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Administração Financeira

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54
 
 
Ponto de Equilíbrio 
 
É o valor das vendas que permite a cobertura dos gastos totais (custos, despesas fixas e 
despesas variáveis). Neste ponto, os gastos são iguais à receita total da empresa, ou seja, a 
empresa não apresenta lucro nem prejuízo. Denominamos o Ponto de Equilíbrio também 
como ponto de ruptura (break-even point). 
Normalmente fazemos as seguintes perguntas: 
- Quanto terei que faturar para conseguir pagar os meus custos, despesas fixas e 
variáveis? 
- Quais as quantidades que terei que produzir/vender para poder ter lucro? 
O ponto de equilíbrio é que vai definir e esclarecer essas dúvidas. 
Para Padoveze (2004), evidencia, em termos quantitativos, qual é o volume que a 
empresa precisa produzir ou vender, para que consiga pagar todos os custos e despesas fixas, 
além dos custos e despesas variáveis que ela tem necessariamente que incorrer para 
fabricar/vender o produto. No ponto de equilíbrio, não há lucro ou prejuízo. A partir de 
volumes adicionais de produção ou venda, a empresa passa a ter lucros. 
Segundo Crepaldi (2004), Antes que seu negócio possa gerar lucro, devemos entender 
o conceito de equilíbrio. Para alcançar o equilíbrio nas linhas de produção e/ou serviço do 
departamento, deveremos calcular o volume de vendas necessário para cobrir os custos e 
como usar essa informação. Devemos também entender como os custos reagem com 
mudanças de volume. A expressão ponto de equilíbrio, tradução de break-even-point, refere-
se ao nível de venda em que não há lucro nem prejuízo, ou seja, onde os custos totais são 
iguais às receitas totais. 
Todas as empresas, independentemente da área de atuação (comércio, indústria ou 
serviços), possuem gastos. Estes gastos se subdividem genericamente em custos, despesas 
variáveis e despesas fixas. A análise destes gastos se faz necessária para a apuração correta de 
sua lucratividade e também para o gerenciamento financeiro mais eficiente. 
 
Custo: Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços: são 
todos os gastos relativos à atividade de produção. 
 
Custo Fixo: Custos fixos são aqueles cujos valores são os mesmos qualquer que seja o 
volume e produção da empresa. É o caso, por exemplo, do aluguel da fábrica. Este será 
cobrado pelo mesmo valor qualquer que seja o nível de produção, inclusive no caso da fábrica 
nada produzir. 
 
Custo Variável: Custos variáveis são aqueles cujos valores se alteram em função do volume 
de produção da empresa. Exemplo: matéria-prima consumida. Se não houver quantidade 
produzida, o custo variável será nulo. Os custos variáveis aumentam à medida em que 
aumenta a produção. 
 
Despesas variáveis: São aquelas que variam proporcionalmente ao volume produzido ou ao 
volume vendido, ou seja, só haverá despesa se houver venda ou unidades produzidas. 
Exemplo: comissões sobre vendas, impostos. 
 
Despesas fixas: São aquelas cujo total não varia proporcionalmente ao volume produzido (na 
indústria), ou ao volume de vendas (comércio e serviço), ou seja, existem despesas a serem 
pagas independente da quantidade produzida ou do valor de vendas. Exemplo: aluguel, 
honorários de contador, seguro da empresa, salário dos funcionários, entre outros. 
 
 
 
55
 
 
O ponto de equilíbrio também é chamado de análise custo-volume-lucro e é usado para 
determinar o nível de operações necessárias para cobrir todos os custos operacionais e para 
avaliar a lucratividade associada a vários níveis de renda. A figura abaixo representa 
graficamente o ponto de equilíbrio. 
 
 
 
Ponto de equilíbrio contábil: Identifica a quantidade mínima a ser vendida para cobrir os 
custos contábeis da empresa. Representa o ponto de equilíbrio operacional e é adequado para 
análises de médio prazo. 
 
Ponto de equilíbrio econômico: Mostra a quantidade mínima que a empresa terá que vender 
para assegurar a rentabilidade real, dada pela taxa de mínima remuneração do capital 
investido. É adequado para análises de longo prazo. Os custos de oportunidade são muito 
subjetivos e difíceis de serem calculados - são apenas um instrumento gerencial de apoio à 
tomada de decisões, não representando os custos reais da empresa. 
 
Ponto de equilíbrio financeiro: Informa o quanto a empresa terá que vender para não ficar 
sem dinheiro e, assim, ter que tomar empréstimos, prejudicando ainda mais sua lucratividade. 
É adequado para análises de curto prazo. Se a empresa estiver operando abaixo do ponto de 
equilíbrio financeiro, ela poderá até mesmo cogitar uma interrupção temporária de suas 
atividades. 
 
Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) 
Segundo Bruni e Famá (2004), a análise dos gastos variáveis e fixos tornam possível obter o 
ponto de equilíbrio contábil da empresa: representação do volume (em unidades ou $) de 
vendas necessário para cobrir todos os custos e no qual o lucro é nulo. Sendo assim, temos: 
 
O ponto de equilíbrio em quantidade pode ser calculado através da seguinte fórmula: 
 
PEC(q) = Custos Fixos ÷ (Preço – Custo variável unitário) 
 
O ponto de equilíbrio em valor monetário pode ser calculado pela seguinte equação: 
 
PEC($) = Preço x PEC(q) 
ou 
PEC($) = Preço x [Custos Fixos ÷ (Preço – Custo variável unitário)] 
 
CUSTOS = CF + v.Q
RECEITA = p.Q
QUANTIDADE
$
CF
Qo
Ro CUSTOS = CF + v.QCUSTOS = CF + v.Q
RECEITA = p.Q
QUANTIDADE
$
CF
Qo
Ro
RECEITA = p.QRECEITA = p.Q
QUANTIDADE
$
QUANTIDADE
$
CF
QoQo
RoRo
 
 
56
 
 
Exemplo: Uma empresa possui Custos Fixos da ordem de $ 100.000,00 por mês. Sabe-se que 
o Custo variável unitário de seus produtos vendidos é aproximadamente igual a $ 50,00 por 
unidade, e o preço de venda unitário dos produtos da empresa é igual a $ 70,00. Para saber 
qual o volume de vendas do ponto de equilíbrio contábil, bastaria aplicar a fórmula anterior. 
 
