Buscar

MATEMATICA FINANCEIRA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
DISCIPLINA: MATEMÁTICA FINANCEIRA
PROF°: FRANCISCO LEÃO
TURMA: 1006
ATIVIDADE ESTRUTURADA:
A APLICAÇÃO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA
FORTALEZA - CEARÁ
2014.1
Trabalho apresentado à disciplina de
Matemática Financeira do Centro Universitário Estácio do Ceará como requisito para
nota de AV2. Sob a orientação do
Professor Francisco Leão.
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CAMPUS VIA CORPVS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
DISCIPLINA: MATEMÁTICA FINANCEIRA
PROF°: FRANCISCO LEÃO
TURMA: 1006
ATIVIDADE ESTRUTURADA: A Aplicação da Matemática Financeira
OBJETIVO: Conhecer a aplicação prática dos conceitos da matemática financeira no público e privado.
COMPETÊNCIAS/HABILIDADES: Capacidade de identificar produtos financeiros associando sua operação com os conceitos da disciplina. 
Fortaleza / CE
2014.1
INTRODUÇÃO
O presente trabalho mostrará de maneira diversificada à aplicação da matemática financeira no cotidiano das empresas e dos administradores. Através de pesquisa realizada no site do IBGE http://www.ibge.gov.br, foi possível identificar a metodologia de apuração da inflação, identificando ainda pelo menos três índices de preços de ampla utilização para correção e atualização de preços ou de contratos.
Realizou-se também uma entrevista com um Administrador de Empresas, onde o mesmo identificou a importância dos conceitos de matemática financeira em seu trabalho: a importância de saber calcular o preço à vista e o preço a prazo, fornecer condições de pagamento atraentes ao consumidor, mas que considerem as condições financeiras como taxa de juros e prazos de obtenção do capital. A metodologia utilizada prevê a pesquisa bibliográfica, desenvolvida por meio de consulta a livros, artigos científicos e internet.
Metodologia de aplicação da Inflação
O IBGE, a partir do mês de maio de 2000, passou a disponibilizar através da Internet o IPCA-15, Índice de Preços ao Consumidor-15, cujo período de coleta de preços situa-se, aproximadamente, do dia 15 do mês anterior a 15 do mês de referência.
O IPCA-15 é calculado segundo a mesma metodologia do IPCA, que tem coleta de preços realizada ao longo do mês civil. É o período de coleta que se constitui na diferença entre os dois índices. Assim, a coleta de referência do IPCA-15 de abril de 2014, teve início no dia 15 de março e término no dia 11 de abril de 2014. Os preços vigentes neste período foram comparados com os praticados no período de 14 de fevereiro a 14 de março de 2014.
O IPCA-15 tem como população objetivo as famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
 
	Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 - IPCA-15
	Resultados Gerais
	Área
	Variação (%)
	Rio de Janeiro
	0,55
	Porto Alegre
	1,08
	Belo Horizonte
	0,64
	Recife
	0,90
	São Paulo
	0,78
	Brasília
	0,82
	Belém
	0,32
	Fortaleza
	0,66
	Salvador
	0,77
	Curitiba
	1,10
	Goiânia
	1,10
	 
	
	Geral
	0,78
 
Nota técnica - 02/2001
Metodologia de Cálculo da Estimativa da Variação de Preços do Subitem Energia Elétrica
A estimativa da variação de preços do subitem Energia Elétrica no Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor, desde a sua implantação, é calculada a partir de uma conta teórica associada ao consumo médio mensal domiciliar de kWh obtido a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares e informações de preços obtidas junto às concessionárias. Os consumos médios são específicos para cada região e população objetivo do INPC (famílias residentes nas áreas urbanas, com chefes assalariados e rendimentos mensais de 1 a 8 salários mínimos) e IPCA (famílias residentes nas áreas urbanas e rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos).
Os procedimentos de coleta, cálculo e apropriação dos reajustes de preços são apresentados a seguir:
Coleta
Mensalmente, junto às concessionárias, são obtidos o preço do kWh e a alíquota do ICMS que incide sobre as contas em cada região. Neste momento, é obtida a data do último reajuste de cada componente do cálculo e as informações sobre o procedimento de cálculo do valor das contas.
Cálculo
A partir da replicação do procedimento de cálculo das concessionárias, para cada nível de consumo médio, é calculado o valor da conta correspondente ao mês de referência. Calcula-se o relativo de preços, do mês, dividindo-se o valor do mês de referência pelo valor obtido no mês anterior.
