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RESUMO Parasitologia I P2

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PARASITOLOGIA I
P2
FILO NEMATHELMINTHES
Vermes redondos, corpo cilíndrico, em forma de fio (arredondado);
São metazoários (mais de uma célula);
Pseudocelomados (não apresenta revestimento membranoso, limitado por revestimento musculo – cutâneo e circundando o liquido pseudocelomático (ou liquido parientérico), onde flutuam os órgãos dos aparelhos digestivo e reprodutor, ligados a parede do corpo por algumas fibras conjuntivas;
Corpo cilíndrico e alongado;
Trato digestório é um tubo único, quando o verme for cortado, irá aparecer um orifício só, ao lado pode aparecer vários orifícios, que serão correspondentes ao aparelho reprodutor (feminino ou masculino), que também é um tubo único;
Revestimento externo de cutícula, bem diferente do tegumento, por isto a maioria das drogas que tem ação contra Platyhelminthes, não tem ação contra verme redondo;
Tubo digestivo completo; 
Desprovido de aparelhos respiratório (a própria cutícula absorve oxigênio e depois por osmose elimina CO2) e circulatório (há liquido, porém não restrito a vasos, por isto considera-se que não há sistema circulatório); 
Dióicos (muitas vezes dimorfismo sexual acentuado); 
Ciclo monóxeno (a maioria), porém, dos que serão estudados, metade será heteróxeno.
Classe Nematoda
Subclasse Secernentea: sistema excretor de um modo geral tubular, há várias ordens;
Subclasse Adenophorea: sistema excretor do tipo glandular, ordem Enoplida;
Os Nematodas são parasitas de vertebrados, invertebrados e plantas. E há 60% em vida livre (solo, água).
MORFOLOGIA EXTERNA
Forma cilíndrica e alongada;
Divide o corpo em três regiões: a região anterior vai da boca até o poro excretor, a região média vai do poro excretor até o ânus (na fêmea) e até a cloaca (no macho), a região posterior é após o ânus ou cloaca;
Faces: dorsal e ventral, sendo que na face ventral há a abertura do poro excretor e digestivo, e no caso da fêmea, poro genital;
Coloração: geralmente esbranquiçada ou amarelada (coloração normal), ás vezes em coleta a fresco captura-se em coloração avermelhada/cor de rosa, devido eles serem hematófagos, ou por se alimentarem de matéria orgânica e só tiver sangue disponível (como o áscaris que se alimenta de conteúdo do lúmen intestinal, orgânico, mas por ele irritar a mucosa do intestino, pode ser que venha a sangrar, e ele alimente-se do sangue). Então por isto, em necropsia pode ser que eles estejam avermelhados;
A cutícula do revestimento externo é elástica, transparente, lisa ou finamente estriada no sentido transversal, possui enzimas metabolicamente ativas que funcionam no crescimento (ajudam a crescer), ela é acelular e secretada pelas células da subcutícula (ou hipoderme);
A subcutícula ou hipoderme é uma camada celular de grande atividade metabólica, apresentando deposito de glicogênio. Forma uma fina capa epitelial. Ela faz projeções que dividem o corpo do verme em quatro quadrantes.
MORFOLOGIA INTERNA
Pseudoceloma é a cavidade que os nematoides apresentam, revestida por musculatura, com liquido pseudocelomático;
Aparelho digestório: completo (da boca ao ânus), tubo quase reto, onde se distingue a boca, esôfago e intestino. A boca na maioria das vezes tem posição apical (anterior), as vezes pode estar deslocada para frente (sub ventral) ou para cima (subdorsal), a boca pode ser circular, elíptica, triangular, punctiforme, ela pode apresentar ou não lábio, e o mesmo pode modificar-se e subdividir, virar lamina cortante e afins;
Ascarídeos tem boca trilabial (três lábios). Ancylostomatidae tem cápsula (separa boca e esôfago) e os lábios viraram dentes, que em algumas situações podem se fundir e virar duas placas cortantes;
Podem apresentar papilas labiais com função quimiotática (identifica alimento), a boca pode estar em comunicação direta com o esôfago ou pode ter um espaço aberto denominado cápsula bucal. Dentes ao invés de estar na borda podem estar no fundo da cápsula bucal;
O esôfago pode ser retilíneo ou apresentar dilatações ou bulbos, pode ser de três tipos: OXIURÓIDE que é provido de um bulbo posterior, RABDITÓIDE com pseudobulbo anterior, um istmo e um bulbo posterior, FILARIÓIDE/FILARIFORME cilíndrico e sem diferenciação, não há dilatação nenhuma;
O intestino é um tubo dividido em três regiões, a anterior que é muscular, a porção média ou interior que tem microvilosidades para absorção, e a porção terminal ou reto que geralmente é curto, forrado pela cutícula;
Aparelho respiratório e circulatório ausentes, os nutrientes podem ser absorvidos na sua maioria no intestino, caem na cavidade pseudocelomática e este liquido pseudocelomático vai levar os nutrientes para as células, faz o catabolismo e volta para este liquido para ser realizada a excreção.
