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O Poder Executivo
O Poder Executivo tem a função de governar o povo e administrar os interesses públicos, de acordo as leis previstas na Constituição Federal. No Brasil, País que adota o regime presidencialista, o líder do Poder Executivo é o Presidente da República, que tem o papel de chefe de Estado e de governo. O Presidente é eleito democraticamente para mandato com duração de quatro anos e possibilidade de uma reeleição consecutiva para igual período.
Na esfera Estadual, o poder executivo é representado na figura do Governador e por seus Secretários de Estado.
Enquanto, em âmbito Municipal, é representada pela figura do Prefeito e de seus Secretários Municipais.
Ao tomar posse, o chefe do Executivo tem o dever de sustentar a integridade e a independência do Brasil, apresentar um plano de governo com programas prioritários, projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento. 
Funções do Poder Executivo
O Poder Executivo teria como funções observar as demandas da dimensão pública e garantir os meios aceitáveis para que os imperativos da coletividade sejam atendidos. Isso tudo de acordo com aquilo que é determinado pela lei.
Desse modo, a despeito das várias responsabilidades administrativas em seu leque, os membros componentes do executivo não podem extrapolar o limite das leis criadas.
O executivo, todavia, não se resume apenas aos chefes de Estado. Em regimes democráticos, o Presidente ou o Primeiro-Ministro conta com seu concelho de ministros, assessores, secretários, etc.
Em suma, o Poder Executivo tem as seguintes obrigações:
Efetivar as leis, mesmo que seja necessário utilizar a violência, garantida pelo monopólio da força policial.
Administrar os setores públicos de serviços à população, como bancos.
Manutenção das relações diplomáticas do País com as outras nações.
Estabelecer as forças armadas.
Presidente
Conforme art. 12, § 3º, I, da Constituição, a primeira condição de elegibilidade para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República é ser brasileiro nato. São também condições de elegibilidade, conforme disposto nos incisos do art. 14, § 3º, o pleno exercício dos direitos políticos, o alistamento eleitoral, o domicílio eleitoral na circunscrição, a filiação partidária e a idade mínima de 35 anos.  Por fim, não pode o candidato ser inalistável, analfabeto ou inelegível conforme § 7º do art. 14.
Processo eleitoral na sucessão presidencial
As regras para a eleição e sucessão presidencial estão no art. 77 da Constituição. Conforme este artigo, ela ocorrerá, simultaneamente, no 1º domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente.
Eles serão eleitos em primeiro turno se possuírem a maioria absoluta de votos, não computados os brancos e nulos (art. 77, § 2º). Lembrando que a eleição do Presidente da República importa automaticamente a do Vice-Presidente com ele registrado (art. 77, § 1º).
Se nenhum candidato obtiver a maioria absoluta de votos, irão para o segundo turno os dois candidatos mais votados, sendo eleito aquele com a maioria de votos válidos (art. 77, § 3º). Em caso de empate, será eleito o candidato mais idoso (art. 77, § 5º).
Ocorrendo morte, desistência ou impedimento legal do candidato à Presidência antes da realização do segundo turno, convoca-se aquele que tiver maior votação dentre os remanescentes (art. 77, § 4º). Neste caso, não assume o candidato a Vice-Presidente.
Posse e mandato do Presidente da República e seu Vice
O Presidente e Vice eleitos tomam posse em sessão do Congresso Nacional, devendo prestar, nos termos do art. 78, o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
Eles são eleitos para o mandato de 4 anos, tendo início do dia 1º de janeiro do ano seguinte à sua eleição. Conforme art. 14, 5º, é permitida a reeleição, para um único período subseqüente, para o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos.
Impedimento e vacância do chefe do Executivo
Conforme art. 79, o Presidente da República é sucedido (em caso de vacância) e substituído (em caso de impedimento) pelo Vice-Presidente.
Cabe ainda ao Vice, conforme parágrafo único do mesmo artigo, auxiliar o Presidente sempre quando convocado para missões especiais, bem como outras atribuições conferidas por lei complementar.
