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RESUMO - DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO I

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PROCESSO DO TRABALHO – AULA I 
 
CONCEITO HISTÓRICO 
• Inicio da estruturação judiciária, recepção dos processos de matéria trabalhista 
pela justiça comum 
• Base de processos regidos pelo Código Civil. 
Consequências: Ausência de garantias constitucionais e ausência de aplicação da 
norma especifica ao caso. 
 - 1940 : CRIAÇÃO DAS JUNTAS DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO – Criação no 
âmbito administrativo 
• Constituída por 3 membros : 1- Juiz togado ( bacharel em direito); 
2- classista ou vogal ( representante dos trabalhadores); 
3- Representante dos empregadores 
 
OBS: Não há neste momento autonomia para os representantes, podendo 
serem dispensados a qualquer momento. 
- 1946 : SURGIMENTO DA CONSTITUIÇÃO DEMOCRÁTICA: 
 Momento de integração com as juntas do trabalho garantindo aos Juízes e 
representantes, as seguintes garantias: 
• Vitalicidade 
• Inamovibilidade 
• Irredutibilidade de subsidios 
 
- 1980 – Inicio do questionamento quanto aos classistas, em razão do valor 
dispendido para mantê-los. Sendo finalmente excluidos em 1999 com a Emenda 
Constitucional n° 24. 
NATUREZA JURÍDICA DO PROCESSO DO TRABALHO 
Ramo do direito público, contendo normas de ordem pessoal com 
regulamentação jurisdicional, objetivando administrar o direito. 
Estruturação da justiça para disciplinar a forma de tramitação dos 
processos, da distribuição ao transito em julgado, objetivando alcançar o pleito 
jurisdicional para satisfação de um determinado direito. 
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DA NORMA- Artigo 769 da CLT 
Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte 
subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível 
com as normas deste Título. 
• Regra 1 – Omissão da CLT 
• Regra 2 – Compatibilidade Normativa 
 OBS: Regra válida para o processo de conhecimento, na fase de execução, utiliza-se a 
lei de execução fiscal, podendo o CPC ser utilizado de forma subsidiária apenas quando 
a legislação fiscal for omissa. 
FONTES DO DIREITO DO TRABALHO 
Materiais – Fatores e acontecimentos sociais, piliticos, filosoficos e 
ecônomicos que influênciam diretamente no surgimento ou modificação de 
legislações. 
Formais – Norma preexistente que deverá ser cumprida. 
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
1 – PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO 
O princípio da proteção é a direção que norteia todo o sentido da criação 
do Direito do Trabalho, no sentido de proteger a parte mais frágil na relação jurídica – 
o trabalhador – que até o surgimento de normas trabalhistas, em especial desta 
especializada, se via desprotegido face a altivez do empregador. 
2- PRINCÍPIO DA BUSCA DA VERDADE REAL ( PRIMAZIA DA REALIDADE) 
O chamado Princípio da Primazia da Realidade define que em uma relação 
de trabalho o que realmente importa são os fatos que ocorrem, mesmo que algum 
documento formalmente indique o contrário. Assim, vale mais a realidade, do que o 
que está formalizado no contrato. 
3- PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE 
A primazia do trabalho sobre a ordem econômica e social privilegia o 
trabalhador antes de avaliar sua atividade; valoriza o trabalho do homem em 
dimensões éticas que não ficam reduzidas a meras expressões monetárias. 
4- PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO 
Adota como importante premissa a primazia da autocomposição através 
do incentivo aos métodos de solução consensual de conflitos, especialmente a 
mediação e a conciliação, através de um sistema multiportas. 
6 – PRINCÍPIO DA ORALIDADE 
De acordo com Carlos Henrique Bezerra Leite (2015), “no direito 
processual do trabalho, o princípio da oralidade encontra solo fértil para a sua 
aplicação, a começar pela previsão expressa da chamada reclamação verbal, de que 
cuida o art. 840, § 2º, da CLT.” E ainda, manifesta-se também em audiência, ocasião 
em que as partes se dirigem direta e oralmente ao magistrado. 
7- PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA DAS DECISÕES 
INTERLOCUTÓRIAS 
Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: 
§ 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou 
Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias 
somente em recursos da decisão definitiva 
 
8- PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE: 
por tratar, precipuamente, de verbas trabalhistas de natureza alimentar, o 
acesso do trabalhador à Justiça do Trabalho é mais facilitado, bem como o trâmite 
processual em seu âmbito é simplificado, fazendo com que o Processo do Trabalho 
seja “mais simples e menos burocrático” que o Processo Civil 
Princípio da celeridade: também chamado de princípio da razoável 
duração do processo, este princípio corrobora a efetividade processual e o acesso à 
ordem jurídica justa, e encontra-se pautado no Pacto de São José da Costa Rica. 
Segundo Leone Pereira (2014), “no Processo do Trabalho, o princípio da 
celeridade deve ser observado com primazia, tendo em vista o trabalhador ser a parte 
mais fraca na relação jurídica (hipossuficiente), e a natureza alimentar dos créditos 
trabalhistas”. 
Em suma, estes são os principais princípios típicos do Direito Processual do 
Trabalho, ou seja, peculiares à legislação processual trabalhista, que caracterizam sua 
autonomia frente aos outros ramos do Direito. 
9 - PRINCÍPIO DO JUS POSTULANDI: 
 uma das principais características do Processo do Trabalho, o princípio 
do jus postulandi possibilita que as partes postulem pessoalmente na Justiça do 
Trabalho, sem a necessidade de acompanhamento por advogado, conforme o 
artigo 791 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO DO TRABALHO I 
 
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
Art 111 da Constituição Federal. 
 
1- Vara do Trabalho – Art 116 da CF – Criadas por lei ordinária Federal. 
Fim da representação classista em 1999, com a edição da EC/24. 
 
OBS: Art 122 da CF – Possibilidade de atuação do Juiz de direito quando não existe 
vara especializada na região. 
• Súmula 10 do STJ – Remessa imediata no momento de criação de vara 
especializada. 
• O recurso interposto (RO) será julgado pelo TRT. 
 
2- Tribunal Regional do Trabalho: Art 115 da CF – Orgão colegiado. 
- Composto por 7 juizes com 30 a 65 anos, nomeados pelo Presidente da República. 
1/5 de advogados eleitos + membros do MP com mais de 10 anos de carreira, conduta 
ilibada e notório saber jurídico. 
OBS: Quinto constitucional - Cada órgão, a Ordem dos Advogados do Brasil ou 
o Ministério Público, formará uma lista sêxtupla para enviá-la ao Tribunal onde 
ocorreu a abertura da vaga de ministro (no Tribunal Superior do Trabalho) 
ou desembargador (nos demais casos). O tribunal, após votação interna para a 
formação de uma lista tríplice, remete-a ao chefe do Poder Executivo, que nomeará 
um dos indicados. 
 
COMPETÊNCIA – Originária – ações que tem sua origem no próprio TRT ( ação 
rescisória, Mandado de segurança, Dissídio coletivo, Ação cautelar) 
 
Recursal – Competência para julgar recurso Ordinário contra sentença proferida por 
Juiz da vara do trabalho. 
 
3- Tribunal Superior do Trabalho – Órgão pleno 
Composto por 27 ministros – de 35 a 65 anos, nomeados pelo Presidente da república 
após aprovação do Senado por maioria absoluta. Brasileiros natos ou naturalizados. 
Orgão especial possuindo regimento interno. 
Dividido em sessões para edições de súmulas e Orientações Jurisprudênciais – SDI-1 e 
SDI-2. 
8 turmas compostas de 3 ministros para julgar causas de menor complexidade. 
OBS: EC/92/16 – Competência para julgar reclamação – Ação contra decisão que 
contraria posicionamento consolidado do TST 
SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
 
Art 711,712 e 714 da CLT. 
 
1- SECRETARIAS DAS JUNTAS – Guarda e conservação de processos. 
 
2- DISTRIBUIDOR – ART 714 E 715 DA CLT – Designado pelo presidente do TRT 
 
 
3- CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
Conceito de correição –Inspeção nos Tribunais Regionais para verificação de funcionamento 
dos tribunais, garantindo a inserção do bom andemaneto do processo individualizado. 
 
• Correição Parcial 
 
Nâo há previsão legal – Previsão apenas nos regimentos internos dos tribunais 
que possuem garantia prevista no art 96, I,b da CF, art 682, XI da CLT e 709,II da 
CLT. 
 
Conceito: remédio processual cabível contra atos atentatórios a boa ordem 
processual, após denúncia. 
 
• Correição Geral: Feita habitualmente pelo corregedor nos tribunais, sem 
provocação. 
 
Requisitos: 
- Ato atentatório a boa ordem processual 
- Desde que inexista recurso para sanar o erro processual 
- caso haja prejuizo processual a parte recorrente acarretando dano à parte. 
 
