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CÁSSIA JULIANA FERNANDES TORRES Engenheira Ambiental Engenheira de Segurança do Trabalho Engenheira de Segurança de Barragem Especialista em Geoprocessamento Mestre em Engenharia Ambiental Urbana/UFBA Doutoranda em Energia e Ambiente/Cienam/UFBA ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS Centro Universitário Estácio da Bahia - FIB Origem Como os outros dois reinos naturais, o animal e o vegetal, também o mineral está formado por corpos que se transformam. A crosta terrestre e parte do manto estão em constante mudança. As rochas que os constituem surgem com aspectos diferentes em épocas distintas, constituindo as diversas fases do denominado ciclo das rochas. Nesse processo, as rochas, junto com os minerais, são redistribuídas no interior do planeta e sobre sua superfície. No ciclo das rochas se distinguem três processos formadores de rochas: o magmático, o sedimentar e o metamórfico. Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAYY8AH/geologia-rochas-minerais-fosseis Cada rocha e cada maciço rochoso se decompõem de uma forma própria. Porções mais fraturadas se decompõem mais intensamente do que as partes maciças, e certos constituintes das rochas são mais solúveis que outros. Os fatores mais importantes na formação do solo são: • ação de organismos vivos; • rocha de origem; • tempo (estágio de desintegração/decomposição); • clima adequado; • inclinação do terreno ou condições topográficas. Origem Fonte: https://docente.ifrn.edu.br/johngurgel/disciplinas/2.2051.1v-mecanica-dos-solos-1/apostila%20de%20solos.pdf Perfil de um solo residual Fonte:https://ecivilufes.files.wordpress.com/2011/08/aula-7-solos-residuais.pdf Origem SOLO - Material proveniente da decomposição das rochas pela ação de agentes físicos ou químicos, podendo ou não ter matéria orgânica (NBR 6502)‖, ou simplesmente, produto da decomposição e desintegração da rocha pela ação de agentes atmosféricos. ROCHA - Material sólido, consolidado e constituído por um ou mais minerais, com características físicas e mecânicas específicas para cada tipo. (NBR 6502). São produtos consolidados, resultantes da união natural de minerais. Latossolo vermelho Rocha sedimentar PROCESSO DE INTEMPERISMO Intemperismo e o conjunto de processos que desintegram e/ou decompoem a rocha, formando os solos. Quando o clima ou as condições conjuntas chamadas ―tempo‖ ou ―intemperies‖ atuam sobre a rocha, ela se transforma em solo. São classificados em 3 categorias: físico, químico e biológico. Fonte: Carvalho et al. (2015) PROCESSO DE INTEMPERISMO Intemperismo físico: É constituído por processos mecânicos que causam desagregação das rochas, com separação dos grãos minerais antes coesos e sua fragmentação, transformando a rocha alterada em material descontínuo e friável sem alteração química dos seus componentes. Exp: Variações de Temperatura, pressão. Intemperismo químico: É o processo de decomposição da rocha com a alteração química ou mineralógica dos seus componentes. Há várias formas através das quais as rochas decompõem-se quimicamente. Pode-se dizer, contudo, que praticamente todo processo de intemperismo químico depende da presença da água. Exp: hidrólise, oxidação, desidratação. Intemperismo biológico: Neste caso, a decomposição da rocha se dá graças a esforços mecânicos produzidos por vegetais através das raízes, por animais através de escavações dos roedores, da atividade de minhocas, ou por uma combinação destes fatores, ou ainda pela liberação de substâncias agressivas quimicamente, intensificando assim o intemperismo químico. Pode-se dizer que a maior parte do intemperismo biológico poderia ser classificado como uma categoria do intemperismo químico em que as reações químicas que ocorrem nas rochas são propiciadas por seres vivos. ORIGEM E FORMAÇÃO DO SOLO ROCHA Organismos vivos Rocha de origem Clima Relevo TEMPO AGENTES TRANSPORTADORES FATORES DE TRANSFORMAÇÃO Água Gelo Vento ORIGEM E FORMAÇÃO DAS ROCHAS ERUPÇÃO VULCÂNICA INTEMPERISMO RESUMO... Origem • Material de 1º CATEGORIA - Pode ser escavado manualmente ou por equipamento leve (SOLO) • Material de 2º CATEGORIA – Pode ser escavado com equipamento pesado (INTERMEDIÁRIO) • Material de 3º CATEGORIA – Pode ser escavado mediante explosivos (ROCHA) V alor (preço da obra) aum enta ESCAVAR SOLO É MAIS BARATO QUE ESCAVAR ROCHA!!!! Esta Norma define os termos relativos aos materiais da crosta terrestre, rochas e solos, para fins de engenharia geotécnica de fundações e obras de terra. Classificação das ROCHAS TIPOS DE ROCHAS ÍGNEAS ou MAGMÁTICAS METAMÓRFICAS SEDIMENTARES São formadas pela solidificação do magma, uma rocha em estado de fusão, rica em sílica, proveniente do interior da Terra, penetra na crosta e chega até a superfície terrestre. São o produto da transformação de qualquer tipo de rocha levada a um ambiente onde as condições físicas (pressão, temperatura) são muito distintas daquelas onde a rocha se formou. São formadas por fragmentos de rochas que foram transportados, depositados e consolidados. Intrusiva Extrusiva ROCHAS MAGMÁTICAS OU ÍGNEAS Ígneas Intrusivas (Plutônicas) - Quando o resfriamento do magma se dá a grandes profundidades na superfície da terra e de forma lenta. Resulta rochas com textura grossa. Ex.: GRANITO Ígneas Extrusivas (Vulcânicas) - Quando o resfriamento do magma ocorre a superfície e de forma brusca. Isto resulta rocha com textura fina. Ex: BASALTO BASALTO - conhecido como Brita usada nas construções civis, no asfalto GRANITO Em resumo, se o resfriamento da rocha ocorrer no interior da terra, a rocha será do tipo ígneo intrusiva, se chegar na superfície da terra será do tipo ígnea extrusiva ou vulcânica sendo o basalto a mais abundante deste tipo. O resfriamento do magma extrusivo é muito mais rápido, então o cristal não cresce muito, gerando a textura fina das ígneas extrusivas. Já as intrusivas por serem cristalizadas a grandes profundidades no interior da crosta esfriam lentamente e podem atingir tamanhos visíveis a olho nu como o granito. ROCHAS MAGMÁTICAS OU ÍGNEAS Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/386071/ ROCHAS MAGMÁTICAS OU ÍGNEAS Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/386071/ ROCHAS MAGMÁTICAS OU ÍGNEAS INTRUSIVA - GRANITO Muito utilizada na fabricação do asfalto ROCHAS MAGMÁTICAS OU ÍGNEAS EXTRUSIVA - BASALTO Basalto após processo de oxidação dá origem ao chamado terra roxa ROCHAS MAGMÁTICAS OU ÍGNEAS - BASALTO ROCHAS MAGMÁTICAS OU ÍGNEAS EXTRUSIVAS – PEDRA-POMES Pedra-pomes ou púmice é uma rocha ÍGNEA de muito baixa densidade, formada quando gases e lava formam um colóide que por arrefecimento solidifica sob a forma de uma rocha esponjosa. A pomes é o menos denso de todos os piroclastos, sendo comum ter densidade inferior à da água, o que a transforma numa rocha que flutua. Nos Açores, onde estes materiais são extremamente comuns, são em geral designados por bagacina. Fonte:http://pt.slideshare.net/marcinhacoronel/tipos-de-rochas ROCHAS METAMÓRFICAS Fonte:http://pt.slideshare.net/marcinhacoronel/tipos-de-rochas ROCHAS METAMÓRFICAS As rochas metamórficas são rochas ígneas, sedimentares ou mesmo metamórficas que sofreram metamorfismo. ROCHAS METAMÓRFICAS Fonte:http://pt.slideshare.net/marcinhacoronel/tipos-de-rochas ROCHAS METAMÓRFICASXisto Mármore Branco ROCHAS METAMÓRFICAS Fonte:http://pt.slideshare.net/marcinhacoronel/tipos-de-rochas Fonte:http://pt.slideshare.net/marcinhacoronel/tipos-de-rochas ROCHAS METAMÓRFICAS Fonte:http://pt.slideshare.net/marcinhacoronel/tipos-de-rochas ROCHAS METAMÓRFICAS ROCHAS METAMÓRFICAS: PEDRA-SABÃO • Esteatito (também pedra de talco ou pedra-sabão) é o nome dado a uma rocha metamórfica, compacta, composta sobretudo de talco (também chamado de esteatite ou esteatita) mas contendo muitos outros minerais como