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A proteção ambiental, efetivada pela proteção sustentável dos fatores bióticos e abióticos necessários para perpetuação da vida e dos recursos naturais, é preceito fundamental no Ordenamento Jurídico brasileiro. Impõe ônus aos particulares e entes públicos, para agir de forma a diminuir a degradação já existente e, especialmente, impor limites nas ações que possam gerar novos fatos poluentes e degradantes. O Direito Ambiental tem a �nalidade de estabelecer o estudo acerca do conjunto de normas e interpretações jurídicas necessárias para efetivar a dignidade da pessoa humana, por meio da proteção ambiental, reconhecendo, também, o seu valor singular. Caro(a) estudante, ao ler este roteiro você vai: estudar os elementos para identi�cação do bem ambiental que possui tutela jurídica; visualizar determinações normativas sobre a sustentabilidade enquanto limite de ações; analisar os princípios da prevenção e da precaução enquanto balizadores dos atos privados e públicos; analisar as políticas nacionais de proteção ao meio ambiente como internalizadoras dos valores ambientais; veri�car os procedimentos e necessidades para o licenciamento ambiental. Introdução Direito e Legislação Ambiental Roteiro deRoteiro de EstudosEstudos Autor: Thiago César Giazzi Revisor: Ianara Cardoso As disciplinas jurídicas têm o reconhecimento de serem tratadas como autônomas, em razão de um conjunto de discussões e objetos de tutela sobre o qual incidem regras, princípios, políticas e instrumentos legislativos próprios. Mesmo o Direito Ambiental sendo uma disciplina autônoma, em virtude do estado da arte jurídica, possui normas espalhadas em diversos diplomas legislativos, não concentrados em uma única codi�cação, estando todos vinculados à hierarquia constitucional. As normas ambientais positivadas na Constitucional Federal fazem parte da disciplina de Direito Constitucional e do Direito Ambiental, expondo-as como fundamentais, decorrentes de origem humanista e de direito coletivo e difuso. Neste roteiro de estudos, é realizada uma compilação do conteúdo necessário para a compreensão do bem jurídico ambiental tutelado, do seu limite de utilização pautado no desenvolvimento sustentável e no sistema de prevenção e precaução regulado pelo Direito Ambiental, com desdobramentos na prática do licenciamento ambiental. O Bem Ambiental Juridicamente Tutelado Reconhecendo o meio ambiente como objeto de proteção jurídica ambiental, ou, ao menos, contexto especial desta proteção, tem-se que a expressão “meio ambiente”, é formada por dois verbetes a serem de�nidos: “meio” e “ambiente”. Esse é o primeiro momento que provoca certa confusão para o estabelecimento do objeto de tutela do Direito Ambiental, pois as palavras “meio” e “ambiente” possuem signi�cados semelhantes. Ambas dizem respeito ao “entorno”, aquilo que circunda algo, o lugar de situação de algo. Poderia ser dito que uma pessoa está inserida em um meio, que está inserida em determinado entorno, localizada em um ambiente, e todas as expressões teriam signi�cados semelhantes: a pessoa está em determinado lugar (RODRIGUES, 2019). Interessante que, ao juntar ambos os verbetes, a semântica da expressão “meio ambiente” parece ser alterada para algo mais abrangente e interrelacional. Não se trata apenas de um ambiente ou local ou um recinto, mas passa a referir a um ambiente que está em relação consigo mesmo. Torna-se correspondente a um conjunto de relações existentes, que compartilham o mesmo meio, constituindo um ambiente complexo. Em primeiro momento, seria correto entender que “meio ambiente” é uma entidade nova e autônoma, formada pela interação de seus compostos. O ordenamento jurídico brasileiro possui um recorte legal para o estabelecimento de um conceito de “meio ambiente”. Disposto na Lei nº 6.938/1981, denominada Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, totalmente recepcionada pela Constituição Federal de 1988, estabelece o Art. 3º, inciso I, o conceito de meio ambiente: “Art. 3° - Para os �ns previstos nesta Lei, entende-se por: I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, in�uências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” (BRASIL, 1981, on-line). O conceito legal de “meio ambiente” repete a semântica de não restringir o conceito a um único lugar, mas torná-lo amplo, com