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Resumo ECA Atualizado para Concursos
Publicado em 16 de janeiro de 2020 por enconcursos
Resumo ECA Atualizado para Concursos
Vai prestar concurso público? Precisa saber sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), mas não está com tempo para conferir o texto completo? Então se liga nesse resumo ECA atualizado que preparamos para você e boa prova!
Definições e Origens
O ECA tem sua primeira versão datada de 1990, mas sofreu várias alterações e revisões com o tempo, por isso é sempre importante que você verifique se o material que tem em mãos é um resumo estatuto criança e adolescente Atualizado.
O ECA faz parte da lei 8069 que dispõe sobre a proteção e o amparo integral às crianças e adolescentes. Lembrando que para efeito da lei, criança é toda pessoa até doze anos de idade incompletos e adolescente é a pessoa dos doze anos aos dezoito anos incompletos.
Para começar esse resumo ECA atualizado é preciso salientar que o objetivo primordial do ECA é dar proteção a esse grupo como dito no artigo 4 “zelar por este grupo com absoluta prioridade, garantindo a eles acesso à: saúde, alimentação, educação, esporte, lazer, cultura, profissionalização, dignidade, liberdade, convivência familiar e comunitária e respeito”.
Sobre isso a lei também considera que a negligência contra crianças e adolescentes também não pode ocorrer e deve ser punida por lei já que isso impediria que pessoas nesse estágio da vida conseguissem atingir um desenvolvimento pleno.
Como formas de negligência podemos citar que nenhuma criança ou adolescente deverá ser vítima de:
· Discriminação quanto ao acesso a lugares ou serviços;
· Exploração que pode ser sexual, trabalhista etc;
· Nenhuma forma de violência física;
· Nenhum tipo de crueldade;
· Nenhuma forma de opressão que os impeça de exercer os seus direitos.
Importante detalhar a proibição absoluta de qualquer tipo de trabalho para menores de 14 anos, exceto nos casos compreendidos pelos programas de jovem aprendiz que tem caráter estudantil.
Os princípios Norteadores
Para entender melhor o ECA, é necessário compreender os objetivos da lei e, para isso, preparamos neste resumo ECA atualizado uma lista dos princípios norteadores do ECA:
· Da proteção integral;
· Da Prioridade Absoluta;
· Da Convivência familiar
· Da Condição Peculiar como Pessoa em desenvolvimento;
· Da ouvida e participação progressiva;
· Da Municipalidade;
· Do Melhor Interesse;
· Da Responsabilidade Parental.
E para que esses princípios sejam atingidos, o artigo 4 entende que os responsáveis por os garantir são a família, a sociedade a comunidade e o poder público.
O mesmo artigo 4 também estabelece que as prioridades do ECA são:
· Proteção e socorro;
· Serviços públicos;
· Políticas públicas;
· Recursos públicos.
Dessa forma temos uma legislação que preza pela proteção à vida e a saúde de crianças e adolescentes
Família e Acolhimento
O resumo ECA 2019 também aponta para um programa que proteja o entorno de crianças e adolescentes, a família, aqueles que irão contribuir com o desenvolvimento delas.
Por isso a lei contém avanços importantes como assegurar às mulheres o planejamento reprodutivo e o atendimento médico adequado às gestantes pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Outro avanço na lei é garantir que mulheres grávidas ou mães que desejem entregar seus filhos voluntariamente possam fazer isso sem nenhum tipo de punição ou constrangimento como visto no artigo 13.
Neste resumo ECA atualizado também é importante falar sobre o processo de adoção e o que a lei diz sobre isso. Quem pode adotar:
· Maior de 18 anos (diferença de 16 anos em relação ao adotado)
· Solteiro(a), Casal, Homoafetivo, Casal Separado/Divorciado (início do processo juntos), Morto.
