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Aula 1 Introdução Toxicologia 2016.1

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INTRODUÇÃO Á 
TOXICOLOGIA
Prof. Dr. Hemerson Iury
hemersonufpb@yahoo.com.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB
DEPTO. DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS – DCF –
CAMPUS I – JOÃO PESSOA
CURSO: FARMÁCIA
Bibliografia básica
OGA, S. Fundamentos de
Toxicologia, 4ª edição. 2014
KLAASEN, C.D. Casarett &
Doull`s: The Basic science
of Poisons. 8ª edição. 2014
Bibliografia básica
CASARETT & DOULL
Fundamentos em Toxicologia 2ª
edição McGraw Hill, 2012.
ADERBAL FILHO, CAMPOLINA,
DIAS Toxicologia na Prática
Clinica. 2ª edição, 2013.
Bibliografia básica
MOREAU, RLM.; SIQUEIRA,
MEPB Ciências Farmacêuticas:
Toxicologia Analítica. 2ª edição,
2016.
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
Pré-história: observação de qual alimento
produzia ou não efeitos tóxicos ou doenças.
IDADE ANTIGA
2696 a. C. Shen Nung
Considerado o Pai da Medicina Chinesa.
Experimentou 365 ervas e escreveu
um tratado sobre envenenamento por
ervas e o emprego em tratamentos.
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
110 páginas com informações sobre anatomia, fisiologia, toxicologia,
feitiços e tratamentos
1500 a.C.: “Papiro Ebers” (Egito)
descreve 800 ingredientes ativos,
entre eles:
- Metais (Pb e Cu)
- Vegetais tóxicos: cicuta, acônito
- Venenos de animais:
cobras, escorpiões, aranhas
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
IDADE ANTIGA - Grécia
470-399 Sócrates: condenado à morte
com cicuta
460-364 a.C. Hipócrates – Pai da Medicina Moderna
Transformou a Medicina em ciência
superstição
relação de venenos e princípios da Toxicologia clínica
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
370-286 a.C. Theophrastus –
referências às plantas tóxicas no livro
De Historia Plantarum
204-135 a.C. Nicandro – fez poemas
descrevendo venenos, envenenamentos e
antídotos (Alexipharmaca e Theric)
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
40 - 90 a.C. Dioscórides
classificação dos venenos (animais,
vegetais e minerais), descrição e
desenhos dos venenos; uso de
eméticos em envenenamentos
e ventosas p/ picadas de cobras.
De Materia Medica
precursora das farmacopéias
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
IDADE ANTIGA - Roma
120- 63 a.C. – Midrídates – rei do
Ponto – experimentos com
envenamentos agudos e modos de
evitar seus efeitos: ingestão
voluntária e em prisioneiros de
mistura de 36 diferentes
ingredientes.
Mithridaticum – mistura de
gordura de víbora e enxofre,
utilizado como tônico e antídoto
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
Século IV a.C. – envenenamentos em massa –
Locusta, Agripina, Cláudio
Ano 82 a. C. – Sulla – Lex
Cornelia de sicariis et
veneficis, para punir
envenenadores, proibindo
compra, venda e posse.
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
IDADE MÉDIA
1135-1204 – Maimonides
escreveu um texto sobre tratamento
dos envenenamentos por insetos,
cobras e cachorros loucos.
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
Bórgias: Alexandre VI e seus filhos
Lucrécia e César.
Venenos usados largamente com finalidade
política – envenadores profissionais” :
Toffana (cosméticos à base de arsênio);
Spara (uso de veneno p/ fins matrimoniais e financeiros);
Catarina de Médicis – venenos da Itália para a França.
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
Marquesa de Brinvillers – testava suas “ receitas”
em crianças, anotando seus efeitos (início dos
efeitos, potência, local e modo de ação, sinais e
sintomas)
Catherine Deshayes, La Voisine –
envenadora na corte de Luís XIV – a
qual é atribuída a morte de 2000
crianças.
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
Chambre Ardente – comissão judicial para
punir envenenadores. Henrique II da França
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
RENASCENÇA – IDADE MODERNA
1493-1541 - PARACELSUS –
desenvolvimento do aspecto
médico, científico da Toxicologia;
necessidade de experimentação;
dose diferencia remédio de
veneno e outras idéias
revolucionárias no campo da
medicina e terapêutica. Publicou
o primeiro tratado de doenças em
mineradores.
