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PATOLOGIA: INFLAMAÇÃO RENATA S. SANTOS T9 CONCEITO: é a reação local em resposta à agressão tecidual. Ocorre como resposta inespecífica para limitar os efeitos da agressão. Caracteriza-se por cinco sinais “cardinais”, são eles: dor (depende dos mediadores inflamatórios que agem nas terminações nervosas, ex: Bradicininas), rubor e calor (aumento da circulação no local), tumor/edema (líquido extracelular) e perda de função (somatório dos sinais, princ pela dor e pelo edema- ex:. impede a movimentação em uma articulação). ETAPAS DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA (5 ERRES): (1) Reconhecimento Do Agente Lesivo, (2) Recrutamento De Leucócitos, (3) Remoção Do Agente, (4) Regulação Da Resposta E (5) Reparo. TIPOS DE INFLAMAÇÕES: AGUDA: dura de poucos minutos a dias. Possuem predomínio de fenômenos exsudativas (líquido + fibrina- plasma c/ fatores + células inflamatórias- neutrófilos + hemácias), por consequente alteração vascular. Pode ter 2 caminhos, positivo quando regenera ou cicatriza ou negativo, quando evolui para a cronicidade. CRÔNICA: persistem por semanas ou meses. Possuem os mesmos elementos que a aguda e também a fenômenos produtivos, onde há a proliferação de vasos, fibroblastos e monócitos e linfócitos localmente. FASES DA INFLAMAÇÃO: FASE ALTERATIVA: são alterações no tecido causadas pela agressão, ex:. queimadura. FASE EXSUDATIVA: possui alterações vasculares, que permitem que líquidos e células saiam do vaso. FASE PRODUTIVA: proliferação local de vasos e células. FENÔMENOS VASCULARES NA INFLAMAÇÃO AGUDA: primeiro, há uma vasoconstrição arterial, seguida de vasodilatação capilar, arteriolar e venosa. Assim, há o aumento do n° de capilares funcionantes e de fluxo sanguíneo. Nessa área encontramos os capilares ingurgitados (representação micro do rubor e calor) leva a hiperemia. Em seguida, há o aumento da permeabilidade do vaso (capilares e vênulas), que são finos e feitos principalmente de endotélio e pericitos (relacionado à contração). Ambas possuem actina e miosina no citoplasma, podendo ampliar as junções intercelulares. Por pinocitose (saída de moléculas maiores do sangue para o interstício pelos poros) por diferença de pressão hidrostática (há diminuição da pressão oncótica- aumentando filtração) e diferença de pressão osmótica. Na inflamação há o aumento da permeabilidade capilar, que por efeito de mediadores químicos (histaminas, bradicininas e leucotrienos) no local ocasiona contração do endotélio e dos pericitos separando as junções intercelulares, permitindo a passagem de líquidos e macromoléculas para o interstício. Quando as células sanguíneas (leucócitos) passam pelo endotélio até o local onde houve o estímulo inflamatório chama-se DIAPEDESE. Os próprios neutrófilos aderidos ao endotélio podem liberar substâncias que o lesem, o que na fase de reparação gera uma proliferação das células endoteliais, sendo que durante esse processo há a angiogênese (não sendo suficientes para conter o extravasamento de líquidos). Deixando com que haja aumento do trânsito de moléculas e água (transcitose). -Se diminuição pressão coiloidosmótica (proteínas do lado de fora) e aumenta a hidrostática, por diferença de pressão, o que está dentro do vaso sai. LEUCÓCITOS: Funções: ingerir agentes ofensivos, destruir bactérias, degradação do tecido necrótico e de corpos estranhos, podem prolongar inflamação e podem induzir lesão tecidual por liberação de enzimas, mediadores químicos e radicais tóxicos de oxigênio. Mecanismo de adesão leucocitária: -Diminuição do fluxo sanguíneo no local inflamatório, fazendo com que leucócitos, hemácia e plaquetas tenham adesividade aumentada; -Aproximação das células sanguíneas ao epitélio marginação; -Adesão ao endotélio pavimentação; -Quando os leucócitos passam pelas junções endoteliais alargadas DIAPEDESE, que é levado até o foco inflamatório por quimiotaxia. As primeiras células de defesa a chegarem ao local são os polimorfonucleados (neutrófilos), dominantes nas primeiras 24 e 48 horas após a agressão. NEUTRÓFILOS: surgem no estado inicial de quase todas as reações inflamatórias agudas (principalmente nas bacterianas que produzem pús- são componentes do C5 e produtos de degradação do ác. Aracdônico, principalmente o leucotrieno B4). MONÓCITOS(sangue)/MACRÓFAGOS(tecidos): possuem MHC II (complexo principal de histocompatibilidade II) que é um apresentador de antígenos para o linfócito T. TNF alfa (fator de necrose tumoral) e iL 1 e 8. Fazem fagocitose e são chamados independente do tipo inflamatório. MASTÓCITOS: possuem receptores para IgE, realizam degranulação e liberam histamina, iL 4, 5 e 13, heparina e algumas proteases. BASÓFILO: núcleo lobulado, possui receptores para IgE, C3 e C5a. Eles liberam histamina e começam o infiltrado crônico. PLASMÓCITOS: têm origem na medula óssea, aparecem na cronificação e são encontrados na resposta imune (prod anticorpos). EOSINÓFILOS: possuem receptores para IgE e IgC. Podem ser ativados por iL-2, linfócitos T, macrófagos, endotélio, PAF (fator de coag plaquetária), TNF, IF e parasitas. Estão presentes nas reações de hipersensibilidade. *+ acidófilos. LINFÓCITOS: presentes na inflamação crônica, podem persistir por meses. Possuem núcleos muito grandes. INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA: linfogranuloma, tb, sarcoidose, blastomicose, sífilis e lepra. Existem células epitelióides que apresentam TNF e iL-1. Tipicamente possui proliferação concêntrica. Sendo alguns exemplos dessas células gigantes multinucleadas a célula gigante de corpo estranho e a de laghans. MEDIADORES DE RESPOSTA INFLAMATÓRIA: Aminas Vasoativas (histamina e serotonina): a histamina é estocada no interior de mastócitos, basófilos e plaquetas e a serotonina é estocada nas plaquetas. A liberação de histamina pode ser liberada por injúria tecidual, complexo Ag-Ac (Ac do IgE) e complementos C3a e C5a. Fazem a degranulação dos mastócitos para que depois haja liberação de histamina no LEC. Histamina interage com três receptores: H1 (aumenta a permeabilidade tecidual, contração de mm. Lisos -útero e brônquios-, aumento das secreções mucofaríngeas e aumento da quimiotaxia leucocitária e prostaglandinas), H2 (inibe a quimiotaxia e estimula linfócitos T supressores) e o H3 (inibe a síntese e a secreção de histamina). Quando há a união dos receptores H1+H2 ocorrerá vasodilatação máxima. Cada droga age de forma diferene em cada receptor, ex:. alérgenos anti-histamínicos agem no H1. SISTEMA DE COAGULAÇÃO: - Responsável pela coagulação e limitação da expansão do agente agressor; - Produção de fibrina pelo fibrinogênio; - Fator de Hagman ativado+tromboplastina conversão de protrombina em trombina; - Na formação da fibrina, o fibrinogênio perde peptídeos A e B aumenta vasodilatação e quimiotaxia- neutrófilos. - Trombina aumenta adesão leucocitária e produção de fibroblastos; SISTEMA FIBRINOLÍTICO: - Controla formação excessiva de trombose e remove trombos; - Pré calicreína transformada em calicreína pelo fator de Hagerman; - Quem toma anticoag tem que tomar cuidado com o nível de coag do sangue (INR); - Transformação de fibrina em fibrinogênio geram produtos que aumentam permeabilidade vascular; - Lise de coágulo Quimiotaxia pelas perdas do fibrinopept A e B. SISTEMA DE CININAS: A geração de cinina plasmática é obtida pela sequência de três reações enzimáticas: ativação do fator de Hagerman ativação da pré-calicreína em calicreína clivagem do cininogênio em cinina (bradicinina + comum). Sua ativação promove a vasodilatação e aumento da permeabilidade, contração do músculo liso e dor. (+ quimiotaxia por neutrófilos pela calicreína). SISTEMA DE COMPLEMENTO: Sistema com 20 proteínas que atuam na defesa da imunidade contra agentes microbianos, culminando com sua lise. No plasma, inativados, são numerados de C1 a C9. Funcionam como efeito cascata, ativando um complemento subsequente. C (5-9) LISE. C1: Complexo Ag-Ac; C3: endotoxinas (polissacarídeo de parede bacteriana, plasmina, enzimaslisossomais). Ocorre em doenças autoimunes; C2 clivado: s/ aminas vasoativas; C3b: opsonização (facilitação da fagocitose); C3a: degranulação de mastócitos (liberação de histamina e leucot); C5a ativado: libera enzimas lisossomais, histamina e leucot, é quimiotáxico para macrófagos. ÁCIDO ARACDÔNICO: (Prostaglandinas, leucotrienos e tromboxano A2) A quebra do ácido araquidônico pelas cicloxigenases origina as prostaglandinas (PGs) e tromboxanas (TXs). Enquanto que a quebra do ácido araquidônico pelas lipoxigenases origina os leucotrienos (LTs). No meio desse processo, as diferentes enzimas que nele agem podem formar radicais livres.
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