Quem não pode adotar:
· Ascendentes/Irmãos
Ordem de preferência para a adoção:
· Não Cadastrados:
i. Adoção Unilateral
ii. Parentes
iii. Guarda/Tutela
· Cadastrados
· Brasileiros no Exterior
· Estrangeiros
Os artigos 29 a 39 tratam mais detalhadamente sobre esse assunto onde a família substituta pode ser realizada em regimes de tutela, adoção ou guarda.
Proibições
Como forma de proteger a criança e ao adolescente, este resumo ECA atualizado irá mostrar agora aquilo que é proibido a essas pessoas por não possuírem ainda idade e maturidade suficientes para decidirem sozinhos. Ver artigos 81 a 83.
Ficam proibidos o acesso a produtos e serviços nos seguintes casos:
· Armas, munições, explosivos, fogos de artifício (exceção os de potencial reduzido ex: estalinhos);
· Publicação de caráter obsceno ou pornográfico (contendo material impróprio deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com advertência de seu conteúdo, bem como se a capa contiver mensagem pornográfica ou obscena a embalagem deve ser opaca);
· Bebidas alcoólicas (contravenção: servir/crime: vender);
· Produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda que por utilização indevida;
· Bilhetes lotéricos e equivalentes.
Também é proibida a hospedagem em hotel, motel ou equivalente salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsáveis legais.
Para o caso de viagens, a lei mostrada aqui neste resumo ECA atualizado, que é específica para cada situação. A saber:
Viagem Nacional é permitida nos seguintes casos:
· Acompanhada dos Pais;
· Acompanhada dos Responsáveis;
· Com autorização Judicial (validade de 2 anos);
· Dispensada a Autorização se acompanhada por ascendente/colateral até o 3º Grau;
· Comarca Contígua.
Viagem internacional:
· Ambos os Pais;
· Um só (expressamente autorizado pelo outro);
· Autorização Judicial;
· CNJ: maior que seja expressamente autorizado pelos pais.
Relação com o Crime e Medidas de Segurança Pública
O resumo estatuto criança e adolescente também protege os menores em casos de infrações cometidas por eles. Assim como no caso das proibições onde o menor de idade é considerado inapto para decidir sozinho, quando ele se envolve com atos ilegais, também é tratado de forma distinta.
A lei vai desde as diferenças entre as terminologias para diferenciar as ações cometidas pelos menores até o tratamento diferenciado dado em cada caso. Para exemplificar enquanto um maior de idade comete uma infração penal (crime e contravenção) o menor comete um ato infracional na mesma situação. Dessa forma enquanto um maior de idade pode ser preso, um adolescente pode apenas ser apreendido e a criança nem isso, sendo os pais responsáveis por seus atos.
Assim citamos os artigos 110 e o que você encontrará nos artigos de 112 a 128 “Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o devido processo legal, e as medidas socioeducativas (advertência, obrigação de reparo ao dano, serviço comunitário, liberdade assistida, trabalho em semiliberdade, internação em estabelecimento educacional) se fazem necessárias e exigidas no ECA”.
O ECA também estabelece o conselho tutelar como órgão permanente e autônomo como aquele encarregado por averiguar o comportamento apresentado por crianças e adolescentes, embora permita que estados e o Distrito Federal possam criar varas especializadas para tratar do assunto.
Neste resumo ECA atualizado também falaremos um pouco sobre as punições, mas se você precisar de aprofundamento neste quesito, sugerimos que consulte o texto integral da lei.
A privação de liberdade do adolescente só poderá ocorrer mediante o ato infracional flagrante ou após ordem judicial e também poderá ser provisória quando houver necessidade imperiosa da medida e houver indícios de autoria e materialidade.
O infrator ficará sujeito a:
· Reparar o dano causado;
· Prestar serviço à comunidade;
· Entrar em regime de liberdade assistida;
· Entrar em regime de Semiliberdade;
· Entrar em regime de internação.
