Buscar

ce impresso aula02

Prévia do material em texto

Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB21
Aula 2
Os Códigos da Comunicação
Objetivos da Aula 
 Comparar diferentes estruturas textuais.
 Interpretar idéias, fatos, expectativas e cenários para a 
produção de diferentes estratégias de comunicação.
 Criar e produzir diferentes estruturas de linguagem para 
uso em comunicação oral e escrita.
 Correlacionar informações de textos interdisciplinares, 
identificando estruturas, interpretando textos e idéias.
É código tudo o que contém um conjunto de elementos (vocabulário) 
e de métodos para combinar esses elementos de forma significativa 
(a sintaxe). Para saber se determinado conjunto de símbolos constitui 
um código, basta isolar o seu vocabulário e verificar se há modos 
sistemáticos (estruturas) de combinar os elementos.
O idioma português, inglês, russo, etc., são códigos. Mas usamos 
outros na comunicação. A música é um deles: tem vocabulário (as 
notas) e a sintaxe, os métodos de combinar as notas numa estrutura 
que tenha sentido para o ouvinte. Para entender música temos de 
entender o código. O mesmo acontece com a dança, pintura, cinema 
e outras formas de comunicação que tenham significação. Todas 
exigem um código.
O código da produção de rádio e televisão, do desenho e redação 
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB22
de propaganda também exige do comunicador o conhecimento do 
vocabulário disponível e a capacidade de estruturá-los de forma mais 
positiva, ou seja, estruturar certos elementos de maneira a exprimir 
melhor o objetivo ou obter o máximo efeito sobre o receptor.
O jornalista, ao preparar a matéria, trata sua mensagem de várias 
formas: seleciona palavras para um código que o leitor possa 
decodificar e compreender; estrutura as informações na forma mais 
objetiva, clara e interessante que, ao seu ver, o leitor quer receber; 
define os tipos gráficos e as notícias da primeira e demais páginas.
É importante, porém, ressaltar o papel do receptor numa interação 
simbólica. Comunicar é mais do que informar; é além de transmitir 
significação, procurar respostas do receptor, pois qualquer fonte de 
comunicação interage com o propósito de influenciar/persuadir o seu 
receptor para obter uma resposta ou efeito (feedback).
Segundo Umberto Eco, 1973, “signo é usado para transmitir uma 
informação, para indicar a alguém alguma coisa que um outro conhece e 
quer que outros também conheçam”. Ele insere-se, pois, num processo 
de comunicação deste tipo:
Fonte – Emissor – Canal – Mensagem – Destinatário
Um processo em que não exista significação é chamado de estímulo 
ou resposta, pois como vimos anteriormente, a significação é o uso 
social dos signos, implicando uma série de regras que atribui a ele um 
significado (codificação – código).
Já para Saussure, signo é uma entidade psíquica formada de duas 
partes intimamente relacionadas: significante ou expressão e 
significado ou conteúdo. A relação entre o significante e o significado 
do signo lingüístico é arbitrária e convencional, ao passo que nos 
signos visuais é analógica, motivada e convencional.
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB23
Umberto Eco define código como um sistema que estabelece e organiza os 
signos. Nesse caso, relacionando como conceito de código como contrato 
social, podemos dizer que há códigos cujo contrato está mais amarrado 
socialmente, como o do semáforo (código internacional de trânsito), e outros 
que são mais frouxos, como o das gírias.
Tipos de Códigos
Pierre Guiraud, em seu livro A Semiologia, tentou organizar em tipos 
os códigos da linguagem.
Divide-os em códigos Paralingüísticos e Práticos.
Códigos Paralingüísticos:
São aqueles que passam pela língua oral, como o próprio nome diz, 
paralelos à fala. São classificados em três tipos:
a) Códigos de apoio da língua;
b) Códigos substitutos da língua;
c) Códigos auxiliares da língua.
Códigos de Apoio da Língua
A escrita alfabética e, eventualmente, silábica:
• Código Morse;
• Código Braille;
• Alfabeto digital dos surdos-mudos;
• As bandeirolas da marinha, aviação, esportes, escoteiros, etc.
• Códigos criptográficos que substituem as letras do alfabeto 
por números ou desenhos.
