Administração Pública

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
PROGRAMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – MODALIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
	
Disciplina: Gestão Ambiental e Sustentabilidade
Professoras: Marguit Neumann e Neuza Corte de Oliveira
ACADÊMICAS:
ANDREA DE SOUZA VIANNA
TANIA MARA APARECIDA GONÇALVES
Questão 1: Existem três formas (formal, não formal e informal) de ser trabalhada a educação ambiental. Pede-se: apresente 2 exemplos existentes no seu município (ou município da sua região) detalhando os objetivos do programa, a forma de funcionamento, atuação, órgão responsável pelo desenvolvimento do projeto. 
No município podemos utilizar exemplos da educação ambiental formal e não formal. A educação formal é tratada dentro do ensino regular, neste sentido no colégio Barão do Rio Branco é oferecido curso técnico em Meio Ambiente, então são tratados assuntos pertinentes a educação ambiental em diversas disciplinas.
Quanto a Educação Ambiental não formal, o município de Assaí, trabalha atividades educacionais voltadas a conscientização da comunidade de maneira geral, as ações de educação ambiental não formal são:
- Uso racional dos recursos naturais e bens públicos
- Gestão adequada dos resíduos gerados
- Qualidade de vida no ambiente do trabalho
- Compras públicas sustentáveis
- Construções sustentáveis
Questão 2: O seu município (ou município da sua região) adotou a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P)? 
O município possui conhecimento da Agenda, porém, esta não é adotada visto que a maior parte dos órgãos adotam ações de coleta seletiva, de compras sustentáveis, que são mais fáceis de ser trabalhadas, a agenda é algo mais complexo que exige um pouco mais do gestor público então para aumentar a possibilidade de atuação dentro do campo público, os gestores acham melhor adaptar-se as ações de sustentabilidade sem ter que estar vinculado à Agenda.
A A3P (Agenda Ambiental da Administração Pública) foi criada com o objetivo de incentivar e promover as instituições públicas implantarem ações de responsabilidade socioambiental em suas atividades, sendo de iniciativa voluntária, pessoal e coletivo, adotando ações sustentáveis no ambiente de trabalho desde mudança de hábito a atitudes que geram economia, sendo fundamentados pela política dos 5's: Repensar, Reduzir, Reaproveitar, Reciclar e Recusar o consumo de produtos que gerem impactos socioambientais significativos. A entrevista foi realizada com a Sra. Ceria Hashimoto - Diretora do Departamento de Meio Ambiente do Município.
Questão 3: Para alcançar a certificação ambiental, uma organização deve cumprir três exigências básicas expressas na norma ISO 14001: ter implantado um Sistema de Gestão Ambiental (SGA); cumprir a legislação ambiental aplicável ao local da instalação e assumir um compromisso com a melhoria contínua de seu desempenho ambiental. Sobre implantação de SGA e ISO 14000 apresente a experiência de uma organização do seu município (ou município da sua região) detalhando:
3.1 A organização (área de atuação, principais produtos e resíduos e impactos sociais e ambientais gerados):
Especificamente no município de Assaí não temos nenhuma empresa/organização com SGA e ISO 14001 – temos sim companhias como a Copel e a Sanepar que são terceirizadas e estão a nível estadual que atuam no município, mas falar de empresas municipais não temos nenhuma específica, porém, algumas empresas do município buscam trabalhar a sustentabilidade como foco dentro de seus serviços, entre elas temos a Jumbo Tratamento Térmico e Industria Mecanica e a Integrada Cooperativa Agroindustrial. 
Para o desenvolvimento do trabalho, utilizaremos a Integrada Cooperativa Agroindustrial pois está voltada ao trabalho no campo e envolve diversos setores que estão diretamente ligados a natureza, se destacando por suas ações voltadas a preservação ambiental e a comunidade de maneira geral.
A 20 anos no mercado, a Integrada foi fundada em 1995 apresenta hoje mais de 8000 cooperados e 1800 funcionários, está distribuída pelo Paraná com mais de 90 unidades que envolvem recebimento de graus, insumos, assistência técnica, rações, suco, soja e milho e também derivados do milho.