Conselho Tutelar
Sendo o órgão responsável pelo atendimento à criança e ao adolescente, reservamos um espaço neste resumo ECA atualizado para que conheçamos as suas atribuições:
· Atendimento às crianças e adolescentes que praticarem atos infracionais ou estiverem em situação de risco;
· Aplicação das medidas protetivas previstas no art. 101, I ao VI;
· Atendimentoe aconselhamento aos pais ou ao responsável;
· Aplicação aos pais ou responsável das medidas previstas no art. 129, I a VII;
· Requisição serviços públicos e representação à autoridade judiciária para o cumprimento de suas deliberações;
· Encaminhamento ao MP da notícia de infração administrativa ou penal contra criança ou adolescente;
· Expedição de notificação e requisições de certidões;
· Assessoramento ao Poder Executivo local na elaboração de proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
· Representação em nome da pessoa da família contra violação a direitos previstos no art. 220 § 3º, II da Constituição Federal;
· Representação ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar.
Agora é só aproveitar o conhecimento adquirido com este resumo ECA atualizado e fazer ótimas provas.
Depois desse Resumo ECA Atualizado para Concursos, vamos treinar um pouco? Confira as questões gabaritadas abaixo:
1 – (TJ-BA 2019) Com referência a adoção, guarda, medidas pertinentes aos pais ou responsáveis e direitos fundamentais da criança e do adolescente, julgue os itens a seguir.
I A princípio, para a constatação da adoção à brasileira, o estudo psicossocial da criança, do pai registral e da mãe biológica não se mostra imprescindível.
II A omissão na lei previdenciária impede que os infantes recebam pensão por morte do guardião, uma vez que, pelo critério da especialidade, não basta a norma prevista no ECA que declara a condição de dependente de crianças e adolescentes, porque ela se afigura como meramente programática.
III O descumprimento da obrigação de prestação material do pai que dispõe de recursos ao filho gera a responsabilização do genitor e o seu dever de pagamento de indenização por danos morais.
IV Diante da efetiva comprovação de hipossuficiência financeira do genitor, o juiz deverá deixar de aplicar multa por descumprimento dos deveres inerentes ao poder familiar, tendo em vista o seu caráter exclusivamente preventivo e pedagógico.
Estão certos apenas os itens
a) I e III
b) I e IV
c) II e IV
d) I, II e III
e) II, III e IV
Resposta correta: Letra A
2 – (TJ-BA 2019) A respeito da colocação de criança ou adolescente em família substituta, procedimento previsto no ECA, assinale a opção correta.
a) Para decidir sobre a concessão de guarda provisória ou sobre o estágio de convivência, a autoridade judiciária deverá determinar a realização de estudo social ou, se possível, de perícia por equipe interprofissional.
b) Nas hipóteses em que a perda ou a suspensão do poder familiar constituir pressuposto lógico da medida principal de colocação em família substituta, o interessado será cientificado do processo, porém não poderá apresentar defesa, devendo ajuizar demanda específica e adequada para buscar a sua pretensão.
c) Na hipótese de os pais concordarem com o pedido de colocação da criança em família substituta, será dispensada a assistência por advogado ou defensor público nos procedimentos judiciais, desde que o aceite seja registrado em cartório.
d) O consentimento dos titulares do poder familiar para a colocação da criança em família substituta é retratável até a data de publicação da sentença constitutiva da adoção.
e) Em situações excepcionais nas quais se verifiquem reais benefícios à criança, é possível que o consentimento dos pais biológicos quanto à colocação da criança em família substituta seja dado antes do nascimento do infante.
