Buscar

O divórcio na família contemporânea psicologia

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

O divórcio na família contemporânea
- O desenlace matrimonial no cenário brasileiro 
- o cenário social do divórcio no Brasil: aspectos demográficos (IBGE)
Tabela dos processos de divórcios encerrados em 1ª instância, por natureza do processo, sentença proferida e regime de bens do casamento, segundo o lugar da ação do processo - 2015						
 
O desenlace matrimonial no cenário brasileiro 
O cenário social do divórcio no Brasil: psicológicos e jurídicos 
O processo de separação é uma das experiências mais dolorosas pelas quais um ser humano pode passar. Podendo ser comparado esse processo como o de luto na vida de ambos os conjugues, torna-se, portanto, um processo que envolve uma série de aspectos criteriosos, sobretudo de natureza psicológica, por abranger etapas e níveis diferentes a depender do caso.
O fenômeno que ocorre na sociedade atual não está ligado à desvalorização do casamento, mas sim a supervalorização do mesmo, dando margem a uma idealização, e cobrança pessoal para atender suas próprias expectativas, como também cobrança do outro em atendê-las. Isso caba por refletir o pensamento individualizado da nossa época, que acaba por gerar a separação.
A atuação do psicólogo, desse modo, faz-se necessário nesse âmbito jurídico. No caso especifico do Direito da Família atua como perito, dando auxilio ao Juiz, com grande demanda na confecção de laudos. Pode vir a ser, também, assistente técnico, que se trata de um psicólogo contratado por uma das partes envolvidas no processo para embasar seu pedido. O psicólogo, atualmente, ainda pode atuar como mediador, usando seus conhecimentos para tratar dos conflitos da separação, buscando os motivos que levaram as partes a tomada dessa decisão, e se for o caso, pontuar e esclarecer os conflitos que impedem o bom acordo.
Fatores ou causas relacionados ao divórcio
Desgaste do relacionamento 
Traição
 Dinheiro
Falta de intimidade
 Falta de Comunicação
Violência
Excesso de Controle
O impacto do divórcio no ciclo vital da família
O divórcio em casais recém-casados (sem filhos)
 o divórcio produz a menor ruptura, já que menos pessoas estão envolvidas, papéis menos perceptíveis apareceram, os laços sociais criados enquanto casal foram menores e as tradições estabelecidas foram reduzidas 
 O divórcio nas famílias com filhos pequenos
Nesta fase os filhos são bastante afetados, variando com suas respectivas idades. Depois que o casal tem filhos é preciso fazer “a transição de redefinir o seu relacionamento, de assumir o papel de cuidador e de realinhar-se com a família, amigos e comunidade.” 
 Famílias com filhos em idade pré-escolar
Os filhos que estão na pré-escola se encontram na fase do desenvolvimento em que o afastamento de casa em direção à escola e aos amigos está se iniciando. O senso de moralidade está no início e somada a dificuldade em distinguir a realidade da fantasia de seus pensamentos, ficam mais vulneráveis à culpa e à confusão. podem regredir em seu desenvolvimento de várias maneiras: ansiedade de separação, transtorno do sono, molhar a cama, apego excessivo, medo de qualquer saída, fantasias agressivas. Estas manifestações da criança e a reação dos pais a estas manifestações podem interferir no desenvolvimento da identidade sexual destas, tornando-se vulnerável a atuação sexual na adolescência. 
O impacto do divórcio no ciclo vital da família
 Famílias com filhos na idade da escola fundamental 
 O divórcio possui um impacto maior para os filhos que o vivenciam na idade da escola fundamental. Estudos apontam que as crianças de seis a oito anos são suficientemente crescidas para perceberem o que está acontecendo, mas ainda novas para ter condições de lidar com o rompimento. Elas muitas vezes sentem-se responsáveis, e experimentam sensações de pesar, tristeza e saudade do progenitor que partiu. “Ao mesmo tempo, elas têm fantasias recorrentes de reconciliação e frequentemente pensam que têm o poder de fazer isso acontecer”. 
 O divórcio nas famílias com adolescentes
