Buscar

Imunologia av2

Prévia do material em texto

Linfócitos B 
. Os linfócitos B circulam no sangue e linfa e têm um papel 
importante na vigilância imune. 
 
. Cada célula B tem um único receptor de proteína (chamado de 
receptor célula B ou BCR) em sua superfície que irá ligar-se a um 
antígeno particular. O BCR é uma ligação entre a membrana celular 
e a imunoglobulina, e esta molécula permite a distinção das células 
B entre outros tipos de linfócitos, e também é a principal proteína 
envolvida na ativação da célula B. 
 
. Uma vez que a célula B encontra seu antígeno e recebe um sinal 
adicional da célula T auxiliar, ela pode se diferenciar em 
plasmócitos ou célula B de memória. 
 
 
. PLASMÓCITOS são grandes células B que foram expostas ao 
antígeno e produzem e secretam grandes quantidades de 
anticorpos, que ajudam na destruição dos microrganismos ligando-
se a elas e tornando-os alvo para fagócitos e ativando o sistema 
complemento. 
 Os linfócitos B não produzem anticorpos até serem completamente 
ativadas. 
 
 
. CÉLULAS B DE MEMÓRIA são formadas através da ativação de 
células B no encontro com antígeno específico durante a resposta 
imune primária. Estas células são capazes de uma vida longa, e 
podem responder rapidamente a uma segunda exposição ao 
mesmo antígeno. 
. A ativação dos linfócitos T CD4+ pelas células dendríticas e, 
posteriormente, dos linfócitos B pelos linfócitos T CD4+ acontece 
na zona T dos órgãos linfóides secundários (baço e linfonodos). 
 
. Parte dos linfócitos B ativados diferencia-se para plasmócitos que 
secretam grandes quantidades de IgM. Algumas destas células, 
após interagirem com os linfócitos T CD4+, mudam de classe ou 
isótipo (class switch), passando a produzir anticorpos IgG (IgA ou 
IgE). 
 
. Se analisarmos os anticorpos do soro de indivíduos imunizados 
veremos, inicialmente, a produção de anticorpos IgM de baixa 
afinidade. Com o passar do tempo, a resposta é principalmente 
composta por anticorpos IgG com alta afinidade pelo antígeno. 
 
 
Imunoglobulinas (Ig) 
. Anticorpos (Ac), ou imunoglobulinas (Ig), são glicoproteínas 
sintetizadas e excretadas por células plasmáticas derivadas dos 
linfócitos B, os plasmócitos, presentes no plasma, tecidos e 
secreções; 
 
. Algumas Ig estão localizadas nas superfícies celulares onde 
funcionam como receptotes para Ag, enquanto que outras 
(anticorpo) estão livres no sangue ou na linfa. 
 
. Os anticorpos se ligam a proteínas estranhas ao corpo, 
chamadas de antígenos, realizando assim a defesa do organismo 
(imunidade humoral). 
 
. Depois que o sistema imunológico entra em contato com um 
antígeno (proveniente de bactérias, fungos, etc.), são 
produzidos anticorpos específicos contra ele. 
 
. Há cinco classes de imunoglobulina com função de anticorpo: 
IgA, IgG, IgM, IgE e IgD. Os diferentes tipos se diferenciam pela 
suas propriedades biológicas, localizações funcionais e 
habilidade para lidar com diferentes antígenos. 
 
. As principais ações dos anticorpos são a neutralização de 
toxinas, opsonização (recobrimento) de antígenos, destruição 
celular e fagocitose auxiliada pelo sistema complemento. 
Cadeia 
pesada 
Cadeia leve 
IgG – constitui a principal Ig do soro, contribuindo para 70 – 75% do “pool” total de Ig. A 
IgG consiste em uma molécula única, com quatro cadeias polipeptídicas, com um 
peso molecular de 146.000. As proteínas de IgG3 são ligeiramente maiores do que 
as demais subclasses distribuída uniformemente entre os espaços intra e 
extravasculares. É o anticorpo mais importante das respostas imunes secundárias, e 
é a única classe antitoxina. 
 A IgG materna também confere imunidade aos recém-nascidos. Em humanos, as 
moléculas de IgG de todas as subclasses atravessam a barreira placentária e 
conferem um alto grau de imunidade passiva ao recém-nascido. 
 
