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AULA 1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA parte 1 01set11

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LEGISLAÇÃO SOCIAL E DO TRABALHO
Prof . Esp. Otoniel d’Oliveira Chagas Bisneto
otonielbisneto@yahoo.com.br
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LEGISLAÇÃO SOCIAL E DO TRABALHO
OBJETIVOS GERAIS
Apresentar a evolução histórica da Teoria Geral do Direito Comercial;
Identificar os aspectos da evolução no contexto administrativo empresarial.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Desenvolver a compreensão crítica da Legislação Social e do Trabalho aplicada à Administração;
Reconhecer a importância da Legislação Social e do Trabalho para a Administração;
Desenvolver habilidade relativa à compreensão e utilização dos institutos jurídicos da Legislação Social e do Trabalho relacionados com a Administração; 
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Por que grande ambição e conquista sem contribuição não têm significado.
“Eu sou Shutruk-Nahunte” rei de Anshand e Susa soberano da terra de Elam”. “Eu destrui Sippar e capturei a estela de Nirah-Sin e a levei de volta a Elam onde a plantei como uma oferenda ao meu deus. Shutruk-Nahunte, 1158 a. C”.
FONTE: http://revistaemquestao.wordpress.com/2010/05/05/shutruk-nahunte/
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EMPRESAS DO BRASIL SÃO MAL GERIDAS, DIZ ESTUDO
Pesquisa coloca as companhias brasileiras na 14.ª colocação em ranking das melhores práticas de gestão
Numa lista de 17 países com as empresas mais bem administradas, o Brasil está na rabeira. Na média, as companhias brasileiras têm melhores práticas de gestão apenas do que as da China, Índia e Grécia [...] A categoria em que o Brasil se saiu pior foi em incentivos – a capacidade de promover e contratar funcionários. Em parte, a resposta para isso está na legislação trabalhista do país, pouco flexível.
[...]
Outro problema brasileiro foi o tamanho da “cauda longa” – o grande volume de empresas muito mal gerenciadas. [...] Esse mal gerenciamento está relacionado a uma série de fatores, entre eles a quem é o proprietário da firma. [...] Enquanto nos países ricos – Alemanha, Japão, Suécia e Estados Unidos – o número de empresas desse grupo representa 20 % a 30% da amostra; para Brasil, Portugal, Itália e Grécia ele equivale a 60%.
FONTE: http://www.gazetadopovo.com.br/posgraduacao/conteudo.phtml?id=97909
Sexta feira 26/08/2011
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"é impossível ter o exato conhecimento de um instituto jurídico sem se proceder a seu exame histórico, pois se verifica suas origens, sua evolução, os aspectos políticos ou econômicos que o influenciaram"
SÉRGIO PINTO MARTINS
Os estudiosos do Direito buscavam a
nota definidora do fenômeno jurídico através de sua redução à norma, renunciando, assim, a
análise das ‘raízes materiais’ tanto da ciência quanto do objeto sobre o qual esta se debruça.
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“resultado da pressão de fatos sociais que, apreciados segundo os valores, resultam em normas jurídicas”
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho, 20ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 05.
“não há uma separação de conteúdo (...) entre proposição normativa e fato ou entre texto normativo e mundo da vida”.
O Direito é interpretação da realidade, mas essa interpretação (axiológica) não se restringe ao “entendimento como intelecto”, ela é antes uma “compreensão prática”, na medida em que se funda em elementos objetivos, “temporalmente oferecidos”. 
DERANI, Cristiane. “A compreensão do Direito pela Unidade Ser e Dever–Ser”. Disponível em: http://www.ufpa.br/posdireito/caderno3/texto4_c3.html
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O Estado foi justificado racionalmente pelos liberais como fruto de um processo que conduziu os homens da condição de liberdade total/natural a uma sociedade com soberania que deveria ser limitada.
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Economia apropriativa;
Mais tarde aperfeiçoa as armas de caça e pesca, cria novos instrumentos de trabalho, ferramentas de produção. Houve uma organização social e certa divisão de trabalho;
No período paleolítico, passa a lascar pedras para fabricar lanças e machados, criando, assim, sua primeira atividade industrial;
O trabalho consistia em uma simples cooperação. Assim, foi organizada uma divisão de trabalho por sexo: os homens dedicavam-se ao trabalho de maior risco, enquanto as mulheres colhiam os frutos da natureza.
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O homem, que era nômade, torna-se sedentário, principalmente por causa da agricultura, que fixou a vida humana;
Há maior densidade do grupo social, com organização de comunidades, inclusive com hierarquização. Surge então o chefe, na figura do patriarca.;
Finalmente, surge para o homem a Era dos Metais e a economia transformativa, havendo a complexidade na elaboração dos produtos econômicos. 
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No Egito, a urbanização se dá de forma gradual, concomitante à unificação dos povos do Sul e Norte (Baixo e Alto Egito), o que resultou na formação das cidades entre 3.100 e 2.890 a.C.
Ao Estado cumpria a direção e a regulamentação do trabalho rural do país, que era feito por escravos, servos da gleba e trabalhadores livres, todos obrigados, quando necessário, à prestação de serviços em obras públicas. 
A manufatura constituía também um ramo econômico de grande importância.
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A estratificação social é composta por homens livres e escravos. O trabalho escravo predominava;
Calcula-se que na Itália do final do século I a.C. os escravos chegaram a dois milhões numa população total de seis milhões. No período imperial, entre 50 a.C. e 150 d.C., os escravos nos territórios romanos chegaram a dez milhões numa população total de 50 milhões;
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A relação de trabalho era estabelecida entre o dominus (sujeito titular de direitos) e a res (coisa). Era uma relação de direito real, e não pessoal. O escravo era uma coisa do proprietário, da qual ele podia usar e abusar e sobre a qual o senhor exercia o direito de vida e morte. Não era, portanto, considerado um sujeito de direito. Não passava de uma mercadoria, sem nenhum direito, muito menos trabalhista, e sem acesso aos bens que ele produzia.
