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Aula 07 (3)

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CURSO ONLINE - DIREITO COMERCIAL(EMPRESARIAL) AFRFB/AFT 2013 
PROFESSORES LUCIANO OLIVEIRA E CADU CARRILHO – AULA 07 
www.pontodosconcursos.com.br 1 
Olá, pessoal! Chegamos ao nosso derradeiro encontro! Esta é a Aula 07, 
a última do nosso curso de Direito Comercial para AFRFB e AFT 2012 
(aleluia!...rs... Vocês vão sentir saudades!...rs). Hoje faremos uma revisão de 
toda a matéria vista nas aulas anteriores, com o fim de consolidar o conheci-
mento e permitir que você resolva com segurança as questões da prova de 
Auditor Fiscal. 
Então, não desanimem, gás total nessa reta final que o sacrifício 
é recompensado depois... 
Essa é uma aula bem grande, a maior de todo o curso, mas também a 
mais importante, então aproveite bastante. Há poucas questões da ESAF 
nessa revisão, pois ao longo do curso fizemos quase todas as questões dessa 
banca. 
Vamos à aula! 
AULA 00 - Empresa. Empresário. Estabelecimento. Prepostos. 
Escrituração. 
1 - (ESAF/ANALISTA JURÍDICO/SEFAZ/CE/2006) Qualificar uma pessoa 
como empresária depende de 
a) a pessoa exercer atividade econômica. 
b) a pessoa organizar a atividade que é exercida por outrem. 
c) a pessoa aceitar os riscos derivados de participar de um mercado 
como consumidor. 
d) ser aceita sua inscrição como empresária. 
e) adotar uma das formas societárias previstas para o exercício da empresa. 
A letra A está errada porque não basta exercer atividade econômica para que 
a pessoa seja considerada empresária, já que as sociedades simples também 
exercem atividade econômica, mas de natureza civil. A letra B é falsa porque 
o fato de uma pessoa organizar a atividade de outrem (ex.: administrador da 
sociedade) não a qualifica como empresária. A letra C é incorreta porque 
consumidor não é empresário. A letra E é errada porque o empresário 
individual não adota nenhuma forma societária, sendo considerado 
empresário mesmo assim. Por fim, a letra D, embora imperfeita, é o gabarito, 
pois o CC/2002 prescreve que é obrigatória a inscrição do empresário no 
Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de 
sua atividade (art. 967). É imperfeita porque a pessoa não registrada que 
exerce empresa também é considerada empresária. Diante das críticas à letra 
D, teria sido melhor anular a questão, o que não foi feito pela Esaf. Na hora 
da prova, procure marcar a melhor opção, para não “ficar na mão” da banca, 
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PROFESSORES LUCIANO OLIVEIRA E CADU CARRILHO – AULA 07 
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que poderá decidir manter o gabarito, apesar dos recursos interpostos pelos 
candidatos. 
2 - (ESAF/ANALISTA JURÍDICO/SEFAZ/CE/2006) Se o empresário A cede 
seu estabelecimento a outrem, não empresário, pode-se afirmar que 
a) o cessionário será qualificado empresário. 
b) após a cessão, o cedente perde a qualidade de empresário de vez que não 
mais exercerá atividade de empresa por ter-se desfeito dos bens para tanto 
predispostos. 
c) o cessionário se desobriga em relação às dívidas anteriores à cessão 
que eram de responsabilidade do cedente. 
d) a transferência do estabelecimento não preserva contratos anterior-
mente firmados pelo cedente. 
e) a cessão dos créditos referidos ao estabelecimento cedido é automática. 
A letra A é errada porque não basta a pessoa adquirir o estabelecimento 
empresarial para ser considerada empresário, sendo necessário que exerça 
empresa. A letra B é incorreta porque o empresário pode alienar o 
estabelecimento e continuar a empresa com novos bens que venha a adquirir. 
A letra C é falsa porque o adquirente do estabelecimento responde pelo 
pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente 
contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado 
pelo prazo de um ano, a partir da publicação da transferência, quanto às 
dívidas vencidas, e da data do vencimento da obrigação, quanto às demais 
(art. 1.146 do CC/2002). A letra D é falsa porque salvo disposição em 
contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos 
contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem 
caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a 
contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, 
neste caso, a responsabilidade do alienante (art. 1.148 do CC/2002). Por fim, 
a letra E é o gabarito porque a cessão dos créditos referentes ao 
estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos 
devedores, desde o momento da publicação da transferência, não 
obstante o devedor fique exonerado se de boa-fé pagar ao cedente (art. 
1.149 do CC/2002). 
3 - (CESPE/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-AC/2009) Carlos e José 
montaram um armazém, o BSB Comércio de Bebidas Ltda., que se dedicava à 
venda de alimentos e bebidas no atacado. Levaram o contrato social a 
registro na junta comercial local, ficando estabelecido que o capital social 
estaria dividido em 100 quotas, no valor de R$ 1.000,00 cada quota. Com 
base nessa situação hipotética e nas regras quanto ao nome empresarial, 
assinale a opção correta. 
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a) Nos termos da legislação vigente, os princípios da novidade e da 
exclusividade são absolutos. Assim, a inscrição da sociedade na junta 
comercial exclui a possibilidade de haver nomes iguais ou semelhantes em 
todo o território nacional. 
b) Há vício no nome empresarial BSB Comércio de Bebidas Ltda., tendo em 
vista que as sociedades limitadas não podem adotar uma denominação, mas 
sim uma firma, que deve ser composta com o nome de um ou mais sócios 
que sejam pessoas físicas. 
c) Há preciosismo dos sócios na composição do nome empresarial BSB 
Comércio de Bebidas Ltda., pois, se o contrato social já estabelece que a 
responsabilidade dos sócios é limitada, não é necessário que a expressão 
Ltda. figure como parte do nome empresarial. 
d) Nos termos apresentados, o nome empresarial da sociedade de Carlos e 
José não respeita o princípio da veracidade. 
A letra A é errada porque a inscrição do empresário no registro próprio 
assegura o uso exclusivo do nome empresarial nos limites do respectivo 
Estado (art. 1.166 do CC/2002). Apenas se o registro ocorrer na forma da lei 
especial, o uso do nome empresarial estender-se-á a todo o território 
nacional (art. 1.166, par. único, do CC/2002). A letra B é falsa porque as 
limitadas podem adotar a firma ou a denominação (art. 1.158 do CC/2002). A 
letra C é incorreta porque é obrigatório o uso da expressão “limitada” ou sua 
abreviatura no nome empresarial da sociedade limitada e sua omissão 
determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que 
assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade (art. 1.158, § 3.º, 
do CC/2002). A letra D é o gabarito, pois o nome adotado não atende ao 
princípio da veracidade, já que apenas o comércio de bebidas (e não o de 
alimentos) figura no nome empresarial da sociedade. 
4 - (ESAF/PROCURADOR DF/2004) A alienação do estabeleci-
mento empresarial: 
a) transfere automaticamente ao adquirente as obrigações regularmente 
contabilizadas, exonerando o alienante de qualquer responsabilidade. 
b) impede o alienante de exercer a mesma atividade que exercia 
anteriormente pelo prazo de cinco anos, em qualquer ponto do território 
nacional. 
c) não importa sub-rogação no contrato de locação comercial. 
d) não implica a cessão dos créditos relativos à atividade exercida no 
estabelecimento. 
e) equivale à alienação do imóvel utilizado para o exercício de ativid-
ade empresarial. 
A letra A é falsa porque, embora o adquirente doestabelecimento 
responda pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, 
desde que 
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regularmente contabilizados, o devedor primitivo continua solidariamente 
obrigado pelo prazo de um ano, a partir da publicação da alienação, quanto 
aos créditos vencidos, e da data do vencimento da obrigação, quanto aos 
outros (art. 1.146 do CC/2002). A letra B está errada porque o alienante pode 
exercer a mesma atividade que exercia anteriormente, desde que não faça 
concorrência ao adquirente (por exemplo, exercendo a atividade em outro 
ponto do território nacional, descaracterizando a competição). Além disso, a 
concorrência será permitida, se houver autorização expressa (art. 1.147 do 
CC/2002). A letra C é o gabarito porque, embora o art. 1.148 do CC/2002 
diga que salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação 
do adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, 
se não tiverem caráter pessoal, o contrato de locação comercial é considerado 
exceção à regra, já que o art. 13 da Lei 8.245/1991 (Lei do Inquilinato) 
dispõe que a cessão da locação depende do consentimento prévio e 
escrito do locador. Sem esse consentimento, não ocorre a sub-rogação do 
contrato. A letra D é falsa porque desde o momento da publicação da 
transferência, a cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido 
produzirá efeito em relação aos respectivos devedores (art. 1.149 do 
CC/2002). E a letra E é errada porque a alienação do estabelecimento não 
significa necessariamente a alienação do imóvel utilizado para o exercício de 
atividade empresarial, já que este pode ser locado de um terceiro, que 
continuará a ser o proprietário do imóvel. 
