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Psicopatologia I

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O que Psicopatologia e qual seu objetivo? X
A psicopatologia pode ser definida como o conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano. O objetivo do psicopatólogo não é julgar moralmente seu objeto, ele busca apenas observar, identificar e compreender os diversos elementos da doença mental, especialmente os transtornos, não as causas ou tratamentos. É um estudo descritivo dos transtornos e não explicativos.
Possui uma Natureza Semiológica (estudo de sinais e sintomas) dos transtornos mentais, é também chamada de patognomonia. Para a Semiologia, todo signo é composto por dois componentes ou extratos, o do significante e do significado. A dimensão material do signo (sons, traços, forma) corresponde ao SIGNIFICANTE. 
O que são doenças mentais?
São transtornos caracterizados por (signos) psicológicos, comportamentos anormais, funcionamento prejudicado ou qualquer combinação destes. Tais transtornos podem causar sofrimento e podem ser devidos a fatores orgânicos, sociais, genéticos, químicos ou psicológicos. 
As doenças mentais podem ter uma Base orgânica (genética, neurológica, cerebral) conhecida (por exemplo, nas demências, na doença de Alzheimer e de Parkinson), presumida (por exemplo, a Esquizofrenia e o Transtorno Afetivo Bipolar) ou desconhecida/inexistente (por exemplo, nos transtornos de personalidade e nas neuras). Ou seja, ao se avaliar uma doença, a partir de uma perspectiva multidimensional, existem três fatores que precisam ser considerados. Quais são eles?
As possíveis predisposições genéticas (heranças genéticas, temperamento e etc.)
As influencias ambientais (relações familiares, de afeto, educação, socialização, eventos ocorridos, etc.)
As estruturas psicológicas constituídas e desenvolvidas (padrão de pensamento mal adaptativo e dificuldades no enfrentamento do estresse, etc).
Qual a diferença entre Sinais e Sintomas?
Os Sintomas são subjetivos (vivências, sensações, impressões) e aparecem nas queixas e narrativas do paciente. Dor, o sentimento de tristeza e a escuta alucinatória, por exemplo, são sintomas. 
Os Sinais são objetivos, ou seja, verificáveis pela observação direta do paciente. Eles podem ser detectados (observado) por outra pessoa, às vezes pelo próprio paciente.
Sinais + Sintomas = Signos
Agrupamento de Sinais e Sintomas = Síndrome
O que são Sintomas Positivos e Sintomas Negativos?
Sintomas Positivos: estão relacionados ao Surto psicótico (estado mental agudo caracterizado por grave desorganização psíquica e fenômenos delirantes e/ou alucinatórios, com perda do juízo crítico da realidade). É uma ocorrência aguda, que se instala de forma repentina, fazendo eclodir uma doença de base endógena. 
Sintomas Negativos estão relacionados à fase crônica da esquizofrenia. Embora possam ocorrer na fase aguda, eles se entendem por mais tempo e predominam em longo prazo. Esses sintomas são chamados também de deficitários, como referência à deficiência de algumas funções mentais, como a vontade e a afetividade (p.ex., diminuição dos impulsos e da vontade, embotamento afetivo, perda da capacidade de entrar em ressonância com o ambiente, de sentir alegria ou tristeza condizente com a situação externa).
O que são e quais os tipos básicos de Transfundo?
É uma espécie de palco, de contexto mais geral, em que emergem os sintomas. Ele influencia basicamente o sentido, a direção e a qualidade específica do sintoma emergente (sintomas específicos vivenciados)
Transfundos Estáveis e Duradores: Pouco mutáveis, são a Personalidade e a Inteligência e Temperamento. Qualquer vivência ganha conotação diferente a partir da personalidade especifica do individuo. 
Transfundos Mutáveis e Momentâneos: O nível de consciência estabelece a clareza e a precisão dos sintomas. O humor e o estado afetivo-volitivo momentâneo influem decisivamente não apenas no desencadeamento de sintomas, mas também no colorido especifico de sintomas não diretamente deriváveis do estado afetivo. Ex: Em um estado depressivo, qualquer dificuldade cognitiva passa a ter uma importância enorme para o paciente.
O que são Sintomas emergentes?
São todas as vivências psicopatológicas mais destacadas, individualizáveis, que o paciente experimenta. Incluem as esferas que não fazem parte dos Transfundos, como uma alucinação (senso percepção), um sentimento (afetividade), um delírio (pensamento/juízo), uma paramnésia (memória), uma logorreia (da linguagem).
Indique como se dá o surgimento dos transtornos mentais.
Fatores Precipitantes: Inespecíficos (ao longo da vida): separações conjugais, morte de pessoas próximas, desemprego, casamento, traição de parceiro, etc.
Fatores Predisponentes: Até os cinco anos de idade. Ex: Morte dos pais, abuso sexual, violência ou negligência física ou psíquica, etc. 
Vulnerabilidade Constitucional: Genéticos, gestacionais, Peri natais.
Explique como se dá a evolução temporal dos transtornos mentais.
Processo: Refere-se a uma transformação lenta e insidiosa da personalidade, decorrente de alterações psicologicamente incompreensíveis, ou seja, de natureza endógena (Do interior para o exterior). Utiliza-se o termo processo, para caracterizar a natureza de uma esquizofrenia de evolução insidiosa (doentia, maléfica), que lenta e radicalmente transforma a personalidade do sujeito acometido.
Desenvolvimento (ou Evolução): Desenvolvimento refere-se à evolução psicologicamente compreensível de uma personalidade. Essa evolução pode ser normal, configurando os distintos traços de caráter do indivíduo, ou anormal, determinando os transtornos da personalidade e as neuroses.
 
Crise (ou Ataque): Caracteriza-se, em geral, por surgimento e término abruptos, durante segundos ou minutos, raramente horas. Utilizam-se os termos de crise ou ataque para fenômenos como: crises epiléticas, crises ou ataques de pânico, crises histéricas, crises de agitação psicomotora, etc.
Episódio: O episódio tem geralmente a duração de dias até semanas. Tanto o termo crise como o termo episódio nada especificam sobre a natureza do fenômeno mórbido. Os termos episódio e crise são denominados referentes apenas ao aspecto temporal do fenômeno. Na prática, é comum utilizar-se o termo episódio de forma inespecífica, quando não há condições de precisar a natureza do fenômeno mórbido. Assim, pode se falar em episódio maniatimorfo, episódio paranoide, episódio depressivo.
 
Personalidade pré-mórbida e sinais pré-mórbidos: São aqueles elementos identificados em períodos da vida do paciente, claramente anteriores ao surgimento da doença propriamente dita, em geral na infância. Já pertencendo ao inicio do transtorno, fala-se em sinais e sintomas prodrômicos (fenômeno clinica que revela o inicio de uma doença), que representam de fato a fase precoce, inicial do adoecimento.
Remissão: É o retorno ao estado normal tão logo acaba o episódio agudo. Fala-se em remissão espontânea quando o paciente se recupera sem o auxilio de intervenção terapêutica.
Recuperação: É o retorno e a manutenção do estado normal, já tendo passado um bom período de tempo (geralmente se considera 1 ano) sem que o paciente apresente recaída do quadro.
 
Recaída ou Recidiva: É o retorno dos sintomas logo após haver ocorrido uma melhora parcial do quadro clínico. (Não tendo passado um ano do episódio agudo)
Recorrência: É o surgimento de um novo episódio, tendo o individuo estado assintomático por um bom período (pelo menos por cerca de um ano). Pode-se dizer que a recorrência é um novo episódio da doença.
Reação vivencial anormal: Caracteriza-se por ser um fenômeno psicologicamente compreensível, desencadeado por eventos significativos para o individuo que os experimenta. Ex: Após a morte de uma pessoa próxima, da perda do emprego ou o divórcio. A reação vivencial pode durar semanas ou meses, eventualmente alguns anos. Passada a reação vivencial, o indivíduo retorno ao que era antes, sua personalidade não sofre ruptura; pode empobrecer-se ou enriquecer-se, mas não se modificaradicalmente.
Fase: A fase refere-se particularmente aos períodos de depressão e de mania dos transtornos afetivos. Pode durar semanas ou meses, raramente anos. Passada a fase, o indivíduo retorna ao que era antes dela, sem alterações duradouras na personalidade, ou seja, não há sequelas na personalidade. A fase é, em sua gênese, incompreensível psicologicamente, tendo um caráter endógeno.
Surto: A característica do surto é que ele produz sequelas irreversíveis, danos à personalidade e/ou à esfera cognitiva do indivíduo. Ex: Após o primeiro surto de esquizofrenia (com alucinações, delírios, percepção delirante), que pode durar de 3 a 4 meses, o indivíduo ‘sai’ diferente, seu contato com os amigos torna-se mais distanciado, o afeto modula menos, e ele tem dificuldades na vida social, as quais não consegue explicar ou entender. Em geral, após vários anos da doença, nos quais vários surtos foram sucedendo (foi se implantando de forma lenta), o paciente encontra-se no chamado estado residual da doença, apresentando apenas sinais e sintomas que são sequelas deste, ou seja, sintomas predominamente negativos.
Observações:
É incorreto falar em surto maníaco, pois o “surto”, no exemplo dado é bipolar. Correta seria Fase maníaca. 
É incorreto falar em fase esquizofrênica, pois fase refere-se a períodos dos transtornos afetivos. Correto seria surto esquizofrênico.
É incorreto falar em crise maníaca, pois a crise, ou ataque, refere-se a períodos de tempo. Correta seria fase maníaca.
É correto falar fase e episódio depressivo.
É incorreto falar crise Paranoide.
Em geral, quando se estudam os sintomas psicopatológicos, existem dois aspectos básicos. Quais são eles?