Resposta correta: letra A
3 – (SASDH-RJ 2018) A Escola Municipal Prof. João da Silva oficiou ao Conselho Tutelar comunicando a infrequência escolar da aluna Tatiane, 15 anos. No atendimento, o órgão de proteção apurou que Tatiane está grávida de 4 meses de seu namorado Bruno, 18 anos, e foi afastada da escola por sua mãe, Maria de Fátima, assim que a gravidez foi descoberta. Nessa hipótese, o Conselho Tutelar tem a atribuição de:
a) prestar assistência psicoterápica a Tatiane, considerando a vulnerabilidade emocional inerente à gravidez e à maternidade precoce;
b) advertir Bruno e seus pais para a necessidade de o jovem formalizar a união com Tatiane e reconhecer a paternidade do bebê;
c) orientar a genitora Maria de Fátima quanto à obrigatoriedade de manter Tatiane frequentando regularmente a escola durante a gestação;
d) oferecer representação disciplinar em face dos pais de Tatiane por omissão na vigilância e pela evasão escolar da adolescente;
e) informar a Escola Municipal sobre a condição especial da jovem para que se providencie seu desligamento escolar e o trancamento da matrícula.
Resposta correta: letra C
4 – (SASDH-RJ 2018) O Estatuto da Criança e do Adolescente, no capítulo que trata do direito à convivência familiar e comunitária, ressalta que toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada:
a) dois meses;
b) três meses;
c) seis meses;
d) nove meses;
e) dez meses.
Resposta correta: letra B
5 – (PAULIPREV-SP 2018) Em se tratando de crianças e adolescentes, o direito ao convívio é reconhecido no Estatuto da Criança e do Adolescente, no Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária e é tema predominante nas orientações dos Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes e na tipificação dos Serviços de Convívio e Fortalecimento de Vínculos da Assistência Social. Essa garantia legal e ético-normativa tem relevância histórica na medida em que supera a ideia de que a pobreza de famílias de crianças e adolescentes é uma anormalidade e reforça a perspectiva
a) de partilha de papéis no interior das famílias.
b) da excepcionalidade do afastamento do convívio familiar.
c) da institucionalização protetiva de crianças e adolescentes.
d) de harmonia das relações intrafamiliares e comunitárias.
e) de reforço às modalidades de guarda, tutela e adoção.
Resposta correta: letra B
Para aprofundar mais seus conhecimentos confira uma aula prática e objetiva sobre o ECA:
Hoje aprendemos…
sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), tema cobrado em todos os concursos da área de educação. Vimos seus principais artigos e ainda tivemos acesso a alguns exercícios gabaritados para treinar os conhecimentos.
Bons estudos 
CONCEITOS DE CRIANÇA E DE ADOLESCENTE
Artigo 2 ECA – Criança é a pessoa com até 12 anos incompletos. Não se submete a medida socioeducativa, somente a medida de proteção.
Adolescente é a pessoa entre 12 e 18 anos. Submete-se a medida socioeducativa e a medida de proteção.
Incidirá também excepcionalmente em pessoas com idade entre 18 e 21 anos incompletos, no que concerne às medidas socioeducativas de semiliberdade e de internação do adolescente, cujo cumprimento deve necessariamente findar até os 21 anos da pessoa, respeitado o período máximo de 3 anos. É imprescindível que o ato infracional tenha sido praticado antes de a pessoa tornar-se imputável, ou seja, completar 18 anos.
DIREITO À VIDA E À SAÚDE
Artigo 8 a 10 do ECA – os documentos do parto tem que ficar arquivados por um período de 18 anos.
O ECA estabelece também alguns direitos pensando na mãe, pois proteger a criança é proteger a mãe. É muito comum que a mãe tenha depressão pós parto, também chamado de estado puerperal. Assim, o ECA assegura tratamento psicológico, ainda que a mãe queira entregar o filho para adoção. É assegurado o tratamento psicológico ainda que a mãe deseje entregar o filho para adoção, como forma de atenuar as consequências do estado puerperal.
O ECA também da direito ao alojamento conjunto para a gestante e para o bebe.
DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE
Artigo 16 ECA – direito de ir, vir e permanecer nos logradouros públicos e espaços comunitários, observadas as restrições legais. Se não tivesse a frase observadas as restrições legais não poderia por exemplo fechar parque público a noite.