 
 
 
 
 
IgM – constitui para aproximadamente 10% do “pool” de Ig. Esta molécula consiste de um 
pentâmero de estrutura básica de quatro cadeias. As cadeias pesadas individuais 
possuem um peso molecular de aproximadamente 65.000 e a molécula como um 
todo chega a 970.000. A IgM encontra-se em grande parte confinada ao espaço 
intravascular e é o anticorpo inicial predominante, freqüentemente encontrado em 
resposta a organismos infecciosos antigenicamente complexos. 
IgA – representa entre 15 – 20% do “pool” de Ig humanas séricas. Em humanos, mais de 
80% da IgA ocorre como um monômero da estrutura básica de quatro cadeias, mas 
na maioria dos mamíferos, a IgA no soro é principalmente polimérica, ocorrendo 
principalmente como um dímero. A IgA é a Ig predominante nas secreções 
mucosserosas como saliva, colostro, leite e secreções traqueobrônquiais e 
geniturinárias. 
 A IgA secretora (sIgA), que tanto pode ser de uma subclasses (IgA1 e IgA2) como de 
outra, mas principalmente IgA2, existe especialmente na forma dimérica e possui 
um peso molecular de 385.000. 
 A IgA1 é a subclasse predominante no soro enquanto a IgA2 predomina nas 
secreções 
 
IgD – perfaz menos de 1% do total de Ig plasmáticas, mas está presente em grandes 
quantidades na membrana de muitos linfócitos B. A função biológica precisa desta 
classe de Ig é ainda pouco descrita, mas a IgD pode Ter papel importante nos 
linfócitos desafiados por antígenos. 
 
IgE – embora em pequenas quantidades no soro, a IgE é encontrada nas membranas 
superficiais dos mastócitos e basófilos em todos os indivíduos; esta classe de Ig 
sensibiliza as células nas superfícies das mucosas conjuntiva, nasal e brônquica. A 
IgE pode, ainda, ter papel importante na imunidade contra os helmintos, embora 
nos países desenvolvidos esteja mais comumente associada a reações alérgicas 
como asma e febre do feno. É responsável pela hipersensibilidade anafilática. 
BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO 
MATERNO 
• para a mãe. 
• para a criança. 
• para a sociedade. 
SEQUÊNCIA DE UMA BOA PEGA 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
 AÇÃO PRINCIPAL 
 
• Propriedades antiviral, antibacteriana e antiprotozário 
 
• Glicosamina que promove crescimento do Lactobacillus e bifidobactérias: reduz o pH das 
fezes; inibe o crescimento de bacterias gram - ( Salmonella, cepas de E. Coli), Shigella 
 
• Estimula a atividade fagocitária dos macrofagos não ativados; estimula a migração de 
neutrofilos e monocitos do sangue aos tecidos; presente em grande quantidade no 
colostro 
 
• Produzem anticorpo especificos contra inúmeros patogenos 
 
• Recobre mucosas intestinal e respiratória, tornando-as impermeáveis a patogenos. Possui 
elevada especificidade antigênica, representa 90% das Ig do leite humano 
 
• Destroem microorganismos por ação citotóxica e tem importante ativ. antiinflamatória. 
Produzem subst. que estimulam o sist. imunologico:interferon, linfocinas, interleucinas e 
fatores de quimiotaxia 
 
• Propriedade antiinflamatória. Aderem a microorganismos, reduzindo a capacidade de 
agredir mucosas; protegem contra diarréia nas crianças colonizadas por bacterias 
patogenicas; interferem na capacidade de agressão de H. influenzae, S. pneumoniae e E. 
coli. 
 
• Ação fagocitária sobre as bacterias do T.G.I.; produzem de lisozimas, lactoferrina, 
complemento, e ativam outros componentes do sist. Imunologico 
 
• Ligam-se a microorganismos ( princ. E. coli ), reduzindo a capacidade de aderir à superficie 
das mucosas 
 
 
 
 
 
 COMPONENTE 
 
• Ácidos Graxos 
 
• Fator bifidus 
 
 
• Fibronectina 
 
 
• Linfócitos B 
 
• IgA secretória 
 
 
• Linfócitos T 
 
 
 
• Oligossacarideos 
 
 
 
• Macrofagos 
 
 
• Mucinas 
 
 
 
 
 
 
 
IMUNIZAÇÃO 
Ativa Passiva 
Pela doença 
 
Por vacina 
 
Artificial 
 . Imunoterapia 
Natural 
 . IgG transplacentária. IgA colostro e leite 
 materno 
Calendário nacional de vacinação (Adaptado pelo Ministério da Saúde, 
Brasil, 2003.) 
 