Forma dos sintomas, isto é, sua característica básica, relativamente semelhante nos diversos pacientes (alucinação, delírio, ideia obsessiva, labilidade afetiva), e seu Conteúdo, ou seja, aquilo que preenche a alteração estrutural (conteúdo de culpa, religião, de perseguição). Este último, é geralmente mais pessoal, depende da história de vida do paciente, de seu universo cultural e da personalidade prévia do adoecimento. De modo geral, os conteúdos dos sintomas estão relacionados aos temas centrais da existência humana, tais como sobrevivência e segurança, sexualidade, temores básicos (morte, doença, miséria), religiosidade, entre outros.
Conceitue Oligofrenia (ou Retardo mental). (1) X
É sinônimo de deficiência ou retardo mental. A característica essencial do Retardo mental é um funcionamento intelectual significativamente inferior à média, acompanhando de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: comunicação, autocuidado, vida doméstica, habilidades sociais / interpessoais, entre outros. O início deve ocorrer antes dos 18 anos.
Pensamento de estrutura pobre e rudimentar tendendo ao raciocínio concreto, os conceitos são escassos e utilizados no sentido mais literal do que abstrato ou metafórico. 
Níveis de gravidade (CID 10):
F70.9-317 Retardo mental leve nível de QI 50-55 a aproximadamente 70;
F71.9-318. Retardo mental moderado nível de QI 35-40 a 50-55;
F72.9-318.1 Retardo mental severo nível de QI 20-25 a 35-40;
F73.9-318.2 Retardo mental profundo nível de QI abaixo de 20 ou 25.
Conceitue Demência (2).
Demência não é apenas um tipo de doença, ela é considerada uma síndrome, ou seja, é um grupo de sinais físicos e sintomas que a pessoa apresenta, estando presente em várias doenças diferentes. Assim, como uma síndrome a Demência apresenta três características principais.
Prejuízo de memória: Os problemas de Memória podem ser desde um simples esquecimento leve até um prejuízo severo a ponto de não se recordar da própria identidade. 
Problemas de comportamento: Normalmente caracteriza-se por agitação, insônia, choro fácil, comportamentos inadequados, perda da inibição social normal, alterações de personalidade.
 Perda das habilidades: São as habilidades adquiridas durante a vida, tais como, organizar os compromissos, dirigir, vestir a roupa, cuidar da vida financeira, cozinhar, etc. 
Os sintomas iniciais de demências variam, mas a perda de memória em curto prazo costuma ser a característica principal ou única a ser trazida à atenção do médico na primeira consulta. Os sintomas mais comuns que aparecem na demência são: déficit de memória, dificuldades de exercer tarefas domésticas, problema com vocabulário, desorientação no tempo e espaço, incapacidade de julgar situações, problemas com o raciocínio abstrato, colocar objetos em lugares equivocados, alterações de humor de comportamento, alterações de personalidade, perda da iniciativa-passividade. 
Outras doenças relacionadas à demência: Doenças vasculares do sistema nervoso central; Doenças infecciosas; Hipotireoidismo; Deficiência de vitamina B12; Síndrome de Wernic-Korsacoff; Sífilis e HIV no Sistema nervoso central; Doenças degenerativas do Sistema nervoso central (doenças inflamatórias, atrofias); Demência na doença de Alzheimer.
Conceitue Psicose (3).
São distúrbios psicopatológicos graves onde o paciente perde contato com a realidade, (emite juízos falsos) delírios, podendo também apresentar alucinações (ter percepções irreais quanto à audição, visão, tato, paladar e olfato; é vivido pelo paciente como uma percepção clara e definida de um objeto, mas sem a presença do objeto estimulante real), distúrbios de conduta levando à impossibilidade de convívio social, além de outras formas bizarras de comportamento. O termo Psicose (e sintomas psicóticos) é empregado para se referir à perda do juízo da realidade e um comprometimento do funcionamento mental, social e pessoal, normalmente levando a um prejuízo no desempenho das tarefas e papéis habituais.
Psicoses (sinais e sintomas):
Cognitivos: Da percepção- Alucinações; / Do pensamento: Delírios.
Afetivos/Volitivos (sintomas negativos): Afetos superficiais ‘inapropriados’, expressão emocional diminuída ou avolia.
Comportamentais (sintomas positivos): Comportamentos grosseiramente desorganizados ou catatônicos.
Para Freud, o ponto central de sua observação é que em ambas as estruturas o mais importante não é a questão relativa à perda da realidade, mas sim os substitutos encontrados. Na neurose, o substituto encontrado ocorre via mundo da FANTASIA; já na psicose, os substitutos são DELÍRIOS e ALUCINAÇÕES. 
Explique o que é o Transtorno obsessivo-compulsivo e caracterize os tipos de manifestações. (4)
TOC é uma doença do cérebro na qual algumas áreas cerebrais apresentam um funcionamento excessivo. O transtorno obsessivo compulsivo caracteriza-se por dois tipos de manifestações:
Idéias obsessivas ou obsessão: São idéias ou imagens que vem à mente da pessoa independente de sua vontade repetidamente. Embora, a pessoa saiba que são idéias suas, sem sentido, não consegue evitar pensá-las. São frequentes idéias relacionadas à religião, sexo, dúvidas, contaminação (por exemplo, a pessoa tem idéias repetidas de que suas mãos estão contaminadas por ter tocado em objetos ‘sujos’).
Compulsões ou rituais compulsivos: Os rituais são repetidos numerosas vezes, apesar da sensação que a pessoa tem de que não fazem sentido. Compulsões frequentes são lavar as mãos, verificar se a porta está trancada ou a válvula do gás está fechada, questionar uma informação repetidamente para ver se está correto, executar minuciosamente uma série pré-programada de atos para evitar que aconteça algum mal a alguém, contar ou falar silenciosamente. 
Em geral, a doença evolui com períodos de melhora e piora; com o tratamento adequado há um controle satisfatório dos sintomas, embora seja pouco frequente a cura completa da doença. Portadores do TOC apresentam também outros transtornos como fobia social, depressão, transtorno de pânico e alcoolismo. Alguns transtornos mentais como a tricotilomania (arrancar pelos ou cabelos), o distúrbio dismórfico do corpo (ideia fixa de que há um pequeno defeito no corpo, em geral na face) e a síndrome de Tourette (síndrome dos tiques) parecemestar relacionados ao TOC. O tratamento do TOC envolve a combinação de medicamentos e psicoterapia.
Conceitue Neurose e cite cada uma delas. (5)
A neurose é uma reação exagerada do sistema emocional em relação a uma experiência vivida (Reação Vivencial). Essa maneira neurótica significa que a pessoa reage à vida através de vivências anormais. Os pacientes portadores de estruturas neuróticas caracterizam-se pelo fato de apresentarem algum grau de sofrimento e de desadaptação em alguma, ou mais de uma, área importante de sua vida: sexual, familiar, profissional ou social. 
Neurose de abandono: Caracteriza uma “insegurança afetiva fundamental”. A necessidade ilimitada de amor manifesta de uma maneira polimorfa que a torna irreconhecível, significaria uma procura da segurança perdida, cujo protótipo seria uma fusão primitiva da criança com a mãe. Não correspondida necessariamente a um abandono real pela mãe, mas quanto ao essencial, a uma atitude afetiva da mãe, sentida como recusa de amor (falsa presença da mãe, como por exemplo).
Neurose de Transferência: Caracterizam-se pelo fato de a libido ser sempre deslocada para objetos reais ou imaginários em lugar de se retrair sobre o ego.
Neurose de Angústia: A ansiedade do paciente se expressa tanto por equivalentes somáticos (como uma opressão pré-cordial, taquicardia, dispneia suspirosa, sensação de uma “bola no peito”) como por uma indefinida e angustiante sensação do medo de que possa vir a morrer, enlouquecer, ou da iminência de alguma tragédia.
Neurose Histérica de Angústia (Fobia): Reação de extrema angústia e/ou medo diante de alguma percepção externa (por exemplo, locais fechados, altos, animais) que, normalmente, não deveria causar tal reação.
Neurose Histérica de Conversão: “Forma de histeria que se caracteriza pela predominância de sintomas de conversão” (consiste numa transposição de um conflito psíquico e numa tentativa de resolução deste em sintomas somáticos, motores (paralisias, por exemplo) ou sensitivos (anestesias ou dores localizadas, por exemplo)). Aqui não existe a lembrança do fato.
Neurose Histérica Traumática: Tipo de histeria descrita por Charcot: os sintomas somáticos, designadamente as paralisias, aparecem aqui, muitas vezes após um tempo de latência, consecutivamente a um traumatismo físico, mas sem que este possa explicar mecanicamente os sintomas em questão. Existe a lembrança do fato.
Neurose Obsessiva Compulsiva: O conflito psíquico exprime-se por sintomas chamados compulsivos (idéias obsedantes, compulsão a realizar atos indesejáveis, luta contra estes pensamentos e estas tendências, ritos esconjuratórios) e por um modo de pensar caracterizado nomeadamente pela ruminação mental, a dúvida, os escrúpulos, e que leva a inibição do pensamento e da ação.
Neurose Traumática: Choque emotivo geralmente ligado a uma situação em que o indivíduo sentiu a sua vida ameaçada. Manifesta-se, no momento do choque, por uma crise ansiosa paroxística que pode provocar estados de agitação, de entorpecimento ou de confusão mental.
Depressão neurótica: Apesar dessa variação de forma e de grau das depressões, alguns de seus sintomas e sinais clínicos são de presença constante como, por exemplo: baixa autoestima, sentimento culposo sem causa definida, exacerbada intolerância a perdas e frustrações; alto nível de exigência consigo próprio, extrema submissão ao julgamento dos outros, sentimento de perda do amor e permanente estado de que há algum desejo inalcançável.
Conceitue a formação dos sintomas.