PROIBIÇÕES DO ECA
Artigo 77 a 82 e 250 ECA – Criança e adolescente não podem ir para hotel, motel, pensãoou congênere, salvo: acompanhado dos pais ou responsáveis; por autorização dos pais ou responsável; se houver autorização judicial. A ideia é combater a prostituição infantil. A violação disso é infração administrativa. Criança e adolescente não podem ir a local que explore comercialmente jogos de bilhar ou similares, nem com a autorização dos pais. Vale dizer que é comerciante, assim se no seu prédio tem uma mesa de bilhar não tem problema e eles podem frequentar, pois não é explorado comercialmente.
No caso de lanhouse e locais que explores diversões eletrônicas: nessa situação, pode frequentar e depende de regulamentação do juiz da infância local.
Pode vende fogos de artifícios à criança e adolescente? Fogos de artificio não podem ser vendidos, salvo se pelo reduzido potencial lesivo não possam causar dano em caso de uso inadequado.
Criança e adolescente não podem comprar bilhetes de loteria ou similares.
Autorização para viajar
a) Viagem nacional: artigo 83 – o adolescente não precisa de autorização para viajar, quem precisa é a criança. Essa autorização é valida por um período de 2 anos. A criança não precisa de autorização nas seguintes hipóteses:
1. Se estiver acompanhada dos ascendentes ou colateral maior até o terceiro grau (tio) comprovado documentalmente.
2. Se houver autorização por escrito dos pais ou responsável
3. Caso se trate de comarca contigua na mesma unidade da federação.
b) Viagem internacional: artigo 84 – criança e adolescente precisam de autorização judicial, salvo se estiverem acompanhados de ambos os pais ou responsável ou se estiver acompanhado de um dos pais com autorização por escrito com firma reconhecida do outro.
FAMÍLIA
MODALIDADES DE FAMÍLIA
Família natural: artigo 25, caput ECA – comunidade constituída pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.
Família extensa ou ampliada: artigo 25 ECA – comunidade formada pelos parentes próximos com os quais a criança ou adolescente tenha convivência, afinidade ou afetividade. Além dos pais e filhos ou o núcleo formado pelo casal, contempla também parentes próximos, como por exemplo tio. A família extensa tem preferência na adoção.
Família substituta: artigo 28 ECA - medida excepcional que será determinada diante de situações em que a permanência da criança ou do adolescente junto à sua família natural torna-se inviável. Comporta três modalidades: guarda, tutela e adoção.
a) Guarda: artigo 33 – visa regularizar situação de fato. Não necessariamente ela gera o afastamento com os pais biológicos. A guarda gera direitos previdenciários. Trata-se de medida provisória, ou seja, depois de concedida, a criança ou o adolescente poderá retornar à sua família natural ou permanecer sob guarda até ser encaminhado para uma família substituta definitiva, assim pode ser revogada a qualquer tempo mediante ato judicial.
b) Tutela: artigo 36 -a tutela pressupõe a perda ou suspensão do poder familiar. Somente será deferida a pessoa com até 18 anos incompletos. É conferido ao tutor amplo direito de representação, que deverá administrar bens e interesses do pupilo.
c) Adoção: artigo 39 a 52 ECA - é a única modalidade irrevogável. É a única que o estrangeiro pode usar. É a modalidade de colocação da criança ou do adolescente em família substituta que tem o condão de estabelecer o parentesco civil entre adotando e adotado. Pode ser unilateral, em que permanecem os vínculos de filiação, com apenas um dos pais biológicos; bilateral, vinculo de filiação rompe-se por completo.
- Idade do adotante: deve ser maior de 18 anos. Deve haver 16 anos de diferença entre adotante e adotado.
- Consentimento dos pais biológicos: é necessário e é colhido em audiência. No caso da gestante o consentimento só vale após o nascimento do filho. O consentimento pode ser retirado até a publicação da sentença. Exceção: não precisa do consentimento dos pais biológicos se eles foram destituídos do poder familiar ou quando foram desconhecidos.
