são linhas telefônicas que possuem número de linha de assinante, porém, para acessá-los, tecla-se apenas o número chave. O número chave mais a quantidade de linhas auxiliares, resultará no total de linhas telefônicas que interligará a central pública a central privada de uma determinada Empresa.
Linha de ramal = é uma linha telefônica a dois fios, que interliga o aparelho telefônico ao circuito de ramal da central PABX.
Linha tronco= é uma linha a dois fios que interliga o circuito de linha tronco da PABX, ao circuito de linha do número da central pública.
2 – 2 ) Classificação = as centrais privadas classificam-se em: PMX, PMBX ou PBX, PAX, PABX e KS.
PMX = central manual privada, sem acesso a rede pública.
PMBX ou PBX = central manual privada com acesso a rede pública.
PAX = central automática privada , sem acesso a rede pública.
PABX = central automática privada , com acesso a rede pública.
KS = Key System ou conexão por sistema de chaveamento.
 Para uma fácil memorização, considere P = privada , M = manual entre ramais, A = automática entre ramais , B = acesso a rede pública , X = central. 
 Desvantagens do KS em relação as PABX.
 Quando existiam apenas as PABX eletromecânicas, a instalação destas centrais de pequeno porte ( exemplo: até 15 ramais ), tornava a operação das mesmas onerosa, pois necessitava de uma telefonista para receber as ligações externas e transferir aos ramais. Surgiu então o KS, que eliminava a necessidade da telefonista, pois as ligações externas eram sinalizadas em todos os ramais, sendo que qualquer usuário atendia e transferia ao ramal de destino, ou programava-se apenas um ramal para atender as ligações externas e transferí-las. Com isso, o KS passou a ser usado com vantagem pelas pequenas Empresas, pois apesar do alto custo de implantação, o custo de operação era praticamente zero.
 Com o surgimento dos microprocessadores e o uso dos mesmos em centrais, surgiram as micro-PABX, que substituíram o KS com diversas vantagens sobre o que o KS oferecia, como por exemplo: o custo do aparelho telefônico KS é de 4 a 5 vezes o preço de um aparelho normal, a instalação da rede interna do KS é mais cara que de uma PABX, pois utiliza cabo de pares que depende da quantidade de ramais, enquanto da PABX, a instalação é por um par de fios e, em alguns tipos de KS, as ligações internas não possuem sigilo. 
 Os microprocessadores também foram introduzidos no equipamento KS. Diminuindo as desvantagens em relação as PABX. Porém o custo do aparelho telefônico continua tendo uma grande diferença de preço. E a instalação da rede interna se aproximou em custo. Exemplo: em um KS eletromecânico, para 15 ramais, necessitava-se de cabos com 26 pares de fios, com o KS eletrônico, usam-se cabos com 3 pares de fios, enquanto que nas PABX, usam-se apenas um par de fios.
2 – 3 ) Funcionamento = uma central PABX, sempre vai ser constituída dos blocos de: “circuito de linha tronco” ; “circuito de ramal” ; “matriz de comutação” ; “memória EPROM” ; “microprocessador” e “fonte de alimentação” .
Circuito de linha tronco = tem a função de conectar a central PABX com a rede externa, se analisarmos a linha tronco, a partir da central pública, esta linha é idêntica a linha de um número telefônico normal, porém, se analisarmos a partir de um ramal, está linha passa a ter uma função especial, de escoamento de todo tráfego externo, a partir dos ramais ou para os ramais.
 
 Diagrama em blocos de uma PABX. 
 
 ramal
 CLT 
 matriz de comutação
 
 
 
Circuito de ramal = o circuito de ramal, tem a função detectar a abertura ou fechamento de loop do ramal, bem como dar seqüência a uma conexão interna ou externa.
Matriz de comutação = a matriz de comutação, tem a função de fazer a conexão entre ramais, ou entre ramal e linha tronco, é controlada pelo microprocessador.
Memória EPROM = a memória EPROM, tem a função de armazenar o software da central, evitando que o programa se apague, mesmo quando a alimentação é desligada.
Microprocessador = o microprocessador, tem a função de comandar as conexões na central, e supervisionar as mesmas, baseadas no programa existente na memória EPROM.
Diagrama de um sistema de entroncamento entre uma PABX e uma central pública. 
 Central PABX
 