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB24
Esses códigos, entretanto, passam pela língua articulada e 
apenas são compreendidos no idioma de origem a partir da 
qual foram recodificados. Têm por função substituir a língua 
cada vez que o uso da mesma é dificultado por questões de 
tempo, espaço, etc. Como exemplo temos o Código Morse, já 
em desuso, a substituição de A por .-, do B por -.-., etc.
Códigos Substitutos da Língua
Diferente dos códigos de apoio que passam, necessariamente, 
por ela como suportes, os substitutos têm um sentido próprio. 
Entre eles encontram-se os pictogramas, ideogramas chineses, 
hieróglifos, etc. Um dos mais elaborados é o código dos monges 
trapistas, fundamentado na linguagem gestual, com mais de 
1.300 signos.
Códigos de Auxiliares da Língua
A comunicação verbal, oral ou falada tem como suporte o 
emprego de signos articulados e é sempre acompanhada por 
signos paralelos como: entonação, ritmo, expressões faciais, 
gestos, etc. Esses códigos auxiliares são muito importantes em 
certas formas de expressão. como teatro, dança, rituais e até 
mesmo em nossa comunicação cotidiana.
Eles foram divididos por Guiraud em:
 Código prosódigo: desempenha importante papel na 
comunicação de mensagens afetivas/emocionais. São 
utilizadas as variações de altura, intensidade e quantidade 
de voz da palavra articulada. Pelo tom e ritmo da fala, 
qualificamos uma pessoa de meiga ou autoritária, calma 
ou ansiosa e podemos também distinguir, pela carga 
emocional colocada na palavra “gooool”, se ele é da 
seleção brasileira ou do adversário.
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB25
 Código quinésio ou cinésio: está estreitamente associado 
à fala e, particularmente, aos signos prosódicos. Ele 
utiliza as expressões fisionômicas, gestos e postura 
corporal. Há, porém, a possibilidade de nos expressarmos 
e comunicarmos apenas utilizando signos cinésicos. 
Exemplo: quando colocarmos o polegar para cima, 
querendo dizer “tudo bem”, ou o polegar para baixo, 
querendo dizer “tudo mal”.
A comunicação, como processo complexo, é um fenômeno 
de multicanais, ou seja, faz uso de todos os canais sensoriais. 
A teoria clássica de Ray Birdwhistell estuda a relação entre a 
atividade corporal e a estrutura da língua e, pelo estudo de 
gestos em contexto, tornou-se claro que o sistema cinésico 
tem formas que se assemelham surpreendentemente as 
palavras na língua.
 Código proxêmico: fundamentado na teoria proxêmica 
de Edward Hall, este código refere-se ao uso do espaço 
na comunicação. A distância que mantemos entre nós e o 
nosso interlocutor, o lugar que ocupamos numa mesa, num 
cortejo, etc., são signos de nosso estatuto social e constituem 
um código elaborado que varia com as culturas.
Códigos Práticos: Sinais e Programas
Os códigos têm por função regular a circulação ou movimentos de 
conjunto ou sistemas de instruções com vistas a efetuar um trabalho, 
como a planta de um arquiteto e decorador, por exemplo.
Os códigos práticos, hoje, se multiplicam com muita rapidez em 
conseqüência das diferentes e diversas necessidades de comunicação 
e locomoção do homem nas grandes cidades. São tantas as funções 
que realizamos em pouco tempo, na vida contemporânea, que 
precisamos constantemente dos códigos práticos.
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB26
Exemplo: as demarcações do shopping, tanto no estacionamento 
como no interior dos mesmos.Para percebe-los, é só sair e 
observar.
Entre os sistemas de sinalização, os mais conhecidos são os sinais 
de trânsito, circulação rodoviária, ferroviária, etc. Entram nessa 
categoria os sinais de advertência, como a buzina dos carros, 
sirenes, alarmes, entre outros.
Alguns são muito simples, compreendendo sinais de substâncias 
diversas e das mais variadas formas, tais como; faróis, cores, 
imagens, letras, avisos sonoros, etc.
O avanço dos estudos sobre a linguagem, com a Semiologia 
e Semiotécnica, passa a se preocupar com os códigos não-
verbais e as diferentes linguagens, como a fotografia, cinema, 
TV, publicidade, etc. Já se fala em expressividade de câmera 
(enquadramento, angulação, movimento) e a própria 
montagem/edição já possuem um código relativamente bem 
estabelecido.
