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BILINGUISMO E O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NO ÂMBITO ESCOLAR
Elizabete Maria Álvares dos Santos[footnoteRef:1] [1: Graduanda do curso de Letras/Inglês, da Universidade Estácio de Sá, 2022.] 
RESUMO
Trata-se de discussão sobre o inglês como segundo idioma após o término da Educação Básica. Logo, tem o objetivo de mostrar o quão importante é esse componente curricular. Como tal, observa-se a necessidade de capacidade das instituições de ensino para ensinar o inglês, bem como a disparidade social que um idioma causa em um ambiente de vivência adulta a exemplo da vida profissional. Essa modalidade curricular, foi escolhida como uma seleção de fatores de outras ilustrações curriculares possíveis de serem alcançadas na Educação Básica. Vimos que o ensino da língua inglesa deixa a desejar em sua capacidade de alcance, demonstrando que ela não se restringe somente à Educação Básica e que é necessário aprofundamento ou, em muitas situações, total aprendizado em instituições privadas, destinadas a esse fim.
Palavras-Chaves: Bilinguismo. Inglês no Currículo Escolar. Educação Básica. Formação Profissional.
ABSTRACT
This work is a discussion about English as a second language after finishing Basic Education. Therefore, it aims to show how important this curricular component is. As such, there is a need for the capacity of educational institutions to teach English, as well as the social disparity that a language causes in an environment of adult living, such as professional life. This curricular modality was chosen as a selection of factors from other possible curricular illustrations to be achieved in Basic Education. We have seen that the teaching of the English language leaves something to be desired in its ability to reach, demonstrating that it is not restricted only to Basic Education and that it is necessary to deepen or, in many situations, complete learning in private institutions, intended for this purpose.
Keywords: Bilingualism. English in the School Curriculum. Basic Education. Professional Qualification.
INTRODUÇÃO
O estabelecimento da função escolar é diretamente impactado pela evolução da atividade de subordinação corporativa, pela atividade de aprendizagem que nela se baseia e pela idade do aluno (se ainda está na escola ou é adulto).
É mais do que apropriado discutir a modificação de uma abordagem educacional que se mostrou ineficaz no que diz respeito à aquisição de uma segunda língua. De acordo com a Revista Brasileira de Ciências Sociais (2000), o Brasil é o país com o maior nível de desigualdade, considerando que apenas um pequeno número de estudantes é bem-sucedido em programas intensivos de idiomas e que a mobilidade social obstrui as possibilidades pedagógicas, sendo assim é mais do que apropriado discutir a modificação de uma abordagem educacional.
Embora se reconheça que o inglês é uma disciplina que deve ser contemplada nos programas da Educação Básica, observa-se também que as instituições de ensino nessa área são frágeis, obrigando a maioria dos alunos a se matricular em aulas particulares ou em Escolas de idiomas, a fim de aprender o idioma de forma efetiva, com resultados satisfatórios, de acordo com as exigências da academia e do mercado de trabalho.
Portanto, este artigo tem como principal objetivo o de examinar o valor de conhecer a língua inglesa e seu impacto na vida adulta, sem desconsiderar o aprendizado do currículo obrigatório da educação básica através da demonstração da relevância da segunda língua na vivência adulta, os métodos de educação bilíngue e métodos alternativos que possam melhorar o ensino da língua inglesa.
Para tanto, utilizou-se uma abordagem de análise documental da bibliografia com base em artigos acadêmicos, teses e livros pertinentes ao tema, realizando pesquisas teóricas e analisando por meio de conteúdos bibliográficos (incluindo: lyrics e/ou biblioteca da Estácio de Sá, dentre outras).
Para garantir o domínio suficiente da leitura, fala, escuta e escrita em uma língua estrangeira, é fundamental reformular as abordagens de ensino existentes. Por não preparar os alunos para a vida profissional ou experiência em outro idioma, a educação gratuita fica ainda bem mais para trás.
Fica evidente que na prática de sala de aula os alunos poderiam estar aprendendo uma segunda língua como resultado do procedimento de alfabetização, mas na verdade isso não ocorre. Além disso, os estágios da educação infantil não incluem com incidência a instrução no idioma inglês.
Isso leva a uma formação insatisfatória, que confere uma vantagem injusta quando na vida adulta àqueles que não têm acesso ao mercado de trabalho em função da formação complementar, como por meio de cursos particulares.
Portanto, devido à transitoriedade da segunda língua na Educação Básica, recursos lúdicos e outros métodos de ensino mais dinâmicos poderiam ser utilizados na educação infantil para facilitar o desenvolvimento precoce da aprendizagem da língua inglesa, a familiarização efetiva dos alunos como material e uma melhor compreensão da segunda língua.
Logo, é crucial discutir os métodos de instrução, que frequentemente não conseguem preparar os alunos do Ensino Básico para a vida adulta numa sociedade plurilingue.
Por fim, verificou-se que, na prática educativa, é possível que os alunos possam vir a adquirir uma segunda língua a partir do momento em que começam a ler.
GARANTIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PELO PODER PÚBLICO
Antes de ser um privilégio e complementado na sala de aula, a educação é um aspecto fundamental do ser humano e um pré-requisito necessário para prosperar em um ambiente social.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB nº 9.394/96, o objetivo do ensino fundamental e médio é preparar os alunos para a educação continuada e o local de trabalho, ensinando-lhes as habilidades necessárias para se tornarem membros produtivos da sociedade. Para fazer isso, a Educação Básica é dividida em três níveis: pré-escolar, primária e intermediária.
