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�Faculdade Baiana de Direito 
Direito Administrativo II - Revisão
Aula de 04/02/2009
Licitações:
Noções Introdutórias
O objetivo da licitação é garantir o menor preço e garantir a qualidade. Em relação ao concorrente, é garantir a igualdade, possibilitar que todos os interessados tenham a mesma qualidade e possibilidade de contratar a Administração Pública.
Conceito: “Procedimento administrativo através do qual o ente público, no exercício de função pública, abre a todos os interessados que preencham os requisitos constantes do ato convocatório a possibilidade de formularem propostas dentre as quais será selecionada a mais conveniente para o atendimento do interesse público”.
Fundamento constitucional: Art. 37, XXI, Art. 37, Caput, Art. 5º, Caput
Aparece, na Constituição Federal, a abordagem desse tema de licitação, especificamente, em dois momentos:
Art. 37, XXI: ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações
Esse artigo é um artigo vinculado à Administração Pública, onde todo contrato (estamos falando de contrato de obra, serviço, alienações, compra), em regra, será precedido de um processo licitatório. Trata no Art. 37, XXI como, também, no Art. 22, XXVII, CF/88, que diz que cabe à União legislar sobre normas gerais de licitação de contrato.
Como cabe à União legislar sobre normas gerais de licitações e contratos, criou-se a Lei 8.666/93 – Lei de Licitação - trata tanto do processo licitatório como de contratos. 
Fundamento principiológico: princípio da indisponibilidade do interesse público
Natureza jurídica: Procedimento administrativo vinculado
Na verdade, a licitação é um procedimento, porém alguns entendem que é um processo. Existem divergências doutrinárias quanto a isso, tanto faz falar de um ou outro, o que temos que ter em mente é que é um procedimento ligado por uma série de atos administrativos, porque todo procedimento é constituído de vários atos administrativos. Quando uma comissão de licitação habilita uma empresa, o ato de habilitação é um ato administrativo; quando julga a proposta, é um ato administrativo; o ato de homologação é um ato administrativo. Se a homologação tiver um vicio, anula a licitação a partir da homologação. Anula-se do vicio para frente. Se não tiver nenhum vicio, ele está correto.
Ente público, no exercício de função pública: Art. 37, XIX, Art. 1º, parágrafo único da Lei nº 8.666/93. Também o Judiciário, Legislativo, Tribunal de Contas, Ministério Público (Art. 117, 118 e 119, parágrafo único).
Foi dito no conceito que a licitação é aplicada aos entes públicos. A licitação é aplicada aos entes públicos, mas o ente privado também pode licitar.
Lei 8.666, Art. 1º, § Único, que traz quem é obrigado a licitar.
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único.  Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Fundos especiais, esses fundos não têm personalidade jurídica. Ex: fundo na Administração Pública destinado ao meio ambiente, fundo para combate à pobreza. Fundo é uma verba com destinação totalmente especifica e sem personalidade jurídica. Não se fala em licitação em fundo.
- Situação peculiar das empresas estatais exploradoras de atividade econômica. 
A principio se fala que será realizada licitação na Administração Direta e Indireta, mas existe exceção com relação à Administração Pública. Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista, quando exploram atividade econômica, em razão do Art. 173, § 1º, CF/88, que diz que as Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista se sujeitam ao mesmo regime jurídico das empresas privadas, porque se elas estão entrando excepcionalmente no mercado, elas têm que entrar de forma igual. A licitação pode dar uma situação diferenciada a essas Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista que vem explorar a atividade econômica, dai porque quando se tratou dessa matéria no Art. 173, § 1º, CF/88, tem lá expressamente que deverá ser publicada uma lei que trate do regime de licitação e contratos nestas estatais que explorem atividade econômica.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da Administração Pública;
Aguarda-se essa lei que foi estabelecida na Constituição e que efetivamente não existe até então. O Tribunal de Contas da União já tem um posicionamento da seguinte forma: quando a entidade estatal explorar uma atividade econômica, ela não precisa licitar, como não existe uma lei especial ela se submeterá à Lei 8.666. 
Ex: Banco do Brasil. Nas operações financeiras do Banco do Brasil, os negócios que ele for realizar, da atividade de renda, ele não irá licitar, porém se o Banco do Brasil for construir um prédio, ele vai ter que se submeter a uma lei. Exemplo próximo, a cesta do povo, EBAL, que é uma Empresa Pública, pode estar comercializando produtos alimentícios, até comprando, não necessariamente ela vai ter que entrar num processo licitatório, ela tem, sim, que fazer um processo seletivo, ela não pode comprar na mão de qualquer pessoa, mesmo que ela queira, não pode, faz parte do processo administrativo. No desempenho de atividade fim ela não licita, mas na atividade meio licita. 
Hoje temos uma coisa interessantíssima, por exemplo, com a Petrobrás, onde existe uma lei federal que permite que o presidente da república regulamente por decreto o processo simplificado de contratação no âmbito da Petrobrás, por isso que a Petrobrás faz tudo, porque como ela está em vigência com essa legislação, que por sinal a constitucionalidade já foi argüida no Supremo, ela faz tudo por baixo desse procedimento simplificado, dessa lei. Primeiro, não poderia ter uma lei que tratasse de processo só da Petrobrás, deveria ter tratado como um todo, e, também, deu um poder regulamentar exorbitante ao presidente da república, porque o poder normativo concedido ao chefe do executivo não permite inovar, não pode inovar através de regulamento, pois se estaria dando poderes legislativos ao chefe do executivo.
Tudo que é atividade fim, o que está definido no contrato social, no estatuto, não licita. Agora, tudo que for como instrumento para desempenhar a atividade fim licita.
Organizações Sociais (Ocips), são entes do Terceiro Setor, são entes privados sem fins lucrativos que exercem atividade de interesse público. No caso desses chamados entes do Terceiro Setor, existe um Decreto Federal que obriga que haja licitação no âmbito desse ente, inclusive das OCIPS e OS. Se é DecretoFederal, ele vale apenas no âmbito da União, o Decreto 5.504 fala da obrigatoriedade do pregão eletrônico, mas mostra a exigência de licitação no âmbito dos entes do Terceiro Setor. Por esse Decreto, quando a União repassa recurso público em convênio para um ente do Terceiro Setor, obriga que esse ente venha a licitar para contratar e, no caso da OS e OCIPs isso é dito no próprio Art.1º, § 5º do Decreto:  Aplica-se o disposto neste artigo às entidades qualificadas como Organizações Sociais, na forma da Lei no 9.637, de 15 de maio de 1998, e às entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, na forma da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999, relativamente aos recursos por elas administrados oriundos de repasses da União, em face dos respectivos contratos de gestão ou termos de parceria.