 A adolescência é um estágio da vida em que muitas mudanças físicas e emocionais estão acontecendo. Por ser uma fase instável, a reação dos adolescentes ao divórcio dos pais é com freqüência expressada através de sentimentos de raiva, desejo de um lar estável e fronteiras bem definidas entre eles e os pais, principalmente no que compete à sexualidade deles. Como o divórcio ameaça essa base, os adolescentes ficam zangados com as mudanças.
O impacto do divórcio no ciclo vital da família
 O divórcio nas famílias com filhos sendo lançados
  O divórcio nessa fase, depois de um longo casamento, pode ser um tumulto. O casamento pode se tornar vulnerável, pois os filhos já não são mais o foco do casal. A saída de casa dos filhos pode levar a um rearranjo do casamento, levando à decisão dos pais em se divorciarem. Os filhos podem estabelecer uma relação bem definida com cada um dos pais, mas o divórcio pode ser estressante para estes jovens adultos pela crescente responsabilidade por seus pais e pelo conflito de lealdade. É comum a raiva voltar-se ao pai, mesmo que ele não tenha iniciado o divórcio, mas por ter deixado a mãe sob seus cuidados. 
 O divórcio na família no estágio tardio da vida
Neste estágio da vida o divórcio reverbera em toda família de forma exagerada. Atinge três gerações: o próprio casal, os filhos e os netos. E até mesmo os amigos. As pessoas identificam-se com os papéis que emergiram do casamento, e isto agora têm de ser redefinido. A reação dos filhos é fundamental no ajustamento ao divórcio. Os pais querem envolver-se novamente com os filhos e esses podem sentir-se sobrecarregados.
 Repercussões do divórcio no casal e nos filhos
O divórcio e a separação dos pais é sempre um processo doloroso que envolve, em muitos casos, fortes sentimentos de tristeza, de perca e de frustração.
É uma situação, habitualmente perturbadora quer para os adultos, quer para as crianças, sendo que, principalmente, estes últimos podem experimentar vários níveis de mal-estar.
Os filhos vivenciam a situação como desestabilizadora e desestrutura-te e as suas vivências podem abarcar um leque muito vasto e diversificado de sentimentos e emoções. Podem sentir tristeza, saudade, preocupação, insegurança, pena, confusão, culpa ou até mesmo alívio (em casos de grande conflito).
É uma situação transitória que exige a todos os membros da família uma reorganização e adaptação.
As questões psicológicas e emocionais não devem ser negligenciadas. Para que os filhos não sofram consequências traumatizantes com o divórcio, é muito importante o ambiente familiar e a maneira como os pais e outros elementos da família conduzem a separação. Ela deve ser feita de uma forma segura e com muito bom senso para que se possam evitar riscos de traumatizar os filhos em plena fase de desenvolvimento físico e psicológico.
As mudanças na dinâmica familiar pós-divórcio
 Após o divórcio, ocorre a readaptação da criança à nova configuração familiar, em que ela irá internalizar que o divórcio ocorreu de forma conjugal e não parental. Embora o casal tenha se separado, eles continuarão sendo pais da criança. Sabe-se que, após o divórcio, é possível ocorrer uma diminuição da qualidade da parentalidade com a criança, acontecendo um maior afastamento em relação aos filhos. A problemática maior seria quando o filho também se torna ex-filho, gerando sofrimento emocional.
 Nos atuais, com a sua reestruturação, pode haver famílias com só um dos genitores, ou genitores do
mesmo sexo, uma família adotiva, entre outras, dependendo da nova organização feita. Sendo
assim, no período posterior ao divórcio, a família passa também pela mudança no seu núcleo.
 fez a seguinte construção em relação às fases que ocorrem após o divórcio:
 
 
As mudanças na dinâmica familiar pós-divórcio
●Fase aguda: a fase pré-divórcio, na qual ocorrem as brigas, discussões, insatisfação como outro e evidente frustração, na maioria das vezes, é vivenciada também pela
criança.
● Fase transitória: o divórcio já foi consolidado, e agora ocorrem as reorganizações de
papéis, as novas normas e regras, entre pais e filhos.
●Fase do ajuste: aceitação do divórcio, fase em que ocorre a restauração tanto de pais quanto de filhos, consolidando novas visões e podendo ser inserido novo integrante ao âmbito familiar.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais