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ESTÁCIO DO AMAZONAS
FARMÁCIA – 4º PERÍODO
MATUTINO – FARMACOBOTÂNICA
CONTRIBUIÇÕES DOS POVOS INDÍGENAS E AFRICANOS NO BRASIL
Manaus – Am
2016
ESTÁCIO DO AMAZONAS
FARMÁCIA – 4º PERÍODO
MATUTINO – FARMACOBOTÂNICA
CONTRIBUIÇÕES DOS POVOS INDÍGENAS E AFRICANOS NO BRASIL
 Maria Aparecida Flor de Andrade
Trabalho solicitado pelo Prof. Rafael Carvalho, da disciplina de farmacobotânica, para a obtenção de nota parcial da AV2.
Manaus – Am
2016
INTRODUÇÃO
Os africanos não vieram para a América de livre espontânea vontade, foram trazidos para cá para trabalhar como escravos. Com o avanço das plantações de cana-de-açúcar no Nordeste, na metade do século XVI, os africanos começaram a entrar no Brasil sistematicamente e em maior número.
Eram povos de diferentes lugares da África, com características físicas e culturais próprias, e trouxeram consigo hábitos, línguas e tradições que marcam profundamente nosso cotidiano. A maioria dos africanos que entraram no Brasil saiu da região localizada ao sul do Equador, pelos portos de Benguela, Luanda e Cabinda. Outra parte considerável saiu da Costa da Mina, pelos portos de Lagos, Ajudá e São Jorge da Mina. E um número menor saiu pelo portos de Moçambique.
No Brasil os africanos não eram chamados por sua etnia, mas sim pelo nome do porto ou da região onde haviam sido embarcados. Um africano da etnia congo, por exemplo, era chamado aqui de cambinda, se esse fosse o nome do porto africano de onde ele houvesse embarcado. Outro exemplo: os diferentes povos embarcados na Costa da Mina (África Ocidental) eram chamados simplesmente de minas.
Nenhum grupo humano jamais aceitou ser escravizado. Onde houve escravidão houve resistência. No Brasil, não foi diferente. Havia razões de sobra, tais como excesso de trabalho, disciplina rigorosa, castigos e o fato de o senhor não cumprir com a palavra, negando liberdade ao escravizado que conseguia juntar dinheiro para comprar sua carta de alforria. Nesses casos, era comum o escravo fugir.
Os escravizados, por sua vez, desenvolveram várias formas de resistência. A capoeira, por exemplo, foi uma delas. Dança e luta ao mesmo tempo, a capoeira foi uma forma de diversão e defesa desenvolvida no Brasil pelos africanos escravizados e seus descendentes. Hoje essa importante expressão cultural afro-brasileira é reconhecida tanto no Brasil como no exterior.
Os africanos e seus descendentes resistiam também desobedecendo, fazendo corpo mole no trabalho, quebrando ferramentas, incendiando plantações, suicidando-se, agredindo feitores e senhores, negociando melhores condições de vida e trabalho, fugindo sozinhos ou com companheiros e formando quilombos.
O maior e o mais duradouro de todos os quilombos brasileiros foi o dos Palmares. Teve início numa noite de 1597, quando cerca de quarenta escravizados fugiram de um engenho do litoral nordestino e refugiaram-se na Serra da Barriga, região montanhosa situada no atual Estado de Alagoas. Como o lugar possuía grande quantidade de palmeiras, chamou-se Palmares.
Nos primeiros tempos, a população palmarina não era tão grande. Mas, com as invasões holandesas no Nordeste (1624-1654), desorganizou-se a vida nos engenhos, a vigilância diminuiu e os escravizados aproveitaram para fugir. Segundo João José Reis, nesse período o quilombo chegou a ter cerca de 15 mil habitantes. Os africanos e seus descendentes eram maioria, mas em Palmares havia também brancos pobres e indígenas expulsos de suas terras pelos colonos.
Os palmarinos viviam em liberdade e a seu modo, num conjunto de povoações chamados mocambos. Para sobreviver, plantavam milho, feijão, mandioca, batata-doce; criavam porcos e galinhas; caçavam cotias, raposas, tatus; confeccionavam objetos de cerâmica, palha trançada e madeira; e faziam vasos, enxadas, pás e pilões. Geralmente, a produção de cada guerra, colheita ou festa, ou para serem trocadas nas vilas mais próximas, como Porto Calvo, Serinhaém e Alagoas.
