Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Polimorfismo Genético DNA & Proteína Polimorfismo Normal Mutação Recombinação Gera novas combinações entre os alelos antigos e os novos Gera novos alelos (ou não) Reparo Evolução Polimorfismo Introdução o Relembrando a Genética I... Gene é um termo geral que significa, grosso modo, a entidade física transmitida de pai para filho durante o processo reprodutivo que influencia os caracteres hereditários. Os genes podem existir em formas, ou estados diferentes, no mesmo indivíduo ou em indivíduos diferentes. Estas formas alternativas são denominadas Alelos. Veja. Tipograficamente, os genes são indicados em itálico e os alelos são comumente diferenciados por letras maiúsculas e minúsculas (A versus a), subscritos (A1 versus A2), sobrescritos (a+ versus a-) ou, algumas vezes, somente + e -. Assim, usando esses símbolos, os indivíduos homozigotos poderiam ser representados por qualquer uma das fórmulas: AA, aa, A1A1, A2A2, a+a+, a-a-, ++ ou --. Já os heterozigotos poderiam ser representados por: Aa, A1A2, a+a- ou +-. Introdução Assim, partindo do fato do material genético ser composto por DNA que, por sua vez, é composto por nucleotídeos, então, diferentes sequências nucleotídicas, que podem ocorrer em um gene, representam os alelos. G-C T-A Introdução Assim, diferentes alelos podem codificar cadeias polipeptídicas, de certa forma, d i ferentes . Po r exemplo, uma forma mutante do gene Beta-globina codifica uma cadeia pol ipept íd ica aberrante que tende a formar cristais sob baixa pressão de oxigênio. Isso faz com que as células vermelhas do sangue entrem em colapso, adquirindo a forma de uma meia-lua ou foice, o que dá o nome à doença sanguínea associada a essa condição, a Anemia Falciforme. Introdução Mas onde é que está o polimorfismo nessa história toda? Polimorfismo Se o termo polimorfismo diz respeito a várias formas, então, por definição, polimorfismo genético é a ocorrência, em uma população, de múltiplas formas de uma característica ou de múltiplos alelos em um locus genético. Polimorfismo Se o termo polimorfismo diz respeito a várias formas, então, por definição, polimorfismo genético é a ocorrência, em uma população, de múltiplas formas de uma característica ou de múltiplos alelos em um locus genético. Polimorfismo Assim, as diferenças genéticas que são comuns entre organismos da mesma espécie são chamadas de polimorfismos, enquanto as diferenças que se acumulam entre espécies constituem a divergência genética. Polimorfismo Um dos at r ibutos un iversa is das populações naturais é a diversidade f e n o t í p i c a . P a r a a m a i o r i a d a s características, muitos fenótipos diferentes podem ser encontrados entre indivíduos de qualquer população. A diversidade f eno t í p i c a em r e l a ç ão a mu i t a s características é impressionante, mesmo em uma observação casual. Entre os seres humanos, por exemplo, existe uma diversidade em relação à altura, o peso, à forma do corpo, à cor e textura dos cabelos, à cor da pele, à cor do olho, e out ros vár ios a t r ibutos f í s i cos e psicológicos ou habilidades. Assim, a variação genética, na forma de alelos múltiplos (polimorfismo) de muitos genes, existe na maior parte das populações naturais. Polimorfismo Entretanto, também existem diferenças no DNA (polimorfismo) entre dois cromossomos homólogos que não produzem fenótipos visivelmente diferentes, seja em virtude dessas diferenças no DNA não estarem localizadas em genes ou por estarem localizadas em genes, mas não alterarem o produto proteico, o que pode ser exemplificado por uma mutação silenciosa que se fixou naquela população. G-C T-A Polimorfismo o Marcadores Moleculares As referidas diferenças na sequência de DNA (polimorfismo) podem ser consideradas marcadores moleculares (Alelos moleculares). Assim, sua localização, seus loci, podem ser mapeados (mapeamento genético; ligação; FR) do mesmo modo que os alelos que produzem fenótipos visíveis. Os marcadores moleculares são extremamente numerosos (são encontrados por todo o genoma) e, portanto, são muito úteis como marcos