magnesita, clorita, tremolita e quartzo, por exemplo. • É uma rocha muito branda e de baixa dureza, por conter grandes quantidades de talco na sua constituição. • A pedra-sabão é encontrada em cores que vão de cinza a verde. Ao tato, dá uma sensação de ser oleosa ou saponácea, derivando-se daí sua designação de pedra-sabão. Existem grandes depósitos, de valor comercial no Brasil, em maior escala no estado de Minas Gerais. EXP: OBRAS DE ALEIJADINHO Esse tipo de rocha é chamada de rocha sedimentar e se forma a partir de mudanças ocorridas em outras rochas. Chuva vento, água dos rios, ondas do mar: tudo isso vai, aos poucos, fragmentando as rochas em grãos de minerais. Pouco a pouco, ao longo de milhares de anos, até o granito mais sólido se transforma em pequenos fragmentos. Esse processo é chamado de intemperismo. Se forma a partir de mudanças ocorridas em outras rochas. TRANSPORTADOS: Vento, água, gelo... DEPOSITADOS EM CAMADAS ACUMULADOS As camadas de cima exercem pressão sobre as camadas de baixo, compactando-as. Essa pressão acaba por agrupar e cimentar os fragmentos e endurece a massa formada. SOLOS SEDIMENTARES Cobrem cerca de 75% da superfície terrestre e 90% dos leitos marinhos É muito comum encontrar restos ou marcas de animais e plantas em rochas sedimentares: o animal ou planta morre e é coberto por milhares de grãos de minerais. Os restos ou marcas de organismos antigos são chamado de fósseis. Analisando os fósseis, os cientistas podem estudar como era a vida no passado em nosso planeta. As camadas vão cobrindo também restos de plantas e animais. Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/Solo5.php Fonte:http://pt.slideshare.net/marcinhacoronel/tipos-de-rochas R O C H A S S E D IM E N T A R E S DETRÍTICAS QUIMIOGÊNICAS BIOGÊNICAS Os fragmentos das rochas são transportados, acumulados e compactados sem a conversão dos minerais, herdando a composição da rocha de origem. São formados por precipitação de minerais em solução. Os sedimentos que constituem as rochas biogénicas podem ser constituídos por detritos orgânicos ou por materiais resultantes de uma ação bioquímica. Alguns autores denominam estas rochas por rochas quimiobiogênicas. Consolidado Não- Consolidado O arenito se forma quando rochas como o granito se desintegram aos poucos pela ação dos ventos e das chuvas. Os grãos de quartzo dessas rochas formam a areia. Areias e dunas de areia, porém não são rochas: são fragmentos de rochas. A areia pode se depositar no fundo do mar ou em depressões e ficar submetida a um aumento de pressão ou temperatura. Assim cimentada e endurecida, forma o arenito - um tipo de rocha sedimentar. O arenito é usado em pisos. O carvão mineral é um combustível fóssil natural extraído da terra através do processo de mineração. É encontrado em grandes profundidades ou perto da superfície e possui aparência preta ou marrom, lisa, macia e quebradiça. O carvão é proveniente de depósitos de restos de plantas e árvores, ou seja, uma vegetação pré-histórica que se acumulou em pântanos sob uma lâmina d’água há milhões de anos. Com o passar do tempo, estes depósitos foram cobertos por argilas e areias, ocorrendo um soterramento gradual, que provocou aumento de temperatura e pressão sobre a matéria orgânica depositada. Isto expulsou o oxigênio e o hidrogênio, concentrando o carbono (processo de carbonificação). Existem quatro estágios na formação do carvão mineral: turfa, linhito, carvão (hulha) e antracito, os quais dependem de fatores como pressão e temperatura para sua formação. Dos diversos combustíveis produzidos e conservados pela natureza sob a forma fossilizada, acredita-se que o carvão mineral é o mais abundante Estatísticas de produção, capacidade, exportação e importação de energias no MUNDO Reservas de carvão e petróleo no mundo – Bacias sedimentares Fonte: IEA (2015) Fonte: IEA (2015) Mt – Milhões de toneladas RESERVAS DE CARVÃO A formação do