"O Ensino Fundamental é dever do Estado e do Município", conforme dispõe o artigo 211, da Constituição Federal de 1988 - CF/88, revisado pela Emenda Constitucional 14/1996. A Seção 2 aponta ainda que a educação primária e infantil está sob a alçada dos municípios, enquanto a educação secundária está sob a alçada dos estados.
Ainda com relação à garantia de educação básica pelo poder público, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017, p.199), documento que versa sobre a obrigatoriedade do ensino de Língua Inglesa, aprender esse idioma propicia a “[...] participação dos alunos em um mundo social cada vez mais globalizado e plural, em que as fronteiras entre países e interesses pessoais e transnacionais estão cada vez mais difusas”.
Dito isso, ao observar que o idioma inglês carrega consigo o status de língua internacional de negócios e diplomacia, é crucial reconhecer seus méritos. Dada essa presunção, é óbvio que a educação básica deve dedicar mais recursos a essa área, permitindo que os alunos comecem a aprender uma segunda língua em tenra idade como meio de melhorar sua capacidade de assimilar e usar o inglês em suas vidas diárias.
Assim, é de enorme importância para o crescimento cultural, científico e tecnológico dos estudantes brasileiros que eles comecem a estudar inglês na primeira infância, em escolas pública, clile reformular procedimentos instrucionais que realmente incorporem e motivem os alunos.
A história de cada pessoa também é moldada por esse processo, uma vez que todos nós temos que aprender com as experiências daqueles que vieram antes de nós, ao mesmo tempo em que avançamos com nossa própria visão única do mundo e os objetivos que esperamos alcançar nele. A educação é responsável por fomentar esse tipo de apropriação e equipar os alunos com os meios para que eles desenvolvam e aprimorem seus próprios objetivos.
O Papel Social da Escola
Segundo Saviani (1986), ser cidadão:
Significa ser sujeito de direitos e deveres. Cidadão é, pois, aquele que está capacitado a participar da vida da cidade literalmentee, extensivamente, da vida da sociedade (...); ser cidadão significa, portanto, participar ativamente da vida da sociedade moderna, isto é, da sociedade cujo centro de gravitação é a cidade. (SAVIANI, 1986, p.76)
Para que a visão do autor de uma sociedade verdadeiramente democrática se torne realidade, a informação que a humanidade reuniu ao longo da história deve ser tornada acessível a todas as pessoas de forma que não comprometa a sua qualidade ou o seu valor.
Saviani (1986) argumenta que, para que um aluno adquira uma visão de mundo científica, a escola deve servir como mediadora entre o "senso comum e a consciência filosófica/crítica".
O currículo nas escolas deve servir como um mediador entre essas duas visões de mundo, enfatizando a comunicação e o desenvolvimento do conhecimento que está interligado e relevante para o mundo em que o homem moderno vive.
Discutir a formação de educadores no curso das atividades escolares regulares requer situar essa questão no quadro mais amplo da democratização da educação e da sociedade brasileira, ou seja, tomar a própria educação às escondidas, como um meio para alcançar um objetivo, e não o contrário.
É vital ter em mente que a formação de professores em serviço não resolverá o problema da democratização da sala de aula por si só, mas desempenhará um papel crucial na construção do sistema escolar público brasileiro.
Supõe-se que tanto o aluno quanto o professor participarão da formação da prática pedagógica, tornando-a uma interação dialógica, dinâmica, contínua e primordialmente crítica que busca recuperar a cultura e a cidadania dos sujeitos envolvidos.
Assumindo que o ser humano deve construir sua própria existência, Saviani (1986) argumenta que o educador deve se esforçar para compreender o significado fundamental da educação: suas ferramentas e formas. Ele deve passar pelo processo de se tornar humano; ninguém nasce assim. A educação só é viável por causa da capacidade de resposta dos homens, sua capacidade de aprender, ensinar e educar outros homens.
Dessa forma, a visão do educador sobre a educação determina sua posição social, seja como agente transformador ou apenas como executor dos objetivos e crenças do sistema que hoje domina nossa sociedade.
Hoje, mais do que nunca, cabe a este especialista arcar com o fardo de proporcionar aos alunos uma educação que lhes permita realizar todo o seu potencial, adquirir novas habilidades, tornar-se um membro ativo da sociedade que compreenda suas responsabilidades e esteja equipado a fim de contribuir para a construção de uma sociedade mais equitativa e justa.
Para Libâneo, a educação escolar:
deve compreender o conjunto de processos, influências, estruturas, ações, que intervêm no desenvolvimento humano de indivíduos e grupos na sua relação ativa com o meio natural e social, num determinado contexto de relações entre grupos e classes sociais, visando à formação do ser humano. a educação é, assim, uma prática humana, uma prática social, que modifica os seres humanos nos seus estados físicos, mentais, espirituais, culturais, que dá uma configuração à nossa existência humana individual e grupal. (LIBÂNEO, 2002, p.64).
Todo tipo de escolaridade repousa sobre uma base sociocultural, e o ritmo e as adaptações dessa fundação são, por sua vez, determinados pelas corcovas que são criadas na maneira como a história se desenrola ao longo do tempo.
Dependendo de sua frequência e escala, as ocorrências históricas podem gerar grandes ou pequenos choques nas instituições sociais e em seus atores, levando a desconforto e incerteza individuais e sociais.
A instituição moderna de ensino básico está gravada nessa paisagem de instabilidade sociocultural provocada por rápidas mudanças na economia global, na cultura popular, na estrutura governamental e nas capacidades tecnológicas.