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
IDADE CONTEMPORÂNEA
Século XIX – desenvolvimento extraordinário da Química
Orgânica e síntese de novos compostos (fosgênio, gás
mostarda – gases de guerra).
Magendie (1783-1855) – brometo, ópio, estricinina na
medicina;
Claude Bernard (1813-1878) – ação tóxica do curare,
conhecimentos sobre o sistema hepático
Ehrlich (1845-1915) – mecanismos de ação de toxicantes
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
1787-1853 – ORFILA – chamado de
“Pai da Toxicologia” escreve o
primeiro tratado voltado
exclusivamente para a Toxicologia –
Traitè des Poisons – e este
conhecimento passa a ser uma
Ciência.
Desenvolvimento do aspecto forense da Toxicologia,
principalmente de métodos de detecção de toxicantes
em material biológico.
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
1831 – Síntese do clorofórmio por um químico Francês
1847 – Uso como anestésico em partos
1863 – Químico Ângelo Mariani produziu o
vinho Mariani
1886 – Coca-Cola
1879 – tratamento para a dependência de
morfina
1884 anestésico local e Sigmund Freud
escreveu o Über Coca
1885 – vendida sob a forma de cigarros, pó
e injetável
Cocaína
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
Durante a I Guerra Mundial:
Desenvolvimento de
armas
de guerra química: gás
cloro, fosfogênio,
mostarda. Utilização de
máscaras por soldados e
cães
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
Protocolo de Geneva –
Proibição do uso de armas
químicas em guerras. Seguida
pela Alemanha no Tratado de
Versailles.
Queimadura por gás
mostarda
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
DDT sintetizado em 1939
1948 Paul Herman Müller ganhou o
Prêmio Nobel de fisiologia e
Medicina
1972 - Banido
1946- Arnold J. Lehman – criou a Divisão de
Farmacologia do FDA
Fundou a Sociedade de Toxicologia e sua
revista Toxicology and Applied Pharmacology
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
Após a Segunda Guerra
Desenvolvimento extraordinário da Toxicologia
condições da exposição, e não apenas a dose, como
desencadeantes de efeitos tóxicos;
Estabelecimento do risco x segurança no uso de SQ
(padrões de segurança); conhecimento de mecanismos
de ação tóxica;
Aspectos preditivos e preventivos da Toxicologia;
Toxicologia comportamental, Imunotoxicologia,
Toxinologia, Ecotoxicologia, entre outros.
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
Acidente de
Minamata - Japão
Década de 50
Talidomida
No Brasil
HISTÓRICO DA TOXICOLOGIA
Professora Ester de Camargo Fonseca Moraes
1966 - Responsável pela criação da disciplina de Toxicologia como entidade
autônoma e separada de outras correlatas, no curso de Farmácia da
Universidade de São Paulo, o que foi posteriormente instituído também nas
demais Faculdades de Farmácia, federais, estaduais ou privadas, que hoje
ministram esta disciplina.
* CONCEITOS EM TOXICOLOGIA,
* CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO, 
* ESPECTROS DE EFEITOS TÓXICOS 
* INTERAÇÕES QUÍMICAS
INTRODUÇÃO A TOXICOLOGIA
• Conceito: O estudo dos efeitos adversos de agentes
químicos em sistemas biológicos.
– Efeito adverso: desequilíbrio biológico
– Agente Químico: entidade capaz de desencadear
dano ao organismo
(toxicante, veneno, droga, fármaco, xenobiótico)
- Ambiental, alimentos, medicamentos, ocupacional e social
– Sistemas biológicos: Organismos vivos
"Toxikon"  do grego veneno das flechas
Toxicologia
OGA et al., 2014
29
• Elementos Fundamentais
– Toxicante (elemento químico)
– Toxicidade (DL50 / LT / IDA / IBMP)
- Depende de fatores como: Dose, tempo de exposição, condições do
sistema biológico.
