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QUALIDADE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE Profª.: Joyce Brito Biomédica – CRBM4 nº 6230. Pós-Graduada em Saúde Pública EMENTA IDENTIFICAÇÃO Disciplina: QUALIDADE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE. Carga Horária: 32 H/A, 8 aulas. Período: 20/06 á 30/06. Módulo I EMENTA CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. UNIDADE I - SAÚDE E DOENÇA; 2. UNIDADE II - NOÇÕES DO PROGRAMA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR – PNHAH; 3. UNIDADE III - PERFIL DO CLIENTE OU USUÁRIO; 4. UNIDADE IV - HUMANIZAÇÃO E SAÚDE. EMENTA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 1. Entender os conceitos de doença, de saúde e qualidade de vida, assim como se dá o processo saúde-doença; 2. Entender o processo saúde-doença e seus determinantes; 3. Noções do Programa Nacional de Humanização – PNH; 4. Conhecer como se constrói e fundamenta uma cultura de humanização; 5. Conhecer o perfil do usuário ou cliente, bem como os desafios antes e após o atendimento; 6. Promover os relacionamentos interpessoais e em equipe no ambiente de trabalho. EMENTA METODOS DE AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM PROVA 01: 10 PONTOS → PROVA 02: 10 PONTOS → REAVALIAÇÃO: 10 PONTOS → DIA: 26/06 DIA: 29/06 DIA: 30/06 AULA 01 SAÚDE E DOENÇA CONCEITOS O QUE É SAÚDE? O QUE É ESTAR DOENTE? ESSES CONCEITOS MUDARAM COM O PASSAR DO TEMPO? PROCESSO SAÚDE-DOENÇA É uma expressão usada para fazer referência a todas as variáveis que envolvem a saúde e a doença de um indivíduo ou população e considera que ambas estão interligadas e são consequência dos mesmos fatores. De acordo com esse conceito, a determinação do estado de saúde de uma pessoa é um processo complexo que envolve diversos fatores. DOENÇA Doença: é a falta ou a perturbação da saúde. Doença vem do latim dolentia, padecimento, e é definida como uma condição anormal do organismo que interfere em suas funções corporais, estando associada a sintomas específicos. Doença ocorre quando uma infecção resulta em qualquer mudança no estado de saúde do hospedeiro. A doença também pode ser definida como um desajustamento ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou uma ausência de reação aos estímulos. O processo conduz a uma perturbação da estrutura ou da função de um órgão, de um sistema ou de todo o organismo e das funções vitais. DOENÇA A doença não pode ser compreendida apenas por meio das medições fisiopatológicas, pois quem estabelece o estado da doença é o sofrimento, a dor, o prazer, enfim os valores e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que adoece. DOENÇA Existem vários tipos de doenças e seus diferentes conceitos. Na perspectiva do mecanismo etiológico, ou seja, causador de determinada doença, as doenças podem ser classificadas em dois tipos: • Doenças infecciosas: causadas por um agente biológico ou etiológico, como vírus, bactérias, fungos ou parasitas. • Doenças não infecciosas: a priori, não são causadas por agentes biológicos ou agentes etiológicos. DOENÇAS INFECCIOSAS A doença infecciosa é sempre resultado de interações entre o hospedeiro (local que se desenvolve o agente biológico), o agente biológico ou infeccioso (por exemplo, determinada bactéria) e do meio ambiente (por exemplo, água contaminada). Essa interação forma a chamada tríade epidemiológica. DOENÇAS NÃO INFECCIOSAS São aquelas que não são causadas por um agente etiológico. Também conhecidas como não transmissíveis. Entre essas doenças destacam-se as associadas ao coração, diabetes, doenças psicossociais, como a depressão, e neoplasias (cânceres). São muito mais comuns nos adultos. Fatores de risco: drogas ilícitas; álcool; tabagismo; dieta alimentar; fatores genéticos; poluição do ar; estilo de vida; higiene; raça; sexo; saneamento básico; etc. SAÚDE Saúde: é o estado de ausência de doença. OMS: “saúde é um completo bem-estar físico e mental e social e não meramente a ausência de doença” O