5 - (ESAF/AGENTE AUXILIAR E ARRECADADOR TRIBUTÁRIO/SEFAZ-PI/2001) 
Livros comerciais se destinam a: 
a) facilitar a fiscalização das autoridades fiscais 
b) provar as operações entre comerciantes 
c) provar, em exibição judicial, contra o titular 
d) impor aos empresários a manutenção, em ordem cronológica, de 
suas obrigações 
e) evitar a sonegação tributária 
As letras A, B e E não estão erradas, mas, conforme vimos na Aula 00, para a 
Esaf, a principal função dos livros empresariais é servir de meio de prova do 
exercício da empresa. A presente questão, completando a anteriormente vista 
naquela aula, mostra que a Esaf entende que a principal finalidade dessa 
prova é atender às demandas judiciais contra o titular dos livros (gabarito: 
letra C). Já a letra E é errada porque a escrituração dos livros não impõe a 
manutenção das obrigações do empresário em ordem cronológica, podendo 
ele negociar com seus credores os prazos de pagamento de suas dívidas. 
6 - (ESAF/AFT/MTE/2003) As obrigações empresariais relacionadas com 
a escrituração 
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a) têm em conta o interesse de terceiros quanto a informações daquela 
constantes. 
b) determinam, no seu descumprimento, responsabilidade no plano cível 
apenas para o contador responsável. 
c) são relevantes apenas do ponto de vista fiscal, determinando 
a caracterização de crimes de sonegação fiscal, na sua desobediência. 
d) acarretam responsabilidades para os sócios não-administradores por culpa 
in vigilando. 
e) podem levar à prisão civil os administradores, caso os livros obrigatóri-
os não tenham sido escriturados ou o tenham sido de forma indevida. 
A correção da letra A (gabarito) relaciona-se novamente com a questão da 
força probatória dos livros empresariais, pois as informações ali constantes 
são do interesse de terceiros que necessitem produzir prova judicial contra o 
empresário. A letra B está errada porque o descumprimento da escrituração 
acarreta responsabilidade também para o empresário. A letra C peca ao dizer 
que as obrigações de escrituração são relevantes apenas do ponto de vista 
fiscal, pois as esferas cível, empresarial e penal (ex.: crimes de sonegação 
fiscal) também podem ser afetadas, a depender da situação. Na letra D, os 
sócios não-administradores não são responsáveis pela escolha do 
contabilista. Finalmente, na letra E, não há como o fato acarretar a prisão 
civil dos administradores, visto que essa modalidade de prisão só é admitida 
atualmente em caso de inadimplemento voluntária e inescusável de pensão 
alimentícia. 
7 - (ESAF/AFRFB/2009) A respeito do empresário individual no âmbito 
do direito comercial, marque a opção correta. 
a) O empresário individual atua sob a forma de pessoa jurídica. 
b) Da inscrição do empresário individual, constam o objeto e a sede da 
empresa. 
c) O analfabeto não pode registrar-se como empresário individual. 
d) O empresário, cuja atividade principal seja a rural, não pode registrar-
se no Registro Público de Empresas. 
e) O empresário individual registra uma razão social no Registro Público 
de Empresas. 
A letra A está errada porque o empresário individual não deixa de ser uma 
pessoa física, embora fique sujeito a certas regras aplicáveis às sociedades. 
Dizemos que ele é tão somente equiparado a uma sociedade empresária. A 
letra B está correta, conforme o art. 968, IV, do CC/2002, sendo o gabarito. A 
letra C é falsa, pois podem exercer a atividade de empresário todos os que 
estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente 
impedidos (art. 972 do CC/2002). O analfabeto não se enquadra em 
nenhuma dessas situações. A letra D é incorreta porque o empresário, cuja 
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atividade rural constitua sua principal profissão, pode requerer inscrição no 
Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, ficando 
equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro (art. 971 
do CC/2002). Por fim, a letra E está errada porque o nome empresarial do 
empresário individual é a firma individual, não a razão social. 
8 - (ESAF/AFT/2010) Assinale, a seguir, a sociedade que só pode adotar 
denominação social. 
a) Companhia. 
b) Sociedade em nome coletivo. 
c) Sociedade Limitada. 
d) Sociedade em conta de participação. 
e) Sociedade em comum. 
A letra A é o gabarito, pois a companhia só pode usar o nome empresarial do 
tipo denominação social (art. 1.160 do CC/2002). A letra B está errada 
porque a sociedade em nome coletivo adota a firma (art. 1.041 do CC/2002). 
A Letra C é incorreta porque a sociedade limitada pode adotar firma ou 
denominação (art. 1.158, CC/2002). A letra D é falsa, pois a sociedade em 
conta de participação não pode ter firma nem denominação (art. 1.162 do 
CC/2002), já que ela não possui personalidade jurídica. Por fim, a letra E 
também é incorreta porque a sociedade em comum, por não possuir 
personalidade jurídica, não pode adotar nome empresarial. 
9 - (ESAF/FISCAL DE RENDAS/SMF-RJ/2010) Quanto ao estabelecimento 
empresarial, marque a opção incorreta. 
a) Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios 
jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua 
natureza. 
b) O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos 
anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados. 
c) A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá 
efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação 
da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao 
cedente. 
d) Salvo disposição expressa em contrário, o alienante do estabelecimento 
podefazer concorrência ao adquirente. 
e) Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para 
exercício da empresa, por empresário ou por sociedade empresária. 
A letra D é a opção incorreta porque, não existindo autorização expressa, o 
alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos 
cinco anos subsequentes à transferência (art. 1.147 do CC/2002). Em caso de 
arrendamento ou usufruto do estabelecimento, essa proibição durará 
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enquanto vigorar o respectivo contrato (art. 1.147, par. único). Já 
as alternativas A, B, C e E estão certas, pois apresentam o exato teor dos 
arts. 
1.143, 1.146, 1.149 e 1.142 do CC/2002, respectivamente. 
10 - (FCC/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL/SÃO PAULO/
2012)Em relação à atividade empresarial e ao empresário, é correto 
afirmar: 
a) A sociedade adquire personalidade jurídica dois anos depois da inscrição, 
no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos 
constitutivos. 
b) Quando a empresa não possui bens suficientes para saldar suas dívidas, 
em regra os sócios respondem com seu patrimônio 
pessoal. 
c) Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de 
serviços. 
d) É desnecessária a inscrição do empresário no Registro Público de 
Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua 
atividade. 
e) Os cônjuges podem contratar sociedade entre si, qualquer que seja 
o regime de bens. 
Letra a) INCORRETA - A sociedade adquire personalidade jurídica dois 
anos depois da inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus 
atos constitutivos (ART. 985 DO CC/2002). 
Letra b) INCORRETA - Quando a empresa não possui bens suficientes para 
saldar suas dívidas, em regra os sócios NÃO respondem com seu patrimônio 
pessoal (PRINCÍPIO DA ENTIDADE). 
Letra c) CORRETA - Nos termos do art. 966 do CC, de 2002, considera-se 
empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organiz-
ada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Letra d) INCORRETA - É desnecessária a inscrição do empresário no Regis-
tro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua 
atividade. 
Letra e) INCORRETA - Os cônjuges podem contratar sociedade entre 
si, qualquer que seja o regime de bens DESDE QUE NÃO TENHAM 
CASADO NO REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS, OU NA SEP-
ARAÇÃO OBRIGATÓRIA. 
11 - (CESPE/JUIZ ESTADUAL/TJ-PI/2012)Com relação ao 
empresário, assinale a opção correta. 
a) É considerado empresário individual o comerciante que leve, ele mesmo, a 
mercadoria comercializada até a residência dos potenciais consumidores. 
b) Não é considerada empresária a pessoa que organiza episodicamente 
a produção de certa mercadoria, ainda que destinada à venda no 
mercado. 
c) Por força de lei, aplicam-se aos sócios da sociedade empresária as 
regras próprias do empresário individual. 
d) O menor com dezesseis anos idade que não seja emancipado somente 
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poderá dar início a empresa mediante autorização de juiz. 
e) É considerada empresária a pessoa que, exercendo profissão intelectual de 
natureza artística, contrate empregados para auxiliá-la no trabalho. 
Vejamos o que diz a lei: 
Código Civil - Art. 966. Considera-se empresário quem exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a 
circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso 
de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir 
elemento de empresa. 
Letra a) INCORRETA - Empresário individual é a pessoa física que exerce 
atividade empresarial sem constituir uma sociedade. Porém não há na lei ou 
na doutrina nenhuma regra no sentido de que o empresário individual tenha 
que levar a mercadoria comercializada aos seus consumidores. Além disso, 
nada proíbe que, em determinada sociedade empresária, um dos sócios leve 
a mercadoria comercializada até a residência do comprador. Isso não faz dele 
um empresário individual. 