genômicos, um verdadeiro GPS molecular, que podem ser utilizados para localizar os genes de interesse tanto médico quanto biotecnológico. Polimorfismo o Marcadores Moleculares As referidas diferenças na sequência de DNA (pol imorf ismo) podem ser consideradas marcadores moleculares (A l e l os mo lecu la res ) . Ass im, sua localização, seus loci, podem ser mapeados (mapeamento genético; ligação; FR) do mesmo modo que os alelos que produzem fenót ipos v is íve is . Os marcadores moleculares são extremamente numerosos (são encontrados por todo o genoma) e, portanto, são muito úteis como marcos genômicos, um verdadeiro GPS molecular, que podem ser utilizados para localizar os genes de interesse tanto médico quanto biotecnológico. Polimorfismo o Marcadores Moleculares Mas e aí? Como é que eu faço para identificar esses polimorfismos tão informativos? Polimorfismo o Marcadores Moleculares Mas e aí? Como é que eu faço para identificar esses polimorfismos tão informativos? Calma... Antes de partirmos para os métodos de identificação e também a aplicação de sequências polimórficas, temos que aprender outras coisas... Polimorfismo o O que causa o polimorfismo? Mutações! Mutações que ocorrem, na maioria das vezes, como já sabemos, de forma espontânea e, por terem um efeito neutro ou conferirem alguma vantagem seletiva, são mantidas na população e assim, são passadas de uma geração para a outra. Polimorfismo o Em qual frequência ocorre? Uma variação na sequência do DNA, encontrada em mais de 1% da população, é considerada um polimorfismo genético. Polimorfismo o Quais os tipos de polimorfismo? u Os dois principais tipos de polimorfismos são: 1- Polimorfismos de nucleotídeo único/simples (SNP; do Inglês: Single Nucleotide Polymorphisms). 2- Polimorfismos de comprimento de sequência simples (SSLP; do Inglês: Simple Sequence Length Polymorphisms), também conhecido como Repetições em tandem de número variável (VNTR; do Inglês: Variable Number Tandem Repeats). Polimorfismo o Como detectá-los (já que alguns polimorfismos não tem correlação direta com o fenótipo)? Nos últimos 30 anos, o desenvolvimento de técnicas de Biologia Molecular que nos permitem isolar, cortar e sequenciar o DNA forneceu ferramentas úteis para detectar, quantificar e investigar a variação genética. Assim, a aplicação destas técnicas permitiu uma visão detalhada da variação genética em nível molecular. Polimorfismos de nucleotídeo único/simples (SNP) O sequenciamento de DNA demonstrou que, conforme esperado, as sequências genômicas dos indivíduos em uma espécie são, em sua maior parte, idênticas. Por exemplo, comparações das sequências de diferentes indivíduos revelaram que somos idênticos em, aproximadamente, 99,9%. Quase toda a diferença de 0,1% ocorre com base em diferenças de um único nucleotídeo (SNP; do Inglês: Single Nucleotide Polymorphisms). Polimorfismos de nucleotídeo único/simples (SNP) Veja... Em um indivíduo, uma sequência pode ser: A A G G C T C A T T T C C G A G T A e em outro, pode ser: A A A G C T C A T T T T C G A G T A Ass im, dá - se o nome de Polimorfismos de nucleotídeo único/simples (SNP) a diferenças (polimorfismos) envolvendo um único nucleotídeo (ou o par de n u c l e o t í d e o s q u a n d o s e considera a dupla fita de DNA). Contudo, lembre-se que para serconsiderado um polimorfismo essa variação na sequência do DNA deve ser encontrada em mais de 1% da população. Polimorfismos de nucleotídeo único/simples (SNP) Em seres humanos, acredita-se que existam, aproximadamente, 3 milhões de SNP distribuídos, mais ou menos aleatoriamente, a uma frequência de 1 SNP a cada 300 a 1000 bases. Contudo, a maior parte dos SNP, conhecidos, está localizada fora de genes e /ou de suas r eg i ões regulatórias. Sendo assim, os SNP, em sua maioria, não produzem fenótipos visíveis ou não estão relacionados com um característica mendeliana simples. Polimorfismos de nucleotídeo único/simples (SNP) Existem dois modos de detectar um SNP: O primeiro é sequenciar um segmento de DNA em cromossomos homólogos e comparar as sequencias para localizar as diferenças. Segundo é baseado