- Restrições para adoção: Não pode adotar por procuração, pois trata-se de ato personalíssimo, assim o ascendente não pode adotar o descendente (avos, irmãos).
- Modalidades de adoção:
1. Adoção monoparental: feita pela pessoa sozinha.
2. Adoção conjunta: feita por duas pessoas. Só pode adotar conjuntamente se forem casadas ou se viverem em união estável. Podem também adotar conjuntamente os divorciados, os judicialmente separados e os ex companheiros, desde que concordem com a guarda e o regime de visitas e contando que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda que justifique a medida.
3. Adoção unilateral: é a adoção pelo padrasto ou madrasta.
4. Adoção póstuma ou post mortem: é a adoção que ocorre quando o adotante falece no curso da adoção. Terá continuidade se ficou claro o desejo de adotar. O adotado pode, após completar 18 anos, ter o direito de conhecer sua origem biológica, bem como o de obter o acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes. Se ainda não atingiu 18 anos, deve ser assegurada assistência jurídica e psicológica.
5. Adoção homo afetiva: ECA não prevê, mas a justiça autoriza. Casal de namorado gay não pode adotar pois eles são namorados e namorado não pode adotar, precisa de união estável.
6. Adoção por casais separados ou divorciados: é possível desde que o estágio de convivência tenha se iniciado durante a constância da união e que haja acordo quanto a guarda e visita.
7. Adoção internacional: artigo 51 – é a adoção que ocorre quando o adotante é domiciliado ou residente fora do Brasil. A adoção realizada por estrangeiros, por si só, não se qualifica como internacional. O critério empregado é o local de domicilio dos postulantes. Brasileiros residentes no exterior submetem-se às regras da adoção internacional, embora tenham primazia diante dos estrangeiros. Estrangeiros residentes no brasil submetem-se às regras da adoção nacional. Não tem a ver com nacionalidade e sim domicilio. A adoção nacional tem preferencia sobre a internacional. Assim, o pai que estiver morando no Brasil tem preferencia sobre a adoção. O brasileiro tem preferencia na adoção internacional. O cumprimento do estágio de convivência é obrigatório.
8. Adoção intuito personae: é a adoção fora da fila do cadastro.
- Estágio de convivência: é o período em que a criança ou o adolescente fica com o adotante para verificar a formação dos laços sócio afetivos. A adoção nacional não tem prazo mínimo. Já a adoção internacional tem prazo mínimo de 30 dias, a ser cumprido em território nacional. Poderá ser dispensado na hipótese de o adotando já estar sob guarda legal ou tutela do adotante durante tempo suficiente para se avaliar a convivência da constituição do vinculo.
Regras gerais da família substituta
Artigo 28.
1. Concordância da criança ou do adolescente: depende da idade. Se for menor de 12 anos, será ouvido sempre que possível. Se for maior de 12 anos, é imprescindível o consentimento colhido em audiência.
2. Irmão devem ficar preferencialmente juntos, salvo situação excepcional plenamente comprovada.
3. Índios e quilombolas: ficarão preferencialmente no seio de sua comunidade.
ATO INFRACIONAL – PARTE PENAL DO ECA
Artigo 103 ECA. Considera-se ato infracional a conduta que, praticada por criança ou adolescente, é definida em lei como crime ou contravenção penal. Se um adulto pratica é crime de roubo, se um adolescente pratica é ato infracional, sanção, medida socioeducativa. O que para o adulto é infração penal para o adolescente é ato infracional. O ECA vai pegar do CP a definição dessas condutas, somente vai trocar a consequência, que no CP é pena e no ECA é medida socioeducativa.
a) Criança: menor de 12 anos. Se a criança praticar o ato infracional, ela não pode receber medida socioeducativa, ela somente pode receber as chamadas medidas de proteção que não tem caráter de sanção e, entre elas não esta a FEBEM, pois internação é medida socioeducativae criança somente pode receber as medidas de proteção previstas no artigo 101 do ECA que são: encaminhamento aos pais ou responsável; matricula obrigatória em ensino fundamental. Para criança, nunca pode ser aplicada medida socioeducativa. A criança é encaminhada ao Conselho Tutelar, para que ele aplique as medidas de proteção.
b) Adolescente: O adolescente é encaminhado para a autoridade judicial ou adolescente também pode receber as medidas de proteção. Assim, o adolescente pode receber medidas quaisquer. Somente pode receber as socioeducativas, adolescentes que tenham praticado ato infracional.