PEC(q) = Custos fixos ÷ (Preço – Custo variável unitário) 
PEC(q) = 100.000,00 ÷ (70,00 – 50,00) = 5.000 unidades 
 
A empresa deverá vender 5.000 unidades para permanecer no pronto de equilíbrio 
contábil sem lucros ou prejuízos, mantendo, portanto, a receita total igual aos custos totais. 
Para se conseguir o valor em moeda do PEC, bastaria multiplicar as vendas em unidades pelo 
preço de cada unidade comercializada. 
 
PEC($) = Preço x PEC(q) 
PEC($) = 70,00 x 5.000 = $ 350.000,00 
 
A empresa deverá faturar $ 350.000,00 para cobrir todos de seus gastos e não 
apresentar nem lucros e nem prejuízos. Entende-se que quanto mais próximo uma empresa 
estiver operando do seu ponto de equilíbrio, mais riscos ela correrá, pois, fica iminente que é 
mais fácil ela incorrer em prejuízo do que alcançar lucro. 
 
Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) 
 
O conceito de PEE apresenta a quantidade de vendas (ou do faturamento) que a empresa 
deveria obter para conseguir um mínimo de lucro desejado. Sendo assim, 
 
PEE(q) = [(Lucro desejado + Custos fixos) ÷ (Preço – Custo variável unitário)] 
 
PEE($) = Preço x PEE(q) 
ou 
PEE($) = Preço x [(Lucro desejado + Custos fixos) ÷ (Preço – Custo variável unitário)] 
 
Exemplo: Uma empresa possui Custos fixos da ordem de $ 100.000,00 por mês. Sabe-se que 
o CDV unitário de seus produtos vendidos é aproximadamente igual a $ 50,00 por unidade, e 
o preço de venda unitário dos produtos da empresa é igual a $ 70,00. A empresa deseja obter 
um lucro de $ 10.000,00 por mês. Para saber qual o volume de vendas do ponto de equilíbrio 
contábil, bastaria aplicar a fórmula anterior. Em outras palavras: 
 
PEE(q) = [(Lucro desejado + Custos fixos) ÷ (Preço – Custo variável unitário)] 
PEE (q) = [(10.000,00 + 100.000,000 ÷ ( 70,00 – 50,00)] 
PEE (q) = 110.000,00 ÷ 20,00 = 5.500 unidades 
 
A empresa deverá vender 5.500 unidades para conseguir obter um lucro de $ 
10.000,00 desejado pelos gestores. Para seconseguir o valor em moeda do PEC, bastaria 
multiplicar as vendas em unidades pelo preço de cada unidade comercializada. 
 
PEC($) = Preço x PEC(q) 
70,00 x 5.500 = $ 385.000,00 
 
A empresa deverá faturar $ 385.000,00 para cobrir todos de seus gastos e apresentar 
um lucro desejado de $ 10.000,00. 
 
 
57
 
 
 
Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) 
 
Entende-se como PEF, o valor que se equipara a receita com o total dos gastos que 
representam desembolso para a organização. Sendo assim, o referido cálculo não deve constar 
as depreciações, amortizações e ou exaustões, pois tais gastos não representam desembolso 
para a empresa. Sendo assim: 
 
PEF(q) = [(Custos fixos – Custos fixos não desembolsáveis) ÷ (Preço – CV unitário)] 
 
As vendas em valor monetário podem ser calculadas pela seguinte equação: 
 
PEF($) = Preço x PEF(q) 
ou 
PEF($) = Preço x [(CF – CF não desembolsáveis) ÷ (Preço – CV unitário)] 
 
Exemplo: Uma empresa produziu 50.000 unidades de um único produto, sendo que seu preço 
de venda é $ 25,00. Sabe-se que a empresa incorreu nos seguintes gastos. Com base nesses 
gastos, qual seria o ponto de equilíbrio financeiro da empresa? 
 
Gasto Valor 
Embalagem 150.000,00 
Matérias-primas 250.000,00 
Depreciação fabril 200.000,00 
MOD 50.000,00 
Salários e encargos administrativos (fixos) 120.000,00 
Outros gastos fixos 80.000,00 
 
Custos variáveis $ 450.000,00 ÷ 50.000 = $ 9,00 / unidade 
 
PEF (q) = (650.000 – 200.000) ÷ 25 –9 = 28.125 unidades 
 
 
Exemplo: Calcular a quantidade de equilíbrio de uma empresa que tenha Custo fixo estimado 
de 2.500; preço de venda de 10 reais e custo variável unitário de 5 reais. 
 
PE = 2.500 ÷ (10 – 5) = 500 unidades. 
 
O que aconteceria com o ponto de equilíbrio, se: 
1. O custo fixo aumentasse para R$ 3.000,00? 
Q = 3.000/ 10-5 = 600 Resposta: A quantidade de equilíbrio aumentaria e o ponto de 
equilíbrio se deslocaria para a direita e para cima. 
2. O preço unitário de venda aumentasse para R$ 12,50? 
Q = 2.500/12,5-5 = 333 Resposta: A quantidade de equilíbrio diminuiria e o ponto de 
equilíbrio se deslocaria para a esquerda e para baixo. 
3. O custo unitário variável aumentasse para R$ 7,50? 
Q = 2.500/10-7,5 = 1.000 Resposta: A quantidade de equilíbrio aumentaria e o ponto de 
equilíbrio se deslocaria para a direita e para cima. 
4. As três variáveis aumentassem nas proporções dadas, ao mesmo tempo? 
Q = 3.000/12,5-7,5 = 600 Resposta: A quantidade de equilíbrio aumentaria e o ponto de 
equilíbrio se deslocaria para cima e para a direita. 
 