No entanto, o sistema educacional vigente não atendeu aos requisitos do período. Tendências econômicas, culturais e sociais no mercado criam ameaças concorrentes e se intrometem no destino de indivíduos e países. Apesar de suas diferenças, a globalização econômica, as iniciativas culturais pós-modernas e os movimentos sociais que procuram uma posição na sociedade olham para a educação como uma ferramenta para a mudança. Todo mundo quer ter certeza de que tudo funciona bem, então eles estão procurando uma marca respeitável.
Esses argumentos o sistema educacional de hoje não pode ignorar. Para começar, sua perspectiva coloca o ônus da qualidade diretamente sobre os ombros do educador, vendo-o como o principal agente do processo de ensino e aprendizagem.
As escolas e os professores servem a um propósito social quando equipam os alunos de origens desfavorecidas com uma compreensão do mundo e de seu povo que lhes permite participar de forma mais eficaz nos intercâmbios sociais, políticos e culturais que caracterizam a sociedade contemporânea.
A ascensão do nível cultural das massas em um esforço para torná-las compatíveis com o desenvolvimento e a expansão das forças produtivas da sociedade tem resultados paradoxais. A alfabetização é o primeiro passo para obter acesso aos códigos dominantes, que podem ser usados para ensinar sobre direitos e responsabilidades e como exigi-los, bem como criar novas ordens. A reprodução, tal como definida por Marx (1971), refere-se à constante reorganização das condições e relações de produção que são mantidas por todo processo social.
Libâneo (2002) argumenta que um dos principais objetivos da educação deve ser o de transformar a escola em uma comunidade de aprendizes na qual os alunos sejam vistos como participantes ativos que possam ter trocas significativas entre si, com objetos inanimados e com o mundo em geral; os alunos devem ter a oportunidade de desenvolver as habilidades sociais essenciais para aprender sobre as experiências e os direitos dos outros e participar de esforços em grupo como resultado de ter mais tempo para refletir sobre suas próprias ações, adquirir novas informações e trabalhar com desafios.
A aprendizagem ocorre em qualquer lugar e a qualquer momento com outras pessoas. Se o objetivo da educação é preparar os alunos para a vida em um contexto social e comunicativo, então é desanimador ver as escolas tomarem uma postura defensiva ao lidar com os conflitos e problemas sociais dos alunos, em vez de fornecer-lhes lugares seguros para processar seus sentimentos, desenvolver soluções e seguir em frente.
A constatação de Siman (2004, p.85) de que a língua e a cultura são facilitadoras desse processo de formação da aprendizagem é outra adição digna de nota. O autor argumenta que o conhecimento histórico é complicado por natureza e é construído gradualmente ao longo do tempo, gerado por matrizes culturais e linguísticas no contexto das interações sociais. O ato de construir conhecimento, em outras palavras, não é uma transação que ocorre imediatamente entre o conhecedor e o conhecido. A linguagem, os sinais e os instrumentos servem como ferramentas psicológicas que mediam o comportamento do homem, permitindo-lhe ter acesso ao ambiente físico e social.
A IMPORTÂNCIA DO BILINGUISMO NAS FORMAS EDUCACIONAIS
A educação é a base da sociedade, e é através da educação que as mentes de muitas pessoas, que podem perseguir uma variedade de trajetórias, são moldadas. Para este fim, é claro que os anos de formação da educação de uma pessoa são cruciais, uma vez que é durante esses anos que as bases para o resto de suas vidas são lançadas. O sucesso das sociedades depende da qualidade de sua educação primária, o que pode alterar o curso de sua nação, Rocha (2020).
A capacidade de falar uma segunda língua não só diferencia um aluno de seus colegas de classe, mas também é uma ferramenta extremamente útil quando eles entram no mercado de trabalho. O desenvolvimento intelectual de uma pessoa é grandemente auxiliado por sua capacidade de falar mais de uma língua. Isso ocorre porque aprender uma segunda língua não só aumenta o vocabulário em sua língua nativa, mas também torna possível ter uma compreensão mais profundae precisa das informações que são escritas em uma língua que não é sua língua materna.
Uma pessoa é considerada bilíngue se for "capaz de falar duas línguas igualmente bem, porque as utiliza desde muito cedo", como afirma a definição fornecida pelo Dicionário Oxford, citada por Megale (2005, p.1). De acordo com Bloomfield, que define bilinguismo como ser capaz de se comunicar fluentemente em duas línguas, é um equívoco comum que ser bilíngue significa ser capaz de falar ambas as línguas corretamente, mas adequado se torna: “o controle nativo de duas línguas” (BLOOMFIELD, 1935 apud HARMERS; BLANC, 2000, p.6).
Por causa disso, muitos professores, particularmente aqueles que instruem os alunos em outras línguas, não conseguem apreciar o poder da propriedade de uma segunda língua. Uma vez que a segunda língua seria abordada em maior detalhe, esta seria uma estratégia eficaz para promover o bilinguismo e garantir que os alunos sejam expostos à língua inglesa desde o momento em que são crianças.
Dito de outra forma, o papel do educador é essencial para a conclusão do processo educativo. É de sua inteira responsabilidade demonstrar aos alunos a importância em ser fluente numa segunda língua, particularmente na sociedade de hoje, à luz das inúmeras oportunidades de interação e comunicação que estão se tornando mais prontamente disponíveis para os indivíduos (Marzari e Gehres, 2015).
No entanto, a realidade do ambiente educacional não confirma essa afirmação. A grande maioria dos alunos não tem absolutamente nenhum interesse em estudar a língua inglesa. Além disso, não há especialistas qualificados suficientes, nas escolas,
 disponíveis para modificar o sistema existente, o que resulta em um ciclo interminável de deficiência linguística baseada no comoditismo que não pode ser quebrado.
