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A VISÃO DA DEFESA NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

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ASSOCIAÇÃO PARAIBANA DE ENSINO RENOVAD O
Rua Afonso Barbosa, 2.011– Jardim Marizópolis– João Pessoa – CEP 58033-450 – Paraíba
CGC 11.888.849/0001-60 - Fone/Fax: 2106. 9600 Site: www.asper.edu.br
DISCIPLINA: TÓPICOS CONSTITUCIONAIS
PROFESSOR: PAULO CUNHA
	PERÍODO: 9/10
	DATA: 06/10/2017
ALUNO: LISBAN CARNEIRO DE OLIVEIRA FILHO MAT: 36020003230
AVALIAÇÃO CONTINUADA
Desejando comprar um novo carro, Leonardo, jovem com 19 anos, decidiu praticar um crime de roubo em um estabelecimento comercial, com a intenção de subtrair o dinheiro constante do caixa. Narrou o plano criminoso para Roberto, seu vizinho, mas este se recusou a contribuir. Leonardo decidiu, então, praticar o delito sozinho. Dirigiu-se ao estabelecimento comercial, nele ingressou e, no momento em que restava apenas um cliente, simulou portar arma de fogo e o ameaçou de morte, o que fez com ele saísse, já que a intenção de Leonardo era apenas a de subtrair bens do estabelecimento. Leonardo, em seguida, consegue acesso ao caixa onde fica guardado o dinheiro, mas, antes de subtrair qualquer quantia, verifica que o único funcionário que estava trabalhando no horário era um senhor que utilizava cadeiras de rodas. Arrependido, antes mesmo de ser notada sua presença pelo funcionário, deixa o local sem nada subtrair, mas, já do lado de fora da loja, é surpreendido por policiais militares. Estes realizam a abordagem, verificam que não havia qualquer arma com Leonardo e esclarecem que Roberto narrara o plano criminoso do vizinho para a Polícia. 
Tomando conhecimento dos fatos, o Ministério Público requereu a conversão da prisão em flagrante em preventiva e denunciou Leonardo como incurso nas sanções penais do Art. 157, § 2º, inciso I, c/c o Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal.
Após decisão do magistrado competente, qual seja, o da 1ª Vara Criminal de Belo Horizonte/MG, de conversão da prisão e recebimento da denúncia, o processo teve seu prosseguimento regular. O homem que fora ameaçado nunca foi ouvido em juízo, pois não foi localizado, e, na data dos fatos, demonstrou não ter interesse em ver Leonardo responsabilizado. Em seu interrogatório, Leonardo confirma integralmente os fatos, inclusive destacando que se arrependeu do crime que pretendia praticar. Constavam no processo a Folha de Antecedentes Criminais do acusado sem qualquer anotação e a Folha de Antecedentes Infracionais, ostentando uma representação pela prática de ato infracional análogo ao crime de tráfico, com decisão definitiva de procedência da ação socioeducativa. O magistrado concedeu prazo para as partes se manifestarem em alegações finais por memoriais. O Ministério Público requereu a condenação nos termos da denúncia. O advogado de Leonardo, contudo, renunciou aos poderes, razão pela qual, de imediato, o magistrado abriu vista para a Defensoria Pública apresentar alegações finais.
Em sentença, o juiz julgou procedente a pretensão punitiva estatal. No momento de fixar a pena-base, reconheceu a existência de maus antecedentes em razão da representação julgada procedente em face de Leonardo enquanto era inimputável, aumentando a pena em 06 meses de reclusão. Não foram reconhecidas agravantes ou atenuantes. Na terceira fase, incrementou o magistrado em 1/3 a pena, justificando ser desnecessária a apreensão de arma de fogo, bastando a simulação de porte do material diante do temor causado à vítima. Com a redução de 1/3 pela modalidade tentada, a pena final ficou acomodada em 4 (quatro) anos de reclusão. O regime inicial de cumprimento de pena foi o fechado, justificando o magistrado que o crime de roubo é extremamente grave e que atemoriza os cidadãos de Belo Horizonte todos os dias. Intimado, o Ministério Público apenas tomou ciência da decisão.
A irmã de Leonardo o procura para, na condição de advogado, adotar as medidas cabíveis. Constituída nos autos, a intimação da sentença pela defesa ocorreu em 08 de maio de 2017, segunda-feira, sendo terça-feira dia útil em todo o país.
Com base nas informações expostas acima e naquelas que podem ser inferidas do caso concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de habeas corpus, no último dia do prazo para interposição, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO 1ª Vara Criminal de Belo Horizonte/MG
PROCESSO Nº: ___________________________
Leonardo, já qualificado nos autos desta açãa, por intermédio deste advogado que subscreve e o representa, por não concordar com a sentença já prolatada pelo Meritíssimo Juíz que o condenou, pelo crime de roubo a pena de 4 anos pelo crime de roubo, vem, de forma respeitosa e devidamente fundamentada por força do disposto no Art. 593, I, do Código de Processo Penal, interpor recurso de apelação.
Pela certeza do direito, requer que o presente recurso seja recebido e processado, remetendo-se o mesmo ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais,
Neste termo, 
Pede deferimento.
.
Advogado –
OAB
RAZÕES DE APELAÇÃO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, DO ESTADO DE MINAS GERAIS.
Colenda Câmara,
A Decisão de fl. XX, não produz, nem traduz a correta eficácia da Justiça, podendo assim ocasionar insegurança trazendo assim a insegurança jurídica e prejuízo moral ao meu cliente, pelos fatos narrados a seguir:
DA TEMPESTIVIDADE:
Não há que se falar em intempestividade do recurso, uma vez que o recebimento da intimação de conhecimento da decisão deu-se em 08 de maio de 2017, e este recurso vem a ser levantado em 15 de maio deste mesmo ano, respeitando-se assim os 5 dias do qual se refere o caput do Art. 593, do CPP, contando-se o dia útil para prazo final, sendo final de semana, então o prazo passa a ser prorrogado até o próximo dia útil. 