 
- Tratamento Especial Conferido Pela Lei Estadual
Existe uma resolução do município de Salvador que regula todos os convênios firmados, tem uma cláusula que diz que o recurso público recebido para ser utilizado deve ser através de processo licitatório. O objetivo da lei que fala dessa obrigatoriedade de licitação foi simplesmente não permitir que sejam repassados esses recursos para esses entes do Terceiro Setor e que a Administração Pública utilize deste dispositivo como uma forma de burla ao processo licitatório.
Ex: O secretário da Secretaria Municipal de Desenvolvimento fez convênio para a bolsa família, esse convênio repassou 2 milhões para a entidade onde ela faria o cadastramento de bolsa família, porém isso não era um convênio, pois a entidade contratava cooperativas, demonstrando a própria burla no processo licitatório, porque o que se estava fazendo era utilizar um ente privado para uma contratação que teria de ser feita por processo licitatório. Essa entidade teria que licitar qualquer contrato.
A legislação não fala do Terceiro Setor, mas há normas que tratam dessa obrigatoriedade .
Objetivos:
Abre a possibilidade aos interessados que preencham os requisitos do ato convocatório: O edital é a lei da licitação que obriga tanto a Administração como os administrados. 
O poder público seleciona a proposta que melhor atenda ao interesse público
Encontram-se objetivos expressamente estabelecidos no Art 3º, Lei 8.666.
Art. 3o  A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
São dois: com relação à Administração, o objetivo da Administração é selecionar a proposta mais vantajosa, possibilita que a administração realize o negócio mais vantajoso, com esse objetivo é o que a Administração vai beneficiar a própria Administração. Com relação aos licitantes: é uma garantia do Principio da Isonomia, oferece oportunidade igual a todos os interessados, significa que se entrar num processo licitatório, preenchido todos os requisitos do edital, vai ter as mesmas condições que todos os concorrentes.
Competência para legislar sobre licitação: União (Art.22, XXVII, CF/88)
Cabe à União expedir as normas gerais de licitação e contrato, a Lei 8.666 esgotou tudo, pois é uma lei federal
De acordo com o disposto no Art. 1º, significa dizer que estados e municípios não vão legislar? Isso não é verdade. A lei de licitação tem um erro, ela deveria ter feito como a Lei de Parceria Pública e Privada, mas a Lei 8.666 não fez isso, temos que analisá-la e verificar o que tem característica de norma geral e o que não possui essa característica, mas precisamos para isso saber o que seria norma geral.
Normas gerais de licitação
O Art. 1º da Lei 8.666/93 fala em normas gerais (observar Art.118). Todas as normas contidas na Lei 8.666/93 são normas gerais?
Normas gerais: Preceitos que estabelecem princípios, fundamentos, diretrizes. Não exaurem a matéria; Repercute de maneira igual em todo o país; Necessidade de respeito ao princípio federativ.
Qual seria a característica de norma geral? Professora Alice tem um artigo muito bom sobre isso e sempre é citado.
Três características:
1. É garantidora de principio administrativo. 
Ex: Quando vai fazer uma concorrência, publica o resumo do edital, no mínimo, 30 dias antes – Princípio da Publicidade.
Norma garantidora de principio é norma geral, mas nem todas. 
2. Ela tem que ter a possibilidade de ser aplicada de maneira uniforme em todo território nacional. Pode ser aplicada na União, nos estados e nos municípios.
Temos um dispositivo na Lei de Licitações que diz: Compra e serviços até 80 mil é convite, até 150 mil é tomada de preço e acima de 650 mil é concorrência.
Essa norma não é geral por conta da questão dos valores contratuais, na União deverá ter muitos contratos acima de 650 mil, mas no município pequeno não, portanto essa norma não tem natureza de norma geral, tanto que os Tribunais de Contas, aqui até o Tribunal de Contas do Município, têm uma resolução dizendo que todos os municípios devem estabelecer os valores condizentes com o seu orçamento, normalmente o Estado da Bahia faz isso (10% menor do que os valores que estão na lei federal). Então, não tem natureza de norma geral, porque não tem a aplicação uniforme em todo território nacional.
3. Para que seja norma geral, não pode violar o Princípio da Autonomia Federativa. Por exemplo, a Lei de Licitações do Estado da Bahia dispôs de forma diferente com relação à alienação de bens públicos, enquanto a Lei Federal diz que se deve utilizar a concorrência, em regra, na alienação, a Lei do Estado da Bahia diz que pode utilizar ou concorrência ou leilão. Ela pode fazer isso, porque a disposição do bem público é do próprio ente público, logo pode disciplinar a forma para dispor dele, claro que obedecidas as normas funcionais. 
Ex: A Lei Estadual fala de alienação aeronave, tem na Lei Estadual e não tem na Lei Federal, pode fazer isso em função da sua autonomia federativa.
Alguns dispositivos geram certos debates.
Ex: A parte que trata de sanções na Lei 8.666 estabelece como sanção: advertência, multa, etc. A Lei Estadual não trouxe sanção de advertência e trouxe declaração de inidoneidade com outro prazo. Maria Sylvia acha o artigo inconstitucional, porque contraria a legislação federal. Para Rita, o artigo que trata das sanções administrativas não possui natureza de norma geral. O estado poderia, sim, dispor de maneira diferente e por que poderia? Firma-se um contrato com o estado da Bahia e causa um dano ao estado da Bahia, o próprio estado pode definir como vai punir aquela pessoa, respeitando os princípios constitucionais. É uma questão administrativa, não tem natureza de norma geral. Isso gerou um grande debate.
Ex: A Lei de Licitação do Estado da Bahia mudou as fases. A lei federal tem uma fase de habilitação e depois de classificação, a lei do estado inverteu, ela primeiro classifica para depois habilitar. Aqui na Bahia a lei não foi contestada, mas a lei de São Paulo, que é praticamente idêntica a nossa, já tem uma Adin contestando essa inversão das fases, dizendo não poder porque é norma geral.
Não há um consenso 100% do que seja norma geral na Lei de Licitações.
Não tendo lei de licitação estadual ou municipal, aplica-se a Lei 8.666.
Princípios da Licitação: 
Vamos ver alguns dispositivos que reforçam a existência dos princípios administrativos, como o Art. 3º, Lei 8.666: A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade,da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos
.
Sabemos que se deve respeitar os princípios administrativos, estando eles elencados ou não neste dispositivo.
Princípio da Legalidade
Submissão da Administração Pública às disposições legais referentes ao processo licitatório. Art.4º (Federal e Estadual).
O Art. 4º da Lei 8.666: Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos ou entidades a que se refere o Art. 1º têm direito público subjetivo à fiel observância do pertinente procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.
Princípio da Igualdade
Princípio correlato: princípio da competitividade
Quebra do princípio : desvio de finalidade
Ligado ao princípio da impessoalidade
Princípio da Impessoalidade
A administração não pode beneficiar ou prejudicar determinados participantes do procedimento licitatório, razão pela qual deve sempre estabelecer critério objetivos de julgamento, sem levar em consideração condições pessoais dos licitantes.
