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MEMORIAL DESCRITIVO PROJETO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES SISTEMA ANAEROBIO ELABORADO POR: CRISTIANE CALIXTO FERNANDA AMORIM JAIMESSON ROCHA JOSAFÁ FERREIRA LINALDO GONZAGA YASMIM THUANNY SOB ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR Me. JOSÉ LUIS SAID COMETTI REFERENTE A DISCIPLINA DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO E RESIDUOS SOLIDOS OUTUBRO / 2017 ÍNDICE ÍNDICE APRESENTAÇÃO ............................................................................................................. 2 1 – DESCRIÇÃO DO SISTEMA ESCOLHIDO ............................................................................ 4 2 – CARAVTERISTICAS DO EFLUENTE .......................................................................... 9 3 – VAZÕES DE PROJETO ............................................................................................. 12 4 – REFERENCIAS .......................................................................................................... 15 1 1 APRESENTAÇÃO 2 2 APRESENTAÇÃO Este relatório apresenta o desenvolvimento da solução para o tratamento do efluente do esgotamento sanitário do Empreendimento Dharma Ville, localizado no município de Cabo de Santo Agostinho / PE. As unidades habitacionais do empreendimento localizam-se próximo a PE-60 – Nossa senhora do Rosário (por trás do Shopping costa dourada) (Figura 1), além dos 2.600 lotes serão construídos 400 apartamentos, divididos em 14 torres, estimasse que cerca de 5.000 famílias – cerca de 20.000 pessoas estejam morando nesse empreendimento. A solução adotada para o tratamento dos resíduos provenientes do descarte do esgoto doméstico prevê a implantação de uma estação com o Sistema de Tratamento Anaeróbio com tempo de vida útil de 30 anos. Figura 1 – Localização do Empreendimento Dharma Ville 3 3 1 – DESCRIÇÃO DO SISTEMA ADOTADO 4 4 1 – DESCRIÇÃO DO SISTEMA ADOTADO SISTEMA DE TRATAMENTO ANAERÓBIO As estações de tratamento de esgoto anaeróbias caracterizam-se basicamente pela ausência de fase aerada no processo de tratamento. O princípio de tratamento é totalmente biológico e anaeróbio, ou seja, a degradação do esgoto ocorre através de bactérias anaeróbias (que não necessitam de oxigênio para sobreviverem). Essas estações são compostas basicamente por reatores anaeróbios (RAFA / UASB) seguidos de filtros biológicos anaeróbios. Descritivo REATORES UASB / RAFA Nos Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente em Manto de Lodo - UASB, ocorre a primeira etapa biológica do tratamento. Nesses reatores, a biomassa cresce dispersa no meio, e não aderida a um meio suporte especialmente incluído. A própria biomassa, ao crescer, pode formar pequenos grânulos, correspondente à aglutinação de diversas bactérias. Estes pequenos grânulos, por sua vez, tendem a servir de meio suporte para outras bactérias. A granulação auxilia no aumento da eficiência do sistema, mas não é fundamental para o funcionamento do reator. A concentração de biomassa no reator é bastante elevada, justificando a denominação de manta de lodo. Devido a esta elevada concentração, o volume requerido para os reatores anaeróbios de manta de lodo é bastante reduzido, em comparação com os outros sistemas de tratamento. O fluxo do líquido é ascendente. Como resultado da atividade anaeróbia, são formados gases (principalmente metano e gás carbônico), as bolhas dos quais apresentam também uma tendência ascendente. De forma a reter a biomassa no sistema, impedindo que ela saia com o efluente, a parte superior dos reatores de manta de lodo 5 5 apresenta uma estrutura que possibilita as funções de separação e acúmulo de gás e de separação e retorno dos sólidos (biomassa). Os sólidos sedimentam na parte superior desta estrutura piramidal, escorrendo pelas suas paredes, até retornarem ao corpo do reator. Pelo fato das bolhas de gás não penetrarem na zona de sedimentação, a separação sólido-líquido não é prejudicada. Com estas considerações, acrescidas de que o processo anaeróbico, resulta em: • Baixa produção de lodo, cerca de 5 a 10 vezes inferior à que ocorre nos processos aeróbios; • Não há consumo de energia elétrica, uma vez que dispensa o uso de bombas e aeradores.; • Baixa demanda de área, reduzindo os custos de implantação; • Possibilidade