petróleo vem da deposição, no fundo de lagos e mares, de restos de animais e vegetais mortos ao longo de milhares de anos. Estes restos iam sendo cobertos por sedimentos, e mais tarde esses sedimentos se transformaram em rochas sedimentares. Pela ação do calor e da alta pressão provocados pelo empilhamento dessas camadas, possibilitou reações complexas, formando o petróleo. Devido a essas circunstâncias em que foi formado, o petróleo encontrado em cavidades existentes entre as camadas do subsolo. Quando o petróleo é extraído, geralmente vem acompanhado de água salgada, devido ao antigo mar existente neste local. OFF SHORE ON SHORE Fonte: IEA (2015) Mt – Milhões de toneladas Fonte: IEA (2015) Mt – Milhões de toneladas GESSO O acúmulo de esqueletos, conchas e carapaças de animais aquáticos ricos em carbonato de cálcio, que é um tipo de sal, pode formar outra variedade de rocha sedimentar, o calcário. O calcário também se forma a partir de depósitos de sais de cálcio na água. O calcário é utilizado na fabricação de cimento e de cal. A cal serve para pintura de paredes ou para a fabricação de tintas. A cal ou o próprio calcário podem ser utilizados para neutralizar a acidez de solos. Fonte:http://pt.slideshare.net/marcinhacoronel/tipos-de-rochas Existem dois tipos de sal: o marinho e o de rocha (sal-gema). O sal marinho é extraído pela evaporação da água do mar. O de rocha, retirado de minas subterrâneas resultantes de lagos e mares antigos que secaram. • Denomina-se sal-gema o cloreto de sódio, acompanhado de cloreto de potássio e de cloreto de magnésio, que ocorre em jazidas na superfície terrestre . Pertence ao grupo das rochas sedimentares, que são formadas por materiais provenientes de outras rochas e de restos de seres vivos . • O termo é aplicado ao sal obtido da precipitação química pela evaporação da água de antigas bacias marinhas em ambientes sedimentares. Fonte: Paulo Melo et al. Folhelhos são rochas sedimentares detríticas, que apresentam fissilidade sendo ricas em elementos de fração fina, como os siltes e argilas. As rochas sedimentares são resultantes da consolidação de sedimentos provenientes da desagregação e do transporte de rochas preexistentes, da precipitação química, além da ação biogênica Os folhelhos são originados de rochas expostas ao intemperismo e erosão, sendo os sedimentos detríticos depositados em áreas baixas e planas dos continentes e oceanos. Fonte:http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/3527/3527_4.PDF Figura: Mapa de localização dos folhelhos sub-compactados (Mouchet e Mitchell, 1990). Ao contrário do gás convencional, que é encontrado em rochas reservatórias, porosas e permeáveis, o não convencional (metano, butano e outros hidrocarbonetos encontra-se em rochas geradoras (folhelho negro), também porosas, porém impermeáveis. Tais rochas são extremamente ricas emmatéria orgânica, mas, devido a sua constituição, o gás não migra facilmente para fora. O shale gas fica preso entre os poros e grãos do folhelho, que tem granulação muito fina. O fraturamento hidráulico da rocha é feito sob alta pressão pelo poço até se atingir a camada de rocha e consiste em injeções de água mais areia (98%) e reagentes (2%). A força tensora criada faz com que a rocha frature, e a areia permite que as fraturas abertas mantenham-se abertas ao mesmo tempo em que impede que o gás vaze. Já os reagente facilitam a saída do gás dos poros. Para que o gás não contamine aquíferos durante sua saída, o caminho da perfuração é cimentado para que o tubo de aço possa trazer o gás com segurança. Outra diferença apontada encontra-se na forma extração: ao contrário do convencional, o shale gas é extraído horizontalmente, com perfuração do tipo espinha de peixe (ramificada). Apesar do revestimento dos poços de perfuração, não há garantia de 100% de segurança no projeto. Apesar da baixa permeabilidade da rocha, não se sabe ao certo os