Depois a lei fala do principio da impessoalidade e do principio da igualdade. Quanto à impessoalidade, é um dever dos entes públicos tratarem a todos de forma impessoal. A pessoa como cidadã tem o direito de ser tratada com igualdade, dentro do principio da igualdade. O principio da impessoalidade e da igualdade são faces da mesma moeda, enquanto a impessoalidade é um dever imposto à Administração Pública, a igualdade é um direito assegurado ao cidadão. Na Lei 8.666 são encontradas a garantia da observância desses princípios, por exemplo, no Art. 3º, § 1º.
§ 1o  É vedado aos agentes públicos:
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato;
II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no Art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991.
Princípio da Moralidade e da Probidade
A Administração deve atuar não somente de acordo com a lei, mas também atenta aos deveres de honestidade, boa-fé, bons costumes, etc.
Probidade: relacionada à lei nº 8.429/92.
Com relação ao principio da moralidade, não temos nenhum dispositivo efetivamente prático, não na lei federal, mas na estadual sim. Ex: sociedade de uma empresa
A lei trouxe também o principio da probidade administrativa, não precisaria trazer, foi excesso. A diferença da moralidade para probidade administrativa é que a probidade tem um conceito mais restrito que moralidade, quando estamos falando em moralidade, estamos falando num dever de boa gestão administrativa, portanto, é imoral aquela pessoa que é desonesta, que lesa cofres públicos, age de forma torpe, como também a pessoa que chega no lugar para trabalhar e sai do ambiente do trabalho, isso afronta a moralidade. Agora, a probidade é um conceito mais restrito, é a desonestidade, só que o desonesto também é imoral. Por que colocou na lei este principio da probidade administrativa? Essa lei é de 1993 e a Lei de Probidade Administrativa é de 1992, deve ter sido colocado no intuito de prestigiar a Lei de Probidade.
Princípio da Publicidade
Necessidade de transparência do procedimento licitatório.
Ex: abertura em público de envelope de propostas. A publicidade é tanto maior a depender da licitação
A lei fala também no principio da publicidade. Tem em alguns momentos abordados na própria lei. Fala especificamente no Art. 21, trata da publicação dos atos convocatórios da licitação.
Art. 21.  Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
No parágrafo 1º fala da obrigatoriedade do resumo do edital dizendo onde vai editar.
§ 1o  O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interessados poderão ler e obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a licitação.
Ex: A Lei 8.666 não traz a publicação na internet. Só que as leis estão obrigando a publicação por meio eletrônico, que com a reforma da lei será imposta legalmente, a exemplo da Lei do Pregão
O § 2º do Art. 21 fala dos prazos mínimos de publicação que também é uma forma de garantir a publicidade.
§ 2o  O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será: 
I - quarenta e cinco dias para: 
a) concurso; 
b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço"; 
II - trinta dias para: 
a) concorrência, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso anterior; 
b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço
III - quinze dias para a tomada de preços, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso anterior, ou leilão; 
IV - cinco dias úteis para convite.
 
Estabelece os prazos entre a publicação do resumo e a abertura do processo. Então, todo o Art. 21 garante o principio da publicidade. O Art. 15 tem alguma disposição que garante. Portanto, a publicidade nada mais é que a transparência da Administração Pública.
Art. 15 - § 2o Os preços registrados serão publicados trimestralmente para orientação da Administração, na imprensa oficial.
Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório
Tanto a Administração como os interessados devem respeitar os termos do instrumento convocatório.
Fundamento legal: Art.41 e Art. 79 (lei Estadual)
Além desses princípios, a lei fala do principio da vinculação ao instrumento convocatório, diz que o instrumento convocatório, que, por exemplo, na concorrência seria o edital, ele vincula não só o licitante como vincula, também, a Administração Pública. Se a Administração publica um edital, ela não pode mais realizar nenhuma alteração naquele edital, para isso ela terá que devolver o prazo do licitante.
Ex: Colocou um edital de compra de ventiladores de pé, agora não quer mais de pé, quer de outro jeito, já mudou o objeto, então tem que republicar o resumo e restabelecer o prazo sob pena de nulidade do processo de licitação.
Isso é muito comum em concurso público, onde não pode mudar as normas depois de publicado o edital (não pode mudar o conteúdo programático; não pode mudar localidade; etc.). Há vinculação tanto dos licitantes quanto da Administração Pública ao instrumento convocatório.
Princípio do Julgamento Objetivo
Não pode o julgamento se ater a critérios subjetivos. Problemas ocorrem com mais freqüência nas licitações de melhor técnica ou técnica e preço. Fundamento legal: Art. 45
O principio do julgamento objetivo significa que a licitação deverá estabelecer no edital um critério objetivo, impessoal, não pode ser critério de natureza subjetiva, daí porque a própria lei de licitações, no Art. 45, traz este princípio.
Art. 45 - § 1o  Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso: 
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertaro menor preço; 
II - a de melhor técnica;
III - a de técnica e preço.
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso
Todos são critérios estabelecidos na lei e são critérios de natureza objetiva. A licitação, no edital, deve ter critérios objetivos de julgamento. O menor preço é sempre objetivo, vê-se o menor preço e contrata-se.
Técnica e preço são levados em consideração a melhor técnica, a empresa que demonstrar qualidade.
Ex: Qualquer contrato de publicidade é subjetivo, tipo campanha de prefeito.
Apesar desse principio, muitas vezes, existe um critério subjetivo, pois não tem um critério 100% objetivo. A lei teve cuidado em exigir tipo de licitação, exigindo que os critérios estejam bem delineados e de forma objetiva. Apesar desse processo, ainda há falhas no processo licitatório.
Princípio da Adjudicação Compulsória (Hely e Maria Sylvia)
O objeto da licitação deverá ser adjudicado ao vencedor do certame.
Maria Sylvia Zanella fala do principio da adjudicação compulsória, que diz que o objeto da licitação será adjudicado (reconhecido) ao licitante vencedor.
A adjudicação é uma fase do processo licitatório, na adjudicação a administração reconhece que se for contratar, vai contratar com o vencedor. Se vencer a licitação, o objeto vai ser adjudicado ao vencedor. Adjudicar significa que se administração for contratar, terá que contratar o vencedor da licitação, mas não há direito adquirido.
Ex: Se participa de licitação e pede que dê garantia de proposta, faz um depósito, quando ocorre a adjudicação, fase que a administração reconhece o vencedor, o licitante que perdeu recebe a parte dele de volta.
Licitações Dispensáveis:
Há situações em que a licitação é impossível ou inviável à satisfação do interesse público.
Seriam os casos de dispensa (Art. 24 da Lei nº 8.666/93) ou inexigibilidade (Art. 25 da Lei nº 8.666/93). Art. 17 (dispensa legal).