DAS MEDIDAS PRELIMINARES:
Requer a nulidade em virtude do cesseamento de defesa, observando que o Juiz nomeou diretamente defensor público, não permitindo ao réu a chance de constituir advogado, conforme estabelece o Art. 564, IV, CPP para as nulidades.
Para reforçar o pedido, podemos expor o que diz a Súmula 523 do STF:
Súmula 523. No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
DOS FATOS:
Desejando comprar um novo carro, Leonardo, jovem com 19 anos, decidiu praticar um crime de roubo em um estabelecimento comercial, com a intenção de subtrair o dinheiro constante do caixa. Narrou o plano criminoso para Roberto, seu vizinho, mas este se recusou a contribuir. Leonardo decidiu, então, praticar o delito sozinho. Dirigiu-se ao estabelecimento comercial, nele ingressou e, no momento em que restava apenas um cliente, simulou portar arma de fogo e o ameaçou de morte, o que fez com ele saísse, já que a intenção de Leonardo era apenas a de subtrair bens do estabelecimento. Leonardo, em seguida, consegue acesso ao caixa onde fica guardado o dinheiro, mas, antes de subtrair qualquer quantia, verifica que o único funcionário que estava trabalhando no horário era um senhor que utilizava cadeiras de rodas. Arrependido, antes mesmo de ser notada sua presença pelo funcionário, deixa o local sem nada subtrair, mas, já do lado de fora da loja, é surpreendido por policiais militares. Estes realizam a abordagem, verificam que não havia qualquer arma com Leonardo e esclarecem que Roberto narrara o plano criminoso do vizinho para a Polícia. 
Tomando conhecimento dos fatos, o Ministério Público requereu a conversão da prisão em flagrante em preventiva e denunciou Leonardo como incurso nas sanções penais do Art. 157, § 2º, inciso I, c/c o Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal.
Após decisão do magistrado competente, qual seja, o da 1ª Vara Criminal de Belo Horizonte/MG, de conversão da prisão e recebimento da denúncia, o processo teve seu prosseguimento regular. O homem que fora ameaçado nunca foi ouvido em juízo, pois não foi localizado, e, na data dos fatos, demonstrou não ter interesse em ver Leonardo responsabilizado. Emseu interrogatório, Leonardo confirma integralmente os fatos, inclusive destacando que se arrependeu do crime que pretendia praticar. Constavam no processo a Folha de Antecedentes Criminais do acusado sem qualquer anotação e a Folha de Antecedentes Infracionais, ostentando uma representação pela prática de ato infracional análogo ao crime de tráfico, com decisão definitiva de procedência da ação socioeducativa. O magistrado concedeu prazo para as partes se manifestarem em alegações finais por memoriais. O Ministério Público requereu a condenação nos termos da denúncia. O advogado de Leonardo, contudo, renunciou aos poderes, razão pela qual, de imediato, o magistrado abriu vista para a Defensoria Pública apresentar alegações finais.
Em sentença, o juiz julgou procedente a pretensão punitiva condenatora estatal. No momento de fixar a pena-base, reconheceu a existência de maus antecedentes em razão da representação julgada procedente em face de Leonardo enquanto era inimputável, aumentando a pena em 06 meses de reclusão. Não foram reconhecidas agravantes ou atenuantes. Na terceira fase, incrementou o magistrado em 1/3 a pena, justificando ser desnecessária a apreensão de arma de fogo, bastando a simulação de porte do material diante do temor causado à vítima. Com a redução de 1/3 pela modalidade tentada, a pena final ficou acomodada em 4 (quatro) anos de reclusão.
O regime inicial de cumprimento de pena foi o fechado, justificando o magistrado que o crime de roubo é extremamente grave e que atemoriza os cidadãos de Belo Horizonte todos os dias. Intimado, o Ministério Público apenas tomou ciência da decisão. 
Do Direito:
Trata-se de um fatídico caso de arrependimento de cometimento de crime, não devendo, inclusive, falar-se em tentativa, uma vez que não entende-se por tentativa aquela que se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente, vejamos:
Art. 14 Diz-se o crime:
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Ao compulsar os autos, resta esclarecido também que o Código Penal, no Art. 15, trata da desistência voluntária do ato, expressamente tornando claro que o agente só responderá pelos atos já praticados quando da desistência, é a Lei:
Art. 15 O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
Isto posto, resta esclarecido que o Parquet na ação penal equivocadamente imputou ao Sr. Leonardo a hipótese da tentativa de roubo.
	
Pelos fatos narrados purga-se provimento do recurso e reforma da sentença condenatória para fins de decretação da absolvição, uma vez que o fato não constitui infração penal e resta provado que o réu não concorreu para a infração penal, conforme o Art. 386, incisos III e VI, do CPP.
Por fim, não menos importante, é salutar evidenciar que em momento algum o réu portava arma de fogo, razão para a qual não deveriam ser aplicadas as sanções do Art. 157, § 2º, I do Código Penal.
DOS PEDIDOS:
Por todo o exposto, requer:
O conhecimento e provimento do recurso, e a anulação da Sentença transcrita na fls XX.
O retorno dos autos ao Juízo de origem para que se possa assegurar ao acusado o direito de apresentação de defesa em suas alegações finais..
A absolvição do réu por evidência da sua desistência voluntária do que seria um ato criminoso. 
Nestes termos,
Pede deferimento.
LOCAL E DATA
Advogado
OAB - Nº

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