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Aula 11 – SIMULADÃO: 70 QUESTÕES Curso REGULAR de Direito Empresarial Professor: Wangney Ilco C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 2 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Sumário 1 – Questões Comentadas ................................................................... 3 2 – Lista de Questões......................................................................... 81 3 - Gabarito ..................................................................................... 110 Olá, pessoal! Tudo beleza? Pois bem, este é o nosso último encontro neste curso de Teoria e Questões Comentadas de Direito Empresarial curso REGULAR. Hoje temos uma aula que representa um “simuladão” de toda a matéria vista neste curso. Tentem tratar essas 70 questões de hoje com a maior seriedade possível. Como se fosse a nossa prova. No mais, espero que tenham gostado do curso. Tivemos exatamente 465 questões totalmente comentadas neste curso. Certamente, teremos questões bem semelhantes em provas futuras. Então, estaremos bem preparados. Assim, espero!!! Ainda, quero agradecer de coração a sua companhia neste curso. Qualquer dúvida, qualquer sugestão, qualquer crítica estarei sempre disponível. Podem me contatar em nosso fórum tira-dúvidas, ou por e-mail (wangney.ilco@exponencialconcursos.com.br) ou Facebook (wangney). Fiquem com Deus! Abraços e bons estudos! Wangney Ilco Aula 11 – SIMULADÃO: 70 questões C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 3 de 110 www.exponencialconcursos.com.br 1 – Questões Comentadas 1. (FCC/Juiz Substituto-TJ-PI/2015) João, empresário do ramo de venda de sapatos, constituiu Paulo seu preposto, a fim de auxiliá-lo. Nesse caso, Paulo a) presume-se autorizado, à falta de proibição expressa de João, a negociar por conta própria ou de terceiro. b) pode fazer-se substituir no desempenho da preposição desde que isso não tenha sido proibido, expressamente e por escrito, por João. c) presume-se autorizado, perante terceiros, a receber em nome de João papéis, bens e valores relacionados à empresa. d) pode, mesmo sem autorização expressa de João, participar de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, desde que o faça indiretamente. e) é pessoalmente responsável pelas obrigações que contrair em nome de João, ainda que o faça nos limites da preposição, sem dolo ou culpa. Comentários Letra “c”. Nos termos do art. 1.171 do CC, e de forma razoável, o preposto não necessita de autorização expressa para receber “coisas” (papéis, bens ou valores) relacionadas à empresa. Afinal, essa é uma atribuição inerente a sua função. Obviamente, caso o referido recebimento esteja além de suas funções, o preposto poderá contestar e protestar a entrega. Assim, em recebendo, presume-se que foi autorizado e a referida entrega foi perfeita. Art. 1.171. Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, salvo nos casos em que haja prazo para reclamação. Letras “a”, “b” e “d”. Obviamente que o preposto não poderá negociar por conta própria ou de terceiro, nem fazer-se substituir no desempenho da preposição, sem a devida autorização. Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas. Art. 1.170. O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação. C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 4 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Letra “e”. O preposto não é pessoalmente responsável pelas obrigações que contrair em nome de João, quando o faça nos limites da preposição. Ou seja, agindo conforme as suas atribuições previstas no contrato social, a responsabilidade é da sociedade. Então, o preponente é RESPONSÁVEL “pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito.”. (art. 1.178). 2. (FCC/Juiz Substituto-TJ-PI/2015) Alberto emitiu um cheque nominal em favor de Bruno, que, por sua vez, endossou o título a Carlos, subordinando o endosso a determinada condição que anotou do verso da cártula. Carlos então apresentou o cheque para pagamento ao banco sacado dentro do prazo legal. Nesse caso, considerando que Alberto mantém fundos suficientes e disponíveis para o pagamento, o banco sacado deve a) pagar o cheque, mas desde que tenha sido previamente informado pelo endossante ou pelo sacador sobre a realização da condição anotada na cártula. b) pagar o cheque, reputando-se não escrita a condição anotada na cártula pelo endossante. c) pagar o cheque, mas desde que lhe seja apresentada, pelo endossatário, prova escrita da realização da condição anotada na cártula. d) negar o pagamento, pois a anotação de condição pelo endossante da cártula invalida o cheque. e) negar o pagamento, pois a anotação de condição torna o cheque título causal, impossibilitando, por consequência, a sua transmissão por endosso. Comentários Letra “b”. Conforme o art. 18 da Lei do Cheque (Lei nº 7.357/85), “O endosso deve ser puro e simples, reputando-se não-escrita qualquer condição a que Preposto Autorização escrita Pode fazer-se substituir Sem autorização - responsabilidade pessoal pelos atos praticados Autorização expressa Para negociar por conta própria ou de terceiro e fazer concorrência (operação do mesmo gênero) Sem autorização - responde p/ perdas/danos e os lucros são retidos C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 5 de 110 www.exponencialconcursos.com.br seja subordinado”. Portanto, a condição anotada na cártula pelo endossante é considerada não-escrita – letra “b” é a nossa resposta. As letras “a”, “c” e “d”, por conta do art. 18 estão incorretas. Já a letra “e” está incorreta pois “As obrigações contraídas no cheque são autônomas e independentes” (art. 13 da Lei do Cheque). 3. (FCC/Juiz-TJ-SE/2015) Considereas proposições abaixo acerca do nome empresarial. I. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob denominação social. II. A sociedade anônima poderá adotar firma ou denominação social. III. O nome de sócio que vier a falecer pode ser conservado na firma social. IV. O nome empresarial não pode ser objeto de compra e venda. V. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação. Está correto o que se afirma APENAS em: a) II e V. b) I e III. c) II e III. d) I e IV. e) IV e V. Comentários Letra “e”. Itens IV e V corretas. I – Incorreta. A firma é característica da sociedade que possui sócio de responsabilidade ilimitada, conforme o art. 1.157, CC. Art. 1.157, CC. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura. II – Incorreta. De acordo com o art. 1.160 do CC, "A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas expressões "sociedade anônima" ou "companhia", por extenso ou abreviadamente". III – Incorreta. Em consonância com o princípio da veracidade do nome empresarial, aquele sócio que não faz mais parte da sociedade não poderá ter o seu nome na firma social (art. 1.165, CC). Caso estivéssemos nos referindo à denominação de uma sociedade anônima, conforme o art. 1.160, §único do CC, “Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa". C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 6 de 110 www.exponencialconcursos.com.br IV – Correta, nos termos do art. 1.164 do CC: "O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.". V – Correta, pois a sociedade em conta de participação não possui personalidade jurídica, logo não possui nome empresarial. O art. 1.162 do CC traz esta regra: "A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação.". 