 
58
 
 
Exercícios sobre ponto de equilíbrio 
 
1) A empresa Master produz um só produto e, ao elaborar o seu orçamento corporativo, 
projetou a seguinte estrutura de receita e custos. 
 
Receita de Vendas 900.000,00 
Custos Variáveis 450.000,00 
Custos Fixos 300.000,00 
Vendas previstas 30.000 unidades 
 
Para obter R$ 150.000,00 de lucro, quantas unidades a empresa deverá vender? 
 
 
2) A Weaver fabrica uma linha de relógios para senhoras vendidos em lojas de descontos. 
Cada relógio é vendido por R$ 25; os custos fixos são de $ 140.000; os custos variáveis são de 
R$ 15 por relógio. 
a) qual o ganho ou perda da empresa com venda de 8.000 relógios? E de 18.000 relógios? 
b) qual o ponto de equilíbrio? 
c) O que acontece com o ponto de equilíbrio se o preço de venda se elevar para $ 31, mas os 
custos variáveis aumentarem para $ 23 por unidade? 
 
 
3) Os dados a seguir são da Megaware, um fabricante de componentes eletrônicos. Cada 
unidade produzida é vendida por $ 45; os custos fixos são de $ 175.000, dos quais $ 110.000 
são despesas de depreciação anual; os custos variáveis são de $ 20 por unidade. 
a) qual é o ganho ou perda da empresa com vendas de 5.000 unidades? E de 12.000 unidades? 
b) qual o ponto de equilíbrio operacional? 
c) suponha que a Dellva opere em um nível de 4.000 unidades. É provável que os credores 
busquem a liquidação da companhia se ela atrasar o pagamento das contas? 
 
 
4) A empresa Navenet apresenta um custo fixo é R$ 200.000,00 para uma produção e venda 
de 20.000 unidades. O preço unitário atual é de R$ 20,00 e o custo variável de R$ 5,00. 
Acredita-se que se houver uma redução para R$ 15,00 a quantidade vendida crescerá 30%. 
Como ficará o resultado? Há vantagens em se fazer essa redução de preço por unidade 
vendida? 
 
 
5) Uma empresa obteve um faturamento no mês anterior de R$ 300.000,00. Sabendo-se que 
devido a um re-posicionamento estratégico realizado por uma agência de publicidade e 
propaganda cujo contrato fez com que o custo fixo passasse de 45% para 50% da receita, com 
variável total de R$ 100.000,00 e 10.000 unidades vendidas por mês a um preço à vista de R$ 
20,00, calcule o novo ponto de equilíbrio da empresa, na hipótese de não se alterarem as 
quantidades vendidas em um primeiro momento e portanto com o mesmo faturamento. 
 
 
6) Um lojista sabe que, para não ter prejuízo, o preço de venda dos seus produtos deve ser no 
mínimo 36% superior do valor de custo. Porém, ele prepara a tabela de preço de venda 
acrescentando 70% ao preço de custo, porque sabe que o cliente gosta de obter desconto no 
momento da compra. Qual é o maior desconto que ele pode conceder ao cliente sobre o preço 
da tabela, de modo a não ter prejuízo? 
 
 
59
 
 
Indicadores Financeiros 
 
Os ÍNDICES apurados representam parcela significativa do trabalho de análise, pois 
além de mostrar relações importantes entre os vários grupamentos de valores patrimoniais e 
dos componentes do resultado econômico dentro de um exercício financeiro, possibilita 
também o exame das oscilações desses índices ano a ano. Serão apurados e analisados os 
seguintes índices: 
 
 
ÍNDICES DE LIQUIDEZ: 
 
 a) Liquides Imediata: Disponibilidades , onde: 
 Passivo Circulante 
 
Disponibilidades = Caixa + Bancos + Aplicações de Liquidez Imediata 
 
Este índice representa a relação de quanto dispomos imediatamente com as nossas 
dívidas de curto prazo. É preciso considerar que a composição etária do numerador e 
denominador é completamente distinta. 
 
 
 b) Liquidez Corrente: Ativo Circulante 
 Passivo Circulante 
 
Relaciona quanto dispomos e poderemos dispor a curto prazo em dinheiro, com as 
dívidas a curto prazo. É preciso observar que no numerador estão incluídos itens diversos, que 
possuem prazos de conversibilidade também diversos. No denominador estão incluídas as 
dívidas e obrigações de curto prazo que, por sua vez, também possuem prazos de vencimento 
diversos. Portanto, a relação dos prazos de recebimento e de pagamento deverá ser 
considerada na análise deste índice. 
 
 
Prazo Médio de Recebimento = 360 X Clientes 
 Receita Operacional Bruta 
 
 
Prazo Médio de Pagamento = 360 X Fornecedores 
 Total das compras 
 
 Compras = CMV + EF – EI portanto, CMV = EI + COMPRAS – EF 
 
A influência deste quociente é muito grande sobre a posição presente e futura de 
liquidez (a curto e longo prazos). À medida que diminuirmos o PMR em relação ao PMP, 
estaremos propiciando condições mais tranqüilas para obter posicionamentos estáticos de 
liquidez mais adequados. Como o excesso de recebíveis diminui o “giro do ativo”, é preciso 
aumentar a margem de lucro sobre as vendas para compensar o efeito negativo do giro baixo. 
Isto nem sempre é possível. Como dificilmente podemos modificar sensivelmente o PMP, 
resta agirmos sobre o PMR e sobre a Margem de Lucro. A empresa deve fazer o possível para 
tornar esse quociente inferior a 1 (um) ou, pelo menos, ao redor de 1 (um), a fim de garantir 
uma posição neutra. 
 