Formação Reativa Contra - investimento, em uma atitude autorizada, da energia pulsional retirada das representações proibidas. Ex: ódio aos gays
Formação Substitutiva A representação do desejo inaceitável é recalcada no inconsciente. O Ego vai procurar trazer, por um lado, uma satisfação de substituição e, por outro lado, arranjar-se para que essa representação consciente de substituição se encontre mesmo capaz de evocar o prazer proibido, sem que isso apareça claramente, graças ao jogo das associações de ideias. Ex: Comer
Formação de Compromisso Modo de retorno do recalcado, utilizado aqui sob uma forma em que ele não poderá ser reconhecido, não por substituição, mas por deformação. Ex: Fobias e nos Pesadelos.
 
Explique a distinção que há entre Melancolia, Luto, Tristeza, Posição depressiva e Depressão.
Tristeza: Indica um estado de humor afetivo que pode estar presente ou não nos estados depressivos.
Luto: Corresponde a um período necessário para a elaboração da perda de um objeto amado que foi introjetado no ego, sem maiores conflitos.
Melancolia: Designa que a introjeção do objeto perdido (por morte, abandono, etc) processou-se de forma muito ambivalente e conflitada. Ou seja, ocorre quando a tristeza e introjetada absorvem no meu eu.
Posição depressiva: É um termo de M. Klein que expressa (uma constelação de ansiedades, de defesas contra essas ansiedades, de relações objetais internas e externas e de impulsos) que constituem um estado psíquico no qual prevalece a tríade: objeto total (integração das suas partes dissociadas) – assunção da responsabilidade e de eventuais culpas – presença de sentimentos de consideração e de intentos de reparação frente aos objetos.
Depressão: Subjacente às neuroses e psicoses refere-se ao fato de que todo individuo, em grau maior ou menor, é portador de núcleos melancólicos da personalidade. Ou seja, quando resultante de problemas que a pessoa não conseguiu superar.
Depressão melancólica: Na melancolia – estudo que hoje denominamos depressão –, Freud distinguiu os seguintes aspectos: desânimo profundo, cessação do interesse para o mundo externo, perda da capacidade de amar, inibição de toda a atividade e diminuição dos sentimentos de autoestima. Um componente constitucional deve contribuir para a formação dos sintomas, porque as mesmas causas podem produzir luto em alguns indivíduos e, noutros, melancolia. Nessa última, a pessoa tenta anular a perda, mas a agrava pela introjeção, que é o mecanismo psíquico usado para instalar o objeto dentro de seu próprio ego. Entretanto, ao perder o objeto amado, o sujeito pode estar consciente de quem ele perdeu, mas não tem notícia do que ele perdeu.
Diferencie Pensamento obsessivo de Comportamento compulsivo.
Pensamento Obsessivo: Pensamento ‘ideia’ imagem ou impulso persistente que é experimentado como intrusivo e inadequado e resulta em ansiedade ‘sofrimento ou desconforto’. São frequentemente ego-distônica na medida em que é experimentado como o self (“EU”) e fora do controle das pessoas. Exemplo: Pensamentos de contaminação; Pensamento de colocar as coisas em ordem; Dúvidas repetidas, etc.
Comportamento Compulsivo: Tipo de comportamento (por exemplo, lavar as mãos; Verificar) ou um ato mental (por exemplo, contar; Rezar) executado pela pessoa para reduzir a ansiedade ou a angustia. Tipicamente o individuo se sente impulsionado ou compelido a efetuar uma compulsão para reduzir o sofrimento associado a uma obsessão ou para evitar um evento ou situação temidos. Por exemplo, o individuo com uma obsessão relativa à contaminação pode lavar as mãos até a pele ficar ferida e sangrando. As compulsões não dão prazer nem gratificações e são proporcionais ou irrelevantes para a situação temida que se pretenda neutralizar.
Define Transtornos de personalidade. (6)
Diz a CID 10 que os transtornos de personalidade são estados e tipos de comportamento característicos que expressam maneiras de a pessoa viver e de estabelecer relações consigo mesma e com os outros. São distúrbios da constituição e das tendências comportamentais não diretamente relacionadas a alguma doença, lesão, afecção cerebral ou a outro transtorno (psicopatológico). Isso tudo quer dizer que a pessoa é simplesmente desse jeito e será sempre assim. O que denomina, classifica ou dá o nome ao transtorno de personalidade é a predominância de determinados traços, os quais todos nós os temos em dose diminuta. Entretanto, no transtorno da personalidadetais traços são predominantes e domina tiranamente a maneira de reação dessas pessoas de forma a causar sofrimento (na pessoa e/ou naqueles próximos) e comprometer o desempenho. Os transtornos afetam todas as áreas da personalidade, o modo como o indivíduo vê o mundo, a maneira como expressa as emoções, o comportamento social. Caracteriza um estilo de vida mal adaptado, inflexível e prejudicial a si próprio e/ou aos que com ele convivem.
Qual seria a diferença entre o Transtorno da Personalidade e a Doença Mental franca? 
As doenças mentais ocorrem e se desenvolve a partir de um momento definido da vida, tal como são as crises, reações, processos, episódios e surtos, enquanto os Transtornos da Personalidade, por sua vez, são maneiras problemáticas de serem, constantes e perenes. As doenças mentais surgem e os Transtornos de Personalidade são.
Cite e explique as principais Correntes em Psicopatologia. X
Descritiva: Interessa-se fundamentalmente pela forma das alterações psíquicas, a estrutura dos sintomas, aquilo que caracteriza a vivência patológica como sintoma mais ou menos típico. Ou seja, valoriza as formas dos sintomas e doenças conceituando-as.
Dinâmica: Interessa-se elo conteúdo da vivência, os movimentos internos de afetos, desejos e temores do individuo, sua experiência particular, pessoal, não necessariamente classificável em sintomas previamente descritos. Ou seja, valoriza o conteúdo dos sintomas.
Médico-Naturalista: Trabalha com uma noção de homem centrada no corpo, no ser biológico como espécie natural e universal. Assim, o adoecimento mental é visto como um mau funcionamento do cérebro, uma disfunção de alguma parte do “aparelho biológico”.
Existencial: O doente é visto principalmente como “existência singular”, como ser lançado a um mundo que é apenas natural e biológico na sua dimensão elementar, mas que é fundamentalmente histórico e humano. Ou seja, avalia o resultado de toda uma história de vida do individuo.
Comportamental – Cognitivista: O homem é visto como um conjunto de comportamentos observáveis, verificáveis, que são regulados por estímulos específicos e gerais, e por certas leis e determinantes do aprendizado. Associada a essa visão perspectiva cognitiva centra atenção sobre as representações cognitivas conscientes de cada individuo.
Psicanalítica: O homem é visto como ser “determinado”, dominado por forças, desejos e conflitos inconscientes. A psicanálise da grande importância aos afetos, que segunda ela, dominam o psiquismo; o homem racional, autocontrolado, senhor de si e de seus desejos, é pra ela, uma enorme ilusão.
Categorial: As entidades nosológicas (estudo das doenças) ou transtornos mentais específicos podem ser compreendidos como entidades completamente individualizadas, com contornos e fronteiras bem demarcados configurando-os como entidades ou categorias diagnósticas diferentes e discerníveis a sua natureza básica. As categorias diagnósticas seriam espécies únicas, tal qual espécies biológicas, cuja identificação precisa constituiria uma das tarefas da psicopatologia, ou seja, cria um perfil mais “claro” da doença. Exemplo: Toque
Dimensional: É a visão dimensional em entender como tudo isso se define. É amplo; onde estão todas as características. Exemplo: Esquizofrenia deficitária / Esquizofrenia benigna / Psicoses esquizoafetivas / Transtornos afetivos com sintomas psicóticos / Transtornos afetivos menores.
Biológica: A base de todo transtorno mental são alterações de mecanismo mental são alterações de mecanismos neurais e de determinadas áreas e circuitos cerebrais. ‘Doenças mentais são (de fato) doenças cerebrais’. Ou seja, a doença é fruto de alterações nos mecanismos neurofisiológicas.
Sociocultural: Visa estudar os transtornos mentais como comportamentos desviantes que surgem a partir de certos fatores socioculturais, como descriminação, pobreza, migração, estresse ocupacional, desmoralização sócia familiar, etc.
Operacional-Pragmática: Não são questionados a natureza da doença ou do sintoma e tampouco os fundamentos filosóficos ou antropológicos de determinada definição. Trata-se do modelo adotado pelas modernas classificações de transtornos mentais. Ou seja, os técnicos psicológicos definem para identificá-las e tratá-las.
 
Fundamental: Proposto pelo psicanalista Francês Pierre Fedida, visa centrar a atenção da pesquisa psicopatológica sobre os fundamentos de cada conceito psicopatológico. Dá ênfase à noção de doença mental como pathos, que significa sofrimento, paixão e passividade. Ou seja, estabelece que a doença é sofrimento e paixão.
O que é Normalidade e quais os seus tipos? X
É a habilidade para se adaptar ao mundo exterior com satisfação e para dominar a tarefa de aculturação. Há vários critérios de normalidade em psicopatologia. A adoção de um ou outro depende de ações filosóficas, ideológicas e pragmáticas do profissional. Em alguns casos, pode-se utilizar associação de vários critérios de normalidade ou doença, de acordo com o objetivo que se tem em mente. Existe alguns tipos de normalidade, entre eles a normalidade ideal, de bem estar, como sendo ausência de doença etc, ao adotar qualquer uma desses critérios o profissional estará se posicionando quanto à sua ideia de normalidade e direcionando seu trabalho para esse lado.
Normalidade Como ausência de doença: Normal, do ponto de vista psicopatológico, seria então, aquele indivíduo que simplesmente não é portador de um transtorno mental definido. O primeiro critério é o da saúde como “ausência de sintomas, de sinais ou de doenças”.
Normalidade Ideal: Tal norma é, de fato, socialmente construída e referendada. Ou seja, quem não segue os costumes da sociedade são chamados de mentalmente insanas ou anormais e os que seguem são classificados como normais. Concepção de normalidade utópica. X
Normalidade Estatística: A normalidade estatística identifica norma e frequência. O normal passa a ser aquilo que se observa com maior frequência. Pois nem tudo o que é frequente é necessariamente “saudável”, e nem tudo que é raro ou infrequente é patológico. Ou seja, normal é quem está na média observada do comportamento.