Vamos tratar de algumas hipóteses em que o contrato não é precedido de licitação. Quando se diz que o contrato não é precedido de licitação, não significa dizer que não se tenha um processo administrativo anterior àquele contrato. A regra é que se não houve a licitação, tem que ter um processo administrativo antecedente, pode ser um processo de dispensa de licitação, pode ser um processo de inexistibilidade de licitação, mas há sempre um processo administrativo antecedente.
Dispensa de Licitação:
Licitação dispensada e licitação dispensável – Art.17 (34 LE) e Art. 24 da Lei nº 8.666/93.
Requisitos para alienação de imóveis pela Lei Federal: demonstração de interesse público, avaliação, lei autorizativa para entes com personalidade de direito público e licitação em regra na modalidade concorrência, salvo o caso do Art. 19. (Lei que trata sobre bens públicos federais admite as modalidades concorrência e leilão sem critérios diferenciadores).
Na lei estadual muda: autorização legislativa se estende aos entes que não explorem atividade econômica e a licitação pode ser na modalidade concorrência ou leilão.
A lei estadual tratou explicitamente da utilização de bens públicos 
Dispensa e inexigibilidade de licitação:
Dispensa: casos que pressupõem licitações exigíveis, porém a vontade do legislador entendeu que naqueles casos a utilização de procedimentos licitatórios poderiam ser prejudiciais ao interesse público. Hipóteses taxativas. Relação custo-benefício. 
Inexigibilidade: a licitação é inviável pela própria natureza das coisas. Hipóteses exemplificativas.
As contratações diretas ocorrem em três situações que estão na Lei 8.666:
Temos o caso da chamada licitação dispensada que está no Art. 17 da Lei 8.666 e ela se refere especificamente às alienações de bens públicos.
Temos, além da licitação dispensada, as chamadas alienações dispensáveis no Art. 24.
Temos, por fim, a chamada licitação inexigível.
A licitação dispensada do Art. 17, que trata de alienação de bens públicos, são casos taxativos. Ocorrendo algumas dessas hipóteses, a Administração Pública é obrigada a alienar o bem sem licitação.
Art. 17.  A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos: 
a) dação em pagamento; 
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas “f”, “h” e “i”; 
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do Art. 24 desta Lei; 
d) investidura; 
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo; 
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; 
g) procedimentos de regularização fundiária de que trata o Art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976; 
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; 
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal onde incidam ocupações até o limite de quinze módulos fiscais ou mil e quinhentos hectares, para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; 
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação; 
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública; 
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica;
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades;
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe. 
§ 1o  Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I deste artigo, cessadas as razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário. 
§ 2o A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar-se:  
I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a localização do imóvel; 
II - a pessoa física que, nos termos da lei, regulamento ou ato normativo do órgão competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e exploração direta sobre área rural situada na região da Amazônia Legal, definida no Art. 1o, § 2o, inciso VI, da Lei no 4.771, de 22 de setembro de 1965, superior a um módulo fiscal e limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde que não exceda mil e quinhentos hectares; 
§ 2o-A.  As hipóteses do inciso II do § 2o ficam dispensadas de autorização legislativa,porém submetem-se aos seguintes condicionamentos: 
I - aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção por particular seja comprovadamente anterior a 1o de dezembro de 2004; 
II - submissão aos demais requisitos e impedimentos do regime legal e administrativo da destinação e da regularização fundiária de terras públicas; 
III - vedação de concessões para hipóteses de exploração não-contempladas na lei agrária, nas leis de destinação de terras públicas, ou nas normas legais ou administrativas de zoneamento ecológico-econômico; e 
IV - previsão de rescisão automática da concessão, dispensada notificação, em caso de declaração de utilidade, ou necessidade pública ou interesse social. 
§ 2o-B. A hipótese do inciso II do § 2o deste artigo: 
I - só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a vedação, impedimento ou inconveniente a sua exploração mediante atividades agropecuárias; 
II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde que não exceda mil e quinhentos hectares, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite; 
III - pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista na alínea g do inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo. 
IV – (VETADO) 
§ 3o  Entende-se por investidura, para os fins desta lei: 
I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinqüenta por cento) do valor constante da alínea "a" do inciso II do Art. 23 desta lei; 
II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público, de imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas unidades e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão. 
 § 4o  A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão, obrigatoriamente os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de interesse público devidamente justificado; 
§ 5o  Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite oferecer o imóvel em garantia de financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão garantidas por hipoteca em segundo grau em favor do doador. 
§ 6o  Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior ao limite previsto no Art. 23, inciso II, alínea "b" desta Lei, a Administração poderá permitir o leilão. 
§ 7o  (VETADO). 
Ex: Quando a administração for fazer a doação de bem público para um ente da Administração Pública, é por dispensa de licitação, então, não pode a administração licitar, ela tem que dispensar. Quando há programa habitacional, construção de casas populares, se a Administração Pública resolver transferir aquelas casas populares através da concessão de direito, nesse contrato, a licitação é dispensada, não pode licitar. Ocorrendo qualquer hipótese do Art. 17, não pode licitar.
A dispensa de licitação ocorre nas hipóteses em que apesar de viável a competição entre particulares, o procedimento licitatório se afigura inconveniente para a satisfação do interesse público. Relação custo-benefício.
Categorias de dispensa: Art. 24 LF e Art. 59LE
Em razão do pequeno valor
Em razão de situações excepcionais
Em razão do objeto
Em razão da pessoa
O artigo 24 trata de norma geral 
NA DISPENSA DE PEQUENO VALOR A PUBLICAÇÃO NÃO É EXIGIDA. A AUTORIDADE SUPERIOR TEM QUE RATIFICAR A DISPENSA OU INEXIGIBILIDADE - CONDIÇÃO DE EFICÁCIA.
A licitação dispensável está disposta no Art. 24, especificamente inciso XXVIII, são situações diversas em que a licitação é possível, mas ela é inconveniente à satisfação do interesse público, com a equação custo/beneficio da licitação, o custo é mais alto que o beneficio. Ocorrida uma das hipóteses do Art. 24, a administração poderá ou não licitar.
Art. 24.  É dispensável a licitação:
I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; 
II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez;  
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos; 
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas;
VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento;
VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do Art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços; 
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; 
IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional;
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia; 
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em conseqüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido; 
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no preço do dia; 
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos; 
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder Público
XV - para a aquisição ou restauraçãode obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade. 
XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico; 
XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia; 
XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea "a" do incico II do Art. 23 desta Lei: 
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto; 
XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. 
XXI - Para a aquisição de bens destinados exclusivamente a pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela CAPES, FINEP, CNPq ou outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse fim específico. 
XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica; 
XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. 
XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão
XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegida. 
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação. 
XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública. 
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão. 
XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da Força. 
Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas. 