A idade que importa é a do momento em que ocorreu o fato, a idade no dia da ação ou omissão – Teoria da atividade.
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS – não privativas de liberdade
Artigo 112 ECA – praticadas somente para os adolescentes.
São chamadas de medidas em meio aberto, pois não priva a liberdade.
1. Advertência: artigo 115 ECA – consiste em uma admoestação oral que será reduzida a termo.
2. Reparação dos danos: sanção por ato infracional. Promova o ressarcimento dod ano, ou, por outra forma, compense o prejuízo causado à vitima. Artigo 116 ECA.
3. Prestação de serviços comunitários: artigo 117 do ECA. O juiz pode aplicar essa medida por no máximo 6 meses com jornada semanal de oito horas.
4. Liberdade assistida: ainda não foi privado da liberdade, apenas terá assistência. O juiz designa para ela um orientador nomeado pelo juiz que vai acompanhar o adolescente na sua vida familiar, comunitária e escolar. O prazo é de no mínimo 6 meses.
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS – privativas de liberdade
Essas duas medidas podem transcender pessoas de 18 anos, ou seja, pode se aplicar para pessoas acima dos 18 anos em casos especial, para ate pessoas de 21 anos de idade. No momento da aplicação da medida, o juiz as aplica sem prazo determinado, prazo interno, em aberto. O tempo pode chegar a 3, mas é aplicada sem prazo pois se a pessoa tiver bom comportamento pode sair antes de 3 anos. Durante a execução da medida é que ira avaliar o desenvolvimento da pessoa, podendo acabar com a medida ou prorroga-la até 3 anos. Durante a execução, a lei impõe que seja feita uma reavaliação da medida a cada no máximo 6 meses. Não pode chegar a 6 meses sem que tenha tido pelo menos uma medida. Depois do juiz reavaliar, surgira quatro possibilidades:
1. Determinar ou decidir pela liberação do adolescente e consequentemente extinguir a execução. Isso raramente acontece após os primeiros 6 meses.
2. Substituição da internação por outra medida mais branda. Chamada de progressão das medidas socioeducativas, pois ele passou de uma medida mais intensa para uma mais branda.
3. Manter a medida, por tempo indeterminado, até a próxima reavaliação. O juiz pode a cada reavaliação ficar mantendo, mas o limite para a manutenção sucessiva das reavaliações é de 3 anos. 3 anos é limite de cumprimento e não prazo de aplicação. Pode chegar a 3 anos desde que ele não complete 21 anos antes disso, pois se completar 21 anos ainda que não alcançado os 3 anos, a liberação se torna compulsória.
a) Semiliberdade: privação parcial de liberdade. Parte do dia solto e parte do dia recolhido na entidade socioeducativa. Baseado em confiança e senso de auto responsabilidade. Vai se recolher na entidade a noite e de fim de semana. Pode as vezes a noite ir dormir na casa dos pais, mas todo dia precisa passar parte do dia na entidade.
b) Internação na fundação casa – FEBEM: é a única medida que tem cabimento taxativo, pois expressamente previsto em lei. Depois dos 21 anos, surge a chamada liberação compulsória, ou seja, quando completar 21 anos de idade o juiz será obrigado a soltar a pessoa. Quem chega aos 21 anos esta cumprindo as consequências do que ele praticou enquanto era adolescente, isso é feito para que não haja garantia de punibilidade quando se comete o crime próximo aos 18 anos. Se quando a pessoa cometeu o crime ela já tinha mais de 18 anos, responderá como adulto pelo CP.