Apropriação no SNIPC
Este relativo é apropriado nos índices mensais segundo o critério de competência, ou seja, um reajuste tem impacto no resultado do índice a partir do dia em que ocorre. Exemplificando: se o reajuste do kWh for no primeiro dia de referência, este reajuste é integralmente apropriado no índice. Se o reajuste ocorre em qualquer outra data, a parcela apropriada no mês de referência corresponde à potência (n/30) do reajuste total, onde n corresponde ao número de dias a partir da data do reajuste até o último dia do mês. A apropriação do reajuste é integralizada no mês seguinte, apropriando-se a potência ((30-n) /30) do total do reajuste. Este exemplo vale para o INPC e IPCA, em que são considerados os preços coletados no mês civil.
A seguir, apresentamos os valores do consumo médio mensal domiciliar de kWh referentes a cada região, que são atualmente utilizados no cálculo do subitem Energia Elétricos no INPC e no IPCA.
	Consumo domiciliar médio por área do INPC e IPCA (Unidade de medida: kWh)
	Área
	INPC
	IPCA
	Rio de Janeiro
	116
	210
	Porto Alegre
	144
	199
	Belo Horizonte
	160
	212
	Recife
	109
	151
	São Paulo
	211
	249
	Brasília
	166
	221
	Belém
	181
	222
	Fortaleza
	104
	143
	Salvador
	131
	171
	Curitiba
	137
	196
	Goiânia
	174
	220
Fonte: SNIPC/ POF
1. Descrições
- Descrição Sumária
O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - SNIPC, consiste em uma combinação de processos destinados a produzir índices de preços ao consumidor. O objetivo é acompanhar a variação de preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos pelas famílias.
O sistema abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. É a partir da agregação dos índices regionais referentes a uma mesma faixa de renda que se obtém o índice nacional.
Os índices mensais resultam, regra geral, da comparação dos preços vigentes nos 30 (trinta) dias do período de referência com os 30 (trinta) do período base. A coleta integral de preços se dá a cada período de 30 (trinta) dias que é segmentado, sem interrupção, em 4 (quatro) subperíodos. Cada um deles contém cerca de 7 (sete) dias com datas definidas através do Calendário Anual de Coleta do SNIPC.
Em um subperíodo efetua-se a coleta de uma quarta parte fixa de estabelecimentos. Desta forma, é possível extrair do sistema índices com períodos base e de referência de 30 (trinta) dias ao final de cada conjunto de quatro subperíodos.
Os índices podem ser obtidos para diversas populações-objetivo desde que estejam disponíveis as respectivas estruturas de ponderações correspondentes a famílias de diferentes faixas de rendimento mensal.
Do ponto de vista temporal, além dos índices mensais, podem ser calculadas as variações de preços ocorridas em 2 (dois) meses ou mais, a partir das séries históricas produzidas.
Ressaltando que o sistema, na forma como é montado, possibilita várias alternativas de cálculo de índices, passamos a descrever, abaixo, os Índices Nacionais de Preços ao Consumidor:Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC e Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA
- Descrição Atual
O INPC e o IPCA são calculados de forma contínua e sistemática para as áreas abrangidas pelo sistema.
A população-objetivo do INPC é referente a famílias residentes nas áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC com rendimentos de 1 (hum) e 6 (seis) salários-mínimos e cujos chefes são assalariados; e a do IPCA é referente a famílias residentes nas áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC com rendimentos de 1 (hum) e 40 (quarenta) salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos.
Para cada região são utilizadas as informações das seguintes pesquisas básicas:
Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF
Realizada no período compreendido entre julho de 2002 a junho de 2003.
Forneceu as estruturas de ponderação das populações-objetivo.
Pesquisa de Locais de Compra - PLC
Realizada no período de maio a junho de 1988. Forneceu o cadastro de informantes da pesquisa, cuja manutenção é contínua.
Pesquisa de Especificação de Produtos e Serviços - PEPS
Realizada na época de implantação de cada uma das regiões para todos os produtos e serviços constantes da estrutura de ponderações.
Forneceu o cadastro de produtos e serviços pesquisado, que é permanentemente atualizado com o objetivo de acompanhar a dinâmica de mercado.
2. Principais Variáveis Investigadas e Unidades de Investigação
Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista.
A Pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios e concessionárias de serviços públicos.
3. Abrangência Geográfica
Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.
