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SISTEMA REPRODUTOR E PERÍNEO MASCULINO

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TAINÃ ZAN – ATM 202 LEIGA 
 
SISTEMA REPRODUTOR E PERÍNEO MASCULINO 
1 
 
SISTEMA REPRODUTOR E 
PERÍNEO MASCULINO 
 
FUNÍCULO ESPERMÁTICO 
Durante o desenvolvimento intrauterino os testículos migram da cavidade 
abdominal para a bolsa escrotal. Durante essa migração carregam lâminas de 
tecidos que se encontram no caminho. 
O funículo espermático começa no anel inguinal profundo, passa através 
do canal inguinal, sai pelo anel inguinal superficial e termina no escroto na 
margem posterior do testículo. 
 
Conteúdo: 
 Ducto Deferente 
 Artéria Testicular 
 Artéria do Ducto Deferente 
 Artéria Cremastérica 
 Plexo Pampiniforme 
 Fibras Nervosas Simpáticas 
 Ramo Genital do N. Genitofemural 
 Vasos Linfáticos 
 
Revestimentos 
 Fáscia Espermática Externa (origina-se do M. Obliquo Externo) 
 Fáscia Cremastérica (origina-se do M. Obliquo Interno) 
 Fáscia Espermática Interna (origina-se da fáscia transversal) 
 
 
 
ESCROTO 
É um saco fibromuscular cutâneo que consiste em duas camadas: pele 
acentuadamente pigmentada e a túnica dartos. Dentro do escroto encontramos 
as estruturas que transitavam com o funículo espermático. 
A formação embrionária bilateral do escroto é indicada pela rafe do escroto 
mediana, que é contínua na face ventral do pênis com a rafe do pênis e 
posteriormente ao longo da linha mediana do períneo com a rafe do períneo. 
Internamente, profundamente à rafe do escroto, o escroto é dividido em dois 
compartimentos, um para cada testículo, por um prolongamento da túnica 
dartos, o septo do escroto. 
 
Vascularização Arterial 
 Face anterior: Artérias Escrotais Anteriores, ramos das Artérias Pudendas 
Externas (da Artéria Femoral). 
 Face posterior: Artérias Escrotais Posteriores, ramos terminais dos ramos 
perineais superficiais das Artérias Pudendas Internas. 
 Recebe, também, ramos das Artérias Cremastéricas (ramos das Artérias 
Epigástricas Inferiores). 
 
TAINÃ ZAN – ATM 202 LEIGA 
 
SISTEMA REPRODUTOR E PERÍNEO MASCULINO 
2 
 
Pele 
 
Túnica Dartos 
 
Fáscia Espermática Externa 
 
Fáscia Cremastérica (e m. 
Cremáster) 
 
Fáscia Espermática Interna 
 
Lâmina Parietal da Túnica 
Vaginal 
 
Testículo recoberto pela 
Lâmina Visceral da Túnica 
Vaginal 
Drenagem Venosa e Linfática 
 As veias escrotais acompanham as artérias, compartilhando os mesmos 
nomes, mas drenando basicamente para as Veias Pudendas Externas. Os vasos 
linfáticos conduzem a linfa para os Linfonodos Inguinais Superficiais. 
 
Inervação 
 Face anterior: suprida por derivados do plexo lombar – nervos escrotais 
anteriores, derivados do nervo ilioinguinal, e o ramo genital do nervo 
genitofemoral. 
 Face posterior: suprida por derivados do plexo sacral – nervos escrotais 
posteriores, ramos dos ramos perineais superficiais do nervo pudendo, e 
o ramo perineal do nervo cutâneo femoral posterior. 
 
As fibras simpáticas conduzidas por esses nervos ajudam na termorregulação dos 
testículos, estimulando a contração do músculo liso dartos em resposta ao frio ou estimulando 
as glândulas sudoríparas escrotais enquanto inibem a contração do músculo dartos em resposta 
ao calor excessivo. 
 
