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Trabalho de penal 3 homicidio qualificado e privilegiado

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Nomes : Amanda Cecilia S. Parreiras
 Rodrigo 
Crime de homicídio qualificado privilegiado
- Existe a possibilidade de homicídio qualificado privilegiado ?
 
Ambos estão previsto no Código Penal Brasileiro , privilegiado esta no §1º do art.121 . O qualificado esta no §2º do mesmo art.121 mas existe a divergência pois o homicídio qualificado é classificado nas lei de crimes hediondos Lei n. 8.072/90
Homicídio Privilegiado
Está previsto no Código Penal , artigo 121º §1º e descreve assim :
“Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.”
 Trata-se em especial de uma redução de pena , com aplicação no terceiro momento da dosimetria penal, que só pode ser aplicada quando autorizada pelos jurados. Embora a lei , descreve que o juiz poderá diminuir a pena , os doutrinadores e os tribunais entendem se tratar de um dever do magistrado e não apenas uma faculdade . 
 O privilégio, por ser circunstância subjetiva, não se comunica aos colaboradores no caso de concurso de pessoas, conforme previsto no art. 30 do CP. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
 
 
 As circunstâncias para que seja homicídio privilegiado são : relevante valor moral, relevante valor social, domínio de violenta emoção logo após injusta provocação da vítima. 
 Relevante valor moral: valor moral é o que leva em conta interesse de agir do agente , interesse meramente particular . 
Exemplo: pai mata estuprador da filha.
 Relevante valor social: está ligado ao interesse do coletivo , crime que não tem tanta reprovabilidade da sociedade.
Exemplo: matar um traidor da pátria.
 Praticar sob domínio da violenta emoção em seguida a injusta provocação da vitima : Esta é a terceira hipótese , domínio da violenta emoção, ou seja, é quando o agente está totalmente dominado pela situação, perdeu a capacidade de auto controle, levando-o a praticar o ato extremo. A expressão logo em seguida denota brevidade, ou seja, ação imediata entre a provocação injusta e a reação do agente, no entanto, deve ser sempre analisada conforme o caso concreto, à luz da razoabilidade, considerando o estado psicológico do agente e as circunstâncias posteriores do fato, assim, podemos estender o conceito em minutos e até horas, não havendo uma fórmula exata.
E finalmente, a locução injusta provocação, ou seja, o agente não deve ter iniciado o fato, devendo ser levado em consideração a qualidade e as condições das pessoas em conflito, nível social, educação, costumes.
Homicidio Qualificado 
Se encontra no art. 121, §2º do Código Penal : 
§ 2º Se o homicídio é cometido:
I - Mediante paga ou promessa de recompensa ou por outro motivo torpe;
II - Por motivo fútil;
III - Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia , tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
V - Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade, ou vantagem de outro crime
 O crime qualificado é aquele que, tendo como delituosa conduta já prevista em lei, agregam-se a ela outros elementos que demonstram uma maior ofensividade ao bem jurídico, daí se justificando uma pena diversa (mais severa) daquela prevista para a forma simples do crime, nos casos elencados acima a pena é de 12 (doze) a 30(trinta) anos de reclusão. Essa maior reprovabilidade é comprovada também pelo fato dessa espécie de crime constar no rol dos crimes classificados como hediondos ( lei de crimes hediondos n. 8.072/90).
HOMICIDIO QUALIFICADO PRIVILEGIADO
 A grande maioria dos doutrinadores defendem, a possibilidade da existência de um homicídio qualificado privilegiado, porém para que exista tal delito precisa existir a combinação do qualificadora subjetivo com um privilegio , este subjetivo .
 Ainda, sobre a adequação do homicídio qualificado privilegiado aos crimes hediondos, disserta Bittencourt: 
 
 “O concurso entre causa especial de diminuição de pena (privilegiadora) 121 §1 e as qualificadoras objetivas, que se referem aos meios e modos de execução do homicídio, a despeito de ser admitido pela doutrina e jurisprudência, apresenta graus de complexidade que demandam alguma reflexão. Em algumas oportunidades o Supremo Tribunal manifestou-se afirmando que as privilegiadoras e as qualificadoras objetivas podem coexistir pacificamente; mas o fundamento desta interpretação residia na prevalência da privilegiadora subjetivas sobre as qualificadoras objetivas, seguindo por analogia, a orientação contida no artigo 67 do Código Penal, que assegura a preponderância dos motivos determinantes do crime.”
 
 
 De acordo com a doutrina dominante, em consonância com os tribunais, vêem interpretando que o crime de homicídio qualificado privilegiado como não hediondo pelo fato do elemento subjetivo do privilegio ser dominante em relação a qualificadora objetiva . Desta forma Damásio de Jesus, explica:
“Se no caso concreto, são mesmo reconhecidas ao mesmo tempo a circunstância do privilégio e outra a forma qualificada do homicídio, de forma objetiva, aquela sobrepõe sobre esta, uma vez que o motivo determinante do crime tem preferência sobre a outra. De qualquer forma que, para efeito de qualificação legal do crime, o reconhecimento do privilégio descaracteriza o homicídio qualificado.”
 
 Desta forma , podemos concluir que é possível a pratica de crime de homicídio qualificado privilegiado, nos casos que a circunstância qualificadora for de caráter objetivo, e o privilégio, ser composto de caráter puramente subjetivo. Assim como a não aplicação da lei dos crimes hediondos (Lei n. 8.072/90) a estes crimes por acreditarmos que o caráter subjetivo do privilégio deve falar mais alto que o meio empregado ao crime, no caso, a qualificadora objetiva da conduta.

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