Letra b) CORRETA - Esta alternativa está correta, pois podemos perceber, 
pela leitura do artigo 966, onde consta a definição de empresário e dispõe 
sobre suas principais características, que para ser empresária é preciso que a 
atividade economica seja organizada e exercida de forma profissional, ou 
seja, a pessoa que EPISODICAMENTE produz e comercializa uma mercadoria 
não é considerada empresária. 
Letra c) INCORRETA - A classificação com EMPRESÁRIA serve para o 
empresário individual e para a sociedade. Ou seja, quem é empresária é a 
sociedade e não os sócios. E as regras aplicadas aos empresários individuais 
são diferentes em alguns aspectos e não se aplicam aos sócios de sociedade 
empresárias. Regras como escrituração, inscrição e extinção são diferentes. 
Letra d) INCORRETA - Essa regra é válida no caso em que o menor vá 
continuar no exercício de uma empresa, no caso por exemplo em que os pais, 
donos de uma empresa, falecem. Pode o menor continuar com a autorização 
do juiz. Pela regra do CC não pode o menor iniciar uma empresa, pois ele não 
está em pleno gozo de sua capacidade civil. 
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em 
pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. 
Letra e) INCORRETA - Pela leitura do parágrafo único do artigo 966 
podemos constatar que a pessoa que exerça atividade intelectual, mesmo que 
com a ajuda de empregados, não é considerada empresária. 
12 - (FCC/JUIZ ESTADUAL/TJ-GO/2012) Quanto à atividade empresarial, é 
correto afirmar: 
a) Antes do início de sua atividade, faculta-se ao empresário sua inscrição no 
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Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede. 
b) Desde que com auxílio de colaboradores, considera-se empresário 
quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou 
artística, constituindo esse exercício elemento de empresa ou não. 
c) Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econ-
ômica organizada para a produção ou a circulação, tanto de bens como de 
serviços. 
d) A lei assegurará tratamento igualitário ao empresário rural e ao pequeno 
empresário, quanto à inscrição e aos efeitos dela decorrentes. 
e) Não responderá pelas obrigações contraídas a pessoa legalmente impe-
dida de exercer atividade própria de empresário. 
Letra a) INCORRETA - A inscrição do empresário é OBRIGATÓRIA e 
não facultativa. 
CC - Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de 
Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. 
Letra b) INCORRETA - Para ser empresário, nesse caso, a profissão TEM 
QUE constituir elemento de empresa. 
Art. 966.Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso 
de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir 
elemento de empresa. 
Letra c) CORRETA - Descrição perfeita da definição de empresário, de 
acordo com o previsto na lei. 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de 
serviços. 
Letra d) INCORRETA- A lei assegurará tratamento diferenciado, simplific-
ado e favorecido ao EMPRESÁRIO RURAL e ao PEQUENO EMPRESÁRIO. 
Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado 
ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos 
efeitos daí decorrentes. 
Letra e) INCORRETA - RESPONDE pelas obrigações contraídas quem 
é proibido de exercer empresa e o faz. 
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de 
empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. 
13 - (CESPE/JUIZ FEDERAL/TRF-5ª/2013)De acordo com o Código Civil, 
o exercício da atividade empresarial por pessoa legalmente impedida 
a) implica a nulidade dos atos praticados. 
b) implica a anulabilidade dos atos praticados. 
c) resulta no dever de responder pelas obrigações contraídas. 
d) consiste em crime contra a fé pública. 
e) consiste em crime contra a administração da justiça. a 
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A lei impede que alguns tipos de pessoas exerçam atividade empresarial, 
porém caso os impedidos venham a exercer eles respondem pelos atos que 
praticarem. Correta é a letra C. 
Art. 973 CC. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de 
empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. 
14 - (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-TO/2013) Assinale a opção correta 
acerca da caracterização, inscrição e capacidade do empresário e da 
sociedade empresária. 
a) Filial consiste em estabelecimento empresarial acessório e distinto do 
estabelecimento principal e cuja atividade abranja o tratamento de negócios 
do estabelecimento principal e a cuja administração esteja ligada, não 
havendo autonomia diante da lei e do público. 
b) Os pactos e as declarações antenupciais do empresário, o título de doação, 
a herança ou o legado de bens clausulados de incomunicabilidade ou 
inalienabilidade devem ser arquivados e averbados no registro público de 
empresas mercantis. 
c) A sociedade empresária que tenha um incapaz em seu quadro de sócios 
deve ter mais de 50% do capital social integralizado, estando o sócio incapaz 
impedido de exercer a administração da sociedade. 
d) Um renomado escultor que, auxiliado por colaboradores, adquira espaço 
para a venda de suas obras de arte é considerado empresário, de acordo com 
a legislação de regência. 
e) A pessoa cuja principal atividade profissional seja a rural deve 
necessariamente promover sua inscrição no registro público de empresas 
mercantis da respectiva sede. 
Letra a) INCORRETA – Existe autonomia entre os estabelecimentos 
empresariais e a lei trata dessa maneira, tanto que obriga a inscrição da filial 
na Junta Comercial da sede e na da filial e ainda tributariamente falando 
ocorre a separação também entre sede e filial. 
Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar 
sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste 
deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária. 
Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento 
secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis 
da respectiva sede. 
Letra b) CORRETA – Previsto no artigo 979 do CC. 
Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no 
Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais 
do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados 
de incomunicabilidade ou inalienabilidade. 
Letra c) INCORRETA – Para ter sócio incapaz, a sociedade precisa ter todo o 
seu capital social integralizado. 
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§ 3o do Art 974 do CC - O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo 
das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de 
sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma 
conjunta, os seguintes pressupostos: 
 I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; 
II – o capital social deve ser totalmente integralizado; 
Letra d) INCORRETA - O profissional intelectual, escultor por exemplo, 
quando exerce atividade, mesmo que com auxílio, não é considerado 
empresário. 
Art. 966 do CC - Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce 
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o 
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão 
constituir elemento de empresa. 
Letra e) INCORRETA - A pessoa cuja principal atividade profissional seja a 
rural pode efetuar sua inscrição no registro público de empresas mercantis da 
respectiva sede. 
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, 
pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus 
parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da 
respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para 
todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. 
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AULA 01 - Conceito de sociedades. Sociedades não personificadas e 
personificadas. Sociedade simples. 
15 - (ESAF/PFN/2007) A classificação da Lei n. 10.406/2002, no que 
diz respeito às sociedades, em simples e empresárias, adota como funda-
mento: 
a) a antiga noção de sociedades civis e mercantis, com base na intermediação 
na circulação de mercadorias. 
b) a distinção tem que ver com ser a prestação de cunho personalíssimo. 
c) a colaboração de terceiros para a consecução da atividade é ele-
mento principal para a qualificação como empresa, ou não. 
d) atividades cujo objeto sejam de natureza científica mas exercidas em 
conjunto, como no caso de laboratórios farmacêuticos, são empresariais por 
força da cooperação entre várias pessoas. 
e) o que importa, na qualificação de uma sociedade como empresária, ou 
não, é a opção pelo Registro Público de Empresas, ou o Registro de Pessoa 
Jurídica. 
Nessa questão, a letra A está errada porque o critério atual de classificação 
das sociedades em simples e empresárias é o desenvolvimento da atividade 
de empresa, isto é, de atividade econômica profissional (habitual) e 
organizada (estruturada e com auxílio de colaboradores) para a produção ou 
a circulação de bens ou serviços, e não mais o antigo critério da circulação de 
mercadorias (teoria dos atos de comércio), que hoje é insuficiente por não 
abranger todas as modalidades de atividade empresarial, como a prestação 
de serviços, a atividade agrícola e outras desenvolvidas de forma organizada. 
A letra B é o gabarito, pois, como visto, o indivíduo que exerce pessoalmente 
a atividade, sem auxiliares nem estrutura organizada (elemento de empresa), 
como um artista plástico, uma doceira ou um jardineiro, exerce tão-somente 
atividade civil. Já a letra C não é adequada porque, embora a colaboração de 
terceiros seja importante para a caracterização da empresa, o elemento 
principal de identificação é o caráter profissional (habitual) da atividade. A 
letra D peca ao dar a idéia de que basta a cooperação entre as pessoas para 
caracterizar a empresa, pois é possível que laboratórios ou centros de 
estudos estejam unidos, por exemplo, em torno de atividade de pesquisa 
eminentemente científica e sem fins lucrativos. Finalmente, a letra E está 
errada porque a classificação da sociedade como simples ou empresária 
depende da atividade desenvolvida e não da opção do empresário. 
16 - (ESAF/AFRF/TRIBUTAÇÃOE JULGAMENTO/2002) As sociedades em conta 
de participação assemelham-se às sociedades de capital e indústria, no 
concernente a: 
a) permissão para que o sócio oculto e o de indústria exerçam atos de gestão 
quando ausentes os sócios ostensivo ou capitalista, respectivamente. 
b) contribuição do sócio oculto e do de indústria para a formação do capital. 