Revestimentos 
De superficial para profundo, na face anterior do testículo: 
 Pele 
 Fáscia superficial (dartos) e músculo dartos 
 Fáscia Espermática Externa 
 Fáscia Cremastérica e Músculo Cremaster 
 Fáscia Espermática Interna 
 Túnica Vaginal (lâminas parietal e visceral) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: envoltórios do funículo espermático e bolsa escrotal. 
 
TAINÃ ZAN – ATM 202 LEIGA 
 
SISTEMA REPRODUTOR E PERÍNEO MASCULINO 
3 
 
Testículo 
Órgãos ovoides que ficam suspensos dentro do escroto pelo funículo 
espermático. São cobertos por uma túnica albugínea (túnica fibrosa resistente). 
Produzem espermatozoides e hormônios. Os espermatozoides são formados nos 
longos túbulos seminíferos convolutos, atravessam a rede do testículo e chegam 
aos vasos retos. Daí passam ao epidídimo, de onde seguem para o ducto 
deferente. 
 
 
Epidídimo 
 Cabeça: parte expandida superior. 
 Corpo 
 Cauda: é mais caudal e é contínua com o ducto deferente. 
 
 
Ductos Deferentes 
 Começa na cauda do epidídimo 
 Sobe no funículo espermático, passando, assim, através do canal inguinal 
 Cruza os vasos ilíacos externos e entra na pelve 
 Passa ao longo da parede lateral da pelve, onde situa-se externamente ao 
peritônio parietal 
 Termina unindo-se ao ducto da glândula seminal para formar o ducto 
ejaculatório (nessa região o ducto deferente é dilatado, recebendo o 
nome de ampola do ducto deferente). 
 Vascularização Arterial: pequena artéria para o ducto deferente 
geralmente se origina de uma artéria vesical superior (ou inferior, algumas 
vezes) e termina se anastomosando com a artéria testicular, posteriormente 
ao testículo. 
 Drenagem Venosa e Linfática: as veias drenam para a veia testicular, 
incluindo o plexo pampiniforme. Sua parte terminal drena para o plexo 
venoso vesical/prostático. Vasos linfáticos drenam para os linfonodos ilíacos 
externos. 
 
 
Glândulas Seminais (Vesículas Seminais) 
Cada uma das glândulas seminais é uma estrutura alongada que se situa 
entre o fundo da bexiga urinária e o reto. NÃO ARMAZENAM ESPERMATOZÓIDES: 
secretam um líquido alcalino espesso que se mistura com os espermatozóides 
quando entram nos ductos ejaculatórios e na uretra. 
 Vascularização Arterial: as artérias para as glândulas seminais originam-
se nas artérias vesicais inferiores e retal média. 
 Drenagem Venosa e Linfática: As veias das glândulas seminais têm 
nomes correspondentes às artérias e acompanham-nas. Os linfonodos 
ilíacos externos recebem linfa da parte superior, e os internos, da parte 
superior. 
 
 
TAINÃ ZAN – ATM 202 LEIGA 
 
SISTEMA REPRODUTOR E PERÍNEO MASCULINO 
4 
 
Ductos Ejaculatórios 
Cada uma das glândulas seminais é uma estrutura alongada que se situa 
entre o fundo da bexiga urinária e o reto. NÃO ARMAZENAM ESPERMATOZÓIDES: 
secretam um líquido alcalino espesso que se mistura com os espermatozóides 
quando entram nos ductos ejaculatórios e na uretra. 
 Vascularização Arterial: as artérias para o ducto deferente originam-se 
nas artérias vesicais superiores (e inferiores, frequentemente), suprem os 
ductos ejaculatórios. 
 Drenagem Venosa e Linfática: As veias unem os plexos prostáticos e 
vesical. Os vasos linfáticos drenam para os linfonodos ilíacos externos. 
 