A empresa trabalha focada na sustentabilidade, atuando e apoiando ações socioambientais. Os resíduos produzidos pelos funcionários são devidamente separados em lixeiras recicláveis para a coleta seletiva do município, outros recicláveis que não são recolhidos pela Prefeitura são vendidos para representantes de associações de reciclagem.
Quanto aos resíduos produzidos pelos produtores, as embalagens são devolvidas para a cooperativa e enviada para industrias, onde sofrem o processo para sua reutilização.
A integrada ao longo de sua história vem buscando deixar sua marca, trabalhando um processo de implantação do Sistema de Gestão Ambiental em três unidades além de programas e projetos que envolvem a comunidade.
Entre estes projetos podemos citar:
Programa Interação: O Programa Interação surgiu em 2008 com o objetivo de incentivar os colaboradores e cooperados a interagir em seu ambiente, buscando a melhoria da qualidade de vida apoiados nos três pilares que compõem a sustentabilidade: social, ambiental e econômico. Dentro do programa estão inseridas diversas iniciativas desenvolvidas pela cooperativa, sejam ações internas ou ações voltadas para a comunidade.
Projeto Encontro: O projeto Encontro Literário surgiu como uma forma de incentivar a leitura das crianças paranaenses. Através de palestras sobre a obra e a vida de Monteiro Lobato, feitas pelo estudioso do autor, o engenheiro agrônomo Léo Pires, a cooperativa desperta nas crianças o interesse pela leitura e o senso crítico, contribuindo para a formação de uma sociedade mais consciente.
Projeto Interagir: A Integrada conta com diversos parceiros para conduzir uma série de atividades e projetos nas esferas social, ambiental e econômica. Com o projeto Interagir, a cooperativa abre espaço para a troca de conhecimento e experiência para a execução de ações em conjunto. São ações sólidas, que fazem com que a Integrada e as empresas sejam parceiras do desenvolvimento sustentável.
Projeto Nossa Água: A Integrada foi uma das primeiras cooperativas do Paraná a firmar parcerias com os órgãos governamentais, em 2005, para conscientizar seus associados sobre recuperação e conservação de recursos hídricos e matas ciliares. Um ano depois surgia o projeto Nossa Água, uma ação em conjunto da cooperativa com a Bayer CropSciense para plantio de árvores nativas nas margens dos nossos rios.
Projeto Plante um Sorriso: O projeto Plante um Sorriso, criado em 2003, promove a educação, cultura e cidadania de milhares de crianças do Paraná. Com os recursos de campanhas de arrecadação, desenvolvidas ao longo do ano por cooperados e colaboradores, a Integrada doa brinquedos pedagógicos e materiais de apoio para dezenas de instituições do Estado.
3.2 Quais os pontos fortes e pontos fracos destacados pela organização sobre o SGA e a ISSO (2 pontos fortes e 2 pontos fracos):
Pontos Fortes:
- Projeto Nossa Água – apresentado no 1º Encontro de Responsabilidade Social e Sustentabilidade promovido pelo Sescoop/Pr viando a conscientização dos associados quanto a preservação das matas ciliares e repovoamento dos rios.
- Revitalização por meio de plantio de árvores, por colaboradores e cooperados – hoje a empresa já plantou cerca de 1 milhão de mudas.
Pontos Fracos:
- A falta de Certificação ISO 14001
- Não possuir SGA
3.3 Quais os benefícios destacados pela organização sobre a implantação do SGA e da certificação ISO?
A empresa encontra-se em processo de implantação do SGA.
Questão 4: Sobre a questão de reflexão estabelecida ao longo da disciplina “Desenvolvimento sustentável é possível?” Pede-se: 
4.1 O que é desenvolvimento sustentável segundo definição apresentada pelo Relatório de Brundtland(Nosso Futuro Comum)? 
Relatório Brundtland é o documento intitulado Nosso Futuro Comum (Our Common Future), publicadoem 1987. Neste documento o desenvolvimento sustentável é concebido como: “O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.
O Relatório, elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, faz parte de uma série de iniciativas, anteriores à Agenda 21, as quais reafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas. O relatório aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de produção e consumo vigentes.
No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais. Indicada pela entidade, a primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, chefiou a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, para estudar o assunto. O documento final desses estudos chamou-se Nosso Futuro Comum, também conhecido como Relatório Brundtland. Apresentado em 1987, propõe o desenvolvimento sustentável, que é “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”.