À luz das informações apresentadas acima, fica claro que a única vez que uma pessoa realmente usará sua segunda língua é quando estiver vivendo em outro país, especificamente um em que a língua em que estudou é a falada.
Isso é algo que pode ser deduzido da afirmação feita pelo Centro Cultural (2016) quando traz o entendimento de que devido à necessidade de comunicação transfronteiriça, a língua inglesa é agora mais vital do que nunca. Quando você quer estudar no exterior, viajar ou fazer negócios em qualquer lugar do mundo, você precisa aprender inglês.
O equívoco de que é preciso se mudar para uma nação onde a língua-alvo é falada, a fim de efetivamente aprendê-la, foi desmascarado. Portanto, o Centro Cultural (2016) está correto em seu entendimento quando afirma que a língua inglesa é essencial no mundo moderno devido ao papel crucial que a globalização desempenha. O inglês é a língua de instrução, viagens e comércio, bem como a língua mais frequentemente usada para se comunicar com pessoas de outros países e culturas.
Não se trata de um objetivo urgente, mas sim de uma necessidade, agregar o desenvolvimento linguístico na educação básica, aumentar o interesse pelo bilinguismo, reformular metodologias pedagógicas para o ensino da língua inglesa e prolongar a quantidade de trabalho que se pretende fazer nesse campo. Caso seja necessário, modificações devem ser feitas na atmosfera da escola se for considerado desfavorável à inserção adequada das crianças na segunda língua, o que resultaria na criação da presunção de que apenas uma língua é falada.
Métodos Ativos e Educação Bilingue
De acordo com a interpretação de Freire (2000), os instrutores só são capazes de proporcionar aos alunos uma educação de excelência se construírem seu projeto pedagógico e prático em sala de aula com as seguintes fontes de inspiração em mente:
O respeito pelo seu saber e pelo do outro; a lealdade; a isenção de preconceito e de julgamentos; a necessidade de levar a sociedade à eliminação da discriminação de sexo, gênero, raça, classe, idade, condição social; a simplicidade e a humildade a liberdade (sua e do outro); a ternura e o afeto; a solidariedade. (FREIRE, 2000).
É essencial trabalhar para estabelecer uma "ética inseparável da prática educativa". Uma batalha que se desenrola nas interações normais que ocorrem na sala de aula e possibilita que os instrutores experimentem o impacto de seu trabalho em suas próprias vidas, bem como na vida de seus alunos, diariamente. A atitude que este profissional toma em relação ao seu trabalho e aos alunos que ele instrui tem um impacto significativo na qualidade da educação que é entregue. (FREIRE, 2000).
As vantagens de falar mais de um idioma não são bem conhecidas entre os profissionais da educação, mesmo entre aqueles que instruem os alunos em segunda língua. Portanto, os alunos devem ter sua primeira interação com a língua inglesa já no jardim de infância e continuar a fazê-lo até o ensino médio, pelo menos, a fim de promover o bilinguismo através do uso de um currículo amplo.
O objetivo dos instrutores que participam do desenvolvimento profissional contínuo, quando visto de uma perspectiva histórica e social, é ajudar seus alunos a adquirir o corpus histórico do conhecimento humano. Para motivar os alunos a pensar de forma crítica e independente com as informações que recebem na escola, os professores precisam primeiro aprender a pensar por si mesmos e construir sua autonomia.
Por causa dessa mobilização, podemos supor que o problema do bilinguismo será abordado, e que a segunda língua será transmitida mais profundamente do que é nas escolas atualmente; ou seja, a quantidade de tempo alocada para aprender a língua ensinada no ensino regular é lamentavelmente inadequada em comparação com o que é realmente necessário.
Além disso, como é o professor quem estará fazendo esse acompanhamento educacional, uma cultura variada e um idioma incomum, o instrutor é essencial para o processo de auxiliar o aluno no desenvolvimento de um segundo idioma. Para fazer isso, ele deve integrar com sucesso todas as nuances da língua inglesa em seus ensinamentos de uma maneira que seja convincente.
Isso posto em função de o professor carregar consigo a obrigação de persuadir seus alunos de que aprender uma segunda língua é benéfico, particularmente no mundo moderno, com seu enorme número de alternativas sociais e de comunicação, o instrutor desempenha um papel fundamental a esse respeito. (Marzari e Gehres, 2015)
Por outro lado, é uma verdade bem conhecida que o orçamento destinado às aulas que ensinam segundas línguas é insuficiente em comparação com o que é realmente necessário para essas aulas.
Na prática, isso impossibilita o compartilhamento e o desenvolvimento do currículo para cada série, elevando a importância dos métodos de ensino adotados pelos professores, muitos dos quais são ineficientes para um ensino efetivo de alunos do ensino médio e fundamental, que normalmente se formam nessas etapas educacionais com uma média cumulativa negativa de notas. 
Neste aspecto, é essencial que os educadores utilizem uma ampla gama de estratégias instrucionais, ajustando sua abordagem de acordo com os requisitos de seus alunos e a natureza do tópico que está sendo abordado na lição. Isso ajudará a evitar que o processo de aprendizagem se torne monótono e manterá os alunos interessados no que estão sendo ensinados (Camargo, 2020).
Como os alunos que podem demonstrar que aprenderam, ao submeter a avaliações e continuar com o conteúdo de ensino, é essencial que os professores tenham conhecimento sobre as técnicas de avaliação. Mesmo que os profissionais utilizem frequentemente avaliações de conhecimento, muitas vezes não obtêm o retorno adequado do seu investimento na apropriação da segunda língua.
