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Fichamento de Português

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – CAMPUS QUEIMADOS
	Título do trabalho: A língua portuguesa e o mercado de trabalho: um olhar sobre as relações entre o domínio do próprio idioma e o êxito profissional.
	Nomes: Crissia Farias Santos 
 Debora Cristina de Senna Rosa Oliveira
 Lorrany Dias Chedid
	Matrículas:
201601117442
201601540213
201602086451
	Professora: Bianca C. L. Manoel
	Data: 21/10/2016
 
	Disciplina: Português Instrumental
	Curso: Administração
	Turma:
 3033
	Nota atribuída: 
A língua portuguesa e o mercado de trabalho: um olhar sobre as relações entre o domínio do próprio idioma e o êxito profissional
	“Este artigo tem como objetivo apresentar como essa realidade interfere no mercado de trabalho” (p.1)
	“Em tempos não muito distantes, o profissional era avaliado pelo seu conhecimento técnico em determinada área. Hoje isso não é suficiente” (p.2)
	“A capacidade de comunicação oral e escrita vem se apresentando como competência fundamental para as necessidades exigidas pelo mercado de trabalho. O indivíduo que não expressa claramente suas ideias ou não consegue estabelecer bons vínculos de relacionamento profissional, seja com seus superiores ou até mesmo com colegas de trabalho, com certeza fica aquém daquele que tem maior facilidade de expressão e consegue ter um bom relacionamento interpessoal” (p.2)
	“Constata-se, assim, que o domínio linguístico está sendo cada vez mais usado como estratégia para selecionar profissionais que correspondam às exigências do mundo profissional, nos dias atuais” (p.2)
	“[...] o fato é que muitos brasileiros saem da escola sem ter aprendido, efetivamente, a utilizar a norma padrão da nossa língua e, sendo assim, acabam por surpreender-se quando esbarram em suas próprias dificuldades nos concursos e seleções da vida” (p.3)
	“Segundo DeAquino[...]“o mundo moderno, de modo geral, e o mundo dos negócios, de modo particular, exigem das pessoas um constante aprendizado, para que elas obtenham cada vez mais sucesso ou, no mínimo, não se sintam marginalizadas e sem oportunidades"” (p.3)
“E o mercado profissional não foge a essa regra. É cada vez mais necessária uma constante atualização, é preciso desenvolver competências pertinentes a cada área de atuação. 
Os que seguem essas regras são classificados como bons profissionais” (p.3)
	“A competitividade do mercado de trabalho atual é gritante. E só se sobressaem aqueles que realmente estão capacitados, em todos os sentidos. Os que não estão preparados, realmente ficam à margem, não têm oportunidade que os alcance” (p.4)
	“Atualmente, pesquisas mostram que a linguagem oral e a escrita têm sido contempladas nos processos de recrutamento e seleção de pessoal” (p.4)
	“O profissional que as instituições procuram deve ser versátil, proativo e multifuncional. Nesse âmbito, a competência comunicativa – capacidade de assimilar, organizar e transmitir informações com eficácia – tornou-se um pré-requisito altamente valorizado no mundo empresarial. Esse perfil tem sido objeto de estudo de vários profissionais da linguagem” (p.4)
	“Segundo Peres (2005, p. 31), o “domínio da língua” diz respeito à
[...] capacidade de organizar e transmitir informações; expressar bem; apresentar e defender projetos; acentuação; pontuação e repetição de palavras; falar e escrever bem; não cometer deslizes gramaticais, erros ortográficos ou de concordância; clareza nas ideias, evitando ambiguidades” (p.5)
	“No que diz respeito à visão empresarial acerca dos funcionários que não dominam o próprio idioma, Peres (2005, p. 36), citando Mauro Silveira, editor da Revista Você S/A, afirma que[1: Mauro Silveira é jornalista, especializado em carreira e desenvolvimento profissional, editor da revista Você S/A e coordenador do Guia Exame – As 100 melhores empresas para trabalhar.]
	[...] as empresas estão muito preocupadas com as escorregadelas e, em alguns casos, com os verdadeiros tombos que seus profissionais estão levando na hora de escrever ou mesmo falar em “bom português”. [...] a pouca intimidade com o idioma por parte de inúmeros profissionais pode ser claramente notada pelos “erros grosseiros” presentes nos currículos recebidos pelos selecionadores e consultores de carreira. Erros como acentuação, pontuação e repetição de palavras são apontados como fatais para a reprovação do candidato. [...] quando um profissional comete um erro grave de português, seja falando ou escrevendo, as pessoas começam a duvidar de suas qualificações, por melhores que elas sejam” (p.5)
	“Aqui cabe outra observação pertinente. A reflexão proposta neste artigo apresenta uma palavra que chama a atenção: dominar” (p.5)
	“Esse verbo era frequentemente usado em situações de guerra, pois se trata de um termo bélico. Peres (2005, p. 38) observa que “são termos como este que constroem para o mundo do trabalho a metáfora do campo de batalha, onde os trabalhadores lutam, inclusive discursivamente, para conquistar seu espaço na intensa luta pela sobrevivência” (p.5)
	“O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que avalia o desempenho escolar em âmbito mundial, mostra que o Brasil ocupa a 49ª posição (dentre 65 países participantes) no que diz respeito à proficiência da língua e leitura. Além disso, 15% dos jovens entre 15 e 24 anos são analfabetos funcionais, ou seja, sabem ler e escrever, mas são incapazes de interpretar. Já os alunos do Ensino Básico, na avaliação do Saeb / Prova Brasil, não conseguem alcançar a média 6,0. Isso nos remete ao desafio diário dos professores de português, que precisam formar alunos que consigam transitar facilmente entre o que é coloquial e o que é culto” (p.6)[2: Dados obtidos em 2011]