– Intoxicação (sinais e sintomas)
Toxicologia
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
• Toxicologia – Ciência que estuda os efeitos nocivos
decorrentes da interação das substância químicas com o
organismo, sob condições específicas. (CASARETT, 2012)
Prof. Dr. Hemerson Iury
• Toxicologia Descritiva
• Toxicologia Mecanística• Toxicologia Regulatória
OU
• Toxicologia Analítica ou Química
• Toxicologia Clinica ou Médica 
• Toxicologia Experimental
• Toxicologia Ambiental 
(Ecotoxicologia)
INTRODUÇÃO
1.1 – RAMOS DA TOXICOLOGIA
(OGA et al., 2014)
32
• Áreas de atuação
Toxicologia
Áreas da 
Toxicologia 
Toxicologia
ambiental
Toxicologia
de medicamentos
Toxicologia
ocupacional
Aspectos
Clínico Analítico Legislação Investigação
Toxicologia
de alimentos
Toxicologia
social
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
• Agente tóxico – Entidade química capaz de causar
efeitos nocivos a um sistema biológico, alterando
seriamente uma função ou levando-o à morte, sob certas
condições de exposição.
Classificação:
•Mecanismo de ação; Ex.: Agentes asfixiantes.
•Origem; Ex.: Vegetal.
•Estado físico; Ex.: Gases.
•Estrutura química; Ex.: Organofosforados.
•Uso; Ex.: Agrotóxico.
•Órgão-alvo; Ex.: Neurotóxico, hepatotóxicos.
•Potencial de toxicidade. Ex.: Muito tóxicos.
Agrotóxico.
Prof. Dr. Hemerson Iury
(OGA et al., 2014)
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
• Veneno – Compostos provenientes de animais, nos quais apresentam
função de auto-defesa ou predação. (CASARETT, 2012)
– Uso popular: substância ou mistura de substâncias que provoca
intoxicação ou morte em baixas doses.
– Ex.: veneno de cobras, escorpião, etc.
Tityus stigmurus.Prof. Dr. Hemerson Iury
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
• Droga – Toda substância capaz de modificar ou explorar
o sistema fisiológico ou estado patológico, utilizada com
ou sem intuito de benefício para o organismo receptor.
Ex.: Tabaco, maconha.
(OGA et al., 2014)
Prof. Dr. Hemerson Iury
Folhas de Cannabis sativa
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
• Xenobiótico – Substância química estranha ao organismo,
qualitativa ou quantitativamente.
– Ex.: Pb, Hg.
Prof. Dr. Hemerson Iury
(OGA et al., 2014)
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
• Fármaco – Toda substância de estrutura química definida,
capaz de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou
estado patológico, utilizada com o intuito de benefício
para o organismo receptor. Ex.: Nicotina, D9 -THC.
Prof. Hemerson Iury
(OGA et al., 2014)
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
• Antídoto – Agente capaz de antagonizar os efeitos
tóxicos de uma substância. (CASARETT, 2012)
Flumazenil injetável.
– Ex.: Flumazenil, azul de metileno, atropina, BAL, etc.
Prof. Hemerson Iury
(KLANSSEN et al., 2014; OGA et al., 2014)
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
• Ação tóxica – Maneira pela qual um agente tóxico
desempenha sua atividade sobre as estruturas
teciduais.
Prof. Hemerson Iury
(CAMPOLINA et al., 2013; OGA et al., 2014)
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
Prof. Dr. Hemerson Iury
• Toxicidade – Capacidade inerente e potencial de um
agente tóxico de causar efeitos nocivos em um organismo
vivo.
(OGA et al., 2014)
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
• Risco – Probabilidade estatística de um agente tóxico
causar efeitos nocivos em um sistema biológico, sob
condições de exposição definidas.
Prof. Hemerson Iury (OGA et al., 2014)
Risco aceitável - É a probabilidade de que um efeito ou
dano, seja tolerado por um organismo, ou seja, que o
benefício real trazido pelo uso da substância seja maior do
que o risco.
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
(OGA et al., 2014)
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
Prof. Hemerson Iury
• Segurança - Probabilidade estatística de um agente
tóxico não causar efeitos nocivos em um sistema
biológico, sob condições de exposição definidas
(contrário de risco).
(OGA et al., 2014)
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
• Intoxicação – Estado patológico causado por
substâncias endógenas ou exógenas, caracterizado por
desequilíbrio homeostático consequente das
alterações bioquímicas. (CASARETT, 2012)
– Processo evidenciado por sinais, sintomas ou
exames laboratoriais.
Prof. Dr. Hemerson Iury
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
• Classificação das intoxicações:
– Intensidade dos efeitos: 
• Letal
• Grave;
• Moderada;
• Leve.
– Condições de exposição: 
• Aguda;
• Sub-aguda;
• Crônica.