Se o cara conseguir ficar foragido até os 21 anos, não pode mais internar ele – prescrição etária.
Se ele cometeu o crime aos 19 anos, pode internar.
As medidas socioeducativas de internação e semi liberdade são aplicadas na sentença, sem prazo determinado, devendo a sua necessidade ser reavaliada a cada no máximo 6 meses. A aplicação se da sem prazo, mas o cumprimento pode chegar a 3 anos.
Por ocasião da reavaliação, a medida pode ser mantida, sucessivamente ate o limite total de 3 anos e desde que o sujeito não complete 21 anos antes disso.
Adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão tratamento individual e especializado, não serão submetidos a medidas socioeducativas.
CABIMENTO TAXATIVO DA INTERNAÇÃO
Artigo 122 ECA. Só se aplica à internação, pois às demais são livremente aplicáveis. É possível a internação quando se tratar de ato:
1. Cometido ou praticado com violência ou com grave ameaça à pessoa.
Ex: atos equiparados a crimes de roubo, homicídio, estupro. Para ato equivalente a furto não é cabível internação como medida socioeducativa, podendo ser aplicada qualquer uma das outras cinco medidas. E se ele for pego praticando ato equivalente à trafico de drogas? O trafico de drogas para o adulto é crime equiparado ao hediondo, mas o requisito que o ECA elege para poder caber ou não a internação é se tem violência ou grave ameaça à pessoa e no caso do trafico de drogas não existe essa violência. Juiz aplica sem prazo até o limite de 3 anos.
2. Configurada reiteração no cometimento de atos graves: a palavra reiteração, que é fazer de novo, é pensada do segundo ato em diante. Assim, se praticar 3 atos ele pode ser internado. Trafico de drogas entra nesse caso, mas somente depois de 3 vezes, no mínimo 2. Juiz aplica sem prazo até o limite de 3 anos.
3. Descumprimento reiterado e injustificável de outra medida anteriormente aplicada: chamada de internação com prazo determinado ou internação sanção. Assim, uma vez aplicada a mediada por sentença em processo de conhecimento, cabe ao adolescente a ela submeter-se, independentemente de sua vontade. Se assim não o fizer poderá sujeitar-se à internação sanção, cujo prazo de duração poderá chegar a 3 meses. A reiteração pressupõe mais de 3 atos. Poderá internar em razão do descumprimento reiterado e injustificável de outra medida anteriormente aplicada. Se vai internar porque ele esta descumprindo outra medida é porque a outra medida não era a internação. A ideia é que na sentença o juiz aplicou uma medida mais branca, mas o sujeito vem descumprindo a medida de forma retirada, desse modo, o juiz decidira pela internação breve a fim de fazer com que o sujeito seja obrigado a cumprir a medida e conscientiza-lo, convence-lo de que ele deve cumprir a medida anterior. Ira internar por no máximo 3 meses e depois o sujeito volta a cumprir a medida anteriormente aplicada. Antes do juiz aplicar a sanção ele deve ouvir o adolescente, pois se isso é sanção por ter descumprido outra, não pode aplicar nova sanção sem o contraditório e ampla defesa. Assim, deve-se ouvir o adolescente em audiência para que ele possa justificar o porque descumpriu a medida. Antes de aplicar a internação sanção o juiz deve ouvir o adolescente permitindo assim que ele possa justificar o descumprimento alegado, pois se esse descumprindo foi justificado, não se aplica sanção.
4. Internação provisória: é aquela internação aplicada antes da sentença e é provisória pois antecede a decisão definitiva. O limite é o de 45 dias, se nesse período não sobrevier sentença o juiz terá de soltar o adolescente. Esse prazo é improrrogável. Se der o prazo tem que soltar o adolescente para que ele aguarde em liberdade a sentença que lhe condenará.

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