potencialidade de ser encarado além de estabelecimentos de fronteiras, alcançando qualquer lugar que tenha alguma função para a sustentabilidade da vida. É nesse entorno ambiental que haverá um conjunto de relações físicas, químicas e biológicas interrelacionando-se de alguma forma equilibrada, apresentando fatores componentes do meio ambiente que podem ser não vivos, como: temperatura, pressão, existência de água líquida, existência de minerais formadores de solo que suporte peso e possibilite cultivo de plantas, existência de oxigênio para respiração, existência de nitrogênio e gás carbônico para regulação de respiração dos animais vivos, umidade, dentre tantos outros (SIRVINSKAS, 2018). Note-se que a interação mostra-se tão simbiótica que, para a descrição do elemento não vivo, abiótico, já são relacionados alguns elementos vivos, bióticos, como as plantas e animais aeróbicos (respirantes). De mesmo modo, para os efeitos do conceito legal, in�uenciado por um motivo antropocentrista próprio da construção do Direito Ambiental, há a necessidade de vida, seja esta visível (vertebrados, invertebrados, insetos, fungos, plantas, peixes etc.) ou invisível (vírus, bactérias, insetos microscópicos etc.). É reconhecido que a vida humana tem uma posição de destaque dentre as demais. Conforme o recorte de estudo que se faça ao meio ambiente, um novo meio ambiente se proporciona. Em visualização exempli�cativa que obedeça a um afastamento do recorte, pode- se visualizar um meio ambiente em uma pedra submersa, possuindo elementos abióticos (a pedra, a água, a pressão, a temperatura, a mecânica da correnteza etc.), elementos bióticos (as algas que se a�xam na pedra, as bactérias, os pequenos peixes que a utilizam como abrigo, os grandes peixes que, eventualmente, passam para alimentar-se etc.). Existe todo um conjunto de interações entre fatores bióticos e abióticos que fazem a pedra ser considerada um meio ambiente. Se expandir a lente de recorte, tem-se um meio ambiente maior: o rio. Se expandir ainda mais, tem-se a bacia hidrográ�ca; depois, incluem-se os elementos do solo que estão próximos ao rio, dispensando-lhe detritos; os elementos de solo; a região, com seu próprio bioma; o continente; o hemisfério e, �nalmente, o planeta. Todos os momentos de observação revelam interações para a regência, para o abrigo e para a manutenção de todas as formas de vida, sendo todos diversos e, também, um único meio ambiente. O legislador, ao dispor, no Art. 3º, inciso I da Lei 6.938/1981 o conceito de meio ambiente, foi muito abrangente, abusando dos elementos de abstração e amplitude, sendo possível identi�car uma �nalidade de proteção a todas as formas de vida e seus contextos de abrigo e regência (BRASIL, 1981). É possível denominar essa �nalidade aspecto teleológico do meio ambiente, a�rmando a característica biocêntrica, ou seja, de protagonismo de toda a forma de vida (TRENNEPOHL, 2020). Ao veri�car o restante do Art. 3º, I, demonstra-se a tutela à manutenção de existência dos fatos que promovem a �nalidade da vida (BRASIL, 1981). Com isso, o aspecto ontológico da tutela do meio ambiente está na proteção do conjunto de condições, leis, in�uências e interações de ordem biótica ou abiótica, demonstrando um per�l ecocêntrico. O conceito da legislação brasileira em vigência integra a pessoa humana ao seu meio ambiente, não realizando separação ou garantindo uma subserviência do segundo ao primeiro, mas integrando-o nas relações que devem possuir equilíbrio e sustentabilidade para a garantia de condições de manutenção e desenvolvimento de todosos tipos de vida, uma visão adequada ao paradigma ecocêntrico atual (FIORILLO, 2018). Com essa integração, levando para o meio ambiente, também, as atividades humanas, apresenta-se um elemento ativo, imprevisível, que foge aos determinismos das demais espécies vivas, em razão da capacidade racional e da qualidade de sujeito desejante: a pessoa humana. Ressalta-se que o ambiente cultural integra o meio ambiente e consiste em elementos que permitem identi�car as sociedades humanas, as crenças, as danças e seu estilo de vida – por exemplo, o rupestre, em que o homem pré-histórico desenhava, nas paredes e nos tetos das cavernas, seus rituais de caça, nascimento, morte, dentre outras coisas. Os elementos criados e alterados pela vontade humana ou por consequência desta também integram