 3227-1455 CLT CR 21 
 matriz
 3227-1374 central de 22 
 pública 3227-1634 comu- CR 
 CLT tação 
 CR 23 
 3227-1152 
CLT = circuito de linha tronco.
CR = circuito de ramal.
Fonte de alimentação = a fonte de alimentação, tem a função de transformar 110/220 Vac, em tensões de funcionamento da central, que varia de acordo com o fabricante, normalmente, são tensões de 5 Vcc , 12 Vcc , 24 Vcc e a corrente de chamada.
Categoria de ramal = cada ramal possui uma categoria programada, além do número do ramal, esta categoria é que vai definir que tipo de tráfego telefônico e serviços que o ramal irá executar. Basicamente, qualquer central privada possui três tipos de categorias que executam os seguintes serviços:
- Restrito = acesso somente de ramal para ramal.
- Semi-restrito = acesso de ramal para ramal e rede pública, via telefonista. Através do código “9”.
- Privilegiado = acesso de ramal para ramal e rede pública automaticamente. Através do código “0”.
2 – 4 ) Facilidades operacionais das PABX = facilidades operacionais, são serviços que o fabricante desenvolve em seus equipamentos, com o objetivo de aperfeiçoar o uso do sistema de telecomunicações da Empresa . Abaixo, algumas facilidades.
 - consulta 
 - conferência interna
Facilidades - conferência externa 
operacionais - transferência 
 das - busca pessoa
 PABX - chamada geral 
 - cadeado eletrônico
 - programar chamada automática ( rechamada ) 
Consulta = esta facilidade permite que um ramal conectado a uma ligação externa, possa em um determinado momento, desconectar-se da ligação ( deixando a linha em espera ), conectar-se a um outro ramal, e, posteriormente voltar a conectar-se com a linha que estava em espera. Isto é possível, através de um código, que varia com a marca e modelo do equipamento.
Conferência interna = esta facilidade permite que três ou mais ramais fiquem conectados ao mesmo tempo. Isto é possível, através de um código, vide manual do equipamento.
Conferência externa = esta facilidade permite que um ramal que esteja conectado a uma linha tronco, em um determinado momento, possa inserir outros ramais na conversação.
Transferência = esta facilidade permite que um ramal que esteja conectado a uma linha tronco, em um determinado momento possa transferir a ligação para outro ramal. Isto pode ser feito de duas maneiras: com conversação entreramais envolvidos ou sem conversação. Com conversação, o ramal que transferiu a ligação espera o ramal chamado atender, e, posteriormente se desconecta, para que a ligação seja transferida. Sem conversação, o ramal que transferiu a ligação recoloca seu monofone no gancho antes que o ramal chamado atenda a ligação, quando o mesmo atender, se conectará diretamente a linha que estava em espera. Caso o ramal não atenda, a ligação retorna para o ramal que transferiu ou para a telefonista, dependendo para isto, da programação. 
Busca a pessoa = através desta facilidade, pode-se a partir de qualquer ramal, localizar determinada pessoa dentro da Empresa. Para isso, basta discar o código da pessoa, que todos os ramais irão tocar de acordo com o código. Na central Fasor, é o “6” acrescido do dígito de 1 a 5.
Chamada geral = esta facilidade é usada como um sinal de alerta para todos os ramais. Exemplo: caso de incêndio ou assalto. Para acioná-la, basta discar um código, que todos os telefones irão tocar continuamente. Todos os ramais que atenderem, ficarão em conferência.
Cadeado eletrônico = esta facilidade, permite ao usuário bloquear seu ramal para ligações externas, através de uma senha. Caso precise ligar para rede pública, o mesmo poderá liberar sua linha para ligações externa.
Rechamada = esta facilidade permite que o usuário, ao ligar para um determinado ramal, e, o mesmo se encontrar ocupado, o usuário disca um código e repõe seu monofone. Quando o ramal chamado desligar, a central PABX completa a ligação para o ramal programado e envia um toque de campainha para o ramal chamador, para que o mesmo levante o monofone e receba o sinal de supervisão de corrente de chamada. 
2 – 5 ) Exemplos de PABX .
2 – 5 – 1 ) Central PABX , modelo ARD 561 = é uma central fabricada pela Ericsson, com capacidade final para 270 ramais , 20 circuitos de conexão , 40 circuitos de linha tronco , 6 registradores , 2 equipamentos para telefonista.
 A numeração dos ramais é a seguinte: 110 até 199, de 210 até 299, e, de 310 até 399. 
 Possibilita as seguintes facilidades operacionais: busca a pessoa, discagem direta a ramal, consulta, transferência e discagem interna abreviada.
 Podemos programar quatro alternativas de categoria nos ramais. 
Ramal restrito = possibilita que o ramal faça chamadas para outros ramais.
Ramal semi-restrito = possibilita que o ramal faça ligações para outros ramais, receba ligações externas e faça ligações para a rede pública apenas via telefonista.
Ramal semi-privilegiado = possibilita que o ramal faça ligações para outros ramais, receba ligações externas e faça ligações para a rede pública automaticamente, porém apenas ligações externas locais.
Ramal privilegiado = possibilita que o ramal faça ligações para outros ramais, receba ligações externas e faça ligações para a rede pública automaticamente, sem restrições de tráfego. 
 Funções dos blocos. 
FFR = é usado para chamadas de consulta e para transferência de chamadas externas de um ramal para
 outro.
SNR = o circuito de conexão SNR, é usado para conexão de ramal que inicia uma chamada ao registro
 e para estabelecimento de chamadas internas entre ramais.
RR = unidade de chamada de retorno.
HSNR = o circuito auxiliar de conexão, é usado para estabelecer uma chamada urbana de saída, se 
 eventualmente, todos os circuitos regulares de conexão estiverem tomados por chamadas 
 internas.
FDR-C = o equipamento de linha-tronco bidirecional conecta o PABX ARD 561 a central urbana. 
FMT = o FMT forma um enlace entre o equipamento de telefonista e o restante do equipamento 
 de comutação. Sua finalidade principal é enviar informações “de” e “e” para o 
 equipamento de telefonista.
FMA = é o equipamento da telefonista.
REG = a finalidade do registrador é receber e armazenar os impulsos do disco ou teclado do
 ramal que chama e transmitir os algarismos ao marcador, que completa a conexão para
 o ramal “B”, linha-tronco, etc...
SLA e SLB = seletores crossbar, que servem para conectar a ligação fisicamente.
 
 Diagrama em blocos da central ARD 561 . 
2 – 5 – 2 ) Central PABX, marca FASOR , modelo SE 104.2 = o sistema SE 104-2 é um poderoso e versátil equipamento, desenvolvido para uso residencial ou em empresas. O sistema permite que 4 linhas troncos sejam interconectadas a 10 ramais. Não há necessidade de telefonista, e todas as funções estão disponíveis em qualquer ramal, bastando discar o número correspondente ao serviço desejado.
 Diagrama em blocos da central FASOR SE 104.2 . 
75Vac 24 Vcc 20 Vcc 
 
 140 Vcc 220 Vac
Identificação do modelo SE 104.2 .
10 = 10 ramais telefônicos 4 = 4 linhas troncos e 2 = 2 porteiros eletrônicos.
Número dos ramais = 21 , 22 , 23 , 24 , 25 , 26 , 27 , 28 , 29 , 20
Toques de campainha 
Chamada interna = 2 toques intermitentes
Chamada externa = 1 toque intermitente
Facilidades operacionais do Fasor.
Programação para a campainha não tocar ao receber uma ligação externa = retire o monofone do gancho , aguarde o sinal de discar, disque “41” e recoloque o monofone no gancho.
Programação para a campainha tocar ao receber uma ligação externa = retire o monofone do gancho, aguarde o sinal de discar, disque “42” e recoloque o monofone no gancho.
Falta de energia = no caso de falta de energia elétrica, as linhas externas são automaticamente ligadas aos ramais, conforme tabela abaixo.
Linha tronco 1 = ramal 21
Linha tronco 2 = ramal 22
Linha tronco 3 = ramal 23
Linha tronco 4 = ramal 24
Conferência interna = a central permite conferência entre dois ou mais ramais, exemplo : o ramal 21 está conectado ao ramal 22. Em determinado momento, voce deseja incluir na conversação o ramal “23”. Para isto, disque “1”, espere o sinal de discar, e, disque o número do ramal 23. Quando o ramal 23 atender, disque a cifra “7”. Pode-se colocar todos os ramais em conferência, se assim o desejar.
Chamada busca a pessoa = através deste recurso, pode-se a partir de qualquer ramal, localizar determinada pessoa, desde que ela esteja perto de qualquer ramal. Para isto, basta atribuir um código de 1 a 5 a cada uma das cinco pessoas a serem incluídas neste serviço. A identificação da pessoa procurada será feita mediante o número de toques das campainhas. Exemplo : 61 = 1 toque ; 62 = 2 toques ; 63 = 3 toques ; 64 = 4 toques ; 65 = 5 toques.
Chamada geral = o código de chamada geral é “66” . Quando este número for discado, todos os telefones programados para tocar, tocarão durante 25 segundos. Todos os ramais que atenderem, serão ligados em conferência interna. Este serviço é útil em situações de emergência.
2 – 6 ) Questionário.
 1 ) Caracterize centrais privadas .
 2 ) Como classificamos as centrais privadas ?
 3 ) O que é um grupo de procura automático ?
 4 ) O que é número chave de uma PABX ?
 5 ) O que é número auxiliar de uma PABX ?
 6 ) O que é linha de ramal ?
 7 ) O que é linha tronco ?
 8 ) Qual a função do circuito de linha de ramal ?
 9 ) Qual a função do circuito de linha tronco ?
10 ) Quais as categorias que um ramal pode ser programado numa PABX, e que serviços oferece ?
11 ) Cite três vantagens em se instalar uma central privada em uma Empresa .
12 ) Cite cinco facilidades de uma central privada .
13 ) O que é a facilidade conferência em umaPABX ?
14 ) O que é a facilidade consulta em uma PABX ?
15 ) O que é a facilidade busca a pessoa em uma PABX ?
16 ) O que é a facilidade transferência em uma PABX ?
17 ) O que é a facilidade cadeado eletrônico em uma PABX ?
18 ) O que é a facilidade chamada geral em uma PABX ?
19 ) Caso falte energia da rede, em uma PABX, todos os ramais ficarão mudos ? Justifique ?
20 ) Cite as partes que constituem uma central PABX .
21 ) Qual a função da memória EPROM em uma PABX ?
22 ) Faça um diagrama em blocos de uma central PABX genérica.
23 ) Faça um diagrama em blocos do entroncamento entre uma central PABX e uma central pública 
 local. 
24 ) Elabore um sistema de telefonia, considerando uma central pública local ( ARD 561 ), duas 
 centrais PABX ( Meta e Fasor ) e um KS 2/5. Cada central PABX e KS com duas linhas 
 troncos ligadas a central pública, e três ramais.
UNIDADE III - CENTRAIS PÚBLICAS.
3 – 1 ) Conceito = são centrais que proporcionam serviços telefônicos a redes públicas. No Brasil, estes serviços eram administrados e explorados por Empresas Estatais, cada Estado, possuía uma filial do grupo Telebrás ( Telecomunicações Brasileiras ), que era responsável pelas ligações locais e pelas ligações interurbanas dentro da sua área ( Estado ) de atuação, por exemplo: TELESP ( Telecomunicações de São Paulo ); TELEPAR ( Telecomunicações do Paraná ); etc.... Única exceção, era o Rio Grande do SUL, cuja Companhia Telefônica era propriedade do governo estadual ( CRT = Companhia Riograndense de Telecomunicações ), e, a Telebrás, administrava apenas a cidade de Pelotas e arredores ( CTMR = Companhia Telefônica Melhoramento e Resistência ). As ligações inter-estaduais e internacionais, eram administradas pela Embratel ( Empresa Brasileira de Telecomunicações ), que também pertencia ao grupo Telebrás, sendo que a Embratel também explorava os serviços de TELEX e DADOS.
 Em 1997, o governador do Estado do Rio Grande do Sul, vendeu a CRT para a Telefônica da Espanha, a qual passou a ser uma Empresa multinacional privada, posteriormente, o Governo Brasileiro também vendeu todo o grupo Telebrás, dividindo o país em três regiões: norte, centro e centro-sul. Como haviam algumas regras para a aquisição das referidas regiões, e, a Telefônica da Espanha comprou a região centro ( São Paulo ), foi obrigada a vender a CRT para o grupo Brasiltelecom, proprietária da região centro-sul, posteriormente, em 2010, a Brasiltelecom vendeu a Empresa para a “OI”.
 O objetivo da privatização das telecomunicações, foi incentivar a concorrência, visando baixar custos e atender a demanda, oferecendo concessões para no mínimo duas Empresas explorar os mesmos serviços em cada região. Para fiscalizar e regulamentar os serviços, foi criada a ANATEL ( Agência Nacional de Telecomunicações ).
 