Fica muito claro, nessa nova visão das relações homem-meio ambiente, que não existe apenas um limite mínimo para o bem-estar da sociedade; há também um limite máximo para a utilização dos recursos naturais, de modo que sejam preservados. 
4.2 “Desenvolvimento sustentável é possível?” Qual é sua resposta para essa reflexão (justifique, exemplifique, apresente-nos sua posição)?
Desenvolvimento sustentável "satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades". É o desenvolvimento econômico, social, científico e cultural das sociedades garantindo mais saúde, conforto e conhecimento, sem exaurir os recursos naturais do planeta. Alternativas para tornar possível o desenvolvimento sem degradar os recursos naturais. 
Inversamente do que se poderia pensar, uma política global e local de desenvolvimento sustentável não é recessiva, mas multiplicadora de oportunidades. 
Não inviabiliza o lucro, apenas desconcentra-o. Em compensação, o bem estar social promovido pela socialização e inserção de mais segmentos no processo produtivo permite a redução de impostos. O setor de serviços e o comércio são estimulados, pois são pouco degradantes e movimentam a economia. O setor industrial é implementado com políticas dirigidas a bens que promovam desenvolvimento sustentável, como o uso racional de recursos naturais e energia e atividades ligadas à infra-estrutura, à moradia e ao saneamento básico. O setor agrícola é subsidiado porque é responsável pelo atendimento da primeira necessidade básica, a alimentação. Uma sociedade alimentada, ocupada, educada, com níveis de saúde adequados, democraticamente participativa e consciente de seus limites é uma sociedade pacífica e ecológica, com níveis de egoísmo e violência baixos. 
Um programa global e local de desenvolvimento sustentável, obrigatoriamente, deveria enfocar temas como os seguintes: 
• Desincentivo ao uso indiscriminado do transporte individual urbano e substituição por qualificados sistemas coletivos de locomoção. Neste caso a indústria automobilística transformar-se-ia numa indústria de soluções e não de problemas. 
• Incentivo ao uso de energia oriunda de fontes renováveis e recicláveis, não geradora de subprodutos do carbono (solar, eólica, hidrogênio e geotérmica). A auto-produção (individual ou de pequenos grupos) de energia e a venda de excedentes é um modelo racional e desconcentrador de poder. Os combustíveis fósseis poderiam ser utilizados em fins mais nobres. 
• Profunda reavaliação sobre a utilização de produtos e embalagens descartáveis que só aumentam margens de lucro dos produtores. Os produtos e embalagens duráveis e reutilizáveis (como o vidro) podem proporcionar lucros sociais maiores. 
• Amplos programas globais e locais de incentivo ao turismo, pois são preservacionistas, promovem inserção social e demandam melhorias de condições de infra-estrutura. 
• Pesquisas de ciência de ponta (engenharia, biotecnolgia, química fina, etc) dirigidas a fins coletivos, com implicações decorrentes perfeitamente definidas, visando o lucro a longo prazo. O estado-governo deve ser o grande indutor deste processo. 
Vemos diante disto que o desenvolvimento sustentável é sim possível, basta que cada um de nós pensar mais no meio ambiente do que no dinheiro.
4.3 Como uma prefeitura municipal pode atuar para alcançar o desenvolvimento sustentável? Apresente 2 iniciativas já existentes (além das iniciativas de educação ambiental já solicitadas na questão 1)?
- Promovendo uma educação ambiental dentro das escolas municipais, onde desenvolve a conscientização nas crianças desde pequenas.
- Coleta Seletiva, realizada uma vez por semana nos bairros do município, porém, ainda são poucas as pessoas que realmente separam o lixo, porém, com o tempo a conscientização vai acontecendo e assim mais pessoas vão aderindo, ampliando o número de resíduos coletados.
4.4 Apresente duas medidas, opções ou alternativas que o poder público municipal poderia adotar na busca do desenvolvimento sustentável:
- Estabelecer ações e projetos que visem o combate a pobreza e a desigualdade social;
- Estabelecer projetos que envolvam as crianças desde os primeiros anos da escola, conscientizando e formando cidadãos críticos e conscientes de sua função na sociedade.