 
 
 
 
Figura 2: 
testículo, 
epidídimo e 
ducto 
deferente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: 
ampola do 
ducto 
deferente, 
glândula 
seminal, 
próstata e 
glândulas 
bulbouretrais. 
Repare como o 
ducto 
deferente 
relaciona-se 
com o ureter. 
Vista posterior. 
 
Bexiga Urinária 
Ureter 
Ampola do Ducto Deferente 
Glândula Seminal 
Ducto Ejaculatório 
Próstata 
Glândulas Bulbouretrais 
Ducto Deferente 
 
Cabeça do Epidídimo 
 
Corpo do Epidídimo 
 
Cauda do Epidídimo 
 
Rede Testicular 
 
Cápsula Albugínea 
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SISTEMA REPRODUTOR E PERÍNEO MASCULINO 
5 
 
Próstata 
É a maior glândula acessória do sistema genital masculino. A parte 
glandular corresponde a aproximadamente 2/3 da próstata; o outro terço é 
fibromuscular. 
A próstata firme, do tamanho de uma noz, circunda a parte prostática da 
uretra. A cápsula fibrosa da próstata é densa e neurovascular, incorporando 
os plexos prostáticos de veias e nervos. Tudo isso é circundado pela lâmina 
visceral da fáscia da pelve, formando a bainha prostática fibrosa que é fina 
anteriormente, contínua ântero-lateralmente com os ligamentos pubo-prostáticos 
e densa posteriormenteonde se funde com o septo retovesical. 
 Base: intimamente relacionada ao colo da bexiga. 
 Ápice: contato com a fáscia na face superior dos músculos esfíncter da uretra 
e transverso profundo do períneo. 
 Face anterior: muscular, fibras musculares transversais formando um 
hemiesfíncter vertical deprimido (rabdoesfíncter), que faz parte do esfíncter 
da uretra, separado da sínfise púbica por gordura retroperitoneal no espaço 
retropúbico. 
 Face posterior: relacionada à ampola do reto. 
 Face ínfero-laterais: relacionadas ao músculo levantador do ânus. 
 
Lobos da próstata 
 Istmo, comissura prostática ou lobo anterior: é anterior a uretra. 
Fibromuscular, com as fibras musculares representando uma continuação 
superior do músculo esfíncter da uretra, e contém pouco ou nenhum 
tecido glandular. 
 Lobo ínfero-posterior (posterior): situa-se posteriormente à uretra e 
inferiormente aos ductos ejaculatórios. Esse é facilmente palpável por 
“exame de toque”/exame retal digital. 
 Lobos laterais (D e E): formam a principal parte da próstata. 
 Lobo médio (mediano): entre a uretra e os ductos ejaculatórios e possui 
relação íntima com o colo da bexiga. 
 
Ductos Prostáticos 
 Abrem-se principalmente para os sulcos, os seios prostáticos, situados de 
cada lado do colículo seminal na parede posterior da parte prostática da uretra. 
O líquido prostático, leitoso, fino, constitui aproximadamente 20% do volume do 
sêmen (mistura de secreções produzidas por testículos, glândulas seminais, 
próstata e glândulas bulbouretrais), e seu papel é ativar os espermatozoides. 
 
Vascularização Arterial 
 Artérias prostáticas: ramos principalmente da Artéria Ilíaca Interna, 
sobretudo das Artérias Vesicais Inferiores, mas também das Artérias 
Pudendas Internas e Retais Médias. 
 
Drenagem Venosa e Linfática 
 As veias se unem para formar um plexo ao redor das laterais e da base da 
próstata - Plexo Venoso Prostático. O PVP, entre a cápsula fibrosa da próstata 
e a bainha prostática, drena para as Veias Ilíacas Internas. O Plexo Venoso 
Prostático é contínuo superiormente com o Plexo Venoso Vesical e comunica-se 
posteriormente com o Plexo Venoso Vertebral Interno. 
TAINÃ ZAN – ATM 202 LEIGA 
 
SISTEMA REPRODUTOR E PERÍNEO MASCULINO 
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 Os vasos linfáticos terminam principalmente nos Linfonodos Ilíacos 
Internos, mas parte da drenagem pode passar para os Linfonodos Sacrais. 
 