o meio ambiente, pois os acréscimos de elementos não nativos, inseridos de forma arti�cial, alteram o equilíbrio já existente e iniciam um ciclo de novas interações. Em razão de as demais espécies vivas permanecerem em uma constante, em um determinismo biológico – exceto a espécie humana, em decorrência de sua motriz desejante –, aquelas atividades geradas pela vontade humana são tratadas como inserções arti�ciais ao meio ambiente. O Princípio do Desenvolvimento Sustentável Já foi apresentado o conceito de meio ambiente e a delimitação de seu campo de estudo pelo Direito Ambiental, que tem foco no meio ambiente natural. Para não impedir que a atividade humana utilize os recursos naturais para seu desenvolvimento, estabeleceu-se um regramento ético, transformado em norma jurídica, para que essa utilização obedeça a um limite: o da sustentabilidade. Realizar o impedimento de utilização ou interferência arti�cial no ambiente natural seria, também, um impedimento de desenvolvimento humano, que desrespeitaria a própria condição de vida humana valorada por sua dignidade (SARLET; MITIDIERO; MARINONI, 2018). Por isso, o Direito age como um limitador da vontade humana, que exceda certos parâmetros e limites: os do equilíbrio ambiental. Na declaração sobre o desenvolvimento realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), dispôs-se como inata à condição de humanidade a ideia de desenvolvimento pessoal, aumentando e expandindo-se nos aspectos econômico, social, �losó�co ou moral: LIVRO Manual de Direito Ambiental Autor : Luiz Paulo Sirvinskas Editora : Saraiva Jur Ano : 2018 Comentário : o autor indicado é membro do Ministério Público e proporciona uma visão bem recortada acerca da proteção ambiental. Indica-se ler as páginas 126-138, buscando o entendimento dos conceitos de bem ambiental e de meio ambiente. Este título está disponível na Minha Biblioteca . 1. O direito do desenvolvimento é um inalienável direito humano, em virtude do qual toda pessoa humana e todos os povos têm reconhecido seu direito de participar do desenvolvimento econômico, social, cultural e político, a ele contribuir e dele desfrutar; e no qual todos os direitos humanos e liberdades fundamentais possam ser plenamente realizados. 2. O direito humano ao desenvolvimento também implica a plena realização do direito dos povos à autodeterminação que inclui, sujeito às disposições relevantes de ambos os Pactos Internacionais sobre Direitos Humanos, o exercício de seu direito inalienável de soberania plena sobre todas as suas riquezas e recursos naturais (BIBLIOTECA VIRTUAL..., 2020, on-line). Equilibrar signi�ca realizar paridade de pesos, de medidas, de valores. Ao mesmo tempo que se tem o valor do desenvolvimento econômico como um efetivador da dignidade da pessoa humana, tem-se o da preservação ambiental como condição de existência da vida. Atribuir um peso maior aos valores de desenvolvimento da vontade humana a ponto de diminuir o valor de proteção ao bem ambiental faria diminuir a qualidade e quantidade de recursos naturais disponíveis atualmente. Ao mesmo tempo, atribuir maior peso à proteção ambiental poderia impedir o alcance de desenvolvimento humano. Dessa forma, o Direito Ambiental trata de buscar, por meio de normativas e do arcabouço jurídico de poder de polícia, o equilíbrio, estabelecendo meios para não permitir que sejam diminuídas a qualidade e a quantidade de recursos naturais (dentre os quais a quantidade de espécies vivas, as condições de fatores bióticos e abióticos já existentes), mas permitir que a exploração humana e a criação de elementos arti�ciais ocorram sem causar diminuição de recursos naturais, que possuem certa prioridade quanto ao limite que estabelecem (BARCELOS, 2019). Expõe o Art. 225 da Constituição Federal (BRASIL, 1988, on-line ), representando o protagonismo tópico da matéria ambiental no bojo constitucional, que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se [...] o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Nesse sentido, deve-se promover a educação ambiental em todos os níveis e modalidades de ensino, visando, como �m último, à preservação do meio ambiente. Fica evidente, pela dicção do artigo constitucional, que o meio ambiente deve ser ecologicamente equilibrado, demonstrando que os fatores bióticos e abióticos e suas interações devem ser mantidas em critérios