na capacidade de determinadas enzimas, conhecidas como enzimas de restrição, de reconhecerem uma sequência específica no DNA e cortá-la. Como assim??? Detecção de Polimorfismos de nucleotídeo único/ simples (SNP) o Detecção de Polimorfismos de nucleotídeo único/simples (SNP): sequenciar um segmento de DNA Detecção de Polimorfismos de nucleotídeo único/ simples (SNP) o Detecção de Polimorfismos de nucleotídeo único/simples (SNP): sequenciar um segmento de DNA Detecção de Polimorfismos de nucleotídeo único/ simples (SNP) o Detecção de Polimorfismos de nucleotídeo único/simples (SNP): enzimas de restrição Detecção de Polimorfismos de nucleotídeo único/ simples (SNP) o Detecção de Polimorfismos de nucleotídeo único/simples (SNP): enzimas de restrição Detecção de Polimorfismos de nucleotídeo único/ simples (SNP) o Detecção de Polimorfismos de nucleotídeo único/simples (SNP): enzimas de restrição Detecção de Polimorfismos de nucleotídeo único/ simples (SNP) o Detecção de Polimorfismos de nuc leo t ídeo ún i co / simples (SNP): enzimas de restrição Veja. Partindo do fato de enzimas de restrição serem c a p a z e s d e r e c o n h e c e r sequências específicas de DNA (sítio) e cortá-las, então, se houver um SNP dentro de um sítio de restrição, a sequência alvo não será mais reconhecida pela enzima e o corte não será realizado... Detecção de Polimorfismos de nucleotídeo único/ simples (SNP) o Detecção de Polimorfismos de nuc leo t ídeo ún i co / simples (SNP): enzimas de restrição (RFLP) Quando um Polimorfismos de nucleotídeo único/simples (SNP) é i d e n t i f i c a d o p o r e s t a metodologia, passa-se, então, a chamá-lo de Polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição (RFLP; do Inglês: Restriction Fragment Length Polymorfisms). Detecção de Polimorfismos de nucleotídeo único/ simples (SNP) o Detecção de Polimorfismos de nucleotídeo único/simples (SNP): enzimas de restrição (RFLP) Neste caso, haverá “dois alelos” de RFLP, um apresenta mais de um alvo para a enzima de restrição e o outro apresenta apenas um. A enzima de restrição cortará o DNA nos SNP que contém o alvo e ignorará o outro SNP. Os SNP são, assim, detectados como “bandas” (fragmentos de DNA) diferentes em um gel de eletroforese. Detecção de Polimorfismos de nucleotídeo único/ simples (SNP) Polimorfismos de comprimento de sequência simples (SSLP) Uma das surpresas da análise genômica molecular é que a maior parte dos genomas contém uma grande quantidade de DNA repetitivo. Além disso, existem muitos tipos de DNA repetitivo. Em uma extremidade do espectro estão as múltiplas repetições adjacentes de sequências de DNA curtas e simples. A origem destas repetições não está clara, mas a característica que as torna úteis é que, em indivíduos diferentes, existem números diferentes de cópias. Portanto, essas repetições são denominadas Polimorfismos de comprimento de sequência simples (SSLP; do Inglês: Simple Sequence Length Polymorphisms), também conhecido como Repetições em tandem de número variável (VNTR; do Inglês: Variable Number Tandem Repeats). Polimorfismos de comprimento de sequência simples (SSLP) O s S S L P c o m u m e n t e apresentam alelos múltiplos. Por exemplo, se há 4 alelos, e n t ã o h á 4 s e q u ê n c i a s polimórficas (do tipo SSLP) que variam em suas repetições dentro de uma população. Por consequência, por vezes, quatro alelos (dois de cada genitor) podem ser seguidos em um heredograma. Polimorfismos de comprimento de sequência simples (SSLP) Os SSLP comumente apresentam alelos múltiplos. Por exemplo, se há 4 alelos, então há 4 sequências polimórficas (do tipo SSLP) que variam em suas repetições dentro de uma população. Por consequência, por vezes, quatro alelos (dois de cada genitor) podem ser seguidos em um heredograma. Polimorfismos de comprimento de sequência simples (SSLP) o Dentro do SSLP ainda há dois subtipos de polimorfismo: Marcadores minissatélites e os Marcadores microssatélites. Obs: a palavra “satélite”, neste contexto, se refere à observação de que, quando o DNA genômico é isolado e fracionado (migrado) em um gel de eletroforese, as