Prof. Dr. Hemerson Iury
(OGA et al., 2014)
46
Fases da Intoxicação
TOXICANTE
Disponibilidade química
I
Exposição
Vias de introdução
TOXICIDADE
Biodisponibilidade
II
Toxicocinética
Processo de transporte
Absorção
Distribuição
Biotransformação
Eliminação
IV
Clínica
Efeito Nocivo
III
Toxicodinâmica
INTOXICAÇÃO
Sinais e sintomas
Natureza da ação
(MORAES et al., 1991)
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
• Fase de exposição
– A superfície externa ou interna entra em contato
com o agente tóxico. Os fatores importantes: via
de introdução, características físico-químicas,
duração e frequência de exposição, dose ou
concentração e suscetibilidade biológica.
– Disponibilidade química do agente tóxico: Fração
disponível para absorção.
Prof. Hemerson Iury
(OGA et al., 2014)
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
• Fase toxicocinética
– Inclui processos envolvidos na relação entre a
disponibilidade química e a concentração do
fármaco nos diversos tecidos do organismo.
– Absorção, distribuição, armazenamento,
biotransformação e excreção.
– Biodisponibilidade: Fração disponível para atingir
sítio de ação.
Prof. Hemerson Iury
(OGA et al., 2014)
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
• Fase toxicodinâmica
Interação entre as moléculas do agente tóxico e os 
sítios de ação, específicos ou não. 
Desequilíbrio homeostático.
Prof. Hemerson Iury
(OGA et al., 2014)
CONCEITOS EM TOXICOLOGIA
• Fase clínica
– Há evidencias de sinais,
sintomas ou estado
patológico detectável
mediante provas
diagnósticas, caracterizando
os efeitos nocivos
provocados pela interação do
agente tóxico e o organismo
vivo.
Aspecto de local acometido
por picada de cobra
peçonhenta.
Prof. Dr. Hemerson Iury
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO
• Condições de exposição: 
– Via de introdução; 
– Características físico-químicas do composto; 
– Duração e freqüência de exposição;
– Dose ou concentração; 
– Suscetibilidade biológica.
• Interferem diretamente na etapa de absorção;
Prof. Dr. Hemerson Iury
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO
• Via de introdução
– Eficiência relativa entre a absorção pelas diversas vias:
Respiratória > Intraperitonial > Subcutânea >
Intra-muscular > Intradérmica > Oral > Cutânea
– Via endovenosa*: efeito mais rápido e intenso.
– Mais importantes:
• Oral ( Ato suicida, alimentos, acidentes pediátricos, etc.)
• Respiratória e cutânea: (Ocupacional.) 
Prof. Dr. Hemerson Iury
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO
• Características físico-químicas do composto:
– Solubilidade;
– Grau de ionização;
– Pressão de vapor (volatilidade do composto);
– Ponto de ebulição;
– Densidade;
– Velocidade de evaporação (acetato butílico = 1,0); 
– Densidade de vapor (ar = 1,0).
Importantes
para gases e
vapores.
Prof. Dr. Hemerson Iury
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO
• Duração da exposição:
– Aguda, sub-aguda, sub-crônica e crônica.
– Ex.: Benzeno: 
Exposição aguda depressão SNC
Exposição crônica mielotoxicidade e carcinogênese
Prof. Dr. Hemerson Iury
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO
• Freqüência da exposição:
– Intervalo entre doses:
Reparo danos teciduais diminuição dos efeitos tóxicos
– Efeitos tóxicos crônicos: 
• Acúmulo;
• Efeito irreversível;
• Falta de tempo para reparo dos danos.
Prof. Dr. Hemerson Iury
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO
• Dose ou concentração:
– Quantidade absorvida geralmente proporcional à
dose ou concentração de exposição.
Prof. Dr. Hemerson Iury
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO
• Suscetibilidade biológica:
– Espécie, gênero, raça, idade, estado nutricional, estado
patológico;
– Intra-espécie:
•Hiporreatividade;•Hipereatividade.
Curva Gaussiana.Prof. Dr. Hemerson Iury
ESPECTRO DE EFEITOS TÓXICOS
• Intensidade dos sinais, sintomas: 
– Leve;
– Moderado;
– Grave;
– Letal.
Prof. Dr. Hemerson Iury
ESPECTRO DE EFEITOS TÓXICOS
• Tempo / freqüência de exposição:
– Aguda – altas concentrações, exposição única.
– Crônica – baixas concentrações, exposição prolongada.