Hipertrofia da Próstata 
A hipertrofia benigna da próstata (HBP) é comum após a meia-idade, 
afetando praticamente todo homem que vive por tempo suficiente. A próstata 
aumentada projeta-se para bexiga e impede o xixi, distorcendo a parte prostática 
da uretra. O lobo médio geralmente aumenta mais e obstrui o óstio interno da 
uretra; quanto mais a pessoa faz força, mais a massa prostática semelhante a 
uma válvula oclui a uretra. A HBP é causa comum de obstrução uretral, causando 
nictúria (necessidade de xixi durante a noite), disúria (dificuldade ou dor 
durante a micção) e urgência (desejo súbito de urinar). 
A próstata maligna tem consistência dura e frequentemente irregular. 
Em estágios avançados, as células cancerosas metastatizam por vias linfáticas 
(inicialmente para os Linfonodos Ilíacos Internos e Sacrais, posteriormente para 
os linfonodos distantes) e por vias venosas (por meio do Plexo Venoso Vertebral 
Interno, para as vertebras e para o encéfalo). 
A Ressecção Transuretral da Próstata (RTUP) é uma medida para 
retirar toda a próstata ou apenas a parte hipertrofiada dela. Essa técnica, e outras 
que envolvem cirurgia aberta, tenta preservar os nervos e vasos sanguíneos 
associados a cápsula da próstata que entram e saem do pênis, a fim de preservar 
a vida sexual e controle urinário normal do paciente. Em casos mais graves, toda 
a próstata é removida juntamente com as glândulas seminais, os ductos 
ejaculatórios e as partes terminais dos ductos deferentes (prostatectomia 
radical); nesse caso, o homem passa a ter orgasmos secos. 
 
Glândulas Bulbouretrais (Cowper) 
Do tamanho de uma ervilha, situam-se póstero-laterais à parte 
membranácea da uretra, amplamente incrustadas no esfíncter externo da uretra. 
Os ductos das glândulas bulbouretrais atravessam a membrana do períneo 
com parte membranácea da uretra e se abrem através de pequenas aberturas 
na porção proximal da parte esponjosa da uretra no bulbo do pênis. Sua 
secreção, semelhante ao muco, entra na uretra durante a excitação sexual. 
 
Inervação dos Órgão Genitais Internos Masculinos 
 Ductos deferentes, glândulas seminais, ductos ejaculatórios e próstata são 
ricamente inervados por fibras simpáticas. As fibras simpáticas pré-sinápticas 
originam-se nos corpos celulares na coluna intermédia de células dos segmentos 
T12-L2 ou L3. Atravessam os gânglios paravertebrais dos troncos simpáticos para 
se tornarem componentes dos nervos esplâncnicos lombares (abdominopélvicos) 
e dos plexos hipogástricos e pélvicos. 
 As fibras parassimpáticas pré-sinápticas dos segmentos S2 e S3 
atravessam os nervos esplâncnicos pélvicos, que também se unem aos plexos 
hipogástrico inferior/pélvico. 
 As sinapses com os neurônios simpáticos e parassimpáticos pós-sinápticos 
ocorrem nos plexos, no trajeto até as vísceras pélvicas ou próximo a elas. Como 
parte de um orgasmo, o sistema simpático estimula contrações peristálticas 
rápidas do ducto deferente, e a contração associada e secreção das glândulas 
seminais e próstata fornecem o veículo (sêmen) e a força expulsiva para liberar 
TAINÃ ZAN – ATM 202 LEIGA 
 
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os espermatozoides durante a ejaculação. A função da inervação parassimpática 
dos órgãos genitais internos é obscura. Entretanto, as fibras parassimpáticas que 
atravessam o plexo nervoso prostático formam os nervos cavernosos que seguem 
até os corpos eréteis do pênis, responsáveis pela ereção. 
 
