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4 Partes do Processo do Trabalho

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO (PROF: MARCELO ARAUJO) 	 	04
UNIDADE V - PARTES NO PROCESSO DO TRABALHO
1- CONCEITO – são as pessoas que participam da relação processual, na qualidade de Autor ou Réu, interessados em um resultado que lhes seja favorável (sujeitos parciais, com interesse jurídico na causa). O Autor declina sua pretensão, solicitando a prestação jurisdicional para a tutela do bem da vida violado ou ameaçado (quem formula o pedido). O Réu é aquele contra quem se move uma demanda em Juízo (envolvido pelo pedido solicitado). 	No processo do trabalho, como regra geral, o Autor é chamado de Reclamante e o Réu é chamado de Reclamado (dissídios individuais – vide art. 651 e 844 CLT); nos Dissídios Coletivos, o Autor é chamado de Suscitante e o Réu é chamado de Suscitado.
OBS: 
1- Sujeitos imparciais da relação processual (sem interesse jurídico na causa)– Juízes, peritos, demais auxiliares da Justiça, etc.
2- Outros termos: Requerente e Requerido (inquérito judicial), Recorrente e Recorrido (recursos), Agravante e Agravado (agravos), Embargante e Embargado (Embargos), etc.
3- O MP pode atuar em nome próprio como órgão agente na defesa da ordem jurídica ou como órgão interveniente (custos legis) vide LC 75/93.
2- CAPACIDADE
a) Capacidade Civil (jurídica ou de gozo) – é a aptidão da pessoa física ou natural de adquirir direitos e contrair obrigações (é a faculdade que tem a pessoa de praticar os atos da vida civil e de administrar os seus bens), adquirida desde o nascimento com vida, garantido o direito do nascituro (personalidade civil - art. 1º e 2º, CC). Assim, todo ser humano tem capacidade de ser parte (em Juízo), independente de sua idade ou condição psíquica ou mental, seja para propor ação ou para defender-se.
OBS:
1- A pessoa jurídica (ser abstrato), cuja “personalidade civil” inicia-se com a inscrição dos atos constitutivos no registro competente, necessita ser representada judicial e extrajudicialmente por determinada pessoa natural.
2- Entes despersonalizados – detém capacidade para ser parte. Ex: Massa Falida, Condomínio, Espólio, dentre outros 
b) Capacidade Processual (de fato ou de exercício) – capacidade outorgada as pessoas de fluir e gozar seu direito em Juízo (vide artigos 3º/5º, CC e 17/20 e 70 do NCPC).
OBS:
- Situações específicas do processo do trabalho: 
1- Aprendiz (menor de 16 anos e maior de 14 anos – art. 7º, XXXIII, CF/88).
2- Menor relativamente incapaz (entre 16 e 18 anos – relativamente incapaz) – art. 439, CLT -recibos salariais e TRCT.
3- Capacidade plena a partir dos 18 anos (para assinar TRCT e ajuizar RT, por exemplo – art. 792, CLT)- pelo novo CC (art. 5º, par. Único), a pessoa com menos de 18 anos poderá ser emancipada (pela concessão dos pais, pelo casamento; pelo exercício de emprego público efetivo; pela colação de grau em curso de ensino superior e pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria); logo, cotejando a regra do CC com o artigo 793 da CLT, o menor entre 16 e 18 anos adquire capacidade plena por emancipação, enquanto que o menor de 16 anos será representado por quem detenha o poder familiar (artigo 1634, CC), ou na sua falta, pelo MPT, sindicato, MP estadual ou curador nomeado pelo Juiz.
4- Reclamações Trabalhistas dos menores de 18 anos – vide artigo 793 da CLT.
3- REPRESENTAÇÃO – representar significa estar presente, no lugar de outra pessoa, praticando atos em nome do representado. Processualmente, a representação ocorre quando alguém (representante) figura num dos pólos da relação processual, em nome e na defesa de outrem, manifestando a vontade do representado.( VIDE ARTIGO 71 DO NCPC)
A representação pode ser legal (decorre de previsão em lei. Ex: representação das pessoas jurídicas de direito público –NCPC, art. 75, I e II) ou convencional (faculdade da parte em se fazer representar em Juízo. Ex: representação das pessoas jurídicas de direito privado -NCPC, art 75, VIII).