4. (FCC/Promotor de Justiça-MPE-PE/2002) Em tema de sociedades anônimas, considere o que segue: I. A Companhia cria, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital social, que garantem aos seus titulares direito de participação eventual nos lucros anuais dessa empresa. II. A Companhia emite títulos nominativos que conferirão a seus titulares direito de crédito contra ela, nas condições constantes da escritura de emissão e, se houver, do certificado. III. Os títulos negociáveis, emitidos pelas Companhias de capital autorizado, conferindo a seus titulares, nas condições mencionadas no respectivo certificado, direito de subscrever ações do capital social. Esses títulos referem-se, respectivamente, a) às ações ao portador, às ações nominativas, e às partes beneficiárias. b) aos bônus de subscrição, aos commercial paper, e às debêntures. c) às debêntures, às ações endossáveis, e às ações escriturais. d) às partes beneficiárias, às debêntures, e aos bônus de subscrição. e) aos commercial paper, às ações escriturais, e às ações endossáveis. Comentários Letra “d”. Conforme a Lei nº 6.404/76 (LSA), na ordem temos as partes beneficiárias (art. 46), as debêntures (art. 52) e os bônus de subscrição (art. 75). Segue resumos sobre tais valores mobiliários da SA. C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 7 de 110 www.exponencialconcursos.com.br 5. (FCC/Analista Judiciário-Área Judiciária-Execução de Mandatos-TRT- 18ªR/2008) A respeito da sociedade limitada, considere: I. As deliberações infringentes do contrato ou da lei tornam ilimitada a responsabilidade dos que expressamente a aprovaram. II. A deliberação em assembleia será obrigatória se o número de sócios for superior a dois. III. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio. Está correto o que consta SOMENTE em: a) I e III. b) I e II. c) II e III. d) I. e) II. Comentários Letra “a”. I e III corretos. I – Correta. Em regra, a responsabilidade pelas obrigações sociais é da sociedade. No entanto, há responsabilidade ilimitada e pessoal daqueles que aprovaram as deliberações infringentes ao contrato ou à lei, causando danos ou obrigações para a sociedade, conforme art. 1.080 do CC. Parte beneficiárias •Títulos negociáveis •Sem valor nominal •Estranhos ao Capital •Confere crédito eventual mas condicionado a lucros •Não confere direitos privativos de acionistas, exceto o de fiscalização •Somente Cia. fechada •Prazo máx.de 10 anos •Pode ser convertida em ações Debêntures •Título negociável que dá direito a crédito conforme escritura ou certificado •Com valor nominal expresso em moeda nacional •A Cia pode adquirir sua própria debênture - SE valor superior ao nominal, observar regras da CVM •Pode assegurar juros, lucro e reembolso. •Pode ser convertida em ações Bônus de subscrição •Títulos negociáveis •Confere o direito de subscrever as ações do Capital Social •Emissão depende de deliberação da AG, ou do CA se o estatuto assim dispuser. •Emitidas dentro do limite de Capital Autorizado. C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 8 de 110 www.exponencialconcursos.com.br II – Incorreta, pois a deliberação em assembleia será obrigatória se o número de sócios dor superior a dez (art. 1.072, §único). ASSEMBLEIA NÚMERO DE SÓCIOS MAIOR QUE 10; REUNIÃO ATÉ 10 SÓCIOS. III – Correta, conforme art. 1.055. Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio. 6. (FCC/ICMS-MA/2016) A sociedade limitada tem o seu capital social dividido em quotas: a) necessariamente iguais, sendo indivisíveis em relação à sociedade, mesmo para efeito de transferência. b) iguais ou desiguais, sendo divisíveis em relação à sociedade, para quaisquer efeitos. c) iguais ou desiguais, sendo indivisíveis em relação à sociedade, salvo para efeito de transferência. d) necessariamente iguais, sendo indivisíveis em relação à sociedade, salvo para efeito de transferência. e) iguais ou desiguais, sendo indivisíveis em relação à sociedade, mesmo para efeito de transferência. Comentários Letra “c”. Questão que trata do capital social da sociedade limitada. A alternativa correta é a letra “c”, conforme o caput do art. 1.056 do CC – sem muitas dificuldades. Vejamos a esquematização de nossocurso sobre este tema: Capital social Contribuição em qualquer especie de bens Sócios são solidários pelo valor exato dos bens, até 05 anos do registro da sociedade Proibida a contribuição em serviços Dividido em quotas, iguais ou desiguais Cada sócio pode possuir uma ou mais quotas A quota é indivisível em relação à sociedade A quota não pode ser fracionada Mas pode ser partilhada quando transferida a terceiro ou sócio C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 9 de 110 www.exponencialconcursos.com.br 7. (FCC/ICMS-MA/2016) A administração da sociedade anônima compete: a) prioritariamente ao conselho fiscal, ao qual se subordinam a diretoria e o conselho de administração. b) exclusivamente à diretoria, caso se trate de companhia aberta. c) exclusivamente ao conselho de administração. d) à diretoria e ao conselho de administração, ou somente à diretoria, conforme dispuser o estatuto social. e) à diretoria, ao conselho de administração e, se houver, ao conselho fiscal. Comentários Letra “d”, conforme o art. 138 da Lei nº 6.404/76 (LSA): “A administração da companhia competirá, conforme dispuser o estatuto, ao conselho de administração e à diretoria, ou somente à diretoria”. Em nossos materiais de estudos, abordamos este assunto da seguinte forma: 8. (FCC/Defensor Público-DPE-ES/2016) Pedro Silva Comércio de Roupa − Empresa Individual de Responsabilidade Limitada − EIRELI alugou para moradia de seus empregados um imóvel próximo ao estabelecimento, pelo prazo de vinte e quatro meses, findo o qual o locador notificou a locatária de que não mais lhe interessava a locação, concedendo 30 dias para desocupação do imóvel. Ajuizou, depois de escoado esse prazo, ação de despejo. Nesse caso, a retomada do imóvel: a) não será possível, mediante ação de despejo, porque a EIRELI não é pessoa jurídica e, por isso, não pode celebrar contrato de locação para moradia de empregados. b) é possível, a despeito da utilização do imóvel para fins de residência, não se exigindo prazo mínimo de contrato. c) só será possível por motivo justificado, como a necessidade de reforma, porque não decorridos cinco anos do contrato. d) não é possível, porque na locação residencial, para retomada por denúncia vazia, o contrato escrito deve ser celebrado pelo prazo mínimo de trinta meses. e) apenas será possível, se o locador necessitar do prédio para uso próprio, de seu cônjuge, de descendente ou de ascendente. C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 10 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Comentários Letra “b”. A questão trata do contrato de locação realizado por uma EIRELI (é uma pessoa jurídica de direito privado) para a moradia de seus empregados. Embora possa parecer equivocado, trata-se de uma locação de imóvel não- residencial, onde o locatário é uma pessoa jurídica que exerce atividade empresarial. Então, conforme o art. 55 da Lei nº 8.245/91: Art. 55. Considera - se locação não residencial quando o locatário for pessoa jurídica e o imóvel, destinar - se ao uso de seus titulares, diretores, sócios, gerentes, executivos ou empregados. Portanto, as regras de locação de imóvel com destino ao comércio e as de locação de imóvel para fins residencial não se aplicam ao caso. Trata-se de um caso específico, onde o contrato por prazo determinado cessa, de pleno direito, findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso (art. 56, caput, Lei nº 8.245/91). 