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LOCATIO REI era o aluguel (arrendamento) de coisas, contrato pelo qual o locator se obrigava a proporcionar ao conductor, mediante pagamento, o desfrute ou uso dessa coisa. O objeto podia ser qualquer coisa corpórea, não consumível. O aluguel devia ser certo, determinado.
LOCATIO OPERARUM (locação de serviços) é a prestação de serviços, pela qual o locator se comprometia a prestar determinados serviços durante certo tempo mediante remuneração. Os serviços eram locados mediante pagamento. Tinham por objeto os serviços manuais não especializados, de homens livres. Corresponde ao contrato de prestação de serviços. É apontada como precedente da relação de emprego moderna, objeto do direito do trabalho.
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LOCATIO OPERIS FACIENDI (locação de obra ou empreitada) era a execução de uma obra, na qual o conductor se comprometia a trabalhar sobre uma coisa que lhe confiava o locator, sobre promessa de retribuição. O locator entregava ao conductor uma ou mais coisas para que servissem de objeto do trabalho que este comprometeu a realizar para aquele, mediante recebimento de aluguel. Era a empreitada, ajustada entre conductor e locator.
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Entre os hebreus, a prática da escravidão foi menos dura, graças à atuação da lei mosaica e talvez também por já terem sido escravos no Egito. São reconhecidos direitos iguais aos homens. Todos os homens são iguais perante o Criador. Proíbem-se os maus-tratos aos escravos e assalariados, proclama o sentido alimentar do trabalho e também condena a preguiça. Exalta o trabalho como arena de virtudes e fator de preservação do ócio. Proíbe, ainda, que o trabalho seja utilizado como fator de opressão;
Os hebreus prezavam e valorizavam o trabalho, colocando como um santo o homem que constrói sua casa, que lavra a terra, que planta o trigo.
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A organização da sociedade segue os padrões já estabelecidos no Código de Ur-Nammu. Assim, há um estrato de homens livres, uma camada de homens dotados de personalidade jurídica, mas com responsabilidade limitada, e a última camada da população babilônica era formada por escravos (equiparados a um bem
móvel), de quem geralmente a sorte dependia do sentimento humanitário de seus senhores.
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Devido à reforma de Hammurabi fixou-se o limite máximo de tempo de serviço em 3 anos para aqueles que, em razão de dívidas, eram obrigados à escravidão;
Hammurabi também regulou a aprendizagem profissional, os direitos e obrigações de classes especiais de trabalhadores, médicos, veterinários, barbeiros, pedreiros e barqueiros.
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Os gregos consideravam o trabalho manual desprezível. Desprezavam o trabalho dependente e qualquer atividade que comportasse fadiga física ou, de algum modo, a execução de uma tarefa. 
O trabalho aprisionava o homem à matéria, impedindo-o de ser livre. 
Era aviltante, de sujeição do homem ao mundo exterior, limitando a sua compreensão das coisas mais elevadas. 
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A estratificação social da sociedade feudal era assim dividida: a aristocracia (bellatores), com o dever de combater para defender a comunidade; os clérigos e monges (oratores), com o dever de rezar; os camponeses (laboratores), com o dever de trabalhar para criar riquezas e nutrir a comunidade inteira. Mais uma vez, o trabalho produtivo era relegado ao último degrau da hierarquia social.
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Os servos tinham que entregar parte da produção rural aos senhores feudais em troca da proteção que recebiam e do uso da terra. Assim, ficavam presos às glebas que cultivavam, e pesava-lhes a obrigação de entregar parte da produção rural como preço pela fixação na terra e pela defesa dada pelos senhores.
Na época, o trabalho era considerado um castigo. Os nobres não trabalhavam.
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CORPORAÇÕES DE OFÍCIO
MESTRES: proprietários das oficinas 
COMPANHEIROS: trabalhadores “assalariados”
APRENDIZES: menores que recebiam ensino metódico do ofício. (castigos corporais)
CARACTERÍSTICAS
a) estabelecer uma estrutura hierárquica;
b) regular a capacidade produtiva;
c) regulamentar a técnica de produção.
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CONCEITO ECONÔMICO DE TRABALHO DE FRANCISCO NITTI: 
“toda energia humana empregada tendo em vista um escopo produtivo” 
apud MORAES FILHO, Evaristo de. Tratado Elementar de Direito do Trabalho, vol. I, Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1960, p. 213.
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CONCEITO FILOSÓFICO DE TRABALHO (MARX)
“o trabalho é toda atividade humana que permite exprimir a individualidade daquele que a exerce. Mas exprimir-se para o outro, portanto, de mostrar ao outro ao mesmo tempo sua singularidade e seu pertencimento ao gênero humano”
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CONCEITO JURÍDICO DE TRABALHO
“se apresenta como objeto de uma prestação devida ou realizada por um sujeito em favor de outro”.
Tal ocorre quando: 
1. uma atividade humana é desenvolvida pela própria pessoa física; 
2. essa atividade se destina à criação de um bem materialmente avaliável;
3. surja de relação por meio da qual um sujeito presta, ou se obriga a prestar, a própria força de trabalho em favor de outro sujeito, em troca de uma retribuição.
 Délio Maranhão, in Direito do Trabalho, 17a. edição, pág. 8, citando Renato Corrado.
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otonielbisneto@yahoo.com.br
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