APARELHO REPRODUTOR MASCULINO
Testículo unitário ou par, com um ducto espermático ou vaso deferente, podendo haver vesícula seminal em volta do vaso, que vai jogar conteúdo dentro do tubo, pegar sptz e preparar o sêmen, no canal ejaculador há as glândulas prostáticas e/ou cimentantes que nada mais é que uma ‘’colinha’’ que vai grudar o macho na fêmea). Tudo isto está num tubo único que vai sofrendo alterações através do caminho;
Os machos podem apresentar órgãos genitais acessórios (secundários), onde há espiculo, asa caudal, bolsa copuladora, ventosa pré-cloacal; 
Os espículos podem ser 1, 2 ou nenhum, podendo apresentar bainha, tem função de abrir a vulva da fêmea para facilitar a deposição dos sptz; 
O gubernáculo é uma estrutura quitinizada – leme;
Telamon é uma estrutura cuticular em conexão com a parede ventral da cloaca. Asas caudais com papilas caudais (sensoriais) quimiorreceptoras que possivelmente percebem a presença de fêmeas;
Bolsa copuladora é uma expansão da cutícula sustentada por raios, geralmente são três projeções, uma dorsal e duas laterais, servem para copulação. O gubernáculo é uma estrutura por cima dos espículos e o telamon por baixo, e ambos servem como guia para os espículos. Todas estas estruturas são cuticulares.
APARELHO REPRODUTOR FEMININO
Diferenciado em ovário, oviduto e útero;
Ovário: longo tubo, fusiforme, podendo ser reto, sinuoso ou enrolado, está dividido em zona d germinação (multiplicação celular) e zona de crescimento (desenvolvimento de ovogonias);
Oviduto: tubo reto que pode apresentar vesícula seminal;
Fecundação: ocorre no oviduto ou receptáculo seminal, depois os ovos se dirigem para o útero onde serão armazenados e formarão a casca, após a fecundação forma-se uma membrana interna ao redor da célula ovo e tem início a segmentação celular (mórula, blástula, gástrula, embrião, larva);
A evolução do ovo até adulto consiste em 4 mudas e 5 estágios larvais;
Ovo -> L1 -> L2 -> L3 -> L4 -> L5 -> ADULTO.
Ordem Ascaridida 
Dividia em 3 superfamílias.
Ascaridoidea
Oxyuroidea
Subuluroidea
Possuem 3 grandes lábios, asas caudais (quando presentes) lateralmente.
ASCARIDOIDEA
Ausência de cápsula bucal;
Machos com bolsa copuladora característica, podendo apresentar asas e papilas caudais, geralmente com dois espículos e sem gubernáculo;
Fêmeas com duplo aparelho reprodutor (ovíparas), ovos com membrana espessa, às vezes ornamentada, geralmente elípticos e contendo uma célula (não segmentado).
Família Ascaridiidae
Grandes e robustos;
Coloração rosada devido ao ligeiro sangramento que ele causa no hospedeiro, ocorre espoliação (rouba alimento digerido) e causa irritação chegando até uma obstrução;
Esôfago sem bulbo na região posterior;
Parasitas do intestino delgado (duodeno);
Preferência por filhotes.