9. (FCC/Defensor Público-DPE-ES/2016) Sobre o endosso e o aval de letras de câmbio e de notas promissórias, I. pelo endosso transmitem-se todos os direitos emergentes da letra de câmbio e da nota promissória e o endossante, salvo cláusula em contrário, garante o pagamento desses títulos. II. o endosso pode ser condicional, mas não parcial. III. o pagamento de uma letra de câmbio ou de uma nota promissória pode ser no todo ou em parte garantido por aval. IV. o avalista é responsável da mesma maneira que a pessoa afiançada, mas sua obrigação se mantém se a obrigação que ele garantiu for nula apenas por vício de forma. V. o endossante acionado não pode opor ao portador de uma nota promissória as exceções fundadas sobre as relações pessoais dele com os portadores anteriores, salvo se o portador ao adquirir a nota promissória tiver procedido conscientemente em detrimento do devedor. Está correto o que se afirma APENAS em: a) II, III e IV. b) III, IV e V. c) II, IV e V. d) I, III e V. e) I, II e IV. Comentários C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 11 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Letra “d”. As letras de câmbios e as notas promissórias são reguladas pela .chamada LUG – Lei Uniforme de Genebra (Decreto 57.663/66). I – Correta. Conforme o art. 14 da LUG, o endosso transmite todos os direitos emergentes da letra. Além disso, de acordo com o art. 15 da LUG, o endossante, salvo cláusula em contrário, é garante tanto da aceitação como do pagamento da letra. II – Incorreta. O endosso deve ser puro e simples. Qualquer condição a que ele seja subordinado considera-se como não escrita (art. 12, LUG). O endosso parcial é nulo. III – Correta. Conforme o art. 30 da LUG, O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval. Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por um signatário da letra. IV – Incorreta, de acordo o art. 32 da LUG abaixo transcrito: Art. 32 - O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigac ̧ão que ele garantiu ser nula por qualquer razão que não seja um vicio de forma. V – Correta, conforme o art. 17 da LUG: Art. 17 - As pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao portador as exceções fundadas sobre as relac ̧ões pessoais delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor. Por fim, ressalta-se o teor do art. 77 da LUG, pelo qual: Art. 77 - São aplicáveis às notas promissórias, na parte em que não sejam contrárias a natureza deste título, as disposições relativas as letras e concernentes: Endosso (artigos 11 a 20); Vencimento (artigos 33 a 37); Pagamento (artigos 38 a 42); ........ C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . CursoREGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 12 de 110 www.exponencialconcursos.com.br 10. (FCC/Defensor Público-DPE-ES/2016) O registro nas Juntas Comerciais de contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz: a) exige apenas autorização judicial, após a concordância do Ministério Público, mas em nenhuma hipótese seus bens ficarão sujeitos ao resultado da empresa. b) não é permitido, mesmo que esteja representado ou assistido, salvo se adquirir cotas, em razão de sucessão hereditária. c) exige que o capital social esteja totalmente integralizado. d) é permitido, bastando que esteja representado ou assistido. e) é permitido, desde que o respectivo instrumento seja firmado por quem o represente ou assista, devendo apenas constar a vedação do exercício da administração da sociedade por ele. Comentários Letra “c”. A existência de sócio de sociedade que seja civilmente incapaz, requer a observância de alguns requisitos, conforme previsto no §3º do Art. 974 do CC, onde os pressupostos que devem ser atendidos CUMULATIVAMENTE para a pessoa incapaz ser sócio da sociedade empresária: 11. (FGV/ICMS-RJ/2008) Não é consequência do contrato de compra e venda: a) a obrigação de entregar a coisa com seus acessórios. b) a obrigação de cobrir os riscos pelo prazo de 30 dias. Atendidos os pressupostos REGISTRAR o contrato e suas alterações na JUNTA COMERCIAL O sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; O capital social deve estar totalmente integralizado; O sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais. C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 13 de 110 www.exponencialconcursos.com.br c) a obrigação de garantir os riscos da evicção. d) o direito aos cômodos antes de efetuada a tradição. e) a responsabilidade pelo alienante sobre vícios ocultos. Comentários b) Esta é a alternativa correta, tendo em vista que não há tal obrigação prevista em lei – não é consequência do contrato de compra e venda. As demais alternativas são consequências do contrato de compra e venda, como veremos. a) A obrigação de transferir o domínio de certa coisa, juntamente com os seus acessórios, está prevista no art. 481 c/c art. 233 do CC. Ressalta-se que o acessório acompanha o principal. Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro. Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. c) É uma consequência do contrato de compra e venda, nos termos do art. 447, CC. Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. d) O direito aos cômodos significa que o devedor de uma relação obrigacional de dar/entregar tem o direito de cobrar por majoração do valor do bem ocorrida entre a celebração do contrato e a tradição do bem. Exemplo: vendedor e comprador celebram contrato de compra e venda de uma Égua. Entre a celebração do contrato e a sua entrega efetiva, a Égua recebe um prêmio qualquer por suas qualidades, que lhe valoriza. Assim, o devedor (vendedor) poderá exigir um aumento na proporção da valorização do animal – direito aos cômodos. Se o comprador não aceitar o novo valor, o devedor poderá resolver o contrato. O direito aos cômodos está disciplinado no art. 237 do CC. Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. Portanto, podemos concluir que o direito aos cômodos é de fato uma possível consequência do contrato de compra e venda, ok? Alternativa correta. C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 14 de 110 www.exponencialconcursos.com.br e) Afirmativa correta, nos termos do art. 441 e seguintes do CC. Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. 12. (FGV/ISS-Cuiabá/2016) Salto Frigorífico Ltda. EPP requereu sua recuperação judicial perante o juízo da comarca de Vera, tendo o pedido sido processado por deferimento do juiz. Com o processamento, em relação às ações de execução fiscal ajuizadas pela Fazenda Pública em face da sociedade empresária, assinale a afirmativa correta. a) As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento do processamento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica. b) As execuções fiscais, diante do juízo universal na recuperação judicial no lugar do principal estabelecimento da sociedade empresária, ficam suspensas com o deferimento do processamento, cabendo à Fazenda Pública pleitear a reserva do crédito tributário. c) As execuções fiscais ficarão suspensas por, no máximo, 180 dias, contados do processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito de a Fazenda Pública continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial. d) As execuções de natureza fiscal referentes a tributos cujos fatos geradores são anteriores ao pedido de recuperação judicial ficarão suspensas até a concessão da recuperação; as ações referentes a tributos cujos fatos geradores ocorram após o pedido de recuperação poderão ser normalmente ajuizadas. e) As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo processamento da recuperação judicial, porém durante o período de 180 dias, contados do processamento da recuperação, não é permitido a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais à sua atividade empresarial. Comentários O gabarito é a letra A, conforme o §7º do art. 6º da Lei de Falências (LF). Então, o efeito imediato da decretação da falência ou deferimento do pedido de recuperação judicial é a SUSPENÇÃO da prescrição e de todas as ações e C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 15 de 110 www.exponencialconcursos.com.br execuções contra o devedor, inclusive aquelas dos credores