Individuo como um todo: “saúde é o estado do individuo cujas funções orgânicas, físicas e mentais permaneçam normais.” SAÚDE A saúde é silenciosa em geral não a percebemos em sua plenitude, na maior parte das vezes, apenas a identificamos quando adoecemos. É uma experiencia de vida, vivenciada no âmago do corpo individual. Ouvir o próprio corpo é uma boa estratégia para assegurar a saúde com qualidade, pois não existe um limite preciso entre a saúde e a doença, mas uma relação de reciprocidade entre ambas; entre a normalidade e a patologia, na qual “os mesmos fatores que permitem ao homem viver (alimento, água, ar, clima, habitação, trabalho, tecnologia, relações familiares e sociais) podem causar doença, se agem com determinada intensidade, se pesam em excesso ou faltam, se agem sem controle” SAÚDE A relação entre a saúde e a doença é demarcada pela forma de vida dos seres humanos, pelos determinantes biológicos, psicológicos e sociais. Tal constatação nos remete à reflexão de que o processo saúde-doença- adoecimento ocorre de maneira desigual entre os indivíduos, as classes e os povos, recebendo influência direta do local que os seres ocupam na sociedade. SAÚDE Para entender a saúde é necessário partir da dimensão do ser, pois é nele que ocorrem as definições do normal ou patológico. O considerado normal em um individuo pode não ser em outro. Dessa maneira, podemos deduzir que o ser humano precisa conhecer-se, necessita saber avaliar as transformações sofridas por seu corpo e identificar os sinais expressos por ele. Na dimensão do ser, a saúde torna-se a capacidade que o ser humano tem de gastar, consumir a própria vida. Entretanto, é importante destacar que a vida não admite a reversibilidade, ela aceita apenas reparações. Cada vez que o indivíduo fica doente, está reduzindo o poder que tem de enfrentar outros agravos; ele gasta seu seguro biológico, sem o qual não estaria vivo. SAÚDE O conceito de saúde está relacionado à qualidade de vida. Não podemos pensar em saúde sem entender o conjunto de fatores que a determina e condiciona, citados inclusive em lei orgânica da saúde, vejamos: "Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros: SAÚDE A ideia de que a saúde está relacionada com a qualidade de vida ganhou força com a Conferência Internacional sobre Promoção de Saúde, realizada no Canadá em 1986. Esse evento gerou como produto a Carta de Ottawa, que, no Brasil, teve repercussões importantes na idealização e regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS). EVOLUÇÃO HISTÓRICA O que leva um indivíduo ao adoecimento? Alguns modelos teóricos são utilizados para conhecer, explicar e compreender o fenômeno da saúde e da doença. São eles: Modelo mágico-religioso ou xamanístico; Modelo holístico; Modelo empírico-racional (hipocrático); Modelo de medicina científica ocidental (biomédico); Modelo sistêmico; Modelo da História Natural das Doenças (modelo processual). EVOLUÇÃO HISTÓRICA O que leva um indivíduo ao adoecimento? Pré-História Antiguidade Idade Média Renascimento Séc. VXI e XVII Século XX EVOLUÇÃO HISTÓRICA Modelo mágico-religioso ou xamanístico: os deuses estabelecem a doença e a cura. A concepção de que cabia aos deuses definir o estado de adoecimento e cura dos homens. Modelo marcado também pela noção de pecado-doença e redenção-cura. Causa: castigo dos deuses; feitiço nocivo; ataque de um espírito do mal; impureza humana; etc. Cura: caberia ao feitiço ou xamã, tendo o poder de convocar espíritos capazes de erradicar o mal. Os demônios e espíritos malignos talvez mobilizados por um inimigo ou por castigo, vitimavam o doente, podendo leva-lo a morte. EVOLUÇÃO HISTÓRICA Modelo holístico: medicinas hindu e chinesa. A noção de equilíbrio é que vai dar origem à medicina holística. Esta noção associa a ideia de “proporção justa ou adequada” com a saúde e a doença. A saúde era entendida como o equilíbrio entre os elementos e humores que compõem o organismo humano. Causa: desequilíbrio desses elementos