Ascaris suum 
Macho com cauda cônica, papilas sésseis (caudais) distribuídas em duas fileiras ao lado da cloaca, sendo pré ou pós cloacais e os espículos saem pela cloaca;
Fêmea com cauda romba;
Ovo mamilado (ondulações), com célula única e ornamentado;
Hospedeiros definitivos: suínos, raro em ruminantes;
Ciclo biológico: rota hepato-traqueal -> a fêmea bota os ovos (até 200.000 por dia), os ovos em condições favoráveis durante 30-40 dias se desenvolveme se transformam em ovos larvados (forma infectante), então são ingeridos pelo hospedeiro e depois de mais ou menos uma hora o ovo eclode e a larva sai, esta penetra na mucosa intestinal, cai na corrente sanguínea e chega na veia porta, indo para o fígado. Lá ela muda para L3, sai pela veia cava e chega até o átrio direito, vai para o ventrículo direito, sai pela artéria pulmonar, chega nos pulmões, passa pelos brônquios -> traqueia, muda para L4 e ascende até a faringe, o hospedeiro deglute e vai para o estômago, lá elas resistem ao suco gástrico e se tornam adultas, ocorrendo a cópula.
Ascaris lumbricoides
Somente em condições especiais pode infectar suínos;
Hospedeiro definitivo: ser humano;
Ciclo biológico: rota hepato-traqueal -> a fêmea bota os ovos (até 200.000 por dia), os ovos em condições favoráveis durante 30-40 dias se desenvolvem e se transformam em ovos larvados (forma infectante), então são ingeridos pelo hospedeiro e depois de mais ou menos uma hora o ovo eclode e a larva sai, esta penetra na mucosa intestinal, cai na corrente sanguínea e chega na veia porta, indo para o fígado. Lá ela muda para L3, sai pela veia cava e chega até o átrio direito, vai para o ventrículo direito, sai pela artéria pulmonar, chega nos pulmões, passa pelos brônquios -> traqueia, muda para L4 e ascende até a faringe, o hospedeiro deglute e vai para o estômago, lá elas resistem ao suco gástrico e se tornam adultas, ocorrendo a cópula.
Parascaris equorum
Apresenta lábios mais proeminentes;
Macho possui asa caudal, fêmea não;
Cabeça mais evidente do que o corpo;
Ovo redondo, com parede espessa;
Hospedeiro definitivo: equinos;
Ciclo biológico: rota hepato-traqueal -> a fêmea bota os ovos (até 200.000 por dia), os ovos em condições favoráveis durante 30-40 dias se desenvolvem e se transformam em ovos larvados (forma infectante), então são ingeridos pelo hospedeiro e depois de mais ou menos uma hora o ovo eclode e a larva sai, esta penetra na mucosa intestinal, cai na corrente sanguínea e chega na veia porta, indo para o fígado. Lá ela muda para L3, sai pela veia cava e chega até o átrio direito, vai para o ventrículo direito, sai pela artéria pulmonar, chega nos pulmões, passa pelos brônquios -> traqueia, muda para L4 e ascende até a faringe, o hospedeiro deglute e vai para o estômago, lá elas resistem ao suco gástrico e se tornam adultas, ocorrendo a cópula.
Toxocara canis
Asa vertical em forma de lança;
Macho apresenta apêndice digitiforme terminal;
Hospedeiros definitivos: cães e gatos;
Ciclo biológico: rota hepato-traqueal -> ocorre até os 6 meses, após isso o sistema imune impede que a larva cresça, a partir dos 6 meses as larvas desviam e vão para o átrio esquerdo, saindo para a aorta e chegando até os outros tecidos (migração somática) ficando encistadas. Em fêmeas gestantes ocorrem alterações hormonais que alteram a imunidade, a larva sai do visto e volta para a corrente sanguínea, indo para o cordão umbilical chegando até o feto, entrando nos pulmões e ascendendo a árvore brônquica, ocorre deglutição e o verme vira adulto. Outro caminho para contaminação é através das glândulas mamárias;
Vermifugação 15 dias antes do parto e nos filhotes após 15 dias do nascimento e na fêmea também;
Uma vez infectada, a cadela sempre terá larvas e terá de ser vermifugada toda vez que ficar prenha;
Outro caminho que o verme pode fazer é ir para a corrente sanguínea chegando até o intestino liberando uma quantidade de ovos, aumentando assim sua população, além do útero e das glândulas mamárias;
Pode ter hospedeiro paratênico (ratos, pássaros), a larva vai para os pulmões e fica incistadas, quando o hospedeiro definitivo ingere o H.P a larva se desenvolve normalmente;
Larva migrans visceral: o ser humano se infecta com os ovos larvados, estes se encistam no fígado e na retina causando uma reação granulomatosa severa podendo levar a óbito quando diagnosticado tardiamente.