Ex: Licitação fracassada – faz licitação, não aparece ninguém. A lei disse que ela pode fazer uma nova licitação ou ela pode contratar diretamente. Se fez licitação e não apareceu ninguém e tem uma pessoa interessada, ela pode contratar sem licitar de novo. Inciso VII.
Os incisos do Art. 24 são taxativos. Só podemos trabalhar com licitação dispensável dentro desse artigo.
A licitação inexigível (Art. 25) ocorre quando há inviabilidade de competição, é que não há licitação porque não há como travar uma confecção do objeto naquela situação, não há como fazer licitação, a situação é inviável, não tem como ocorrer e isso decorre da singularidade do objeto. O objeto singular pode ser um objeto único, pode ser único não com características internas e, sim, subjetivas.
Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no Art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
§ 1o  Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
§ 2o  Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. 
Ex: Se quer uma exposição de quadro raro, só tem uma empresa que fornece, tem que ser aquilo. É um objeto único.
Ex: Um órgão quer comprar uma revista jurídica, qual a melhor revista? Quais critérios? Ocorre inviabilidade. Artista plástico fazer um painel – não há licitação, é único
No Art. 25, a diferença entre ele e o Art. 24, é que na licitação inexigível a licitação é inviável, é diferente do caso de licitação dispensável, que há viabilidade e conveniência. Em compensação, o Art. 25 é exemplificativo e o Art. 24 é taxativo.
Art. 24 – Análise de algus dispositivos desse artigo:
I - desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local
Valor do convite - R$ 150 mil - 10% são 15 mil reais – obra e serviço de engenharia até 15 mil reais não precisa licitar. 
A parte grifada é uma observação que significa a questão do fracionamento. Era o que estava acontecendo com fracionamento de medicamentos,o que provocou ter vários procuradores com vários processos de dispensa que quando somados davam um valor de licitação.
II - Ex: Valor de 80 mil, 10% = 8 mil reais de compras (cadeira, impressora, papel), serviços (limpeza, informática, vigilância).
§ Único, Art. 24. A Sociedade de Economia Mista, se for qualificada como agência executiva, pode contratar por dispensa para realização de uma obra de engenharia no valor de 30 mil (que seria 20%). A única coisa diferente é que elas podem contratar com um lastro maior, as agências executivas.
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública. Duas situações: uma situação de calamidade pública e uma de emergência – a de calamidade pública tem que ser decretada, mas a situação de emergência tem que ser identificada.
Ex: Fortes chuvas e a encosta está descendo – emergência. Serviço informática – serviço de natureza continuada – não terminou a licitação para a máquina administrativa, faz contrato emergencial, é uma situação de risco. Contrato de limpeza – acabou o contrato – não fez nova licitação – faz contrato emergencial.
A licitação não tem nada a ver com servidor público. Por exemplo, o servidor aposentou, não pode contratar, terceirizar para ocupar a vaga dele. A regra é não terceirizar funções típicas de cargos públicos. Ex: os REDAs são irregulares
Na questão da situação emergencial, a primeira coisa é identificar a situação. 
Ex: Estádio de Pituaçú. Não existe emergência nisso. Não se pode contestar isso judicialmente.
Tem um detalhe neste artigo interessante: obras concluídas no prazo máximo de 180 dias. O contrato emergencial só pode ser de 180 dias. Faz-se o contrato, acabou, faz-se contrato emergencial por 90 dias, passado os 90 dias, se não resolveu o problema da licitação, pode-se fazer um termo de aditamento por mais 90 dias. Passaram 180 dias e a licitação continua presa, o que fazer? Faz-se um novo processo de dispensa de licitação, que poderá ser ou não com a mesma empresa, por mais 90 ou 180 dias, que é o máximo. Quando chega a 180 dias, não se pode mais ter um termo de aditamento naquele contrato, tem-se que fazer um novo processo de dispensa de licitação com contratação emergencial .
Ex: Tem-se um contrato de lixo e está sendo prorrogado direto. 
V - Chamada de licitação deserta. Faz a licitação, não aparece nenhum interessado, tem que fazer uma exposição de motivos dizendo porque não pode fazer uma nova licitação, que não houve tempo hábil, por exemplo, daí, pode-se contratar diretamente, mas quando for contratar diretamente com a empresa, vai-se chamar outra empresa e esse contrato tem que ser nos mesmos termos do contrato licitatório. 
VII - Aqui é chamada de licitação fracassada, ocorre quando tem a licitação, tem um valor estimado de mercado e o da menor proposta é superior ao do mercado. Portanto um preço incompatível ao mercado.
Ex: Concessão de transporte coletivo.
Art. 48.  Serão desclassificadas:
§ 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
Art. 48, § 3º, quando aparecem as propostas com tudo igual – licitação fracassada – pode contratar com outro, mesmo que não tenha participado da licitação.
Aula de 11/02/2009
Continuação – Análise do Art. 24, Lei 8.666:
VIII -  Por exemplo, a Secretaria de Administração quer realizar um contrato para prestação de serviços de informática, a Prodasal, como faz parte da Administração Pública também, ela pode ser contratada pelo próprio município e poderia até ser contratada por outro membro federado (o estado pode contratar um ente que seja do município). A exigência feita pela lei é que essa pessoa jurídica tem que ter sido criada em data anterior a da lei, antes da data que entrou em vigência a lei de licitação. Exatamente para não permitir fraudes, está evitando que, depois da lei de 93, o Estado venha criar uma empresa pública só para permitir contratar essa empresa sem licitação, como se fosse uma burla ao processo licitatório. Não pode ser aplicado para novos entes criados, mesmo que seja mais vantajoso, porque existe uma presunção absoluta que o melhor contrato é aquele precedido por processo licitatório. Presunção absoluta, significa que não admite prova em contrário. Se contratar sem licitação, o contrato é nulo, não interessa o argumento.
X - Não existe licitação por parte da Administração Pública para compra ou aluguel de imóvel. O próprio dispositivo aqui faculta que essas compras e locação de imóveis sejam realizadas sem licitação. 
XI - Não precisa de licitação para remanescente de obra. Ex.: a Administração Pública firma um contrato com a empresa, vamos supor que haja um descumprimento de cláusula contratual por parte dessa empresa e é rescindido esse contrato. Digamos que esse contrato seja de obra, a lei admite que a administração chame o segundo colocado daquela licitação do remanescente. Se contratou uma empresa para a realização de uma obra e vai rescindir o contrato com essa empresa, ela realizou mal essa obra e vai precisar refazer alguma coisa, não se pode chamar a segunda colocada, vai ter que licitar. Quando falamos de remanescente de obra, é aquilo que falta para ser realizado. A segunda colocada tem que aceitar as mesmas condições da primeira e inclusive com relação ao preço.
A licitação pode ser de 3 (três) tipos:
Menor preço: só está avaliando o preço.