Em apoio a isso, é necessário que o aluno compreenda as interações dinâmicas, estáveis e contínuas que existem não apenas entre palavras e atos, mas também entre palavras, ações e contemplação. Quando acostumados com a configuração de uma escola para crianças, isso envolve basear-se em exemplos específicos extraídos da própria vida das crianças, a fim de incentivá-las a perguntar sobre os métodos que usam em seu próprio trabalho. Depoisdisso, as respostas incluiriam a atividade que serviu de impulso para a pergunta. Assim são instigados a entender sua participação como um grupo. (Freire e Faundez, 2017).
Por conta disso, a incorporação do dinamismo na metodologia de ensino de uma segunda língua, aliada à incorporação de uma estratégia que ofereça voz aos alunos no processo de aprendizagem, demonstra que há potencial de crescimento no processo de aprendizagem desse acompanhamento didático. Os alunos serão motivados a aprender porque estão curiosos sobre as respostas às perguntas que seus professores colocam, e os professores devem ser capazes de fazer essas perguntas porque eles estabelecerão as bases para a aprendizagem dos alunos, onde a discussão, o questionamento e as perguntas serão incentivados nesta ocasião. 
Apesar de haver um atraso na aprendizagem da segunda língua, que no ensino básico típico é o inglês, isso demonstra que a educação básica está inserida no fracasso pedagógico, tornando imperativo reformular as estratégias de ensino da língua estrangeira, a fim de encontrar meios e caminhos que garantam o adequado domínio da leitura, escuta, conversação e escrita, na língua-alvo.
À luz do exposto, deve-se garantir que sua metodologia esteja alinhada com seus objetivos declarados. Se quisermos que os alunos tomem iniciativa, precisamos usar estratégias instrucionais que os façam participar de tarefas progressivamente difíceis, nas quais são obrigados a fazer julgamentos e avaliar os resultados, com a ajuda de recursos pertinentes ao tópico em questão. Se quisermos que as crianças sejam inovadoras, elas terão que explorar um número infinito de oportunidades diferentes para demonstrar sua iniciativa. (MORAN, 200).
Além disso, é evidente que outros fatores, como a formação profissional e o número de cursos disponíveis para o componente curricular, contribuem para o atraso do aprendizado da língua inglesa, no ambiente educacional atual. Esse atraso não pode ser atribuído apenas ao estilo pedagógico, uma vez que outros fatores, como o número de cursos disponíveis para a componente curricular, também desempenham um papel. No entanto, o rearranjo necessário deve começar imediatamente, ou de um ponto de vista específico, onde a abordagem pedagógica seria a mais prática, uma vez que é de conhecimento geral que o desempenho do aluno é um reflexo da qualidade do ensino que ele recebeu.
Segundo Camargo (2020), seria ideal que as crianças progredissem na segunda língua e adquirissem bilinguismo na escola básica se a aprendizagem colaborativa fosse implementada. Essa estratégia é conhecida como aprendizagem entre pares, e é um método que inclui a troca de pensamentos, informações, pontos de vista ou qualquer outra coisa que seja relevante para o projeto entre os alunos, seja em formato virtual ou presencial. Como resultado, não só a capacidade de progredir em termos de coesão do grupo é reforçada, mas também a inteligência social e emocional.
Portanto, apesar do fato de ter sido gradualmente incorporada ao currículo, a instrução em inglês agora requer as aulas que são concluídas pela segunda língua. Isso inclui a instrução em um estilo que é compartilhado, bem como a instrução de educadores que inovam no método de instrução; tudo isso é feito em um esforço para diversificar a interação e a transmissão da linguística inglesa.
De acordo com essas premissas, Megale (2018, p. 5) explica que a educação bilíngue ocorre sempre que há uma demanda pelo crescimento interdisciplinar das duas ou mais línguas envolvidas, pela troca de conhecimentos entre elas e pela valorização do translinguar como ferramenta de construção de uma visão de mundo que incorpora as complexidades dos sujeitos bilíngues. Em outras palavras, a educação bilíngue ocorre sempre que há uma demanda pelo crescimento interdisciplinar das duas ou mais línguas envolvidas.
À luz disto, é essencial ficar claro que uma criança que é capaz de aprender uma língua também tem a capacidade de aprender duas línguas ao mesmo tempo se for exposta a ambas as línguas numa idade precoce. Naturalmente, existem condições específicas que precisam ser atendidas para que um processo típico de aquisição de linguagem ocorra, uma das quais é a exposição crucial. Para adquirir uma língua, é preciso primeiro estar exposto a ela; no entanto, quando há dois idiomas disponíveis, a exposição pode ser dividida; por exemplo, pode-se ouvir inglês pela metade do tempo e português pela outra metade.
A relatividade histórica precisa, ou todo o conhecimento que foi historicamente acumulado pela sociedade, é o que determina se o currículo é ou não alterado em termos de conhecimento. Isso é algo que é intrínseco ao exercício de pensar o tempo todo, de pensar sobre a técnica, de pensar sobre o conhecimento enquanto se sabe, de pensar sobre o que das coisas, para quê, para quê, o como, o para quê, quem, o contra o quê e o contra quem, que são demandas fundamentais de uma sociedade democrática. (FREIRE, 2006)
Diante disso, a adição do desenvolvimento linguístico ao currículo básico, a promoção do bilinguismo, a reformulação dos métodos pedagógicos para o ensino do inglês e o alongamento do tempo designado para essa atividade são ideais e para além disso, são necessários para transformar o atual cenário monolíngue presente no currículo da educação básica.