permitiria oaparecimento da doença. O desequilíbrio estava relacionada ao ambiente físico, tais como: os astros, o clima, os inse, etc. Cura: compreender o ajuste necessário para a obtenção do equilíbrio do corpo com o ambiente, corpo este tido como uma totalidade. Busca do equilíbrio do corpo com os elementos internos e externos. EVOLUÇÃO HISTÓRICA Modelo empírico-racional (hipocrático): A tentativa dos primeiros filósofos era encontrar explicações não sobrenaturais para as origens do universo e da vida, bem como para a saúde e a doença. Hipócrates (século VI a.C.) estabeleceu a relação homem/meio com o desenvolvimento de sua Teoria dos Humores. Causa: a é resultante do desequilíbrio dos humores. Cura: depende de uma compreensão desses desequilíbrios para buscar atingir o equilíbrio. EVOLUÇÃO HISTÓRICA Modelo de medicina científica ocidental (biomédico): prioriza o diagnóstico e a cura. Predominante na atualidade, tem suas raízes vinculadas ao contexto do Renascimento e de toda a Revolução Artístico-Cultural, que ocorreram a partir do século XVI. O conceito biomédico da doença é definido como: desajuste ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou ausência de reação aos estímulos a cuja ação está exposto [...], processo que conduz a uma perturbação da estrutura ou da função de um órgão, de um sistema ou de todo o organismo ou de suas funções vitais (Jenicek; Cléroux, 1982 apud Herzlich, 2004). EVOLUÇÃO HISTÓRICA Modelo de medicina científica ocidental (biomédico): prioriza o diagnóstico e a cura. O modelo biomédico focou-se, cada vez mais, na explicação da doença e passou a tratar o corpo em partes cada vez menores, reduzindo a saúde a um funcionamento mecânico. A percepção do homem como máquina é datada historicamente com o advento do capitalismo. Concepção fragmentária do modelo biomédico ao defender que este consiste num tipo de modelo da teoria mecanicista, em que o homem é visto como corpo-máquina; o médico, como mecânico; e a doença, o defeito da máquina. EVOLUÇÃO HISTÓRICA Foi também no Renascimento que a explicação para as doenças começou a ser relacionada às situações ambientais. A causa das doenças passava a estar num fator externo ao organismo, e o homem era o receptáculo da doença. Destas elaborações teóricas sobre o contágio firmou-se a teoria dos miasmas, que foi a primeira proposta de explicação, dentro dos parâmetros da ciência, da associação entre o surgimento de epidemias e as condições do ambiente. EVOLUÇÃO HISTÓRICA A teoria dos miasmas influenciou o pensamento médico até o início do século XX. Segundo a teoria, as doenças teriam origem nos miasmas: o conjunto de odores fétidos provenientes de matéria orgânica em putrefação nos solos e lençóis freáticos contaminados. A transmissão se dava pela inspiração de “gases” Muitas das medidas correntes de Saúde Pública, tais como, o enterro de cadáveres, a implementação de sistemas de esgotos, recolha dos lixos, a drenagem de pântanos, basearam-se no conceito miasmático da doença. EVOLUÇÃO HISTÓRICA Com a descoberta dos microrganismos (teoria microbiana) como causa das doenças, a teoria dos miasmas perdeu força explicativa e abriu espaço para a primeira revolução sanitária, com o início das pesquisas sobre as relações entre organização social, pobreza e frequência de doenças. A teoria microbiana propunha que cada doença teria por agente causal um organismo específico, que poderia ser identificado, isolado e ter suas características estudadas. EVOLUÇÃO HISTÓRICA Modelo da História Natural das Doenças (modelo processual): considera a relação do meio ambiente com o corpo. A busca por explicações causais do processo saúde-doença resultou na configuração da História Natural das Doenças (HND), conhecido como modelo processual dos fenômenos patológicos. Os principais sistematizadores desse modelo foram Leavell e Clark, no ano de 1976. O conceito de história natural das doenças é definido como: “todas as interrelações do agente, do hospedeiro