O Veículo/Canal
O veículo é o canal ou cadeia de canais que liga a fonte ao receptor. 
Do mesmo modo que as mercadorias podem atingir seu destino por 
vários meios de transporte, as mensagens podem chegar ao receptor 
utilizando diversas formas de veículos de comunicação. Ao contrário 
dos meios de transporte, contudo, os veículos de comunicação não 
são neutros. Eles moldam a mensagem à sua própria imagem.
Você já ficou indeciso alguma vez sobre o que fazer primeiro: ler um 
livro ou ver um filme? A informação levada pela palavra escrita não é 
a mesma quando transmitida por um filme. Os dois veículos divergem 
e sua diferença baseia-se no que acontece à informação quando é 
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB27
conduzida por um ou por outro. Cada veículo exerce sua influência 
– suas próprias peculiaridades – sobre a mensagem e, neste sentido, 
torna-se dono dela. Veículo e mensagem são inseparáveis. Você pode 
desvincular a “mensagem” da Mona Lisa do veículo de expressão do 
artista? Não sem destruir a mensagem.
Experiências no campo da privação sensorial têm fartamente ilustrado 
a relação íntima entre mensagem e veículo. Pesquisas diversas 
demonstraram que, quando a comunicação com o meio ambiente 
é reduzida a um mínimo, os homens tendem a ficar desorientados. 
Quando os sentidos básicos e tradicionais da visão, audição, paladar, 
tato e olfato são bloqueados, outras cadeias – ainda não identificadas 
– repassam informações sobre o ambiente ao cérebro. Nessa 
transmissão, contudo, as mensagens são distorcidas em estranhos 
padrões de alucinação que ninguém parece capaz de explicar. 
Canais desconhecidos estão aparentemente formando mensagens 
ambientais.
No caso das fontes não-animais, por exemplo, aparelhos eletrônicos 
e mecânicos, o veículo de transmissão é predeterminado e limitado 
pelas propriedades físicas de sua fábrica. Um interruptor de parede 
não tem chance de escolher um canal. Pode se comunicar com a 
lâmpada elétrica por meio da extensão de um fio de cobre. Todavia, 
em alguns animais, e em larga escala em todos os seres humanos, 
existe uma série de escolhas na seleção de veículos. Um professor, por 
exemplo, pode transmitir informações a seus alunos utilizando vários 
veículos de comunicação: voz, material escrito, desenhos e gráficos, 
televisão, filmes e fitas gravadas, para citarmos uns poucos.
Até agora, foram relativamente limitadas todas as pesquisas realizadas 
sobre as vantagens de um veículo sobre outros, na condução de 
certas espécies de informação. Qual informação é melhor transmitida 
visualmente por quadros? Qual oralmente? Qual por livros? Qual delas, 
não sendo verbal, pode ser feita pelo tato? Qual por exame direto e 
manipulação? É possível que, por termos a tendência de sobrecarregar 
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB28
apenas alguns canais, como visão e a audição, e negligenciar outros, 
muitos processos de comunicação úteis não sejam empregados.
Algumas cadeias de canais partindo de nós para o meio ambiente 
não parecem estar sob nosso controle direto. O rubor facial é um 
exemplo. Ele comunica às pessoas que estamos preocupados ou 
envergonhados, quer desejemos mandar a mensagem ou não. Outro 
exemplo é a involuntária contração da pupila quando confrontada 
com um inesperado dado desagradável. A pupila no momento dilata-
se ou contrai de acordo com nossa aceitação ou rejeição pessoal dos 
acontecimentos ao nosso redor. Arregalamos os olhos para ver aquilo 
de que gostamos, mas eles se fecham como rejeição a coisas das quais 
não gostamos.
Há, então, outros veículos ainda desconhecidos pelos quais avaliamos 
e influenciamos nosso ambiente? Podemos, entretanto, classificarmos 
canais de comunicação em:
Canais naturais: aqueles que fazem parte do nosso sistema 
sensorial, pois a comunicação só se realiza através do ar e das ondas 
sonoras e luminosas que a transporta de uma fonte emissora até o 
destinatário final.