Uretra 
Conduz urina do óstio interno da uretra da bexiga urinária para o óstio 
externo da uretra, situado na ponta da glande do pênis. A uretra também fornece 
saída para o sêmen (= esperma mais secreções glandulares). 
 
Divisões 
 Pré-prostática ou intramural: estende-se do colo da bexiga até a face 
superior da próstata. 
 Prostática: desde através da próstata (mais próximo da face anterior do 
que da posterior). É a parte mais dilatada da uretra. Possui, posteriormente: 
o Crista Uretral: apresenta-se como uma crista mediana na parede 
posterior da uretra. 
o Seio Prostático: em número de dois, ao lado das cristas uretrais. 
Onde desembocam os inúmeros dúctulos prostáticos. 
o Colículo Seminal: eminência arredondada no centro da crista 
uretral. 
o Utrículo Prostático: remanescente vestigial do canal uterovaginal 
embrionário que, na mulher, é o primórdio do útero e uma parte 
da vagina. Não possui função alguma. 
o Óstio do ducto ejaculatório: comunica-se com o ducto ejaculatório. 
 Membranácea (intermédia): após abandonar a próstata, a uretra é 
envolvida pelo músculo esfíncter externo da uretra. Em seguida, penetra na 
membrana do períneo, terminando quando a uretra entra no bulbo do pênis. 
Póstero-laterais à parte membranácea da uretra estão as glândulas 
bulbouretrais e seus ductos finos, que se abrem para a região proximal da 
parte esponjosa. 
 Esponjosa: É a mais longa e passa através do pênis. Começa na 
extremidade distal da parte membranácea da uretra e termina no óstio 
externo da uretra, que é a parte mais estreita e menos distensível – 5mm 
de diâmetro. Entretanto, é expandida no bulbo do pênis para formar a uma 
dilatação (fossa) intrabulbar e na glande do pênis para formar a fossa 
navicular. De cada lado, os finos ductos das glândulas bulbouretrais se 
abrem para a região proximal da parte esponjosa; os óstios desses ductos 
são extremamente pequenos. Há, também, pequenas aberturas dosductos 
das glândulas uretrais (Littré) secretoras de muco. 
 
Vascularização Arterial 
 Parte proximal (intramural e prostática): ramos prostáticos das 
Artérias Vesicais Inferiores e Artérias Retais Médias. 
 Parte distal (membranácea e esponjosa): ramos da Artéria Dorsal do 
Pênis. 
 
 
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Drenagem Venosa e Linfática 
 Parte proximal (intramural e prostática): As veias dessas duas 
partes drenam para o plexo venoso prostático. Os vasos linfáticos seguem 
principalmente para os linfonodos ilíacos internos, alguns para os 
linfonodos ilíacos externos. 
 Parte distal (membranácea e esponjosa): As veias acompanham as 
artérias e possuem nomes semelhantes. Os vasos linfáticos da parte 
membranácea drenam principalmente para os linfonodos ilíacos internos, 
enquanto que a maioria dos vasos da parte esponjosa seguem até os 
linfonodos inguinais profundos, mas parte da linfa segue para os 
linfonodos ilíacos externos. 
 
Inervação 
 Os nervos são derivados do plexo nervoso prostático (fibras 
simpáticas, parassimpáticas e aferentes viscerais mistas). O plexo prostático é 
um dos plexos pélvicos (uma extensão inferior do plexo vesical) que se originam 
como extensões órgão-específicas do plexo hipogástrico inferior. 
A inervação da parte membranácea é igual à da parte prostática da uretra: 
inervação autônoma (eferente) através do plexo nervoso prostático, originado no 
plexo hipogástrico inferior. A inervação simpática provém dos níveis lombares 
através dos nervos esplâncnicos lombares, e a inervação parassimpática 
provém dos níveis sacrais através dos nervos esplâncnicos pélvicos. As fibras 
aferentes viscerais seguem as fibras parassimpáticas retrogradamente até os 
gânglios sensitivos dos nervos espinais sacrais. O nervo dorsal do pênis, um ramo 
do nervo pudendo, oferece a inervação somática da parte esponjosa da uretra. 
 