OBS: 
1- Representação geral – ocorre em todos os atos processuais (vide artigo 513, a, CLT) – Sindicato, que neste caso, atua como representante dos interesses individuais de seus associados (vide artigo 8º, III, da CF/88).
2- Representação extrajudicial – Ex: Sindicato - Convenções e acordos Coletivos (art 611, § 1º, e 616, CLT).
3- Representação ativa e passiva – vide artigo 75 do CPC
4- Regularização da representação – artigo 76 do CPC
3.1- Espécies de Representação
a) Representação das pessoas físicas – vide artigos 3º/5º, CC e 17/20 e 70 do NCPC.
b) Representação do empregado por Sindicato nas ações individuais trabalhistas – vide artigo 791, § 1º e 513, a, CLT (independente dele ser sócio do sindicato – art. 18, Lei nº 5.584/70); depende de autorização expressa do empregado, mediante mandato (procuração).
c) Representação do empregado por outro empregado – vide artigo 843, § 2º, CLT (para o fim específico de evitar o arquivamento do artigo 844 da CLT).
d) Representação na Reclamação Plúrima e na Ação de Cumprimento – vide artigo 843, caput, CLT (na verdade, trata-se de litisconsórcio ativo e substituição processual, respectivamente).
e) Representação dos empregados menores e incapazes (vide art. 3º/5º CC e 71 do NCPC e artigo 793 da CLT):
- Aprendiz (menor de 16 e maior de 14 anos – art. 7º, XXXIII, CF) - representado pelos pais, tutores ou curador.
- Menor de 16 a 18 anos – assistido pelos pais, tutores ou curador. 
OBS: 
- Pelo CC (art. 5º, par. Único), a pessoa com menos de 18 anos poderá ser emancipada (por concessão dos pais, pelo casamento; pelo exercício de emprego público efetivo; pela colação de grau em curso de ensino superior e pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria); logo, cotejando a regra do CC com o artigo 793 da CLT, o menor entre 16 e 18 anos adquire capacidade plena por emancipação, enquanto que o menor de 16 anos será representado por quem detenha o poder familiar (artigo 1634, CC), ou na sua falta, pelo MPT, sindicato, MP estadual ou curador nomeado pelo Juiz.
f) Representação das pessoas jurídicas – vide artigo 843, § 1º, da CLT (representação do empregador em audiência por preposto - vide Súmula nº 377 do TST), artigo 75 do NCPC e OJ 255 da SDI-1 do TST.
Súmula nº 377 do TST - PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DE EMPREGADO. Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. (ex-OJ nº 99 - Inserida em 30.05.1997) 
g) Representação por advogado – vide artigo 791, § 1º, da CLT (facultativa, ante a redação do caput do referido artigo). 
OBS: Vide artigos 133 da CF/88, Lei 8906/94 e 103 e seguintes do NCPC. 
4- ASSISTÊNCIA - é a intervenção obrigatória de pessoas designadas por lei em atos praticados por relativamente incapazes, ou seja, é uma forma de proteção legal para a prática de certos atos da vida civil.
OBS: 
- Vide artigos 793, CLT; 4º e 1634, V, CC e 7º, XXXIII da CF.
5- SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL - Legitimação extraordinária (anômala, ad causam), autorizada pela lei, para que alguém defenda, em nome próprio, como Autor ou Réu, direito alheio em processo judicial; nesse caso, o direito de agir não é exercido pelo titular do direito material, mas sim, pelo substituto processual, que tem legitimidade para tal fim (ele é parte, ou seja, é sujeito da relação processual)- Vide art. 18, NCPC.
No processo do trabalho, a substituição processual é exercida pelo Sindicato (art. 8º, III, CF/88), que atua em nome próprio, mas em defesa do interesse dos associados ou dos integrantes da categoria profissional, nos seguintes casos:
a- Na defesa de direitos e interessescoletivos (membros da categoria individualizados)
b- Na defesa dos interesses individuais homogêneos (decorrentes de origem comum) 
	No caso de interesses difusos (sem individualização dos titulares e passível de Ação Civil Pública), existem obstáculos para a atuação do Sindicato, face a limitação geográfica de sua base territorial, fora da qual não pode atuar. 