sequências repetitivas formam uma fração que está fisicamente separada do restante do DNA, assim como a lua em relação à terra. u Marcadores minissatélites: Um marcador minissatélite tem por base a variação no número de repetições em tandem de uma unidade de repetição com comprimento de 15 a 100 nucleotídeos. Em seres humanos, o comprimento total da unidade é de 1 a 5 Kb. u Marcadores microssatélites: Um marcador microssatélite tem por base números variáveis de repetições em tandem de uma sequência ainda mais simples, em geral, um pequeno número de nucleotídeos tal como um dinucleotídeo. Em humanos, o tipo mais comum é uma repetição de CA e do seu complemento GT. CA CA CA CA CA CA CA CA GT GT GT GT GT GT GT GT Detecção de Polimorfismos de comprimento de sequência simples (SSLP): Os Polimorfismos de comprimento de sequência simples (SSLP) são detectados aproveitando-se da vantagem de que repetições homólogas, que contém números diferentes de repetições em tandem serão de diferentes comprimentos. Detecção de Polimorfismos d e c o m p r i m e n t o d e sequência simples (SSLP): Um p roced imen to comumente utilizado para revelar essas diferenças (polimorfismos) é isolar o fragmento de DNA através da técnica de PCR utilizando iniciadores (primers) que flanqueiam a região que contem o SSPL. De forma resumida, a técnica de PCR replica (amplifica em número de cópias de DNA) as sequências de DNA até que elas estejam em quantidades suficientes para serem visualizadas em um gel de eletroforese. No caso dos minissatélites, os padrões visualizados no gel são denominados “impressões digitais do DNA” (DNA fingerprinting) pois são muito diferentes de um indivíduo para outro. Detecção de Polimorfismos de comprimento de sequência simples (SSLP): Polimorfismo o Demais aplicações dos polimorfismos de DNA 1- Estimar o nível de variação genética em diversas populações de organismos diferentes (procariontes, eucariontes, organelas), no tamanho populacional, na estrutura de cruzamento ou em caracteres da história de vida. 2- Examinar e entender os padrões nos quais diferentes tipos de variação genética ocorrem nos genomas. 3- Entender os mecanismos evolutivos pelos quais a variação genética é mantida e compreender os processos pelos quais os polimorfismos genéticos dentro da espécie se convertem em divergência genética entre espécies. 4- Utilizar as diferenças genéticas como um meio de “impressão digital do DNA” paraser capaz de identificar, de maneira única e exclusiva, indivíduos diferentes em uma população, para finalidades de investigação criminal, identificação pessoal, determinação do grau de parentesco genético, rastreamento de doenças virais e bacterianas epidêmicas, entre outros. 5- Utilizar os polimorfismos genéticos como marcadores em estudos genealógicos para, através da ligação genética, identificar genes que são fatores de risco para doenças hereditárias em populações humanas ou que estão associadas com características favoráveis em animais e plantas. 6- Monitorar o nível de diversidade genética em espécies-chave indicadoras, presentes em comunidades biológicas em habitats expostos a estresse químico, biológico ou físico. 7- Utilizar os polimorfismos genéticos dentro de subpopulações de uma espécie como indicadores da história da população, dos padrões de imigração, entre outros. 8- Entender a origem evolutiva, a expansão global e a diversificação da população humana. 9- Entender os ancestrais selvagens e as práticas da seleção artificial na origem dos cruzamentos de animais e plantas. 