A Língua Inglesa e o Ensino
Para Saviani (2003) a impressão de que o grande problema de nossa deficiência educacional se resume ao problema da rigidez do modelo tradicional de ensino, mas ao aprofundarmos nossa investigação percebemos que a qualidade ruim de ensino presente nas escolas brasileiras acontece devido, em parte, tanto pela falta de estrutura educacional adequada (prédios, salários dos profissionais, Projetos Políticos Pedagógicos e etc.), quanto pela desestruturação das poucas bases presentes na pedagogia tradicional, que apesar das críticas dos escolanovistas acreditava-se piamente que através das mesmas se atingiria uma melhoria no aprendizado.
Para Saviani (2003), a escola tradicional procurava ensinar e transmitia conhecimentos, a escola nova - construtivismo – estava preocupada em apenas considerar o aprender a prender e a escola técnica em simplesmente considerar necessário o ensino da técnica.
Ao analisar as contribuições e as interferências que as teorias sobre currículo causaram, dependendo é claro do contexto histórico onde eram aplicadas e são até hoje, é fundamental para construirmos uma escola mais plural e cidadã.
Nos tempos atuais teorias antigas continuam a ser pano de fundo na educação de muitos lugares, embora é claro, que a existência das mesmas contemple os desafios e anseios de uma época.
Tomaz Tadeu da Silva (2003) faz uma análise sobre as teorias do currículo, desde sua origem até as teorias pós-críticas, e a contribuição destas nos estudos sobre o currículo e suas implicações na formação da subjetividade e identidade dos sujeitos. As teorias do currículo procuram justificar a escolha de determinados conhecimento e saberes em detrimento de outros, considerados menos importantes. 
É através de um processo pedagógico que permita as pessoas se tornarem conscientes do papel de controle e poder exercidos pelas instituições e pelas estruturas sociais que elas podem se tornar emancipadas ou libertadas de seu poder e controle (Silva, 2003, p. 54)
Para ser mais preciso, ser capaz de falar mais de um idioma diferencia um aluno de seus colegas e é um ativo que é ainda mais útil depois que ele entra no mercado de trabalho. O desenvolvimento cognitivo de uma criança é significativamente auxiliado pelo bilinguismo, que, além de aumentar sua experiência com várias culturas, também amplia seu vocabulário na língua inglesa e, talvez mais crucialmente, ajuda-os a entender melhor o significado dos textos que lêem.
A capacidade de falar duas línguas não é um meio de transporte; pelo contrário, é um aspecto da educação que, quando aplicado a um sujeito que é bilíngue, é benéfico e resulta em um ganho cognitivo muito substancial. A importância de adquiriruma segunda língua disparou nos últimos anos, principalmente como consequência das muitas mudanças provocadas pela globalização e da crescente taxa de disseminação da informação. O domínio de uma segunda língua é visto como um aspecto fundamental na conquista do espaço tanto na frente social quanto profissional. (Viegas, 2020).
As pessoas precisam ser capazes de falar em diferentes línguas, a fim de compreender o seu entorno e escolher como proceder com seus objetivos, uma vez que a experiência humana é obviamente multifacetada. Portanto, para ter mobilidade social, é vital criar um amplo corpo de conhecimento. Isso requer a coordenação de múltiplos recursos cognitivos, incluindo pelo menos um idioma, ressaltando-se que o foco deste estudo é a língua inglesa.
Fica então claro que uma pessoa que é bilíngue se comunica através de dois idiomas e leva em consideração as necessidades do ambiente em que está imersa, o que é referido como um amplo conhecimento do tópico. Isso torna a capacidade de se comunicar em duas línguas uma necessidade absoluta para a vida adulta e transforma uma pessoa de um monolíngue para um falante de duas línguas em situações em que tudo o que é feito em uma língua também é feito na outra língua. 
Portanto, de acordo com as muitas habilidades diferentes que os bilíngues têm, bem como as muitas práticas de comunicação em que participam, Maher (2007, p. 73) versa sobre o indivíduo multilíngue real, em oposição à pessoa multilíngue imaginada, vez que elas não exibem os mesmos comportamentos ao falar X e Y. 
A despeito da natureza do trabalho em questão, da maneira de comunicação que está sendo utilizada, do histórico do falante e das normas da comunidade em que ele opera, ele pode se sair melhor em um idioma do que no outro, ou em nenhuma das línguas. Isso é determinado pela natureza da atividade de comunicar-se.
Em outras palavras, é difícil determinar se alguém é ou não bilíngue com base em se poder ou não escrever, falar e conversar com igual sucesso em ambos os idiomas. Como o desempenho é um conceito relativo, os critérios de cada vetor situacional devem ser satisfeitos por uma cognição adequada para que ele seja empregado.
Devido ao fato de que a implementação dessa abordagem educacional ainda está em sua infância, a educação bilíngue no Brasil ainda é considerada um setor bastante exclusivo. Aqueles que têm a oportunidade de ter acesso a esse tipo de instrução são também aqueles que têm os meios financeiros para pagar a instrução que é complementar àquela que é transmitida na escola primária. 