O calendário de vacinação apresenta as vacinas recomendadas para cada faixa 
etária, o número de doses necessárias e o intervalo entre as doses. O ministério da 
Saúde, por meio do programa Nacional de Imunizações (PNI) da Fundação nacional 
de Saúde, determina periodicamente o calendário oficial a ser implantado em todo 
o Território Nacional. Alguns estados e municípios, por suas características locais, 
realizam modificações neste calendário oficial, adequando-o ao momento 
epidemiológico e aos recursos financeiros locais. Este calendário pode ser ampliado 
com algumas vacinas já utilizadas de rotina em outros países. Essas vacinas estão 
presentes nas recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Academia 
Americana de Pediatria. Para os adultos, além das presentes no calendário oficial, 
são feitas algumas recomendações do Advisory Committee on Immunization 
Practices (ACIP) e da American Academy of Family Physicians (AAFP). 
 
IDADE VACINAS DOSES 
Ao nascer BCG 
Vacina contra hepatite B 
Dose única 
1ª dose 
1 mês Vacina contra hepatite B 2ª dose 
2 meses Vacina oral contra poliomielite (VOP ou Sabin) 
DTP (tríplice bacteriana) 
1ª dose 
1ª dose 
4 meses Hib (contra Haemophilus influenzae tipo b) 
Vacina oral contra poliomielite (VOP ou Sabin) 
DTP (tríplice bacteriana) 
1ª dose 
2ª dose 
2ª dose 
6 meses Hib (contra Haemophilus influenzae tipo b) 
Vacina oral contra poliomielite (VOP ou Sabin) 
DTP (tríplice bacteriana) 
Vacina contra hepatite B 
3ª dose 
3ª dose 
3ª dose 
3ª dose 
9 meses Vacina contra febre amarela Dose única 
12 meses Vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) Dose única 
15 meses Vacina oral contra poliomielite (VOP ou Sabin) 
DTP (tríplice bacteriana) 
Reforço 
Reforço 
6 a 10 anos BCG Reforço 
10 a 11anos DT (dupla adulto) 
Vacina contra febre amarela 
Reforço 
Reforço 
12 a 49 anos Vacina contra rubéola 
Vacina dupla viral 
Vacina tríplice viral 
Reforço sarampo; dose 
única rubéola 
60 anos ou mais Vacina contra pneumococos (antipneumocócica) 
Vacina contra gripe 
Dose única 
Dose única anual 
Funções efetoras das imunoglobulinas 
 
. Neutralização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. Opsonização . Ativação do sistema 
 complemento (via clássica) 
Sistema complemento 
. O sistema complemento é constituído por um grande número de diferentes 
proteínas plasmáticas; uma é diretamente ativada pelo anticorpo ligado (via 
clássica), a fim de desencadear uma cascata de reações, cada uma das 
quais resulta na ativação de um outro componente do complemento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
. Algumas proteínas ativadas do complemento unem-se covalentemente a 
bactérias, opsonizando-as para ingestão pelos fagócitos portadores de 
receptores de complemento, ao passo que pequenos fragmentos de 
proteínas complementares recrutam fagócitos ao local da atividade 
complementar. 
. Os componentes terminais do complemento lesam certas bactérias, 
mediante a criação de poros em sua parede celular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. Há três vias pelas quais as funções efetoras do complemento podem ser 
ativadas: via clássica, via alternativa e via da lectina. 
VIA CLÁSSICA VIA DA LECTINA VIA ALTERNATIVA 
Complexo 
antígeno:anticorpo 
Ligação do manano a 
manose-ligante ao 
patógeno 
Superfície dos patógenos 
C1 
C4 
C2 
MBP-MASP 
C4 
C2 
C3 
B 
D 
C3 convertase 
 
C4a+ C3a C5a 
 
C3b 
Componentes do complemento 
C5b - C6 - C7- C8 - C9s 
Mediadores peptídicos da 
inflamação, recrutamento 
de fagócitos 
Liga-se aos receptores de 
complemento nos 
fagócitosOpsonização dos 
patógenos 
Remoção de complexos 
imunes 
Complexo de ataque a 
membranas (CAM), lise de 
alguns microrganismos e 
células 
Complemento Via Clássica - Ativação 
Via Clássica – Complexo MAC 
Lise 
Complexo de ataques a membranas (CAM) 
 C9 
 C5b – C6 – C7 – C8 – C9 C9 
 C9 
 
Hipersensibilidades 
. As respostas imunes adaptativas também são estimuladas por 
antígenos não associados a agentes infecciosos, e por isso pode 
provocar uma doença grave. 
 