resultados que sucessivos fraturamentos podem ter, e caso haja vazamento, aquíferos podem ser contaminados. Entre as rochas mais utilizadas pelo homem, se destacam pela elevada importância: o basalto, a argila, a ardósia, o mármore e o granito. Aplicações gerais... Quais as principais rochas encontradas na cidade de Salvador? • GRANULÍTICA – ÍGNEA • GNAISSE – METAMÓRFICA • FOLHELHO - SEDIMENTAR Falhas Geológicas são fraturas nas quais se observa deslocamento relativo das paredes rochosas ao longo do Plano De Falha. Esse deslocamento pode ter apenas alguns milímetros ou alguns quilômetros. FALHA GEOLÓGICA QUE ORIGINOU A CIDADE BAIXA – SALVADOR/BA Fonte:http://www.cprm.gov.br/publique/media/Painel_Falha.pdf FALHA GEOLÓGICA QUE ORIGINOU A CIDADE BAIXA – SALVADOR/BA A topografia de Salvador, dividida em “Cidade Alta” e “Cidade Baixa” é o resultado do longo processo de separação continental, que afastou o Brasil da África. O movimento da Falha de Salvador aconteceu há cerca de 145 milhões de anos, no início do Cretáceo. SALVADOR -BA TIPOS DE SOLOS QUANTO A SUA ORIGEM TIPOS DE SOLOS QUANTO A SUA ORIGEM TIPOS DE SOLOS RESIDUAIS SEDIMENTAR ORGÂNICOS São os que permanecem no local da rocha de origem (rocha mãe), observando-se uma gradual transição da superfície até a rocha. São os que sofrem a ação de agentes transportadores, podendo ser aluvionares (quando transportados pela água), eólicos (vento), coluvionares (gravidade) e glaciares (geleiras). Solo que perdeu as características da rocha mãe. Originados da decomposição e posterior apodrecimento de matérias orgânicas, sejam estas de natureza vegetal (plantas, raízes) ou animal. SOLOS RESIDUAIS Dentre os solos residuais merecem destaque os solos lateríticos, os expansivos (como o "massapê " da Bahia) e os porosos (ex.: solos de Brasí1ia). Estes últimos são assim denominados pelo fato de sua porosidade ser extremamente elevada; na literatura estrangeira designam-se por "solos colapsíveis", pois em determinadas condições de umidade sua estrutura quebra-se, dando origem a elevados recalques das obras que assentam sobre eles. Fonte: Caputo (1988) Todos os tipos de rocha formam solo residual. Sua composição depende do tipo e da composição mineralógica da rocha original que lhe deu origem. Por exemplo, a decomposição de basaltos forma um solo típico conhecido como terra-roxa, de cor marrom-chocolate e composição argilo-arenosa. Já a desintegração e a decomposição de arenitos ou quartzitos irão formar solos arenosos constituídos de quartzo. Rochas metamórficas do tipo filito (constituído de micas) irão formar um solo de composição argilosa e bastante plástico. SOLOS RESIDUAIS Fonte:https://ecivilufes.files.wordpress.com/2011/08/aula-7-solos-residuais.pdf PROBLEMA DOS SOLOS EXPANSIVOS E COLAPSÍVEIS SOLOS EXPANSIVOS: Solos coesivos que aumentam de volume quando umedecidos e se contraem quando ressecam. Solos derivados de rochas ígneas (basaltos, diabásios e gabros) e rochas sedimentares (folhelhos e calcários). Presença de argilo-minerais expansivos: especialmente as montmorilonitas; CONSEQUÊNCIAS: •Instabilizações de taludes, de fundações e de cavidades subterrâneas; •Ruptura de pavimentos; •Inutilização de construções devido a recalques excessivos, podendo mesmo ocorrer o desabamento das edificações; •Rompimento de galerias, encanamentos e tubos subterrâneos •Vazamentos. SOLOS COLAPSÍVEIS: Solos que sofrem significativa redução de volume quando umedecidos, com ou sem aplicação de carga adicional. Estrutura macroporosa: fofa; Presença de solos que apresentam recalques importantes quando saturados e submetidos a sobrecarga. • Litoral do Nordeste — nesta área, os solos expansivos são solos residuais de argilitos, siltitos e arenitos, incluindo os de massapê do Recôncavo Baiano, nos arredores de Salvador (BA) e a Formação Maria Farinha, nos arredores da cidade de Recife (PE). O clima desta região é quente e