particulares dosócio solidário (art. 6º, caput). Então temos: § 7o As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica. 13. (FGV/ICMS-RJ/2011) Em relação à execução judicial das decisões do Cade, é correto afirmar que: a) não constitui título executivo extrajudicial a decisão do Plenário do Cade que comina multa. b) a execução que tenha por objeto exclusivamente a cobrança de multas pecuniárias será feita de acordo com o disposto nos artigos 632 a 645 da Lei 5.869/73, sendo vedada a execução nos moldes da Lei 6.830/80. c) a execução das decisões do Cade somente será promovida na Justiça Federal da sede ou domicílio do exequente, à escolha do Cade. d) no cálculo do valor da multa diária pela continuidade da infração, tomar-se- á como termo inicial a data final fixada pelo Cade para a adoção voluntária das providências contidas em sua decisão, e como termo final o dia do seu efetivo cumprimento. e) o processo de execução das decisões do Cade não terá preferência sobre as demais espécies de ação, exceto habeas corpus e mandado de segurança. Comentários Esta questão tem fundamento nos dispositivos literais da Lei Antitruste. Bem complicado mesmo!!! d) Correta, conforme a literalidade do art. 100 da Lei Antitruste. Decretação da falência ou deferimento do pedido de rec. judicial REGRA SUSPENDE prescrição e açõs/execuções contra o devedor Na rec. judicial, a suspensão é por 180 dias -improrrogável. Quantias ilíquidas e ações trabalhistas Continuam no seu juízo próprio até apurar o crédito Execuções fiscais Não são suspensas pelo deferimento do pedido de rec. jud. A falência também não suspende débitos fiscais (art. 187, CTN) C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 16 de 110 www.exponencialconcursos.com.br a) Incorreta, pois tais decisões constituem título executivo extrajudicial, conforme art. 93. Art. 93. A decisão do Plenário do Tribunal, cominando multa ou impondo obrigação de fazer ou não fazer, constitui título executivo extrajudicial. b) Incorreta, pois a lei nº 6.830/80, que dispõe sobre a cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública, é utilizada para a execução que tenha por objeto exclusivamente a cobrança de multa pecuniária, conforme a determinação do art. 94 da Lei Antitruste. c) Incorreta, em razão da utilização da expressão “somente”, pois a execução das decisões do Cade poderá ser promovida também na Justiça Federal do Distrito Federal. Art. 97. A execução das decisões do Cade será promovida na Justiça Federal do Distrito Federal ou da sede ou domicílio do executado, à escolha do Cade. e) Incorreta, em razão da utilização da palavra “não”. Art. 101. O processo de execução das decisões do Cade terá preferência sobre as demais espécies de ação, exceto habeas corpus e mandado de segurança. 14. (FCC/Juiz do Trabalho Substituto-TRT-1ªR/2016) Sobre os títulos de crédito, é INCORRETO afirmar: a) A perda ou extravio da duplicata obrigará o vendedor a extrair a triplicata. b) O cheque apresentado para pagamento antes do dia indicado como data de emissão não é pagável quando da sua apresentação. c) No caso dos cheques, são nulos o seu endosso parcial e do sacado. d) As empresas, individuais ou coletivas, fundações ou sociedades civis poderão emitir faturas e duplicatas de prestação de serviços. e) O cheque pode ser emitido à ordem do próprio sacador. Comentários Letra “b”. b) Incorreta. O cheque é uma ordem de pagamento à vista, escrita e em dinheiro. Então, o cheque é pagável à vista e considera-se não-estrita qualquer menção em contrário. O chamado cheque “pré-datado” é pagável no dia da apresentação, mesmo que este dia seja anterior ao dia indicado como data de emissão, ou seja, o portador do cheque “pré-datado” ao apresentá-lo antes da data nele indicada, receberá a quantia reclamada, já que o cheque é uma ordem de pagamento à vista (art. 32). Acontece, que neste caso, o portador estará sujeito a ação de dano moral, conforme jurisprudência do STJ. C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 17 de 110 www.exponencialconcursos.com.br a) Correta, conforme o art. 23 da Lei das Duplicatas. Art. 23. A perda ou extravio da duplicata obrigará o vendedor a extrair triplicata, que terá os mesmos efeitos e requisitos e obedecerá às mesmas formalidades daquela. c) Correta, conforme a literalidade do art. 18, §único da Lei do Cheque. Art . 18, § 1º São nulos o endosso parcial e o do sacado. d) Correta. Também há a previsão para a emissão da duplicata de prestação de serviços, conforme o art. 20 da Lei das Duplicatas. Art. 20. As emprêsas, individuais ou coletivas, fundações ou sociedades civis, que se dediquem à prestação de serviços, poderão, também, na forma desta lei, emitir fatura e duplicata. e) Correta, conforme o art. 9º da Lei do Cheque. Então, o cheque poderá ser emitido em favor do próprio sacador. Art . 9º O cheque pode ser emitido: I - à ordem do próprio sacador; II - por conta de terceiro; Ill - contra o próprio banco sacador, desde que não ao portador. 15. (FCC/Juiz-TJ-CE/2014) Acerca do Conselho de Administração da Sociedade Anônima, é correto afirmar: a) Compete ao Conselho de Administração, entre outras atribuições, a eleição dos membros da Diretoria e do Conselho Fiscal. b) Compete ao Conselho de Administração, entre outras atribuições, fiscalizar a gestão dos diretores e deliberar, quando autorizado pelo estatuto, sobre a emissão de ações ou de bônus de subscrição. Esse órgão será composto por, no mínimo, 3 (três) membros, eleitos pela Assembleia-Geral e destituíveis por ela a qualquer tempo. Os membros do Conselho de Administração, até o máximo de 1/3 (um terço), também poderão ser eleitos para cargos de diretores, hipótese em que exercerão cumulativamente as funções dos dois cargos. c) É órgão obrigatório nas companhias abertas e nas companhias de economia mista, mas de existência facultativa nas companhias de capital autorizado. d) Na eleição dos membros do Conselho de Administração, é cabível a adoção do processo de voto múltiplo a pedido de acionistas representantes de 0,1 (um décimo) do capital social com direito a voto, desde que exista previsão no estatuto social e que o requerimento seja formulado até a data da instalação da assembleia, salvo se houver oposição de acionistas representantes de mais da metade do capital social com direito a voto. C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 18 de 110 www.exponencialconcursos.com.br e) Os membros do Conselhode Administração deverão ser pessoas naturais residentes no País e acionistas da companhia. Além disso, são inelegíveis para o Conselho de Administração as pessoas impedidas por lei especial, ou condenadas por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade, ou a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, bem como as pessoas declaradas inabilitadas por ato da Comissão de Valores Mobiliários. Comentários b) Correta. Diversos dispositivos da Lei nº 6.404/76 tornam esta assertiva correta. Vejamos: Art. 142. Compete ao conselho de administração: III - fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis da companhia, solicitar informações sobre contratos celebrados ou em via de celebração, e quaisquer outros atos; VII - deliberar, quando autorizado pelo estatuto, sobre a emissão de ações ou de bônus de subscrição; Art. 140. O conselho de administração será composto por, no mínimo, 3 (três) membros, eleitos pela assembléia-geral e por ela destituíveis a qualquer tempo, devendo o estatuto estabelecer Art. 143. § 1º Os membros do conselho de administração, até o máximo de 1/3 (um terço), poderão ser eleitos para cargos de diretores. Esquematizando: Conselho de Administração (CA) Deliberação colegiada - mín. 3 membros eleitos pela AG. Obrigatório: na