 
 
60
 
 
 c)Liquidez Seca: Ativo Circulante – Estoques 
 Passivo Circulante 
 
Trata-se de uma análise conservadora da situação de liquidez da empresa. A 
eliminação dos estoques do numerador retira uma fonte de incerteza. Além disso, estamos 
eliminando as influências e distorções que a adoção deste ou daquele critério de avaliação de 
estoques poderia acarretar. 
 
 d)Liquidez Geral: Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo 
 Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo 
 
Serve para detectar a saúde financeira, no que se refere à liquidez de longo prazo. Mais 
uma vez o problema dos prazos deve ser devidamente considerado. Às vezes acontece que os 
índices de liquidez corrente e seco se apresentam razoáveis em decorrência de vultosos 
empréstimos a longo prazo. 
 
 
ÍNDICES DE SEGURANÇA / ESTRUTURA. 
 
 
a) Grau de endividamento = Exigível Total , onde: 
 Patrimônio Líquido 
 
Exigível Total = PC + PNC 
 
 
É uma outra forma de encarar a dependência de recursos de terceiros. Se o quociente, 
durante vários anos, for consistente e acentuadamente maior que um, denotaria uma 
dependência exagerada de recursos de terceiros. 
 
 
b) Participação de Capitais de Terceiros = Exigível Total 
 sobre os Recursos Totais Exigível Total + PL 
 
 Expressa a porcentagem que o endividamento representa sobre os fundos totais. 
Também significa qual a porcentagem do Ativo Total financiada com recursos de terceiros. 
No longo prazo, a porcentagem de capitais de terceiros sobre os fundos totais não poderia ser 
muito grande, pois isto iria progressivamente aumentando as despesas financeiras, 
deteriorando a posição de rentabilidade da empresa. Entretanto, muito irá depender da taxa de 
retorno ganha pelo giro no ativo dos recursos tomados por empréstimo, quando comparada 
com a taxa de despesas financeiras sobre o endividamento. 
 
 c) Imobilização de Recursos permanentes = Ativo Permanente 
 PL + PNC 
 
Representa a parcela dos fundos a longo prazo que está financiando o Ativo 
Permanente. Se o índice for maior que 1 (um) significa que o Patrimônio Líquido e o Exigível 
a Longo Prazo não são suficientes para cobrir o Ativo Permanente, concluindo-se que a 
empresa está utilizando recursos de curto prazo (Passivo Circulante) para financiar seus 
investimentos permanentes. 
 
 
 
61
 
 
 d) Grau de Imobilização= Ativo Permanente 
 Ativo Total 
 
Exprime a parcela dos recursos totais que se encontra aplicada no Ativo Permanente, 
conseqüentemente, em valores circulantes. Tal índice nunca será superior à unidade e sofrerá 
diretamente as influências do ramo de atividade explorado pela empresa, variando de acordo 
com suas necessidades de investimentos fixos e circulantes. 
 
 
ÍNDICES DE RENTABILIDADE 
 
 
a) Poder de Ganho da empresa = Lucro Operacional Líquido x 100 , onde: 
 Ativo Operacional 
 
 Ativo Operacional = Ativo Total – (Imóveis não Operacionais + Suprimentos a 
Controladas/Coligadas) 
Serve para medir a capacidade da empresa em gerar lucros. O quociente apurado será 
o retorno anual do investimento. Do PGE podemos extrair o Prazo de Retorno do 
Investimento, conforme abaixo: 
 
 
b)Rentabilidade do Capital Próprio = Lucro Antes do Imposto de Renda x 100 
 Patrimônio Líquido onde: 
 
 
Determina a remuneração dos capitais próprios investidos no negócio. Deve, em 
princípio, ser superior à taxa de juros do mercado, de modo a remunerar o risco do 
investimento. 
 
 
c) Lucratividade sobre Vendas/Serviços = Lucro Operacional Líquido x 100 
 Receita Operacional Bruta 
 
Apura a margem de lucros obtida nas operações da empresa. Para sua melhor 
avaliação, deve-se levar em conta o ramo de negócios explorado e a conjuntura econômica 
regional. 
 
 
d) Rotação do Ativo Operacional = Receita Operacional Bruta 
 Ativo Operacional 
 
Este índice mede a produtividade total dos investimentos aplicados nas atividades 
principais e acessórias da empresa, isto é, determina o número de vezes que o Ativo 
Operacional gira durante um exercício. 
 
 
 
 
 
 
 
 
62
 
 
SITUAÇÃO FINANCEIRA 
 
Uma empresa pode apresentar uma excelente situação econômica com elevada 
participação de capitais próprios e, no entanto, em determinado momento, não ter em mãos 
recursos numerários suficientes para a liquidação de seus compromissos. 
Esse último aspecto - suficiência ou não de recursos para o pagamento das obrigações 
- é o que caracteriza a situação financeira da empresa, ou a sua capacidade de pagamento. 
No estudo da capacidade de pagamento a curto prazo, preocupamo-nos com as dívidas 
vencíveis no exercício seguinte ao Balanço, procurando verificar se a empresa contará no 
mesmo período com valores disponíveis e rentáveis em montante suficiente para o resgate das 
mesmas. 
No caso da liquidez corrente, índices inferiores à unidade revelam, em princípio, 
situação financeira deficitária. Dessa forma, podemos enquadrar os resultados obtidos nas 
seguintes situações: ruim = menor que 0,5; apertada = de 0,5 a 0,7; satisfatória = de 0,8 a 1,0; 
boa = maior que 1,0. 
Para a liquidez seca os resultados abaixo da unidade devem ser vistos com mais 
cuidado, antes de se tirar conclusões precipitadas. A natureza dos estoques e sua facilidade de 
comercialização devem ser analisadas. 
Portanto, considerando que, dificilmente, pelo menos parte dos estoques deixará de ser 
vendida, podemos considerar com “normal” índices até ligeiramente inferiores à unidade. 
A capacidade de pagamento geral é definida pelo índice de liquidez geral, que 
compara todas as dívidas com todos os valores disponíveis e realizáveis, sem preocupação de 
limitação do prazo. 
Podemos considerar normal que os quocientes de Liquidez Geral sejam inferiores aos 
de liquidez corrente, pelos seguintes motivos: 
 