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c) irresponsabilidade, perante terceiros, dos sócios oculto e de indústria 
por obrigações da sociedade. 
d) não responsabilidade dos sócios que não exercerem a gerência 
da sociedade perante terceiros credores. 
e) desnecessidade de arquivamento dos contratos de sociedade em 
qualquer registro por tratar-se de sociedades não personificadas. 
O Código Civil de 2002 extinguiu a sociedade de capital e indústria como 
um tipo expresso de sociedade empresária. Essa forma societária possuía 
duas espécies de sócios: o sócio de capital, que entrava com o capital e 
gerenciava a sociedade, e o sócio de indústria (trabalho) que contribuía 
apenas com o seu trabalho e não tinha gestão nos negócios da sociedade. A 
responsabilidade do sócio de capital era ilimitada e solidária. Já o sócio de 
indústria não possuía responsabilidade. Era uma sociedade personificada e 
operava sob firma. A letra A está errada porque, na sociedade em conta de 
participação, o sócio participante (oculto) não pode tomar parte nas relações 
do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com 
este pelas obrigações em que intervier (art. 993, par. único, do CC/2002). A 
letra B é falsa porque, na sociedade de capital e indústria, o sócio de indústria 
contribuía com a sociedade apenas com seu trabalho. As letras C e D são 
ambas corretas, já que, tanto o sócio oculto da sociedade em conta de 
participação, como o sócio de indústria da antiga sociedade de capital e 
indústria, não se responsabilizam perante terceiros pelos negócios da 
sociedade, ficando essa responsabilidade, respectivamente, com os sócios 
ostensivo e de capital (quanto à sociedade em conta de participação, que é a 
que nos interessa para a prova, ver o art. 991 do CC/2002 – responsabilidade 
exclusiva do sócio ostensivo). Em função de haver duas alternativas certas, 
a questão deveria ter sido anulada, o que não ocorreu (coisas da Esaf!). O 
gabarito oficial foi a letra D. Por fim, a letra E é incorreta porque a sociedade 
de capital e indústria era uma sociedade personificada. 
17 - (ESAF/AFT/MTE/2006) A sociedade simples, regida pelas disposições 
do art. 997 e seguintes do Código Civil – Lei n. 10.406/02 – caracteriza-se 
por: 
a) permitir combinar sócios que contribuem serviços com os que aportam 
capitais. 
b) ser modelo geral do instituto jurídico sociedade com finalidade de 
natureza intelectual. 
c) oferecer normas supletivas para reger as relações externas da 
sociedade em comum. 
d) garantir a todos os sócios participação nas deliberações sociais. 
e) determinar a completa separação patrimonial entre bens dos sócios 
e obrigações sociais. 
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Perceba que, quando a questão pede a alternativa que caracteriza a 
sociedade simples, ela quer a opção que apresenta um atributo que é típico 
desse tipo de sociedade, e não de outras espécies. Como visto, é possível, 
nas sociedades simples, ao contrário do que ocorre nas sociedades 
empresárias, haver sócios que contribuam apenas com serviços (arts. 997, 
V, e 1.007 do CC/2002), daí a correção da letra A (gabarito). A letra B está 
errada, pois as atividades intelectuais podem ser exercidas por sociedades 
empresárias, se estiver presente o elemento de empresa (art. 966, par. 
único, in fine, do CC/2002). A letra C está incorreta porque a aplicação 
subsidiária das normas das sociedades simples é uma característica do 
regime das sociedades em comum (assim como dos regimes das sociedades 
em nome coletivo, em comanditas simples e limitadas) e não uma 
característica das sociedades simples em si. O disposto na letra D não 
caracteriza as sociedades simples, já que os outros tipos societários podem 
assegurar a participação de todos os sócios nas deliberações sociais. 
Finalmente, na letra E, qualquer tipo de sociedade personificada, e não só a 
sociedade simples, promove a separação patrimonial entre os bens e as 
obrigações dos sócios e os da sociedade. 
18 - (ESAF/ANALISTA JURÍDICO/SEFAZ/CE/2006) O arquivamento do ato 
constitutivo de uma sociedade limitada na Junta Comercial implica: 
a) a existência da sociedade para os fins de direito, a partir da data de 
protocolo. 
b) a atribuição de regularidade mercantil da sociedade em questão. 
c) que os sócios demonstrem possuir affectio societatis entre si, caracterizada 
pela assinatura do documento por todos eles. 
d) atribuirá personalidade jurídica à sociedade a partir do deferimento do ato 
pela Junta Comercial. 
e) não dá aos administradores designados no ato constitutivo os poderes de 
administrar, pois isso depende da sua posse, a ser lavrada em livro próprio. 
As letras A e D estão erradas porque generalizaram para todas as situações o 
momento de produção de efeitos do registro da sociedade. Nem sempre o 
arquivamento do ato constitutivo da sociedade terá efeito a partir da data de 
protocolo ou a partir do deferimento do ato pela Junta Comercial. Tudo vai 
depender do caso concreto. O registro deve ser feito na Junta Comercial no 
prazo de trinta dias, contado da lavratura do ato (art. 1.151, § 1.º, do 
CC/2002). Todavia, se o registro for requerido após esse prazo, ele somente 
produzirá efeitos a partir da data de sua concessão (art. 1.151, § 2.º, do 
CC/2002). A letra B é o gabarito, já que é o arquivamento do ato constitutivo 
que dá efetiva existência e regularidade à sociedade empresária. 
A letra C é falsa porque o registro não implica a demonstração de que os 
sócios possuem a affectio societatis, pois isso é uma presunção anterior ao 
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registro. E a letra E está errada porque os administradores da limitada podem 
vir designados no próprio contrato social (art. 1.060 do CC/2002). 
19 - (ESAF/PFN/2005-2006) O Código Civil de 2002 não prevê a possibilidade 
de aquisição de cotas do sócio pela própria sociedade limitada, mas a opção 
existirá para os contratos sociais que adotarem a legislação das sociedades 
anônimas supletivamente. 
O item é correto porque o CC/2002 não prevê tal possibilidade, mas a Lei 
6.404/1976 a prevê, no art. 30, sendo certo ainda que a limitada pode se 
reger supletivamente pelas normas da sociedade anônima (art. 1.053, par. 
único, do CC/2002). 
20 - (ESAF/PFN/2005-2006) Julgue os itens de acordo com o Código 
Civil Brasileiro e assinale a opção que contém a resposta correta. 
( ) Na sociedade limitada, exige-se a concordância de três quartos do capital 
social para a mudança do objeto social, enquanto que na sociedade 
simples esta alteração deve ser unânime e na sociedade anônima, pela 
metade, no mínimo, das ações com direito a voto. 
( ) Admite-se a sociedade unipessoal sem limitações. 
( ) Em caso de omissão na regulamentação à sociedade limitada, aplicam-se 
os dispositivos da sociedade simples, e apenas supletivamente os da 
sociedade anônima e desde que tal aplicação esteja prevista no 
contrato social, não sendo possível usar de dispositivos da lei que de 
sociedade anônima quando a matéria estiver regida por artigos do 
Código Civilno capítulo relativo à limitada. 
( ) Em relação à sociedade limitada, permite-se a existência de cotas 
preferenciais, com vantagens aos sócios, como uma participação maior nos 
lucros, exclusão da participação em perdas e limitação do direito de voto. 
( ) Não havendo disposição em contrário no contrato, desejando o sócio 
ceder suas cotas, total ou parcialmente, a outro sócio ou a terceiro, 
poderá fazê-lo desde que não haja oposição de mais de um quarto do capital 
social. 
a) V, F, V, F, F 
b) V, V, F, V, F 
c) F, F, V, F, V 
d) F, V, F, V, V 
e) V, F, V, F, V 
O primeiro item é verdadeiro, conforme o art. 1.076, I, do CC/2002 
(limitadas); o art. 999 c/c o art. 997, II, ambos do CC/2002 (sociedades 
simples); e o art. 136, VI, da Lei 6.404/1976 (sociedades anônimas). O 
segundo item é falso porque só se admite a criação de sociedades unipessoais 
no caso das empresas públicas federais (já que a União é a entidade 
competente para legislar sobre Direito Comercial – art. 22, I, CF/88 –, o 
que 
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a autoriza a criar forma societária inédita, isto é, não prevista no CC/2002) e 
nos casos expressos em lei, como a subsidiária integral (art. 251 da 
Lei 
6.404/1976). Um exemplo de empresa pública federal unipessoal é a Caixa 
Econômica Federal (art. 3.º do Decreto-Lei 759/1969). O terceiro item é 
correto, nos termos do art. 1.053. Note que a aplicação das regras das 
sociedades simples ou das companhias, conforme o caso, só ocorre quando 
não houver regra própria das limitadas prevista no Código Civil (por isso a 
aplicação é supletiva). O quarto item é incorreto porque o CC/2002 não 
autoriza a emissão nas limitadas de quotas preferenciais que excluam o 
direito de voto dos sócios, já que os votos devem ser contados segundo o 
valor das quotas de cada um deles (art. 1.072 c/c o art. 1.010). E o quinto 
item é falso porque, na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, 
total ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência 
dos outros (art. 1.057 do CC/2002). Gabarito: letra A. 