OBS- 
1- Vide lei 8078/90 (CDC), artigo 81.
2- Vide artigo 8º, III, CF/88 ; art. 872, par. Único, CLT (ação de cumprimento); art. 195, § 2º; CLT (periculosidade e insalubridade –vide Súmula nº 271, TST), art 3º da lei nº 8073/90 (política salarial), etc.
3- A Súmula nº 310 TST, revogada em 25/09/03 – pregava a inexistência de substituição processual, mas sim, de uma representação processual (art. 513, a , CLT). Já o STF entende que a hipótese do art. 8º, III, é de substituição processual. 
4- Para alguns doutrinadores, o sindicato deverá sempre juntar relação dos substituídos, sob pena de indeferimento da inicial (antiga regra da Súmula. nº 310 TST), sendo desnecessária a juntada de procuração, que é exigida somente nos casos de representação processual.
a) Classificação da substituição processual:
a- Autônoma – possibilidade do substituído desistir da ação (Súmula nº 255 TST) e de transacionar (Súmula nº 180 TST) – porque o direito é do substituído e não do substituto.
b- Concorrente – não é exclusiva, o substituído pode assumir o pólo ativo da ação (assistente)
c- Primária- o substituto não precisa aguardar a inércia do substituído em relação a propositura da ação
OBS: 
1- A demanda ajuizada pelo sindicato, na qualidade de substituto processual, interrompe a prescrição.
2- Sucessão processual (legitimidade derivada ou superveniente) - decorre de eventos normais da vida, com reflexos sobre os sujeitos da relação jurídica processual. Ex: Morte do Reclamante ou Reclamado (substituído pelo espólio, representado pelo inventariante); sucessão de empresas (art. 10 e 448, CLT)- o sucessor assume a posição nos processos em curso.
6- LITISCONSÓRCIO – representa a presença de varias pessoas em um mesmo processo, como autores ou Réus (em ambos os pólos da relação processual), objetivando a defesa de interesses em comum. 
6.1- Tipos:
a) Quanto a cumulação de pedidos (objetiva) – vários pedidos em face de um mesmo Réu (Comum no proc. do trabalho: HE, AP. 13 º sal., etc.). É necessário que os pedidos sejam compatíveis entre si, o Juízo seja competente para conhecer todos os pedidos e seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento (§ 1º art. 327 do NCPC)
b) Quanto a cumulação de sujeitos – não há cumulação de pedidos, mas sim, de partes no processo, podendo ser ativo (reclamatória plúrima), passivo (terceirização – Súmula 331 do TST; empreitada – art 455 da CLT e Ação Rescisória oriunda de relação processual com a participação do Sindicato- Súmula 406 do TST) ou misto.
OBS: vide artigo 113, § 1º, do NCPC (limitação do litisconsórcio ativo)
c) Quanto ao momento de sua constituição – originário (ou inicial – ocorre no início da relação processual) e superveniente (ou posterior- ocorre no curso da relação processual)
d) Quanto a necessidade ou não de sua constituição – necessário (indispensável- art 114 do NCPC- decorre da vontade da lei ou da própria natureza da relação jurídica material) ou facultativo (dispensável- art. 113 do NCPC – a critério das partes).
6.2- Efeitos 
a) Litisconsórcio unitário – artigo 116 do NCPC – lide deve ser decidida de modo uniforme para todas as partes.
b) Litisconsórcio simples – é indiferente o resultado da decisão ser o mesmo para todos os litisconsortes.
OBS:
1- Vide OJ nº 310 da SDI-1 do TST.
2- Vide Artigos 117 (litigantes distintos); 118 (andamento do processo); 344, I (revelia); 391 (provas) e 1005 (recursos) – todos do NCPC.
3- Cumulação subjetiva – vide artigo 842 da CLT (ativo, facultativo e simples).