3 – 2 ) Classificação = as centrais públicas podem ser: locais ou urbanas, trânsito tandem, trânsito interurbana e trânsito internacional.
3 – 3 ) Funcionamento = para melhor entender o funcionamento de uma central pública, vamos explicar por tipo de central, utilizando diagramas em blocos de centrais genéricas.
3 – 3 – 1 ) Central pública local = é a central onde os assinantes estão conectados, e , onde se origina e termina qualquer tipo de tráfego telefônico. Foram as primeiras centrais automáticas a serem desenvolvidas. 
 Dividimos uma central local em três estágios, que são: estágio de assinantes, estágio seletor de grupo e estágio de linhas troncos. Em cada estágio, teremos órgãos de conexão. Exemplo: comutador digital e canais de voz, e, órgãos de controle. Exemplo: processadores regionais e processador central. Uma central possui vários processadores regionais. O número de processadores regionais vai depender da capacidade da central, necessitando de no mínimo “1” para cada estágio da central.
Diagrama em blocos de uma central local.
 Estágio de assinantes Estágio seletor de grupo Estágio de linhas tronco 
 
Estágio de assinantes = é a parte da central onde estão conectados os assinantes, para cada número de assinante, existe um circuito de linha, que é caracterizado por números, que indicam a posição de hardware do mesmo no estágio, sendo chamado de porta. Exemplo: 210 – 1 – 6 – 12, significa DLU ( Digital Line Unidad ) 210, sub-bastidor 1, placa 6 , circuito na placa 12 . No estágio de assinantes, existe software regional, responsável pelas tarefas rotineiras e simples. Exemplo: levantamento do monofone e desligamento; e software central, responsável pelas tarefas de maior importância. Exemplo: direcionamento da chamada. O estágio de assinantes pode estar junto a central, ou, remotamente, interligado via equipamento de transmissão. O estágio de assinantes, se conecta ao estágio seletor de grupo, via feixe de 2 Mbits/seg. 
Estágio seletor de grupo = este estágio é responsável pelo encaminhamento da ligação telefônica, nele é que estão conectadas todas as rotas da central, neste estágio é analisado o número teclado, e, direcionada a ligação. No estágio seletor de grupo, existe software regional, responsável pelo controle e conexões de grupos de entradas e saídas, e, software central, que analisa o encaminhamento e determina por onde irá passar a conexão.
Estágio de linhas troncos = este estágio é responsável pelo controle e conexão dos circuitos de entrada e saída da central, em relação a outras centrais. Cada rota de entrada ou saída, possui vários circuitos de conversação. Neste estágio, também encontramos software regional, cada processador regional, controla um grupo de troncos, enquanto que o processador central controla todos os troncos. Exemplo: quais estão ocupados, livres, etc... ; e, determina qual circuito deve ser ocupado.
3 – 3 – 2 ) Central pública trânsito tandem = é a central que tem a função de interligar centrais locais, para ligações locais. Torna-se viável a implantação deste tipo de central, quando existem várias centrais locais na mesma cidade ( exemplo: acima de 10 ) . Em vez de se projetar uma rota de saída e uma de entrada para cada central local, em direção a todas as outras, projeta-se apenas em direção a central tandem, e a mesma se encarrega de distribuir o tráfego telefônico. Ou ainda, a central tandem pode funcionar como rota alternativa para as centrais que possuem rotas diretas, quando estas estiverem congestionadas.
 A central tandem possui apenas dois estágios: estágio de linhas troncos e estágio seletor de grupo.
Estágio de linhas troncos = este estágio na central tandem, possui a mesma função do mesmo na ral local, ou seja, interligar centrais.
Estágio seletor de grupo = este estágio na central tandem, também possui a mesma função do mesmo na central local, apenas com a diferença de software, pois as programações de encaminhamento de tráfego devem ser diferentes.
 Uma característica desta central, é que ela não possui equipamento tarifador, pois o mesmo se encontra nas centrais locais, para as ligações locais.
 Diagrama em blocos de uma central trânsito tandem.
 Estágio de linhas troncos Estágio seletor de grupo Estágio de linhas troncos 
 central central
 local A local B
 