21 - (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJSE/2004) Uma inovação trazida pelo 
Código Civil para as sociedades limitadas foi a previsão de constituição de 
conselho fiscal. No referente a esse conselho, julgue os itens que se seguem. 
I - Uma sociedade pode ter ou não conselho fiscal, conforme defina o contrato 
social. 
II - É dever dos membros do conselho fiscal examinar, pelo menos 
trimestralmente, o estado do caixa da sociedade. 
O item I está correto, pois é o contrato social que define se a limitada 
possuirá ou não conselho fiscal (art. 1.066 do CC/2002). O item II também 
está certo, pois enuncia corretamente uma das atribuições dos membros do 
conselho fiscal da limitada (art. 1.069, I, do CC/2002). 
22 - (ESAF/JUIZ DO TRABALHO/TRT 7.ª REGIÃO/2005) Havendo acordo de 
voto entre acionistas de uma companhia aberta, 
a) cada um e todos os votantes respondem, individualmente, pelos efeitos 
das decisões aprovadas nos colegiados de que façam parte. 
b) o voto contrário ao acordo representa sua denúncia pelo declaran-
te, acionista ou delegado. 
c) a ausência de qualquer membro do colegiado vinculado pelo acordo 
de voto é ineficaz para fins de rejeição de propostas. 
d) as medidas aprovadas nas deliberações de cada órgão colegiado não 
são passíveis de revisão por outra instância, se dentro das previsões do 
acordo. 
e) tem-se o controle compartilhado, do que decorre a solidariedade 
pelos efeitos das ações administrativas. 
A letra A é errada, pois o acordo de acionistas pode ter por fim a orientação 
dos votos dos participantes num mesmo sentido, mas não pode 
responsabilizar individualmente os acionistas pelas matérias aprovadas 
pelo 
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colegiado. A letra B é incorreta, já que, embora o voto contrário ao acordo 
arquivado na sociedade possa deixar de ser computado na votação pelo 
presidente da assembleia ou do órgão colegiado de deliberação (art. 118, § 
8.º, da Lei 6.404/1976), isso não significa a denúncia (retirada) do declarante 
do acordo de acionistas. A letra C é o gabarito, já que a ausência de membro 
do acordo nas votações permite que o pactuante prejudicado exerça o direito 
de voto com as ações pertencentes ao acionista ausente (art. 118, § 9.º, da 
Lei 6.404/1976), o que torna ineficaz a ausência. A letra D é errada, pois a 
votação em harmonia com o acordo de acionistas não pode excluir a 
competência legal dos órgãos da companhia para rever atos de outros órgãos, 
quando for o caso (ex.: revisão de atos da diretoria pelo conselho de 
administração ou pela assembleia geral). Finalmente, a letra E é incorreta 
porque a Lei 6.404/1976 não fala em solidariedade dos acionistas que 
celebram o acordo pelos efeitos das ações administrativas, sendo que a 
solidariedade não se presume, mas resulta da lei ou da vontade das partes 
(art. 265 do CC/2002). 
23 - (CESPE/TABELIÃO/TJDFT/2003) Após ser requerido o registro de ato 
constitutivo de uma sociedade, o oficial de Registro Civil das Pessoas Jurídicas 
deve promover um acurado exame do cumprimento das exigências legais 
pertinentes à matéria. Nos itens que se seguem são apresentadas situações 
em que o oficial de Registro deve examinar e decidir quanto ao cumprimento 
das exigências legais. Julgue-as quanto ao acatamento do registro do 
contrato. 
I - O contrato social destina-se à constituição de uma sociedade simples, do 
tipo limitada, e não prevê a existência de conselho fiscal. Nessa situação, o 
oficial de Registro deve acatar o registro. 
II - O contrato social destina-se à constituição de uma sociedade simples, do 
tipo sociedade em nome coletivo, e prevê limitações da responsabilidade de 
alguns sócios entre si. Nessa situação, o registro deve ser acatado. 
III - O contrato social destina-se à constituição de uma sociedade simples, do 
tipo sociedade em comandita simples, cujos sócios comanditários, apesar de 
terem seus nomes compondo a firma social, ficaram, por determinação 
contratual, excluídos das responsabilidades dos sócios comanditados. Nessa 
situação, o oficial de Registro deve acatar o contrato. 
IV - O contrato social destina-se à constituição de uma sociedade simples, do 
tipo limitada, e não define o nome de nenhum dos administradores. Nessa 
situação, o oficial de Registro deve acatar o registro. 
V - O contrato social destina-se à constituição de uma sociedade simples, do 
tipo limitada, e reza que o capital social é dividido em 10 mil cotas, das quais 
5 mil tinham valor unitário de R$ 1,00 e as outras 5 mil, de R$ 2,00. Nessa 
situação, o contrato deve ser acatado. 
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VI - O contrato social destina-se à constituição de uma sociedade simples, do 
tipo limitada, e reza que 10% da parcela do capital social será integralizado 
em serviços. Nessa situação, o contrato deve ser acatado. 
Inicialmente relembre-se que a sociedade simples pode constituir-se de 
conformidade com um dos tipos de sociedade empresária, ficando sujeita, 
neste caso, às respectivas normas do tipo adotado (art. 983 do CC/2002).O 
item I está certo porque, nas limitadas, a existência do Conselho Fiscal é 
facultativa (art. 1.066 do CC/2002). O item II está correto porque nas 
sociedades em nome coletivo, embora a responsabilidade dos sócios seja 
solidária e ilimitada perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, 
ou por unânime convençãoposterior, limitar entre si a responsabilidade de 
cada um (art. 1.039, par. único). O item III é falso porque, nas sociedades 
em comandita simples, se o sócio comanditário tiver o nome na firma social, 
ele ficará sujeito às mesmas responsabilidades de sócio comanditado (art. 
1.047 do CC/2002). O item IV é verdadeiro porque se admite que o contrato 
da limitada não defina os nomes dos administradores. Neste caso, a 
administração da sociedade competirá separadamente a cada um dos sócios 
(art. 1.013 do CC/2002). O item V está certo porque o capital social da 
limitada pode ser dividido em quotas iguais ou desiguais (art. 1.055 do 
CC/2002). O item VI está errado porque, na limitada, é vedada contribuição 
que consista em prestação de serviços (art. 1.055, § 2.º, do CC/2002). 
24 - (ESAF/JUIZ DO TRABALHO/TRT 7.ª REGIÃO/2005) Aponte a 
opção correta. 
a) O novel Código Civil não prevê a possibilidade de administração da 
sociedade por mandato tácito. 
b) A sociedade simples não se dissolverá se ocorre cassação da autorização 
para seu funcionamento. 
c) O contrato social poderá prever que a sociedade simples se dissolverá por 
implemento de certa condição resolutiva, por insuficiência de capital para 
atingir o fim por ela perseguido ou por desfalque no capital social. 
d) Na sociedade em comandita simples, os sócios comanditados (pessoas 
físicas ou jurídicas) obrigam-se pelos fundos com que entraram para a 
sociedade. 
e) Na sociedade limitada os sócios poderão contribuir para a formação 
do capital social com bens, dinheiro, crédito e serviços. 
A letra A é falsa porque o art. 1.013 do CC/2002 prevê que a administração 
da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete separadamente a 
cada um dos sócios. A letra B é incorreta porque a sociedade simples 
dissolve-se quando ocorrer a extinção, na forma da lei, de sua autorização 
para funcionar (art. 1.033, V, do CC/2002). A letra C é verdadeira (gabarito), 
porque o contrato social pode prever outras causas de dissolução, a serem 
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verificadas judicialmente quando contestadas (art. 1.035 do CC/2002). 
Condição resolutiva, neste caso, é aquela que, se verificada, resolve 
(extingue) a sociedade. Ex.: morte ou incapacidade de um dos sócios. A letra 
D é errada porque, na sociedade em comandita simples, os sócios 
comanditados devem ser pessoas físicas e são responsáveis solidária e 
ilimitadamente pelas obrigações sociais (art. 1.045 do CC/2002). E a letra E é 
falsa porque, na limitada, os sócios não podem contribuir para a sociedade 
apenas com serviços (art. 1.055, § 2.º, do CC/2002). 
25 - (FCC/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL/SP/2012) 
 Considere as proposições abaixo: 
I. O sócio que, a título de quota social, transmitir domínio, posse ou uso, 
responde pela evicção; e, pela solvência do devedor, aquele que trans-
ferir crédito. 
II. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da 
sociedade, senão depois de executados os bens sociais. 
III. O sócio, admitido em sociedade já constituída, exime-se das dívidas 
sociais anteriores à admissão. 
Item I - CORRETO. Art. 1.005. O sócio que, a título de quota social, 
transmitir domínio, posse ou uso, responde pela evicção; e pela solvência do 
devedor, aquele que transferir crédito. 