Cia. aberta, na de capital autorizado e na sociedade de economia mista (art. 239) Regra: órgão facultativo C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 19 de 110 www.exponencialconcursos.com.br a) Compete ao Conselho de Administração, entre outras atribuições, a eleição dos membros da Diretoria e do Conselho Fiscal. Incorreta, pois os membros do Conselho Fiscal são eleitos pela Assembleia Geral. Ao Conselho de Administração compete a eleição e destituição dos diretores da companhia. Art. 142. Compete ao conselho de administração: II - eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes as atribuições, observado o que a respeito dispuser o estatuto; Art. 161. A companhia terá um conselho fiscal e o estatuto disporá sobre seu funcionamento, de modo permanente ou nos exercícios sociais em que for instalado a pedido de acionistas. § 1º O conselho fiscal será composto de, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5 (cinco) membros, e suplentes em igual número, acionistas ou não, eleitos pela assembléia-geral. c) É órgão obrigatório nas companhias abertas e nas companhias de economia mista, mas de existência facultativa nas companhias de capital autorizado. Incorreta. O Conselho de Administração é órgão obrigatório nas Companhias Abertas, nas Companhias de Capital Autorizado e nas Sociedades de Economia Mista. Conselho de administração Mandato: prazo máx.3 anos. Permitido reeleição. Pode ser destituído a qualquer tempo pela AG. Representantes dos empregados podem ser membros, SE o estatuto permitir. Elege, destitui, fiscaliza os diretores e fixa suas atribuições Delibera sobre emissão de ações e bônus de subscrição, quando o estatuto autorizar. Autoriza a alienação de bens do ativo não circulante, a constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de terceiros, SE o estatuto não for contrário Convoca a AG quando julgar conveniente Diretores Prazo de gestão: até 3 anos e permitida a reeleição Até 1/3 dos membros do CA podem ser eleitos diretores Regra: qualquer diretor pode representar a Cia. O CA e o estatuto podem regular seus atos. Pode constituir mandatários, devendo especificar os poderes no instrumento. Estatuto define: Número de diretores (máx. ou mín.), modo de substituição e atribuições e poderes de cada um. C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 20 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Art. 138, §2º. As companhias abertas e as de capital autorizado terão, obrigatoriamente, conselho de administração. Art. 239. As companhias de economia mista terão obrigatoriamente Conselho de Administração, assegurado à minoria o direito de eleger um dos conselheiros, se maior número não lhes couber pelo processo de voto múltiplo. d) Na eleição dos membros do Conselho de Administração, é cabível a adoção do processo de voto múltiplo a pedido de acionistas representantes de 0,1 (um décimo) do capital social com direito a voto, desde que exista previsão no estatuto social e que o requerimento seja formulado até a data da instalação da assembleia, salvo se houver oposição de acionistas representantes de mais da metade do capital social com direito a voto. Incorreta, nos termos do art. 141 abaixo transcrito. Art. 141. Na eleição dos conselheiros, é facultado aos acionistas que representem, no mínimo, 0,1 (um décimo) do capital social com direito a voto, esteja ou não previsto no estatuto, requerer a adoção do processo de voto múltiplo, atribuindo-se a cada ação tantos votos quantos sejam os membros do conselho, e reconhecido ao acionista o direito de cumular os votos num só candidato ou distribuí-los entre vários. e) Os membros do Conselho de Administração deverão ser pessoas naturais residentes no País e acionistas da companhia. Além disso, são inelegíveis para o Conselho de Administração as pessoas impedidas por lei especial, ou condenadas por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade, ou a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, bem como as pessoas declaradas inabilitadas por ato da Comissão de Valores Mobiliários. Incorreta, pois tais características referem-se ao Conselho Fiscal. Art. 162. Somente podem ser eleitos para o conselho fiscal pessoas naturais, residentes no País, diplomadas em curso de nível universitário, ou que tenham exercido por prazo mínimo de 3 (três) anos, cargo de administrador de empresa ou de conselheiro fiscal. §2º Não podem ser eleitos para o conselho fiscal, além das pessoas enumeradas nos parágrafos do artigo 147, membros de órgãos de administração e empregados da companhia ou de sociedade controlada ou do mesmo grupo, e o cônjuge ou parente, até terceiro grau, de administrador da companhia. Art. 147. §1º São inelegíveis para os cargos de administração da companhia as pessoas impedidas por lei especial, ou condenadas por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade, ou a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos. §2º São ainda inelegíveis para os cargos de administração de companhia aberta as pessoas declaradas inabilitadas por ato da Comissão de Valores Mobiliários. C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al .Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 21 de 110 www.exponencialconcursos.com.br 16. (FCC/Juiz do Trabalho Substituto-TRT-1ªR/2016) Segundo o Código Civil Brasileiro, relativamente às sociedades limitadas, as deliberações dos sócios serão tomadas pelos votos correspondentes, no mínimo, a a) três quartos do capital social, nos casos de pedido de concordata. b) dois terços do capital social, nos casos de modificação do contrato social. c) dois terços do capital social, nos casos de pedido de concordata. d) dois terços dos presentes, nos casos de destituição dos administradores. e) três quartos do capital social, nos casos de incorporação ou fusão da sociedade. Comentários Letra “e”, conforme o art. 1.071, VI c/c art. 1.076, I, do CC. Art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no contrato: VI - a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de liquidação; Art. 1.076. Ressalvado o disposto no art. 1.061 e no § 1o do art. 1.063, as deliberações dos sócios serão tomadas: I - pelos votos correspondentes, no mínimo, a três quartos do capital social, nos casos previstos nos incisos V e VI do art. 1.071; Quorum Assunto Código Civil Mínimo de 3/4 do Capital Social Modificação do contrato Art.1.071,V c/c 1.076, I Nomeação administrador sócio quando feita no contrato social Art.1.071, V c/c 1.076, I Fusão, incorporação, dissolução, ou cessação do estado de liquidação. Art.1.071,VI c/c 1.076, I 17. (FCC/Juiz Substituto-TJ-GO/2015) João, Carlos e Antônio, titulares de 60% das ações ordinárias de uma sociedade anônima, resolveram firmar um acordo de acionistas para disciplinar o exercício do direito de voto entre eles. Numa determinada assembleia, João não compareceu, ao passo que Carlos proferiu voto em contrariedade aos termos estipulados no acordo de acionistas, previamente arquivado na sede da companhia. Nesse caso: a) o acordo de acionistas é inválido e não produz nenhum efeito, pois esse tipo de avença só pode versar sobre a compra e venda de ações, a preferência para adquiri- las e o exercício do poder de controle. C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 22 de 110 www.exponencialconcursos.com.br b) os participantes do acordo prejudicados pela ausência de João não poderão votar com as ações dele, já que o direito de voto é pessoal e intransmissível. c) o acordo de acionistas é inoponível à companhia, por ser parte estranha à sua celebração. d) o acordo de acionista poderá ser invocado para eximir os participantes do acordo de eventual responsabilidade pelo exercício do direito de voto. e) o presidente da assembleia