4. Periodicidade
Mensal
5. Metodologia
Os índices são calculados para cada região. A partir dos preços coletados mensalmente, obtém-se, na primeira etapa de síntese, as estimativas dos movimentos de preços referentes a cada produto pesquisado.
Tais estimativas são obtidas através do cálculo da média aritmética simples de preços dos locais da amostra do produto que, comparadas em dois meses consecutivos, resultam no relativo das médias.
Agregando-se os relativos dos produtos através da média geométrica é calculada a variação de preços de cada subitem, que se constitui na menor agregação do índice que possui ponderação explícita.
A partir daí é aplicada a fórmula Laspeyres, obtendo-se todos os demais níveis de agregação da estrutura item, subgrupo, grupo e, por fim, o índice geral da região.
Os índices nacionais INPC e IPCA são calculados a partir dos resultados dos índices regionais, utilizando-se a média aritmética ponderada.
A variável de ponderação do INPC é a "População Residente Urbana" (Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF - 2002-2003) e a do IPCA "Rendimento Familiar Monetário Disponível” (Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF - 2002-2003).
6. Época de Coleta
O período de coleta do INPC e do IPCA estende-se, em geral, do dia 01 a 30 do mês de referência.
7. Tempo Previsto entre Coleta e Divulgação
Aproximadamente 8 (oito) dias Úteis.
8. Início da Pesquisa
Janeiro/1979 - Rio de Janeiro;
Junho/1979 - Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife;
Janeiro/1980 - São Paulo, Brasília e Belém;
Outubro/1980 - Fortaleza, Salvador e Curitiba;
Janeiro/1991 - Goiânia;
A série Brasil encontra-se disponível a partir de setembro de 1981.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA e Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC
O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - SNIPC efetua a produção contínua e sistemática de índices de preços ao consumidor, tendo como unidades de coleta estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e domicílios (para levantamento de aluguel e condomínio). O período de coleta do INPC e do IPCA estende-se, em geral, do dia 01 a 30 do mês de referência.
 A população-objetivo do INPC abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 (um) e 5 (cinco) salários-mínimos, cuja pessoa de referência é assalariado em sua ocupação principal e residente nas áreas urbanas das regiões; a do IPCA abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 (hum) e 40 (quarenta) salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das regiões. Também são produzidos indexadores com objetivos específicos, como é o caso atualmente do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial - IPCA-E.
 A partir do mês de maio de 2000, passou a disponibilizar através da Internet o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 - IPCA-15. Outros índices foram divulgados nos seguintes períodos: Índice de Preços ao Consumidor - IPC (março de 1986 a fevereiro de 1991); Índice de Reajuste de Valores Fiscais - IRVF (junho de 1990 a janeiro de 1991); Índice da Cesta Básica - ICB (agosto de 1990 a janeiro de 1991); Índice de Reajuste do Salário-Mínimo - IRSM (janeiro de 1992 a junho de 1994); Índice Nacional de Preços ao Consumidor Especial - INPC-E (novembro de 1992 a junho de 1994); Índice de Preços ao Consumidor série r - IPC-R (julho de 1994 a junho de 1995). A pesquisa foi iniciada em 1979.
Importância dos conceitos de Matemática Financeira para Administradores
A primeira tarefa para calcular o preço de venda é identificar o que é custo e despesa. Custos são valores gastos diretamente na aquisição, elaboração do produto e realização de serviços. Despesas são gastos na comercialização de produtos e serviços e na administração das atividades empresariais.
As despesas se dividem em variáveis e fixas. As do primeiro grupo mudam de acordo com o volume de vendas ou serviços prestados, como comissões, fretes e impostos envolvidos no faturamento ao cliente. O segundo grupo não altera, como aluguel, conta de água e telefone e material de escritório.
Pergunta: O que deve estar incluído dentro do preço de venda?
Marieta: “Dentro do preço de venda devem estar incluídas uma parcela para cobrir o custo, as despesas variáveis e fixas e ainda sobrar uma quantia de lucro”.
“É importante destacar que o cálculo do preço de venda por meio deste método resulta no valor mínimo a ser cobrado, é apenas um ponto de partida para que o empresário encontre o melhor valor, por isso, alguns produtos ou serviços poderão ter um lucro maior. Após o cálculo o empresário deve fazer as análises necessárias e tomar a decisão em relação a quanto cobrar”, explica Marieta.