OBS: Inexiste preparo/ Custas/ Contrarrazões. 
 
Prazo: Cada regimento interno define seu próprio prazo. 
 
4- OFICIAL DE JUSTIÇA: Admitido em concurso público, bacharel em direito, que 
executa os atos determinados pelos magistrados. 
 
5- MINISTÉRIO PUBLICO DO TRABALHO 
 
 De acordo com a medida provisória n°870, o Ministério do trabalho fora extinto e 
suas competências foram integradas pelo Ministério da Justiça, segurança Pública e Ministério 
da economia que será responsável pela fiscalização do trabalho e aplicação das normas e 
sanções previstas em normas legais e coletivas. 
 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
COMPETÊNCIA MATERIAL: O que dita a competência 
material da Justiça do Trabalho é a qualidade jurídica ostentada pelos 
sujeitos do conflito intersubjetivo de interesses: empregado e 
empregador. Se ambos comparecem a Juízo como tais, inafastável a 
competência dos órgãos desse ramo especializado do Poder Judiciário 
nacional, independentemente de perquirir-se a fonte formal do Direito 
que ampara a pretensão formulada. Vale dizer: a circunstância de o 
pedido alicerçar-se em norma do Direito Civil, em si e por si, não tem o 
condão de afastar a competência da Justiça do Trabalho se a lide 
assenta na relação de emprego, ou dela decorre. Do contrário, seria 
inteiramente inócuo o preceito contido no art. 8°, parágrafo único, da 
CLT, pelo qual a Justiça do Trabalho pode socorrer-se do “direito 
comum” como “fonte subsidiária do Direito do Trabalho”. Se cinge a 
dirimir dissídios envolvendo unicamente a aplicação do Direito do 
Trabalho, mas todos aqueles, não criminais, em que a disputa se dê 
entre um empregado e um empregador nesta qualidade jurídica”. (João 
Oreste Dalazen apud Leite, Carlos Henrique Bezerra, Curso de Direito 
Processual do Trabalho, 10ª Edição, São Paulo, LTR, 2012, p. 187). Vale 
ressaltar o entendimento jurisprudencial que define a competência 
material, uma vez que a causa de pedir e o pedido é fator determinante 
para caracterização da relação estabelecida entre as partes. 
COMPETÊNCIA TERRITORIAL – ART 651 DA CLT 
Regra: Local da prestação de serviços 
Exceções: paragrafos do artigo 651 da CLT 
§ 1º Quando for parte de dissídio agente ou viajante 
comercial, a competência será da Junta da 
localidade em que a empresa tenha agência ou filial 
e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, 
será competente a Junta da localização em que o 
empregado tenha domicílio ou a localidade mais 
próxima. (Redação dada pela Lei nº 9.851, de 1999) 
§ 2º A competência das Juntas de Conciliação e 
Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se 
aos dissídios ocorridos em agência ou filial no 
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e 
não haja convenção internacional dispondo em 
contrário. 
§ 3º Em se tratando de empregador que promova 
realização de atividades fora do lugar do contrato de 
trabalho, é assegurado ao empregado apresentar 
reclamação no foro da celebração do contrato ou no 
da prestação dos respectivos serviços. 
 
Competência material- ABSOLUTA – Juiz pode declarar sua 
incompetência de oficio. 
Competência Territorial – RELATIVA – Não há possibilidade 
de reconhecimento de oficio, faz-se necessário o protocolo da Exceção 
de incompetência para discussão da mesma nos autos. 
OBS: as clausulas de eleição de foro não são aplicaveis ao processo do 
trabalho – art 63 do CPC. 
Compência da justiça do trabalho para homologar acordos 
extrajudiciais – Art 855-B e seguintes da CLT. 
Art. 855-B. O processo de homologação de acordo 
extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo 
obrigatória a representação das partes por advogado. 
 
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA PESSOA - ART 114 DA CF 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho 
conciliar e julgar os dissídios individuais e coletivos 
entre trabalhadores e empregadores, abrangidos os 
entes de direito público externo e da administração 
pública direta e indireta dos Municípios, do Distrito 
Federal, dos Estados e da União, e, na forma da lei, 
outras controvérsias decorrentes da relação de 
trabalho, bem como os litígios que tenham origem no 
cumprimento de suas próprias sentenças, inclusive 
coletivas. 
• Relação de emprego 
• Pequeno empreiteiro 
• Trabalhador avulso 
• Trabalhador temporário 
• Trabalhador autonomo 
• Trabalhador eventual 
• Representante comercial 
• Cooperado 
• Obs: não engloba estatutário. 
 
 FONTES DO PROCESSO 
As fontes do direito do trabalho são os meios pelos quais se 
estabelecem as normas juridicas, como a Contituição Federal, os 
costumes, as sentenças, os acordos e convenções coletivas, regulamento 
da empresa e contratos de trabalho. 
As fontes do processo do trabalho são extraídas dos 
documentos que emenam o direito processual. 
Direito do trabalho: Direitos individuais e coletivos 
Direito Processual: Processo já ajuizado em razão de direito 
violado. 
• Art 111 a 116 da CF. 
• CLT- Normas de direito material e processual 
• Leis esparsas – ex: Lei 584/70- procedimento sumário. 
• Regimentos internos – TST e TRT 
 
OBS: quando as normas não são suficientes utiliza-se 
subsidiáriamente o CPC. 
FONTES FORMAIS – HETERONOMAS - impostas por agentes 
externos/ Constituição, leis e decretos. 
FONTES FORMAIS AUTONOMAS ( elaboradas pelo próprio 
interessado) – CONVENÇÃO COLETIVA/ACORDO COLETIVO. 
FONTES MATERIAIS – Acontecimentos politicos, sociais e 
economicos que tem a capacidade de criação ou modificação da norma 
pelo legislador. ( movimento sindical/ movimento politico dos 
operários). 
 
PARTES E PROCURADORES 
 
CAPACIDADE POSTULATÓRIA: ART 791 DA CLT E SÚM 425 
DO TST 
 Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão 
reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e 
acompanhar as suas reclamações até o final. 
§ 1º - Nos dissídios individuais os empregados e 
empregadores poderão fazer-se representar por 
intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou 
provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. 
§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados 
a assistência por advogado. 
§ 3o A constituição de procurador com poderes para o 
foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples 
registro em ata de audiência, a requerimento verbal do 
advogado interessado, com anuência da parte 
representada. – MANDATO EXPRESSO– PROCURAÇÃO 
ESCRITA 
MANDATO TÁCITO – QUANDO NÃO HÁ PROCURAÇÃO 
FISICA, A REPRESENTAÇÃO PODERÁ SER 
REGULARIZADA EM AUDIÊNCIA. 
JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. 
ALCANCE. Res. 165/2010, DEJT divulgado em 
30.04.2010 e 03 e 04.05.2010 
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da 
CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais 
Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, 
a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos 
de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
PROCURAÇÃO: 
Poderes gerais: Impede o substabelecimento 
Poderes especiais: Permissão para todos os atos processuais. 
Há possibilidade de regularização da representação em 2º grau de 
jurisdição. 
Art 76 p.2 do NCPC e múmula 383 do TST 
Art. 76. Verificada a incapacidadeprocessual ou a 
irregularidade da representação da parte, o juiz 
suspenderá o processo e designará prazo razoável para 
que seja sanado o vício. 
§ 2º Descumprida a determinação em fase recursal 
perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou 
tribunal superior, o relator: 
I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao 
recorrente; 
II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, 
se a providência couber ao recorrido. 
 
 
RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE 
REPRESENTAÇÃO. CPC DE 2015, ARTS. 104 E 76, § 2º 
(nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 
210/2016, DEJT divulgado em 30.06.2016 e 01 e 
04.07.2016 
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem 
procuração juntada aos autos até o momento da sua 
interposição, salvo mandato tácito. Em caráter 
excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o 
advogado, independentemente de intimação, exiba a 
procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição 
do recurso, prorrogável por igual período mediante 
despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz 
o ato praticado e não se conhece do recurso. 
II – Verificada a irregularidade de representação da parte 
em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já 
constante dos autos, o relator ou o órgão competente 
para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) 
dias para que seja sanado o vício. Descumprida a 
determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a 
providência couber ao recorrente, ou determinará o 
desentranhamento das contrarrazões, se a providência 
couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015). 
 
A procuração poderá ser apresentada após a interposição do 
recurso após 5 dias, prorrogavsis por mais 5 objetivando evitar a prescrição, 
decadencia e preclusão. 
 
BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA 
 Possibilidade de concessão de oficio – Art 790 p.3° da CLT. 
Antes da reforma bastava a comprovação de hipossuficiencia, após 
a reforma faz-se necessario a comprovação de recebimento de proventos 
inferiores a 40% do teto do RGPS. 
Possibilidade de comprovação de incapacidade financeira – 463 do 
TST. 
I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência 
judiciária gratuita à pessoa natural, basta a declaração de 
hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu 
advogado, desde que munido de procuração com poderes 
específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015); 
II – No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é 
necessária a demonstração cabal de impossibilidade de a parte 
arcar com as despesas do processo. 
 