úmido. • Sertão nordestino — nas proximidades da barragem de Itaparica, no rio São Francisco. O clima da região é quente e seco. • Estados de São Paulo e Paraná — os solos expansivos nestes Estados são solos residuais ou coluviais, formados pelo intemperismo de argilitos e siltitos da formação carbonífera Tubarão. Ao norte da cidade de Campinas (SP) também são encontrados solos expansivos. O clima da região é subtropical, caracterizado por verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. ALGUMAS REGIÕES ONDE SÃO ENCONTRADOS SOLOS EXPANSIVOS Fonte: Patologias em fundações Fonte: Solos I – Universidade Federal da Bahia/UFBA – Geotecnia LINHA VERDE – TRAVESSIAS EM SOLO MOLE A Figura mostra um perfil típico de solo sedimentar, muito comum no litoral brasileiro devido à sedimentação do transporte fluvial no ambiente marinho das baías e restingas, como é o caso, por exemplo, da argila do Rio de Janeiro, depositada em toda a periferia da baía de Guanabara, e das argilas de Santos, de Florianópolis e de São Luís. A camada superficial de argila mole é muito fraca e a construção sobre este tipo de terreno é sempre problemática, requerendo a realização de estudos especiais por engenheiro geotécnico experiente. EXEMPLO SOLO MOLE SEDIMENTAR Fonte: Ortigão (2007) PERFIL DE UM SOLO RESIDUAL Fonte:https://ecivilufes.files.wordpress.com/2011/08/aula-7-solos-residuais.pdf PERFIL DO INTEMPERISMO • Solo Residual Maduro: camada superficial de solo; perdeu toda a estrutura original da rocha mãe e tornou- se relativamente homogêneo. • Solo Residual Jovem (saprolito): solo que mantém a estrutura original da rocha mãe, inclusive fissuras e xistosidade, mas perdeu a consistência da rocha. Apresenta pequena resistência ao manuseio. • Rocha alterada: horizonte em que a alteração progrediu ao longo de fraturas ou zonas de menor resistência, deixando grandes blocos da rocha original. Os minerais encontram-se alterados e descoloridos. • Rocha sã: rocha de origem (mãe). Apresentam os minerais com suas cores e resistências originais pouco afetadas. R e sistê n c ia D e fo rm ab ilid ad e PERFIL DO INTEMPERISMO Fonte:https://ecivilufes.files.wordpress.com/2011/08/aula-7-solos-residuais.pdf ELUVIAÇÃO é uma palavra que provém do latim da junção do prefixo "ex" ou "e" que significam "fora" e o verbo "lavere" quesignifica, como talvez seja possível deduzir, "lavar". Desse modo, uma camada ou horizonte do solo que sofre eluviação constitui uma porção do perfil do solo que sofre perdas de material. ILUVIAÇÃO é oriunda do latim e se origina da junção de "il" que significa "dentro" com "lavere" que, como explicado, quer dizer "lavar". Desse modo, um horizonte iluvial é aquele que recebe ou ganha materiais de outros horizontes. Observação Fonte:https://ecivilufes.files.wordpress.com/2011/08/aula-7-solos-residuais.pdf Fonte: ORTIGÃO (2007)c São os solos que sofrem a ação de agentes transportadores, podendo ser aluvionares (quando transportados pela água), eólicos (quando pelo vento), coluvionares* (pela ação da gravidade) e glaciares (pelas geleiras). As texturas desses solos variam com o tipo de agente transportador e com a distância de transporte. SOLOS SEDIMENTARES OU TRANSPORTADOS Classificação dos solos transportados de acordo com agente de transporte: • Solos Aluvionares – Agente de transporte, Água. • Solos Eólicos – Agente de transporte, Vento. • Solos Coluvionares – Agente de transporte, Ação da Gravidade. • Solos Glaciais – Agente de transporte, Gelo. • Solos hidromórficos - São desenvolvidos em condições de excesso de água, ou seja, sob influência de lençol freático Fonte: Caputo (1988) SOLOS SEDIMENTARES OU TRANSPORTADOS - ALUVIONARES FLUVIAIS Transportados pelos rios LACUSTRES Transportados pelas lagoas DELTAICOS Foz de rios MARINHOS Mar Os aluviões são materiais constituídos por materiais erodidos, retrabalhados e transportados pelos cursos d’água para os seus leitos e