Houve alguns avanços nas instituições de ensino no Brasil que fomentam o bilinguismo; no entanto, em geral, ainda há relativamente pouco. De acordo com informações fornecidas pela Associação Brasileira de Educação Bilíngue (Abebi), houve uma expansão entre 6% e 10% no número de escolas bilíngues localizadas em todo o país ao longo dos últimos cinco anos. O Ministério da Educação (MEC) estima que existam cerca de 40 mil escolas particulares no Brasil, o que representa aproximadamente 21% do total de 184 mil unidades educacionais. De acordo com as estimativas de Abebi, cerca de 3%, ou aproximadamente 1.200 instituições, fornecem algum tipo de educação bilíngue. (Filizola, 2019)
Por causa disso, a língua inglesa recebeu o descritor "língua franca", que significa uma língua que facilita a comunicação entre duas partes. Isso define erroneamente a educação bilíngue no Brasil, o que é mostrado pelo paradigma de uma moda passageira, uma vez que sujeitos que não falam sua língua nativa comumente usam o inglês para interagir com outras pessoas que estão fora de seu círculo social próximo.
As escolas não bilíngues estão sob pressão para demonstrar sua confiabilidade e estabilidade, a fim de garantir que seus alunos, em contraste com os alunos de anos passados, estudem inglês de maneira produtiva. Isso porque a importância de ser bilíngue no mercado de trabalho atual é muito alta. A Aprendizagem Integrada de Línguas e Conteúdos (CLIL), definida por Hoode Marsh (2010, p.1) é uma abordagem educacional de duplo foco na qual a língua adicional é usada para aprender e ensinar conteúdo ministrado e linguagem. Esse movimento é definido como "Integrated Language and Content Learning", apoiando-se nos quatro pilares da UNESCO[footnoteRef:2]: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser [2: Jacques Delors, economista e político francês, presidiu a Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, da UNESCO entre 1992 e 1996. Nesse período, coordenou o relatório “Educação, um Tesouro a descobrir”, em que se exploram os Quatro Pilares da educação – aprender a conhecer, a fazer, a conviver, a ser.] 
De acordo com um artigo publicado na Revista Brasileira de Ciências Sociais no ano 2000, é mais do que apropriado trazer à tona a necessidade de reformar uma abordagem ineficaz em relação à segunda língua. Este mesmo artigo afirma que, como a mobilidade social é um conceito que coloca desafios ao potencial pedagógico, "o Brasil é a nação com o maior nível de desigualdade".
Como resultado, a capacidade de se comunicar efetivamente em ambas as línguas, separadamente, é referida como bilinguismo. Além disso, esta seção pode ser categorizada por qualquer um dos dois tipos diferentes de bilinguismo disponíveis. De acordo com Coitinho (2014), os dois tipos são o precoce ou sequencial, que ocorre quando uma criança aprende duas línguas antes dos 4 anos de idade, e o tardio ou sequencial, que ocorre quando uma pessoa já conhece uma língua e aprende uma segunda língua após esse ponto.
Portanto, é possível afirmar que ela fomenta a globalização e a tolerância à diversidade não só pelo fato de ser uma língua comum, mas também pelo fato de que os alunos estão, em sua maioria, expostos a uma segunda cultura para todo o processo educativo. Ter a capacidade de falar mais de um idioma tem um impacto significativo em seus titulares, pois pode fazer com que a composição anatômica do cérebro mude e, também, há a possibilidade de modificação das conexões neurais já existentes.
À luz do que foi dito acima, uma vez desenvolvido um novo sistema de logística educacional para o ensino em uma segunda língua, a educação bilíngue estará disponível para todos os alunos. Além de promover a causa da justiça social, isso garantirá que todos os graduados possam competir em condições equitativas no mercado de trabalho. Como consequência dessa linha de raciocínio, aprender inglês como primeira língua em tenra idade nas escolas públicas brasileiras e repensar abordagens educacionais que realmente incluam e despertem a clareza das crianças torna-se um viés cultural significativo para o desenvolvimento dos estudantes brasileiros. 
A atual cadeia de eventos que levou à ineficácia do ensino da língua inglesa no Brasil pode ser atribuída à falta de preparação dos professores que seja consistente com os métodos pedagógicos atuais. 
Ou seja, o objetivo desafiador desse impasse é o primeiro crescimento profissional de um educador adepto, criativo e comprometido. De acordo com Leffa (2001), a formação de um educador efetivo requer não apenas componentes da linguagem, mas também elementos de caráter humano. Ele afirma que esse é o caso. 
A fim de ajudar a diminuir a lacuna de realização, é obrigação dos educadores compartilhar informações com o público em geral sobre os ensinamentos que eles fornecem. Se alguém fizer a suposição de que um professor que fez o investimento nas habilidades necessárias para a auto-observação consciente e não inocente de sua prática profissional é capaz de fornecer novos caminhos para a investigação e, mais importante, para a prática de cada educador neste país que sente a necessidade de atualizar sua abordagem para o ensino de línguas estrangeiras na sala de aula, então é exatamente isso que precisa acontecer. (Almeida Filho, 1998).
Portanto, a educação não é um processo estático; ao contrário, é uma articulação objetiva que inclui as desconstruções sociais e a necessária autocríticaque se segue. Como a teoria e a prática não podem coexistir no vácuo, é responsabilidade do especialista educado adaptar suas estratégias de ensino às necessidades específicas de seus alunos, mantendo uma atitude que seja ao mesmo tempo receptiva a novos paradigmas e confortável com a auto-reinvenção contínua.
A seta científica e metodológica afirma que o trabalho dos alunos em sala de aula deve atuar como uma progressão natural do que eles estudam fora da escola. É de suma importância auxiliar o aluno que faz parte do sistema educacional tradicional que é utilizado no Brasil, tanto no atual componente acadêmico que está sendo abordado quanto em suas questões sociais. Isso se deve ao fato de que o aluno é um indivíduo que tem suas próprias circunstâncias fora da sala de aula.