de preservação da biomassa (colônia de bactérias anaeróbias), sem alimentação do reator, por vários meses, ou seja, a colônia de bactérias entra em um estágio de endogenia, sendo reativada a partir de novas contribuições. (Situação contrária é encontrada nos processos aeróbicos, no qual as bactérias morrem e o sistema entra em colapso quando não há mais oxigenação.) É que descartamos o uso da energia na produção de ar que deve ser insuflado no lodo, devido ao elevado custo operacional, e selecionamos como opção o método de tratamento anaeróbico, sendo que o mais popular é aquele que se processa nos reatores, baseado no princípio de separação das fases sólida, líquida e gasosa, fazendo com que o lodo se acumule e seja mantido no tanque de tratamento com tempos de residência celular bastante superiores aos tempos de residência hidráulica, ou seja o esgoto flui pelo manto de lodo e é digerido. 6 6 No reator anaeróbico, o esgoto é distribuído uniformemente pelo fundo do mesmo, forçando assim a passagem pelo manto de lodo estabilizado, rico em bactérias anaeróbias, e famintas, que degradam o esgoto fresco, produzindo um efluente tratado que é recolhido em canaletas no topo do reator. Os sólidos se acumulam no fundo e o gás, contendo como principal componente o metano, é encaminhado para queima. O excesso de lodo é encaminhado para secagem e pode ser disposto em aterro sanitário ou passar por adequação para ser aproveitado como bio-fertilizante. Esquema de Funcionamento de um Reator Anaeróbico Lodo em fase de desidratação 7 7 É obvio, porém que por ser o mais barato, o tratamento com reatores anaeróbios tem uma limitação quanto à eficiência de tratamento, sendo necessário um tratamento complementar ou pós-tratamento, que pode ser de diversos tipos. Porém a tecnologia de tratamento complementar de preferência deve seguir a mesma linha de não ser um processo potencial consumidor de energia e sim uma tecnologia que busque a conservação de energia. Sendo que um dos processos que um dos melhores resultados, é a combinação de Reatores Anaeróbios de Lodo Fluidizado (Ralf) com Filtros Biológicos Aeróbios Convencionas (FBA). Sua eficiência em remoção de DQO (demanda química de oxigênio) é em torno de 75% e de DBO (demanda bioquímica de oxigênio) é de 80%. A construção de um RALF representa baixo custo por habitante servido, uma solução bem mais econômica inclusive no que diz respeito a sua manutenção. Reator Anaeróbico em operação 8 82 – CARACTERISTICAS DO EFLUENTE 9 9 2 – CARACTERISTICAS DO EFLUENTE Esgoto Sanitário / Efluente Domestico O esgoto sanitário é, basicamente, formado pela reunião de águas residuárias dos usos domésticos, comerciais e institucionais, geradas, portanto, nos domicílios, bares, restaurantes, aeroportos, rodoviárias, hotéis, farmácias, "shopping centers", hospitais, postos de saúde, escolas, casas de detenção, repartições públicas, etc. Além destes locais, onde o uso da água e geração dos esgotos é feito em aparelhos sanitários como vasos sanitários, chuveiros, pias, mictórios, bidês, tanques, máquinas de lavar pratos e roupas e ralos para captação de águas de lavagens de áreas cobertas, fazem parte do volume total de esgoto sanitário gerado num município. Em virtude dessa grande diversificação de usuários e possíveis pontos de contribuição, as características qualitativas e quantitativas dos esgotos sanitários gerados numa comunidade podem sofrer grandes variações de carga orgânica (DBO 5kg /hab.dia), vazões unitárias médias (L/hab.dia) e vazões instantâneas (L/s), sendo função do clima (variações sazonais); dos hábitos e renda "per-capita" da população atendida; da diversificação das atividades comerciais e industriais do município; do número de habitantes fixos e flutuantes do município; além de outros fatores, também influentes, tais como: topografia, existência de micromedição do consumo de água, custo unitário da água, etc. A composição média do esgoto sanitário é razoavelmente constante. Cerca de 99,9% de sua massa consiste em água pura e, apenas 0,1%, de impurezas de natureza orgânica e inorgânica, constituídas de sólidos suspensos e dissolvidos, bem como de microrganismos. Conforme citado por SPERLING, 1996, no projeto de uma estação de tratamento de esgotos (ETE), normalmente não há o interesse em se determinar os diversos compostos