margens. São também depositados nos fundos de lagoas e lagos, sempre associados a ambientes fluviais. Solos Aluvionares FLUVIAIS A princípio as grandes torrentes carregam consigo todo o detrito das erosões, mas logo depositam os grandes blocos e depois os pedregulhos. Ao perder sua velocidade, e portanto sua capacidade de carrear os sedimentos, os grandes rios passam a depositar as camadas de areia e, em seguida, os grãos de menor diâmetro, formando os leitos de areia fina e silte. Finalmente, somente os microcristais de argila permanecem em suspensão nas grandes massas de água dos lagos ou das lagunas próximas ao mar. Fonte: Geotecnia de Fundações (Marangon) SEDIMENTAÇÃO EROSÃO VELOCIDADE DA ÃGUA Exemplo de um rio poroso: Onde a velocidade é baixa ele transporta e sedimenta materiais finos, onde a velocidade é alta o rio transporta materiais mais grossos. No processo de erosão, o rio pode criar novos caminhos abandonando outros. Solos Coluvionares ―Tálus são depósitos formados pela ação da água e, principalmente, da gravidade, compostos predominantemente por blocos de rocha de variados tamanhos, em geral, arredondados, envolvidos ou não por matriz areno-silto-argilosa, frequentemente saturada. Os tálus também podem apresentar movimentos como o rastejo, que podem se alterar caso tenham seu frágio equilíbrio alterado, como, por exemplo, por um talude de corte. Em vista disto são depósitos quase sempre problemáticos e de difícil contenção quando estáveis. Fonte: Geotecnia de Fundações (Marangon)v PAPEL DA VEGETAÇÃO Solos Sedimentares Eólicos Grãos arredondados (atrito entre as partículas) Transporte + seletivo (vel. do vento): areias finas e silte Exemplos: Dunas: nordeste do Brasil SOLOS SEDIMENTARES OU TRANSPORTADOS AGENTE TRANSPORTADOR SELETIVO NÃO - SELETIVO • Glaciares • Coluvionares • Eólico • Aluvionares Características Solos Coluvionares: Grão com grande variedade de tamanhos; Apresenta na natureza elevado índice de vazios; Pequeno suporte de carga. Ex.: talus (deslizamento de solo do topo das encostas). Características solos Eólicos: Os grãos são homogêneos e arredondados. Características Solos aluvionares: água como veículo de transporte; textura conforme velocidade de transporte; Classificação quanto a origem: pluvial ou fluvial. Características dos grãos de diversos tamanhos. SOLOS ORGÂNICOS Provenientes da decomposição da matéria orgânica, seja de natureza vegetal (plantas e raízes), seja animal, quase sempre desenvolvida no mesmo lugar. Os solos orgânicos são problemáticos para construção por serem muito compressíveis. CARACTERÍSTICAS: • Solo com alta compressibilidade e alta absorção de água; • Baixa capacidade de carga; • Difícil de estabilizar. Pode-se afirmar que quando um solo é apropriado para construção civil, deve ser impróprio para fins de agricultura. Assim um solo muito compacto, é conveniente para obras civis, mas é péssimo para agricultura. Do mesmo modo que um solo poroso, com muitos vazios, é bom para a agricultura, mas inadequado para construção. Problemas são ocasionados por fundações em solos de argila orgânica mole que apresentam alta deformabilidade e baixa capacidade de suporte de carga. AGRONOMIA X CONSTRUÇÃO CIVIL COMPOSIÇÃO QUÍMICA E MINERALÓGICA DOS SOLOS Conceito A fase sólida dos solos é composta de uma fração mineral e uma orgânica. Por sua vez, a fração mineral divide-se em lotes de dimensões que apresentam diferenças em relação à mineralogia e ao comportamento químico. Minerais são partículas sólidas inorgânicas que constituem os solos e as rochas, e que possuem forma geométrica, composição química e estrutura própria definida. Fonte: Elza Sampaio (2006) Classificação dos minerais TIPOS DE MINERAIS PRIMÁRIOS SECUNDÁRIOS Os minerais primários são herdados do material originário; mantém-se praticamente inalterado na sua composição. Como exemplos de minerais primários que se podem encontrar nos solos, referem-se: quartzo, feldspatos, plagioclases, micas, piroxenas, anfíbolas, olivinas, etc. - São imunes ao processo do intemperismo. São aqueles que foram alterados pelo processo do intemperismo. Os minerais secundários mais frequentes no solo são: minerais de argila (silicatos de alumínio no estado cristalino), silicatos não cristalinos; óxidos e hidróxidos de alumínio e ferro; carbonatos de cálcio e de magnésio Fonte: Elza Sampaio (2006) Os minerais primários mais abundantes nos solos são o quartzo e os feldspatos – são os mais abundantes nas rochas da crosta terrestre e são os mais resistentes. A presença de olivina, augite, horneblenda ou plagioclase cálcica, indicam um estádio inicial de meteorização das rochas e de evolução do solo. Um solo derivado de rochas com quartzo, feldspatos e minerais ferromagnesianos e em que predominam o quartzo e o feldspato potássico como minerais primários será um solo muito mais evoluído. Classificação dos minerais Fonte: Elza Sampaio (2006) Quartzo Alguns minerais... Quartzo Feldspatos Quartzo É um mineral importante formador das rochas. Muito comum em praticamente todos os tipos de rochas. Possui um estrutura cristalina, composto de Dióxido de Silício (SiO2). É extremamente resistente ao intemperismo e ao desgaste físico pelo fato de ser o último mineral a se formar no resfriamento do magma a uma temperatura menor que 600ºC o que garante uma maior estabilidade. Isso talvez explique o fato do Quartzo ser o segundo mais abundante mineral da Terra atrás apenas dos Feldspatos. O único mineral que consegue riscar o quartzo é o diamante, por possuir maior dureza que ele. Os principais e tradicionais produtores de lascas e cristal de Quartzo são: Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Bahia.Na Bahia, ocorrem no Espinhaço setentrional e na Chapada Diamantina ocidental, nos municípios de Boninal, Brotas de Macaúbas, Ibitiara, Ipupiara, Oliveira dos Brejinhos, Piatã e Sento Sé. Quartzo O Quartzo é largamente usado nas Indústrias: Automobilística, Bélica, da Computação, da Construção Civil, Elétrica, Eletrônica, Eletrodoméstica, de Equipamento Médico, Metalúrgica, Óptica, Química, Relojoaria, de Telecomunicações. • Fibra óptica. Revolucionou a área das telecomunicações. • Vidro de Quartzo usado na indústria automobilística. • Osciladores de relógio. Na Indústria da Construção Civil, sob a forma de quartizito e arenito, é usada como pedra de construção e para fins de pavimentação. Como areia, o quartzo é largamente empregado na argamassa e no concreto. Também é usado na fabricação de aços especiais, ligas especiais, silicones, refratários, vidros planos. Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/386071/ O Brasil tem a totalidade de suas grandes reservas conhecidas de magnesita concentradas no nordeste do país, mais especificamente nos estados da Bahia e Ceará. No município de Brumado-BA, na Serra das Éguas, estão as maiores reservas e as mais produtivas minas conhecidas deste bem em nosso país, que respondeu por cerca de 3% da produção mundial em 2001. Magnesita A magnesita é, naturalmente, a fonte principal de magnésio. Sua representação química é expressa através da fórmula MgCO3, um carbonato de magnésio com 47,8% de MgO e 52,2% de CO2, exibindo hábito hexagonal, apresentando estrutura cristalina idêntica àquela da calcita, ocorrendo tanto na forma de cristais perfeitos de faces romboédricas, como agregados de grãos grosseiros Fonte: Costa e Correia (https://sistemas.dnpm.gov.br/publicacao/mostra_imagem.asp?IDBancoArquivoArquivo=3996) Fonte: Garcia et al. (http://mineralis.cetem.gov.br/bitstream/handle/cetem/1116/27.%20MAGNESITA%20(novo1).pdf?sequence=1 Principais produtos minerais da Bahia Fonte: Caderno Especial Mineração na Bahia SITES INTERESSANTES NA ÁREA DE GEOTECNIA... Laboratório de Geotecnia - UFBA Obrigada! torres_cjf@yahoo.com.br
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