Canais artificiais: aqueles meios criados artificialmente pelo 
homem com o objetivo de ampliar os canais naturais, permitindo, 
assim, estender e desenvolver a nossa capacidade de emissão, 
transmissão e recepção da mensagem.
Com o desenvolvimento tecnológico deste século, podemos 
vislumbrar o aparecimento de inúmeros veículos tecnológicos tais 
como: jornal, rádio, televisão e o computador, capazes de facilitar 
e ampliar a capacidade humana de comunicação. Esses canais são 
denominados mídia, fazendo, hoje parte da realidade do nosso 
mundo.
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB29
Em função do fator meio, canal ou veículo, podemos classificar a 
comunicação em direta e indireta.
Comunicação Direta: é aquela realizada sem o auxílio de um 
canal artificial tecnológico, utilizando apenas os canais naturais. Na 
comunicação interpessoal oral, que se dá por linguagem verbal falada, 
o canal ou veículo é o ar que transporta a nossa voz (ondas sonoras).
Comunicação Indireta: é aquela realizada com o auxílio dos 
meios tecnológicos (mídia).
Segundo Marshall McLuhan, a mídia é a mensagem, no sentido da 
transformação que a mensagem sofre de acordo com o meio em 
que ela é veiculada. Para esse teórico, a importância não está só na 
informação passada pela mensagem, mas sim no modo como ela 
é passada. Desta forma, os diferentes conteúdos dos programas de 
TV acabam por ter pouca importância, se considerarmos os modos 
inteiramente novos de comunicação e conhecimento que a mídia 
televisiva implica. Ainda segundo ele, a mídia é, também, a extensão 
dos nossos sentidos, mostrando-nos com esta afirmação a estreita 
relação entre o homem e esses veículos de comunicação. Neste 
enfoque, a imprensa e a fotografia são uma extensão da visão, o 
microfone e o rádio, uma extensão da voz.
Entretanto, pode existir em todos os veículos de comunicação 
uma certa quantidade de ruídos, fatores dentro de um canal que 
interferem na mensagem. Por exemplo, quando você permanece 
muito tempo sentado numa posição desconfortável, seu pé poderá 
ficar dormente, insensível à pressão do chão. Esta condição, que 
interfere nas informações de seu sistema tátil, é ruído. Ou, em outro 
exemplo, uma dor de cabeça alucinante pode introduzir ruído no 
canal visual, tanto quanto um resfriado forte pode obstruir o canal 
do paladar com ruído. Assim, o ruído num veículo de comunicação 
não se refere necessariamente a um som, barulho ocasional, mas de 
preferência a fatores que obstruem a informação em qualquer canal.
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB30
Entropia
Quando o nível de ruído de um veículo atinge limites intoleráveis, 
ocorre a desorganização. Altos níveis de ruídos impedem o fluxo 
de informações necessário para atingir o comportamento visado. O 
equilíbrio de um sistema pode ser medido, conseqüentemente, pela 
espécie e quantidade da desorganização,chamada entropia, presente 
no sistema. A entropia em comunicação aumenta com o aumento da 
escolha do receptor e decresce se a escolha se restringe. 
Considere a seguinte frase:
A cientista construía rapidamente, o robô enquanto comia.
O que significa isto? Pelo menos quatro interpretações diferentes 
podem ser feitas. O receptor é livre para escolher uma delas. Quando 
existe mais do que uma escolha, pode ocorrer a entropia. Como as 
palavras e símbolos são representações de coisas, e não as próprias 
coisas, há sempre ambigüidade ou entropia na comunicação. O 
melhor que podemos fazer é reduzir a mensagem a um mínimo ou 
recorrer a um canal menos ruidoso.
Para substituir a entropia pelo seu oposto, a negentropia, precisamos 
apresentar uma mensagem mais pertinente. Mas comunicações 
devem ser codificadas e conduzidas por meio de veículos, de forma que 
apresentem ao receptor um conteúdo com um mínimo de confusão. 
O receptor deve defrontar o menor número de escolhas possível 
sobre prováveis significados. A mensagem perfeita não lhe deveria 
permitir escolha alguma, a não ser a mensagem como significado 
da fonte. Em outras palavras, quanto menos chances de escolha, 
maior estabilidade no sistema de comunicação. Conseqüentemente, 
a negentropia – a estabilidade orgânica, trazida pela transmissão 
de informação pertinentes – é vital para todas as comunicações. 