quantitativos e qualitativos para as presentes e futuras gerações. Seria ferido o direito de todos – direito este considerado constitucionalmente fundamental –, caso houvesse uma redução dessas interações entre os fatores bióticos e abióticos do meio ambiente, tornando-as desequilibradas. Com isso, tem-se o limite jurídico permitido para a ação humana no meio ambiente natural: não realizar ato de vontade que objetive ou tenha como consequência reduzir o equilíbrio das presentes condições dos recursos naturais. Ferir esse limite seria agir de forma antijurídica (SARLET; MITIDIERO; MARINONI, 2018). Dessa forma, ainda que a ação humana realize interação arti�cial com o meio ambiente – e será realizada, de fato –, será possível a realização de manejos para que o patrimônio do recurso natural ambiental seja transportado ou protegido, de modo a não ser diminuído o equilíbrio existente (RODRIGUES, 2019). Utiliza-se, nesse processo de manutenção do equilíbrio ecológico, que permite a realização da atividade de desenvolvimento humano, a terminologia de meio ambiente sustentável, pois da interação entre meio ambiente natural e meio ambiente arti�cial mantêm-se inalteradas as condições de equilíbrio dos recursos naturais. Por sustentabilidade entende-se a medida de possibilidade de manter algo conservado, impedido de ruína ou de queda, protegido e equilibrado. Demonstra que é possível realizar o desenvolvimento das atividades humanas, para satisfazer as necessidades da geração atual, não comprometendo a capacidade de as gerações futuras conseguirem satisfazer as suas próprias necessidades com a utilização de qualidade e quantidade de recursos hoje existentes (TRENNEPOHL, 2020). Dessa forma, sobressai, da dedução apresentada, o princípio do desenvolvimento sustentável, norma de Direito Ambiental que se impõe como limitadora da vontade humana, e como ônus, para que todos, de forma solidária, colaborem para a manutenção e recuperação do meio ambiente natural. Assim, como meio de implementação do desenvolvimento sustentável, sob o aspecto de limitar a vontade humana, com o �m de mitigar a liberdade e utilização do patrimônio individual, integra-se ao conceito de função social da propriedade o recorte ambiental. Dessa maneira, a propriedade privada não pode extrapolar sua utilização de modo a desrespeitar a função socioambiental, ou seja, além dos limites de interesse social e humano, também, os limites de interesse ambiental. O Art. 170 da Constituição Federal (BRASIL, 1988) prevê que a propriedade é um direito fundamental, mas este, por ser princípio lógico, permite que não seja absoluto, pois o uso e a disposição dos bens integrantes da propriedade são limitadospela função social. Princípio da Proteção Ambiental: Precaução e Prevenção As normas jurídicas possuem uma estruturação em duas grandes categorias: regras e princípios (ALEXY, 2018). Enquanto as regras são normas jurídicas redigidas como uma ordem de conduta objetiva, sem a previsibilidade de interpretação extensiva ou gradação de seu alcance, os princípios são normas jurídicas dotadas de carga axiológicas, com estrutura de mandado de otimização (ou seja, que tenha possibilidade de cumprimento cada vez mais aumentado), cuja observância atesta uma possibilidade de gradação em seu cumprimento e uma previsibilidade de aumento (ALEXY, 2018). Seriam os princípios fundamentos para a criação das regras, mas, de igual modo, normas cujo cumprimento se faz obrigatório sob responsabilidade de ilicitude. Tratando-se do Direito Ambiental, tem-se um conjunto de princípios jurídicos que fundamentam todo o arcabouço normativo da matéria e estabelecem diretrizes de interpretação e criação das normas, visto serem a expressão positivada da carga axiológica LIVRO Manual de Direito Ambiental Autor : Luiz Paulo Sirvinskas Editora : Saraiva Jur Ano : 2018 Comentário : o compilado de princípios ambientais apresentado pelo autor faz uma boa análise da interdependência entre estes. Aconselhamos a leitura, portanto, a partir da página 143 até a 147. Nosso problema de estudo levantado leva em conta os princípios da prevenção e da precaução, logo, a leitura facilitará a resolução do caso. Este título está disponível na Minha Biblioteca . desta disciplina jurídica (TRENNEPOHL, 2020). São os mais relevantes princípios do Direito Ambiental: a universalidade, a ubiquidade, o