PREPOSTO: Representante da empresa em audiência 
- Antes da reforma: necessidade de ser empregado 
- Pós reforma – Qualquer pessoa que possua conhecimento dos 
fatos. 
 
 
ATOS PROCESSUAIS E TERMOS PROCESSUAIS 
 
Processo “é o instrumento da jurisdição, constituído por uma 
sequência de atos processuais determinados pela legislação até que se 
chegue à prestação jurisdicional” (Marcus Vinícius Rios Gonçalves). 
Tais atos são condutas praticadas no processo para que ele 
tenha um desenvolvimento válido e regular e são classificados em: atos 
da parte (art. 158, do CPC) e atos do juiz (art. 162, do CPC). 
158. Os atos das partes, consistentes em declarações 
unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem 
imediatamente a constituição, a modificação ou a 
extinção de direitos processuais. 
O ato que dá início ao processo é a propositura da demanda, 
quando então o juiz verificará se a petição inicial está em termos. 
Já o procedimento é a forma como os atos processuais são 
ordenados para atingir sua finalidade. 
Pressupostos de existência do processo: 
• capacidade postulatória 
• existência de jurisdição 
• existência de demanda 
• citação ( notificação) 
 
CARACTERÍSTICAS DOS ATOS PROCESSUAIS 
1 – APRESENTAÇÃO CONJUNTA : o processo é um conjunto de atos 
processuais coordenados, que se sucedem no tempo. 
2- NÃO AUTONOMIA : os efeitos de cada ato não são autônomos. 
Partindo-se da premissa de que o processo é o instrumento da 
jurisdição, consubstanciando um conjunto de atos processuais 
coordenados, a prática de todos os atos processuais objetiva o 
atingimento do ato final, que é a entrega do bem da vida ao 
jurisdicionado. 
3- INDEPENDÊNCIA – os atos se regulam em si mesmos. 
 
 
PRINCÍPIOS QUE REGEM OS ATOS PROCESSUAIS 
 
1- Princípio da instrumentalidade das formas 
 Ainda que um ato seja proferido de forma irregular, se este 
alcançar seu objetivo final sera considerado pelo juiz como ato regular. 
 
2- Princípio da liberdade das formas 
Os atos processuais podem ser praticados com liberdade de 
forma para a consecução da finalidade do processo, que é a entrega da 
prestação jurisdicional. Ordenamento jurídico vigente, em especial, o 
princípio do devido processo legal. 
3- Princípio da publicidade: 
 
 Os atos processuais são públicos, permitindo-se o controle e 
fiscalização destes pela sociedade. Observada a hipótese de segredo de 
justiça que visa a defesa da intimidade e o interesse social. Os atos 
serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e 
realizar-se-ão nos dias úteis, das 6 às 20 horas. 
OBS: a penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, 
mediante autorização expressa do juiz do trabalho. 
 – dia útil: é o dia em que há expediente forense; 
– dia não útil: é o dia em que não há expediente forense; 
– feriado: corresponde a domingo e dia declarado por lei; 
– sábado: de natureza híbrida ou mista, trata-se de dia útil 
para a prática de atos externos, não constituindo dia útil para efeito de 
contagem de prazo processual. 
4- Princípio da documentação dos atos processuais 
praticados: 
 Todas as decisões proferidas em um processo judicial devem 
ser documentadas com o objetivo de se perpetuarem no tempo com 
fulcro no princípio da segurança jurídica e estabilidade das relações 
jurídicas e sociais. 
5- Princípio da obrigatoriedade do vernáculo: art. 192 
do CPC/2015: 
 “Art. 192. Em todos os atos e termos do processo é 
obrigatório o uso da língua portuguesa. Parágrafo único. O documento 
redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos 
quando acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada 
por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor 
juramentado” 
ATOS DAS PARTES 
Arts. 200 a 202 do CPC/2015 
• atos postulatórios: Dependem de pronunciamento do 
juiz 
• atos dispositivos: negócios processuais,que, quando 
praticados, as partes regulam o próprio comportamento 
em relação à tutela jurisdicional. 
• atos instrutórios: se destinam a convencer o juiz da 
verdade, apresentando-se sob a forma de alegações e de 
atos probatórios. Representam um dos momentos mais 
importantes do processo, que é a formação do livre 
convencimento motivado do magistrado; 
• atos reais: se manifestam pela coisa, não por palavras. 
Exemplos: apresentação de documento, preparo do 
recurso, pagamento de custas etc. 
ATOS DO JUIZ 
- Sentenças: sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com 
fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do 
procedimento comum, bem como extingue a execução. 
- Decisões interlocutórias : é todo pronunciamento judicial de natureza 
decisória que não se enquadre no § 1º. 
- Despachos: São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz 
praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. 
 
FORMAS DE COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 
TRABALHISTAS- arts. 841 e 774, parágrafo único, da CLT. 
Citação: é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o 
interessado para integrar a relação processual. 
A intimação, art. 269 do CPC: é o ato pelo qual se dá ciência a 
alguém dos atos e dos termos do processo. Em contrapartida, a CLT 
utilizou indistintamente a nomenclatura notificação ora como 
intimação, ora como citação. 
OBS: Art. 852-B, II, da CLT, ao aduzir que procedimento 
sumaríssimonão se fará citação por edital, cabendo ao autor a correta 
indicação do nome e endereço do reclamado. 
- Regra : Notificação postal - Recebida e protocolada a 
reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) 
horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, 
notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do 
julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. 
Caso haja embaraços a notificação será realizada por EDITAL: 
inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na 
falta, afixado na sede da Junta ou Juízo. 
OBS: Art. 774, parágrafo único. Tratando-se de notificação 
postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou no de recusa de 
recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do 
servidor, a devolvê- la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao 
Tribunal de origem”. 
 
 PRAZOS PROCESSUAIS 
Art. 774. Salvo disposição em contrário, os prazos previstos 
neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for 
feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for 
publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da 
Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na 
sede da Junta, Juízo ou Tribunal. 
• Contagem de prazo em dias úteis 
• Exclui-se o dia de inicio e inclui o dia final 
DIREITO DE AÇÃO 
A CF-88, em seu art. 5º, inc. XXXV, traz o direito ação de 
AÇÃO: “XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 
lesão ou ameaça a direito; 
As condições da ação são, no direito processual, os requisitos 
necessários, que desde o momento inicial são exigidos que 
uma Ação possua, para que o judiciário possa proferir uma decisão de 
mérito 
1. interesse de agir; e 
2. Legitimidade das partes. 
 
Possibilidade jurídica do pedido: Possibilidade jurídica do 
pedido é tornou-se matéria na análise de mérito, de acordo com o Novo 
CPC/2015, não mais sendo elemento das condições da ação. 
O cerne da questão envolvendo a possibilidade jurídica do 
pedido não está na efetiva previsão abstrata da lei, mas, sim, na não 
vedação ao pedido formulado. Se não há proibição legal, há 
possibilidade jurídica do pedido. Exemplo clássico na doutrina de 
pedido juridicamente impossível é a cobrança de dívida de jogo, 
expressamente proibida pelo art. 814, caput, do Código Civil. 
 
ELEMENTOS DA AÇÃO 
Com base nos elementos da ação se determinam: a) os casos 
de cumulação de ações; b) os fatos que podem ou não ser conhecidos 
em uma ação, sem que ela perca a sua identidade, transformando-se 
em outra. 
Elementos: 
Partes: ão partes, em sentido formal, o autor e o réu, isto é, aquele que 
pede, em nome próprio, a prestação jurisdicional e aquele contra quem 
ou em face de quem o autor formula o seu pedido, ou a pluralidade de 
autores ou de réus, litisconsortes ativos ou passivos. 
 Pedido: Distinguem-se o pedido imediato, que corresponde à natureza 
do provimento solicitado ( tutela de urgência/ evidência) , e o pedido 
mediato, correspondente ao teor ou conteúdo do provimento. 
 Causa de pedir: Para Chiovenda, causa de pedir é o fundamento, a 
razão de uma pretensão 
OBS: “Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso” 
(art. 301, § 3º, primeira parte). 
- “Há coisa julgada, quando se repete ação que já foi decidida por 
umasentença de que não caiba recurso” (art. 301, § 3º, segunda parte); 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 
Os pressupostos de existência subdividem-se em subjetivos e 
em objetivos. Os primeiros são compostos de: um órgão jurisdicional e 
da capacidade de ser parte (aptidão de ser sujeito processual). 
O pressuposto processual de existência objetivo é a própria demanda 
(ato que instaura um processo, ato de provocação). 
Os pressupostos processuais de validade subjetivos dizem 
respeito ao juiz (sua competência e imparcialidade) e às partes (que 
devem ter capacidade processual e capacidade postulatória). Já 
os pressupostos processuais de validade objetivos podem ser 
intrínsecos ou extrínsecos. Os intrínsecos são os pressupostos que 
devem ser vistos dentro do processo, como o adequado desenrolar dos 
atos processuais. Os extrínsecos, também chamados de negativos, são 
pressupostos que não devem estar presentes. Em outras palavras, para 
que o processo seja válido, não podem ocorrer, como a coisa julgada, 
por exemplo. 
 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
 BASE LEGAL: Art 840 da CLT, art 769 da CLT e art 319 do CPC. 
Art. 840. 
A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a 
qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o 
dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de 
seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. 
 