- quase toda empresa necessita recorrer a capitais de terceiros a longo prazo; 
- o “realizável a longo prazo” é, geralmente, menor que o “exigível a longo prazo”; 
- os financiamentos a longo prazo geralmente não “apertam” tanto a empresa, pois os 
prazos de resgate são de uma forma dilatados e bem equacionados. 
 
 ESTRUTURA 
 Cada empreendimento possui uma estrutura otimizante de composição de recursos e 
não existem regras fixas. A natureza do endividamento, as taxas de juros e os riscos, quando 
comparados com o retorno que tais recursos propiciam uma vez investidos, devem ser, por 
sua vez, comparados com os custos alternativos da captação de capital de risco. 
 Mais importante do que uma posição estática de tais quocientes é sua evolução no 
tempo e seus efeitos sobre a rentabilidade da empresa. Mesmo que durante certo tempo a 
empresa se tenha beneficiado de uma taxa de endividamento, surgirá o momento a partir do 
qual, pela grandeza dos custos financeiros, o endividamento adicional não será mais 
desejável, mesmo porque os emprestadores de dinheiro, a partir de certo grau de 
endividamento da empresa, vêem aumentar seus riscos de aplicação de capital, aumentando, 
portanto a taxa de juros. Isto ocorre não só com empresas, mas também com indivíduos e até 
com nações. 
 
RENTABILIDADE 
 Expressar a rentabilidade em termos absolutos tem uma utilidade informativa bastante 
reduzida. De maneira geral, devemos relacionar um lucro de um empreendimento com algum 
valor que expresse a dimensão relativa do mesmo, para analisar quão bem se saiu a empresa 
em determinado período. 
 
 
63
 
 
 Determinar um padrão ideal para a rentabilidade é uma tarefa difícil. Poderíamosdizer que uma boa taxa de rentabilidade seria aquela que permitisse à empresa manter e 
desenvolver suas atividades sem ter que procurar outros capitais (próprios ou de terceiros). É 
lógico que tudo depende da natureza do produto, das condições que a empresa tenha para se 
desenvolver e da conjuntura econômica. Através dessa análise podemos perceber, também, a 
importância de dois fatores: 
 a) custo operacional – influindo diretamente na margem de lucro; 
 b) movimento de vendas – influindo diretamente na rotatividade e, indiretamente, na 
margem de lucro (através da variação do custo operacional). 
 
 ROTATIVIDADE 
 Estes quocientes, importantíssimos, representam a velocidade com que elementos 
patrimoniais de relevo se renovam durante determinado período de tempo. Por sua natureza 
têm seus resultados normalmente apresentados em dias, meses ou períodos maiores, 
fracionários de um ano. A importância de tais quocientes consiste em expressar 
relacionamentos dinâmicos que acabam, direta ou indiretamente, influindo bastante na 
posição de liquidez e rentabilidade. 
 A interpretação destes quocientes deverá ser realizada em conjunto com a Margem de 
Ganho, a fim de verificar se esta compensa a velocidade ou vice versa. 
 
 
Índices Financeiros (Gitman) 
 
1 Liquidez 
 
Capital de Giro Líquido CCL = Ativo circulante – Passivo circulante 
 
Índice de liquidez corrente Ativo circulante / Passivo circulante 
 
Índice de liquidez seco Ativo circulante – estoques / Passivo circulante 
 
 
2 Atividade 
 
Giro dos estoques CMV / estoques 
 
Período médio de cobrança Duplicatas a receber / vendas médias por dia 
 
Período médio de pagamento Duplicatas a pagar / compras médias por dia 
 
Giro do ativo permanente Vendas / ativo permanente líquido 
 
Giro do ativo total Vendas / ativo total 
 
 
3 Endividamento 
 
Índice de endividamento geral Exigível total / ativo total 
 
Índice PNC – PL Passivo não circulante / patrimônio líquido 
 
 
 
64
 
 
 
 
4 Lucratividade 
 
Margem bruta Vendas – CMV / vendas 
 
Margem operacional Lucro operacional / vendas 
 
Margem líquida Lucro após o IR / vendas 
 
Taxa de retorno sobre ativo total (ROI) Lucro após o IR / ativo total 
 
Taxa de retorno sobre o PL (ROE) Lucro após o IR / patrimônio líquido 
 
Fórmula Dupont ROI = margem líquida x giro do ativo total 
 
Outros índices (Braga) 
 
Prazo médio de estocagem nº de dias / giro dos estoques ou 
 
Prazo médio de estocagem saldo médio (sm) dos estoques x 360 /CMV 
 
Prazo médio de cobrança sm Dup. A rec. X 360 / Rec. bruta vendas a prazo 
 
Prazo médio de pagamento sm Dup. A pág. X 360 / Compras brutas a prazo 
 
Giro das duplicatas a receber ROB – dev. e abat. / sm duplicatas a receber 
 
Capital de terceiros versus cap. próprio PC + PNC / PL 
 
Imobilização do capital próprio AP / PL 
 
Imobilização dos recursos permanentes AP / PNC + PL 
 
Liquidez geral AC + RLP / PC + PNC 
 
Liquidez imediata Disponibilidades / PC 
 
 
Exercícios 
 
1) Uma empresa possui as seguintes informações extraídas de seu Balancete de Verificação: 
 