desenvolvimento sustentável, o poluidor-pagador, o protetor-recebedor, a prevenção e a precaução. O Direito Ambiental tem, como um dos principais princípios orientadores, o chamado “poluidor-pagador”, cuja dicção consiste em vincular o causador de degradação ou poluição ambiental (seja esta de forma clara ou latente, podendo, inclusive, ser em razão de mera utilização do bem ambiental em sua cadeia de produção) ao ônus de ser responsabilizado (diretamente, por meio de custeios e de ações reparadoras ou indiretamente, por meio de tributação) pela interferência que faz aos recursos naturais e ao equilíbrio ambiental. A contrapartida pecuniária para realização de poluição não constitui autorização vinculada, pois não retira o caráter antijurídico do ato que cause dano ambiental, mas vincula a responsabilização social que todo o utilizador de recursos naturais tem para promoção da proteção ambiental. Desse princípio, subdividem-se outros, dando-se destaque, no momento, aos princípios da prevenção e da precaução. O princípio da prevenção estabelece a limitação das atividades, em razão de prévio conhecimento da certeza que a atividade é poluidora. Tal certeza se fundamenta em estudos técnicos concluídos ou na própria experiência com atividades semelhantes anteriormente realizadas. É certo que, com a instalação da atividade, haverá a existência do dano ao bem ambiental, ainda que este demore a ocorrer (SIRVINSKAS, 2018). A prevenção pressupõe um juízo de racionalidade a conhecimentos prévios. Conhecimentos estes que podem ser vulgares, resultantes da própria observação de outros casos já ocorridos na história (como a diminuição de número de peixes em riacho desviado para irrigação de fazenda) ou da expansão das áreas de conhecimento e pesquisa técnico-cientí�cos, um conhecimento realizado pelo desenvolvimento do método de estudo que conclua, de modo racional e dedutivo, que o dano ambiental, ainda que futuro, ocorrerá. Dessa forma, quando disposto e aplicado o princípio da prevenção, torna-se ônus daquele que, certamente, tomará a posição de poluidor, que arque com os custos dessa poluição, ou com o impedimento da atividade (diminuição ou frustração da lucratividade esperada), ou cumpra o dever de manejo das espécies da fauna e �ora, ou atividades compensatórias (plantio de �orestas, investimento em pesquisa, etc.) De modo complementar, o princípio da precaução também faz a proteção do bem ambiental nas futuras atividades. Entretanto, diferentemente da prevenção, na precaução é desconhecida a certeza da existência do dano, em razão de não terem sidos produzidos, ainda, os estudos necessários, que corroborem o conhecimento técnico-cientí�co. Com as inovações e as expansões das atividades a lugares antes não utilizados, vez ou outra deparasse com situações não exploradas, não pesquisadas e não pensadas. É natural da atividade intelectual humana direcionada em um sistema de linguagem capitalista que a busca por novos mercados e novos produtos promova situações novas, ampliando a possibilidade de maior lucratividade, em razão da inovação. O princípio da precaução, em virtude de seu intrínseco juízo de cautela, impõe ônus àquele que pretende realizar atividade de interação com o meio ambiente natural, de custear as pesquisas iniciais em favor não de sua atividade, mas, sim, da proteção ambiental. Não havendo conhecimento se o resultado da interação da nova atividade ou do novo produto no contexto do ambiente que está se propondo será danoso ao meio ambiente, estabelece-se uma presunção relativa de que essa atividade ocasionará danos ambientais se instalada, devendo o interessado custear meios de demonstrar que tais danos serão afastados, removendo, assim, tal presunção. Uma vez comprovado que a atividade não seria produtora de danos aos bens ambientais, seria afastada a incidência do princípio da precaução. LIVRO Manual de Direito Ambiental Autor : Terence Trennepohl Editora : Saraiva Jur Ano : 2020 Comentário : faça a leitura das páginas 46-50, acerca dos princípios de proteção ambiental. É um texto sintético e de fácil leitura. Como o Direito Ambiental demonstra uma base principiológica forte, entender bem como se efetiva a proteção ambiental pelos princípios da prevenção e precaução, conforme o texto demonstra, é importante para elaborar a argumentação lícita para a resolução do problema. Este título