. Tais respostas são essencialmente idênticas às adaptativas a agentes 
infecciosos; diferem apenas os antígenos. 
 
. São consideradas as respostas a três categorias importantes de 
antígenos: 
 
. As hipersensibilidades são classificadas em tipo I, tipo II, tipo III e tipo 
IV. 
 
Hipersensibilidade do tipo I 
 
 
. Ocorrem reações alérgicas quando um indivíduo já imune ou 
sensibilizado exposto novamente à mesma substância estranha inócua 
ou alérgeno. 
 
. As respostas alérgicas vão desde a conhecida coriza e espirros, 
observados na febre do feno, à anafilaxia sistêmica e morte, em 
resposta a uma picada de abelha ou de outro inseto, em indivíduos 
muito sensibilizados. 
. As respostas alérgicas não ocorrem quando um indivíduo é exposto, pela primeira 
vez, ao alérgeno; a resposta adaptativa inicial é demorada e geralmente não 
provoca sintomas. 
 
. Depois da produção de anticorpos ou das células T, que reagem com o alérgeno, 
qualquer outra exposição irá produzir sintomas. 
 
. Tais respostas são idênticas à resposta a um patógeno, mas como a própria 
substância estranha é inócua, a única patologia observada é a provocada pela 
resposta imune. 
 
. As reações alérgicas que ocorrem rapidamente foram chamadas reações de 
hipersensibilidade imediata, sendo denominadas por reações mediadas por IgE e 
pelas células T auxiliares (TH2), estas últimas levando algum tempo para se 
manifestar e, por isso, chamadas de reações da fase tardia. 
 
. Muitas alergias comuns são provocadas por alérgenos levados por partículas 
inaladas ou por substâncias que entram em contato com a pele. 
 
. No caso de respostas mediadas pelo IgE, os alergistas utilizam, para dessensibilizar 
o paciente, exposições repetidas e cuidadosamente controladas ao alérgeno, que 
parecem alterar gradualmente a resposta. 
SÍNDROME ALÉRGENOS 
COMUNS 
VIA DE 
ENTRADA 
RESPOSTA 
 
Anafilaxia 
sistêmica 
 
Drogas 
Soro 
Veneno 
 
Intravenosa 
Edema 
Vasodilatação 
Oclusão da traquéia 
Colapso circulatório 
Morte 
Pápulas e 
rubor 
Picadas de 
insetos 
Teste de alergia 
 
Subcutânea 
Vasodilatação local 
Edema local 
Rinite alérgica Polens 
Fezes de ácaros 
 
Inalada 
Edema 
Irritação da mucosa nasal 
Asma 
brônquica 
 
Polens 
Fezes de ácaros 
 
Inalada 
Constrição brônquica 
Aumento da produção de muco 
Inflamação das vias aéreas 
Alergia a 
alimentos 
Mariscos 
Leite 
Ovos 
Peixes 
Trigo 
 
Oral 
Vômitos 
Diarréia 
Prurido 
Urticária 
Hipersensibilidade do tipo II 
 
 
. Estas reações envolvem a ligação dos anticorpos IgG (e ocasionalmente 
IgM) às superfícies celulares ou às moléculas da matriz extracelular. 
 
. Os anticorpos ligados ativam o complemento e o receptor Fc das células 
acessórias, da mesma forma como na defesa do hospedeiro contra 
agentes infecciosos. 
 
. Os eritrócitos e as plaquetas são particularmente vulneráveis a esse tipo 
de resposta, por apresentarem níveis menores de proteínas reguladoras 
do complemento do que as outras células. O resultado mais evidente 
desse tipo de reação é a lise doseritrócitos pela ativação do 
complemento. . A eritroblastose fetal (ou doença hemolítica do recém-
nato) é causada pela reação dos anticorpos maternos produzidos 
durante a primeira gravidez contra fatores Rh presentes sobre eritrócitos 
fetais do segundo lactente (incompatibilidade Rh). 
 
Hipersensibilidade do tipo III 
 
 
. As respostas do tipo III resultam na formação de imunocomplexos e do 
complemento. 
 
. Na presença de quantidades abundantes de antígeno solúvel na 
corrente sangüínea formam-se grandes complexos de antígeno-
anticorpo que ficam retidos nos capilares (especialmente nos rins) e 
iniciam a via clássica do sistema complemento. 
 