Até hoje não há certeza sobre o número de comunidades quilombolas existente no Brasil, mas estima-se que há, pelo menos, três mil em todo o território nacional, localizadas nos estados do Amazonas, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Os estados brasileiros que possuem a maior quantidade de comunidades quilombolas são a Bahia, o Maranhão, Minas Gerais e o Pará.
O Brasil tem hoje cerca de 560 terras indígenas e aproximadamente 315 mil índios. São 206 povos (ou etnias), concentrados, em sua maioria - 70% do total -, numa parcela da Amazônia Legal que engloba seis Estados: Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará. Além disso, a Funai (Fundação Nacional do Índio) também registra a existência de 40 povos isolados na Amazônia Ocidental.
Os povos indígenas que hoje vivem na América do Sul são originários de povos caçadores vindos da América do Norte através do istmo do Panamá. Há milhares de anos não há consenso entre os arqueólogos sobre a antiguidade da ocupação humana na América do Sul, os povos indígenas ocuparam virtualmente toda a extensão do continente. De lá para cá essas populações desenvolveram diferentes modos de uso e manejo dos recursos naturais e formas de organização social distintas entre si.
Tradicionalmente, as sociedades indígenas não se fixavam a um mesmo território por muito tempo. As aldeias indígenas eram organizadas, levando-se em consideração a quantidade, a qualidade e a distribuição espacial dos recursos indispensáveis ao desenvolvimento de suas comunidades.
A população indígena de Manaus é  de sete mil indivíduos, espalhados pelas quatro zonas cidade, de acordo com Censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000, mas novas pesquisas indicam que podem ser mais de 10 mil.
De acordo com o Conselho Missionário Indígena (CIMI) eles chegam de vários municípios do Amazonas e de outros estados, vivem nos bairros da periferia, em lugares onde não há saneamento básico, postos de saúde, escolas, segurança e outros serviços básicos.
Para sobreviver, muitas famílias produzem e comercializam artesanatos, os homens fazem pequenos trabalhos e as mulheres são empregadas domésticas.
METODOLOGIA
O presente trabalho de pesquisa irá abordar as contribuições dos povos indígenas e dos povos africanos com plantas medicinais. E, no entanto iremos utilizar como metodologia a pesquisa bibliográfica e segundo Gil (1994), a pesquisa científica pode ser caracterizada de diversos tipos, procedimentos técnicos e técnicas específicas.
De acordo com o tipo de pesquisa escolhido, (variando conforme o problema proposto e os objetivos estabelecidos), definem-se os procedimentos técnicos da pesquisa, conforme a seguir:
a) Pesquisa Bibliográfica - É a busca por informações e fundamentações a partir de livros e artigos científicos. Um trabalho de pesquisa não deve basear-se somente em conteúdos retirados da Internet, principalmente pela incerteza da veracidade dos mesmos, pois, vale a pena lembrar: qualquer indivíduo pode publicar algo na rede, sem a preocupação com a fundamentação do que está digitando.
b) Pesquisa Exploratória - Explora um problema, procurando, através de uma investigação aprofundada, esclarecê-lo. Pode envolver levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas relacionadas/conhecedoras do problema pesquisado. Ex.: O universo dos celulares. (FLORES; ROSA; THIEL, 2006.).
c) Pesquisa Descritiva - Descreve um problema. Através de técnicas padronizadas de coleta de dados (questionários, entrevistas, filmagens,...), procura levantar e descrever informações sobre o tema proposto. Exemplo: Pesquisas eleitorais, perfil dos alunos do CAC.
d) Pesquisa Explicativa - Explica o problema estudado. Preocupa-se em responder, com base em dados coletados e estudosde campo implementados, o porquê dos fatos analisados.
 
RESULTADOS
 
RUMEX CRISPUS 
Rumex crispus: é utilizada na medicina popular para melhorar a função dos rins, fígado, glândulas linfáticas e intestinos, ao mesmo tempo em que ajuda no processo de limpeza natural do corpo. Foram usados para ajudar o corpo a eliminar poluentes, inclusive metais pesados, como o arsênico.
