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RELAXAMENTO DE PRISÃO pratica simulada III penal

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL.
Auto de Prisão em Flagrante nº.XXX
 MATIAS, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o nº XXXXXXXXX, RG nº XXXXXX, residente e domiciliado na XXXXXXXXX, nº XXXX, Bairro XXXXXXX, cidade, estado, por seu (a) advogado (a) que a esta subscreve, conforme procuração anexa a este instrumento vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 5º, LXV da Constituição Federal, e art. 310, I, do Código de Processo Penal, requerer:
 
  RELAXAMENTO DA PRISÃO,  
Pelos motivos de fato e direito a seguir expostos
I-DOS FATOS
 Conforme consta do auto de prisão em flagrante, o requerente foi preso ilegalmente no dia 15/11/2016, por volta das 22 horas, em razão da suposta prática do crime de receptação, conforme art. 180 do código Penal, por ter os policiais constataram que o requerente estava conduzindo veículo automotor, Gol, marca Volkswagen, produto de crime, ocorrido no dia 13/11/2016.
 Sem que houvesse sido perseguido em circunstâncias que fizessem presumir ser ele o autor da prática delitiva, muito menos encontrado, logo depois da prática do crime, em seu poder quaisquer instrumentos, armas ou objetos que o ligassem a tal prática delitiva. 
 
II - DO DIREITO
 Excelência, não há motivos para a manutenção da prisão do Requerente. Com efeito, a prisão em flagrante imposta não atendeu às exigências legais. Sabe-se que referida modalidade de prisão só pode ser imposta diante das hipóteses previstas no art. 302 do Código de Processo Penal:
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I – está cometendo a infração penal;
II – acaba de cometê-la;
III – é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV – é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
 Conforme verificado no caso em apreço, não ocorreu estado de flagrância, tendo em vista que Requerente foi detido 2 dias depois do delito ter sido cometido, sem que houvesse qualquer perseguição.
Não houve nexo entre o momento da prisão e a prática do delito. O Requerente não foi encontrado logo depois da prática de uma infração penal, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que fizessem presumir ser ele o seu autor. Restando afastado o requisito temporal. 
 Sendo assim, não caracterizada qualquer das hipóteses previstas no artigo 302, do Código de Processo Penal, não pode subsistir a prisão efetuada pela autoridade policial como sendo em flagrante delito.
 E ainda, deverá ser observado que conforme art. 304 do Código de Processo Penal deverá o preso ser ouvido e colhida no ato sua assinatura, e após procederá a oitiva das testemunhas, e também deve ser respeitado a obrigatoriedade em comunicar ao Juiz competente, ao Ministério Público e a família do preso, ou pessoa por ele indicada, art. 306 Código Processo penal, e em até 24 horas após a realização da prisão ser encaminhado ao Juiz o auto de prisão em flagrante, o que não ocorreu. 
 É inevitável reconhecer-se a arbitrariedade da prisão que pesa contra o Requente. O que paira contra o mesmo, até o presente momento, é uma mera suspeita da prática de um delito, porém sem nenhuma evidência concreta da realidade da autoria. E ainda, vale ressaltar que no caso em comento não existe a possibilidade de ser decretada a prisão preventiva do requerente, inexistindo quaisquer das hipóteses que autorizariam a prisão preventiva, configurando-se evidente a impossibilidade de manutenção do requerente, no cárcere, a qualquer título.
 
III- DO PEDIDO
 Ante ao exposto, requer, que seja reconhecida a ilegalidade da prisão e, concedido o Relaxamento de Prisão, nos termos do artigo 5º, LXV da Constituição Federal c/c art. 310, I, do Código de Processo Penal, com a consequente expedição de Alvará de Soltura.
Nesses termos,
Pede deferimento
 Local e Data. 
 ______________________________ 
 ADVOGADO 
 OAB/UF nº. 00.000
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