3 – 3 – 3 ) Central pública trânsitointerurbana = é a central que tem a função de interligar centrais locais, para ligações interurbanas, ou centrais locais a centrais internacionais, para ligações internacionais. 
 A central interurbana possui : estágio de linhas troncos, estágio seletor de grupo e estágio tarifador.
Estágio de linhas troncos = este estágio na central interurbana, possui a mesma função do mesmo na central local, ou seja, interligar centrais.
Estágio seletor de grupo = este estágio na central tandem, também possui a mesma função do mesmo na central local, apenas com a diferença de software, pois as programações de encaminhamento de tráfego, nesta central, deve ser dos códigos regionais e nacionais.
Estágio tarifador = este estágio tem a função de gravar as informações necessárias a cobrança. Como por exemplo: número e categoria do assinante chamador, número e categoria do assinante chamado, hora e data da ligação, duração da mesma e degrau tarifário (valor que depende da distância da ligação).
Diagrama em blocos de uma central trânsito interurbana.
 Estágio de linhas tronco de entrada Estágio seletor de grupo Estágio de linhas tronco de saída
3 – 3 – 4 ) Central pública trânsito internacional = é a central que tem a função de interligar centrais interurbanas, para ligações internacionais.
 A central internacional possui a mesma estrutura da central interurbana, com a única diferença, que seu software analisa códigos internacionais.
3 – 4 ) Tipos de tráfego telefônico = classificamos o tráfego telefônico em: tráfego originado, tráfego terminado, tráfego interno, tráfego sainte e tráfego entrante.
3 – 4 – 1 ) Tráfego originado = é a fase que se desenvolve desde o momento em que o assinante retira o monofone do gancho, até o momento em que o mesmo recebe o sinal de teclar.
3 – 4 – 2 ) Tráfego terminado = é a fase final do estabelecimento da conexão, que se inicia ao final da teclagem e termina com o toque de campainha do assinante chamado.
3 – 4 – 3 ) Tráfego interno = é o conjunto de ligações que originam e terminam na mesma central telefônica.
3 – 4 – 4 ) Tráfego sainte = é o conjunto de ligações que originam em uma central, em direção a outra central qualquer.
3 – 4 – 5 ) Tráfego entrante = é o conjunto de ligações que uma determinada central recebe, sendo a origem das ligações de outras centrais.
3 – 5 ) Questionário.
 1 ) O que são centrais telefônica pública ?
 2 ) Como classificamos as centrais públicas ?
 3 ) Caracterize uma central pública local .
 4 ) Faça um diagrama em blocos de uma central pública local, colocando o nome nos blocos .
 5 ) Quais os estágios que uma central pública local possui ?
 6 ) Caracterize um estágio de assinantes. E como ele pode ser ?
 7 ) Como o estágio de assinantes se conecta ao estágio seletor de grupo ?
 8 ) Qual a proporção aproximada entre o número de canais e o número de assinantes entre o 
 estágio de assinantes e estágio seletor de grupo ?
 9 ) Caracterize o estágio seletor de grupo .
10 ) Caracterize o estágio de linhas troncos .
11 ) Caracterize uma central pública trânsito tandem .
12 ) Quais os estágios que uma central tandem possui ?
13 ) Qual a diferença básica entre uma central trânsito tandem e uma central trânsito interurbana ?
14 ) Faça um diagrama em blocos de uma central pública trânsito tandem .
15 ) Caracterize uma central pública trânsito interurbana .
16 ) Faça um diagrama em blocos de uma central pública interurbana .
17 ) Qual a função do estágio tarifador em uma central interurbana ? E quais os dados que são 
 gravados no mesmo ?
18 ) Quais os tipos de tráfego telefônico em uma central telefônica ?
19 ) O que é tráfego originado em uma central pública local ?
20 ) O que é tráfego terminado em uma central pública local ?
 UNIDADE IV - ENTRONCAMENTO ENTRE CENTRAIS.
 Para que exista um sistema de telecomunicações funcionando harmoniosamente, é necessário que os equipamentos existente em uma central telefônica troquem informações entre si e também com outras centrais telefônicas.
 Como existem varias empresas que produzem equipamentos de telecomunicações, e que cada fabricante ainda oferece tipos de centrais de comutação de pequeno, médio e grande porte, fez-se necessário criar regras básicas para que os diversos tipos de equipamentos pudessem funcionar harmoniosamente.
4 – 1 ) Plano de numeração = o plano de numeração telefônica deve obedecer as diretrizes estabelecidas na NTC - 32 ( Normas Gerais para Numeração e Comutação Telefônica). Tais diretrizes visam:
Procedimento uniforme de teclagem e apresentação simples de catálogos.
Quantidade de algarismos padrão para o número nacional.
Um grau de serviço adequado.
Padronização dos códigos de serviços especiais locais e interurbanos.
Compatibilidade dos planos regionais de numeração com o plano nacional.
Satisfação das necessidades telefônicas para um período de pelo menos 20 anos.
Emprego de rotas alternativas, aumentando a eficiência global da rede.
 A NTC-32 estabelece as seguintes regras para a formação dos números e códigos nacionais.
1 - As áreas de numeração fechada serão designadas por um único código nacional que, seguido do número do assinante chamado, constituirá o número nacional desse assinante.
2 - O código nacional, indicativo de que a chamada é destinada a outra área de numeração deverá sempre iniciar com a cifra "0".
3 - O código internacional, indicativo de que a chamada é destinada a outro país deverá sempre iniciar com as cifras "00".
4 - Os códigos nacionais designativos das áreas de numeração fechada, serão de 2 ou 3 algarismos (desconsiderando o "0").
5 - O algarismo inicial do prefixo de assinante não poderá ser "0" nem "1".
6 - As áreas de maior densidade telefônica, receberão os códigos mais curtos, formados por algarismos de baixo valor.
As características básicas do plano de numeração são:
- Existência de áreas de numeração fechada abrangendo comunidades ligadas por interesses
 econômicos e sociais.
- Agrupamento de áreas de numeração fechada, para fins de tarifação.
- Tarifação das chamadas por multimedição (MM) ou bilhetagem automática (BA).
- Serviço DDD estendido progressivamente a todo território nacional. Antes que essa meta seja
 alcançada, o serviço DDD coexistirá com o ODD, com o DDO e com o serviço ODO.
 DDD = discagem direta a distância.
 ODD = operadora disca a distância.
 DDO = discagem direta a operadora.
 ODO = operadora disca a operadora.
Sistema de numeração fechada = todos os assinantes tem um número fixo de dígitos, independentemente de sua localização geográfica.
Sistema de numeração aberta = não há um número fixo de dígitos. Geralmente o que difere é o número de dígitos que definem a rota.
Área de numeração fechada = é um grupo de localidades, atendidas pelo mesmo código nacional. 
Região numérica = é uma área geográfica no país acessada pelo mesmo código regional formado pelo mesmo algarismo inicial. Exemplo: Rio Grande do Sul = Região numérica "5".
Prefixo nacional = algarismo usado por um assinante, que deseja uma ligação interurbana. O prefixo nacional é o "0".
Prefixo internacional = algarismo usado por um assinante, que deseja uma ligação para outro país, para obter acesso a central de trânsito internacional. No Brasil o prefixo internacional é o "00".
Código nacional = combinação de algarismos (excluindo o prefixo nacional) que designam uma área de um país.
Exemplo: São Paulo = 11 ; Porto Alegre = 51 ; Pelotas = 53 
Código internacional = algarismo ou combinação de algarismos ( 1, 2 ou 3 ) que caracterizam um país ou grupo de países.
 Exemplo: Estados Unidosda América = 1 , Brasil = 55 , Portugal = 351 
Número de assinante = é o número que consta nas listas telefônicas e que deve ser teclado para se alcançar um assinante da mesma localidade.
Número nacional = é o número formado pelo código nacional seguido do número do assinante.
 Exemplo: 53 32251199. 51 33421199.
 O número nacional é teclado após o prefixo nacional "0" e o código de seleção da prestadora.
Número internacional = é o número formado pelo código internacional do país, seguido do número nacional. É teclado após o prefixo internacional e o código de seleção da prestadora.
 Exemplo : 55 53 32251199.
Regiões e áreas numéricas.
 Para efeito de numeração, o Brasil foi dividido em nove regiões numéricas, cujos limites, não são rigidamente fixados, podendo ser alterados desde que haja comprovada conveniência. Cada região numérica é caracterizada pelo primeiro algarismo do código nacional, e deve ter no mínimo uma central de trânsito interurbana classe 1 (central interurbana conectada diretamente a central trânsito internacional).
As regiões numéricas são:
Região 1 = estado de São Paulo.
Região 2 = estados de Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Região 3 = estado de Minas Gerais.
Região 4 = estados de Santa Catarina e Paraná.
Região 5 = estado do Rio Grande do Sul.
Região 6 = estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Roraima e Distrito Federal.
Região 7 = estados da Bahia e Sergipe.
Região 8 = estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Rondônia .
Região 9 = estados do Acre, Amazonas, Pará, Maranhão e Amapá.
 
 Cada região numérica é subdividida em áreas numéricas, caracterizadas pelo segundo algarismo do código nacional. De acordo com o plano de numeração, cada área numérica deve ter no mínimo uma central de trânsito interurbano. 
 Exemplo:
 Área numérica 51 = Porto Alegre
 Área numérica 53 = Pelotas
 Região 5 Área numérica 54 = Caxias do Sul
 Área numérica 55 = Santa Maria
4 – 2 ) Código de seleção da prestadora ( CSP ) = é um número formado por dois dígitos, inscrito entre o prefixo nacional ou internacional e o código nacional ou internacional, com o objetivo de direcionar a ligação telefônica por rotas pertencentes a prestadora de serviço escolhida pelo usuário e proporcionar a concorrência entre operadoras, para baratear o custo das ligações.
 Exemplo: 0xy54-32211152 onde o xy pode ser o código da prestadora de serviços locais, da Embratel (21) ou da Intelig (23). Tabela de códigos de seleção de prestadora.
 BRASILTELECOM .. = 14 TIM celular ........................... = 41 
 TELEFÔNICA ......... = 15 SERCOMTEL ...................... = 43
 CETERP ................... = 16 TELECOM AMERICAS ..... = 36
 EMBRATEL ............ = 21 ATT ...................................... = 45
 INTELIG .................. = 23 VESPER ............................... = 85
 GVT .......................... = 25 TELEMAR ( OI ) ................. = 31
4 – 3 ) Serviços especiais = são serviços que a operadora de telefonia oferece ao usuário, com o objetivo de facilitar o uso do telefone, ou, aumentar a receita da Empresa.
 Formação dos códigos de serviços especiais = os códigos para acesso aos serviços especiais locais são formados por três algarismos, iniciados pelo dígito "1" . Os serviços especiais dividem-se em:
 - atendimento ao usuário. Ex: 103,115,148.
 - não tarifáveis - emergência. Ex: 190, 192, 193.
- Serviços			 .
 especiais			 
 - tarifáveis - objetivo gerar receita para a empresa. Ex: 130, 131...
Serviços especiais não tarifáveis de atendimento ao usuário. 
103 = Serviços Ofertados por Prestadoras de Serviço Telefônico Fixo.
105 = Serviços Ofertados por Prestadoras de Serviço Móveis de Interesse Coletivo.
106 = Serviços Ofertados pelas Prestadoras dos Serviços de Comunicação Eletrônica de Massas.
115 = Serviços da Prestadora de Água e Esgoto.
116 = Serviços da Prestadora de Energia Elétrica.
118 = Serviços de Transporte Público.
138 = Governo Federal
148 = Justiça Eleitoral
150 = Vigilância Sanitária.
151 = Procon
152 = Ibama.
153 = Guarda Municipal
154 = Detran
157 = Informações Sobre Oferta de Emprego ( SINE ).
161 = Atendimento a Denúncias por Órgãos da Administração Pública.
132 = Assistência a Dependentes de Agentes Químicos.
188 = Centro de Valorização da Vida ( CVV ).
Serviços especiais não tarifáveis de emergência. 
100 = Secretaria dos Direitos Humanos
180 = Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher
181 = Disque Denúncia
190 = Polícia Militar.
191 = Polícia Rodoviária Federal
192 = Serviço público de remoção de doentes.
193 = Corpo de Bombeiros.
194 = Polícia Federal.
197 = Polícia Civil.
198 = Polícia Rodoviária Estadual
199 = Defesa Civil.
Serviços especiais tarifáveis. 
102 = Serviço de Informação de Código de Acesso de Assinante
130 = Hora Certa.
134 = Serviço Despertar.
142 = Portadores de Necessidades Especiais.
146 = Informação Sobre Imposto de Renda.
Serviços especiais interurbano.
12x = acesso as informações interurbanas da localidade desejada. Obs. Antes do código 12x, o assinante deve discar o prefixo nacional "0" mais o código nacional da localidade a ser acessada. Exemplo: 051121.
Serviços especiais internacionais.
08007032100 = informações DDI.
08007032111 = pedido de ligações internacionais via telefonista.
001081 = informações de tarifas internacionais.
4 – 4 ) Categoria de linhas telefônicas = Em uma central telefônica automática, cada linha telefônica, possui um número e uma categoria que identifica o tipo de serviço que esta linha vai executar.
 As linhas telefônicas são agrupadas pelo tipo de serviço que cada linha pode executar.
	 O tipo de serviço que uma linha telefônica executa é caracterizada pela sua categoria. Por exemplo: uma linha de assinante comum possui uma categoria diferente de uma linha de um telefone público.
 A categoria da linha telefônica é caracterizada por uma cifra que a central de origem envia após receber um sinal de pedido de categoria do assinante chamador (sinalização MFC, sinal A3), esta cifra é conhecida como "cifra extra". A cifra extra caracteriza a categoria da linha do assinante chamador.
Cifra extra = é o número que a central de origem envia, após receber um sinal A3, com o objetivo de caracterizar a categoria da linha telefônica chamadora.
	TIPOS DE CIFRAS EXTRAS E SUAS CATEGORIAS CORRESPONDENTE.
	Cifra extra categoria ( tipo de serviço )
 1 = Assinante comum.
 2 = Taxação imediata.
 3 = Equipamento de teste.
 4 = Telefone público local ( ficha ).
 5 = Operadora.
 6 = Assinante com transmissão de dados.
 7 = Telefone público com acesso a DDD e DDI (cartão).
	Nas centrais telefônicas, a cifra extra caracteriza o tipo de linha telefônica. Por exemplo: sempre que for enviada a cifra extra "1", será linha de assinante, variando o número da categoria com o tipo de tráfego permitido para a determinada linha; sempre que for cifra extra "3" será uma ligação de teste, variando apenas o tipo de equipamento que originou a chamada.
 Com a chegada das centraiscontrolada por programa armazenado ( CPAs ), a filosofia de funcionamento mudou de lógica cabeada para programa armazenado, e com isso aumentou o número de serviços prestado pelas centrais públicas, e, conseqüentemente o número de categorias.
 Modificou-se também a maneira como ativar determinado serviço, o que era feito via conexão de fios, passou a ser executado apenas por “uma linha de comando” digitada e enviada para central.
4 – 5 ) Questionário.
 1 ) Cite três diretrizes estabelecidas na NTC-32 para o plano de numeração.
 2 ) Cite três regras para a formação dos números e códigos nacionais estabelecidas na NTC-32.
 3 ) O que é área de numeração fechada ?
 4 ) Defina uma “ região numérica “.
 5 ) O que é “ código de seleção de prestadora “ ?
 6 ) Qual o objetivo da criação do “ CSP “ pela ANATEL ?
 7 ) Qual o dígito do número nacional que determina a região numérica (considere o zero inicial) ? 
 Cite exemplo.
 8 ) Diferencie prefixo nacional de código nacional .
 9 ) Cite um exemplo de número nacional.
10 ) O que são serviços especiais ?
11 ) Cite três exemplos de serviços especiais não tarifáveis. Três tarifáveis. E três de emergência.
12 ) Porque em uma área de numeração fechada que utiliza 6 dígitos no número de assinante, 
 podemos formar apenas 800.000 assinantes ?
13 ) Que tipo de serviço, são caracterizados pelas cifras extras: 1 ; 2 ; 3 ; 4 ; 5 ; 6 ; 7 . 
14 ) O que é cifra extra ?
15 ) Qual a diferença entre duas linhas telefônicas que possua categoria cuja cifra extra é "4" e a 
 outra que é "7" ?
 UNIDADE V - TRÁFEGO TELEFÔNICO.
 As centrais telefônicas são planejadas de tal modo que as chamadas realizadas pelo assinante tem boa probabilidade de sucesso, mesmo no período de tráfego telefônico mais intenso, ou seja, na chamada "hora de maior movimento". A quantidade de troncos e equipamentos de comutação necessários para o fluxo do tráfego telefônico, será por isso dimensionada de tal modo que, durante a hora de maior movimento, somente uma pequena porcentagem ( em geral previamente estabelecida ) de ligações solicitadas não possa ser estabelecida, por falta de equipamentos de comutação, ou seja, ligações que se perdem ou que precisam esperar, para serem completadas.
5 - 1 ) Conceito = tráfego telefônico é o cálculo do número de ligações em uma central telefônica, considerando vários intervalos de tempo durante o dia.
5 - 2 ) Unidades de tráfego telefônico = as unidades de tráfego caracterizam-se pelo período de observação adotado como referência.
 O "ERLANG" é a unidade de tráfego mais utilizada. O erlang corresponde a um período de observação de l hora. Um erlang corresponde a ocupação de um orgão por uma chamada durante 60 minutos.
 O erlang originou-se do método desenvolvido por A. K. Erlang ( 1872 - 1929 ), criador da teoria do tráfego telefônico.
 Outras unidades de tráfego, menos utilizadas.
TU = Traffic Unity . Usado nos países de lingua inglesa . ( 1 TU = 1 ERL )
VE = Verkerhrs Einheit. Usado na Alemanha. ( 1 VE = 1 ERL )
 
5 - 3 ) Volume de tráfego telefônico = quando dois assinantes estão em conversação, ocupam uma série de orgãos da central telefônica. Então, o tráfego escoado por um determinado órgão depende do número de chamadas que ocorrem e do tempo em que tal órgão fica ocupado em cada uma delas.
 O volume de tráfego pode ser definido em um conjunto de órgãos como a soma dos intervalos de ocupação daquele conjunto, durante um período de observação.
 Em função do tempo médio de duração das chamadas ou de retenção dos órgãos. O volume de tráfego (V) pode ser definido, com boa precisão, como sendo o produto do número de chamadas (N) pelo tempo médio de duração das chamadas (Tm).
 
 
5 - 4 ) Intensidade de tráfego telefônico = a intensidade de tráfego para "n" órgãos é definida como sendo a razão entre o volume de tráfego (V) e o intervalo de tempo com duração de i hora ( T ).
 
Exercícios de fixação.
Calcule o tempo médio de conversação de uma linha telefônica, em um período de 1 hora, considerando que a mesma tenha um tráfego de 0,04 Erl nesta hora ?
Qual a intensidade de tráfego telefônico previsto em cada linha telefônica, se projetarmos uma central para 400 assinantes, e que a mesma ofereça um tráfego máximo de 12 Erl ?
Em uma central para 1.000 linhas telefônicas, quantos canais de voz precisamos ativar em uma rota se projetarmos um tráfego de 0,02 Erl por linha telefônica ? Considere um tráfego de 0,8 Erl por canal de voz.
Quantas linhas de assinantes podemos projetar em uma central, considerando que exista 20 canais de voz ativos em uma rota, e que cada canal de voz está projetado para suportar um tráfego de 0,6 Erl ? Considere um tráfego previsto de 0,03 Erl por linha de assinante.
5 - 5 ) Tráfego perdido = é a somatória das intensidade de tráfego das ligações que não foram bem sucedidas. Exemplo: ligações que deu ocupado ( LO ), ligações que não houve atendimento ( NR ), ligações que não completaram por congestionamento ( CO ) ou ligações que foram perdidas por defeitos em órgãos de controle ou conexão.
5 - 6 ) Tráfego oferecido = é a somatória do tráfego perdido com a intensidade de tráfego das ligações bem sucedidas ( OK ).
 Obs. 1 = se o grau de serviço tiver como resultado "0", ou um valor próximo a "0", a central está ótima.
 Obs. 2 = se o grau de serviço tiver como resultado "1" , conclui-se que todas as tentativas de ligações foram perdidas, conseqüentemente, a central não está em tráfego. 
5 - 7 ) Grau de serviço = o tráfego oferecido será igual ao tráfego satisfeito, se todas as chamadas oferecidas ( tentativas ) forem processadas pelo conjunto de órgãos sem que haja qualquer perda por congestionamento, assinante ocupado ou defeitos no equipamento. Em um conjunto com "x" circuitos, apenas "x" conversações podem ser realizadas simultaneamente. As outras chamadas que se oferecem encontrarão os "x" circuitos ocupados e serão consideradas tráfego perdido.
 O grau de serviço ou perda de tráfego ( B ), é definido como sendo a razão entre o tráfego perdido e o tráfego oferecido.
 
Observação: o grau de serviço também pode ser expresso em porcentagem, para isso, basta multiplicar o resultado por 100.
5 - 8 ) Hora de maior movimento = denomina-se hora de maior movimento, o período de 60 minutos consecutivos, no qual a intensidade de tráfego atinge um valor máximo ao longo do dia.
 A HMM é um elemento fundamental para o dimensionamento de centrais telefônicas.
 Para definir esse período médio, o ITU-T recomenda o seguinte processo: levanta-se as curvas de tráfego de vários dias úteis e a partir delas, constrói-se uma curva média de tráfego. Sobre essa curva média, determina-se a HMM média.
 BHCA (Busy Hour Call Attemps) = é a quantidade de tentativas de chamadas na hora de maior movimento. A quantidade de chamadas que o processador da central consegue processar ao mesmo tempo, nos dá a capacidade do processador.
 
 
5 - 9 ) Indicadores operacionais = são informações que a ANATEL ( Agência Nacional de Telecomunicações ) utiliza, para avaliar a qualidade das empresas que exploram os serviços de telecomunicações no Brasil. Estes indicadores podem serem divididos em áreas de serviço, como : área de rede externa , área de rede interna , área de telefonia pública , área de dados e ADSL , área comercial e indicadores gerais.
Indicadores operacionais da área de rede externa = são os indicadores FCL 2 , FCL 2 – R .
FCL 2 [ número de solicitações de reparo por 100 acessos do Serviço Telefônico Fixo Comutado 
( STFC ) ] = éa relação entre o número de solicitações de reparo referente aos acessos do STFC abertas durante o mês e o número total de acessos do STFC em serviço, no último dia do mês. A representação matemática deste indicador é :
 FCL 2 = ( A / B ) 100 
Onde:
A = é o número total de solicitações de reparo referentes aos acessos do STFC abertas durante o mês.
B = é o número total de acessos do STFC em serviço no último dia do mês.
Observação = a meta atual que a ANATEL exige das operadoras do STFC é que um máximo de 2 % de usuários gerem reparos.
FCL 2 R ( número de solicitações de reparos repetidos em menos de trinta dias por 100 acessos do STFC ) = é a relação entre o número de solicitações repetidas em menos de trinta dias por 100 acessos do STFC abertas durante o mês e o número total de acessos do STFC em serviço, no último dia do mês . A representação matemática deste indicador é :
 FCL 2 R = ( R / B ) 100
Onde :
R = é o número total de solicitações de reparo repetidos em menos de trinta dias referentes aos acessos do STFC abertas durante o mês.
B = é o número total de acessos do STFC em serviço no último dia do mês.
Observação = a meta atual que a ANATEL exige das operadoras do STFC é que um máximo de 12 % de usuários gerem reparos repetidos.
 Para estes indicadores, devem ser respeitados os tempos máximos constantes na tabela abaixo.
QFC 3 – 1 = tempo máximo de 24 horas para reparos em acessos residenciais.
QFC 3 – 2 = tempo máximo de 8 horas para reparos em acessos não residenciais.
QFC 3 – 3 = tempo máximo de 2 horas para reparos em acessos de utilidade pública (emergência). 
Indicadores operacionais da área de rede interna = são os indicadores FCL 5 , FCL 6 e FCN 7.
FCL 5 ( taxa de obtenção do sinal de teclar, com tempo máximo de espera de 3 segundos em cada período de maior movimento do STFC ) = é a relação percentual entre o número de tentativas de obtenção do sinal de teclagem, com tempo máximo de espera de 3 segundos e o total de tentativas feitas para obtenção de sinal de teclagem em cada período de maior movimento. A representação matemática deste indicador é :
 FCL 5 = ( A / B ) 100
Onde:
A = é o número total de tentativas em cada período de maior movimento da central de comutação analisada, em que o sinal de teclagem é obtido em no máximo 3 segundos.
B = é o número total de tentativas feitas para obtenção do sinal de teclagem em cada período de maior movimento, da central de comutação analisada.
Observação = a meta atual que a ANATEL exige das operadoras do STFC é de 99 % .
 As amostras para este indicador são colhidas em três horários diferentes, de acordo com a tabela abaixo:
FCL 5 matutino = sinal de teclagen entre os horários de 9:00 e 11:00 horas.
FCL 5 vespertino = sinal de teclagem entre os horários de 14:00 e 16:00 horas.
FCL 5 noturno = sinal de teclagem entre os horários de 20:00 e 22:00 horas.
FCL 6 ( taxa de chamadas locais originadas completadas em cada período de maior movimento do STFC ) = é a relação percentual entre o número de chamadas locais originadas completadas, que resultaram em comunicação com o acesso chamado, para qualquer outra rede pública ou privada de serviço comutado e o total de tentativas de chamadas locais originadas, em cada período de maior movimento. A representação matemática deste indicador é :
 FCL 6 = ( A / B ) 100
Onde :
A = é o número total de chamadas locais originadas completadas em cada período de maior movimento, por central de comutação analisada.
B = é o número total de tentativas de chamadas locais originadas em cada período de maior movimento, por central de comutação analisada.
Observação = a meta atual que a ANATEL exige das operadoras do STFC é de 70 % .
 As amostras para este indicador são colhidas em três horários diferentes, de acordo com a tabela abaixo:
FCL 6 matutino = sinal de teclagem entre os horários de 9:00 e 11:00 horas.
FCL 6 vespertino = sinal de teclagem entre os horários de 14:00 e 16:00 horas.
FCL 6 noturno = sinal de teclagem entre os horários de 20:00 e 22:00 horas.
FCN 7 ( taxa de chamadas de longa distância nacional originadas completadas em cada período de maior movimento do STFC ) = é a relação percentual entre o número de chamadas originadas de longa distância nacional completadas, que resultaram em comunicação com o acesso chamado, para qualquer outra rede pública ou privada de serviço comutado e o número total de tentativas de chamadas originadas de longa distância nacional em cada período de maior movimento. A representação matemática deste indicador é :
 FCN 7 = ( A / B ) 100
Onde :
A = é o número total de chamadas originadas completadas de longa distância nacional em cada período de maior movimento, por central de comutação analisada.
B = é o número total de tentativas de chamadas originadas de longa distância nacional em cada período de maior movimento, por central de comutação analisada.
Observação = a meta atual que a ANATEL exige das operadoras do STFC é de 70 % .
 As amostras para este indicador são colhidas em três horários diferentes, de acordo com a tabela abaixo:
FCN 7 matutino = sinal de teclagem entre os horários de 9:00 e 11:00 horas.
FCN 7 vespertino = sinal de teclagem entre os horários de 14:00 e 16:00 horas.
FCN 7 noturno = sinal de teclagem entre os horários de 20:00 e 22:00 horas.
FCL 8 ( taxa de digitalização da rede local para o STFC ) = é a relação percentual entre o número de acessos digitais instalados e o total de acessos instalados. A representação matemática da taxa de acessos digitais instalados é:
 FCL 8 = ( A / B ) 100
Onde:
A = é o número total de acessos digitais instalados.
B = é o número total de acessos instalados.
Observação = a meta atual que a ANATEL exige das operadoras do STFC é de 96 %
Indicadores operacionais da área de telefonia pública = são os indicadores TUP 1 , FCTP 3 e FCTP 3 R .
TUP 1 ( quantidade de telefones de uso público (TUP) em serviço na área de concessão de serviços ) = é o total de telefones de uso público, em serviço na área de concessão de serviços, no último dia do mês. 
FCTP 3 ( número de solicitações de reparo de telefones de uso público (TUP) por 100 telefones públicos em serviço no STFC ) = é a relação percentual entre o número de solicitações de reparo referentes aos telefones de uso público (TUP) do STFC abertas durante o mês e o número total de telefones de uso público (TUP) em serviço do STFC no último dia do mês. A representação matemática deste indicador é:
 FCTP 3 = ( A / B ) 100
Onde :
A = é o número de solicitações de reparo referentes aos telefones de uso público (TUP) do STFC
abertas durante o mês.
B = é o número total de telefones de uso público (TUP) do STFC em serviço no último dia do mês.
Observação = a meta atual que a ANATEL exige das operadoras do STFC é de 8 % .
FCTP 3 R ( número de solicitações de reparo repetido de telefones público em um prazo de trinta dias por 100 telefones em serviço do STFC ) = é a relação percentual entre o número de solicitações de reparos repetidos em telefonespúblicos em um prazo de trinta dias e o número total de telefones de uso público (TUP) em serviço do STFC no último dia do mês. A representação matemática deste indicador é:
 FCTP 3 R = ( R / B ) 100
Onde:
R = é o número de solicitações de reparo repetidos referentes aos telefones públicos do STFC em um prazo de trinta dias, abertas durante o mês.
B = é o número total de telefones de uso público (TUP) do STFC em serviço, no último dia do mês.
Observação = a meta atual que a ANATEL exige das operadoras do STFC é de 2 % .
 