não deverá computar o voto de Carlos. Comentários e) Correta. Tendo em vista que o acordo de acionistas foi devidamente arquivado na sede da empresa e, portanto, presume-se que seja de conhecimento do presidente da assembleia, este não deverá computar o voto de Carlos, que foi proferido em sentido contrário ao estipulado no acordo em questão, conforme previsto no §8º do art. 118 da Lei nº 6.404/76 (LSA). Art. 118. Os acordos de acionistas, sobre a compra e venda de suas ações, preferência para adquiri-las, exercício do direito a voto, ou do poder de controle deverão ser observados pela companhia quando arquivados na sua sede. §8º. O presidente da assembléia ou do órgão colegiado de deliberação da companhia não computará o voto proferido com infração de acordo de acionistas devidamente arquivado. a) Incorreta, pois conforme o caput do art. 118 da LSA, o acordo de acionistas também poderá versa sobre o exercício do direito de voto. b) Incorreta, pois o art. 118, §9º assegura à parte prejudicada o direito de votar com as ações pertencentes ao acionista ausente ou omisso. §9º. O não comparecimento à assembléia ou às reuniões dos órgãos de administração da companhia, bem como as abstenções de voto de qualquer parte de acordo de acionistas ou de membros do conselho de administração eleitos nos termos de acordo de acionistas, assegura à parte prejudicada o direito de votar com as ações pertencentes ao acionista ausente ou omisso e, no caso de membro do conselho de administração, pelo conselheiro eleito com os votos da parte prejudicada. c) Incorreta, pois o caput do art. 118 da LSA determina que os acordos de acionistas “deverão ser observados pela companhia quando arquivados na sua sede”. Acordo de acionistas sobre Compra e venda de ações Preferência para adquirir ações O exercício do direito de voto O poder de controle C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 23 de 110 www.exponencialconcursos.com.br d) Incorreta, pois segundo o §2º do art. 118 da LSA, “Esses acordos não poderão ser invocados para eximir o acionista de responsabilidade no exercício do direito de voto (artigo 115) ou do poder de controle (artigos 116 e 117)”. 18. (FCC/Julgador Administrativo Tributário-SEFAZ-PE/2015) Em relação à constituição da companhia, nas sociedades anônimas, a) o subscritor na constituição só pode comparecer pessoalmente na assembleia geral, vedada sua representação por procurador, ainda que com poderes especiais, por se tratar de ato personalíssimo. b) quando a constituição se der por subscrição pública, haverá necessidade de prévio registro da emissão acionária no Banco Central, e a subscrição deverá ser efetuada com a intermediação de instituições financeiras ou securitárias. c) a constituição por subscrição particular do capital só poderá fazer-se por deliberação dos subscritores, exclusivamente em assembleia geral, tendo-se por fundadores todos os subscritores que aderirem. d) a incorporação de imóveis na constituição, para formação do capital social, exige escritura pública. e) entre outros requisitos preliminares, a constituição depende da subscrição, pelo menos por duas pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto, bem como da realização, como entrada, de 10%, no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro. Comentários e) Correta. Refere-se aos requisitos preliminares tal como previsto no art. 80 da Lei nº 6.404/76. Art. 80. A constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes requisitos preliminares: I - subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social fixado no estatuto; II - realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro; III - depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro. Parágrafo único. O disposto no número II não se aplica às companhias para as quais a lei exige realização inicial de parte maior do capital social. C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s auto ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 24 de 110 www.exponencialconcursos.com.br a) Incorreta, pois o subscritor pode fazer-se representar na assembleia-geral ou na escritura pública por procurador com poderes especiais (art. 90, LSA). b) Incorreta, pois por subscrição pública há a necessidade de prévio registro da emissão na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e não no Banco Central como sugere a alternativa (art. 82, LSA). c) Incorreta, pois a constituição da companhia por subscrição particular do capital também poderá ser feita por deliberação dos subscritores por escritura pública (ou assembleia geral), conforme o art. 88, LSA. Art. 88. A constituição da companhia por subscrição particular do capital pode fazer-se por deliberação dos subscritores em assembléia-geral ou por escritura pública, considerando-se fundadores todos os subscritores. d) Incorreta. De acordo com o art. 89 da LSA, a incorporação de imóveis para formação do capital social não exige escritura pública. 19. (FCC/Juiz Substituto-TRT-6ªR/2015) Acerca da dissolução e liquidação das sociedades limitadas, a) se não estiver designado no contrato social, o liquidante poderá ser indicado pelo juízo em que se processar qualquer execução ajuizada contra a sociedade dissolvida, independentemente de deliberação dos sócios. b) o liquidante deverá ser sócio ou administrador da sociedade, vedada a designação de pessoa que lhe seja estranha. c) sobrevindo causa legal de dissolução da sociedade, sua personalidade jurídica extingue-se imediatamente, independentemente da realização dos atos de liquidação. Requisitos preliminares (art. 80,LSA) •Subscrição (promessa) do capital social por pelo menos 2 pessoas •Entrada mín. 10% em dinheiro do preço de emissão das ações. •Depósito no Banco do Brasil do capital em dinheiro. Modalidades de constituição (art.82 a 93, LSA) •Subscrição pública: prévio registro dos títulos de emissão na CVM. Intermediação de instituição financeira. Somente Companhia aberta. •Subscrição particular: não necessita de inscrição na CVM. Por Assembleia ou escritura pública. Companhia fechada ou aberta. Providências complementares (art.94 a 99,LSA) •Não pode funcionar sem arquivar e publicar os atos constitutivos no Diário Oficial. •Prazo de 30 dias após o arquivamento para a publicação dos atos e da certidão de aquivamento - A SA estará regularmente constituída . C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 25 de 110 www.exponencialconcursos.com.br d) cuidando-se de sociedade constituída para funcionar por prazo determinado, o vencimento do prazo de duração implica a sua dissolução, ainda que, vencido o prazo e sem oposição de nenhum sócio, não seja promovida a sua liquidação. e) operada a dissolução da sociedade, cumpre aos administradores providenciar imediatamente a investidura do liquidante, mas ainda assim poderão concluir os negócios inadiáveis, vedadas novas operações. Comentários e) Correta. Esta alternativa está de acordo com o previsto no art. 1.036 do CC. Ressalta-se que a sociedade limitada, na omissão de suas regras próprias, deve valer-se das regras da sociedade simples, como neste caso. Também vale destacar que caso os administradores realizem novas operações, serão responsabilizados solidária e ilimitadamente. Art. 1.036. Ocorrida a dissolução, cumpre aos administradores providenciar imediatamente a investidura do liquidante, e restringir a gestão própria aos negócios inadiáveis, vedadas novas operações, pelas quais responderão solidária e ilimitadamente. a) e b) Incorretas, conforme disposto no art. 1.038 CC: "Se não estiver designado no contrato social, o liquidante será eleito por deliberação dos sócios, podendo a escolha recair em pessoa estranha à sociedade." c) Incorreta. Conforme abaixo, a dissolução abrange