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HISTOLOGIA UC12
AULA 02 Gabriela Rocha
ANEMIA APLÁSTICA 
 
 
Conceito:
Distúrbio no qual as células primordiais multipotentes encontram-se suprimidas, resultando na insuficiência da medula óssea e pancitopenia. É importante distingui-la da aplasia eritroide pura, na qual somente os progenitores eritroides são afetados, e a anemia é a única manifestação.
Etiologia:
Em mais da metade dos casos, a anemia aplástica é idiopática.
Nos casos restantes, a exposição a agentes reconhecidamente mielotóxicos, como drogas ou substâncias químicas, pode ser considerada como causadora dessa doença. 
Em casos de exposição a determinados agentes, o dano medular é previsível, relacionado com a dose e reversível. Incluem-se nessa categoria as drogas antineoplásicas (p. ex., agentes alquilantes, antimetabólitos), o benzeno e o cloranfenicol.
 Em outras situações, a toxicidade medular é resultante de uma reação de hipersensibilidade ou “idiossincrática” a pequenas doses de drogas mielotóxicas (p. ex., cloranfenicol) ou a drogas como as sulfonamidas, que não são mielotóxicas em outros indivíduos. 
Às vezes, a anemia aplástica pode aparecer após certas infecções virais, geralmente a hepatite viral adquirida na comunidade.
OBS: O vírus responsável ainda não é conhecido; contudo, os vírus da hepatite A, B e C não são os culpados. A aplasia medular se desenvolve insidiosamente vários meses após a recuperação da hepatite e segue um curso implacável.
Patogenia:
Os eventos patogênicos que culminam na insuficiência medular continuam vagos, porém parece que as células T autorreativas apresentam um papel importante nesse processo. 
Essa hipótese é apoiada por uma variedade de dados experimentais e experiências clínicas que mostram que a anemia aplásica responde bem à terapia imunossupressora dirigida às células T em cerca de 70-80% dos casos. 
Os eventos que desencadeiam o ataque das células T às células primordiais medulares ainda não estão esclarecidos; antígenos virais, haptenos derivados de drogas e/ou danos genéticos podem gerar neoantígenos nas células primordiais que serviriam de alvos do sistema imune. 
Condições genéticas raras, porém interessantes, encontram-se também associadas à insuficiência medular. Cerca de 5-10% dos pacientes com anemia aplástica “adquirida” herdaram defeitos na telomerase, enzima necessária para a manutenção e estabilidade dos cromossomos. 
Supõe-se que o defeito na telomerase induz uma senescência prematura das células primordiais medulares. Além disso, observa-se na medula óssea a presença incomum de telômeros curtos em até 50% dos casos esporádicos, possivelmente como consequência de defeitos ainda não esclarecidos da telomerase ou, ainda, da replicação excessiva das células primordiais, que pode ocasionar senescência celular prematura. 
Algumas crianças com anemia de Fanconi, um distúrbio hereditário do reparo do DNA, também podem desenvolver aplasia medular.
Morfologia:
A medula óssea na anemia aplástica é marcadamente hipocelular, 
apresentando mais de 90% do espaço intertrabecular preenchido por células adiposas. 
A celularidade limitada frequentemente consiste apenas em linfócitos e células plasmáticas. 
A anemia pode causar alterações gordurosas no fígado. A trombocitopenia e a granulocitopenia podem resultar em hemorragias e infecções bacterianas, respectivamente. A necessidade de transfusões pode eventualmente levar ao desenvolvimento da hemossiderose.
 
Evolução clínica:
A anemia aplástica pode ocorrer em qualquer idade e em ambos os sexos.
A progressão gradual da anemia causa o desenvolvimento progressivo de fraqueza, palidez e dispneia.
A presença de petéquias e equimoses anuncia frequentemente a ocorrência de trombocitopenia.
A granulocitopenia pode manifestar-se na forma de infecções sem gravidade, que são frequentes e persistentes, ou através da súbita instalação de calafrios, febre e prostração.
É importante distinguir a anemia aplástica das anemias causadas por infiltração medular (anemia mielotísica),
“leucemia aleucêmica” e doenças granulomatosas, que podem apresentar manifestações clínicas similares, porém são facilmente diferenciadas pelo exame da medula óssea.
A anemia aplástica não causa esplenomegalia; se presente, outro diagnóstico deve ser investigado.
Tipicamente, os eritrócitos são normocrômicos e normocíticos ou levemente macrocíticos.
Os reticulócitos encontram-se reduzidos em número (reticulocitopenia).
O prognóstico é imprevisível.
A suspensão das drogas em alguns casos leva à remissão, mas esse fato é considerado mais uma exceção do que regra.
A forma idiopática possui prognóstico sombrio se não tratada.
O transplante de medula óssea é frequentemente curativo, particularmente em pacientes não transfundidos, com idade inferior a 40 anos.
As transfusões sensibilizam os pacientes aos aloantígenos, conduzindo a altas taxas de rejeição do enxerto; assim sendo, as transfusões devem ser evitadas em indivíduos elegíveis para transplante de medula óssea.
Para o sucesso do transplante é necessário o condicionamento do paciente com altas taxas de radiação imunossupressora ou quimioterapia, reforçando a ideia de que a autoimunidade apresenta um papel importante no desenvolvimento dessa doença. Como previamente mencionado, pacientes nos quais o transplante não é indicado frequentemente apresentam um efeito benéfico após a terapia imunossupressora.
http://www.misodor.com/ANEMIAS%20APLASTICAS.php

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