Prof. Dr. Hemerson Iury
ESPECTRO DE EFEITOS TÓXICOS
• Tempo de aparecimento dos efeitos:
– Efeito imediato – sem período de latência;
– Efeito retardado – com período de latência.
• Nível do sistema biológico:
– Local;
– Sistêmico (órgão alvo).
Prof. Dr. Hemerson Iury
ESPECTRO DE EFEITOS TÓXICOS
• Reversibilidade de efeitos:
– Capacidade de regeneração dos tecidos: ( Ex.: SNC X 
Fígado)
– Efeitos carcinogênicos e teratogênicos: irreversíveis.
• Alteração do DNA:
– Efeito retardado;
– Mais eficaz em exposições crônicas.
– Ex.: Aflatoxina B1 .
DNA.Prof. Dr. Hemerson Iury
ESPECTRO DE EFEITOS TÓXICOS
• Genética:
Idiossincrasia – Efeito dose-independente
e inesperados, causados por deficiências ou
erros metabólicos de origem genética.
– Ex.: Exposição de indivíduo portador de
deficiência de Glicose-6-fosfato-
desidrogenase a agente metemoglobinizante.
Prof. Dr. Hemerson Iury
Fonte: OGA et al., 2008Prof. Dr. Hemerson Iury
ESPECTRO DE EFEITOS TÓXICOS
• Doença pré-existente
– Efeito por exacerbação – aumento de disfunção
pré-existente.
– Ex.: Exposição a arsênico por indivíduo nefropata.
• Suscetibilidade biológica
– Hipossuscetibilidade ou hiporreatividade;
– Hipersuscetibilidade ou hiperreatividade.
Prof. Dr. Hemerson Iury
ESPECTRO DE EFEITOS TÓXICOS
• Gravidez:
– Teratogenicidade – exposição durante organogênese
(3 primeiros meses), gerando malformação celular e tecidual.
– Embrio ou fetotoxicidade –
exposição de tecidos em
desenvolvimento, gerando retardo
no crescimento ou defeitos
degenerativos (lesão química).
Prof. Dr. Hemerson Iury
ESPECTRO DE EFEITOS TÓXICOS
• Classificação dos efeitos tóxicos:
– Efeitos deterministas – Compostos de elevada toxicidade
intrínseca (ex.: ácido cianídrico, tolueno, etc).
– Efeitos probabilistas – Compostos de atividade
embriotóxica, teratogênica e carcinogênica (ex.: benzidina,
fuminisinas, etc).
– Efeitos imuno-alérgicos (não propriamente tóxicos).
Prof. Dr. Hemerson Iury
ESPECTRO DE EFEITOS TÓXICOS
• Características dos efeitos deterministas:
– Dose limiar de efeito;
– Efeitos reversíveis;
– Curva dose-efeito existente;
– Curva dose-resposta existente.
Prof. Dr. Hemerson Iury
Curva dose - efeito
• Aumento do efeito com o aumento da dose, podendo ser
utilizado apenas um indivíduo*.
Carboxilesteras
e
%
 i
ni
b
iç
ão
Dosagem diária CLORPYRIFOS (mg/kg)
Colinesterase
Prof. Dr. Hemerson Iury
Curva dose – resposta
• Aumento da resposta para dado efeito (em percentual de
indivíduos), com o aumento da dose administrada.
Prof. Dr. Hemerson Iury
ESPECTRO DE EFEITOS TÓXICOS
• Características dos efeitos probabilistas:
– Dose limiar de efeito ausente;
– Efeitos irreversíveis (Teratogenocidade e carcinogênese);
– Curva dose-efeito ausente;
– Curva dose-resposta existente.
Prof. Dr. Hemerson Iury
ESPECTRO DE EFEITOS TÓXICOS
• Características dos efeitos imuno-alérgicos (fase
sensibilização):
– Efeitos geralmente irreversíveis;
– Curva dose-efeito ausente;
– Curva dose-resposta existente.
Reação alérgica à “hena”.
Prof. Dr. Hemerson Iury
INTERAÇÕES QUÍMICAS
• Efeito aditivo
• Efeito sinérgico
• Efeito de potencialização
• Efeito antagonista
Prof. Hemerson Iury
INTERAÇÕES QUÍMICAS
• Efeito Aditivo:
– Mais comum, somatório de efeitos de compostos de 
mesmo mecanismo de ação.
• Ex.: Intoxicação simultânea por dois organofosforados.