Item II - CORRETO. Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem 
ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os 
bens sociais. 
Item III - INCORRETO. O sócio, admitido em sociedade já 
constituída, NÃO SE exime das dívidas sociais anteriores à admis-
são. 
26 - (CESPE/ADVOGADO DA UNIÃO/AGU/2012) Julgue o item. É lícita a 
aplicação subsidiária da disciplina normativa da sociedade anônima à so-
ciedade em conta de participação, cuja liquidação é regida pelas normas 
relacionadas à prestação de contas, de acordo com o que dispõe o CPC. 
Questão baseada no artigo 996 do Código Civil que prevê a aplicação 
subsidiária das regras da sociedade simples à sociedade em conta de 
participação e não as regras da sociedade anônima como está escrito na 
questão. A liquidação da sociedade em conta de participação é regida pelas 
normas relativas à prestação de contas na foram da lei processual. Ou 
seja, apesar de a segunda parte da questão estar correta, a primeira não 
está e por isso o erro da questão. 
Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e 
no que com ela for compatível, o disposto para a sociedade simples, e a sua 
liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na forma 
da lei processual. 
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AULA 02 - Sociedade limitada. Sociedades por ações. 
27 - (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO/DPG-CE/2008) Marcos 
Oliveira, Antônio Silva e Paulo Perez constituíram sociedade designada 
Oliveira, Silva & Perez Serviços Gerais Ltda., para atuar no ramo de prestação 
de serviços de limpeza e conservação a outras pessoas jurídicas, sendo Paulo 
Perez o sócio majoritário. Tendo Paulo Perez sido executado pessoalmente, o 
credor requereu a penhora de suas quotas, a fim de garantir a execução. 
Acerca da situação hipotética acima e das normas relativas às sociedades 
limitadas, julgue os itens que se seguem. 
I - É lícita a utilização do nome Oliveira, Silva & Perez Serviços Gerais Ltda., 
pois as sociedades limitadas podem utilizar tanto denominação como razão 
social. 
II - Em razão das características das sociedades limitadas, as quotas soci-
ais de Paulo Perez não podem ser penhoradas. 
III - Os sócios da Oliveira, Silva & Perez Serviços Gerais Ltda. respondem 
solidariamente pela exata estimação dos bens conferidos ao capital social até 
o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade. 
O primeiro item é certo, pois, como visto, as sociedades limitadas podem 
utilizar como nome empresarial tanto a denominação como a razão social 
(art. 1.158 do CC/2002). O segundo item é errado porque, se a limitada for 
uma sociedade de capital, as quotas de seus sócios poderão ser penhoradas 
livremente. E o terceiro item é correto porque, caso a realização do capital da 
limitada se dê em bens, todos os sócios responderão solidariamente pela sua 
exata estimação, pelo prazo de cinco anos, a partir do registro da sociedade, 
nos termos do art. 1.055, § 1.º, do CC/2002. 
28 - (CESPE/CONSULTOR LEGISLATIVO/SENADO FEDERAL/2002) Com 
relação à sociedade que adota o nome empresarial Cia. Agrícola do Planalto 
José Lindomar, julgue os itens a seguir. 
I - Caso o sócio José Lindomar venha a falecer, seu nome civil deverá ser 
excluído do nome da sociedade. 
II - A sociedade é constituída por quotas de responsabilidade limitada. 
III - A responsabilidade de seus sócios é ilimitada. 
IV - Sempre será sociedade comercial, independentemente de seu objeto 
social. 
V - Em seu ato constitutivo, poderão ser fixados critérios que imponham 
restrições ou limitações à circulação das unidades que dividem seu capital 
social. 
O item I é errado porque a Lei 6.404/1976 permite que o nome do fundador, 
acionista, ou pessoa que por qualquer outro modo tenha concorrido para o 
êxito da empresa figure na denominação (art. 3.º, § 1.º). O nome do sócio, 
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neste caso, funciona como expressão de fantasia, e não como indicação de 
que realmente faz parte da sociedade, razão pela qual seu nome pode ser 
mantido no nome empresarial, ainda que venhaa falecer. O item II é falso, já 
que se trata de uma companhia, cujo capital é dividido em ações (art. 1.º da 
Lei 6.404/1976). O item III é incorreto porque, nas sociedades anônimas, a 
responsabilidade dos sócios é limitada ao preço de emissão das ações 
subscritas ou adquiridas (art. 1.º da Lei 6.404/1976). O item IV é verdadeiro 
porque a sociedade anônima sempre será uma sociedade empresária, 
independentemente de seu objeto social (art. 2.º, § 1.º, da Lei 6.404/1976). 
A Lei das S.A. fala que a companhia será sempre “mercantil” (sinônimo de 
“comercial”), mas hoje devemos entender o termo como “empresária”, 
segundo a nova nomenclatura do CC/2002 (art. 982). Por fim, o item V está 
errado porque somente o estatuto da companhia fechada pode impor 
restrições ou limitações à circulação das ações (art. 36 da Lei 6.404/1976). 
29 - (CESPE/PROCURADOR DE ESTADO/PGE-PB/2008) Assinale a opção 
correta, relativamente ao direito de empresa. 
a) Em caso de insolvência da sociedade limitada com capital social 
integralizado, os sócios respondem solidariamente, entre si, pelas dívidas da 
sociedade. 
b) As sociedades em comum têm personalidade jurídica, são titulares dos 
bens e das dívidas sociais, e os sócios respondem solidária e ilimitadamente, 
entre si e perante terceiros, pelas obrigações sociais, excluindo-se do 
benefício de ordem o sócio-gerente. 
c) A empresa constitui atividade econômica organizada para a produção ou 
circulação de bens ou serviços, visando à obtenção de lucros e, desde que 
legalmente constituída, adquire personalidade jurídica, tornando-se, portanto, 
titular de direitos e obrigações. 
d) Na sociedade limitada, o sócio pode ceder suas cotas, total ou 
parcialmente, a outro sócio ou a terceiro, sem a necessidade de autorização 
expressa no contrato social ou dos outros sócios. 
e) Ocorre a dissolução parcial da sociedade pela morte, retirada ou exclusão 
de sócios; no entanto, o sócio que se retira da sociedade ou os herdeiros do 
que venha a falecer responderão pelas obrigações sociais anteriores, até dois 
anos após averbada a resolução da sociedade; igualmente, nos dois primeiros 
casos, pelas posteriores obrigações sociais e em igual prazo, enquanto não se 
requerer a averbação. 
A letra A é errada porque, na sociedade limitada, a responsabilidade dos 
sócios é restrita ao valor de suas respectivas quotas, respondendo eles 
solidariamente apenas pela parcela ainda não integralizada do capital social 
(art. 1.052 do CC/2002). A letra B é incorreta porque a sociedade em comum 
(arts. 986 a 990 do CC/2002) não tem personalidade jurídica, nem é titular 
de bens ou dívidas sociais, os quais constituem patrimônio especial, de 
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titularidade em comum dos sócios (art. 988 do CC/2002). Já o art. 990 do 
CC/2002 realmente prevê que todos os sócios da sociedade em comum 
respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do 
benefício de ordem aquele que contratou pela sociedade (que pode ser tido 
como o “sócio-gerente” citado na alternativa). A letra C é falsa porque afirma 
que a empresa adquire personalidade jurídica, quando legalmente constituída, 
o que é errado, pois a empresa é a atividade empresarial, não a pessoa 
(empresário individual ou sociedade empresária) que a exerce. A letra D está 
errada porque, na omissão do contrato, o sócio da limitada pode ceder sua 
quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de 
audiência dos outros, mas só poderá cedê-la a terceiro, se não houver 
oposição de titulares de mais de um quarto do capital social (art. 1.057). Por 
fim, a letra E está certa (gabarito), conforme os arts. 1.028 (morte), 1.029 
(retirada) e 1.030 (exclusão) do Código Civil. E a responsabilidade dos sócios 
que se retiram ou de seus herdeiros, citada na alternativa, é prevista no art. 
1.032 do CC/2002. 
30 - (ESAF/PROCURADOR/MINISTÉRIO PÚBLICO/TCE-GO/2007/
ADAPTADA) Julgue os itens a seguir. 
I - Na sociedade limitada, quando não integralizada a quota de sócio remisso, 
os demais sócios podem excluí-lo e tomar para si as quotas anuladas, mas 
não podem transferi-las a estranhos à sociedade. 
II - O Código Civil brasileiro vigente vedou expressamente, na sociedade 
limitada, o direito de recesso aos sócios que a compõem. 
O item I é errado porque a quota não integralizada do sócio remisso pode ser 
assumida pelos demais ou mesmo transferida a terceiros, se houver 
estipulação contratual nesse sentido (art. 1.031, caput e § 1.º). Já a 
exclusão do sócio remisso é prevista no art. 1.004, par. único, do CC/2002. O 
item II é falso porque o CC/2002 assegura o direito de recesso (retirada) aos 
sócios da limitada (art. 1.029). 
