ECA aula 15

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Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
Curso: Intensivo Semanal | Disciplina: Estatuto da Criança e do Adolescente 
 Aula: 01 
 
 MATERIAL DE APOIO 
EXAME DE ORDEM 
 
MATERIAL DE AULA 
 
EMENTA DA AULA 
- ATO INFRACIONAL 
- MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS 
- PROCEDIMENTO DE APURAÇÃO DO ATO INFRACIONAL 
 
GUIA DE ESTUDO 
 
1) ATO INFRACIONAL 
Artigo 103, ECA. 
Ato infracional é a conduta que, praticada por adolescente ou criança, é definida em lei como crime ou 
contravenção penal. 
 
1.1) Responsabilidade que o ECA estabelece no ato infracional 
Artigo 2°, caput, ECA. 
Criança: menor de 12 anos. Enquanto não completar 12 anos ele é criança. Se praticar ato infracional, 
está sujeito a medidas de proteção (não são sanção) – artigos 101 e 105, ECA. 
Adolescente: 12 anos completos, mas menor de 18 anos. Se praticar ato infracional, está sujeito tanto a 
medidas de proteção quanto a medidas socioeducativas. 
Para quem encaminha criança / adolescente que esteja em flagrante de ato infracional? 
Criança: ao conselho tutelar e não para a delegacia de polícia. Artigo 136, I, ECA. 
Adolescente: para a autoridade policial. Artigo 172, ECA. 
2) MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS 
Artigo 112, ECA. 
1° advertência: consiste em uma admoestação verbal. É reduzida a termo e todos assinam. Artigo 
115, ECA. 
 
2° Reparação dos dados: cumprimento de sanção. Artigo 116, ECA. Existem 3 formas de se 
promover a reparação dos danos: 
 
 
 
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1°) Ressarcimento: entregar o equivalente em dinheiro. 
2°) Restituição do bem: furta e devolve o bem para a vítima. 
3°) Por outra forma que compensar o prejuízo. 
 
3° Prestação de serviços comunitários: Artigo 117, ECA 
Prazo para aplicação: no máximo 6 meses, com jornada semanal de até 8 horas. 
 
4° Liberdade assistida: orientador. Artigos 118 e 119, ECA. 
Juiz nomeia orientador que fará acompanhamento familiar, escolar, comunitário. 
Para essa medida o prazo é de no mínimo 6 meses. 
 
Essas 4 medidas são medidas de meio aberto. As duas últimas privam a liberdade: 
 
5° Semiliberdade: a liberdade esta parcial, ele fica parte do dia solto e parte do dia recolhido. Artigo 
120, ECA. 
Na semiliberdade, o adolescente permanece parte do dia solto para estudar e trabalhar, 
permanecendo outra parte do dia recolhido em entidade de atendimento socioeducativo. 
 
6° Internação: fica internado na Fundação Casa e só pode sair com escolta. Artigo 121 a 125. 
 
A liberação é compulsória aos 21 anos – artigo 121, §5, ECA. 
 
Prazo da semiliberdade e da internação 
As medidas socioeducativas de internação e semiliberdade são aplicadas, na sentença, sem prazo 
determinado, devendo a sua necessidade ser reavaliada a cada no máximo 6 meses. 
Por ocasião de reavaliação, a medida pode ser mantida, sucessivamente até o limite total de 3 anos 
(e desde que o sujeito não complete 21 antes disso). 
 
2.1.) Aplicação da medida socioeducativa 
O juiz pode aplicar livremente as 5 primeiras para qualquer ato infracional. 
 
 
 
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2.2) Cabimento taxativo da internação 
O juiz só pode usar quando tiver expressa decisão legal, artigo 122, ECA. 
1° se o ato foi cometido com violência física ou com grave ameaça a pessoa. 
OBS: Súmula 492 do STJ. 
 
2° se configurada a reiteração no cometimento de ato grave. 
 
3° se configurado descumprimento reiterado e injustificado de outra medida anteriormente 
aplicada. 
É a chamada internação sanção, dura no máximo 3 meses. Artigo 122, §1, ECA. 
OBS: o ECA admite a denominada internação provisória, assim considerada ao que o juiz aplica 
antes da sentença: tal internação tem o limite máximo de 45 dias.