está disponível na Minha Biblioteca . Política Nacional do Meio Ambiente Talvez, uns dos principais diplomas jurídicos relevantes para a proteção ambiental seja a Lei n° 6.938/1981, intitulada Lei de Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA). Em que pese o fato de ser anterior à Constituição Federal de 1981, foi recepcionada, por adiantar a temática nos moldes tratados no contexto internacional, para o ordenamento jurídico brasileiro. Dessa forma, quando a Constituição Federal foi promulgada, o conteúdo sobre o meio ambiente atendeu aos tratados internacionais prévios, tais quais as disposições da PNMA, havendo integridade de sistema. No Art. 2º, a PNMA dispõe sobre suas políticas, ou seja, o planejamento que o Direito Brasileiro vincula os entes privados e públicos quanto à matéria ambiental, tais como racionalização do uso dos recursos naturais, �scalização de uso, qualidade de recursos, controle de atividades potencialmente ou efetivamente causadoras de poluição e recuperação de áreas já degradadas. No Art. 4º, a PNMA apresenta os objetivos enquanto metas a serem alcançadas, a agenda pública de um plano de Estado para tratamento do meio ambiente que deve vincular todos os governos em seus futuros mandatos. Dentre os objetivos apresentados, estão o desenvolvimento sustentável (inc. I), o poluidor-pagador (inc. VII) e o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias para manejo e proteção do meio ambiente. É a mesma legislação que cria o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), pormenorizando os instrumentos e institutos que o compõe, delimitando a competência de atuação da administração pública. Fazem parte do SISTEMA: o Conselho de Governo (CONAMA), o Ministério do Meio Ambiente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), as Secretarias de Estados do MeioAmbiente e as Secretarias Municipais do Meio Ambiente. Existe, entre esses institutos, a distribuição de competência de elaboração de políticas públicas, �scalização e execução de planos de proteção e restauração ambiental. Ainda, dispõe a legislação no Art. 9º sobre os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, elencando medidas, como o zoneamento ambiental, a avaliação de impactos ambientais, o licenciamento, o sistema nacional de informações ambientais e o cadastro técnico federal das atividades e defesa ambiental. Licenciamento Ambiental e EIA/RIMA LIVRO Curso de Direito Ambiental brasileiro Autor : Celso A. Pacheco Fiorillo Editora : Saraiva Jur Ano : 2018 Comentário : o autor explica a importância ubíqua do bem ambiental a ser protegido. Indicamos a leitura das páginas 208 a 212. O bem ambiental não possui apenas uma faceta, que pode ser econômica ou até humanista, devendo ser protegido de forma solidária, justamente por estar em relação com todo o sistema ambiental. Entender esse aspecto é primordial para a criação de uma rede protetiva em todas as hierarquias, algo elementar no problema de caso levantado nesta matéria. Este título está disponível na Minha Biblioteca . Em razão dessas disposições, demais legislações foram sendo criadas para efetivar as políticas nacionais de defesa do meio ambiente, entre elas, a Lei n° 9.605/1998, que determina os crimes ambientais e os ilícitos administrativos ambientais; a Lei n° 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação; a Lei n° 12.305/2010, que estabelece a política nacional de resíduos sólidos; a Lei Complementar n° 140/2011, que regulamenta o Art. 23 da CF e estabelece os meios de �xação de normas e competências ambientais e a Lei n° 12.651/2012, que estabelece o novo Código Florestal e determina demarcações de áreas de preservação permanente. Empreendimentos que sejam potenciais causadores de impacto ambiental, modi�cando o meio ambiente, demandam procedimento de licenciamento, para que a licença ambiental relativa ao momento do empreendimento seja expedida. Regulamentado pela Resolução Conama nº 237/1997 e pela Lei Complementar nº 140/2011, o licenciamento é procedimento administrativo para a concretização do ato da licença, sendo esta a autorização para a fase do empreendimento. Pelo procedimento de licenciamento, o ente público ⎼ seja pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou pelas secretarias municipais de meio ambiente ou por outros órgãos que reconheçam a competência ⎼ realiza análise e estudos