Quando é importante fazê-lo, as sugestões metodológicas são enfatizadas em uma discussão das técnicas de ensino produzidas por Saviani (1986, p. 71), na qual o autor propõe um processo que se articula em cinco etapas para facilitar a aprendizagem. Esse processo é descrito da seguinte maneira: Esses "passos" não devem ser confundidos com uma fórmula ou instrução rígida, mas podem servir como um guia útil para o processo educacional quando vistos através da perspectiva do desenvolvimento holístico de alunos e instrutores. Essa sequência tem sido utilizada como ponto de referência na criação de conceitos curriculares, bem como na direção do trabalho de formação com educadores, com o objetivo de proporcionar aos educadores um sentimento de um processo que eles possam reproduzir com seus alunos. Catarse, prática social, problematização, instrumentalização e prática social são algumas das ideias sugeridas pelo autor.
Leffa (2001) lista outros métodos que estão se desenvolvendo em conjunto com o audiolingual, como o método Asher, no qual os alunos aprendem uma língua através de uma série de comandos que se tornam progressivamente mais complexos à medida que se movem pelo currículo; o método Curran, no qual a terapia coletiva é possível fazendo com que todos os alunos apresentem frases repetidas que foram pronunciadas e, portanto, memorizadas; e o método silencioso de Gattegno, no qual os alunos trabalham em silêncio para aprender e praticar a língua. No método audiolingual, os alunos são ensinados a língua através do conjunto de métodos.
De acordo com Kelly (2000), um fator significativo na incapacidade dos alunos de usar efetivamente uma segunda língua em suas interações cotidianas é a falta de entusiasmo dos alunos em estudar inglês. No entanto, devido à quantidade restrita de tempo gasto em sala de aula, as crianças têm apenas uma exposição limitada à linguagem, o que representa um desafio significativo.
Além disso, como o brasileiro não é o mesmo que o inglês, o aluno pode se sentir intimidado para falar em sala de aula, fator psicológico que interfere no aprendizado e acaba levando à quebra no ensino e à exposição mais frequente ao idioma-alvo. 
Na mesma linha do que sugere, quando os alunos são questionados sobre sua aversão à língua inglesa, eles tendem a exibir comportamentos semelhantes uns aos outros. Um desses comportamentos é a repetição de um ensinamento que geralmente tende a ser bastante focado em características gramaticais, e o mais lembrado é o verbo ser (verbo “to be”). A questão final levantada no trecho é uma que é predominante em nossa sociedade, e essa é a crença generalizada de que os professores de escolas públicas não são qualificados para ensinar suas disciplinas. (Barcelos, 2006).
Como a língua inglesa não é ajudada pelas configurações padrão da sala de aula, é necessário fornecer um ambiente autêntico para ela, a fim de que o sujeito principal seja capaz de compreender as informações que estão sendo entregues. Para isso, é necessário o alinhamento de ações ativas que criem engajamento para o aluno passivo e o levem a saber mais do que o planejado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados desta pesquisa foram inspirados pelo impacto prejudicial que vem tendo sobre a capacidade dos estudantes brasileiros de aprender uma segunda língua como parte do curso exigido que eles são obrigados a fazer. Embora vários estudos tenham demonstrado que o sistema educacional tem uma série de falhas, como a incapacidade de colocar ênfase suficiente na língua inglesa e o uso de estratégias de ensino que são ineficazes, os anos se passaram sem qualquer sinal de melhoria no futuro próximo.
Tendo em mente que o objetivo do estudo foi determinar se abordagens inovadoras para o ensino de inglês estão ou não sendo implementadas a fim de preparação para a vida adulta/profissional, algumas das muitas medidas possíveis que podem ser tomadas para atingir esse objetivo incluem a implementação de programas de inglês a partir do jardim de infância, a modificação de salas de aula e outros ambientes escolares, a fim de facilitar a aquisição de idiomas, e a oferta de formação e recursos suficientes para os professores.
Podemos fazer do bilinguismo uma característica normal da escola primária e secundária se implementarmos uma nova técnica de gravação do treinamento de segunda língua via exposição. Isso acabará por contribuir para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.
Portanto, fazer pesquisas sobre educação em inglês para jovens aprendizes e reequipar técnicas de sala de aula para melhor acomodar e inspirar as consultas de esclarecimento dos alunos seria de significativa ajuda para o desenvolvimento cultural, científico e tecnológico da juventude brasileira.
O governo brasileiro precisa adotar gradativamente o bilinguismo, e é preciso que haja consistência no cenário atual da cognição, proporcionando acesso a uma segunda língua coletivamente e eliminando o caráter elitista do acesso a essa segmentação crucial na contemporaneidade. Ambas as coisas são necessárias. Isso é particularmente significativo quando se considera a variedade de vários ensinamentos e modelos, bem como a lacuna que é bem conhecida na abordagem que está sendo usada agora.
Acreditamos que um grande passo será dado quando for homologado o PARECER CNE/CEB Nº: 2/2020, por intermédio da Portaria nº CNE/CEB nº 8, de 15 de outubro de 2019, em que foi constituída Comissão com o objetivo analisar, propor e normatizar as Escolas bilíngues e as Escolas internacionais no Brasil. Nessa Portaria está definido as condições ideais para que as escolas sejam consideradas bilingues, como também seus professores que nela atuam. Há uma série de indicadores estabelecidos no estudo, baseados no que está descrito na política de ensino de Língua Inglesa na rede pública. São eles:
 plano nacional;
 qualificação de professores;
 objetivos de aprendizagem;
 padrões de ensino-aprendizagem;
 avaliação de proficiência de professores e estudantes.
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