Pergunta: Para a senhora, o que é o processo de formação de preços?
Marieta: “É muito mais do que um simples processo de acumular custos e acrescentar uma margem de lucro. Com muita frequência, alguns administradores tratam a formação de preços de forma muito simplista, tendo como o maior cuidado não deixar escapar nenhum item de custo. Eu acredito que para que o preço calculado produza consequências satisfatórias no curto, longo e médio prazo, alguns itens devem ser observados. É importante lembrar que erros no processo de formação de preço podem não ter efeitos negativos sobre a empresa apenas no curto prazo. Em longo prazo, esses erros acarretarão consequências de alguma forma”.
Pergunta: E quais são esses itens que devem ser observados no processo de formação de preços?
Marieta: “São princípios como a distribuição dos custos comuns entre produtos e serviços, em linguagem técnica a distribuição dos custos comuns é denominada rateio dos custos indiretos”.
 Esta é uma das tarefas mais difíceis de executar, por que qualquer critério de rateio escolhido sempre conterá algum grau de subjetividade. Mesmo o tão falado e conhecido método de custeio ABC (Custo Baseado em Atividades) está longe de resolver o problema. O melhor a se fazer é escolher o critério de rateio mais aplicável às características de produção ou operação, mas sem perder de vista que o objetivofinal do rateio é que o total dos custos comuns (custos indiretos) seja coberto. Isso significa que a empresa tem uma grande liberdade para fazer a distribuição de custos comuns e não precisa ficar refém de critérios de rateio, principalmente nas decisões de preço aplicáveis em curto prazo. Depois também é necessário avaliar o volume de produção, ou seja, fazer o cálculo do custo unitário para produzir determinada quantidade. Várias parcelas de custos são primeiramente conhecidas pelo seu valor total e este deve ser dividido pelo volume de produção ou operação para se chegar ao custo unitário. Por exemplo, o custo de administração imputável a certo produto é primeiramente conhecido pelo seu valor total, geralmente referido a dado período de tempo. Depois disso, será escolhido um volume de produção ou operação para cálculo do custo unitário. Para esses fins, deve ser considerado, em boa parte dos sistemas de controle interno, o volume de produção escolhido é a produção verificada. Como esses sistemas geralmente tem por objetivo a apuração de resultado, esse procedimento não traz problemas. Entretanto, para fins de formação de preços, o volume a ser considerado é aquele para o qual os custos foram assumidos. Isto significa que para fins de formação de preços, deve ser considerada a capacidade de produção e não a quantidade que foi produzida. Alguns ajustes podem ser feitos sobre á capacidade de produção. Deve-se levar em conta também os tributos, pois este item é um dos formadores do custo e, portanto, do preço, são os impostos incidentes sobres o resultado da empresa, como é o caso do Imposto de Renda e Contribuição Social das empresas tributadas pelo sistema do lucro real. Por sua vez, o resultado a ser estimado dependerá, entre outros fatores, do próprio preço que está sendo calculado, o que gera alguma circularidade no cálculo do preço. 
Nas empresas incluídas no Super Simples, a alíquota de tributação em cada mês depende do faturamento nos doze meses anteriores. Assim, para estimar adequadamente a alíquota média de tributação ao longo de um ano, é necessário trabalhar com um período de vendas de vinte e quatro meses, sendo doze realizados e doze projetados”.
Pergunta: O que esses exemplos significam para a senhora?
Marieta: “Estes exemplos significam que a formação de preço não é o processo de cálculo exato, mas sim uma estimativa”.
Pergunta: Como vocês tratam os custos variáveis não padronizados?
Marieta: “Na maioria dos casos, os custos variáveis são bem padronizados. Por exemplo, na fabricação de um modelo de mesa, o custo da madeira usada pode ser calculado de forma bastante precisa. Por outro lado, para uma empresa varejista que aceita vários tipos de cartão de débito, de crédito, vale refeição, cada um deles tem um custo diferente. Por esse motivo, para achar o percentual de custo desse tipo de venda em relação ao total, é necessário que se estime a parcela de venda recebida para cada tipo de cartão. Será preciso usar a série histórica de dados e ajustá-la a eventuais tendências futuras para poder projetar o percentual médio desse tipo de custo variável em relação às vendas e, consequentemente, ao preço”.
Pergunta: Como é feita a inclusão dos custos de oportunidade?