 31.12.2008 31.12.2009 
Ativo Circulante R$ 17.500,00 R$ 39.625,00 
Passivo Circulante R$ 9.500,00 R$ 20.500,00 
 
Em relação ao crescimento do Índice de Liquidez Corrente da empresa em 2009, é 
CORRETO afirmar que: 
 
 
 
65
 
 
a) A empresa terminou o exercício de 2009 com crescimento positivo na Liquidez Corrente 
de aproximadamente R$ 0,09. 
b) A empresa terminou o exercício de 2009 com crescimento positivo na Liquidez Corrente 
de aproximadamente R$ 0,93 para cada R$ 1,00 de Passivo Circulante. 
c) A empresa terminou o exercício de 2009 com crescimento negativo na Liquidez Corrente 
de aproximadamente R$ 0,09. 
d) A empresa terminou o exercício de 2009 com crescimento negativo na Liquidez Corrente 
de aproximadamente R$ 0,91 para cada R$ 1,00 de Passivo Circulante. 
 
2) Você é o Administrador financeiro da empresa “Faísca e Fumaça instalações elétricas”. O 
contador está de férias e você precisa do balanço patrimonial (BP) para verificar como está a 
situação da empresa. Ao entrar em contato com o departamento de contabilidade o estagiário 
se encarregou de terminar o balanço e repassá-lo a você. O BP enviado por ele está descrito a 
seguir. (Você tem liberdade de fazer as alterações que julgar necessárias) Após isso, você 
deve dizer como está a situação da empresa em relação à liquidez, rentabilidade, CCL, 
endividamento e recomendações pessoais. 
 
Balanço Patrimonial 31/12/2009 “Faísca e Fumaça” 
ATIVO PASSIVO 
Circulante Circulante 
Caixa e bancos 
Empréstimos e Financiamentos 
Salários a pagar 
(-) Depreciação acumulada 
Lucros (P) Acumulados 
40.000 
199.000 
4.000 
(16.000) 
(62.000) 
Fornecedores 
Reserva legal 
Imobilizado 
149.000 
1.000 
160.000 
Permanente 
Estoques 
Capital Social 
 
149.000 
100.000 
Patrimônio Líquido 
Duplicatas a receber 
Aplicações financeiras 
Adiantamento de clientes 
 
58.000 
1.000 
1.000 
Total do Ativo 414.000 Total do Passivo + PL 370.000 
 
Balanço Patrimonial 31/12/2009 “Faísca e Fumaça” 
ATIVO PASSIVO 
Circulante Circulante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Permanente 
 
 
 
 
 
 
Patrimônio Líquido 
 
 
 
Total do Ativo Total do Passivo + PL 
 
Demonstração do Resultado do Exercício 31/12/2009 
 
 
66
 
 
Receita com Vendas 240.000 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas 180.000 
(=) Lucro Bruto 60.000 
(-)Despesas Operacionais 25.000 
(=) Lucro Operacional 35.000 
(-) Imposto de Renda (IR) 10.000 
(=) Lucro Líquido 25.000 
 
 
3) Interprete o Balanço Patrimonial da Companhia ALPHA e os gráficos de estrutura 
patrimonial apresentados abaixo e responda às questões 4, 5 e 6. 
Balanço Patrimonial Cia. ALPHA 
ATIVO PASSIVO 
Circulante Circulante 
Disponibilidades 1.500 Fornecedores 9.380 
Duplicatas a Receber 20.000 Dividendos a Pagar 1.000 
(-) Provisão Devedores Duvidosos (300) Empréstimo Bancário 5.000 
Estoques 8.800 Provisão para Imposto de Renda 2.820 
Permanente Salários e Encargos 2.400 
Imobilizado 20.000 Patrimônio Líquido 
(-) Depreciação Acumulada (5.000) Capital Social 11.000 
 Reserva Legal 600 
 Reservas de Lucros 5.800 
 Lucros (P) Acumulados 7.000 
TOTAL DO ATIVO 45.000 TOTAL DO PASSIVO + PL 45.000 
 
I Ativo Passivo II Ativo Passivo III Ativo Passivo 
 
 
 
 
 
 
Circulante 
67% 
 
 
Permanente 
33% 
Circulante 
46% 
 
Patrimônio 
Líquido 
54% 
 
Circulante 
33% 
 
Permanente 
67% 
Circulante 
49% 
 
Patrimônio 
Líquido 
51% 
 
Circulante 
35% 
 
Permanente 
 
65% 
Circulante 
35% 
 
Patrimônio 
Líquido 
65% 
 100% 100% 100% 100% 100% 100% 
 
IV Ativo Passivo V Ativo Passivo 
 
 
 
 
Circulante 
 
65% 
 
Permanente 
35% 
Circulante 
45% 
 
Patrimônio 
Líquido 
55% 
 
Circulante 
35% 
 
Permanente 
65% 
Circulante 
55% 
 
Patrimônio 
Líquido 
45% 
 
 100% 100% 100% 100% 
 
 
4) A estrutura patrimonial da Companhia ALPHA corresponde ao gráfico da Estrutura: 
(A) I. (B) II. (C) III. (D) IV. (E) V. 
 
 
5) Das empresas representadas graficamente, a que se encontra mais próxima da insolvência 
 
 
67
 
 
técnica é a da Estrutura: 
(A) I. (B) II. (C) III. (D) IV. (E) V. 
 
6) Considerando que todas as empresas representadas graficamente tiveram a mesma receita 
brutade vendas, a que apresentou o maior giro do ativo permanente foi a da Estrutura: 
(A) I. (B) II. (C) III. (D) IV. (E) V. 
 