	“É cada vez mais comum observarmos que instituições de Educação Profissional incluem em sua programação cursos voltados ao ensino da língua portuguesa, além de outros idiomas” (p.6)
	“Esses cursos têm o objetivo de dar suporte aos profissionais que apresentam as dificuldades aqui relatadas, a fim de que estes alcancem o êxito em suas profissões” (p.6)
	“A demanda dos cursos de língua portuguesa vem crescendo consideravelmente, a exemplo de cursos como Leitura e interpretação de textos e Português para concursos” (p.7)
	“Percebe-se, assim, que as pessoas estão percebendo a importância de dominar o próprio idioma no intuito de alcançar o êxito profissional tão desejado, melhorando a sua capacidade de comunicação e expressão” (p.7)
	“Lecionar para adultos é algo desafiante, pois lidamos com pessoas que trazem consigo uma bagagem cultural consolidada, experiências vividas e opiniões já formadas e, muitas vezes, solidificadas” (p.7)
	“Os princípios da andragogia auxiliam muito na tarefa de lidar com esse público específico. Sobre esse assunto, DeAquino (2011, p.11), citando Malcolm Knowles , afirma que[3: Malcolm Knowles (1913 – 1997) foi o mais importante representante da área de educação de adultos na segunda metade do século XX. Os principais trabalhos e a história da educação de adultos dos Estados Unidos foram escritos por ele. Seus trabalhos foram fundamentais, pois orientavam os educadores de pessoas adultas a assumirem uma postura de “ajudar pessoas a aprender”, e não apenas “ensiná-las”.]
	A ‘andragogia’, inicialmente definida como a arte e a ciência de ajudar os adultos a aprender, apresenta-se, atualmente, como uma alternativa à pedagogia e refere-se à educação centrada no aprendiz para pessoas de todas as idades. No modelo andragógico de aprendizagem, a responsabilidade pela aprendizagem é compartilhada entre professor e aluno, o que cria um alinhamento entre essa abordagem e a maioria dos adultos, que busca independência e responsabilidade por aquilo que julga ser importante aprender” (p.7)
	“DeAquino (2011) cita as diversas metodologias andragógicas para a aprendizagem, e também as diversas habilidades e estilos de aprendizagem. Dentre as abordagens feitas por ele, podemos citar a aprendizagem facilitada, confrontada com a aprendizagem direcionada”(p.8)
	“Sobre a aprendizagem direcionada, ele afirma:
	Na aprendizagem direcionada, centrada no professor, a abordagem é tradicional, implementada com aulas expositivas, nas quais a participação dos alunos, tanto na decisão daquilo que deve ser aprendido quanto na aplicação dos conhecimentos transmitidos, é bastante restrita. Os professores do ensino superior, de modo geral, encontram-se bastante familiarizados com essa abordagem e, muitas vezes, veem a aprendizagem centrada no professor como a forma correta e única de atingir os alunos e fazê-los aprender” (p.8-9)
	“Na aprendizagem facilitada, o foco é outro:
	Se, no entanto, considerarmos que cada grupo de alunos tem suas próprias características e objetivos, e que muitos deles trazem, para o ambiente de estudo, experiências e expectativas pessoais que podem influenciar o processo de aprendizagem como um todo, é fundamental que estejamos prontos para escolher a posição mais adequada no contínuo pedagógico-andragógico. Para tanto, é essencial uma maior familiaridade, por parte dos educadores, com a abordagem facilitada, ou centrada no aprendiz, que está mais próxima da extremidade andragógica de nosso contínuo de aprendizagem” (p.9)
	“[...]a metodologia do desenvolvimento de competências
	[...] foi desenvolvida para apoiar a capacitação de docentes de educação profissional, e constitui uma síntese dos mais comuns métodos centrados na iniciativa e na atividade dos educandos. É uma alternativa para o desenho de situações de aprendizagem, e não de aulas magistrais. Em cada situação de aprendizagem são propostos sete passos: contextualização e mobilização; definição da atividade de aprendizagem; organização da atividade de aprendizagem; coordenação e acompanhamento; análise e avaliação da atividade de aprendizagem; outras referências; e síntese e aplicação” (p.9)
	“A metodologia de desenvolvimento de competências, centrada no aluno (aprendizagem facilitada), superou a aprendizagem direcionada (tradicional), de forma especial no âmbito da Educação Profissional” (p.9) 
	“O mercado exige dos profissionais o preparo técnico[...] a capacidade de comunicar-se 
e estabelecer relações interpessoais, o que está intrinsecamente ligado à 10 capacidade linguística. Essa capacidade é o diferencial, que dá ao profissional a chance de se sobressair dentre os demais concorrentes” (p.9-10)
	“Diante disso, o uso adequado da linguagem falada e escrita (leia-se norma culta da língua portuguesa), tem sido fator determinante para o ingresso e a permanência de diversos profissionais no mercado de trabalho. Por outro lado, percebe-se que há uma deficiência evidente quanto à compreensão, e até mesmo o conhecimento, das regras que regem a nossa língua, tornando cada vez mais urgente, para profissionais de todas as áreas, a busca pelo aperfeiçoamento” (p.10)
Referências Bibliográficas
BISPO, Dalila Santos. A Língua Portuguesa e o Mercado de Trabalho: Um olhar sobre as relações entre o domínio do próprio idioma e o êxito profissional. In: 6º Encontro de Formação de Professores / 7º Fórum Permanente de Inovação Educacional (Edição Internacional), Aracaju- SE, 2013.

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