Melhor técnica: leva-se em consideração preço e técnica.
Técnica e preço: também se leva em consideração preço e técnica.
Este dispositivo se refere a contrato com licitação de menor preço. Se determinado licitante ficou em segundo lugar, é porque o preço dele era maior do que o do primeiro. Como o preço dele era maior, vai ter que realizar aquele contrato e baixar para o preço do primeiro.
Ex.: Contratação de serviço de informática, o serviço era técnica e preço, uma empresa estava realizando o serviço e não pode continuar e rescindiu o contrato, só que é uma licitação técnica e preço e o preço da segunda colocada era menor do que a da primeira. A primeira venceu porque, como era uma licitação técnica e preço, a técnica valia mais e quando avaliou a técnica da primeira colocada, ela tinha uma técnica melhor, tinha um preço maior do que a segunda, mas venceu na técnica, ganhou o contrato. Ela sai do contrato, vem a segunda que tinha oferecido um preço menor e, para ficar nas mesmas condições da primeira, tem que aumentar o preço. Esse tipo de dispositivo não cabe para licitação técnica e preço, porque se é uma licitação técnica e preço e está avaliando técnica, a segunda colocada nunca vai ter a técnica da primeira, em tese, ela nunca poderá realizar o serviço nas mesmas condições da primeira, já que foi levada em consideração a técnica.
Art. 24, XIII - Dispositivo muito utilizado pela Administração Pública, muito mal utilizado, inclusive. Hoje em dia, é considerado uma das situações que mais se utiliza em contratação direta, mais até do que em situações emergenciais. A instituição que vai ser contratada tem que ter uma dedicação: ou trata de recuperação de preso (essa é a menos utilizada porque é muito clara), ou pesquisa, ensino e desenvolvimento institucional, não pode ter fins lucrativos e tem que ter reconhecimento ético-profissional.
O que estava acontecendo era a criação de entes do terceiro setor exatamente para contratar com a Administração Pública com base nesse dispositivo. Esse dispositivo não traz explicitamente, mas todos os Tribunais de Contas já bateram o martelo que somente pode utilizar esse dispositivo se o objeto do contrato tiver alguma coisa a ver com pesquisa, ensino ou desenvolvimento institucional, ou seja, eu não possojamais fazer o que a Ebal fez, ela contratou a OAF para realização de obras com base nesse dispositivo, contratou uma instituição dedicada a pesquisa para realização de obras sem licitação com base nesse dispositivo.
Esse dispositivo também é muito utilizado quando se quer contratar para a realização de concursos públicos. O TCU também já tem batido o martelo dizendo que não é o caso, porque entende que realização de concurso público nem é desenvolvimento institucional, nem pesquisa e nem ensino. O correto é licitar.
Art. 24, XVII - Está como dispensa de licitação, mas deveria ser de inexigibilidade e não de dispensa. Ex.: Compra-se algum equipamento e quem fornece esse equipamento diz que só se pode adquirir peças desse equipamento na mão dele, do fornecedor, porque senão perde a garantia. Nesse caso, não é nem caso de dispensa, o que há mesmo é inviabilidade de competição, porque não há duas opções. Na verdade, se licitar, vai acabar causando prejuízo para a própria Administração Pública. 
Art. 24, XXIV - Organização Social. Quando se tem um ente e o qualifica como uma organização social, pode-se firmar contrato de gestão. Se o objeto do contrato que se quer firmar consta do contrato de gestão, não pode licitar, deve contratar diretamente com a organização social.
Art. 25 – Análise de dispositivos desse artigo - Inexigibilidade de licitação:
No Art. 25 a licitação é inviável, existe a inviabilidade da realização da licitação. Temos três hipóteses que são exemplificativas, o que significa dizer que se pode ter um caso de contratação direta por inexigibilidade que simplesmente vai enquadrar-se no caput do Art. 25 da Lei 8.666.
Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
I - Esse dispositivo fala em produtor, empresa e representante comercial exclusivo. Quando for produtor exclusivo, não há qualquer dúvida, só ele produz. A questão que vem se colocando é o que seria representante comercial exclusivo. Não há uma reposta na lei e, sim, uma resposta doutrinária que vem sendo acolhida pelos Tribunais de Contas e que foi, inclusive, normatizada pela Lei Estadual de Licitação e Contratos. Ela traz exatamente essa hipótese, essa qualificação do representante comercial exclusivo de forma explícita na lei, a Lei Federal não trouxe.
Se for uma licitação na modalidade convite, pode-se entender como representante comercial exclusivo, o único representante comercial existente no âmbito do ente licitante. Ex.: Se um município vai comprar algo que custa R$ 40.000,00 e tendo apenas um representante comercial no município, ela pode contratar aquele representante comercial por este dispositivo. 
Se a licitação tiver um valor compatível com a tomada de preço, onde é obrigatório que exista um registro cadastral na Administração, considera-se representante comercial exclusivo aquele que só conste um registro cadastral. Ex.: Se tem uma pessoa, um representante, inscrito no registro cadastral e a licitação é tomada de preço, até o valor da tomada de preço, pode-se utilizar esse dispositivo. Porém, se esse contrato for uma compra acima de R$ 650.000,00, que é o valor no âmbito federal que seria da concorrência para compra, só pode considerar representante comercial exclusivo, se o valor for compatível com a concorrência, o único existente no território nacional. 
Essa interpretação desse dispositivo foi apresentada pela doutrina e acolhida pelo Tribunal de Contas. Porém, a Lei Estadual de Licitação e Contratos, a Lei 9.433/05, quando aborda a inexigibilidade de licitação, no Art. 60, § 1º, fala exatamente o que diz esse texto aqui de inexigibilidade.
Art. 60, § 1º - Considera-se produtor, empresa, representante comercial ou revendedor exclusivo aquele que seja o único a explorar a atividade no âmbito nacional, para os limites de concorrência e tomada de preços, e no do Estado, para o limite de convite, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, quando seja o caso, ou pelas entidades de classe equivalente.
Continuando a análise do Art. 25:
II -  Existem 3 (três) requisitos para enquadrar-se nesse dispositivo. Primeiro, que o serviço esteja elencado no Art. 13 da lei; segundo, que a empresa ou pessoa contratada tenha uma notória especialização; terceiro, que o serviço seja de natureza singular.
Art. 13 - Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
II - pareceres, perícias e avaliações em geral;
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
Esses são os serviços considerados técnicos especializados. Depois, tem que analisar se o profissional contratado possui notória especialização.
Art 25, § 1o - Se for contratar um assessor jurídico na área penal, tem que contratar um penalista, não pode contratar um trabalhista para consultoria da área penal, porque faltará a esse profissional uma notória especialização naquela área.
O serviço tem que ser singular. Um serviço singular é aquele que não é rotina na Administração Pública. 
Art. 38, § único -  As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração.
O inciso V do Art. 37 da Constituição Federal trata dos cargos de comissão.