A vacância do Presidente implica a impossibilidade definitiva para assunção do cargo, seja por cassação, renúncia ou mesmo morte. Neste caso, o Vice-Presidente assume até o fim do mandato como Presidente interino.
Já o impedimento tem caráter temporário, como, por exemplo, no caso de doença ou férias. Nesta hipótese, o Vice-Presidente assume a chefia do Executivo apenas enquanto durar o impedimento.
Nas Constituições brasileiras anteriores, o papel do Vice-Presidente foi quase sempre supérfluo ou insignificante, sendo exercido pelo presidente do Senado (como nas Constituições de 1981 e 1946) ou do Congresso Nacional (como na Constituição de 1967). Nas Constituições de 1934 e 1937, sua figura era inexistente.
Somente com a Constituição de 1988 é que o Vice-Presidente ganhou maior destaque. Além de sucessor e substituto natural do Presidente, tem a mesma prerrogativa de foro e participa dos Conselhos da República e de Defesa Nacional.
Substitutos eventuais ou legais
Estando o Presidente e o Vice-Presidente da República temporariamente impedidos de exercer a chefia do Executivo, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o Presidente do Senado Federal e o Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Conforme a doutrina, esses substitutos eventuais, por força do que determina o art. 86, § 1º, I, não poderão assumir a presidência se forem réus em ação penal.
Em caso de vacânciasimultânea do Presidente e do Vice-Presidente, seus substitutos eventuais assumem o comando do Poder Executivo até a nova eleição. Além da hipótese de cassação, renúncia e morte, o Presidente e seu Vice perdem também o mandato, conforme parágrafo único do art. 79, se decorridos 10 dias da data fixada para a posse, e não tiverem assumido. Salvo motivo de força maior, os cargos são declarados vagos.
Pelo princípio da simetria, os Estados e Municípios devem seguir a mesma regra. Dessa forma, são substitutos eventuais do Governador do Estado e do Vice-Governador, sucessivamente, o Presidente da Assembleia Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça.
No caso dos Municípios, no impedimento do Prefeito e do Vice, assume o Presidente da Câmara Municipal, somente, uma vez que os Municípios não têm Poder Judiciário. Nos Territórios Federais, substitui eventualmente o Governador o Presidente da Câmara Territorial
Com o intuito de evitar que o Executivo fique sem comando, o art. 83 determina que o Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão ausentar-se do País por período superior a 15 dias, sob pena de perda do cargo, sem licença do Congresso Nacional. Essa licença é dada via Decreto Legislativo.
Essa regra também é de reprodução obrigatória pelos demais entes federativos. O STF, inclusive, já julgou inconstitucional Constituição Estadual que dispensava essa licença para ausências do Governador superiores a 15 dias, a ser dada pela Assembleia Legislativa, bem como Constituição que omitiu a sanção de perda do cargo.
Mandato-tampão
Em caso de vacância do cargo de Presidente e de Vice-Presidente da República nos primeiro 2 anos de mandato, conforme regras do art. 81, será realizada eleição depois de 90 dias da vacância da última vaga. Essa eleição será direta, por meio de sufrágio universal, com voto direto e secreto.
Caso a vacância ocorra nos 2 últimos anos de mandato, será realizada eleição depois de 30 dias da última vacância,pelo Congresso Nacional, na forma da lei. Essa eleição, por sua vez, é indireta, constituindo exceção ao art. 14.
Em ambos os casos, os eleitos apenas completam o mandato de seus antecessores, razão pela qual recebe o nome de “mandato-tampão“. Lembrando que até a eleição a chefia do Executivo é exercida pelo seus substitutos eventuais do art. 80.
O STF já admitiu a realização de eleições indiretas em nível estadual, por conta da cassação dos mandatos de Governador e Vice pelo Tribunal Superior Eleitoral. Em nome da transparência, a eleição pela respectiva Assembleia Legislativa foi por votação aberta.
Apesar disso, o STF reconheceu que a sucessão por cassação do mandato pode ser disciplinada de forma diferente em relação às regras em âmbito federal. A Corte considerou que a matéria não era propriamente eleitoral, mas político-administrativa, por regular apenas a sucessão extravagante do chefe do Executivo.

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