Pênis 
É o órgão copulatório masculino e a saída comum para urina e sêmen. 
 
Divisões 
 Raiz: parte fixa, é formada pelos ramos, pelo bulbo e pelos músculos 
isquiocavernoso e bulboesponjoso. A raiz está localizada no espaço 
superficial do períneo, entre a membrana do períneo superiormente e a 
fáscia do períneo inferiormente. Os ramos e o bulbo do pênis contêm 
massas de tecido erétil. Cada ramo do pênis está fixado à parte inferior da 
face interna do ramo isquiático correspondente, anteriormente ao túber 
isquiático. A parte posterior aumentada do bulbo do pênis é perfurada 
superiormente pela uretra, continuando a partir de sua parte membranácea. 
 Corpo: é a parte livre que é pendular livre suspensa da sínfise púbica. 
Exceto por algumas fibras dos músculos bulboesponjoso (perto da raiz) e 
isquiocavernoso (que circundam os ramos), não possui músculos. O pênis 
é formado por pela fina, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e linfáticos, 
fáscia, corpos cavernosos e corpo esponjoso contendo a parte esponjosa 
da uretra. 
 Glande: expansão distal do corpo esponjoso que forma a coroa da glande. 
A pele do pênis é fina, com pigmentação escura em relação à pele 
adjacente, e unida à túnica albugínea por tecido conjuntivo frouxo. Antes 
da coroa, no colo da glande, a pele e a fáscia do pênis são prolongadas 
TAINÃ ZAN – ATM 202 LEIGA 
 
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como uma lâmina dupla de pele, o prepúcio. O frênulo do prepúcio é uma 
prega mediana que vai da camada profunda do prepúcio até a face uretral 
da glande. 
 
Ligamento suspensor do pênis: é uma condensação da fáscia do períneo que se origina na 
face anterior da sínfise púbica. O ligamento segue inferiormente e divide-se para formar uma 
alça que está fixada à fáscia de revestimento do pênis na junção de sua raiz e do corpo. As 
fibras desse ligamento são curtas e tensas, fixando os corpos eréteis do pênis à sínfise púbica. 
Ligamento fundiforme do pênis: é uma massa ou condensação irregular de colágeno e 
fibras elásticas do tecido subcutâneo que desce na linha mediana a partir da linha alba superior 
à sínfise púbica. O ligamento divide-se para circundar o pênis e depois une-se e se funde 
inferiormente à túnica dartos, formando o septo do escroto. As fibras são relativamente longas 
e frouxas e situam-se superficiais (anteriores) ao ligamento suspensor. 
 
Tecido erétil 
 Corpos cavernosos direito e esquerdo, parcialmente fundidos na linha 
mediana. Possuem um revestimento fibroso externo ou cápsula, a túnica 
albugínea. Superficialmente ao revestimento externo está a fáscia do 
pênis (Fáscia de Buck), a continuação da fáscia do períneo (de 
revestimento) que forma um revestimento membranáceo forte para os 
corpos cavernosos e o corpo esponjoso, unindo-os. Os corpos cavernosos 
estão fundidos um ao outro no plano mediano, exceto posteriormente, onde 
se separam para formar os ramos do pênis. Internamente, o tecido 
cavernoso dos corpos é separado (em geral, incompletamente) pelo septo 
do pênis. 
 Corpo esponjoso, inferiormente. Continua-se distalmente com a glande 
do pênis. 
 