para averiguação da inexistência de grande impacto ambiental pela instalação ou pela operação do empreendimento (FIORILLO, 2018). Essa razão expõe a previsão dos tipos de licença previstos, sendo: licença-prévia, licença de instalação e licença de operação. A primeira é realizada em fase prévia ao início do empreendimento, quando acertada a região em que este será instalado, efetivando-se a prevenção e a precaução. A segunda licença, de instalação, diz respeito à autorização para início das obras e da montagem de estrutura. A terceira, por sua vez, é a autorização para o empreendimento que inicie seu funcionamento com sua produção, por exemplo (RODRIGUES, 2019). O dano ambiental é transmitido com as obrigações da propriedade, sendo a responsabilização uma obrigação propter rem , conforme disposto no Art. 7° do Código Florestal. Art. 7º A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado. § 1º Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de Preservação Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título é obrigado a promover a recomposição da vegetação, ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei. § 2º A obrigação prevista no § 1º tem natureza real e é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural (BRASIL, 2012, on-line). A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (LPNMA) ressalta, em seu Art. 3º, inciso III, que, por poluição, entende-se: [...] a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos (BRASIL, 1981, on-line). É importante ainda observar que, caso haja omissão da administração pública, esta responde subsidiariamente pelo dano, conforme disposto no Art. 3º, inciso IV, da LPNMA (BRASIL, 1981). Destaca-se que é possível vincular a concessão de �nanciamentos à demonstração da licença ambiental atribuída às atividades apontadas como potenciais causadoras de degradação ambiental, conforme explicitado no Art. 12 da LPNMA: Art 12 - As entidades e órgãos de �nanciamento e incentivos governamentais condicionarão a aprovação de projetos habilitados a esses benefícios ao licenciamento, na forma desta Lei, e ao cumprimento das normas, dos critérios e dos padrões expedidos pelo CONAMA. Parágrafo único - As entidades e órgãos referidos no " caput " deste artigo deverão fazer constar dos projetos a realização de obras e aquisição de equipamentos destinados ao controle de degradação ambiental e à melhoria da qualidade do meio ambiente (BRASIL, 1981, on-line). Para aqueles empreendimentos de relevante impacto ambiental, na fase de licenciamento, existe a obrigatoriedade de realização do estudo prévio de impacto ambiental (EIA). Dispõe-se a crítica sobre a incerteza incutida pelos termos da norma escrita, quanto à medida que o impacto tem de possuir para o empreendimento ser considerado de relevante impacto ambiental, havendo incidência de discricionariedade administrativa valorada pela natureza fundamental do direito protetivo ao ambiente. O estudo prévio de impacto ambiental (EIA) é um dos principais institutos que viabilizam a proteção ambiental, em razão de proporcionar embasamento técnico su�ciente para efetivar os princípios ambientais do desenvolvimento sustentável, da prevenção e da precaução. Pelo EIA, �cam dispostos quais danos serão potencialmente causados e quais providências devem ser tomadas para evitar que haja degradação ambiental. Esse instituto possui embasamento jurídico no texto constitucional, no Art. 225, inciso IV, regulamentado pela Resolução Conama n° 01/1986, sendo realizado a custos do interessado no empreendimento. Consiste em um estudo com linguagem técnica e profunda sobre as mais variadas áreas que possam sofrer interferência ambiental degradante, elaborado por pro�ssionais com conhecimento especí�co sobre a temática. Um bom exemplo seria a realização de um EIA para a construção de um prédio em alvenaria em uma região costeira, sendo necessários estudos geológicos, estudos sobre a fauna de pássaros do local, sobre a fauna terrestre (que pode ser afastada em razão do barulho e luminosidade), sobre o risco de deslocamento de terras em razão da gravidade, sobre risco com poluição de água, etc. Compete, também, ao poder público preservar o patrimônio genético do país, bem como �scalizar as entidades que se dedicam à pesquisa e à manipulação dos materiais genéticos. O desdobramento do EIA é o relatório de impacto ao