Normalidade como bem estar: A saúde como o completo bem estar físico, mental e social, e não simplesmente como ausência de doença. Ou seja, só é normal quem se sente bem e saudável.
Normalidade Funcional: O fenômeno é considerado patológico a partir do momento em que é disfuncional, produz sofrimento para o próprio indivíduo ou para o seu grupo social.
Normalidade Como Processo: Consideram-se os aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial, das desestruturações e das reestruturações ao longo do tempo, de crises, de mudanças próprias e certos períodos etários. Esse conceito é particularmente útil em psiquiatria infantil, de adolescente e geriátrica. Ou seja, se as fases construtivas (evolução do indivíduo) foram concluídas, é normal.
 
Normalidade Subjetiva: Percepção subjetiva do próprio indivíduo em relação a seu estado de saúde, as suas vivências. O ponto falho desse critério é que muitas pessoas que se sentem bem, “muito saudável e feliz”, como no caso de sujeitos em fase maníaca, apresentam, de fato, um transtorno mental grave.
Normalidade Como Liberdade: A doença mental é constrangimento do ser, é fechamento, fossibilização das possibilidades existenciais. Ou seja, o sujeito vai se realizando ao longo da vida, é normal.
Normalidade Operacional: Trata-se de um critério assumidamente arbitrário, com finalidades pragmáticas explícitas. Define-se a priori, o que é normal e o que é patológico e busca-se trabalhar operacionalmente com esses conceitos, aceitando as consequências de tal definição prévia. 
Em relação à loucura, podemos afirmar:
A loucura não seria necessariamente uma entidade passível de ser definida em si mesma, pois a marca da cultura atravessa qualquer fenômeno humano. Para afirmar sobre pessoas de contextos distintos, a psicologia deve privilegiar estudos interculturais acerca da loucura.Defina Anamnese e Diagnóstico. X
Sugerido por Platão, significa a possibilidade de reconhecimento, de recordação da verdade. Em psiquiatria, o relato pessoal do paciente, de sua história desenvolveu mental, familiar e médica anterior ao início de um transtorno psicológico ou internação. É o levantamento do histórico dos sinais e sintomas que o paciente tem apresentado ao longo de sua vida, seus antecedentes pessoais e familiares, assim como de sua família e meio social. Na anamnese psicológica são descritas apenas as alterações psicopatológicas presenciadas no exame psíquico.
Diagnóstico: Processo de identificar e determinar a natureza de uma doença ou distúrbio por seus sinais e sintomas, mediante o uso técnicas de avaliação. Representa uma necessidade prática na medicina e na ciência. Suas finalidades são: comunicação – permitir uma linguagem comum – previsão (diagnóstico e prognóstico). Ele também favorece a investigação científica e fundamenta as medidas terapêuticas e preventivas.
 O diagnóstico pluridimensional avalia a existência de transtornos mentais e físicos, entre outras dimensões. Um diagnóstico pluridimensional bem feito prepara o terreno para a indicação de um tratamento mais adequado às condições de cada paciente. X
Quais são os itens da avaliação em psicopatologia?
Identificação: Nome, data de nascimento, sexo, estado civil, naturalidade, nível de instrução, profissão, etnia, religião, residência, procedência, filiação.
Queixa Principal (QP): A QP, que constitui o foco da história da doença atual, deve ser breve (resumida). A QP é dirigida pelas palavras do paciente (entre aspas, ou usando sic), devendo ser sempre registrada. Mesmo que o paciente não relate nenhuma queixa, tem que ser registrado.
Motivo do atendimento: Só é necessário, quando não há consciência de morbidade (conjunto de casos de uma dada doença) por parte do paciente. São reproduzidas literalmente as palavras do informante (vizinho, parente).
História da doença atual (HDA): A HDA costa de um relato sobre a época e modo de início da doença, a presença de fatores desencadeados, tratamentos efetuados e o modo de evolução, o impacto sobre a vida do paciente, intercorrência de outros sintomas e as queixas atuais. 
História patológica pregressa (HPP): Refere-se a estados mórbidos passados, em geral não psicopatológicos, que não mostrem possuir relação direta ou indireta de causa e efeito com a moléstia atual. São investigadas principalmente as seguintes ocorrências: enurese (incontinência urinária), sonilóquio, pesadelos frequentes, terror noturno, sonambulismo, asma, tartamudez (dificuldade de falar; gagueira), fobia escolar na infância, convulsões ou desmaios, doenças venéreas, outras infecciosas, entre outras. Na redação da HPP incluem-se todas as doenças importantes relatadas. Não se devem listar doenças ausentes.
História fisiológica: São investigados elementos relativos à história fisiológica: gestação (da mãe), nascimento, aleitamento, desenvolvimento psicomotor (andar, falar, controle esfincteriano), menarca (primeira menstruação), catamênios (menstruação), atividade sexual, gestações, partos, abortos, menopausa, padrões de sono e de alimentação.
História pessoal (fatores predisponentes):
Infância: Personalidade, socialização, jogos e brincadeiras, aproveitamento escolar, ansiedade de separação.
Adolescência: Desempenho escolar, uso do álcool e drogas, delinquência, relacionamentos interpessoais. 
Sexualidade: Iniciação, preferência, orientação, número de parceiros, frequência. 
Vida profissional: Vocações, estabilidade no emprego, relacionamento com chefes, subordinados e colegas, desempenho. 
Personalidade pré-mórbida: Relacionamentos sociais, interesses, hábitos de lazer e culturais, padrão de humor, agressividade, introversão/extroversão, egoísmo, altruísmo, independência/ dependência, atividade/passividade, valores, adaptação ao ambiente. 
Historia social: Fazem parte da história social informações relativas à moradia – condições sanitárias, pessoas com quem convive, número de cômodos, privacidade, características sócio demográficas da região, situação sócio econômica, características socioculturais, atividade ocupacional atual, entre outros.
História familiar (Fator predisponente): A história familiar abrange dados relacionados à: doenças psiquiátricas ou não psiquiátricas; ter tido uma gravidez desejada ou não pelos pais do paciente; Separação dos pais; Quem criou o paciente; Ordem de nascimento dos irmãos; Diferença de idade; Características de personalidade dos familiares; O relacionamento entre estes e destes com o paciente.
Explique o Exame psíquico.
O exame psíquico também é chamado de exame do estado mental, exame mental, exame psicopatológico, exame (psicológico). Ele começa no primeiro contato com o paciente, antes de se obterem os dados de identificação. No exame psíquico, são descritas apenas as alterações presenciadas durante a entrevista, como por exemplo: frequência cardíaca do paciente, pressão arterial pode alterar. A redução do exame psíquico deve restringir-se a uma descrição dos fenômenos observados, sem o uso de termos técnicos. 
O que é a Súmula psicopatológica e quais itens a compõem?
Súmula psicopatológica é o resumo do exame psíquico: a partir de um exame psíquico bem feito, qualquer outra pessoa terá que formular a mesma súmula psicopatológica. Os itens que a compões são: aparência; atitude; consciência; atenção; senso percepção; memória; fala e linguagem; pensamento; inteligência; imaginação; conação (impulsos e vontades); psicomotricidade; pragmatismo; humor e afetividade; orientação; consciência do eu; prospecção; consciência de morbidade.
Existem três regras “de ouro” da entrevista em saúde mental. Quais são eles?
Pacientes organizados (mentalmente), com inteligência normal, com escolaridade boa ou razoável, fora de um “estado psicótico”, devem ser entrevistados de forma mais aberta, permitindo que falem e se expressem de maneira mais fluente e espontânea. O entrevistador fala pouco, fazendo algumas pontuações para que o paciente “conte a sua historia”. Obs: Depende sempre do paciente.
Pacientes desorganizados, com nível intelectual baixo, em estado psicótico ou paranoide, “travados” por alto nível de ansiedade, devem ser entrevistados de forma mais estruturada. Nesse caso, o entrevistador fala mais, faz perguntas mais simples e dirigidas (perguntas fáceis de serem compreendidas e respondidas).
Nos primeiros contatos com os pacientes muito tímidos, ansiosos e paranoides (desconfiados/se sentindo ameaçados), deve-se fazer primeiro perguntas neutras (nome, onde mora, profissão, estado civil, nome de familiares, etc), para apenas, gradativamente formular perguntas mais quentes (às vezes, constrangedoras para o paciente), como: “Qual o seu problema?”.
OBS: ALIANÇA TERAPEUTICA – O PACIENTE PRECISA CONFIAR NO TERAPEUTA PARA COMEÇAR A FALAR SOBRE SUA VIDA. 
Existem duas formas de postura geral. Quais são elas:
Ativa: Verificada por meio da postura, da iniciativa, da fala. Paciente com energia toma iniciativa, sugere o que fazer. Postura excessivamente ativa: pacientes histriônicos, maníacos, alguns delirantes, etc.
 
Passiva: Paciente apático, “largado”, indiferente ao que acontece na entrevista. Quadros demenciais, depressões, personalidades passivas, esquizofrenia crônica, etc.
Explique os processos da Transferência e Contratransferência. X
Transferência Compreende atitudes e sentimentos cuja origem é basicamente inconscientes para o paciente. Inclui tanto sentimentos positivos (confiança, amor e carinho), tanto negativos (raiva, hostilidade, inveja, etc). Esses sentimentos são uma repetição inconsciente do passado; o analista passa a ocupar, no presente, o lugar que o pai ou a mãe ocupavam no passado. O paciente não se dá conta, dizia Freud. Prova de que os adultos não superaram sua dependência infantil.