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB31
Um sistema dinâmico precisa manter os elementos de entropia e 
negentropia numa balança para conseguir atingir seu objetivo.
Feedback
É um novo termo que nos lembra que a comunicação tem duas mãos: 
há um resposta, um retorno, para cada mensagem enviada. Isto inclui 
a idéia de que o transmissor ajusta, ou procura ajustar, o tipo e estilo 
de sua comunicação tendo em vista o feedback que está recebendo. 
O feedback é a realimentação do sistema comunicativo que engloba 
vários fatores que interagem dinamicamente. O feedback ou retorno 
está implícito quando consideramos o processo de comunicação 
como interação simbólica, como propósito de influenciar e surtir 
efeito (ter retorno).
As fontes e os destinatários são mutuamente interdependentes, 
um não existindo sem o outro. Assim, na comunicação, o ideal 
é a alternância de papéis entre o Emissor e o Destinatário. É o que 
acontece em uma conversa estruturada no que chamamos diálogo. 
Nele existe um intercâmbio de mensagens, realimentando o processo 
de comunicação instalado entre os interlocutores. A reação do 
destinatário serve de feedback para a fonte. Isto significa que ele dá 
à fonte informações referentes ao seu sucesso na realização do seu 
propósito comunicativo e, ao realizá-lo, permite-lhe o controle sobre 
as futuras mensagens que venha codificar.
Os homens de propaganda procuram conhecer, através do feedback 
do público consumidor, as tendências do mercado. Isto nos mostra que 
se a propaganda busca influenciar seu público, este mesmo público, 
pelo feedback, influencia a propaganda. Considera-se uma boa 
campanha publicitária aquela que apresenta um retorno positivo.
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB32
Comunicação Unilateral/Comunicação Bilateral
A comunicação unilateral é aquela estabelecida entre um Emissor e 
Destinatário sem reciprocidade e alternância de papéis. É denominada 
unilateral pela dificuldade de feedback, isto é, retorno, pois para 
que o processo de comunicação se realize é necessário que exista a 
interação, ou seja, uma troca de mensagens, por menor que seja.
A comunicação realizada por meio dos veículos tecnológicos de 
comunicação, denominados mídia, é um tipo de comunicação 
unilateral, pois apresenta dificuldades de retorno comunicativo. 
O jornal no rádio e TV não possibilitam ao receptor um feedback, 
tornando-o um receptor passivo diante do que vê ou ouve. Desta 
forma, acostumando-se só a absorver informações sua opinião torna-
se facilmente manipulável, levando-o não formar uma consciência 
crítica a respeito dos acontecimentos ocorridos.
A comunicação bilateral, por sua vez, é estabelecida quando o Emissor 
e o Receptor se tornam interlocutores, alterando seus papéis. Existe, 
neste processo, a intenção – a troca de mensagens. A comunicação 
interpessoal é um tipo de comunicação bilateral.
Toda interação simbólica compreende um processo de emissão e 
recepção de mensagens codificadas. Em comunicação, a realidade 
de alguém é sempre representada para o eu e para os outros com 
os signos. Essa relação objeto-mundo-signo é a representação-
codificação.
Hall nos ensinou que, assim como a linguagem varia de cultura para 
cultura, o mesmo ocorre com os outros instrumentos de interação 
da comunicação. Neste processo, canal é o meio que possibilita a 
veiculação da mensagem codificada. É o meio físico que suporta, 
transporta e, às vezes, processa e até modifica e mensagem.
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB33
Vejamos: um jornal influencia seu público alvo, selecionando as 
notícias que vão ler e, por outro lado, o público influencia o jornal, 
que tentará modificar a seleção e produção das mensagens, portanto 
este receptor é um receptor/emissor (ativo).
Referências Bibliográficas
CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão. São Paulo: Ática, 1991.
PEREIRA, Gil Carlos. A palavra: expressão e criatividades. São Paulo: 
Moderna, 1997.
Sugestões Bibliográficas
BORDENAVE, Juan E. Díaz. O que é comunicação. São Paulo: Brasiliense, 
1982.
SATIKO, Angélica. WUENSCH, Ana Mirian. Pensando Melhor. Iniciação 
ao Filosofar. São Paulo, Saraiva, 1999.

Continue navegando