Art. 37, V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
Art. 25, III - A contratação de artista que seja consagrado pela mídia ou opinião pública. Existe até uma situação maleável, flexível com relação a esse dispositivo, porque existem cantores que nunca ouvimos falar, mas em determinado município é a pessoa mais famosa que existe. Os Tribunais de Contas têm entendido hipóteses dessa natureza, a contratação pelo município de um artista que seja efetivamente consagrado por aquela região. O que não pode é a contratação de qualquer artista.
Existe, também, uma outra forma de inexigibilidade de licitação que não está na Lei de Licitação Federal, mas está na Lei de Licitação Estadual, 9.433/05, que é o credenciamento.
Art. 71 - Os órgãos e entidades da Administração estadual poderão, justificadamente, utilizar-se de registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da Administração Pública.
Ex.: Só podem confeccionar placas para automóveis as empresas que estejam credenciadas com o Detran. Eles lançam um edital de credenciamento, as empresas apresentam todos os documentos, requisitos necessários e se credenciam. Quando o sujeito comprar o carro e for confeccionar a placa, ele só poderá confeccionar perante uma daquelas empresas credenciadas.
A própria lei, no Art. 26, § Único, deixa muito claro que a contratação direta, seja por dispensa ou inexigibilidade de licitação, é precedida por uma série de requisitos.
Art. 26, § único.  O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:
I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso;
II - razão da escolha do fornecedor ou executante;
III - justificativa do preço.
IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bensserão alocados. 
Modalidades de Licitação:
Existem 5 (cinco) modalidades de licitação na Lei 8.666: Concorrência, Tomada de preço, Convite, Leilão e Concurso. Além dessas modalidades, temos, ainda, o Pregão, que pode ter a forma presencial ou eletrônico, regulamentado na Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002. A lei que trata das agências reguladoras prevê, ainda, outro tipo de licitação chamada de consulta, é uma modalidade específica das agências reguladoras. Na Lei Estadual de Licitação, o pregão já está dentro da própria lei.
A Administração pode escolher modalidade correspondente ao patamar de valor superior. É permitido utilizar a concorrência em uma licitação cujo valor seja adequado ao convite. Ex.: Um contrato de R$ 40.000,00 e se resolveu fazer a concorrência. O que não pode fazer é o inverso, pegar um contrato de R$ 700.000,00 para compra que seria concorrência e realizar a modalidade de convite. Também não pode juntar os procedimentos. Ex.: Utilizar na concorrência uma característica que é típica da tomada de preço. Não pode formar um edital com características cruzadas das modalidades. É vedada a combinação de modalidades ou criação de modalidade nova. 
Art. 22.  São modalidades de licitação:
I - concorrência;
II - tomada de preços;
III - convite;
IV - concurso;
V - leilão. 
Concorrência:
Art. 22, § 1º.
Características: Universalidade (Art. 22, §1º)
 Ampla publicidade – Art. 21, §2º, I, “b” e II, “a” (obs: contagem do prazo no Art. 110)
 Formalismo 
Tipos: Concorrência nacional
 Concorrência internacional (Art. 42). Observância do princípio da igualdade, possibilidade de utilização de regras especiais (§5º, Art. 42).
Casos: - quanto ao valor (Art. 23, I e II)
 - quanto à natureza: 1- alienação de bens imóveis (exceção Art. 19) – no Estado cabe concorrência ou leilão público; 2- Concessão de direito real de uso; 3- Licitação internacional (exceção §3º do Art. 23); 4- Para registro de preços (Art. 15, §3º) (o decreto federal e a lei estadual também admite através do pregão); 5- Parcelamento de obra cujo valor global atinja o montante previsto na lei.(Art. 23, § 5º)
Art. 22, § 1o.  Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
A licitação, na modalidade concorrência, se for ver pelos valores que estão no Art. 23, seria a modalidade mais completa, ou seja, é a modalidade que tem todas as fases da licitação muito bem delineadas e que tem, também, a publicidade mais ampla, porque o prazo entre a publicação do resumo do edital e a abertura da licitação é o maior. Na licitação de menor preço esse prazo seria de 30 (trinta) dias no mínimo. Abrindo-se um jornal e encontrando um aviso de edital de concorrência, se terá a certeza que a abertura da licitação vai ser daquela data a, no mínimo, 30 dias, senão será nula. Esses prazos estão no Art. 21, § 2o  da Lei Federal.
Art. 21,  § 2o. O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será:
I - quarenta e cinco dias para:
a) concurso;
b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço";
II - trinta dias para:
a) concorrência, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso anterior;
b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço";
III - quinze dias para a tomada de preços, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso anterior, ou leilão;
IV - cinco dias úteis para convite. 
O maior formalismo na licitação também está na concorrência. E o princípio da universalidade é mais garantindo nela, porque a concorrência de qualquer pessoa, em regra, é participar em igualdade de condições, desde que preencha os requisitos do edital.
Existem 2 (dois) tipos de concorrência na lei: concorrência nacional e concorrência internacional. A concorrência internacional é aquela que permite a participação de empresas estrangeiras e está expressa no Art. 42 da Lei 8.666.
Art. 42.  Nas concorrências de âmbito internacional, o edital deverá ajustar-se às diretrizes da política monetária e do comércio exterior e atender às exigências dos órgãos competentes.
A concorrência internacional pode ter um requisito que a princípio não esteja na lei de licitações, porque, as instituições financeiras internacionais, quando vão financiar licitações internacionais, às vezes, fazem exigências que não estão na lei de licitação. Está expresso no § 5º do Art. 42 da Lei 8.666. O TCU diz que não pode colocar nenhuma exigência que seja violadora de princípio.
Art. 42, § 5o. Para a realização de obras, prestação de serviços ou aquisição de bens com recursos provenientes de financiamento ou doação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira ou organismo financeiro multilateral de que o Brasil seja parte, poderão ser admitidas, na respectiva licitação, as condições decorrentes de acordos, protocolos, convenções ou tratados internacionais aprovados pelo Congresso Nacional, bem como as normas e procedimentos daquelas entidades, inclusive quanto ao critério de seleção da proposta mais vantajosa para a administração, o qual poderá contemplar, além do preço, outros fatores de avaliação, desde que por elas exigidos para a obtenção do financiamento ou da doação, e que também não conflitem com o princípio do julgamento objetivo e sejam objeto de despacho motivado do órgão executor do contrato, despacho esse ratificado pela autoridade imediatamente superior.
Como é que fica a questão de proteção das empresas nacionais? Há uma ordem de critério de desempate elencado no Art. 3o,  § 2o  da Lei 8.666.
Art. 3o, § 2o. Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:
I - produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital nacional;
II - produzidos no País;
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País.