meio ambiente (RIMA), um documento com escrita simpli�cada, sintetizada do conteúdo produzido no EIA, que possibilite comunicação para a população interessada. Enfatiza-se que é pelo EIA que se efetivam os princípios da prevenção e da precaução, visto que é o EIA que produz o conteúdo técnico-cientí�co necessário ou para comprovação da certeza de realização de dano ao bem ambiental, ou para afastar a incerteza de que poderia haver dano. LIVRO Direito Ambiental Esquematizado Autor : MarceloAbelha Rodrigues Editora : Saraiva Jur Ano : 2019 Comentário : a obra realiza inclusões sobre o EIA/RIMA em diversos pontos, por tratar de instituto previsto na CF. De modo assertivo, leia a página 112, mas, se quiser, vale a pena explorar outros aspectos em que o EIA é desenvolvido. Este título está disponível na Minha Biblioteca . Como a licença ambiental é ato da administração pública e os EIA/RIMA são apontamentos técnicos privados, não há como falar em subordinação obrigatória da vontade do administrador público ao conteúdo disposto nos instrumentos de proteção ambiental. A vontade do administrador público, ainda que revestida da discricionariedade administrativa, vincula-se à legalidade, à moralidade e à e�ciência, conforme os dispostos no Art. 37 da CF. Dessa forma, ainda que não haja dever de subordinação aos exatos termos concluídos pelos EIA/RIMA, a fundamentação de licença ambiental em sentido contrário aos termos técnicos- cientí�cos exarados tomaria o ato administrativo de antijuridicidade, por previsão entre os Arts. 66 e 69-A da Lei de Crimes Ambientais – Lei n° 9.605/98 (BRASIL, 1998) –, além do próprio Art. 70 do mesmo diploma normativo, sendo que os primeiros estabelecem antijuridicidade criminal, e o último, antijuridicidade administrativa. O RIMA discrimina o programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos e deve, em sua publicação, preservar o sigilo industrial da empresa envolvida. Após o recebimento da cópia do relatório, os órgãos interessados no projeto podem se manifestar. Sendo assim, poderia o ente administrativo responsável pelo licenciamento ambiental e pelo ato de licença ambiental promover estudos próprios paralelos com o EIA/RIMA, alterando eventual situação de manejo que, de forma menos custosa, possibilite a preservação do equilíbrio ambiental sustentável, mas não realize omissão ou alteração dos fatos cienti�camente levantados para expedição de licença ambiental. Conclusão O Direito, enquanto conjunto normativo, tem sua estrutura integralizada pela Constituição Federal. Sobre a temática de proteção ambiental, a Constituição Brasileira internalizou normas cujas discussões estavam nas esferas dos tratados internacionais, elevando à condição de Direitos Fundamentais. As normas infraconstitucionais de proteção ambiental implicam a responsabilidade sobre os entes privados e públicos, em razão da solidariedade envolvida na matéria, exprimindo, nos princípios de Direito Ambiental, carga valorativa e de integração de normas para o texto, protagonizados pelos princípios do desenvolvimento sustentável (que revelam o bem ambiental como o equilíbrio dos fatores bióticos e abióticos para manutenção da vida) e do poluidor-pagador, que se desmembra nos princípios da prevenção e da precaução ambiental (estabelecendo necessidade de estudos técnicos e de presunção protetiva do bem ambiental). Tais princípios justi�cam a existência do EIA/RIMA como meio e�caz para dimensionar as diligências de proteção ambiental e estabelecer limites para a interpretação daquilo que seria equilíbrio ambiental ao caso concreto. Referências Bibliográ�cas ALEXY, R. Princípios formais e outros aspectos da teoria discursiva do direito . Rio de Janeiro: Forense, 2018. BARCELOS, A. P. 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Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das �orestas, da fauna e da �ora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981. Diário O�cial da União . Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp140.htm . Acesso em: 10 fev. 2020. BRASIL. Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e dá outras Providências. Diário O�cial da União . Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938compilada.htm . Acesso em: 10 fev. 2020. BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 . 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