Marieta: “Eles são mais conhecidos como “custos não caixa” e precisam ser incluídos e, além disso, serem computados corretamente. No meu caso, por exemplo, que é uma empresa média, o valor do pró-labore dos sócios costuma ser baixo (um salário mínimo) por razões de economia tributária. No entanto, o valor real do trabalho desses sócios (custo de oportunidade) pode ser bem maior do que o pró-labore que formalmente é pago. Assim, o verdadeiro valor do trabalho dos sócios deve ser considerado para fins de formação de preço.
Em geral, o custo de oportunidade mais significativo é o custo do capital investido. Ele deve ser incluído com o uso do método do retorno do investimento em lugar do tradicional mark up. Além disso, deve ser usada a depreciação linear”.
Pergunta: Avaliando todos esses pontos, qual a conclusão que podemos tirar em relação ao processo de formação de preços?
Marieta: “Podemos afirmar que, o processo de formação de preços é naturalmente abrangente e complexo e, por isso, bastante desafiador. A não aceitação desse fato conduz habitualmente a decisões erradas. Em muitos casos, as consequências de decisões erradas de preço não se fazem sentir de imediato. É exatamente nesse ponto onde a precificação incorreta pode ser mais danosa para a empresa. Erros como esses podem ser fatais para a existência da empresa”.
Pergunta: E quais são os erros mais comuns no processo de formação de preço?
Marieta: “O preço ideal de venda é aquele que cobre os custos do produto ou serviço e ainda proporciona o retorno desejado pela empresa. Em um mercado competitivo, os preços são formados pela lei da oferta e procura. Então, dado um determinado nível de preço no mercado para seu produto ou serviço, a empresa avalia se seu preço ideal de venda é compatível com aquele vigente no mercado.  Em alguns casos, imperfeições temporárias do mercado permitem que uma empresa pratique seu preço ideal de venda que com grande frequência é calculado incorretamente. A metodologia dominante de formação de preços consiste na aplicação de um percentual (mark-up) sobre o custo do produto ou serviço. O percentual de mark-up é geralmente aplicado sem um embasamento mais profundo. Pode ser o percentual usado pela empresa  líder do setor ou aquele escolhido pelo administrador com base na tradição. Quando a rentabilidade efetiva é menor do que a calculada, há perda de eficiência. Ocorre aquilo que em linguagem de negócios se chama deixar dinheiro sob a mesa. No caso mais frequente, rentabilidade efetiva maior, a empresa experimenta, algum tempo depois, uma perda progressiva de mercado. Um importante princípio econômico estabelece que nenhuma empresa consegue manter lucros excessivos a longo prazo. O passageiro excesso de rentabilidade de uma empresa tende a elevar seus custos de produção por inércia. Quando um concorrente ataca o mercado de uma empresa com retorno excessivo, esta pode ter dificuldades para reagir. É possível que produtos e serviços deficitários estejam sendo subsidiados por aqueles com rentabilidade excessiva. Este fato pode dificultar a reação ao concorrente”.
Pergunta: Como a senhora definiria a formação de preços?
Marieta: “A formação de preços pode ser definida como o processo de apuração do custo econômico do produtor. Define-se custo econômico com sendo a soma de todos os insumos envolvidos no processo de produção de bens e serviços, incluindo o custo-oportunidade do capital investido. O método de formação de preço com base no mark-up sobre o custo difere daquele baseado no conceito de custo econômico. Aquele consiste na apuração do custo de produção ou operação sobre o qual é aplicado o percentual de mark-up desejado. No cálculo do custo de produção ou operação há uma distorção causada pelo uso da depreciação linear, um procedimento de uso bastante generalizado. Embora possa haver outras distorções importantes como é caso do tratamento dispensado aos custos indiretos, estas não serão objeto da presente análise”. 
Pergunta: O que a depreciação linear considera?
Marieta: “A depreciação linear considera que recursos financeiros a ela correspondentes ficam no caixa da empresa com remuneração zero. Uma vez que esses recursos são continuamente utilizados pela empresa (na verdade, a depreciação não é dinheiro carimbado), implicitamente estão sendo remunerados. É sobre essa hipótese que repousa o método  da depreciação econômica, também chamada depreciação de Hotelling. Por esse método, a depreciação corresponde ao valor de uma anuidade para gerar um valor futuro, considerando a vida útil do bem utilizado e a taxa de juros que é representada pelo custo-oportunidade de capital da empresa. Este valor futuro é o valor de reposição do bem. Em resumo, dois erros são frequentemente encontrados no processo de formação de preços: usodo método do mark-up e da  depreciação linear”.