A concorrência é uma licitação que vai ser utilizada em razão do valor. Analisando o Art. 23, verifica-se que as compras e serviços com valores superiores a R$ 650.000,00 vão ser licitados através de concorrência e obras e serviços de engenharia acima de R$ 1.500.000,00 também serão licitados pela modalidade concorrência. Fora essas situações da necessidade da utilização da concorrência em razão do valor, o § 3º do Art. 23 da lei diz o seguinte:
Art. 23, § 3o. A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no Art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País.
Existem situações que, obrigatoriamente, pela Lei Federal, terão que utilizar a concorrência. Pela Lei Federal, a alienação de bens públicos, em regra, tem que ser feita através de concorrência. Diz, também, que concessão de direito real de uso sempre será precedido de licitação na modalidade de concorrência independente do valor. E as licitações internacionais, em regra, vão ser realizadas através de concorrência, salvo as situações em que tiver um cadastro de fornecedores internacionais, nesse caso pode utilizar a tomada de preço ou, se não tiver ninguém no Brasil, pode-se fazer um convite. 
Art. 23, § 5o. É vedada a utilização da modalidade "convite" ou "tomada de preços", conforme o caso, para parcelas de umamesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de "tomada de preços" ou "concorrência", respectivamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço.
Ex.: Reforma da Manoel Dias. Se fizer só a metade da reforma a modalidade seria tomada de preço e se fizer a reforma inteira seria a modalidade concorrência. Só que não se quer fazer ela inteira e, sim, apenas a metade. Porém, terá que utilizar a modalidade como se fosse ela inteira, exatamente para não possibilitar a questão do fracionamento.
Tomada de Preço:
Art. 22, §2º
Participação dos inscritos no registro cadastral (peculiaridade que foi desvirtuada com a Lei nº 8.666/93)
Permite a participação de interessados não inscritos que se inscrevam até três dias antes do oferecimento da proposta
A quem devem ser dirigidos os documentos referentes à habilitação???
Habilitação do interessado não cadastrado deve atender ao Art. 27 e seguintes
Prazo: 15 dias ou 30 dias, contados da última publicação do edital
Registro Cadastral
 
Art. 34
Constantes nos órgãos ou entidades da Administração Pública
Habilita os interessados para licitações futuras
Aberto a todos os interessados
Válido por um ano
Divulgado através de imprensa oficial e jornal de grande circulação
Comissão de cadastramento
Indeferimento do registro: recurso administrativo
Impedir registro sem justificativa – crime Art. 98
SICAF- Sistema de Certificado Unificado de Fornecedores
A existência do certificado é presunção relativa para a habilitação.
Art. 22, § 2o. Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
Quando a modalidade tomada de preço entrou no nosso ordenamento, a intenção era que ela tornasse a licitação mais rápida, porque ela trabalha com o chamado registro cadastral.
Anualmente, as administrações de estado abrem a possibilidade dos interessados inscreverem-se no registro cadastral. Pode se registrar em qualquer época do ano, mas o registro só é publicado uma vez no ano.
A própria lei abriu possibilidade para aquelas empresas que não tem registro cadastral, até 3 dias antes da licitação, se habilitarem para participar da licitação, acabando por criar os mesmos entraves de uma concorrência normal. E na Lei Estadual ainda é pior, porque a Lei do Estado da Bahia de Licitações permite que a empresa que não tem registro cadastral e quiser participar da tomada de preço habilite-se na hora. 
Art. 34.  Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da Administração Pública que realizem freqüentemente licitações manterão registros cadastrais para efeito de habilitação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, um ano. 
§ 1o  O registro cadastral deverá ser amplamente divulgado e deverá estar permanentemente aberto aos interessados, obrigando-se a unidade por ele responsável a proceder, no mínimo anualmente, através da imprensa oficial e de jornal diário, a chamamento público para a atualização dos registros existentes e para o ingresso de novos interessados.
§ 2o  É facultado às unidades administrativas utilizarem-se de registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da Administração Pública.
Os prazos da tomada de preço são inferiores aos prazos da concorrência. Sendo hoje, na prática, a única diferença entre as duas modalidades. Se for uma licitação menor preço, o prazo entre a publicação do resumo do edital e abertura de licitação é de 15 dias. Se for melhor técnica ou técnica e preço, esse prazo passa para 30 dias.
Convite:
Art. 22, §3º
Única modalidade de licitação que não exige a publicação do ato convocatório
Valores mais baixos
Administração convida pelo menos três interessados cadastrados ou não (devem exigir ao menos documentos referentes a idoneidade)
Cadastrados podem se habilitar até 24 horas antes da apresentação das propostas
Afixação do ato convocatório em local apropriado
Prazo: cinco dias úteis do recebimento do convite
Repetição de convite (Art.22, §7º)
Convite a novos interessados (Art.22, §6º)
Não pode recusar interessado alegando mau desempenho em contrato anterior
Art. 22, § 3o. Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
A modalidade convite é uma forma de direcionar a contratação. A Administração pode mandar três convites para pessoas que constem do cadastro ou não, e quem tiver o menor preço é contratada. O convite é um faz de conta da licitação, mesmo porque, não há obrigação de publicar em diário oficial esse convite, o que a lei exige é que esse convite seja fixado em um local visível do órgão público. A lei permite que, mesmo que não se tenha sido convidado, mas é cadastrado, até 24 horas antes, pode apresentar a proposta.
O prazo entre o recebimento do convite e a abertura da licitação será de 5 dias úteis se for menor preço e de 10 dias úteis se for melhor técnica e preço.
Art. 22, § 6o. Na hipótese do § 3o deste artigo, existindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações.  
Esse dispositivo trata da repetição de convite, diz que toda vez que for fazer um novo convite com o mesmo objeto de um convite já feito anteriormente, sempre tem que convidar alguém que não tenha participado anteriormente.
Art. 22, § 7o. Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite. 
Com esse dispositivo ficou a dúvida se pode mandar menos de três ou se pode receber menos de três respostas. Na prática, só precisa justificar se não tiver como mandar três convites. Se mandar três convites e só uma empresa responder, pode contratar com ela. O entendimento da lei é que se não tiver como mandar três convites, se só tiver duas pessoas, nesse caso há necessidade de fazer a justificativa.
Concorrência X Tomada de preço X Convite - Distinção:
Quanto ao valor
Quanto à universalidade
Quanto ao prazo
Quanto a divulgação
Concurso:
 
Art. 22, §4º
Quaisquer interessados
Trabalho artístico ou técnico
Prêmio ou remuneração ao vencedor
Edital publicado com prazo mínimo de 45 dias
Julgamento: Pessoas de reputação ilibada(at. 51, §5º), servidores ou não
Difere das demais modalidades uma vez que não há execução futura
Critérios de julgamento contidos no edital 
Se for concurso para escolha de projeto, o seu autor não poderá participar da licitação.
Art. 22, § 4o. Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
O concurso é a modalidade de licitação para a escolha de trabalho artístico e técnico, ele

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