 
7) A empresa Tersec S/A demonstra seu patrimônio em apenas quatro grupos: Ativo 
Circulante, Ativo Permanente, Passivo Circulante e Patrimônio Líquido. 
O seu Capital Próprio, no valor de R$ 13.000,00, está registrado na Junta Comercial. 
O grau de endividamento dessa empresa foi calculado em 35%. 
O quociente de liquidez corrente foi medido em 1,2. 
Levando-se em consideração apenas as informações acima, assinale a alternativa correta: 
(A) O ativo total é de 12.090 
(B) O ativo circulante é de 4.550 
(C) O passivo circulante é de 5.460 
(D) O CCL é de 910 
 
8) A empresa Simplificada, para conhecimento do mercado, publicou as seguintes 
informações sobre seu patrimônio: 
• não há recursos realizáveis a longo prazo; 
• o quociente de solvência é 2,5 mas apenas R$ 10.000,00 são exigibilidades de longo 
prazo; 
• as exigibilidades não circulantes, contidas no grupo Patrimonial chamado "Passivo 
Exigível a Longo Prazo", têm um coeficiente de estrutura patrimonial (Análise Vertical) 
igual a 0,05; (representam 5% do total dos Passivos mais o Patrimônio Líquido ou do 
total do ativo). 
• 60% dos recursos aplicados estão financiados com capital próprio; 
• o quociente de liquidez corrente (AC/PC) é de 1,4, enquanto que a liquidez imediata 
(disponibilidades/PC) alcança apenas o índice 0,4. 
 
Considerando que os cálculos da análise supra indicada estão absolutamente corretos, 
não havendo nenhuma outra informação a ser utilizada, podemos afirmar que, no Balanço 
Patrimonial, o valor: 
 
(A) do Patrimônio Líquido é: R$ 200.000,00 
(B) do Ativo Circulante é: R$ 120.000,00 
(C) do Ativo Permanente é: R$ 88.000,00 
(D) do Passivo Circulante é: R$ 80.000,00 
(E) das disponibilidades é: R$ 28.000,00 
 
 
 
68
 
 
Alavancagem Financeira 
 
A alavancagem financeira, ou “Leverage” está relacionada com a captação de recursos 
de terceiros com uma remuneração inferior aos lucros obtidos nas operações da empresa. Com 
o intuito de ampliar os negócios e desse modo aumentar a remuneração do capital próprio. 
Todavia esta alavancagem gera um risco financeiro se não bem administrado poderá em 
virtude do risco econômico ou por sazonalidade do produto gerar prejuízos, em virtude dos 
custos de remuneração do capital de terceiros serem maiores do que a remuneração obtida 
com estes recursos. 
A alavancagem financeira diz respeito à prática de usar títulos de dívida para financiar 
investimentos e consiste na relação entre LAJIR (lucro antes do pagamento do juro e do IR) e 
o LPA (lucro por ação). Quando a obrigação é emitida, a empresa compromete-se a pagar os 
juros e a amortizar o principal em alguma data no futuro. Devido os juros serem despesas 
dedutíveis do cálculo do IR, uma maior parcela do lucro operacional sobra para os acionistas. 
Entretanto, quanto mais dívidas uma empresa tiver em sua estrutura de capital, maior 
será o risco financeiro. Isso significa que, independente do seu nível de lucro operacional, a 
empresa deve continuar a efetuar os pagamentos fixos de juros e principal. Se as atividades 
comerciais declinam em função de uma contração no nível econômico, o LAJIR também 
declinará, aumentando a probabilidade de a empresa não ser capaz de efetuar os pagamentos 
de juros com os lucros operacionais existentes. Neste sentido, a alavancagem financeira é uma 
faca de dois gumes. Embora ela possa ser benéfica em um período cíclico de expansão, ela é 
danosa numa fase cíclica de contração. 
Comparando uma empresa alavancada com uma empresa não alavancada. A empresa 
não alavancada é financiada pela emissão de ações ordinárias e não tem nenhuma dívida em 
sua contabilidade. Uma empresa alavancada financia parte de suas operações através de 
dívidas. Como resultado, ela possui uma combinação de capital de terceiros e de capital 
próprio em sua estrutura de capital. 
 
 Empresa A – Não alavancada (D/C = 0) Empresa B – Alavancada (D/C = 50%) 
 2006 2007 2006 2007 
LAJIR 100.000 140.000 100.000 140.000 
Juros 10% 0 0 10.000 10.000 
LAIR 100.000 140.000 90.000 130.000 
IR 40% 40.000 56.000 36.000 52.000 
Lucro líquido 60.000 84.000 54.000 78.000 
Ações existentes 10.000 10.000 5.000 5.000 
LPA (lucro p/ ação) 6 8,4 10,8 15,6 
 
Alavancagem Financeira: tomando como base o dilema da administração financeira 
(liquidez x rentabilidade), analisa-se a relação entre posição financeira e retorno do acionista. 
Se uma empresa opta por trabalhar com alta liquidez, ela mantém um nível de endividamento 
baixo, evitando o risco financeiro através da manutenção de poucos recursos de terceiros em 
sua estrutura de capital. A empresa abre mão da rentabilidade que poderia ser proporcionada 
por estes recursos. Por outro lado, quanto maior o nível de endividamento, menor a liquidez e 
maior o risco financeiro. Mas é na sábia utilização destas fontes externas de recursos, que 
encontra-se o aumento da rentabilidade. Se a empresa, ao analisar os pontos fortes e fracos 
comentados no item anterior, aplica os recursos tomados em ativos que geram rendimentos 
maiores que o custo desta captação, temos a formação do spread. É a parcela gerada na 
utilização de capital de terceiros que, ao somar-se com o retorno das atividades operacionais 
formam o retorno final do acionista. Assim, a alavancagem financeira é definida por Silva 
(2006, p. 536) como “...o impacto do uso de capitais de terceiros na geração de valor...”. 
É importante ressaltar que, se os recursos de terceiros aplicados não gerarem um 
 