Toxocara cati 
Menor que o T. canis, mais longo;
Asa cervical maior e em forma de flecha;
Vermes grandes que irritam o intestino produzindo muito muco;
Hospedeiro definitivo: felídeos;
Ciclo biológico: rota hepato-traqueal -> ocorre até os 6 meses, após isso o sistema imune impede que a larva cresça, a partir dos 6 meses as larvas desviam e vão para o átrio esquerdo, saindo para a aorta e chegando até os outros tecidos (migração somática) ficando incistadas. Em fêmeas gestantes não foi identificada infecção via placenta, somente transmamária na qual os vermes vão para os vasos chegando nas glândulas mamárias e infectando os filhotes;
O hospedeiro paratênico tem maior importância devido ao comportamento predatório dos felídeos num geral.
Toxascaris leonina
Macho sem apêndice digitiforme;
Asa cervical em forma de lança;
Ovo alongado, elíptico, parede lisa, conteúdo celular não dividido no centro do ovo;
Hospedeiro definitivo: pouco específico, mais comum em animais silvestres;
Ciclo biológico: ocorre ingestão dos ovos larvados, estes vão para a luz intestinal e seguem em direção à corrente sanguínea chegando na mucosa do intestino;
Invertebrados e pequenos mamíferos (camundongos, ratos, coelhos) podem servir como hospedeiro intermediário ou paratênico. Neste caso o ovo se aloja e somente no H.D se desenvolve até a fase adulta;
Período histotrófico: atração por luz, ocorre penetrarão na mucosa do intestino, faz a muda e volta para a luz intestinal.
Neoascaris vitulorum
Macho com cauda romba;
Fêmea com cauda cônica;
Possui papilas sésseis e espículo;
Hospedeiro definitivo: ruminantes;
Ciclo biológico: rota hepato-traqueal -> ocorre até os 6 meses, após isso o sistema imune impede que a larva cresça, a partir dos 6 meses as larvas desviam e vão para o átrio esquerdo, saindo para a aorta e chegando até os outros tecidos (migração somática) ficando incistadas. Em fêmeas gestantes ocorrem alterações hormonais que alteram a imunidade, a larva sai do visto e volta para a corrente sanguínea, indo para o cordão umbilical chegando até o feto, entrando nos pulmões e ascendendo a árvore brônquica, ocorre deglutição e o verme vira adulto. Outro caminho para contaminação é através das glândulas mamárias. 
OXYUROIDEA
Boca trilabiada;
Esôfago oxyuriforme ou rabditiforme (longo com um grande bulbo na região posterior);
Machos não tem ventosas pré-cloacal;
Ciclo monóxeno;
Fêmeas opistodelfas.
Oxyuris equi
Esôfago oxyuriforme com istmo longo;
Fêmea com grande cauda pontiaguda e macho com pequena cauda, terminando em forma de chicote;
Ovos em formato de D, extremidade anterior curvada (bengala), cauda longa e afilada;
Macho com um espículo em forma de alfinete e com dois grandes pares de papilas ao redor da abertura cloacal e asa caudal;
Hospedeiro definitivo: equinos;
Localização: ceco e cólon -> I.G;
Ciclo biológico: as fêmeas se alimentam do conteúdo intestinal e vão para a ampola retal, põem suas caudas para fora do hospedeiro e despeja seus ovos na região anal, que são envolvidos por uma substancia que adere à mucosa anal do animal. Assim, a fêmea retorna ao intestino e os ovos saem da região perineal com as fezes e contaminam o ambiente, onde se desenvolvem as larvas L1, L2 e L3 dentro do ovo. O ovo é ingerido por outro equino (infecção passiva), é digerido e eclode no I.D, a larva sai pelo opérculo e penetra nas vilosidades do ceco e cólon, onde vira L4 logo após uma semana. Esta caminha para a luz do ceco e cólon, onde vira L5 e alimenta-se da mucosa. 