A Rumex ajuda a eliminar o excesso de ferro armazenado no fígado, enquanto o deixa mais disponível para o resto do corpo. A folha é usada esmagada para urtigas, cataplasma ou compressa para eczema, urticárias.
Propriedades Medicinais: adstringente, antibacteriano, colagogo, diurético, febrífugo, laxante, purgante, tônico de sangue.
Modo de preparar: Colocar uma colher das de sopa bem cheia de folhas picadas dentro de uma xícara das de chá. Adicionar água fervente. Cobrir. Deixar amornar até chegar à temperatura apropriada para beber. Coar.
Modo de usar com algumas doenças
Indicação 1: Retenção urinária, afecções dos rins, cistite, uretrite.
Modo de usar 1: Tomar uma xícara de chá de manhã e outra à tarde, antes das 17h, pelo tempo necessário à cura.
Indicação 2: Ácido úrico.
Modo de usar 2: Tomar três xícaras de chá ao dia, enquanto persistirem os sintomas.
Contra-indicação: Não consta da literatura consultada. Porém, não se deve ultrapassar a dosagem.
BOLDO AFRICANO
Nome científico: Plectranthus barbatus
Família: Labiatae
Planta de origem africana, e como tal é uma planta de clima tropical. Pode ser plantada em todas as regiões de clima tropical, sendo somente sensível à geada. A sua propagação é feita por estacas. É muito resistente a pragas e doenças. Seis meses após ter sido plantada, já pode ser colhida.
Indicações Terapêuticas
Muito usado para os problemas digestivos, especialmente a azia, afecções hepáticas e biliares, favorecendo a digestão, dispepsia e contra ressaca alcoólica.
Modo de usar
A parte mais utilizada do boldo africano como planta medicinal são as folhas, em que a sua maceração faz um tónico amargo que é utilizado para facilitar o trabalho da vesícula biliar, estimulando a secreção da bílis e favorecendo a digestão de gorduras.
CAPIM SANTO 
Nome científico: (Cymbopogon citratus)
Propriedades medicinais 
 Digestão, nervosismo, hipertensão, inchaço, depressão, agitação, insônia, infecções da pele, aliviar dor muscular, tosse, asma, catarro, dor de cabeça, febre, transpiração, pé-de-atleta, analgésico suave, convulsões, diarreia, depurativo, aumentar a produção de leite materno, combater doenças do fígado, reumatismo, rins, stress, tensão muscular, limpeza de pele oleosa.
Modo de usar 
Para preparar o chá ou suco, o melhor é usar as folhas frescas, colhidas na hora do preparo.
Chá: Pegue 4 a 6 folhas frescas e lave bem. Corte as folhas em pedaços pequenos numa xícara bem limpa. Derrame água que acabou de ferver em cima das folhas cortadas. Depois, cubra a xícara e deixe corar. Nunca ferva as folhas, pois elas perdem muito de seu efeito. Para preparar meio litro de chá, use 20 folhas. Essa quantidade dá para 4 xícaras. Tomar 2 a 3 vezes por dia. Caso precise poderá tomar um pouco mais.
Suco com limão: Triturar no liquidificador 40 folhas do capim-santo com 1 litro de água gelada e em seguida coar. Adicionar o sumo de 2 limões e açúcar a gosto. O Consumo deve ser imediato.
BIBLIOGRAFIAS
http://www.portalamazonia.com.br/secao/amazoniadeaz/interna.php?id=87 http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=857:quilombolas&catid=51:letra-q 
http://historiaemfocoslsm.blogspot.com.br/2012/01/africanos-no-brasil.html
http://multidisciplinarcemap.blogspot.com.br/2013/11/plantas-medicinais-de-origem-afro_4.html
http://www.remedio-caseiro.com/capim-santo-beneficios-a-saude-da-planta-e-do-cha/
https://www.tuasaude.com/erva-cidreira/
http://joaootavio.com.br/bioterra/workspace/uploads/artigos/6bomfim-515651b928777.pdf
http://www.remedio-caseiro.com/conheca-os-maravilhosos-beneficios-mastruz/
https://www.tuasaude.com/catuaba/
http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/acoita-cavalo.html#.WC5dvHGrDMg
http://natural.enternauta.com.br/plantas-medicinais/andiroba-propriedades-medicinais/ 
http://multidisciplinarcemap.blogspot.com.br/2013/11/plantas-medicinais-de-origem-afro_4.html

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