dos quais a água residuária é constituída, tendo em vista a complexidade das análises de laboratório que seriam necessárias e a pequena utilidade prática desses 10 10 resultados como elementos para subsidiar o projeto e operação da mesma. Desta forma, é preferível a utilização de parâmetros indiretos que traduzam o carácter ou potencial poluidor do despejo em questão. Esses parâmetros são divididos em três categorias: físicos, químicos e biológicos. As impurezas de natureza física são causadas por substâncias cuja presença afeta as características da água, independentemente de sua natureza química ou biológica. Partículas sólidas suspensas ou em estado coloidal (orgânicas ou inorgânicas) alteram a transparência (turbidez) e cor da água, podendo precipitar-se na forma de lodo. Além disso, outras substâncias dissolvidas também poderão conferir alterações de cor, manifestação de odor e também variações de temperatura. As impurezas de natureza química constituem-se de substâncias orgânicas e inorgânicas solúveis. A fração orgânica é representada por proteínas, gorduras, hidratos de carbono, fenóis e por uma série de substâncias artificiais, fabricadas pelo homem, como detergentes e defensivos agrícolas. As substâncias minerais mais importantes são nutrientes (nitrogênio e fósforo), enxofre, metais pesados e compostos tóxicos. As impurezas de natureza biológica são representadas pelos seres vivos liberados junto com os dejetos humanos: bactérias, vírus, fungos, helmintos e protozoários. Alguns desses seres habitam normalmente o trato intestinal do homem e não prejudicam lhe a saúde; outros podem causar doenças e são denominados organismos patogênicos (CETESB, 1988). Merecem destaque especial, face à sua importância como parâmetros de projeto e operação de ETEs, os seguintes parâmetros de caracterização qualitativa dos esgotos sanitários: • Sólidos; • Indicadores de matéria orgânica carbonácea; • Nitrogênio; • Fósforo; • Indicadores de contaminação fecal. 11 11 3 – VAZÕES DE PROJETO 12 12 3 – VAZÕES DE PROJETO Para o cálculo da vazão média do esgoto a ser tratado, deverá ser considerada a população a atender, o consumo de água per capita e o coeficiente de retorno, que é a fração de água fornecida que adentra a rede coletora na forma de esgoto (VON SPERLING, 1996). Deve-se levar em consideração o crescimento populacional para a vida útil do sistema de tratamento de efluentes. Para o para o nosso projeto, a nível de cálculo será adotado o consumo per capita de agua como sendo 160 litros diários (QPC= 160 l/hab.dia), tendo em vista que o empreendimento prevê que no futuro cerca de 20.000 pessoas estejam morando no bairro e para pequenas localidades (entre 10 e 50 mil habitantes) a faixa de consumo varia entre 110 a 180 litros diários. Também serão adotados valores de coeficientes de retorno (70%) e de crescimento populacional (0,012). 13 13 Com base nos dados encontramos nossa vazão de projeto conforme tabela abaixo: Projeção Populacional - Dados: P0 = 20.000 hab Ks = 0,012 Vida util = 30 anos Pt = 28.666,59 hab Dados: Pt= 28.666,59 Taxa de Retorno 70% - 0,7 QPC= 160 l/hab.dia Q = 3.210.658 m³ / dia Q = 37.160 l/s Dados: P= 28666,59 Qmax/Qmin = 2,50 Dados: Q= 3210,658 m³/dia Qmax/Qmin = 2,5 Qmax = 8.026.645 m³ / dia Qmax = 92.901 l/s Dados: Q= 3210,658 m³/dia Qmim/Qmed = 0,5 Qmax = 1.605.329 m³ / dia Qmax = 18.580 l/s CÁLCULO DA VAZÃO DE PROJETO Vazão Media - Calculo da vazão Máxima e Mínima Vazão Maxima Vazão Média 14 14 4– REFERENCIAS 15 15 4 – REFERENCIAS • UM NOVO BAIRRO PLANEJADO SE DESENHA NO CABO. Disponível em: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/imoveis/noticia/2014/05/15/um-novo-bairro- planejado-se-desenha-no-cabo-128124.php Acesso em: 25 set. 2017. • CARACTERÍSTICAS DO ESGOTO SANITÁRIO. Disponível em: http://www.fec.unicamp.br/~bdta/esgoto/esgotocaracteristicas.htm Acesso em: 30 set. 2017 • ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO ANAEROBIO. Disponível em: http://www.deltasaneamento.com.br/pagina/estacoes-de-tratamento-de-esgoto- anaerobias Acesso em 30 set. 2017 • AULA 5 – Dimensionamento do Tratamento Preliminar • TRATAMENTO AERÓBICO X ANAERÓBICO | Jorcy Aguiar – Disponível em: www.jorcyaguiar.blogspot.com/2011/05/tratamento-aerobico-x-anaerobico.html Acesso em: 02 out.2017
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