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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E SAÚDE
DISCIPLINA: BASES TEÓRICAS DA PROMOÇÃO DA SAÚDE
CLAYANNE REIS BRAGA
RESENHA CRÍTICA
OBRA ORIGINAL: A saúde vai à escola: a promoção saúde em práticas pedagógicas.
 (Fábio Fortunato Brasil de Carvalho. 
In.: Revista de Saúde Coletiva, v. 25, n. 4, 2015.)
PROF.(A) DR. LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
TERESINA – PI
2017
O artigo intitulado A saúde vai à escola: a promoção saúde em práticas pedagógicas, tem como autor Fábio Fortunato Brasil de Carvalho, que é doutorando em Ciências da Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública, Fiocruz. O objetivo do texto é examinar o desenvolvimento das ações de saúde no ambiente escolar através de ações do Programa de Saúde na Escola (PSE), além de avaliar as práticas pedagógicas na perspectiva da Promoção da Saúde (PS).
A interação entre saúde e educação se constitui como uma importante ferramenta para a promoção da qualidade de vida. As práticas pedagógicas se configuram como ações conscientes e participativas que emergem da multidimensionalidade que cerca o ato educativo. Essas práticas incluem desde o planejamento e a sistematização da dinâmica dos processos de aprendizagem até a caminhada de processos que ocorrem para além da aprendizagem, garantindo o ensino de conteúdos e atividades que são considerados fundamentais para aquele estágio de formação do aluno (FRANCO,2016).
As concepções pedagógicas podem ser divididas em dois grandes grupos: pedagogia tradicional e concepções contra hegemônicas. A tendência tradicional é caracterizada pela passividade do aprendiz, que apenas recebe as informações e não é considerado sujeito do aprendizado. Já a segunda concepção é diferenciada pela contextualização de informações, numa situação onde o aprendiz é protagonista do processo de aprendizagem. Analisando e refletindo acerca dessas informações é possível perceber que o método tradicional há décadas é o mais utilizado, no entanto não é mais suficiente por si só para a construção do conhecimento, principalmente quando se pensa em promoção da saúde onde o sujeito deve ter autonomia e empoderamento para o autocuidado.
A promoção da saúde foi incorporada ao sistema de ensino há pouco tempo, pois antigamente as escolas não julgavam como seu papel incentivar essa prática. No entanto é inegável o papel dessas instituições na formação dos hábitos saudáveis das crianças e adolescentes, pois é nesse momento em que está ocorrendo o desenvolvimento humano em vários aspectos, fisiológicos e sociais. E, além disso o ambiente em que está inserido é um grande determinante para essas mudanças. Visto isso foi criado o Programa de Saúde na Escola que tem como objetivo promover a articulação de saberes e participação da escola, comunidade, família, alunos e pais, tratando saúde e educação de forma integral.
Um dos eixos estratégicos para a PS é a Educação em Saúde, porém essa prática funciona com a imposição de comportamento ideais de cuidado, se tornando um método distante da vivência real dos sujeitos. Já a Educação Popular em Saúde propõe a construção compartilhada de conhecimento, buscando uma articulação entre conhecimentos técnicos dos profissionais de saúde e experiências de vida dos indivíduos. Essas ações de educação, entretanto, devem ser contínuas e sustentadas para que possam realmente provocar mudanças positivas na qualidade de vida dos sujeitos.
O autor traz no texto a investigação sobre as práticas de promoção da saúde realizadas nas instituições de ensino. As ações foram planejadas baseadas nas necessidades identificadas nas escolas. Refletindo acerca do que foi observado pelo pesquisador durante as atividades nota-se que muitas vezes o profissional não utiliza de uma linguagem acessível aos alunos, que muitas vezes não entendem o objetivo das ações, e que esses profissionais muitas vezes não incluem todos os alunos, que acabam não se beneficiando da presença da equipe de saúde.
Refletindo sobre as informações trazidas no artigo percebe-se que ainda existem muitos desafios a serem enfrentados para o desenvolvimento da promoção da saúde no ambiente escolar, e isso se dá principalmente pela forma como as atividades são desenvolvidas na escola, em que muitas vezes o profissional de saúde não está preparado para lidar com os aprendizes. E, além disso, outro fator importante é o fato de os professores não considerarem uma tarefa sua a colaboração com a construção das práticas saudáveis da vida dos alunos. Então, é necessário ainda um outro olhar sobre as práticas pedagógicas, além da articulação entre diversos setores e profissionais, desenvolvendo a promoção da saúde nas escolas de forma efetiva para que ocorram transformações na realidade dos escolares.
REFERÊNCIAS
FRANCO, M. A. R. S. Prática pedagógica e docência: um olhar a partir da epistemologia do conceito. Rev. bras. Estud. pedagog., v. 97, n. 247, p. 534-551, 2016.

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