e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente ou em qualquer outro lugar (pré-patogênese), passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte (patogênese)”. EVOLUÇÃO HISTÓRICA Modelo da História Natural das Doenças (modelo processual): Assim, podemos dizer que a história natural das doenças é um processo que passa pelas seguintes fases: • Fase suscetível - Nesta fase ainda não há doença propriamente dita, mas existe o risco de adoecer. • Fase de doença subclínica - A doença ainda está no estágio de ausência de sintomas, mas o organismo apresenta alterações patológicas. • Fase de doença com manifestações clínicas - A doença já se encontra em estágio adiantado, com diferentes graus de acometimento. • Fase de recuperação, incapacidade ou morte - a doença pode progredir para a morte, ou as alterações se estabilizam. EVOLUÇÃO HISTÓRICA Modelo da História Natural das Doenças (modelo processual): O modelo da HND visa: Esta forma de sistematização ajuda a compreender os diferentes métodos de prevenção e controle das doenças. Ao acompanhamento do processo saúde-doença em sua regularidade, compreendendo as inter-relações do agente causador da doença, do hospedeiro da doença e do meio ambiente e o processo de desenvolvimento de uma doença. EVOLUÇÃO HISTÓRICA Modelo da História Natural das Doenças (modelo processual): O sistema de história natural das doenças dividi o processo saúde-doença em dois momentos: o pré- patogênico e o patogênico. •Período pré-patogênico: ainda não há a doença, apenas susceptibilidade. Esse período apresenta três fatores, o hospedeiro, o agente e o meio, chamados de tríade ecológica, em que todos atuam como determinantes para o processo saúde-doença. Representa o indivíduo antes da doença, porém com susceptibilidade devido aos fatores ambientais. •Período patogênico: organismo adoecido, com possibilidades de evolução. Ao ocorrer interação entre hospedeiro e estímulo, inicia o período patogênico. Assim que o indivíduo apresenta sinais e sintomas, ele atravessa o “horizonte clínico” e passa a ser classificado como “doença precoce discernível’‘, seguida da “doença avançada”, quando já está progredida. O desfecho da doença depende da evolução do quadro do paciente. Evoluindo para as seguintes possibilidades: defeito permanente (sequela), cronicidade, morte ou cura. EVOLUÇÃO HISTÓRICA A sistematização sugerida no modelo da HND orientou a organização do cuidado por diferentes níveis de complexidade, em termos de recursos e ações. Ao considerar a possibilidade de evitar a morte, são trazidas com este modelo diferentes possibilidades de prevenção e promoção da saúde, como interromper a transmissão, evitar o caso e promover vida com qualidade. Cada situação de saúde específica, individual ou coletiva, é o resultado, em dado momento, de um conjunto de determinantes históricos, sociais, econômicos, culturais e biológicos. PROMOÇÃO DA SAÚDE O conceito de saúde vem sofrendo mudanças e foi redefinido em 1948, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como “estado de completo bem-estar físico, mental e social”, passando de uma visão mecânica da saúde para uma visão abrangente e não estática do processo saúde-doença. Na atualidade, o conceito de saúde continua sofrendo mudanças e aperfeiçoamentos. Segundo a OMS (1986), o conceito passou a estar relacionado à noção de promoção da saúde, que significa capacitar a comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação social no controle do processo de saúde e doença. PROMOÇÃO DA SAÚDE Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivode viver. Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Assim, a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global. PROMOÇÃO DA SAÚDE O conhecimento da história natural da doença favorece o domínio das ações preventivas necessárias. Se um dos fundamentos de prevenção é cortar elos, o conhecimento destes é fundamental para que se atinjam os objetivos colimados. Devem ser conhecidos os múltiplos fatores relacionados com o agente, o suscetível e o meio ambiente, e com a evolução da doença no acometido. O conceito de prevenção é definido como “ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença”. Na década de 70, foram estabelecidos, por Leavell & Clark (1976), três níveis de prevenção que inter-relacionam atividade médica e saúde pública. Prevenção Primária: • É a ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema de saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica. • Inclui promoção da saúde e proteção específica (ex.: imunização, orientação de atividade física para diminuir chance de desenvolvimento de obesidade). Prevenção secundária: • É a ação realizada para detectar um problema de saúde em estágio inicial, muitas vezes em estágio subclínico, no indivíduo ou na população, facilitando o diagnóstico definitivo, o tratamento e reduzindo ou prevenindo sua disseminação e os efeitos de longo prazo (ex.: rastreamento, diagnóstico precoce). Prevenção terciária: • É a ação implementada para reduzir em um indivíduo ou população os prejuízos funcionais consequentes de um problema agudo ou crônico, incluindo reabilitação (ex.: prevenir complicações do diabetes, reabilitar paciente pós-infarto – iam ou acidente vascular cerebral). Atualmente temos também as prevenções: Prevenção quaternária: • A prevenção quaternária foi definida de forma direta e simples como - A detecção de indivíduos em risco de tratamento excessivo para protegê-los de novas intervenções médicas inapropriadas e sugerir-lhes alternativas eticamente aceitáveis. Prevenção quinquenária: • Prevenir o dano para o paciente, atuando no médico constitui uma prevenção denominada quinquenária – que pretende atuar na prevenção do Burnout. O burnout é definido como um estado de plena exaustão física e/ou psicológica que germina da produção contínua e intensiva de respostas concertadas perante as elevadas exigências no local de trabalho (BUCK, C; et al, 1988). DETERMINANTES SOCIAIS Importante prestar atenção para a seguinte questão: A compreensão das diferentes concepções referentes ao processo saúde-doença está intimamente relacionada às dinâmicas de cuidado existentes, presentes na organização das ações e serviços de saúde e das redes sociais de apoio. Conforme discutido a saúde, a doença e o cuidado são determinados socialmente, variando conforme os tempos, os lugares e as culturas, o que implica dizer que a organização das ações e serviços de saúde e das redes de apoio social precisa ser planejada e gerida de acordo com as necessidades da população de um dado território. DETERMINANTES SOCIAIS Cabe destacar que promoção da saúde, como apresentado por Buss (2000), requer uma maior aproximação e apropriação dos temas relativos aos determinantes da saúde, visto que ações de promoção visam interferir neles. Esse é um ponto crucial, já que o planejamento e a implementação de ações de promoção devem ir ao encontro das necessidades dos grupos sociais, o que vai implicar, muitas vezes, a organização de ações intersetoriais, com métodos e enfoques apropriados. E quais são os determinantes da saúde? DETERMINANTES SOCIAIS A definição de saúde presente na Lei Orgânica de Saúde (LOS), n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, procura ir além da apresentada pela OMS. A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer, o acesso a bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país (Brasil, 1990, Art. 3). DETERMINANTES SOCIAIS Endógenos: são aqueles inerentes ao organismo e estabelecem a receptividade do organismo. 1. Herança genética; 2. Anatomia e Fisiologia do individuo; 3. Imunidade; 4. Estilo de vida. Exógenos: fatores que dizem respeito ao ambiente. 1. Determinantes: Biológico Físico Social ATIVIDADE 1. Como a saúde pode ser percebida no documentário? 2. Como a doença pode ser percebida no documentário? 3. Quais desigualdades sociais são percebidas? 4. Quais fatores ambientais são percebidos?
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