. A ativação da cascata do complemento desencadeia reações 
inflamatórias. 
 
. A doença por imunocomplexos pode ser causada por infecções 
persistentes, auto-imunidade (artrite reumatóide, lúpus eritematoso 
sistêmico) ou antígenos inalados regularmente (ex. bolor, antígenos 
vegetais). 
Hipersensibilidade do tipo IV 
 
 
. As reações que são mediadas por células T CD4 específicas, 
inflamatórias do tipo tardio (HTT) . 
 
 
. Embora seja responsável pelo controle das infecções fúngicas e de 
bactérias intracelulares (p.ex. micobactérias), a HTT é também 
responsável pela dermatite de contato e a venenos de algumas 
plantas. . 
 
. A resposta é mediada pelas células T inflamatórias que entram no sítio da 
injeção de antígeno e reconhecem os complexos de peptídeos: MHC de classe 
II nas células apresentadoras de antígenos, liberando citocinas inflamatórias. 
 
. As reações de hipersensibilidade do tipo IV também podem envolver as células T 
CD8, que danificam os tecidos, por meio da citotoxicidade mediada por 
células. 
AUTOIMUNIDADE 
. Falha dos mecanismos normais de auto-tolerância. 
 
. Resulta em reações contra células e tecidos do próprio organismo. 
. Na maturação de linfócitos, 
aqueles com capacidade de 
reconhecimento de antígenos do 
próprio organismo (self) devem 
ser eliminados ou inativados. 
 
. A falha na apoptose ou anergia de 
linfócitos self levam a resposta 
imunes voltadas contra antígenos 
próprios e, assim, à doenças 
autoimunes. 
PRINCIPAIS DOENÇAS AUTO IMUNES 
IMUNOLOGIA DE TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS 
Tipos sanguíneos pelo Sistema ABO/Rh 
Exemplo: hemácia A+ 
Tipagem sanguínea para sistema ABO 
Outros sistemas sanguíneos: 
SOROLOGIA 
. O diagnóstico de certeza de um processo infeccioso é a demonstração 
do patógeno ou de seus produtos nos tecidos ou fluidos biológicos do 
hospedeiro. Porém, nem sempre isso é possível. 
 
. os métodos imunológicos diretos ou indiretos têm sido amplamente 
utilizados para suprir as deficiências dos métodos parasitológicos ou 
microbiológicos na pesquisa de antígenos, anticorpos ou 
imunocomplexos, pela rapidez, simplicidade de execução, possibilidade 
de automação e baixo custo operacional; 
 
. a pesquisa de anticorpos específicos por testes rigorosamente 
padronizados é de grande valia na definição da suspeita clínica 
principal; 
 
. em algumas patologias, principalmente aquelas que provocam 
fetopatias, como a toxoplasmose, a sífilis, a rubéola, a doença de 
Chagas, etc, a detecção de diferentes classes de Ig específicas ao agente 
infeccioso na circulação dos pacientes é importante na identificação da 
fase da infecção; 
 
. a mudança de classes de Ig ocorre durante a resposta imune seguindo 
uma ordem geneticamente determinada; 
 
. a IgM é a primeira a ser formada, sendo normalmente encontrada nos 
processos agudos, enquanto a IgG presente no final dos processos 
agudos permanece durante longos períodos na circulação do 
hospedeiro como Ig de memória, estando muitas vezes relacionada com 
a proteção do indivíduo; 
 
. O encontro do patógeno no hospedeiro define o processo infeccioso. 
A ausência do patógeno ou de seus produtos após um processo 
infeccioso está diretamente relacionada com a cura do paciente; 
. os testes sorológicos desempenham um papel fundamental na 
patologia clínica como auxiliares no diagnóstico de uma suspeita clínica 
principal; 
 
. os resultados obtidos podem variar em função de uma série de fatores 
relacionados com a resposta imune do hospedeiro e com as variações 
antigênicas do patógeno; 
 
. a sensibilidade de um teste refere-se à porcentagem de pacientes 
doentes com teste positivo detectados em população sabidamente 
infectada; 
 
. a especificidade de um teste sorológico é definida pela porcentagem 
de indivíduos “normais” com teste negativo em população sabidamente 
não infectada. Entende-se como indivíduo normal aquele não portador 
da afecção para a qual o diagnóstico do teste é destinado; 
. a eficiência de um teste refere-se à relação entre o somatório dos 
verdadeiros resultados positivos e verdadeiros resultados negativos com 
a população estudada; 
 