Na hipotese de reclamação verbal aplica-se o princípio do juspostulandi. 
OBS: a parte que não retornar para reduzir a sua petição inicial a termo 
sofrerá a perempção * A perempção trabalhista é penalidade aplicada ao 
autor que não comparece à audiência inaugural, ensejando em duas 
oportunidades o arquivamento da ação ou que não retorna para reduzir 
a termo sua peça inicial.(artigos 731 , 732 e 844 todos da Consolidação 
das Leis do Trabalho ). 
 
Requisitos da petição inicial trabalhista: 
• designação do juízo; Deverá ser observado as regras de 
competência. 
• a qualificação das partes; 
OBS: Qualificação mais ampla do que no CPC, no processo do 
trabalho a qualificação das partes deverá constar, nome, 
identidade, CPF, estado civil, profissão, nome da mãe, data de 
nascimento, n° da CTPS, N° do PIS, endereço completo com 
CEP, qualificação do advogado, procedimento. 
 
• Preliminares : 
 
Gratuidade de justiça 
Hipossuficiência economica 
Limite de recebimento à 40% do teto do Regime Geral da Previdência 
Social. 
Tramitação preferencial do feito: 
• Prioridade Idoso – art 71 da lei 10.741/03 e art 1048 do CPC 
• Prioridade da criança e do adolescente – ART 1048 DO CPC 
• Prioridade por doença grave – art 1048 do CPC 
• Prioridade Deficiente – art 9° da lei 13.146/15 
• Massa falida – art 449 e 768 da CLT 
• Salário e falência – art 652 p.ú da CLT 
 
• a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio; 
• o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação 
de seu valor; 
• a data; 
• a assinatura do reclamante ou de seu representante. 
 
PARTES, REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL, PROCURADORES E 
TERCEIROS 
AULA 6 
 
PARTES: 
Conceito: aquele que demanda em nome próprio a prestação 
jurisdicional do Estado, ou mesmo a pessoa em cujo nome é 
demandada. Em outras palavras, partes são o autor, que demanda a 
tutela jurisdicional, e o réu, contra quem a atuação é postulada. Na 
esfera trabalhista a titulação diferencia-se do processo civil, constando 
como partes o Reclamante e o reclamado. 
CAPACIDADE POSTULATÓRIA: 
A capacidade de ser parte (ou capacidade de direito) diz 
respeito à possibilidade de a pessoa (física ou jurídica) se apresentar em 
juízo como autor ou réu, ocupando um dos polos do processo. 
Quanto à capacidade processual, também conhecida como 
capacidade de estar em juízo (ou capacidade de fato ou de exercício), é 
outorgada pelo art. 70 do CPC, o qual estabelece que: “Toda pessoa que 
se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em 
juízo”. 
Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus 
direitos tem capacidade para estar em juízo. 
Portanto, adquirida a capacidade de ser parte, impõe-se 
verificar se os sujeitos do processo podem praticar os atos processuais 
pessoalmente, sem o auxílio ou acompanhamento de outras pessoas, ou 
seja, se possuem capacidade processual plena para se manterem na 
relação processual sem amparo de qualquer espécie. 
Por último, quanto à capacidade postulatória, no âmbito do 
processocivil, é a mesma privativa de advogado regularmente inscrito -
na OAB, não sendo permitido à própria parte (em regra) elaborar e 
subscrever a petição inicial, exigindo-se que esta manifestação 
processual seja praticada por profissional devidamente habilitado. 
Obs: A capacidade processual se difere da capacidade civil, 
visto que diante da figura dos absolutamente incapazes e dos 
relativamente incapazes, apesar de possuirem capacidade para serem 
partes, precisam de representação e assistencia, respectivamente. 
INCAPACIDADE ABSOLUTA: 
São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida 
civil: 
I - os menores de dezesseis anos; 
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o 
necessário discernimento para a prática desses atos; 
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua 
vontade. 
 INCAPACIDADE RELATIVA 
São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência 
mental, tenham o discernimento reduzido; 
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; 
IV - os pródigos. 
 
SUCESSÃO 
A sucessão processual pode ocorrer tanto em relação ao 
empregado quanto ao empregador. 
A sucessão processual da parte pessoa física se dá com a sua 
morte. Logo, falecendo o empregado ou o empregador no curso da ação, 
serão os mesmos substituídos pelo espólio, representado pelo 
inventariante. 
• Obs: 
A sucessão processual não se confunde com a substituição 
processual, uma vez que na sucessão uma pessoa sucede a outra na 
relação processual, assumindo a titularidade da ação, seja no polo ativo 
ou passivo, enquanto na substituição processual, o substituto pleiteia, 
em nome próprio, direito alheio. 
 REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL 
A regularidade da representação processual é pressuposto de 
validade do processo, sendo imprescindível a juntada do instrumento 
procuratório, em que a parte confere poderes ao patrono para 
representá-la, devendo o magistrado intimá-la, uma vez constatado o 
vício, na forma do artigo 76 , do CPC . 
- PROCURAÇÃO TÁCITA 
- PROCURAÇÃO EXPRESSA 
 DIREITO DA ADVOGADA GESTANTE, LACTANTE, ADOTANTE 
OU QUE DER A LUZ 
• Lei 13.363, de 25 de novembro de 2016 
• entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e 
aparelhos de raios X; b) reserva de vaga em garagens dos fóruns 
dos tribunais; 
• lactante, adotante ou que der à luz: acesso a creche, onde houver, 
ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê; 
• gestante, lactante, adotante ou que der à luz: preferência na 
ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas 
a cada dia, mediante comprovação de sua condição; 
• adotante ou que der à luz: suspensão de prazos processuais 
quando for a única patrona da causa, desde que haja notificação 
por escrito ao cliente. 
Obs: Os direitos previstos à advogada gestante ou 
lactante aplicam-se enquanto perdurar, respectivamente, o estado 
gravídico ou o período de amamentação. 
 
LITISCONSÓRCIO: 
• Ativo: Ocorre litisconsórcio quando duas ou mais pessoas 
ajuizam uma mesma ação com o mesmo objeto e causa de 
pedir. 
OBS: Muitos reclamantes em uma só demanda ferem o Princípio da 
Ampla Defesa, pois o réu tem que se defender em relação a cada um dos 
reclamantes. Por isso, apesar de a lei não se manifestar a respeito, a 
jurisprudência criou um limite que permite a outra parte (réu) se 
defender, sendo-lhe garantida a ampla defesa. Em face disso, o máximo 
de pessoas que pode ajuizar uma mesma ação é de cinco pessoas. 
• Passivo: Pluralidade de réus (mais de um réu na mesma 
ação). Exemplo: terceirização (se não for fraudulenta, gera 
responsabilidade subsidiária; se for fraudulenta, gera 
responsabilidade solidária), grupo de empresas, gera 
responsabilidade subsidiária sucessão de empregadores. 
 
• Litisconsórcio Misto: Pluralidade de autores e de réus. 
 
 INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 
 
- EC N°45/04. 
Conceito: Caracteriza-se na interferencia em uma relação 
processual, de uma pessoa estranha às partes componentes da lide 
original, com algum interesse jurídico em sua solução, seja em benefício 
de uma das partes, seja em benefício próprio, exclusivamente. 
“dá-se a intervenção de terceiros quando uma pessoa ou ente, 
não sendo, originariamente, parte na causa, nela ingressa para defender 
seus próprios interesses [jurídicos] ou os de uma das partes primitivas da 
relação processual” 
- obrigatoriedade de intervenção com matéria laboral em razão 
da competência da justiça do trabalho. 
• Assistência: 
Em uma demanda já ajuizada, em auxílio a uma das partes, 
com o fim de garantir a essa parte uma sentença favorável. Portanto, o 
interesse jurídico do assistente é obter uma manifestação jurisdicional 
benéfica ao assistido. 
• Nomeação a autoria 
A nomeação à autoria é provocada pelo réu, que nomeia 
terceiro estranho à relação processual, o qual entende ser parte legítima 
na relação processual erroneamente formada entre ele (réu e nomeante) 
e o autor. 
Os artigos 62 e 63 do Código de Processo Civil indicam as 
possibilidades em que o réu poderá valer-se desse instituto, in litteris: 
“Art. 62. Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe 
demandada em nome próprio, deverá nomear à autoria o proprietário 
ou o possuidor. 
Art. 63. Aplica-se também o disposto no artigo antecedente à ação 
de indenização, intentada pelo proprietário ou pelo titular de um direito 
sobre a coisa, toda vez que o responsável pelos prejuízos alegar que 
praticou o ato por ordem, ou em cumprimento de instruções de 
terceiro.” 
• Denunciação da lide 
A denunciação da lide poderá ser provocada pelo autor ou 
pelo réu em processo judicial no qual a respectiva parte corra o risco de 
sucumbir e indenizar a contraparte. A única hipótese admitida no 
processo laboral, entre as arroladas no art. 70 do Código de Processo 
Civil, é a disposta em seu inciso III, que admite a denunciação contra 
aquele que estiver obrigado, por lei ou contrato, a indenizar, em ação 
regressiva, o prejuízo do que perder a demanda. Aqui mais uma vez 
observa-se a prevalência dos princípios da celeridade e da economia 
processual. 
• Chamamento ao processo. 
Será possível quando, entre todos os devedores solidários, o 
credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dívida 
comum. Nesse caso, o réu, devedor, chama para comporem o polo 
passivo terceiros, devedores solidários, para que o ônus da 
sucumbência possa com eles ser dividido. Com isso o réu busca 
solucionar definitivamente a questão judicializada, homenageando 
outra vez o princípio da economia processual. 
 
 
AUDIÊNCIA - ART 849 DA CLT 
 
 Regra: art 849 da CLT – audiência UNA. 
Conceito: Será realziada uma única audiencia com a maior concentração de atos. 
 Caracteristicas: 
Art 813 da CLT 
- As audiencias são atos públicos, salvo, segredo de justiça; 
- As audiencias serão realizadas em dias úteis, podendo sabado ser considerado dia útil. 
- As audiencias serão realizadas de 08 as 18h. 
- As audiências devem ser realizadas na sede do Juizo. Em caso de alteralçao as partes devem 
ser noticiadas com 24h de antecedência. 
 ATOS DA AUDIÊNCIA 
1 – Pregão – Chamada que ocorre no tribunal para que as partes adentrem a 
sala de audiência. São obrigatórias 3 pregões. 
2- 1ª tentativa de conliciação 
O acordo esta fundamento no art 846 da CLT e deve ser o primeiro ato a ser realizado em 
audiencia. O Juiz deve estimular a composição entre as partes de forma amigavel. 
 2.1 – Acordo. 
Caso as partes resolvam o conflito de forma amigável será estipulado prazo para pagamento 
do respectivo acordo ou das parcelas estabelecidas. 
OBS: 
 O Juiz não é obrigado a homologar homoogar acordo – Deve-se ser 
observado o principio da proteção dos direitosda parte vulnerável. Súm 
418 do TST. 
 Havera fixação de multa em caso de inadimplencia. 
 As verbas a serem adimplidas precisam ser especificadas em verbas 
indenizatórias ou salariais. Tal fato caracteriza a incidencia do INSS e IR. 
 Se o acordo for parcelado, a inadimplencia de uma parcela ensejo o 
vencimento das demais. 
 O termo de acordo homologado é titulo executivo. 
 O acordo é um termo irrecorrivel. Salvo questionamento que pode ser 
realizado pela previdência social. 
 
 
3- Caso não haja possibilidade de acordo o juiz seguirá a audiência. 
Momento em que haverá a apresentação de defesa pelo reclamado. 
 
A defesa podera ser protocolada aos autos até o momento da audiencia, 
ou poderá ser apresentada de forma oral em 20 minutos durante a 
audiência. ART 847 da CLT. 
4 - Após apresentação da defesa o juiz promoverá nova tentativa de conciliação. 
5- Restando infrutifera, inicia-se a apresentação de provas. 
 5.1 - PROVAS 
 5.1.1 – PROVA TESTEMUNHAL 
 Apresentação de testemunhas em audiencia, sem indicação prévia em rol de 
testemunhas. 
 Possibilidade: apresentação de 3 testemunhas no procedimento sumário e 
ordinário e 2 testemunhas no procedimento sumaríssimo. Já no inquérito 
para apuração de falta grave, serão permitidas 6 testemunhas para cada 
parte. 
 O comparecimento da testemunha deverá ser espontâneo 
- No procedimento sumarissimo não haverá intimação da testemunha sem 
prova do convite. 
 A testemunha que ainda não depôs, não poderá ouvir o depoimento das 
demais. 
 Quem pode ser testemunha? 
 Regra: Qualquer pessoa. 
 OBS: estão impedidos de testemunhar: Amigo intimo, inimigo declarado, 
parente até o 3° grau. Art 429 da CLT. 
 A parte que possuir processo judicial ajuizado contra o mesmo empregador, 
poderá testemunhar. SUM 357 do TST. 
 Em caso de convocação, o empregador não poderá descontar o dia faltado, 
do empregado que for testemunhar. 
 O funcionário Público precisa de requisitação ao seu superior para estar 
presente. 
 5.1.2 – DA PROVA PERICIAL 
 Art 826 e 827 da CLT 
 O perito será contratado pelo juizo para auxiliar na busca da verdade real, sendo um 
profissional técnico capacitado a elaborar um laudo. 
 O pagamento dos honorários periciais é realizado pela parte vencida na perícia. 
 As partes do processo poderão contratar de forma individual um assistente técnico pra 
acompanhar a pericia. 
 O pagamento dos honorários do assistente são devidos pela parte que o contratou. 
OBS: PERÍCIA OBRIGATÓRIA 
 Em casos de requerimento de adicionais de insalubridade ou periculosidade, será 
obrigatória a produção de prova pericial para definir o percentual e o montande 
devido ao empregado. 
 PS: Em caso de pagamento espontâneo do adicional de periculosidade não há 
obrigatoriedade de perícia, visto que o empregador, pagando, ainda que um 
percentual a menor, já confirma a realização da atividade. 
 
 
6- Alegações finais. 
 
7- Sentença. 
 
 
NOTIFICAÇÃO 
 
 Comparecimento obrigatório das partes. ART 843 da CLT. 
 
REGRA: O não comparecimento do reclamante a audiência acarreta no arquivamento 
do processo com a consequente condenação deste em custas, ainda que beneficiário 
da justiça gratuita. O não pagamento das custas acarretará na impossibilidade de 
distribuição de uma nova demanda. 
 
EXCEÇÃO: Em caso de motivo extremamente relevante, o reclamado poderá se fazer 
representar por cum colega de profssão ou por um membro do sindicato de sua 
respectiva categoria. ART 843 § 2º da CLT. Nesta hipótese o arquivamento da 
demanda não será realizado. A audiencia será redesignada para possibilitar a 
participação do reclamante. 
 
O reclamante poderá justificar sua ausência em até 15 dias, fato o isentará do 
pagamento de custas, mas para tal, deverá justificar demonstrando motivo 
extremamente relevante. 
 
O empregador poderá se fazer representar por um PREPOSTO. 
 - o preposto poderá ser QUALQUER possoa que possua conhecimento dos fatos, não 
será necessário que tenha presenciado os fatos, bastando apenas que tenha 
conhecimento dos mesmos. 
As declarações do preposto obrigam a empresa. 
 
A ausencia do reclamado acarretará à revelia. 
o revel pode ser julgado, mesmo sem estar presente. 
 
A falta de defesa caracterizará a confissão quanto a matéria de fato. 
 
 Hipóteses e que a revelia não gera confissão: 
Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o 
arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado 
importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. 
§ 4o A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se: 
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação; 
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei 
considere indispensável à prova do ato; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
2017) 
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis 
ou estiverem em contradição com prova constante dos autos. (Incluído 
pela Lei nº 13.467, de 2017) 
§ 5o Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, 
serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente 
apresentados. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEFESA DO RECLAMADO 
 
CONTESTAÇÃO 
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA APRESENTADAS EM AUDIENCIA 
RECONVENÇÃO 
 
 
 
1- CONTESTAÇÃO - Defesa da mérito – Art 847 da CLT 
• Apresentação oral ( 20 minutos em audiencia ) ou escrita. 
• Prazo: até a audiência 
 
1.1- Princípios da contestação: 
 
• Ônus da impugnação especifica: O reclamado deve impugnar 
especificamento todos os fatos narrados a peça inicial sob pena 
de confissão do que deixar de alegar. 
• Eventualidade: diretamente ligado ao principio do onus da 
impugnação especifica, ainda que o reclamado possua a seu 
favor uma preliminar ou uma prejudicial de mérito, este deverá 
questionar fatos que eventualmente possam ser julgados. 
1.2 – Compensação 
Crédito reciproco que pode ser apresentado na defesa, podendo 
referir-se apenas ao teto de 1 salário recebido pelo funcionário, os valores 
excedentes devem ser cobrados na Reconvenção, que apesar de ter natureza 
de ação autônoma, é apresentada como tópico na contestação. Art 767 da 
CLT, Súmula 48 do TST, súmula 18 do TST. 
1.3- Preliminares e Prejudiciais de mérito 
Preliminares – Art 337 do CPC – erros processuais – Acarretam na 
extinção do processo SEM resolução de mérito. 
Prejudiciais de mérito: Prescrição e Decadência 
• Prescrição bienal: Após o término do contrato de trabalho o 
empregado tem dois anos para ajuizar sua demanda. Art 487 
do CPC, art 11 da CLT, sumula 308,I do TST e Art 7°, XXIX 
da CF 
• Prescrição quinquenal: após a data do ajuizamento da 
demanda, o reclamante só poderá postular 5 anos retroativos. 
art 11 da CLT, sumula 308,I do TST e Art 7°, XXIX da CF 
• Decadência – prazo estipulado pelo próprio texto normativo 
para realziação de atos, caso o ofendido não promova o ato 
dentro do prazo estabelecido pela lei este perde o direito ao 
mesmo. 
 