7- JUS POSTULANDI (CAPACIDADE POSTULATÓRIA DA PARTE - ART. 791 da CLT) – no processo do trabalho, é o direito que a pessoa tem de estar em juízo (empregado ou empregador), requerendo e praticando pessoalmente todos os atos autorizados para o exercício do direito de ação, independentemente de patrocínio de advogado. É admitido somente no âmbito da Justiça do trabalho (Vide Súmula 425 do TST).
	Mesmo após a promulgação da Constituição Federal de 1988, na qual o artigo 133 considera o advogado essencial à administração da Justiça, o TST manteve o entendimento contido no artigo 791 da CLT (vide Súmulas nº 329 e 219 do TST).
OBS:
- A EC nº 45, ao ampliar a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar outras ações oriundas da relação de trabalho, exige nova interpretação do artigo 791 da CLT, quando as partes litigantes não forem empregado e empregador (vide IN nº 27 do TST) 
 	
8- ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA– na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária gratuita é o benefício concedido ao necessitado de, gratuitamente, movimentar o processo e utilizar os serviços profissionais de advogado e demais auxiliares da Justiça. (VIDE ARTIGOS 98/102 DO NCPC)
No processo do trabalho, a assistência judiciária, que abrange também o benefício da gratuidade de Justiça (implica na isenção do pagamento de custas processuais) é prestada pelo Sindicato da categoria profissional do empregado (vide Lei nº 5584/70 -art. 14 e 18).
	A lei nº 10.537/02 acrescentou ao artigo 790 da CLT o § 3º, que faculta aos Juízes conceder o benefício da gratuidade de Justiça, ou seja, apenas no tocante ao recolhimento de custas processuais. 
	Segundo o TST, apenas na assistência judiciária prestada pelo sindicato caberão honorários advocatícios por sucumbência (vide art. 16, Lei nº 5.584/70 e Súmulas nº 219 e 329, TST - honorários advocatícios por sucumbência, no processo do trabalho).
OBS:
1- Vide art. 5º, LXXIV da CF/88, Lei nº 5584/70 (art. 14/18); art 789, 789-A, 790, § 3º, 790-A e 790-B da CLT, OJ 269 e 304 da SDI-1 do TST (custas processuais). 
2- Sucumbência é o pagamento pela parte vencida das despesas processuais e dos honorários advocatícios (vide artigos 85/87 do NCPC e IN nº 27 do TST). Segundo alguns doutrinadores, no processo do trabalho, principalmente após o PJE, é cabível a verba honorária advocatícia pela sucumbência, devida pelo empregador ao advogado do empregado, a qual deverá será fixada de acordo com os parâmetros do art. 85 do NCPC, c/c artigo 133 da CF, uma vez que o patrocínio judicial do empregado pelo sindicato não é mais condição para o cabimento de honorários advocatícios, uma vez que revogados todos os dispositivos que previam tal requisito. 
3- Para uma parte da doutrina, a restituição do crédito do empregado há de ser integral, de acordo com a regra prevista no artigo 389 do Código Civil, ou seja, as perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária, segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional, devendo ser lembrado ainda que nas obrigações de pagamento em dinheiro, as perdas e danos serão pagos com observância da atualização monetária, incluindo-se juros, custas e honorários de advogados, sem prejuízo da pena convencional (art. 404, caput, CC/2002).
9- ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA POR PATROCÍNIO PROFISSIONAL (vide Lei 8906/94 , artigos 133 da CF/88 , 791 da CLT e 103/107 do NCPC).- o artigo 791, § 1º da CLT faculta ao empregado e ao empregador a representação técnica efetuada por advogado devidamente habilitado. Caso a parte opte por ser representada por advogado, este deverá portar o instrumento de mandato, que é a procuração; logo, o advogado é o mandatário do seu cliente, cabendo a ele defender os interesses desse perante a sociedade, respeitando os limites éticos e legais, devendo o advogado fazer prova do mandato (vide artigo 104 do NCPC).
	No artigo 105 do NCPC temos os poderes gerais para o foro (cláusula Ad Judicia) e poderes especiais (recebercitação, confessar, desistir, transigir, renunciar, receber, dar quitação, substabelecer, etc) que devem constar de forma expressa no instrumento procuratório.