três fases: Portanto, com o registro da dissolução (ato) no órgão competente (RCPJ ou RPEM), a sociedade ainda não perde a personalidade jurídica. Continua sujeito de direito e é representada pelo liquidante – somente após o arquivamento do registro da partilha dos bens é que ocorre a perda de personalidade (arts. 51 e 1.109 do CC). d) Incorreta, conforme o art. 1.033. Art. 1.033 CC: Dissolve-se a sociedade quando ocorrer: I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado. Dissolução-ato (sentido estrito) Liquidação Partilha Averba-se no registro de inscrição Cancelamento da pessoa jurídica C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 26 de 110 www.exponencialconcursos.com.br 20. (FCC/Juiz Substituto-TRT-6ªR/2015) No que diz respeito à sociedade anônima, a) o número e o valor nominal das ações somente poderão ser alterados nos casos de modificação do valor do capital social ou da sua expressão monetária, de desdobramento ou grupamento de ações, ou de cancelamento de ações autorizado pela lei. b) as ações da companhia poderão ter valores nominais diferentes. c) o estatuto fixará o número das ações em que se divide o capital social, sendo que, obrigatoriamente, as ações deverão ter valor nominal. d) desde que aprovada pela Assembleia Geral, é permitida a emissão de ações por preço inferior ao seu valor nominal. e) a responsabilidade dos titulares de ações ordinárias é limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas, mas todos os acionistas respondem solidariamente pela integralização do capital social, inclusive os titulares de ações preferenciais ou de fruição. Comentários a) Correta. Esta alternativa está de forma literal ao art. 12 da Lei nº 6.404/76 (LSA). Art. 12. O número e o valor nominal das ações somente poderão ser alterados nos casos de modificação do valor do capital social ou da sua expressão monetária, de desdobramento ou grupamento de ações, ou de cancelamento de ações autorizado nesta Lei. b) e c). Incorretas. As ações poderão ou não ter valor nominal – depende do estatuto. Possuindo valor nominal, este será o mesmo para todas as ações da companhia. Art. 11. O estatuto fixará o número das ações em que se divide o capital social e estabelecerá se as ações terão, ou não, valor nominal. §2º. O valor nominal será o mesmo para todas as ações da companhia. d) Incorreta, pois é vedada a emissão de ações por preço inferior ao seu valor nominal. Art. 13. É vedada a emissão de ações por preço inferior ao seu valor nominal. Art. 11. §3º. O valor nominal das ações de companhia aberta não poderá ser inferior ao mínimo fixado pela Comissão de Valores Mobiliários. e) Incorreta, pois a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão dasações subscritas ou adquiridas. Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. Abaixo segue esquematização acerca dos valores das ações: C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 27 de 110 www.exponencialconcursos.com.br 21. (FCC/Juiz Substituto-TRT-6ªR/2015) No que tange a transformação, a fusão, a incorporação e a cisão das sociedades anônimas, a) fusão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades já existentes. b) é vedada a transformação de sociedade anônima em sociedade limitada, mas admitida a transformação de sociedade limitada em sociedade anônima. c) o ato de cisão parcial poderá estipular que as sociedades que absorverem parcelas do patrimônio da companhia cindida serão responsáveis apenas pelas obrigações que lhes forem transferidas, sem solidariedade entre si ou com a companhia cindida, resguardado aos credores da companhia cindida o direito de se oporem a essa estipulação na forma da lei. d) havendo cisão total da companhia, com a extinção da companhia cindida, as sociedades que absorverem parcelas do seu patrimônio responderão pelas obrigações da companhia extinta limitadamente à parcela do patrimônio que absorveram. e) a incorporação de sociedades resulta na criação de uma nova sociedade, com personalidade jurídica distinta das sociedades incorporada e incorporadora, que se extinguem no processo. Comentários c) Correta, conforme o §único do art. 233 da LSA. Parágrafo único. O ato de cisão parcial poderá estipular que as sociedades que absorverem parcelas do patrimônio da companhia cindida serão responsáveis apenas pelas obrigações que lhes forem transferidas, sem solidariedade entre si ou com a companhia cindida, mas, nesse caso, qualquer credor anterior poderá se opor à estipulação, em relação ao seu crédito, desde que notifique a sociedade no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data da publicação dos atos da cisão. A operação de cisão pode ser assim esquematizada: Ações- sociedade anônima Valor nominal: capital social dividido pelo nº de ações. Mesmo valor para todas as ações Preço de emissão: desembolso realizado pelo subscritor como participação Valor patrimonial: patrimônio líquido dividido pelo número de ações. Vedada a emissão de ações por preço inferior ao seu valor nominal C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 28 de 110 www.exponencialconcursos.com.br a) Incorreta. A definição de fusão está expressa no art. 228 da LSA: Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. b) Incorreta. Não existe essa limitação de transformação de sociedade em sociedade limitada. A definição de transformação está no art. 220 da LSA: Art. 220. A transformação é a operação pela qual a sociedade passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro. Parágrafo único. A transformação obedecerá aos preceitos que regulam a constituição e o registro do tipo a ser adotado pela sociedade. d) Incorreta, conforme o Art. 229, §1º, LSA: Sem prejuízo do disposto no artigo 233, a sociedade que absorver parcela do patrimônio da companhia cindida sucede a esta nos direitos e obrigações relacionados no ato da cisão; no caso de cisão com extinção, as sociedades que absorverem parcelas do patrimônio da companhia cindida sucederão a esta, na proporção dos patrimônios líquidos transferidos, nos direitos e obrigações não relacionados. e) Incorreta. O conceito de incorporação está no art. 227. Art. 227. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações. CISÃO Sociedade A Operação oposta à fusão: fracionamento da sociedade. Por analogia, emprega-se a LSA. O CC é omisso em relação à cisão Cisão Total: todo o patrimônio é revertido para sociedades novas ou já constituídas. Extinção da cindida Cisão parcial: só parte do patrimônio é revertido. A cindida não é extinta. Há apenas a divisão do capital.Sociedade B e Sociedade C C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 29 de 110 www.exponencialconcursos.com.br 22. (Prof. Wangney Ilco/2016) Em relação à atividade empresarial, assinale a alternativa correta: a) O Código Civil de 2002, sob influência do direito italiano, adota a chamada Teoria da Empresa para reger a atividade empresarial e conceitua a empresa como a atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. b) Os profissionais liberais podem ser considerados empresários, desde que estejam devidamente inscritos no Registro Público das Empresas Mercantis e a organização dos fatores de produção seja mais importante que a atividade pessoal por ele desenvolvida. c) A pessoa física que exerce a atividade empresarial de maneira solitária, embora esteja obrigada à inscrição no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas, deve responder direta e ilimitadamente pelas obrigações e dívidas decorrentes da sua atividade. d) O indivíduo incapaz poderá exercer a atividade empresarial, desde que representado ou assistido, mediante a devida autorização da Junta Comercial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, podendo a autorização ser revogada pelo