• 2 + 3 = 5 
Prof. Dr. Hemerson Iury
INTERAÇÕES QUÍMICAS
• Efeito sinérgico:
– O efeito tóxico de substâncias quando expostas
simultaneamente é maior ao somatório dos efeitos
quando expostas em separado.
• Ex.: CCl4 + etanol = efeitos hepatotóxicos.
• 2 + 3 = 20 
Prof. Hemerson Iury
INTERAÇÕES QUÍMICAS
• Efeito de potencialização:
– A exposição a uma substância que não leva a
efeitos tóxicos aumenta a toxicidade de outra
substância, em exposição simultânea a ambas.
• Isopropanol + CCl4 = maior efeito hepatotóxico.
• 0 + 2 = 10.
Prof. Hemerson Iury
INTERAÇÕES QUÍMICAS
• Efeito antagonista:
– Base para funcionamento de muitos antídotos;
– Mecanismos de antagonismo:
• Químico ou inativação ( Ex.: BAL e Pb);
• Funcional ( Ex.: barbituricos, vasodilatador e norepinefrina, 
vasoconstrictor);
• Fisiológico ( Ex.: epinefrina, simpático e acetilcolina, parassimpático);
• Disposicional (Ex.: fenobarbital e anestésicos gerais inalatórios –
tolerância cruzada);
• Receptor (Ex.: Naloxona e morfina, atropina e organofosforados).
Prof.. Hemerson Iury
TOLERÂNCIA
• Def.: Diminuição da resposta a agente químico,
decorrente de exposição anterior a este ou outro
composto, estruturalmente relacionado ou não.
• Tolerância cruzada
– Def.: Diminuição da resposta a agente químico, decorrente de
exposição anterior a outro composto, estruturalmente
relacionado ou não.
– Ex.: Barbitúricos entre si.
– Ex.: Etanol, barbitúricos e anestésicos inalatórios entre si.
Prof. Dr. Hemerson Iury
TOLERÂNCIA
– Mecanismos:
• Tolerância metabólica ou disposicional;
• Tolerância farmacodinâmica ou tissular;
Prof. Dr. Hemerson Iury
TOLERÂNCIA
– Tolerância metabólica ou disposicional: 
• Def.: Alterações nas propriedades
farmacocinéticas do agente, no organismo, de
forma que apenas concentrações reduzidas
chegam aos locais de ação. (OGA et al., 2008)
• Ex.: Fenobarbital – indutor CYP2B.
Prof. Hemerson Iury
TOLERÂNCIA
– Tolerância farmacodinâmica ou tissular: 
• Def.: Alterações nos tecidos biológicos devidas
à presença de uma droga ou fármaco, após
exposição única ou repetida, que se manifesta
por uma resposta diminuída para uma mesma
concentração no sítio de ação.
• Mecanismos ainda mal conhecidos;
• Ex.: Benzodiazepínicos.
Prof. Hemerson Iury
TOLERÂNCIA
– Tolerância farmacodinâmica ou tissular: 
• Taquifilaxia ou Tolerância aguda:
– Def.: Tolerância farmacodinâmica que se
desenvolve rapidamente após exposição por
curto período de tempo, a uma ou poucas doses
do fármaco ou droga. (CASARETT, 2012)
– Ex.: Alucinógenos, barbitúricos.
Prof. Hemerson Iury
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
• AMDUR, M.O.; DOULL, J.; KLAASEN, C.D. Casarett and Doull’s Toxicology: the
basic Science of Poisons. Eighth Edition, McGraw-Hill, Inc., 2014.
• ANDRADE FILHO, ADEBAL; CAMPOLINA, DELIO; B DIAS, MARIANA. Toxicologia
na Prática Clínica. 2. ed. BELO HORIZONTE: FOLIUM, 2013.
• KLAASEN, C.D. WATKINS, J.B.; DOULL, J.; Fundamentos em Toxicologia de
Casarett e Doull the basic Science of Poisons. Segunda Edição, McGraw-Hill,
ARTMED, 2012.
• MORAES, E C F; FERNICOLA, N A G G. Manual de toxicologia analítica. 1ª. ed. São
Paulo: Rocca, 1991.
• OGA, S., EIZI, BATISTUZZO, J.A. Fundamentos de toxicologia. 4ª Edição. São
Paulo: Ed. Atheneu, 2014.
Prof. Hemerson Iury

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