Para Jung, a transferência não é mais que o processo comum de Projeção: o paciente tende a projetar inconscientementeno médico os aspectos básicos que nutria (nutre) pelas figuras significativas de sua vida. Pode-se observar a transferência sempre que uma relação intima entre duas pessoas se estabelece. O paciente projeta inconscientemente, no profissional, os sentimentos primordiais que nutria por seus pais na infância.
Deslocamento: é o mecanismo de defesa onde a pessoa substitui a finalidade inicial de uma pulsão por outra diferente e socialmente mais aceita. Aqui as cargas elétricas acopladas às representações psíquicas, ideias são totalmente móveis. Uma ideia pode ceder à outra toda sua cota de energia.
A Contratransferência É em certo sentido a transferência que o profissional estabelece com seus pacientes. O profissional projeta inconscientemente, no paciente, sentimentos que nutria no passado por pessoas significativas de sua vida.
Ao identificar tais reações contratransferenciais e conscientizar-se que estas têm haver com seus próprios conflitos, o profissional poderá lidar de forma mais racional e objetiva com o que está ocorrendo na relação profissional.
Diferencie os Transtornos Dissociativos e Factício da simulação.
Diagnóstico: Transtorno histérico de conversão (Transtorno neurótico) Motivação: Inconsciente Produção de sintomas: Inconsciente. 
Diagnóstico: Transtorno factício (Transtorno de personalidade) Motivação: Inconsciente Produção de sintomas: Consciente.
Diagnóstico: Simulação (a pessoa quer tirar alguma vantagem) -> Motivação: Consciente Produção de sintomas: Consciente.
Explique e diferencie Dissimulação de Simulação.
Dissimulação: Denomina- se o ato de esconder ou negar voluntariamente a presença de sinais e sintomas psicopatológicos. Ao ser questionado sobre se tem algum temor, se tem cismas ou acredita que alguém quer prejudicá-lo, o paciente, mesmo tendo ideação paranoide ou delírio persecutório, nega terminalmente experimentar tais vivências.
Simulação: É a tentativa do paciente de criar, apresentar, como o faria um ator, voluntariamente, um sintoma, sinal ou vivencia que de fato não tem. O paciente diz ouvir vozes, estar profundamente deprimido ou ter fortes dores nas costas, tudo isso com sentido de obter algo. Geralmente, o paciente que simula sintomas, está buscando obter algum ganho com isso: aposentadoria, dispensa do trabalho, internação para não ser encontrado por traficantes de drogas. Simulação é, por definição, um ato voluntário e consciente.
Há os que estudam a detecção da simulação como uma técnica a ser desenvolvida nas entrevistas de avaliação, entre elas Resnick (1997). Cite algumas.
Fazer perguntas abertas. Os simuladores percebem rapidamente o interesse do entrevistador e se apressam em satisfazê-los. 
Fazer entrevistas prolongadas (simular dá trabalho e cansa).
Indagar (histórico) sobre o contato com serviços psiquiátricos ou psicológicos. 
Em psicopatologia, um aspecto característico da clinica é que parte dos pacientes, apesar de apresentar sintomas graves que comprometem profundamente suas vidas, não os reconhece como tal. Foi proposto que o insight não é um fenômeno categorial e unidimensional, mas inclui vários níveis de intensidade e distintas dimensões. David (1990) propôs ser o insight composto por três componentes. Quais são eles?
Consciência da doença;
Modo de nomear ou renomear os sintomas;
Adesão a tratamentos propostos.
OBS: Pacientes graves, como psicóticos, bipolares em quadro maníaco, síndromes autísticas ou demências, apresentam graves prejuízos quanto ao insight. Se o paciente tem a consciência que é doente, ajuda o tratamento. Caso ao contrário, o paciente negue o diagnóstico, prejudica o tratamento.
Explique a perspectiva Transversal versus Longitudinal.
A dimensão longitudinal (histórica, temporal) deve-se buscar descrever relações temporais de forma clara e compreensível e observar como o paciente relata, sente e reage aos eventos passados. E transversal (momentânea, atual) da vida do paciente na avaliação psicológica. Sem essa dimensão, a dimensão longitudinal fica obscura e completa, sendo difícil uma devida apreciação.
Alterações da Consciência (Vigilância)
Defina Consciência. X
É o que designa campo da consciência. Soma total das experiências conscientes de um indivíduo em um determinado momento. É a dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito que se volta para a realidade (Definição Psicológica). Na relação do EU com o meio ambiente a consciência é a capacidade de o indivíduo entrar em contato com a realidade, perceber e conhecer os objetos.
Segundo Jaspers, consciência é o todo momentâneo da vida psíquica. Em outras palavras, constitui uma síntese ou integração de todos os processos mentais (inteligência; memória) em determinado momento. As características da consciência psicológica são as seguintes:
Trata-se de uma vivência interna e atual;
Está relacionada à distinção eu/não eu (consciência de si);
É o conhecimento (o dar-se conta) que o individuo tem de suas vivencias internas, de seu corpo e do mundo externo – podendo ser subdividida em consciência do eu (autopsíquica) e consciência dos objetos (alopsíquica).
 
Definição ético filosófica capacidade de tomar ciência dos deveres éticos e assumir as responsabilidades, os direitos e deveres concernentes a essa ética.
Definição neuropsicológica estado vigil do paciente, que de certa forma iguala a consciência ao grau de clareza sensória do mesmo. A pessoa esta dispersa e lúcida
Falando um pouco sobre Alterações Quantitativas da Consciência:
Defina Rebaixamento do nível de consciência.
Refere-se a um nível de consciência entre a lucidez e o coma. Constitui uma perda da clareza da consciência: a percepção do mundo externo tornando-se vaga e imprecisa (aumenta o limiar para a captação de estímulos externos), havendo ainda uma dificuldade para a introspecção, para apreensão do próprio eu.
O que é Obnubilação e quais os seus tipos?
Significa uma redução da claridade de percepção do ambiente, com capacidade reduzida de focar, manter a atenção, lentidão de compreensão e dificuldade de manter a concentração. É o rebaixamento da consciência em grau leve a moderado. A inspeção inicial o paciente pode já estar claramente sonolento ou pode parecer desperto, o que dificulta o diagnóstico. Existem dois tipos de obnubilação, cite e explique cada um deles.
Obnubilação Simples: caracteriza-se pela ausência de sintomas psicóticos. O paciente apresenta os seguintes sintomas: além de intensa sonolência, hipoprosexia (diminuição global da atenção), desorientação no tempo e no espaço, pensamento empobrecido e alentecido (às vezes mutismo), dificuldades de compreensão e de raciocínio, Hipoestesia (alteração quantitativa da sensopercepção), hipomnesia (não consegue fixar e memorizar).
Obnubilação Oniróide: Caracteriza-se pela presença de sintomas psicóticos, especialmente ilusões e pseudoalucinações visuais (menos frequentemente, de outras modalidades sensoriais; ex: depois de uma viagem a bordo, nos sentirmos, em terra, como se estivéssemos navegando.), além de idéias deliróides (Falta de juízo da realidade. Ex: Eu sou Deus.), dificuldade de concentração (com exacerbação da atenção espontânea), desorientação têmporo-espacial, desagregação do pensamento, dificuldade de compreensão e de raciocínio, amnésia de fixação e de evocação, exaltação sempre. O delirium tremens, um quadro grave de abstinência alcoólica, costuma cursar com obnubilação oniróide. O indivíduo encontra-se agitado e assustado, sem saber onde está e não consegue identificar corretamente as pessoas ao seu redor. Com grande frequência, ele vê ou sente sobre sua pele pequenos animais repugnantes como baratas, aranhas, lagartixas ou ratos, os quais não estão realmente presentes (alucinações táteis).
Qual a diferença entre Delírio e Delirium? X
Delírio é falso juízo da realidade, ou seja, constitui uma alteração relacionada à formação desses juízos. 
Delirium é confusão mental, onde todas as cognições são afetadas. 
Em que consiste o Delirium tremens? X
É quando dentrode um estado de Delirium, a abstinência alcoólica apresenta quadro de tremores intensos e até mesmo convulsões. Pode apresentar mal-estar e fraqueza. Durante uma internação o paciente pode apresentar amência, alucinações visuais e piora dos tremores.
Explique a diferença entre Coma e Sopor. X
Coma vem do grego e significa sono profundo. O quadro caracteriza-se por abolição da consciência. Nesse estado, o indivíduo não pode ser despertado nem por estímulos dolorosos muito intensos. Ocorre perda total da motricidade voluntária e da sensibilidade. Não é possível qualquer atividade consciente voluntária.
Sopor significa “modorra, sonolência; sono pesado. Em psicopatologia, refere-se a um estado de marcante turvação da consciência no qual o paciente pode ser apenas despertado por estímulos energéticos, sobretudo de natureza dolorosa. O paciente sempre se mostra evidentemente sonolento. No curso dos pródromos observa-se alguns sinais e sintomas importantes, com exceção do SOPOR.
Explique o Estado de Onirismo (Sonhar acordado).
O onirismo se caracteriza pela predominância das representações imaginárias (Vê e ouve coisas), resultando em perturbações sensoriais (alucinação) e sensitivas (delírio). As imagens fantásticas do onirismo são elas próprias, dotadas de forte coeficiente de realidade, de tal sorte que o conjunto adquire um perfeito caráter de nitidez e de realidade cênica. Por exemplo, Alice nos País das maravilhas. 
OBS: O sonho é psicótico = dissociação da realidade; Pródromo = sintoma inicial de um esquizofrênico (indo para o surto), ex: Alice no País das Maravilhas. Estado de onirismo, a pessoa está acordada e o sonho está sendo reproduzido e perdido dentro dele.
Define Amência.
É um quadro de confusão mental com diminuição do nível de consciência, excitação psicomotora, acentuada incoerência do pensamento, perplexidade, sintomas alucinatórios oniróides. A amência tem características de uma síndrome.
Falando um pouco sobre alterações qualitativas patológicas da consciência:
 Explique o Estreitamento da consciência.