Enterobius vermicularis
Morfologia semelhante ao Oxyuris equi, mas com diferenças no tamanho;
Hospedeiros definitivos: ser humano e grandes primatas;
Localização: ceco e cólon -> I.G;
Ciclo biológico: as fêmeas se alimentam do conteúdo intestinal e vão para a ampola retal, põem suas caudas para fora do hospedeiro e despeja seus ovos na região anal, que são envolvidos por uma substancia que adere à mucosa anal do animal. Assim, a fêmea retorna ao intestino e os ovos saem da região perineal com as fezes e contaminam o ambiente,onde se desenvolvem as larvas L1, L2 e L3 dentro do ovo. O ovo é ingerido pelo H.D através da água ou alimento contaminado, é digerido e eclode no I.D, a larva sai pelo opérculo e penetra nas vilosidades do ceco e cólon, onde vira L4 logo após uma semana. Esta caminha para a luz do ceco e cólon, onde vira L5 e alimenta-se da mucosa.
Superfamília Subuluroidea
Família Heterakidae
Esôfago geralmente com bulbo na região posterior;
Macho com ventosas pré-cloacais e muitas papilas caudais;
Boca trilabial;
Ascaridia galli
Esôfago claviforme (sem bulbo);
Boca trilabial;
Machos apresentam dois espículos desiguais, uma ventosa pré-cloacal e 10 pares de papilas pré e pós cloacais;
Cauda do macho termina abruptamente e pequena asa caudal;
Hospedeiros definitivos: galinha, peru, pato e ganso;
Localização: I.D;
Ovo: com casca espessa, mediano, casca irregular e célula única.
Ascaridia columbae
Esôfago sem bulbo;
Machos com espículos desiguais e 10 pares de papilas com pequena asa caudal;
Morfologia igual ao A. galli;
Hospedeiro definitivo: pombos;
Localização: I.D.
CICLO BIOLÓGICO ASCARIDIA SPP.
Os ovos vão para o exterior com as fezes e ficam larvados com L2 (forma infectante), no ceco, as fêmeas fazem a postura dos ovos com uma célula e casca espessa, estes saem com as fezes para o meio ambiente. Ocorre o desenvolvimento de L1 dentro do ovo, passa para L2 e o hospedeiro definitivo se infecta ingerindo os ovos. No tubo digestivo da ave, que também podem ingerir minhocas que contenham L2 em seus tecidos, a L2 é liberada e vai para o ceco. Uma parte das larvas penetra profundamente na mucosa cecal e a outra fica nas criptas do epitélio cecal fazendo as mudam para L3 -> L4 -> L5 e depois passam para adultas. 
Heterakis gallinarum
Boca trilabiada;
Esôfago bulbiforme, com bulbo posterior;
Machos apresentam dois espículos de tamanhos diferentes, ventosa pré-clocacal, asa causal na extremidade posterior bem desenvolvida e 12 pares de papilas pré e pós cloacais;
Fêmeas com extremidade bem afilada;
Ovo com casca dupla, irregular, mediano e com célula única;
Hospedeiros definitivos: galinha, peru, ganso e pássaros;
Hospedeiro paratênico: minhoca;
Localização: ceco e cólon -> I.G;
Ciclo biológico: é direto, sem ciclo pulmonar, os ovos são eliminados pelas fezes e evoluem para L2 no exterior, são depositados no I.D e migram para o ceco onde ocorre evolução. Algumas larvas invadem a mucosa, mas retornam para a luz intestinal e fazem muda para L3, L4, L5 e adultas.
Os ovos podem ser veiculadores do protozoário Histomonas meleagrides, causador da enterohepatite dos perus (histomonose ou Black head) -> do fígado passa pelo I.D e entra em contato com o Heterakis gallinarum, penetra no ovo, o ovo sai para o meio ambiente e a galinha ingere os dois. O trofozóito dos histomonas é ingerido pelo H. gallinarum, se for fêmea vai para o ovário e será incorporado aos ovos do H. gallinarum, sendo protegido do meio pela casca do ovo e disseminado.

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