Pergunta: O que a senhora recomenda fazer no caso do processo de formação de preço?
Marieta: “É recomendável o emprego dos métodos do retorno sobre o investimento e da depreciação econômica quando o objetivo é a  formação ou análise de  preços. Estes dois procedimentos permitem que o retorno  desejado pela empresa seja incluído no preço de forma direta e objetiva”. 
Pergunta: Como ocorre a formação de preço para pagamento parcelado?
 Marieta: “Frequentemente as empresas precisam praticar um preço único para várias modalidades de venda de um produto ou serviço (dinheiro, cheque à vista ou pré-datado, cartão de débito ou crédito etc.).
Nesse caso, o primeiro passo é calcular o preço de venda caso todas as vendas fossem feitas à vista. Uma vez calculado o preço, ele deverá ser acrescido do custo financeiro decorrente do parcelamento concedido ao cliente sem juros explícitos. Esse é um procedimento padrão das empresas, uma vez que toda facilidade concedida tem um custo financeiro oculto. O percentual de acréscimo a ser aplicado ao preço depende basicamente de três fatores: taxa de juros que a empresa deseja embutir no preço, prazo de parcelamento e percentual de cada modalidade venda em relação às vendas totais. 
O procedimento de cálculo necessário para isso pode ser efetuado com uma planilha, onde a empresa pode simular algumas hipóteses, como: a taxa de juros a ser embutida no preço em decorrência do parcelamento; o número de parcelas para pagamento com cheque, cartão de débito ou de crédito; o desconto padrão a ser concedido aos clientes que pagam à vista e pedem o desconto; o percentual de cada forma de pagamento em relação ao total das venda”.
Pergunta: E como o administrador deve agir nessas situações?
Marieta: “No caso de venda  à vista   com dinheiro ou cheque para depósito imediato. Por hipótese, um percentual dos clientes que compram nessa modalidade, pedirá um desconto e, somente nesse caso, a empresa dará um desconto padrão  em relação ao preço de tabela. Já no caso de venda à vista com cartão de débito: é considerado que no cálculo do preço  a empresa já incluiu os encargos financeiros e operacionais que são cobrados pelos administradores do cartão de débito. A suposição é que não há parcelamento com o cartão de débito. Assim, o recebimento acontece em única parcela. Em vendas à vista com cheque pré-datado: supomos que a perdas com eventual inadimplência dos clientes já foram incluídas no cálculo do preço.  A hipótese é que o primeiro cheque seja para trinta dias após a compra. Com vendas à vista  com cartão de crédito: é considerado que   no cálculo do preço  a empresa já incluiu os encargos financeiros e operacionais que são cobrados pelos administradores do cartão de crédito; para a primeira parcela, foi considerado que o prazo médio de recebimento é de quinze dias após a venda. Para calcular o percentual de acréscimo a ser aplicado ao preço, o raciocínio aplicado é o seguinte: se todas as  vendas fossem à vista a empresa receberia o valor  do preço e não haveria necessidade de qualquer acréscimo. Uma vez que algumas vendas serão feitas com o preço parcelado sem acréscimo para o comprador, o valor presente do recebimento dessas parcelas, calculado pela taxa de juros que a empresa pretende praticar, será menor do que o preço.   Assim,   esse valor presente precisará ser multiplicado por um fator de acréscimo para se igualar ao preço”.
CONCLUSÃO
A partir desse relatório é possível identificar os índices obtidos a partir da inflação, a metodologia aplicada para identificar esses índices, etc. Também foi possível perceber como a matemática financeira é extremamente importante na vida profissional de um administrador. Pois ela dá todos os nortes que o administrador deve seguir para produzir um bem e obter lucro a partir desse bem. Todos esses aspectos são de fundamental importância para o aumento do conhecimento de estudantes de administração.
BIBLIOGRAFIA
http://www.mundoeducacao.com/matematica/matematica-financeira.htm
http://www.ibge.gov.br
 Chiavenato, Idalberto. Adm. Para não Administradores A Gestão de Negócios ao Alcance de todos
http://www.ief.com.br
ENTREVISTA
Administradora: Marieta Sampaio
Empresa: Todeschini – Água Fria
Formação: Graduação em Administração de Empresas- Faculdade 7 de Setembro e pós-graduação em Gestão Financeira – Faculdade 7 de Setembro.

Outros materiais