2- EXCEÇÃO 
 2.1- EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA ART 800 DA CLT: 
• Única defesa apresentada antes da audiência 
• Apresentação em peça apartada 
• Em até 5 dias após a notificação 
• Ocorre a suspensão do processo, audiência desmarcada 
• Abre-se conclusão ao Juiz – com intimação do reclamante para resposta 
em 5 dias 
• Possibilidade de produção de prova oral no juizo competente por meio 
de carta rogatória 
• Após a decisão final o processo segue seu curso normal. 
• Obs: Cabivel Recurso Ordinário da decisão que julga a exceção 
 
2.2- SUSPEIÇÃO/ IMPEDIMENTO 
 
- Suspeição – caráterobjetivo – Art 145 do CPC 
 Art. 145: Há suspeição do juiz: 
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; 
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa 
antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das 
partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender 
às despesas do litígio; 
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu 
cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o 
terceiro grau, inclusive; 
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das 
partes. 
§ 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem 
necessidade de declarar suas razões. 
§ 2º Será ilegítima a alegação de suspeição quando: 
I - houver sido provocada por quem a alega; 
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta 
aceitação do arguido. 
 
- IMPEDIMENTO : carater objetivo – Art 144 do CPC. 
Art. 144. 
Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no 
processo: 
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, 
funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento 
como testemunha; 
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; 
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou 
membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer 
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro 
grau, inclusive; 
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou 
companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral, até o terceiro grau, inclusive; 
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de 
pessoa jurídica parte no processo; 
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer 
das partes; 
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha 
relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; 
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu 
cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por 
advogado de outro escritório; 
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. 
 
• Pode ser alegado em audiência 
• Juiz deve decidir em 48h 
• Não há necessidade de intimação da parte. 
 Em caso de decisão favoravel o juiz deverá encaminhar o processo ao 
suplente. 
 Em caso de improcedencia o juiz deverá apresentar provas ou razões ao 
tribunal que julgará a existência de impedimento. 
3- RECONVENÇÃO - art 343 do CPC 
• Natureza juridica de ação autonoma 
• Pode ser apresentada na forma escrita ou verbal 
• Apresentada em tópico na contestação 
• A parte contraria deve ser notificada para apresentar resposta a 
reconvenção 
• Reclamante: Reconvindo 
• Reclamado: reconvinte 
• A desistência da ação principal não obsta o prosseguimento da 
Reconvenção. 
• Questionamento apenas de créditos trabalhistas 
• Possibilidade de apresentação de até 3 testemunhas. 
 
 
 
 
 
SENTENÇA NO PROCESSO DO TRABALHO 
 
ARTIGO 111, CF: 
São órgãos da Justiça do Trabalho: 
I - o Tribunal Superior do Trabalho; 
II - os Tribunais Regionais do Trabalho; 
III - Juizes do Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999) – 
COMPETÊNCIA PARA PROLAÇÃO DE SENTENÇA JUDICIAL EM PROCESSO QUE TRAMITA 
PERANTE AS VARAS DO TRABALHO. 
 
 - Requisitos: 
• Relatório, fundamentação e dispositivo. 
 Art. 832 - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da 
defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão. 
Art 489 do CPC - São elementos essenciais da sentença: 
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma 
do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no 
andamento do processo; 
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; 
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe 
submeterem. 
 
• Requisitos complementares: 
- Menção às custas processuais – Indicação dos valores a serem adimplidos bem 
como quem será responsabilizado pelo pagamento. 
- Em caso de interposição de recurso, o recorrente deverá efeuar o pagamento das 
custas e do depósito recursal. Art 832 da CLT. 
- Indicação de natureza das parcelas: 
 Indenizatória: Serve para compensar um prejuízo financeiro concretizado ou 
que irá se concretizar no futuro; OBS: não há incidência de contribuição 
previdênciária. 
 Salarial: Verbas de natureza salarial são pagas em contraprestação do serviço 
Possibilidades de modificação da sentença 
 
Regra geral: O juiz não poderá alterar a sentença judicial de oficio, salvo para corrigir erro 
material ou de cálculo, como dispõe o art 494 do CPC: 
Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la: 
I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões 
materiais ou erros de cálculo; 
II - por meio de embargos de declaração. 
 
 
MODALIDADES DE SENTENÇA 
 
• Julgamento da ação sem resolução de mérito – art 485 do CPC 
 
A ação judicial será extinta sem resolução de mérito nas hipoteses à seguir especificadas: 
- indeferimento da petição inicial; 
- quando o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
- por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por 
mais de 30 (trinta) dias; 
- verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do 
processo; 
- reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 
- verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
- acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral 
reconhecer sua competência; 
- homologar a desistência da ação; ( OBS: após a apresentação da contestação só sera possivel 
a desistência em caso de concordância do reclamado. 
- em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
• Julgamento da ação com resolução de mérito: 
- Sentença de procedência – Defere integralmente os pedidos atribuidos à peça 
inicial. 
- Sentença de improcedência – Indefere a integralidade dos pedidos indicados à peça 
inicial 
- Sentença de parcial procedência – Indeferimento parcial dos pedidos indicados na 
peça inicial. 
 
Possibilidade de Julgamento antecipado da lide: Segundo o art. 355 do Novo 
CPC, existem dois requisitos não concomitantes para que ocorra o julgamento antecipado da 
lide. O primeiro é a ausência da necessidade da produção de outras provas, além daquelas já 
apresentadas na fase postulatória. O segundo é a revelia (quando o réu não contesta a ação). 
Nesse caso, o juiz julgará a lide tomando como verdadeiras quaisquer alegações do autor 
(conforme art. 344). 
Vale a pena lembrar que o art. 349 determina que o réu revel pode produzir 
provas, desde que se faça representar nos autos a tempo. Mesmo assim, se não houver 
requerimento de prova, o juiz ainda pode realizar o julgamento antecipado da lide. E, neste 
caso, ele não irá ferir os princípios do direito ao contraditório e à ampla defesa. 
 