10- Analisar as diferenças genéticas entre as espécies a fim de determinar a história ancestral (filogenia) das espécies e rastrear a origem de adaptações morfológicas, comportamentais, entre outras. Polimorfismo de proteínas Considerando que, se há um sítio po l imórf ico em uma região codificadora do DNA, então, há a possibilidade deste polimorfismo ser re f l e t ido na sequênc ia aminoacídica do produto deste gene . Atua lmente, numerosos estudos examinam a variação proteica em uma grande var iedade de organismos. Polimorfismo de proteínas Contudo, a técnica utilizada (gel de eletroforese proteica; também conhecido por eletroforese enzimática) não é capaz de detectar algumas substituições de aminoácidos, nem detectar a variação genética no DNA que não resulta em uma alteração de aminoácidos de uma proteína (códons s inônimos e po l imor f i smo em reg i ões não codif icadoras). Desta forma, a eletroforese de proteína subestima a variação genética. Obs.: Lembre-se que o código genético é degenerado e, assim, mais de um códon pode codificar o mesmo aminoácido. Polimorfismo de proteínas Por outro lado, quando a variação (polimorfismo) de DNA resulta em uma substituição não sinônima na s e q u ê n c i a a m i n o a c í d i c a , é poss íve l , então, detectar o polimorfismo em termos proteicos. Os polimorfismos deste tipo são chamados de alozimas. Polimorfismo de proteínas Os polimorfismos de proteínas, em geral, são mais difíceis de interpretar do que os de DNA porque, por exemplo, uma mudança na sequência de aminoácidos de uma proteína pode muito bem ter algum efeito na sobrevivência ou na reprodução do organismo. Polimorfismo de proteínas Alguns polimorfismos de alozimas são mantidos p o r q u e o g e n ó t i p o heterozigoto apresenta maior aptidão reprodutiva. Um caso bem conhecido é o da Anemia Falciforme na África tropical, onde, a quase l e t a l i dade dos homozigotos com este traço é compensada pela resistência à Malária dos heterozigotos. Polimorfismo de proteínas Outro exemplo de polimorfismo proteico diz respeito ao sistema sanguíneo humano, o ABO. Os tipos sanguíneos A, B, AB e O são identificados testando se uma amostra de sangue com soros diferentes. Polimorfismo de proteínas Um soro detecta o antígeno A; outro detecta o B. Quando apenas o antígeno A está presente nas células, o tipo sanguíneo é A; quando apenas o antígeno B está presente, o sangue é tipo B. Quando ambos antígenos estão presentes, o sangue é tipo AB e, quando nenhum antígeno está presente, o tipo é O. Polimorfismo de proteínas O gene responsável por produzir os antígenos A e B é o locus ABO (codifica uma glicosiltransferase) que possui três alelos polimórficos: IA, IB e i. O alelo IA especifica a produção do antígeno A, o alelo IB especifica a produção do antígeno B e o alelo i não especifica um antígeno. Polimorfismo de proteínas A clonagem e o sequenciamento do cDNA da célula humana de adenocarcinoma de cólon dos fenótipos A, B e O, demonstraram que os dois principais alelos do gene ABO, IA e IB, diferem entre si em sete mutações: A297G, C526G, C657T, G703A, C796A, G803C e G930A, das quais apenas quatro (526, 703, 796 e 803) são responsáveis pelas substituições dos aminoácidos; Arg176Gly, Gly235Ser, Leu266Met e Gly26Ala. As duas últimas substituições são consideradas críticas na determinação da especificidade das glicosiltransferases. Polimorfismo de proteínas Já o alelo i possui uma estrutura idêntica ao alelo IA, com exceção de uma única deleção (G) no nt261 do exon 6, próximo à região N-terminal da proteína. Essa deleção causa a alteração na fase de leitura da sequência codificadora que resulta numa mutação sem sentido (cria-se um códon de parada precoce) nos nucleotídeos 352-354 e conduzindo à tradução de uma proteína de 117 aminoácidos inativa (normal ~354 aa). Polimorfismo de proteínas A heterogeneidade fenotípica do sistema sangüíneo ABO é devido ao polimorfismo do gene das glicosiltransferases (locus ABO), que são responsáveis pela transferência dos resíduos específicos de açúcar, α1,3-N- acetil-galactosamina transferase ou a α1,3-N-galactosil transferase, ao substrato H, que os convertem no antígeno A ou B, respectivamente. Polimorfismo de proteínas As glicosiltransferases A e B tem estruturas similares entre si, sendo que a sua especificidade será determinada pelos aminoácidos localizados próximos ao sítio de ligação da enzima com seu respectivo açúcar. Polimorfismo de proteínas O antígeno H é um carboidrato produzido pela ação da enzima α-2-L- fucosiltransferase codificada no locus FUT1 do cromossomo 19, na posição q13.3, sendo portanto, geneticamente independente do locus ABO.
Compartilhar