Caracterizam-se por serem alterações parciais ou focais do campo da consciência. Uma parte do campo da consciência está alterada e outra não. Quase sempre há também uma diminuição do nível de consciência.
Explique o que é o Estado Crepuscular ou Estreitamento da consciência.
O Estado Crepuscular é um estreitamento transitório da consciência, com a conservação de uma atividade mais ou menos automática e coordenada. O contato com a realidade esta cada vez menor, mas não está totalmente sonolento. O paciente parece estar totalmente voltado para dentro. Normalmente há falsa aparência de que o paciente está compreendendo a situação. Pode manifestar-se um pavor irracional ou uma agressividade durante a crise, vivências muito traumáticas podem “empurrar” a pessoa para o estado de afastamento momentâneo de uma realidade sofrível. 
Em alguns casos, é possível observar a presença de alucinações e idéias deliróides, mas isso não é a regra. A conduta do enfermo durante o episódio, à primeira vista, pode parecer ordenada, mas, na realidade, a maioria das suas atitudes é automática. Ex: Andar sem destino, enfrentar situações complexas como o sistema de transportes de uma grande cidade.
Os estados crepusculares podem ocorrer associados com despertar do sono, a epilepsia, a histeria, ao sonambulismo, etc. Costuma desaparecer rapidamente, mas em alguns casos, podem durar até muitos dias.
O que é Consciência Hipnopômpica? X
Se dá quando alguns pacientes se despertam do sono, ficando assim “Crepusculados” durante alguns instantes
O que é Dissociação da Consciência?
Fragmentação ou divisão do campo da consciência, ocorrendo perda da unidade psíquica como ser humano. X
Falando um pouco sobre as Alterações da Consciência do eu:
Normalmente estão relacionadas ao fato do indivíduo sentir-se possuído por entidades sobrenaturais, especialmente espíritos e demônios. No grupo das Alterações do Eu incluem-se quais transtornos?
O que é Estado de Êxtase? X
Estado mental transitório, no qual o individuo perde todo contato com o mundo sensível e experimenta profundo sentimento de alegria ou de graça, por encontrar-se absorvido na contemplação mística e/ou espiritual.
O que é Transitivismo? X
É o fenômeno onde o enfermo sente-se transformado em outra pessoa, como se fosse uma despersonalização (sentimento de estranheza). Em psicopatologia, o transitivismo consiste no desaparecimento da relação entre o corpo e os objetos do meio exterior, como uma impossibilidade de estabelecer a distinção entre aquilo que é próprio do indivíduo e aquilo que pertence ao meio exterior, havendo um apagamento dos limites entre a pessoa e o exterior. Pode aparecer sob a influência de severa angústia.
Angústia: Relaciona-se diretamente à sensação de aperto no peito e na garganta, de compressão e sufocamento. Do ponto de vista psicanalítico ela tem uma importância central na teoria freudiana dos afetos, sendo concebida como um afeto básico emergindo do conflito entre o indivíduo, seus impulsos primordiais, seus desejos e necessidades por um lado (Id) e, por outro, as exigências do comportamento civilizado do outro. (Superego) X
O que é Possessão?
O fenômeno da possessão tem caráter universal e a psicopatologia tenta explicá-lo em termos de sugestões ou autossugestão ou como resultado de desdobramentos do eu. Na clínica a possessão é sempre acompanhada do sentimento de desdobramento da personalidade (“outro ser”) e se manifesta em sua forma típica no delírio de possessão demoníaca ou no transtorno de possessão.
O que é Licantropia?
Os pacientes com este quadro se achavam transformados por lobos, ou tinham uma serpente dentro do corpo, ou outros animais. Na manifestação completa de Licantropia, o paciente se torna “corpo e alma” do animal. A licantropia caracteriza-se por um tipo de transitivismo.
O que é Convicção de inexistência? 
Trata-se de uma convicção de inexistência do próprio corpo ou de certos órgãos, ou de que o enfermo não se encontra vivo e sim morto. O paciente apresenta uma forma de anulação da própria coporalidade ou existência. “Eu não existo”
 O que seria o Estado de Transe? X
Trata-se de um estado dissociativo que se assemelha a um sonho acordado, mas dele difere pela presença de atividade motora automática e estereotipada, acompanhada de suspensão parcial dos movimentos voluntários.
*Observação: 
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS -> Tipos: Estados crepusculares/ dissociação da consciência/ Transe -> Síndromes associadas: As alterações da consciência do eu.
ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS -> Tipos: Obnubilações/ Sopor/ Coma -> Síndromes associadas: Delirium/ Estados oníricos/ Amência.
Alterações da Atenção
Atenção (ou, direção da consciência) é um estado de consciência em que os sentidos estão seletivamente focados em aspectos do ambiente e o sistema nervoso central está em estado de prontidão para responder a estímulos. Pode ser capturada por qualidades de estímulo do ambiente, tais como intensidade, movimento, repetição, contraste e novidade.
Como se distingue as formas de atenção?
Atenção Sensorial, Motor e Intelectual.
O que é Atenção Sensorial?
Está relacionada aos nossos cinco sentidos (visão, audição, olfato, tato e paladar). Ex: Ao provarmos uma bebida, concentramos nossa percepção no paladar para discernirmos o gosto da bebida.
O que é Atenção Motora?
A consciência esta concentrada na execução de uma atividade: o exemplo típico é encontrado na aprendizagem de exercícios físicos.
O que é Atenção Intelectual?
Representa o ato de reflexão, quando necessitamos resolver qualquer problema em que se encontre implicado o raciocínio.
Defina Distração.
Chama-se distração a dois estados diferentes. Em primeiro lugar é uma incapacidade quase completa de fixar a atenção. Alguns atores referem-se à distraibilidade um estado psicopatológico, que se exprime por instabilidade marcante e mobilidade acentuada da atenção voluntária, com dificuldade ou incapacidade para fixar-se oudeter-se em qualquer coisa que implique esforço produtivo. A atenção do individuo é muito facilmente desviada de um objeto para outro.
O que é Hiperprosexia?
Refere-se ao aumento quantitativo da atenção. Caracteriza-se, essencialmente, por uma extrema habilidade de atenção, o que leva o individuo a atender, simultaneamente, às mais variadas impressões sensoriais, sem que fixe a atenção sobre um objeto determinado.
 O que é Hipoprosexia? 
Consiste no enfraquecimento acentuado da atenção em todos os seus aspectos. É observada nos estados infecciosos acompanhada de obnubilação da consciência, na embriaguez alcoólica aguda, em casos de transtornos mentais tóxicos, etc.
O que é Aprosexia (demência)?
É a falta absoluta de atenção, dependendo esse tipo de transtorno de acentuada deficiência intelectual ou de inibição cortical. Esse estado difere da insuficiente capacidade de concentração de origem afetiva e das manifestações de negativismos esquizofrênicos
 Como se dá a atenção no Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)?
O paciente apresenta atenção ou vigilância excessiva e desregulada. Demonstra alterações no controle executivo (funções frontais), na memória de trabalho (intimamente relacionada à atenção e na seleção de respostas).
 Como se dá a atenção na Esquizofrenia? X
O déficit de atenção é central. Pacientes esquizofrênicos costumam ter dificuldades em anular adequadamente estímulos sensoriais irrelevantes enquanto realizam determinada tarefa; são muito suscetíveis de distrair-se com estímulos visuais e auditivos externos. Indivíduos em surto costumam apresentar uma alteração da sensopercepção conhecida como Alucinação. 
Como se dá a atenção no Transtorno do déficit de atenção/hiperatividade?
É um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento ou no desenvolvimento. A desatenção manifesta-se comportamental mente no TDHA como divagação em tarefas, falta de persistência, dificuldade de manter o foco e desorganização.
Alterações da Orientação
O que é Orientação e como se dá a sua classificação? X
É denominada como o complexo de funções psíquicas em virtude das quais temos consciência, em cada momento de nossa vida, da situação real em que nos encontramos. A orientação se encontra intimamente ligada às noções de espaço e de tempo.
Orientação Autopsíquica: Refere-se a própria pessoa, e consiste num dos elementos da consciência do eu. Examinar a orientação, tanto a auto quanto a alopsíquica, está avaliando as noções do paciente sobre si mesmo, sobre seu estado atual e sobre suas relações com o restante do ambiente.
 
Orientação Alopsíquica: Refere-se ao mundo externo e poder ser subdividida em: orientação temporal (saber o dia da semana, o dia do mês, o ano que está), orientação espacial (significa exatamente onde se está, por ex: se estiver internado, souber que se está num hospital, e o nome deste- incluindo, rua, o bairro, Cidade, etc.), orientação quanto às outras pessoas (estar orientado quanto às outras pessoas significa poder reconhecê-las, identificá-las corretamente) e orientação situacional (significa saber a razão pela qual se está em determinado lugar e que tipo de relação se tem com as pessoas ali presentes, por ex: o indivíduo saber que está num hospital como paciente, e que está sendo examinado por um médico).
O que é Desorientação Autopsíquica total?
O indivíduo não sabe quem é. Normalmente esse desconhecimento da própria identidade se verifica nas amnésias totais traumáticas, nos estados de acentuada obnubilação da consciência ou na evolução extrema dos processos demenciais. Bem mais frequente é a chamada falsa orientação autopsíquica. É a que acomete os enfermos delirantes, quando se auto atribuem uma nova identidade ou quando assimilam a personalidade de figuras fantasiosas de seus delírios. Nos esquizofrênicos pode ocorrer ainda uma dupla orientação, isto é, uma orientação verdadeira ao lado de uma falsa.
Observação: Os distúrbios da orientação podem manifestar-se de modo global ou atingir, preferentemente, apenas uma faceta da orientação. Ex: Delirium tremens, onde se observa conservada a orientação autopsíquica, junto com a mais completa desorientação alopsíquica (no tempo, no espaço, e nas relações no enfermo com o ambiente). Em geral, nos doentes mentais, verifica-se que, em primeiro lugar, há perda da orientação no tempo, depois no espaço, e por último, em relação à própria pessoa. 