 MODALIDADES DE LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA 
Liquidação por cálculo. 
A liquidação por cálculo é o modalidade mais utilizada na Justiça do Trabalho, seu 
contexto é apresentar o valor da condenação baseados somente por avaliações aritméticas, a 
apuração do quantum sempre estará disponível nos autos do processo e será apurada por 
simples cálculos dependentes apenas de operações aritméticas, tais como, as férias, saldo de 
salário, parcelas rescisórias, gratificação natalinas, horas extras, etc. 
Os demais direitos objetos de cálculos também podem liquidados desta forma,exemplo os juros de mora, que são devidos desde o ajuizamento da ação (art. 883 da CLT) até 
o pagamento ou a efetivação do depósito, todos corrigidos monetariamente conforme súmula 
200 do TST. 
Liquidação por arbitramento. 
Esta modalidade será efetuada quando as partes expressamente concordarem ou 
for determinado pelo Juiz prolator da sentença e ainda quando a natureza do objeto de 
liquidação exigir. 
As dificuldades de apurar o “quantum debeatur” através de cálculos, ensejará na 
possibilidade de apuração, através de arbitramento, assim, nos socorremos das palavras do 
Mestre Manoel Antônio Teixeira (Execução no processo do trabalho, p. 369): 
“Há casos em que a liquidação, a despeito de não reclamar a prova de fatos novos, também 
não pode ser efetuada por mero cálculo contador, pois a quantificação ou a individualização 
de seu objeto dependem de conhecimento especializados, de perito que não podem ser 
satisfatoriamente captados pela percepção sensória comum das pessoas em geral. Surge, 
então, a necessidade de a liquidação ser realizada por meio de arbitramento. 
O arbitramento consiste, portanto, em exame ou vistoria pericial de pessoas ou coisas, com a 
finalidade de apurar o “quantum” relativo à obrigação pecuniária, que deverá ser adimplida 
pelo devedor, ou, em determinados casos, de individuar, com precisão, o objeto da 
condenação”. 
 O exemplo apontado majoritariamente pela Doutrina consiste na hipótese de 
apresentar os cálculos dos salários do reclamante que prestou serviços por período sem 
remuneração e sua relação de emprego foi reconhecida pela Justiça do Trabalho, que outrora, 
nomeou um arbitro para realizar a pesquisa no mercado de trabalho sobre a remuneração a 
ser pago ao trabalhador. 
Liquidação por artigos. 
A modalidade liquidação por artigos será utilizada quando a real necessidade de 
provar fatos novos servirão como base para fixar a condenação, será sempre dependente da 
comprovação de fatos que ainda não foram elucidados na fase de conhecimento. 
O Ilustre Doutrinador Renato Saraiva (Curso de Direito Processual do Trabalho) 5ª 
ed., p. 617, esclarece: 
“A liquidação de sentença trabalhista pelo método de artigos é feita quando sua liquidez 
depender de comprovação de fatos ainda não esclarecidos suficientemente no processo de 
conhecimento, de modo a permitir valoração imediata do título executivo. 
Como exemplo de liquidação por artigos, podemos citar a sentença que 
reconhece a realização de horas extras pelo obreiro, mas não as quantifica, tornando-se 
necessária, por conseguinte, a realização da liquidação por artigos, objetivando apurar, por 
meio das provas articuladas pelas partes, o número de horas suplementares efetivamente 
prestadas”.“Em última análise, verifica-se que a liquidação por artigos é muito complexa, 
constituindo-se em verdadeiro processo de cognição, podendo haver indeferimento da petição 
de liquidação, suspensão e extinção da liquidação, revelia do devedor, produção de provas, 
julgamento antecipado da liquidação e designação de audiência para coleta de prova oral, 
sendo, em função do princípio da celeridade, desaconselhável a adoção de tla modalidade de 
liquidação no âmbito laboral”. 
 
 
 
MODALIDADES DE LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA 
 
 
Liquidação por cálculo. 
 
A liquidação por cálculo é o modalidade mais utilizada na Justiça do Trabalho, seu 
contexto é apresentar o valor da condenação baseados somente por avaliações 
aritméticas, a apuração do quantum sempre estará disponível nos autos do processo e 
será apurada por simples cálculos dependentes apenas de operações aritméticas, tais 
como, as férias, saldo de salário, parcelas rescisórias, gratificação natalinas, horas 
extras, etc. 
 
Os demais direitos objetos de cálculos também podem liquidados desta forma, 
exemplo os juros de mora, que são devidos desde o ajuizamento da ação (art. 883 da 
CLT) até o pagamento ou a efetivação do depósito, todos corrigidos monetariamente 
conforme súmula 200 do TST. 
Liquidação por arbitramento. 
 
Esta modalidade será efetuada quando as partes expressamente concordarem ou 
for determinado pelo Juiz prolator da sentença e ainda quando a natureza do objeto 
de liquidação exigir. 
 
As dificuldades de apurar o “quantum debeatur” através de cálculos, ensejará na 
possibilidade de apuração, através de arbitramento, assim, nos socorremos das 
palavras do Mestre Manoel Antônio Teixeira (Execução no processo do trabalho, p. 
369): “Há casos em que a liquidação, a despeito de não reclamar a prova de fatos 
novos, também não pode ser efetuada por mero cálculo contador, pois a quantificação 
ou a individualização de seu objeto dependem de conhecimento especializados, de 
perito que não podem ser satisfatoriamente captados pela percepção sensória comum 
das pessoas em geral. Surge, então, a necessidade de a liquidação ser realizada por 
meio de arbitramento. 
 O arbitramento consiste, portanto, em exame ou vistoria pericial de pessoas ou 
coisas, com a finalidade de apurar o “quantum” relativo à obrigação pecuniária, que 
deverá ser adimplida pelo devedor, ou, em determinados casos, de individuar, com 
precisão, o objeto da condenação”. 
 
O exemplo apontado majoritariamente pela Doutrina consiste na hipótese de 
apresentar os cálculos dos salários do reclamante que prestou serviços por período 
sem remuneração e sua relação de emprego foi reconhecida pela Justiça do Trabalho, 
que outrora, nomeou um arbitro para realizar a pesquisa no mercado de trabalho 
sobre a remuneração a ser pago ao trabalhador. 
 
 
Liquidação por artigos. 
 
A modalidade liquidação por artigos será utilizada quando a real necessidade de 
provar fatos novos servirão como base para fixar a condenação, será sempre 
dependente da comprovação de fatos que ainda não foram elucidados na fase de 
conhecimento. 
O Ilustre Doutrinador Renato Saraiva (Curso de Direito Processual do Trabalho) 5ª 
ed., p. 617, esclarece: 
“Em última análise, verifica-se que a liquidação por artigos é muito complexa, 
constituindo-se em verdadeiro processo de cognição, podendo haver indeferimento da 
petição de liquidação, suspensão e extinção da liquidação, revelia do devedor, 
produção de provas, julgamento antecipado da liquidação e designação de audiência 
para coleta de prova oral, sendo, em função do princípio da celeridade, esaconselhável 
a adoção de tla modalidade de liquidação no âmbito laboral”. 
 
EXECUÇÃO TRABALHISTA 
 
CONCEITO: A execução trabalhista é a fase do processo em que se impõe 
o cumprimento do que foi determinado pela Justiça, o que inclui a cobrança forçada 
feita a devedores para garantir o pagamento de direitos 
A execução trabalhista tem início quando há condenação e o devedor não 
cumpre espontaneamente a decisão judicial ou quando há acordo não cumprido. A 
primeira parte da execução é a liquidação, em que é calculado, em moeda corrente, o 
valor do que foi objeto de condenação. A liquidação pode ocorrer a partir de quatro 
tipos de cálculos: cálculo apresentado pela parte, cálculo realizado por um contador 
judicial, cálculo feito por um perito (liquidação por arbitramento) e por artigos de 
liquidação (procedimento judicial que permite a produção de provas em questões 
relacionadas ao cálculo). 
Após a apresentação dos cálculos, o juiz abre prazo para manifestação em 
8 dias. Os embargos a execução servem para questionar os valores apresentados pela 
parte exequente, com o objetivo de atacar os valores formulados. 
• Definido o montante, no prazo de 48 horas, o. executado pode 
realizar o pagamento da quantia, indicar bens a penhora, 
embargar a execução, ou poderá permanecer inerte, momento em 
que começara as buscas pelos bens do executado para penhora. 
• Para oposição dos embargos a execução, faz-se necessário garantir 
o juizo 
• Da decisão dos embargos ( sentença) cabe Agravo de Petição, no 
prazo de 8 dias. Competencia do TRT 
• A alienação dos bens penhoradosdurante a execução trabalhista 
só ocorre após o trânsito em julgado do processo de execução, ou 
seja, após decisão final sobre o montante devido, sem que haja 
qualquer recurso pendente de julgamento ou quando se tenha 
esgotado o prazo para recorrer sem que qualquer das partes tenha 
se manifestado. A partir daí, o depósito judicial é liberado para o 
pagamento da dívida ou o bem penhorado é levado a leilão para ser 
convertido em dinheiro. 
• Em caso de impossibilidade de pagamento e de inexistencia de 
bens a serem indicados à penhora o processo vai para o arquivo 
provisório até que sejam localizados bens do devedor para 
pagamento da dívida trabalhista. 
 
 
DISSIDIO COLETIVO 
 
 
Conceito: As classes sindicais existem para proteger o interesse de suas respectivas 
categorias, O dissídio coletivo é instaurado quando não ocorre um acordo na 
negociação direta entre trabalhadores ou sindicatos e empregadores. Ausente o 
acordo, os representantes das classes trabalhadoras ingressam com uma ação na 
Justiça do Trabalho. Obs: a competencia para julgamento do dissidio é do Tribunal 
Regional do Trabalho. 
 
O dissídio é, portanto, uma forma de solução de conflitos coletivos de trabalho. Por 
meio dele, o Poder Judiciário resolve o conflito entre os empregadores e os 
representantes de grupo/categoria dos trabalhadores. 
 