OBS:
1- Mandato tácito – decorre de um conjunto de atos praticados pelo advogado em nome da parte ou da sua presença em audiência, sem procuração no processo (ARTIGO 791, § 3º, CLT) - Vide Súmulas nº 164, 383, 395 e 456 do TST e OJ nº 200, 255, 286 e OJ 374 da SDI-1 do TST.
2- Sobre responsabilidade dos participantes do processo (partes e procuradores), vide artigos 77/81 do NCPC (vide também o artigo 940 do CC).
3- Vide artigo 272, § 2§ do NCPC e Súmula 427 do TST
10- MINISTÉRIO PÚBLICO – O MP tem função múltipla: consultiva, fiscalizadora, preventiva e de propor ação, atuando nos casos previstos em lei (inclusive, como parte) ou através de intervenção em processo alheio, conforme previsto nos artigos 793 da CLT, 114,§ 3º da CF/88 e LC nº 75/93.
OBS:
- INTERVENÇÃO DE TERCEIROS – ocorre quando pessoas estranhas à lide (terceiros) ingressam no processo, por provocação de uma das partes, ou até mesmo voluntariamente, para defender interesse (jurídico) próprio ou de uma das partes primitivas da relação processual. Muito discutida sua aplicação no processo do trabalho, podendo ocorrer conforme previsão no CPC (omissão da CLT), nas seguintes modalidades:
a) Assistência - - cabível quando alguém tem interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma das partes litigantes e intervém para assisti-la. Admitida pela Súmula nº 82 TST (vide art. 119 e 121 do NCPC-simples- e 124 do NCPC-litisconsorcial), em todos os graus de jurisdição.
Ex mais comum no processo do trabalho – assistência prestada pelo sindicato em juízo. 
b) Chamamento ao processo – ocorre facultativamente nas hipóteses do art. 130 do NCPC, como ato privativo do réu, que visa incluir na lide terceiro que não foi previsto como réu pelo autor. Ex: casos de responsabilidade solidária (art. 2º, § 2º, CLT), condomínio residencial sem convenção registrada, sociedades de fato irregularmente constituídas, etc.
c) Denunciação da lide – ocorre quando é exigido daquele que está obrigado a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perde a demanda, aplicável somente na fase de conhecimento. (art. 125 do NCPC). Muito discutido o seu cabimento nos casos de: sucessão de empregadores, Factum Principis (art. 486 da CLT) e quando o empregador é demandado por empregado objetivando o pagamento de determinada parcela (dano moral) e chama o empregado que praticou o ato para participar da lide.
 - Vide OJ Nº 227, SDI-1 TST, cancelada.
OBS: 
- Não sendo admitida a denunciação da lide, feita pelo réu (por que haveria uma questão incidental entre duas empresas, e a Justiça do trabalho seria incompetente para dirimir demanda entre duas empresas, cuja matéria seria, inclusive, de natureza civil), na prática, ocorre um reforço do pólo passivo, visando o pleno cumprimento da sentença a ser proferida a favor do Reclamante, em fase de execução, podendo ser decretado de ofício, com base na regrado artigo 765 da CLT (amplo poder de direção do magistrado na direção do processo, velando pelo rápido andamento do processo).
d) Amicus curiae
Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.
§ 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o.
§ 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae.
§ 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas.
OBS:
- O amicus curiae, expressão latina que significa “amigo da corte” ou “amigo do tribunal”, é a pessoa ou entidade estranha à causa, que vem auxiliar o tribunal, provocada ou voluntariamente, oferecendo esclarecimentos sobre questões essenciais ao processo. Deve demonstrar interesse na causa, em virtude da relevância da matéria e de sua representatividade quanto à questão discutida, requerendo ao tribunal permissão para ingressar no feito. O objetivo dessa figura processual é proteger direitos sociais lato sensu, sustentando teses fáticas ou jurídicas em defesa de interesses públicos ou privados, que serão reflexamente atingidos com o desfecho do processo.
- Oposição – procedimento especial – artigos 682/685 do CPC
- vide IN 27 doTST
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