31 - (ESAF/AFRFB/2009) Sobre as sociedades, marque a opção correta. 
a) Os sócios podem contribuir com serviços para realização de suas cotas na 
sociedade limitada. 
b) A sociedade em conta de participação é uma pessoa jurídica. 
c) As companhias abertas constituem-se mediante o arquivamento dos 
seus atos constitutivos na Comissão de Valores Mobiliários – CVM. 
d) A sociedade limitada opera sob firma ou denominação social. 
e) A sociedade de economia mista é uma sociedade limitada, com o capit-
al dividido em cotas. 
A letra A está errada, pois, na limitada, é vedada contribuição de sócio 
que consista em prestação de serviços (art. 1.055, § 2.º, do CC/2002). A 
letra B é 
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falsa porque a sociedade em conta de participação é uma sociedade não 
personificada. A letra C é incorreta porque o arquivamento dos atos 
constitutivos das companhias deve ser feito no registro do comércio (Junta 
Comercial), conforme o art. 97 da Lei 6.404/1976. A letra D é o gabarito, 
conforme o art. 1.158 do CC/2002. E a letra E é falsa porque as sociedades 
de economia mista são sociedades anônimas (art. 235 da Lei 6.404/1976). 
32 - (ESAF/PROCURADOR DF/2004) Numa sociedade limitada: 
a) apenas sócios podem ser administradores. 
b) a responsabilidade dos sócios é limitada ao valor de suas quotas, 
não havendo solidariedade. 
c) o conselho fiscal é obrigatório. 
d) o capital social é dividido em ações. 
e) mesmo após a integralização de todo o capital social, o patrimônio dos 
sócios pode ser responsabilizado por obrigações da sociedade, no caso da 
desconsideração da personalidade jurídica. 
A letra A é errada porque o contrato da limitada pode permitir 
administradores não sócios (art. 1.061 do CC/2002). A letra B é incorreta 
porque, na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao 
valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela 
integralização do capital social (art. 1.052 do CC/2002). A letra C é falsa 
porque a instituição do conselho fiscal na limitada é facultativa (art. 1.066 do 
CC/2002). A letra D está errada porque o capital social da limitada é dividido 
em quotas (art. 1.055). Por fim, a letra E é o gabarito, pois, ainda que o 
capital da limitada esteja totalmente integralizado, é possível a 
responsabilização dos sócios, nos casos em que haja abuso da 
personalidade jurídica da sociedade, por parte dos sócios, caracterizado 
pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial. Trata-se da teoria da 
desconsideração da personalidade jurídica (disregard of legal entity 
doctrine), prevista no art. 50 do CC/2002. Neste caso, pode o juiz decidir, a 
requerimento da parte ou do Ministério Público, quando couber a este intervir 
no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações 
sejam estendidos aos bens particulares dos administradoresou sócios da 
pessoa jurídica. 
33 - (ESAF/AUDITOR/TCE-GO/2007/ADAPTADA) Assinale a opção correta. 
a) Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam contra as pessoas 
a que pertencem, mas jamais em seu favor. 
b) Na sociedade simples, a lei confere aos sócios o direito de exercitar o 
benefício de ordem, quando instados judicialmente para responderem com 
seus bens, por dívidas da sociedade. 
c) Na sociedade limitada, não existe responsabilidade solidária dos sócios 
na realização do valor da quota, tampouco pela integralização do capital 
social. 
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d) Um sócio de uma sociedade limitada não poderá ceder suas quotas a outro 
sócio, se não houver previsão expressa no contrato de constituição da 
sociedade. 
e) O cancelamento da inscrição da pessoa jurídica dar-se-á a partir do início 
da sua dissolução, não sendo necessário aguardar o encerramento da 
liquidação. 
A letra A é errada porque os livros e fichas dos empresários e sociedades 
provam contra as pessoas a que pertencem, mas também em seu favor, 
quando estiverem escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco e forem 
confirmados por outros subsídios (art. 226 do CC/2002). A letra B é o 
gabarito, conforme o art. 1.024 do CC/2002, que prevê que os bens 
particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, 
senão depois de executados os bens sociais. A letra C é falsa porque, na 
sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de 
suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela parcela ainda não 
integralizada do capital social (art. 1.052 do CC/2002). A letra D é incorreta 
porque, na omissão do contrato, o sócio da limitada pode ceder sua quota, 
total ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência 
dos outros (art. 1.057 do CC/2002). E a letra E está errada porque o 
cancelamento da inscrição da pessoa jurídica ocorre apenas ao final da 
liquidação, após a aprovação das contas do liquidante e a averbação no 
registro próprio da ata da assembleia que as aprovou (art. 1.109 do 
CC/2002) 
34 - (ESAF/PROCURADOR-DF/2007.2) Um traço característico da doutrina 
societária contemporânea é a nítida distinção entre os regimes jurídicos das 
companhias abertas e fechadas, bem como a aproximação destas às 
sociedades limitadas. Essa aproximação, a propósito, evidencia-se, no Brasil, 
pela minuciosa sistemática dedicada pelo Código Civil às limitadas. Diante 
desse cenário, aponte, a seguir, a opção incorreta. 
a) O estatuto da companhia fechada pode impor limitações à circulação das 
ações nominativas, contanto que regule minuciosamente tais limitações e não 
impeça a negociação, nem sujeite o acionista ao arbítrio dos órgãos de 
administração da companhia ou da maioria dos acionistas. 
b) Sem prejuízo dos poderes da assembleia dos sócios, pode o contrato 
da sociedade limitada instituir Conselho Fiscal. 
c) A sociedade limitada, assim como a anônima fechada, independente-
mente 
de seu objeto, registra-se na Junta Comercial. 
d) Por aplicação supletiva do regime das sociedades por ações, a 
doutrina admite, no âmbito das limitadas, a validade e a eficácia do acordo de 
cotistas. 
e) Tanto na companhia fechada quanto na sociedade limitada, o sócio pode 
ser representado na assembleia por procurador, desde que este seja sócio 
ou advogado e, no caso da anônima, pode ainda ser administrador. 
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A letra A está correta, nos termos do art. 36 da Lei 6.404/1976. A letra B é 
verdadeira, conforme o art. 1.066 do CC/2002. A letra C é falsa (gabarito), 
porque, embora a sociedade anônima seja sempre empresária (art. 2.º, § 
1.º, da Lei 6.404/1976), a sociedade limitada pode ser uma sociedade 
simples que adotou essa forma empresarial (art. 983 do CC/2002), devendo 
seu registro, neste caso, ser feito não na Junta Comercial, mas no Registro 
Civil das Pessoas Jurídicas (art. 1.150 do CC/2002). A letra D está certa, pois 
a Lei 6.404/1976 prevê o acordo de acionistas no art. 118, cujas regras 
podem ser aplicadas às limitadas, se houver aplicação supletiva do regime 
das sociedades por ações (art. 1.053, par. único, do CC/2002). Por fim, a 
letra E está correta, conforme o art. 1.074, § 2.º, do CC/2002 (limitada) e o 
art. 126, § 1.º, da Lei 6.404/1976 (sociedade anônima). 
35 - (ESAF/ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE/CGU/2008) Na eleição dos 
conselheiros de administração das sociedades anônimas, é facultado aos 
acionistas que representem, no mínimo, um décimo do capital social com 
direito a voto, esteja ou não previsto no estatuto, requerer a adoção de um 
processo especial de votação, atribuindo-se a cada ação tantos votos quantos 
sejam os membros do conselho, e reconhecido ao acionista o direito de 
cumular os votos num só candidato ou distribuí-los entre vários. Esse 
processo é designado: 
a) voto plural. 
b) voto múltiplo. 
c) voto multilateral. 
d) voto em bloco. 
e) voto disjuntivo. 
O gabarito é a letra B. O voto múltiplo é previsto no art. 141 da Lei 
6.404/1976. 
36 - (ESAF/ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE/CGU/2008) A respeito da 
responsabilidade dos administradores na legislação das sociedades anônimas, 
é incorreto afirmar: 
a) o administrador não é pessoalmente responsável pelas obrigações que 
contrair em nome da sociedade e em virtude de ato regular de gestão. 
b) o administrador responde civilmente pelos prejuízos que causar, 
quando proceder, dentro de suas atribuições ou poderes, com culpa ou dolo. 
c) o administrador responde civilmente pelos prejuízos que causar, quando 
proceder, dentro de suas atribuições ou poderes, com violação da lei ou do 
estatuto. 
d) compete à companhia, mediante prévia deliberação do Conselho Fiscal, a 
ação de responsabilidade civil contra o administrador, pelos prejuízos 
causados ao seu patrimônio. 
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e) os administradores são solidariamente responsáveis pelos prejuízos 
causados em virtude do não-cumprimento dos deveres impostos por lei para 
assegurar o funcionamento normal da companhia, ainda que, pelo estatuto, 
tais deveres não caibam a todos eles. 