O que é Desorientação Apática?
Depende de alterações da percepção; Embora o paciente esteja lúcido e perceba com clareza sensorial o que se passa no ambiente à sua volta, existe enorme falta de interesse, expressiva inibição psíquica e insuficiente energia psíquica para a elaboração da representação e do raciocínio. O paciente percebe todas as particularidades do ambiente, mas não tem capacidade para integrar essas informações e formar um juízo sobre a própria situação. Ocorre nos estados de profunda e grave depressão.
O que é Desorientação Amnéstica?
Caracteriza-se pela incapacidade que o enfermo demonstra para fixar os acontecimentos e, consequentemente, para orientar-se no tempo, no espaço e em suas relações com as pessoas do ambiente. As perturbações da memória, que se acompanham de deficiência ou incapacidade de fixação resultam numa desorientação no tempo e no espaço denominado de Desorientação amnéstica.
Desorientação Amencial (confusão mental) e Desorientação delirante
Tanto os casos de obnubilação da consciência quanto os estados delirantes se acompanham de dificuldades da compreensão e, por consequência, de alterações da síntese perceptiva. As alucinações e a impressão das percepções, observadas nesses casos, influem também no aparecimento da Desorientação amência. Fala-se em desorientação amencial para aquela que se observa no delirium tremes e nas psicoses orgânicas, onde se verificam alucinações e transtornos da compreensão que dificultam a orientação.
O que é Desdobramento da personalidade?
Trata-se em geral de pessoas histriônicas (histéricas), mas, de qualquer forma, há uma evidente desorientação autopsíquica onde o paciente, desdobrando-se em outra personalidade, perde a orientação da original. 
O que é Despersonalização? X
Trata-se de um estado mental particular, de natureza paroxística, de rápida ou longa duração, caracterizado por um inexplicável sentimento de estranheza. Nessa situação o paciente inerte ao desenrolar de sua vida psíquica, como se aquilo não estivesse relacionado com sua pessoa. Concomitantemente ele conserva um incrível estado de apatia. 
“Experiências de irrealidade, distanciamento ou de ser um observador externo dos próprios pensamentos, sentimentos, sensações, corpo ações (Ex: alterações da percepção). Senso distorcido do tempo, sensação de irrealidade ou senso de si mesmo irreal ou ausente, anestesia emocional e/ou física”. 
Frase: Tenho a impressão de que já não sou eu mesmo; de que podem ler meus pensamentos. X
Falando sobre alterações nas vivências de tempo e espaço
De modo geral, a passagem do tempo é percebida como lenta e vagarosa nos estados depressivos, e rápidos e acelerada nos estados maníacos. O ritmo psíquico também é oposto nesses dois transtornos. Quais são eles?
Na Mania há o Taquipsiquismo geral, com aceleração de todas as funções psíquicas (pensamento, psicomotricidade, linguagem, etc), e, na Depressão, ocorre o Bradipsiquismo, com lentificação de todas as atividades mentais. 
Ilusão (quando tem muito estímulo; Ilusão existe) sobre a duração do tempo: Trata-se de deformação acentuada da percepção da duração temporal. Ocorre, sobretudo, nas intoxicações por alucinógenos ou psicoestimulantes (cocaína, anfetamina, etc.), nas fases agudas e iniciais das psicoses e em situações emocionais especiais e intensas. Ex: Quando recebemos muitas informações novas; o tempo pode parecer transcorrer de modo extremamente veloz ou comprido, ou de forma muito lenta e dilatada.
Atomização do tempo: O indivíduo não consegue inserir-se naturalmente na continuidadedo devir, adere a momentos quase descontínuos. Esse fenômeno ocorre nos estados de exaltação e agitação maníaca, geralmente acompanhada da chamada fuga de idéias (variação rápida e incessante de tema, com preservação da coerência do relato e da lógica na associação de idéias.) e de distraibilidade intensa.
Inibição da sensação de fluir do tempo (inibição do devir subjetivo): Ocorre em síndromes depressivas graves. Certos pacientes depressivos expressam a sua vivência do tempo dizendo que o tempo encolheu, que não passa, deixou de fluir, ou que está passando muito mais devagar que o normal. Alguns pacientes esquizofrênicos experimentam certa passividade em relação ao fluir do tempo; sentem que a sua percepção do tempo é controlada por sua instancia exterior ao seu EU. Pacientes muito ansiosos descrevem uma pressão no tempo, como se o tempo de que se dispõem fosse sempre insuficiente, ‘sinto que nunca vou dar conta de fazer o que devo fazer em determinado período’. Pacientes obsessivo-compulsivos graves ocasionalmente experimentam uma lentificação enorme de todas as atividades, sobretudo quando devem completar alguma tarefa.
Anormalidades da Vicência do espaço: No estado de êxtase, há perda das fronteiras entre o eu e o mundo exterior. O sujeito se sente como se estivesse fundido ao mundo exterior. Nesse caso, que também pode ser classificado como transtorno da consciência do eu.
No estado maníaco é a de um espaço extremamente dilatado e amplo, que invade o das outras pessoas. O maníaco desconhece as fronteiras espaciais e vive como se todo o espaço exterior fosse seu. Esse espaço não oferece resistências ao seu eu. Já nos quadros depressivos, o espaço exterior pode ser vivenciado como muito encolhido, contraído, escuro e pouco penetrável pelo indivíduo e pelos outros.
O indivíduo com quadro paranoide vivencia o seu espaço interior como invadido por aspectos ameaçadores, perigosos e hostis do mundo. O espaço exterior é, em principio, invasivo, fonte de perigos e ameaça. No caso do indivíduo com Agorafobia, o espaço exterior é percebido como sufocante, pesado, perigoso e potencialmente aniquilador.
Alterações da Sensopercepção (Alucinação)
O que é Sensação? Alteração produzida por um estímulo sobre os órgãos sensoriais
É um fenômeno (fisiológico) elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, originados dentro ou fora do organismo, que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-os. As diferentes formas de sensação são geradas por estímulos sensoriais específicos, como visuais, táteis, auditivos, olfativos, gustativos, proprioceptivos e cinestésicos. A sensação é considerada um fenômeno PASSIVO e possui uma dimensão neuronal.
Sensação SEM Percepção = Normal
O que é Percepção? Integração das sensações numa representação do objeto na consciência.
É uma função (cognitiva). A tomada da consciência, pelo individuo, do estimulo sensorial. Diz respeito à dimensão propriamente neuropsicológica e psicológica do processo, `a transformação de estímulos puramente sensoriais em fenômenos perceptivos conscientes. Piéron a define como: tomada do conhecimento sensorial de objetos ou de fatos exteriores mais ou menos complexos. É um fenômeno ATIVO.
Percepção SEM Sensação = Anormal (psicoses, intoxicações ou percepção exrtrasensorial)
O que é imagem ou imagem perceptiva real? X
É o elemento básico do processo de sensopercepção e se caracteriza pelas seguintes qualidades:
Nitidez (imagem nítida, sem contornos precisos)
Corporeidade (imagem viva, corpórea, tem luz, brilho e cores vivas)
Estabilidade (imagem estável, não muda de um momento para o outro)
Extrojeção (imagem provinda do espaço exterior, também é percebida nesse espaço)
Influenciabilidade voluntária (o indivíduo não consegue alterar voluntariamente a imagem percebida)
Completitude (imagem completa e determinada)
O que é Imaginação? X 
Atividade psíquica, geralmente voluntária, que consiste na evocação de imagens percebidas no passado (imagem mnêmica) ou na criação de novas imagens (imagem criada). Geralmente ocorre na ausência de estímulos sensoriais. Ela não é nítida e é interna
O que é Fantasia ou fantasma? X
É uma produção imaginativa, produto minimamente organizado pela imaginação. No sentido psicanalítico pode ser consciente ou inconsciente. Se origina de desejos, temores e conflitos tanto conscientes como inconscientes. Às vezes é muito frequente em pessoas com personalidades histéricas. Possui a função psicológica de ajudar o indivíduo a lidar com frustrações, com o desconhecido e com os seus conflitos. A fantasia não tem compromisso com a realidade
O que é Representação (imagem representativa ou imagem mnêmica)? X
É um conceito específico da imaginação, uma forma de imaginação. É a representação de uma imagem na consciência, sem a presença real, externa do objeto que, e um primeiro momento, gerou uma imagem sensorial. É a reprodução na consciência de percepções passadas, ou seja, traz da memória uma imagem percebida do passado. Caracteriza-se por:
Pouca nitidez (contornos geralmente são borrados)
Pouca corporeidade (não tem a vida de uma imaginação real)
Instabilidade (aparece e desaparece facilmente do campo da consciência)
Introjeção (percebida no espaço interno)
Incompletude (desenho indeterminado, incompleto com apenas alguns detalhes)
Ex: imagem da face do pai falecido.
O que é imagem Eidética (eidetismo)? X
É um subtipo de imagem representativa. É a evocação de uma imagem guardada na memória, ou seja, de uma representação, de forma muito precisa, com características semelhantes à percepção. Os indivíduos conseguem ver um objeto com muita nitidez e clareza. A evocação desse tipo de imagem é voluntária e não representa necessariamente um sintoma de transtorno mental. MEMÓRIA FOTOGRÁFICA.
O que são Pareidolias? X
Imagens visualizadas voluntariamente a partir de estímulos imprecisos do ambiente. Ex: olhar uma nuvem e poder ver nela um ou gato ou um elefante está se experimentando o que se denomina pareidolia.
Alterações quantitativas da sensopercepção: 
O que é Hiperestesia?