Vascularização 
 Artérias dorsais correm no intervalo entre os corpos cavernosos de cada 
lado da veia dorsal profunda do pênis, suprindo o tecido fibroso ao redor 
dos corpos cavernosos, o corpo esponjoso e a parte esponjosa da uretra, e 
a pele do pênis. 
 Artérias profundas perfuram os ramos e correm no interior dos corpos 
cavernosos, suprindo o tecido erétil nestas estruturas. 
 Artérias do bulbo suprem o bulbo (parte posterior) do corpo esponjoso e 
a uretra no seu interior, além da glândula bulbouretral. 
Além disso, os ramos superficiais e profundos das Artérias Pudendas Externas suprem a pele 
do pênis, anastomosando-se com ramos das Artérias Pudendas Internas. 
As Artérias Profundas e seus ramos são os principais vasos que suprem os espaços cavernosos 
no tecido erétil e, portanto, estão envolvidas na ereção peniana. Quando o pênis está flácido, 
essas artérias apresentam-se espiraladas, restringindo o fluxo sanguíneo; são denominadas 
Artérias Helicinas do Pênis. 
 
Drenagem Venosa e Linfática 
 Veia Dorsal Profunda do Pênis: faz a drenagem do sangue dos espaços 
cavernosos. Passa entre as lâminas do ligamento suspensor do pênis, 
inferiormente ao ligamento púbico inferior e anteriormente à membrana do 
períneo, para entrar na pelve, onde drena para o Plexo Venoso Prostático. 
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Bexiga 
Próstata 
Colículo Seminal 
Utrículo 
Óstio do ducto ejaculatório 
Seio Prostático 
Crista Uretral 
 Veias Dorsais Superficiais: drenam o sangue dos revestimentos 
superficiais do pênis para a Veia Pudenda Externa Superficial. Parte do 
sangue segue para as Veias Pudendas Internas. 
 Linfonodos Inguinais Superficiais: linfa da pele. 
 Linfonodos Inguinais Profundos e Ilíacos Externos: linfa da glande e 
da porção distal da parte esponjosa da uretra. 
 Linfonodos Ilíacos Internos: linfa dos corpos cavernosos e da porção 
proximal da parte esponjosa da uretra. 
 
Inervação 
 Nervos derivam de S2-S4 e dos gânglios vertebrais, atravessando os 
nervos esplâncnicos pélvicos e pudendos, respectivamente. A inervação sensitiva 
e somática é fornecida principalmente pelo nervo dorsal do pênis, um ramo 
terminal do nervo pudendo, que tem origem no canal pudendo e segue 
anteriormente até o espaço profundo do períneo. Passa lateralmente à Artéria 
Dorsal, suprindo a pele e a glande do pênis. Os ramos do nervo ilioinguinal 
suprem a pele na raiz do pênis. Os nervos cavernosos, que conduzem fibras 
parassimpáticas independentes do plexo nervoso prostático, inervam as Artérias 
Helicinas do tecido erétil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: corte coronal no corpo do pênis.Figura 5: uretra prostática. 
Veia Dorsal Profunda 
Artérias Dorsais 
Artérias Profundas 
Corpos Cavernosos 
Corpo Esponjoso 
Uretra – Porção Esponjosa 
TAINÃ ZAN – ATM 202 LEIGA 
 
SISTEMA REPRODUTOR E PERÍNEO MASCULINO 
11 
 
 
Figura 6: visão geral dos órgãos genitais masculinos 
 
 
 
 
 
Bexiga 
Óstio Uretral Interno 
Uretra Pré-prostática 
Uretra Prostática 
Próstata 
Crista Uretral 
Glândulas Bulbouretrais 
 Ramos do Pênis 
 