juiz. e) A obrigatoriedade da inscrição no Registro Público das Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início da atividade, é requisito indispensável para caracterizar a pessoa física na condição de empresário. Comentários c) Correta. O Empresário individual deve ser inscrito no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas (CNPJ), mas não possui personalidade jurídica. Logo, os seus bens particulares se confundem com os da empresa, possuindo, então, responsabilidade direta e ilimitada. a) O erro é sútil. O Código Civil não conceitua a empresa, mas tão somente o empresário, segundo o art. 966. INCORPORAÇÃO Sociedade A Uma ou mais sociedades são absorvidas por outra A incorporadora assume todos os direitos e obrigações Há a extinção das incorporadas Sociedade B Sociedade C C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questõescomentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 30 de 110 www.exponencialconcursos.com.br b) O profissional liberal é empresário quando a organização dos fatores de produção for mais importante que a atividade pessoal desenvolvida (Aí constitui Elemento de empresa), conforme o §único do art. 966. O registro na Junta Comercial (RPEM) é declaratório e não constitutivo da condição de empresário. d) Incorreta. A autorização para o incapaz exercer a atividade empresarial é dada pelo juiz e não pela Junta Comercial, conforme determina o art. 974, §1º do CC. e) Incorreta. A inscrição dos atos constitutivos no Registro Público das Empresas Mercantis é apenas declaratório; não é requisito para caracterizar o indivíduo como empresário. 23. (Prof. Wangney Ilco/ 2016) A sociedade empresária Quincas Ltda. atua no ramo de venda de embalagens plásticas e sua sede é na cidade do Goiânia. Quincas Ltda. resolver vender um de seus estabelecimentos localizado no interior do Estado do Goiás, mediante contrato de trespasse. Porém, o estabelecimento em questão possui dívidas de diversas naturezas, regularmente contabilizadas. Acerca dessa situação e considerando a disciplina do direito de empresa, é correto afirmar que: a) Pelas dívidas, em razão da autonomia do estabelecimento e do princípio da unicidade, só o próprio estabelecimento alienante se responsabilizará solidariamente ao adquirente. b) A sucessão empresarial pretendida engloba todas as dívidas do estabelecimento, exceto as tributárias e trabalhistas. c) Quando não houver bens suficientes para solver o passivo do estabelecimento e nem o pagamento das suas dívidas, somente o consentimento expresso dos credores poderá conferir eficácia ao contrato de trespasse. d) O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de três anos, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. e) Devido ao princípio constitucional da livre concorrência, o alienante do estabelecimento poderá fazer concorrência ao adquirente, exceto se houver proibição expressa no contrato de trespasse. Comentários b) Correta. Nosso gabarito. A sucessão empresarial (solidariedade) NÃO engloba TODAS AS DÍVIDAS do empresário. Considera-se que a regra do art. 1.146 não engloba as dívidas trabalhistas e as tributárias, que contam com regras próprias – arts. 448 da CLT e 133 do CTN, respectivamente. Portanto, mesmo existindo cláusulas pactuadas no contrato de trespasse regulando a responsabilidade por C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 31 de 110 www.exponencialconcursos.com.br tais dívidas, nem o alienante e nem o adquirente, podem se valer de tais cláusulas quando demandados ou pelo fisco ou pela Justiça do Trabalho. Os efeitos das referidas cláusulas se restringem às partes pactuadas, no caso de ação em regresso. b) Incorreta. Para a execução mais eficiente de sua atividade econômica, a sociedade empresária, como pessoa jurídica, muitas vezes constitui filiais. Contudo, o patrimônio da sociedade continua um só, em respeito à unicidade patrimonial da pessoa jurídica. A autonomia de cada estabelecimento empresarial da sociedade empresária refere-se somente às suas obrigações tributárias, facilitando a fiscalização. Ou seja, é criado um CNPJ para cada filial, mas que se vinculam ao CNPJ matriz da sociedade empresária, ok? c) Incorreta. O consentimento dos credores pode ser tácito ou expresso (art. 1.145, CC). d) Conforme o art. 1.146, a SOLIDARIEDADE entre o alienante e o adquirente, pelos débitos do estabelecimento, possui a duração de 1 (um) ano, quanto aos débitos vencidos, contado da data de publicação do trespasse, quanto aos débitos vincendos, contado da data do vencimento. e) Como regra, é proibido ao alienante ou cedente do estabelecimento empresarial fazer concorrência ao adquirente. Somente no caso de alienação é permitida a CONCORRÊNCIA. Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência. Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato. 24. (ESAF/ISS-RJ/2010) Sobre as sociedades anônimas, marque a opção incorreta. a) O voto é um direito essencial dos acionistas. b) Na falta de declaração expressa em contrário, em matéria de capital social, os bens transferem-se à companhia a título de propriedade. c) O estatuto da companhia fechada pode impor limitações à circulação das ações nominativas, contanto que regule minuciosamente tais limitações e não impeça a negociação, nem sujeite o acionista ao arbítrio dos órgãos de administração da companhia ou da maioria dos acionistas. d) A companhia pode negociar com as próprias ações em caso de aquisição, para permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que até o valor do saldo de lucro ou reservas, exceto a legal, e sem diminuição do capital social ou por doação. e) A sociedade anônima adota denominação social. C óp ia r eg is tr ad a pa ra g us th av o fig ue ira b ar bo sa ( C P F : 1 24 .1 54 .6 87 -8 9) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso REGULAR de Direito Empresarial Teoria e Questões comentadas Prof.º Wangney Ilco – Aula 11 Prof.º Wangney Ilco 32 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Comentários a) Incorreta. É o gabarito. O direito ao voto não é um direito essencial dos acionistas, conforme art. 109, LSA. De forma geral, apenas as ações ordinárias têm direito ao voto. Art. 109. Nem o estatuto social nem a assembléia-geral poderão privar o acionista dos direitos de: I - participar dos lucros sociais; II - participar do acervo da companhia, em caso de liquidação; III - fiscalizar, na forma prevista nesta Lei, a gestão dos negócios sociais; IV - preferência para a subscrição de ações, partes beneficiárias conversíveis em ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição, observado o disposto nos artigos 171 e 172; V - retirar-se da sociedade nos casos previstos nesta Lei. Art. 110. A cada ação ordinária corresponde 1 (um) voto nas deliberações da assembléia-geral. Art. 111. O estatuto poderá deixar de conferir às ações preferenciais algum ou alguns dos direitos reconhecidos às ações ordinárias, inclusive o de voto, ou conferi-lo com restrições, observado o disposto no artigo 109. b) Correta, conforme literalidade do art. 9º. c) Correta, conforme literalidade do art. 36. d) Correta, nesses termos: Art. 30. A companhia não poderá negociar com as próprias ações. § 1º Nessa proibição não se compreendem: (...) b) a aquisição, para permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que até o valor do saldo de lucros ou reservas, exceto a legal, e sem diminuição do capital social, ou por doação; e) Correta, conforme art. 3º. Art. 3º A sociedade será designada por denominação acompanhada das expressões "companhia" ou "sociedade anônima", expressas por extenso ou abreviadamente mas vedada a utilização da primeira ao final. 25. (Prof. Wangney
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