É a condição no qual as percepções se encontram-se normalmente aumentadas em sua intensidade ou duração. Os sons são ouvidos de forma muito mais amplificada, as imagens visuais e as cores tornam-se mais vivas e intensas. Ocorrem nas intoxicações por alucinógenos, em algumas formas de epilepsia, enxaqueca, hipertireoidismo, esquizofrenia aguda e alguns casos maníacos.
O que é Hiperpatia?
Uma sensação desagradável (geralmente de queimação dolorosa) é produzida por um leve estimulo da pele. Ocorre tipicamente nas síndromes talâmicas.
 O que é Hipoestasia?
Percebida em alguns pacientes depressivos, o mundo circundante é percebido como mais escuro, as cores tornam-se mais pálidas e sem brilho, os alimentos não tem mais sabor e os odores perdem a sua intensidade.
Alterações Qualitativas da Sensopercepção: X (disc)
 As mais importantes em psicopatologia, compreendem as ilusões, alucinações, alucinoses e pseudoalucinações.
O que é Ilusão? X
É uma percepção deformada, alterada, falseada de um objeto real presente. Na ilusão há sempre um objeto externo real, gerado do processo de sensopercepção, mas tal percepção é deformada, adulterada, por fatores psicológicos diversos. Percepção enganosa de um objeto real e presente. As ilusões ocorrem em Estados de rebaixamento de consciência; fadiga grave e intenção marcante; alguns estados afetivos (ilusões catatímicas). As ilusões podem ser visuais ou auditivas.
O que são Agnosias associativas e quais são os seus tipos?
Caracterizam um prejuízo, uma deterioração, na capacidade de reconhecer as características dos por meio dos sentidos: tato, gosto, olfato, visão e audição. Refere-se ao déficit de formação do percepto.
Agnosia visual
Agnosias tátil
Agnosia auditiva
Agnosia gustativa
O que são Alucinações quais os seus tipos? X
São falsas percepções da realidade. Percepção de um objeto, sem que esteja presente, sem o estímulosensorial perceptivo. É a percepção clara e definida de um objeto sem a presença do objeto estimulante real. A alucinação é percebida no espaço externo. O paciente acha que aquilo que ele está vendo é real.
Auditiva São as mais frequentes e as mais importantes. Apresenta-se sob a forma de ruídos, zumbidos, murmúrios, estalidos e sob a forma complexa. Ex: vozes que censuram e ameaçam, melodias ou toques da campainha. A pessoa pode ouvir uma única voz, que repete uma palavra ou diz frases completas, ou ate mesmo muitas vozes que mantêm entre si uma conversação.
Visuais Liliputianas (ver seres pequeninos) ex: duendes
 Autoscópicas (se ver em algum lugar)
 Extracampinas (ver alguém fora do campo visual) Ex: atrás.
Táteis e de contato
Gustativas
Cinestésica impressões de que o corpo realiza, espontaneamente, pequenos movimentos; ou que seus músculos se contraem, etc. Ex: pernas, braços e cabeça (paciente relata que seus órgãos estão apodrecendo e os olhos embaçados de sujeira) 
Cenestésicas ou proprioceptivas sensações estranhas em outros órgãos.
Psíquicas
Oníricas 
O que é Alucinose? (crença de que não é real / percebida no espaço externo) X
Fenômeno pelo qual o paciente percebe tal alucinação como estranha a sua pessoa. O sujeito a percebe imediatamente, reconhecendo seu caráter patológico, ou seja, o doente vê a imagem ou ouve a voz ou ruído, mas ele não crê que sejam reais. Ele permanece consciente de que aquilo é um fenômeno estranho e não tem nada haver com a sua pessoa, estabelecendo assim um distanciamento entre si e o sintoma. É periférico ao “Eu” enquanto a alucinação é Central ao “Eu”.
O que são Pseudoalucinações? (percebidas no espaço interno): X
São produtos patológicos da atividade representativa. São imagens dotadas de clareza sensorial, as quais, aos contrario das alucinações verdadeiras, são percebidas num espécie de espaço subjetivo. As imagens visuais e as vozes são localizadas no interior da cabeça ou na parte interna do corpo. Aqui o paciente não desconhece o caráter falso dos fenômenos. Ex: trem e navio.
Falando sobre alterações do Pensamento
O que é o Pensamento?
Comportamento cognitivo no qual ideias, imagens, representações mentais ou outros elementos hipotéticos da reflexão são experimentados ou manipulados. O pensamento inclui a imaginação, a lembrança, a solução de problemas, devaneios, livre associação, formação de conceitos e muitos outros processos.
O pensamento é velado não é diretamente observável, mas deve ser deduzido através de comportamentos ou autorrelatos.
O pensamento é simbólico parece envolver operações sobre símbolos ou representações mentais, cuja natureza permanece obscura e controversa.
O que caracteriza o pensamento como normal?
Ser regido pela lógica formal
Orientar-se segundo a realidade
Orientar-se segundo os princípios da racionalidade da cultura no qual o indivíduo se insere.
Em que consiste o Pensamento Concreto? X
Pensamento no qual não ocorre a distinção ente uma dimensão abstrata, uma simbólica e uma dimensão concreta e imediata dos fatos. O indivíduo não consegue entender ou utilizar metáforas. O pensamento e muito aderido ao mundo sensorial da experiência.
Em que consiste o Pensamento Inibido? X
Envolve uma acentuada diminuição da velocidade do número de conceitos, juízos e representações que são utilizadas no processo de pensar, tornando o pensamento rarefeito, pouco produtivo.
Em que consiste o Pensamento Confusional? X
Devido à uma turvação da consciência o pensamento torna-se incoerente e tortuoso, impedindo que o individuo aprenda deforma clara e precisa os estímulos ambientais e possa, desta forma, processar claramente o raciocínio.
Em que consiste o Pensamento Prolixo? X
Não permite que o paciente chegue a qualquer conclusão sobre o tema que esta considerando não ser após muito esforço. O paciente da longas voltas ao redor do tema e mescla, de forma imprecisa, o essencial com o supérfluo.
Quais são as atividades fundamentais do pensamento? Explique-os.
Elaboração de conceitos, formação de juízos e o raciocínio.
Conceitos identifica os atributos ou qualidades mais gerais e essenciais de um objeto ou fenômeno; é expresso por uma palavra; está relacionado a abstração e a generalização. Ex: Céu e azul.
Juízo estabelece uma relação entre dois ou mais conceitos; ato da consciência de afirmar ou negar algum atributo ou qualidade de um objeto ou fenômeno. Ex: o céu é azul.
Raciocínio uma operação mental que relaciona juízos, levando a formação de novos juízos. Ex: todo homem é mortal. Sócrates é um homem, portanto Sócrates é mortal.
Obs: Raciocínio Indutivo do particular para o geral
 Raciocínio Dedutivo do geral para o particular
Descreva sobre os Aspectos do Pensamento.
Curso velocidade e ritmo do pensamento, à quantidade de ideias ao longo do tempo.
Forma estrutura do pensamento, relação entre as ideias.
Conteúdo temática do pensamento, qualidades ou características das ideias.
Obs: os delírios podem alterar o conteúdo do pensamento.
Como se classificam as alterações do pensamento?
Quantitativa Curso (aceleração, alentecimento, interrupção)
Quantitativa Forma (fuga de ideias, desagregação, prolixidade, minusciosidade, perseveração) e Conteúdo (concretismo, ideias delirantes, deliróides e sobrevaloradas).
Alterações Quantitativas (curso do pensamento) X
Aceleração do curso também chamado de taquipsiquismo, o paciente fala mais rápido que o normal. Pode ocorrer em quadros de mania, uso de drogas (anfetaminas e cocaína), nos estados de ansiedade e de agitação psicomotora.
Alentecimento do curso (inibição) também chamado de retardo ou bradipsiquismo, o paciente fala mais devagar. Pode ocorrer na depressão, na demência e no estupor (abolição da psicomotricidade), do delirium e da esquizofrenia catatônica. 
Interrupção do curso (bloqueio de pensamento, interceptação do pensamento, roubo do pensamento). Foi descrita por Bleuler; é considerada uma alteração quase exclusiva da esquizofrenia. Sem e qualquer motivo aparente, abruptamente, o paciente interrompe a sua fala deixando de completar uma ideia. Diz que o seu pensamento cessou ou rompeu-se, resultando num branco ou vazio de sua mente.
Alterações Qualitativas (forma do pensamento)
98) O que são Fuga de ideias (taquipsiquismo / pensamento com algum sentido)? X
Caracteriza-se pela variação rápida e incessante de tema, com preservação da coerência do relato e da lógica na associação de ideais. A tendência dominante do pensamento esta enfraquecida e, consequentemente, há um progressivo afastamento da ideia-alvo. Alternativamente pode ser considerar que diversas ideias-alvo se sucedem em um pequeno espaço de tempo. 
O pensamento é facilmente desviado por estímulos externos, e as associações muitas vezes se dão assonância (rimas) ou aliteração (repetição de consoantes) das palavras. Essa fuga está quase sempre associada à logorreia (verborragia) e a aceleração do curso do pensamento. É uma manifestação típica da síndrome maníaca primária, sendo observada na sífilis cerebral, embriaguez e pelo uso de anfetaminas e cocaínas.
Alteração da estrutura do pensamento secundário a uma acentuada aceleração do pensamento, na qual uma ideia se segue à outra de forma extremamente rápida, perturbando as associações lógicas entre juízos e conceitos.
 O que é Desagregação do pensamento ou Dissociação do pensamento? X
Perda do sentido lógico na associação de ideias. Há a formação de associações novas, que são incompreensíveis, irracionais e extravagantes. Altera-se a sintaxe. É um tipo de pensamento que não faz sentido. Profunda e total perda dos enlaces afetivos, total perda da consciência do pensamento. O pensamento passa a não seguir uma sequência lógica e bem organizada, os juízos não se articulam de forma coerente uns com os outros. Ocorre na esquizofrenia, no delirium, na demência avançada e alguns casos de extrema agitação maníaca. (psicóticos em surto).

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