Indicadores operacionais da área de dados e ADSL = são os indicadores ICD 01, ICD 02 e ICD 03.
ICD 01 ( taxa de solicitação de reparos ) = é a relação entre o número de solicitações de reparo referente aos acessos de dados mais o número de solicitação de reparo repetido e o número total de acessos de comunicação de dados em serviço no último dia do mês. A representação matemática deste indicador é :
 ( A + R ) 
 ICD 01 = -------------- x 100 
 B
Onde:
A = Total de solicitação de reparo referentes aos acessos de comunicação de dados.
R = Total de solicitação de reparo repetidos.
B = Total de acessos de comunicação de dados em serviço no último dia do mês.
ICD 02 ( taxa de ocorrência de reparos repetidos ) = é a relação entre o número de solicitações de reparo repetidos referente aos acessos de dados e o número total de reparos fechados no mês. A representação matemática deste indicador é :
 ICD 02 = A / B x 100
Onde :
A = Total de solicitações de reparo repetidos ( fechados nos últimos 30 dias ) com defeito relativos ao mesmo circuito ( independente do tipo de defeito ).
B = Total de reparos fechado no mês .
ICD 03 ( taxa de atendimento a reparos no prazo ) = é a relação entre o número de solicitações de reparo referente aos acessos de dados fechados no prazo, no mês e o número total de reparos fechados no mês. A representação matemática deste indicador é :
 ICD 03 = A / B x 100
Onde:
A = Total de solicitações de reparo fechado no prazo, no mês.
B = Total de solicitações de reparo fechado no mês.
Indicadores operacionais da área comercial = são os indicadores FCL 4 e FCL 9.
FCL 4 ( número de contas com reclamação de erro em cada 1.000 contas emitidas ) = é a relação percentual entre o número total das reclamações de contas, efetuadas pelos usuários, envolvendo contestações de valores referentes a serviços prestados pela Concessionária, a serviços prestados por terceiros e de todos os problemas de inteligibilidade das referidas contas, durante o mês e o número
total de contas emitidas no mês. A representação matemática deste indicador é:
 FCL 4 = ( A / B ) 100
Onde:
A = é o número total de contas com reclamação de erro, no mês.
B = é o número total de contas emitidas no mês.
Observação = a meta atual que a ANATEL exige das operadoras do STFC é de 0,3 % .
FCL 9 ( taxa de chamadas completadas para serviços com atendimento por telefone em até 10 segundos em cada período de maior movimento do STFC ) = é a relação percentual entre o número de chamadas para os serviços com atendimento por telefonistas e/ou atendentes em até 10 segundos, em cada período de maior movimento, e o total de tentativas de chamadas para estes serviços no mesmo período. A representação matemática deste indicador é:
 FCL 9 = ( A / B ) 100
Onde:
A = é o número total de chamadas para os serviços com atendimento por telefonista e/ou atendente em até 10 segundos, em cada período de maior movimento.
B = é o número total de tentativas de chamadas para estes serviços .
Observação = a meta atual que a ANATEL exige das operadoras do STFC é de 95 % .
Indicadores operacionais gerais = são os indicadores INP e BAP.
INP ( interrupções não programadas ) = é a relação percentual entre o número de interrupções de
acessos que param de funcionar por defeitos e o número total de acessos do STFC , no último dia do mês. A representação matemática deste indicador é:
 INP = ( A / B ) 100
Onde:
A = é o número de acessos que param de funcionar por defeitos.
B = é o número total de acessos do STFC.
Observação = a meta atual que a ANATEL exige das operadoras do STFC é de 5 % .
BAP ( bilhetes de atividades encerrado no prazo ) = é a relação entre o número de bilhetes de atividades encerrado no prazo e o número total de bilhetes de atividades gerados. A representação matemática deste indicador é :
 BAP = ( A / B ) 100
Onde:
A = é o número de bilhetes de atividades encerrado no prazo.
B = é o número total de bilhetes de atividades gerados.
Observação = a meta atual que a ANATEL exige das operadoras do STFC é de 97 % .
5 – 10 ) Questionário.
1 ) O que é tráfego telefônico ?
2 ) Qual a unidade de tráfego telefônico utilizada no Brasil ?
3 ) O que é um Erlang ?
4 ) O que é volume de tráfego ?
5 ) O que é intensidade de tráfego telefônico ?
6 ) O que podemos afirmar se o grau de serviço de uma central local for igual a 1 ?
7 ) O que chamamos de tráfego telefônico perdido ?
8 ) O que chamamos de tráfego telefônico oferecido ?
9 ) Qual a finalidade de se medir o grau de serviço de uma Operadora de Telefonia ?
10 ) Como determinamos a hora de maior movimento de uma central telefônica ?
11 ) O que é hora de maior movimento de uma central telefônica ?
12 ) Calcule o volume de tráfego, sendo que foram observadas 3 linhas troncos por uma hora, a 
 primeira ficou ocupada por 20 minutos, a segunda por 15 minutos e a terceira por 25 minutos ? 
 Nesta mesma medição, calcule a intensidade de tráfego telefônico ?
13 ) Calcule a intensidade de tráfego telefônico em uma central local, em um tempo de observação de 
 uma hora, foram medidas 300 chamadas com tempo médio de 100 segundos ?
14 ) Qual o grau de serviço de uma central que apresentou um tráfego oferecido de 40 Erl, e um 
 tráfego perdido de 10 Erl ?
15 ) Qual o grau de serviço de uma central, que em uma hora de observação, apresentou 450 chamadas 
 bem sucedidas com tempo médio de ocupação de 120 segundos , 100 chamadas para assinante 
 ocupado com tempo médio de ocupação de 10 segundos e 80 chamadas não atenderam as 
 ligações com tempo médio de ocupação de 30 segundos ? 
16 ) O que são indicadores operacionais no sistema telefônico ?
17 ) Como podemos dividir os indicadores operacionais ?
18 ) Quais são os indicadores operacionais da área de rede externa ?
19 ) O que mede o indicador FCL 2 ?
20 ) O que mede o indicador FCL 2 R ?
21 ) Quais são os indicadores operacionais da área de rede interna ?
22 ) O que mede o indicador FCL 5 ?
23 ) O que mede o indicador FCL 6 ?
24 ) O que mede o indicador FCN 7 ?
25 ) Quais são os indicadores operacionais da área de telefonia pública

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