São requisitos para instaurar o dissídio coletivo: 
 
• Tentativa de negociação ou arbitragem (art. 114, Constituição Federal; art. 
616, §4º, CLT): na petição inicial, devem juntar os documentos que provam a 
tentativa, como, por exemplo, a ata da reunião de negociação. É uma forma de 
forçar as partes a entrarem em acordo sem a necessidade de acionar o poder 
judiciário. 
• aprovação em assembleia da categoria profissional (art. 859, CLT): os 
interessados na solução do dissídio coletivo devem aprovar sua instauração 
perante a Justiça do Trabalho em assembleia convocada para este fim. 
• comum acordo da parte contrária (art. 114, §2º CF): aquele que ajuíza o 
dissídio precisa do acordo da parte contrária. Apesar de essa obrigatoriedade 
ser o entendimento adotado pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho), a 
questão é discutida atualmente pelo STF (Supremo Tribunal Federal), após 
questionamento da inconstitucionalidade da norma constitucional. Vale a pena 
ficar de olho nos desdobramentos acerca desse requisito. 
LEGITIMADOS: 
- Sindicato: artigo 857, parágrafo único, da CLT 
- Empresa: artigo 616, §2º da CLT 
- Ministério Público do Trabalho 
PRESSUPOSTOS RECURSAIS 
 
• DUPLO JUIZO DE ADMISSIBILIDADE: 
O objetivo da realização do duplo juízo de admissibilidade é a 
verificação dos pressupostos recursais ou também chamados, requisitos 
de admissibilidade recursal, sendo que o recurso somente será 
conhecido se preenchido todos requisitos exigidos pelo ordenamento 
jurídico vigente 
 1º Juízo de Admissibilidade (juízo a quo): realizado pela 
autoridade que proferiu a decisão recorrida. 
 
 2º Juízo de Admissibilidade (juízo ad quem): realizado pelo órgão 
que julgará o recurso. 
 
• Pressupostos Objetivos (Extrínsecos): 
 
a) Recorribilidade do ato: No direito processual laboral são 
irrecorríveis “as sentenças proferidas nas causas de alçada (Lei n. 
5.584/1970, art. 2º, § 4º), os despachos de mero expediente (CPC, art. 
504) e as decisões interlocutórias (CLT, art. 893, § 1º, e Súmula n. 214 
do TST)” (LEITE, 2012, p. 756). 
b) Adequação: Além da recorribilidade do ato impugando, o recurso 
interposto deve ser adequado à decisão confrontada, tendo em vista que 
cada espécie de decisão desafia uma espécie de recurso legalmente 
previsto.. 
c) Tempestividade: Deve ser observado o prazo legal para interposição 
do recurso – Regra: 8 dias. 
d) Preparo: Recolhimento das custas (O percentu 
e custas na Justiça Trabalhista é de 2% sobre o valor arbitrado 
provisoriamente à sentença (artigo 789 da CLT - observado o mínimo de 
R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro 
vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência 
Social)) e depósito recursal (limitado ao teto de R$ 10.059,15) , sob 
pena de deserção. 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com 
insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais 
e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na 
forma da lei 
e) Regularidade de representação: O recurso deve estar devidamente 
subscrito pelo advogado constituído nos autos pelo Recorrente ou na 
hipótese de jus postulandi deve ser subscrito pela própria parte. 
Obs: Não se admite o jus postulandi em recurso para o TST, devendo a 
parte constituir advogado para que a interposição obedeça tal 
pressuposto. 
 
• Pressupostos subjetivos (Intrínsecos): 
 
a) Legitimidade: A legitimidade recursal é a habilitação legal dada a 
determinada pessoa, natural ou jurídica, para recorrer de certa decisão 
judicial, como regra, é conferida às partes que atuaram no processo, ao 
Ministério Público, enquanto parte ou custus legis, e a terceiros 
prejudicados pela decisão recorrida. 
1) o sucessor ou herdeiro (CLT, arts. 10 e 448); 
2) a empresa condenada solidária ou subsidiariamente (CLT, art. 2º, § 
2º; TST, súmula n. 331, IV) 
3) o subempreiteiro, o empreiteiro principal ou o dono da obra (CLT, art. 
455); 
4) os sócios de fato nas sociedade não juridicamente constituídas, além 
das pessoas físicas e jurídicas, por força de normas de direito civil, que 
se vinculem à parte que figurou na demanda (CCB, art. 265); 
5) os litisconsortes e assistentes (simples ou litisconsorciais); 
6) o substituto processual. 
 
b) Capacidade para estar em juízo; 
Além de ter legitimidade, o recorrente deve ser plenamente 
capaz, nos termos dos arts. 3º, 4º e 5º do Código Civil, no momento de 
interposição do recurso. 
 
c) Interesse: 
Existencia de utilidade e necessidade na interposição do 
recurso. 
 A necessidade relaciona-se à imprescindibilidade do recurso 
para o sucesso da pretensão do recorrente, indeferida pela sentença 
impugnada. A utilidade refere-se à permanência do gravame imposto ao 
recorrente pela decisão atacada, ou seja, que o objeto da ação não 
tenha se perdido, por exemplo, pela satisfação espontânea por parte do 
recorrido. 
 
 Efeito devolutivo dos recursos: Consoante dispõe o 
artigo 899 da CLT os recursos trabalhistas terão, em regra, somente 
efeito devolutivo, razão pela qual pode-se proceder a execução 
provisória da decisão. 
 
Uniformidade de prazo para recurso: A lei 5.584/70 em seu 
artigo 6º fixa o prazo de oito dias para interposição de qualquer recurso 
trabalhista, bem como estabelece igual prazo para apresentação das 
contrarrazões. 
 
PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE 
Vemos que o artigo 22, I, da Constituição Federal de 1988, dota à União 
Federal a competência privativa para se legislar sobre direito 
processual, sendo que assim, somente deve ser considerado recursos no 
processo do trabalho, aqueles expressamente previstos em Lei Federal. 
A importância de tal principio se da justamente de modo a evitar que as 
partes criem recursos ao longo do processo, instaurando um caos 
normativo e comprometendo de forma definitiva a celeridade e a eficácia 
processual. 
PRINCÍPIO DA SINGULARIDADE OU UNIRRECORRIBILIDADE 
Principio que faz jus ao fato de que a lei prevê somente um tipo de 
recurso para cada decisão, sendo que dessa forma as partes não podem 
interpor dois ou mais recursos simultaneamente contra uma mesma 
decisão proferida. A consequência direta de tal logica é que os recursos 
devem ser interpostos sucessivamente, e jamais de forma simultânea. 
PRINCÍPIO DA CONSUMAÇÃO 
Uma vez interposto o recurso, ele não poderá ser repetido ou alterado. 
Trata-se de preclusão consumativa: interposto o recurso, o ato será 
consumido. 
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE 
Vemos que existem decisões judiciais que acabam por trazeremdebates 
e polêmicas no meio doutrinário e jurisprudencial a respeito de qual 
deve ser o recurso adequado para se interpor quanto a esta. Dessa 
forma, constatada essa situação e por força do princípio da 
fungibilidade admite-se a substituição do recurso erroneamente 
interposto por um que seria tido como adequado para se questionar 
determinadas decisões realizadas. 
Dessa forma, constata-se que a aplicação do princípio em questão visa 
impedir que a parte seja prejudicada frente a uma determinada 
situação que possa ser considerada escusável em detrimento de uma 
rigorosa aplicação do princípio da singularidade recursal. 
Dessa forma, temos algumas condições para a aplicação do princípio da 
fungibilidade, quais sejam: 
• A ausência de erro grosseiro ou de má-fé 
• Ausência da utilização de recursos impróprios de maior prazo, 
por haver perdido o prazo do recurso cabível 
• Ausência da utilização do recurso de maior devolutividade 
visando escapar à coisa julgada formal 
• Ausência de utilização de provocação apenas de divergências na 
jurisprudência para se assegurar, posteriormente, de outro 
recurso 
PRINCÍPIO DO NON REFORMATIO IN PEJUS 
O presente princípio postula que é vedado ao Tribunal no julgamento de 
um determinado recurso proferir decisões desfavoráveis para o 
recorrente, de forma a coloca-lo em situação mais gravosa do que 
aquela em que este já se encontra posto a sentença prolatada em 
primeira instância. A sentença pode vir a ser impugnada de forma total 
ou parcial, contudo não de forma a trazer mais danos ao recorrente do 
que outrora já existia. 
PRINCÍPIO DA VOLUNTARIEDADE 
Princípio que expressa a afirmação de que a parte tem a necessidade de 
recorrei ou aceitar a decisão de forma voluntária. Com isso, o 
Magistrado não pode conhecer matérias que efetivamente não foram 
objeto do recurso interposto. Contudo vemos que uma exceção a tal 
princípio se da quando se tratar de matérias de ordem pública, sobre as 
quais enquanto não houver o trânsito em julgado não é possível de se 
operar a preclusão, ou se vier a tratar de decisões desfavoráveis 
proferidas contra a fazendo pública, caso que se submete ao reexame. 
 
PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE DAS DECISÕES 
INTERLOCUTÓRIAS 
Tem-se como fundamento maior do princípio em questão que as 
decisões interlocutórias não são recorríveis de imediato, somente 
permitindo-se sua reapreciação em recursos da decisão definitiva. 
Contudo há algumas exceções quanto a essa lógica que pode ser vista 
através da leitura da Súmula 214 do TST

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