Bulbo do Pênis 
 
Corpos Cavernosos 
 
Porção Esponjosa da Uretra 
Artéria Profunda do Pênis 
 
Glande 
 
Óstio Externo da Uretra 
TAINÃ ZAN – ATM 202 LEIGA 
 
SISTEMA REPRODUTOR E PERÍNEO MASCULINO 
12 
 
Músculos Perineais do Homem 
 
Músculos Superficiais do Períneo 
 Músculo Transverso Superficial do Períneo, Bulboesponjoso e 
Isquiocavernoso. Os músculos transversos superficiais do períneo e o bulboesponjoso 
unem-se ao esfíncter externo do ânus na fixação central do corpo do períneo, cruzando 
a abertura inferior da pelve como feixes entrecruzados, sustentando o corpo do períneo 
para ajudar o diafragma da pelve na sustentação das vísceras pélvicas. A contração 
simultânea dos músculos superficiais do períneo (mais o músculo transverso profundo 
do períneo) durante a ereção do pênis, proporciona uma base mais firme para o pênis. 
 Os músculos bulboesponjosos formam um constritor que comprime o bulbo 
do pênis e o corpo esponjoso, assim ajudando no esvaziamento de urina e do sêmen 
residual na parte esponjosa da uretra. As fibras anteriores aumentam a pressão sobre o 
tecido erétil na raiz do pênis. Simultaneamente, comprimem a veia dorsal profunda do 
pênis, impedindo a drenagem venosa dos espaços cavernosos e ajudando a promover o 
aumento e o turgor do pênis. 
 Os músculos isquicavernosos circundam os ramos na raiz do pênis. Eles 
forçam o sangue através dos espaços cavernosos nos ramos para as partes distais dos 
corpos cavernosos, o que aumenta o turgor (distensão firme) do pênis durante a ereção. 
A contração desses músculos também comprime as tributárias da veia dorsal profunda 
do pênis que deixa o ramo do pênis, restringindo a drenagem sanguínea. 
 A inervação desses músculos é, principalmente, pelo nervo pudendo. 
 
Ereção, Emissão e Ejaculação 
 Quando um homem é estimulado eroticamente, as anastomoses arteriovenosas, 
pelas quais o sangue normalmente é capaz de se desviar dos espaços virtuais vazios 
(seios dos corpos cavernosos), são fechadas. O músculo liso das trabéculas fibrosas e 
nas Artérias Helicinas Espiraladas relaxa (é inibido) por estímulo parassimpático (S2-S4 
através dos nervos cavernosos do plexo nervoso prostático). Assim, Artérias Helicinas 
aumentam suas luzes, e o sangue enche os espaços cavernosos. Os músculos 
bulboesponjoso e isquiocavernoso comprimem as veias que saem dos corpos 
cavernosos, impedindo o retorno do sangue venoso. Logo, os corpos cavernosos e 
esponjoso são ingurgitados de sangue com pressão venosa, causando turgor (aumento 
e rigidez) dos corpos eréteis – ereção. 
 Durante a emissão, o sêmen (espermatozoides + secreções) é levado à parte 
prostática da uretra através dos ductos ejaculatórios após a peristalse dos ductos 
deferentes e glândulas seminais. O liquido prostático é adicionado ao liquido seminal 
quando o músculo liso na próstata se contrai. A emissão é uma resposta simpática 
(nervos L1-L2). Durante a ejaculação, o sêmen é expelido da uretra através do seu 
óstio externo. A ejaculação resulta de: 
 Fechamento do esfíncter interno da uretra no colo da bexiga, uma resposta 
simpática (L1-L2). 
 Contração do músculo uretral, uma resposta parassimpática (S2-S4). 
 Contração dos músculos bulboesponjosos, por nervos pudendos (S2-S4). 
 
Após a ejaculação, o pênis retorna gradualmente a um estado de flacidez 
(remissão), resultante da estimulação simpática, que causa constrição do músculo liso 
nas artérias espiraladas. Os músculos bulboesponjoso e isquiocavernoso relaxam, 
permitindo a drenagem de mais sangue dos espaços cavernosos nos corpos do pênis 
para a veia dorsal profunda. 
Quando há lesão do plexo prostático ou dos nervos cavernosos, o homem fica 
com impotência.

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