Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIREITO PENAL CRIME OMISSIVO Crime omissivo Não fazer algo dentro de determinada circunstancia em que deveria agir Crimes omissivos próprios /puros O próprio tipo penal obriga que haja determinado comportamento Aqueles em que o tipo penal descreve uma omissão (não fazer) A lei proíbe que a pessoa se omita em determinadas circunstancias Omissão de socorro Art. 135 CP - “se eu estou passando na rua e vejo uma pessoa em perigo iminente é obrigatório o socorro a ela” Art.168A CP – o tipo penal descreve um não repassar o dinheiro para previdência. Art. 269 CP Crimes omissivos impróprios /comissivos por omissão Aqueles que estão previstos no código penal de forma comissiva São praticados por meio de uma ação Em situações excepcionais podem ser praticados por meio da omissão Possuem necessariamente um resultado material Homicídio – para causar a morte de alguém é necessário um determinado comportamento (condutas comissivas), entretanto no homicídio por omissão a pessoa deixa de ajudar outra (ataque cardíaco, por exemplo) e ela vem a falecer (omissão imprópria) Art. 13 CP paragrafo 2° A) quem tenha por lei obrigação de cuidado proteção ou vigilância “eu sou uma mae que percebeu que a filha estava machucada com fratura craniana, por exemplo e não a socorro, levando-a a morte. A partir da morte da garota eu sou acusada por homicídio por omissão.” B) quem assumiu a responsabilidade de impedir o resultado “estou em casa e não possuo grades na janela, no momento em que a minha vizinha sai e deixa seu filho com ela, entretanto a criança brinca de escalar a janela, pula e morre. Nesse momento eu sou responsável por homicídio por omissão” C) com seu comportamento anterior, criou risco da ocorrência do resultado. “quero fazer uma brincadeira com meus amigos e empurro um amigo meu na piscina, entretanto ele não sabe nadar, se afoga e morre. Nesse momento se eu não impedir sua morte eu cometo um homicídio por omissão” Agente possui o dever e possibilidade de evitar a ocorrência de um resultado ELEMENTOS SUBJETIVOS DO TIPO PENAL Elementos subjetivos do tipo penal Intenção do agente (Art. 18 inciso1°) Crime doloso Pode ser omissivo ou comissivo Elemento cognitivo /intelectual + elemento volitivo (própria vontade) A pessoa teve a intenção de praticar determinada conduta “eu aponto um revolver para a cabeça de uma pessoa e decido por mata-la. A partir desse momento eu sou responsabilizado por homicídio doloso.” Dolo direto Vontade clara de chegar ao resultado obtido “vejo meu desafeto passar na praça da sé e mato ele” Dolo eventual / indireto A pessoa assume o risco do resultado, sem necessariamente quere-lo. “compro um revolver novo e quero testa-lo, dando um tiro para frente, matando alguém sem a intenção.” Dolo genérico Todos os tipos penais comtemplam a noção de assumir o resultado por parte do agente Dolo específico (Art.155 CP) Uma segunda intenção por trás da conduta do agente descrita no código penal Pratica-se algo querendo algo mais “eu subtraio uma caneta de cima da mesa, pois esqueci a minha em casa e utilizo-a para realizar meu trabalho cotidiano, mas ao final do dia devolvo no mesmo local que a achei. A partir desse momento eu cometi um furto de uso, não é crime.” Art. 148 comparado ao Art. 159 “tenho um desafeto e o deixo trancado no lavabo da minha casa” – cárcere privado (DOLO GENÉRICO) “tranco meu desafeto no lavabo, mas o faço com a intenção de pedir dinheiro pelo resgate” – Extorsão mediante sequestro (DOLO ESPECÍFICO) Crime culposo Atropelamento, acidente de trânsito, disparo acidental. Não há a intenção de matar a pessoa A pessoa não quer o resultado que ocorreu Elementos necessários: Inobservância de um cuidado objetivo devido Produção de um resultado Existência de um nexo causal entre a conduta e o resultado Previsibilidade objetiva do resultado Se o resultado for totalmente imprevisível não há crime culposo “Estou dirigindo meu carro, acima da velocidade, utilizando o celular e fumando. Entretanto no momento em que eu estou passando abaixo de um viaduto alguém se suicida. Neste instante, ao se jogar de cima do viaduto, antes de alcançar o chão bate no meu carro e morre em função da colisão. Assim, torna-se evidente a imprevisibilidade total do resultado.” Modalidades de culpa (art2 CP) diferenciação teórica sem importância prática Imprudência O comportamento do agente é concomitante à culpa Ao mesmo tempo em que ocorre a conduta há a culpa Ultrapassagem em lugar proibido Manuseio inadequado de uma arma carregada Negligencia Antecede a ação Motorista de ônibus que para no ponto, não fecha a porta, acelera o veículo e as pessoas caem para fora devido ao fato. Imperícia Falta de atenção no exercício de uma profissão, arte ou ofício. Um atirador que erra um tiro e acerta uma pessoa indevida, sabendo que ele deveria ser bem treinado. Médico que costura uma pessoa e esquece uma agulha dentro de seu corpo Espécies de Culpa Culpa consciente Existe a consciência do resultado previsível Em geral acidentes de trânsito “estou fazendo uma viagem de carro, mas não estou com um carro potente e a estrada não é a melhor. Entretanto, eu acelero o veículo, pois estou atrasado para um compromisso, passando o limite de velocidade conscientemente. Paralelamente, uma pessoa atravessa a estrada e eu a atropelo, ocasionando um Homicídio culposo consciente.” Culpa inconsciente Não há consciência do resultado previsível “acabei de comprar um carro potente, pego esse carro e viajo numa estrada plana, reta, nova, boa em que não há muito movimento. Assim, eu coloquei uma música e começo a dirigir, mas minha velocidade chega a 140 km/h sem me dar conta da velocidade atingida. Neste contexto, uma pessoa atravessa a estrada e eu não consigo frear o veiculo a tempo, logo, realizo um homicídio culposo inconsciente, na medida em que o resultado poderia ser previsível.” Não existe compensação de culpa A culpa de um não pode se anular com a culpa do outro “se eu estou dirigindo embriagado e um drogado se joga na frente do meu carro, ambos possuem culpa, não podendo ser anuladas.” Existe concorrência de culpa Ambos são responsáveis por seus atos “se há uma batida de carro em que o primeiro estava acima do limite de velocidade e o segundo passou o farol vermelho, ambos respondem por seus atos.” Crimes preterdolosos precisam estar expressamente previsto no código penal Crime que possui uma conduta dolosa, mas seu resultado é culposo. (art213 – CP) Estupro com o resultado de grave lesão corporal. “um rapaz ao tenta estuprar uma moça tenta imobiliza-la, apertando seu pescoço, entretanto o pescoço da vitima foi quebrado.” Se no caso acima a asfixia levar a morte da vítima sua pena será maior Dificuldade de diferenciação entre culpa consciente e dolo eventual Culpa consciente a pessoa acredita que não vai fazer mal as outras, de modo que eu entendo como praticamente impossível que o resultado ocorra. Dolo eventual A pessoa sabe do possível resultado, mas acredita que não existe problema em fazê-lo ocorrer, de modo que ele entende como possível que o resultado ocorra. Homicídio doloso com penas piores que o culposo Racha na rua pode ocasionar homicídio doloso Embriaguez ao volante pode ocasionar homicídio culposou
Compartilhar