. a prevalência de uma doença é definida como a porcentagem de 
indivíduos infectados em uma população; 
 
. o limiar de reatividade ou “cut-off” é a região de corte do teste 
sorológico 
 
 
 
 
 
 
. a reprodutibilidade refere-se à obtenção de resultados iguais em testes 
realizados com a mesma amostra do material biológico, quando feitos 
por diferentes pessoas em diferentes locais. 
. a reprodutibilidade intrateste refere-se à repetição do teste ao mesmo 
tempo por ensaios em duplicata ou triplicata; 
 
. a reprodutibilidade interteste refere-se à repetição da mesma amostra 
em teste realizados em dias diferentes e em diferentes laboratórios; 
 
. os controles negativos são amostras de soro de indivíduos 
sabidamente não doentes para aquela patologia de pesquisa. São 
utilizados em todos os experimentos; 
 
. os controles positivos são amostras de soro de pacientes com 
diagnósticos clínico/parasitológico/sorológico/histopatológico 
determinantes para a doença; 
OS TESTES SOROLÓGICOS 
 
 
. os testes sorológicos ou imunoensaios são técnicas para a detecção e 
quantificação de antígenos ou anticorpos, podendo utilizar reagente 
marcados ou não-marcados; 
 
. os marcadores comumente utilizados são os radioativos, enzimáticos, 
fluorescentes e quimioluminescentes; 
 
. as técnicas devem ser cuidadosamente padronizadas quanto à 
concentração do antígeno, tempo, temperatura, diluentes, etc. 
 
. as condições de realização do teste e leitura dos resultados devem ser 
padronizadas em cada laboratório; 
ELISA 
 
. O seu princípio básico é a imobilização de um dos reagentes em uma 
fase sólida, enquanto outro reagente pode ser ligado a uma enzima, 
com preservação tanto da atividade enzimática como da imunológica do 
anticorpo; 
 
. a fase sólida pode ser constituída por poliestireno, dentre outras. 
Placas plásticas são as mais difundidas, por permitirem a realização de 
múltiplos ensaios e automação; 
 
. o teste detecta quantidades extremamente pequenas de anticorpos, 
podendo Ter elevada precisão de os reagentes e os parâmetros do 
ensaio forem bem padronizados; 
 
. o conjugado é um anti-anticorpo marcado com uma molécula ou 
substância chamado cromógeno; 
. os substratos cromogênicos empregados pela degradação enzimática 
dão origem aos produtos solúveis coloridos, cuja determinação é feita 
medindo-se a densidade óptica (DO) da solução 
espectrofotometricamente; 
 
. para a peroxidase, o substrato é o peróxido de hidrogênio (H2O2), e os 
cromógenos ou doadores de hidrogênio mais utiulizados são 
ortofenilenodiamina (OPD), ácido 5-aminosalicílico, ortotoluidina, 2,2´-
diazino do ácido etilbenzotiazolino sulfônico (ABTS) e 
tetrametilbenzidina (TMB); 
 
. a escolha do cromógeno depende da escolha do laboratório; 
 
WESTERN BLOTTING 
 
. também conhecido como imunoblotting;. é um método em que as proteínas sãs separadas, de acordo com seu 
tamanho, por eletroforese em gel de poliacrilamida (SDS_PAGE) 
 
. após a separação, as proteínas são transferidas eletroforeticamente para 
uma membrana de nitrocelulose, onde ficam imobilizadas; 
 
 
. a identificação imunológica das frações separadas e transferidas é feita 
imergindo as tiras de NC em solução contendo anti-Ig marcada com a 
enzima; 
 
. para a visualização, adiciona-se o cromógeno que, sob a ação da enzima, 
dá origem a um precipitado colorido; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. o western blotting pode ser em,pregado na pesquisa de Ag ou de Ac, 
sendo num importante auxiliar no diagnóstico de doenças infecciosas 
Vírus HIV-1 
GP160 
IMUNOFLUORESCÊNCIA 
 
. A imunofluorescência utiliza anticorpos marcados com corantes 
fluorescentes para revelar a formação de imunocomplexos (Antígeno-
anticorpo). 
 
. Os anticorpos marcados são chamados de conjugados. 
 
. Nessa metodologia costuma-se utilizar o microrganismo inteiro e a 
soro sanguíneo sob titulação, até que seja negativo.

Continue navegando