 
69
 
 
resultado superior ao seu custo, o acionista terá o seu retorno prejudicado. Ou seja, a 
alavancagem financeira pode funcionar de maneira positiva ou negativa, maximizando ou 
minimizando o retorno do acionista. 
Bernstein e Wild (2000, p. 258) afirmam que “quanto maior a alavancagem financeira, 
menor é a proporção de ativos financiados por capital próprio”, sendo maior a participação de 
recursos de terceiros na estrutura de capital. Silva (2006) aponta também esta relação ao dizer 
que a alavancagem financeira muda conforme a modificação no percentual de dívida em 
relação ao ativo total. Assim, quanto maior a alavancagem financeira, maior o retorno do 
acionista e maior o risco financeiro. 
Existe forte tendência para que as empresas de grande porte apresentem uma 
alavancagem financeira maior. Isso ocorre por terem maior acesso ao mercado de crédito e de 
capitais do que pequenas e médias empresas. É o que afirma a pesquisa desenvolvida pelo 
Banco da Inglaterra e publicada no Financial Times (ATRILL e McLANEY 2005), na qual é 
citado o aumento da alavancagem financeira nas empresas de grande porte daquele país. O 
fato acontece também no Brasil, de acordo com um estudo realizado por Prates e Leal (2005). 
Porém, ressaltam que o efeito é inverso nas pequenas e médias empresas devido à restrição do 
mercado brasileiro de crédito e de capitais, já que diminui as fontes de financiamento 
disponíveis. Este é o principal motivo pelo qual estas empresas têm dado preferência ao 
financiamento interno, através da retenção de lucros e diminuição da distribuição dos 
dividendos. Isto ocorre na maioria das vezes, por falta de alternativas e não por opção. 
Assaf (2006) aponta a alavancagem financeira como um auxílio à geração de valor 
econômico. Nesse caso, a utilização do capital de terceiros funciona como uma estratégia 
financeira. Segundo o autor, a criação de valor para o acionista acontece quando as receitas 
operacionais superam não apenas custos e despesas, mas também o custo de oportunidade do 
capital próprio. Assim, mesmo incorrendo em despesas financeiras que podem diminuir o 
lucro contábil, a utilização de recursos externos é um ponto estratégicona gestão baseada no 
valor, onde a valorização econômica da riqueza é o ponto central. 
 
Tipos de alavancagens: 
 
ALAVANCAGEM OPERACIONAL – É determinada pela relação entre as receitas de 
vendas da empresa e seu LAJIR (Lucro antes dos juros e do Imposto de Renda). Em outras 
palavras, é o uso potencial de custos operacionais fixos para aumentar os efeitos das 
mudanças nas vendas sobre os lucros das empresas, antes dos juros e dos impostos. Quanto 
maior for o uso dos custos fixos em relação aos custos variáveis unitários, maior será o grau 
de alavancagem operacional. 
 
ALAVANCAGEM FINANCEIRA – Refere-se à relação entre o LAJIR e o LPA (Lucro por 
Ação). É a capacidade da empresa para usar encargos financeiros fixos, a fim de maximizar os 
efeitos da variação do LAJIR sobre o LPA da empresa. Quanto maior for o uso destes 
encargos financeiros fixos, maior será o grau de alavancagem financeira. 
 
ALAVANCAGEM TOTAL – É o uso potencial de custos fixos, tanto operacionais como 
financeiros, para aumentar o efeito de variações nas vendas/LPA. 
 
Fórmulas para cálculo do grau de alavancagem: 
 
Alavancagem Operacional: GAO¹= Variação percentual no LAJI = ∆LAJI = nº de vezes 
 Var. percentual nas vendas ∆RTV 
 
 GAO²= Margem de contribuição total = MCT = nº de vezes 
 LAJI LAJI 
 
 
70
 
 
 
Alavancagem Financeira: GAF¹= Variação percentual no LL = ∆LL = nº de vezes 
 Variação percentual no LAJI ∆LAJI 
 GAF²= LAJI = LAJI = nº de vezes 
 LAJI – Desp. financeiras LAIR 
 
1) Uma empresa tinha empréstimos anuais de R$ 20.000,00 a juros de 10% ao ano, a alíquota 
de IR era de 40% e distribuiu dividendos no valor de R$ 2.400,00. Sabendo que possui 1.000 
ações ordinárias, qual a variação do LPA para níveis de LAJIR de R$ 6.000,00, R$ 10.000,00 
e R$ 14.000,00? 
 
LAJIR 
(-) Juros 
LAIR 
(-) IR 
LLE 
(-) Dividendos 
LDDD 
LL/1.000 ações 
 
2) Calcule os efeitos de alavancagem sobre os resultados da Indústria Unipro. 
 
Variações no volume de produção e vendas DRE Situação 
base +10% +15% -10% -15% 
Unidades vendidas 6.000 
Receitas de vendas 60.000 
Custos variáveis (24.000) 
Margem de contribuição 36.000 
Custos operacionais fixos (27.000) (27.000) (27.000) (27.000) (27.000) 
LAJI 9.000 
Despesas financeiras (3.000) (3.000) (3.000) (3.000) (3.000) 
LAIR 6.000 
Provisão para IR (35%) (2.100) 
Lucro Líquido 3.900 
 
Variações 
∆RTV +10% +15% -10% -15% 
∆LAJI 
∆LL 
 
 
 
Indústria Unipro: GAO em diferentes níveis de operações. 
 
Volumes em mil unidades 3.500 4.000 4.500 5.000 5.500 6.000 6.500 
Receitas de vendas (qx10) 
Custos variáveis (qx4) 
Margem de contribuição (qx6) 
Custos operacionais fixos 27.000 27.000 27.000 27.000 27.000 27.000 27.000 
LAJI

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