A letra A é correta, conforme o art. 158, caput, da Lei 6.404/1976. As letras 
B e C também estão certas, nos termos do art. 158, I e II, respectivamente, 
da mesma Lei. A letra D está errada (gabarito) porque compete à companhia, 
mediante prévia deliberação da Assembleia Geral (e não do Conselho 
Fiscal), a ação de responsabilidade civil contra o administrador, pelos 
prejuízos causados ao seu patrimônio (art. 159 da Lei 6.404/1976). E a letra 
E é verdadeira, conforme o art. 158, § 2.º, da Lei das S.A. Critica-se essa 
alternativa, porém, porque a regra é relativizada no caso das companhias 
abertas (art. 158, § 3.º). Entretanto, diante do evidente erro da letra D, esta 
era a opção a se marcar na hora da prova. 
37 - (ESAF/AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS/SEFAZ-PI/2001) 
No que diz respeito às ações preferenciais, 
a) o direito de voto mostra-se absolutamente incompatível. 
b) há limites para a sua emissão, em relação ao capital social, conforme 
o objeto social. 
c) atribuem direito de voto no caso em que os dividendos correspondentes 
não tenham atingido a meta de 10% acima daqueles pagos às ações 
ordinárias. 
d) dão o direito de eleger a maioria dos membros do Conselho Fiscal 
em assembleia especial. 
e) podem sempre ser convertidas em ordinárias, na medidade manifest-
ação do titular. 
A Letra A é errada, pois o direito de voto não é incompatível com a ação 
preferencial, já que a companhia pode ou não proibir o exercício desse direito 
pelos acionistas preferencialistas, podendo ainda apenas restringi-lo (art. 111 
da Lei das S.A.) (ex.: vedação a que o acionista vote apenas em relação a 
determinadas matérias). A Letra B, embora imperfeita, é o gabarito, pois a 
Lei estabelece limites para a emissão de ações preferenciais, em relação ao 
capital social. Ocorre que isso não se dá em função do objeto social da 
companhia, mas em razão da existência de proibição ou restrição do direito a 
voto às ações preferenciais. Conforme vimos, o número de ações 
preferenciais nessa situação não pode ultrapassar 50% do total das ações do 
capital social (art. 15, § 2.º, da Lei 6.404/1976). Como as demais 
alternativas são flagrantemente erradas, esta deve ser a opção escolhida pelo 
concurseiro. A Letra C é falsa porque as ações preferenciais sem direito de 
voto ou com restrição nesse direito adquirem o seu exercício pleno se a 
companhia deixar de pagar os dividendos preferenciais, pelo prazo previsto 
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no estatuto, que não será superior a três exercícios sociais (art. 111, § 1.º, 
da Lei 6.404/1976). Essa regra do recebimento de dividendos pelas 
preferenciais em patamar 10% acima do valor atribuído às ordinárias é 
prevista na Lei da S.A., na verdade, como uma das possíveis condições de 
admissão das ações preferenciais sem direito de voto ou com restrição nesse 
direito à negociação no mercado de valores mobiliários (art. 17, § 1.º, II). A 
Letra D é incorreta, já que os titulares de ações preferenciais sem direito a 
voto ou com voto restrito têm o direito de eleger, em votação em separado, 
não a maioria, mas um membro do Conselho Fiscal e seu respectivo suplente 
(art. 161, § 4.º, “a”, da Lei 6.404/1976). E a Letra E é errada, pois a 
conversão de ações preferenciais em ordinária só pode ocorrer se houver 
previsão no estatuto e nas condições por ele fixadas (art. 19 da Lei), não 
dependendo, assim, de simples manifestação do titular. 
38 - (CESPE/ASSISTENTE JURÍDICO/CEAJUR-DF/2001) A sociedade anônima 
é tipo societário destinado, normalmente, à formação de grandes empresas, 
cujo funcionamento e cuja administração não dependem diretamente da 
figura dos sócios. Seu capital é dividido em ações, que são títulos de livre 
cessibilidade que incorporam os direitos dos sócios, chamados acionistas, cuja 
responsabilidade, assim como nas sociedades por quotas, é limitada. A 
respeito das sociedades anônimas, julgue os itens a seguir. 
I - A responsabilidade dos acionistas é limitada ao valor patrimonial das ações 
subscritas ou adquiridas. 
II - Uma sociedade anônima pode ter por objeto participar de outras 
sociedades, sendo necessária a previsão no estatuto quando essa participação 
tem por fim realizar o objeto social ou beneficiar-se de incentivos fiscais. 
III - Ações ordinárias são as que conferem aos titulares, além dos direitos 
essenciais, como o de participar nos lucros sociais e o de fiscalizar a gestão 
dos negócios sociais, o direito de voto, em que cada ação corresponde a um 
voto nas assembléias gerais. 
IV - São fechadas as companhias cujos valores mobiliários não podem ser 
oferecidos ao público em geral, enquanto são abertas as companhias cujos 
valores mobiliários podem ser negociados no mercado de capitais, 
independentemente de registro na Comissão de Valores Mobiliários. 
V - Dentro do limite do capital autorizado, a companhia poderá emitir títulos 
negociáveis, denominados bônus de subscrição, que conferem a seus titulares 
o direito de subscreverem ações do capital social, exercitável mediante o 
pagamento do preço de emissão das ações. 
O item I é errado porque, nas sociedades anônimas, a responsabilidade dos 
acionistas é limitada ao preço de emissão (e não ao valor patrimonial) das 
ações subscritas ou adquiridas (art. 1.º da Lei 6.404/1976). O item II é falso 
porque a companhia realmente pode ter por objeto participar de outras 
sociedades, mas essa participação é facultada como meio de realizar o objeto 
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social ou para se beneficiar de incentivos fiscais, ainda que não prevista no 
estatuto (art. 2.º, § 3º, da Lei das S.A.). O item III é verdadeiro, nos termos 
dos arts. 109, I e III, e 110, da Lei 6.404/1976. O item IV é falso, pois 
nenhuma distribuição pública de valores mobiliários será efetivada no 
mercado sem prévio registro na CVM (art. 4.º, § 3º, da Lei das S.A.). E o 
item V está correto, de acordo com o art. 75 da Lei. 
39 - (ESAF/PROCURADOR-DF/2007) A administração indireta do Distrito 
Federal é composta também por empresas públicas e sociedades de economia 
mista, sendo que estas últimas adotam sempre a forma de S/A. Sobre essas 
sociedades de economia mista é correto afirmar que: 
a) não há submissão às regras da Lei n. 6.404/76, dada a sua natureza 
pública. 
b) o conselho de administração é facultativo, dependendo de previsão 
do estatuto. 
c) seus administradores fazem jus a uma remuneração a ser fixada 
pela assembléia geral. 
d) uma determinação feita pelo acionista controlador substitui a 
assembléia geral. 
e) suas ações serão nominativas, endossáveis ou ao portador. 
A letra A é errada porque as sociedades de economia mista também se 
submetem à Lei 6.404/1976, conforme os arts. 235 a 240 dessa norma. A 
letra B é errada porque, nas sociedades de economia mista, a existência do 
conselho de administração é obrigatória (art. 239 da Lei). A letra C está 
correta (gabarito), conforme o art. 152 da Lei das S.A. A letra D é falsa, pois 
a Assembleia Geral possui competências privativas (art. 122 da Lei) que não 
são podem ser substituídas pela decisão do acionista controlador. E a letra E 
é falsa porque atualmente não existem mais ações endossáveis e ao portador 
(arts. 2.º, II, e 5.º da Lei 8.021/1990). 
40 - (ESAF/PROCURADOR-DF/2004) Uma sociedade anônima aberta 
denominada Banco de Taguatinga S/A, com ações dotadas de alta liquidez e 
dispersão no mercado, convocou uma assembléia geral para deliberar sobre 
realização de uma fusão com outro banco. Nessa situação: 
a) trata-se de assembléia geral ordinária. 
b) caso seja realizada a fusão, ambos os bancos deixarão de existir. 
c) a decisão final será do conselho de administração, que apenas ouve 
a assembléia geral. 
d) os titulares de ações, sem direito a voto, não podem sequer comparecer à 
assembléia. 
e) não será necessária assembléia no outro banco. 
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A letra A é falsa porque a fusão da companhia é matéria a ser deliberada pela 
Assembleia Geral Extraordinária, conforme os arts. 131 e 136, IV, da Lei 
6.404/1976. A letra B é o gabarito, pois a fusão é a operação pela qual se 
unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes 
sucederá em todos os direitos e obrigações (art. 228 da Lei), com o que se 
extinguem as sociedades primitivas. A letra C é errada porque a fusão deve 
ser decidida pela Assembleia Geral (art. 122, VIII, da Lei), não pelo Conselho 
de Administração. A letra D é incorreta porque os acionistas sem direito a 
voto podem comparecer à Assembleia Geral e discutir a matéria submetida à 
deliberação (art. 125, par. único, da Lei). E a letra E é falsa porque o 
protocolo de fusão deve ser aprovado pelas Assembleias Gerais

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