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Curso de Graduação em Biomedicina
 Antipsicóticos
 			 	 Lilian Ribeiro
 		
Trabalho apresentado a Universidade Estácio de Sá – Campus João Uchoa, como requisito para a aprovação na disciplina de Farmacologia ministrada pelo Professora Patricia Pacheco.
Rio de Janeiro
2016
 Introdução
Antipsicóticos 
Se caracterizam por sua ação psicotrópica, com efeitos sedativos e psicomotores. Por isso, além de se constituírem como os fármacos preferencialmente usados no tratamento sintomático das psicoses, principalmente a esquizofrenia, também são utilizados como anestésicos e em outros distúrbios psíquicos. O uso dos antipsicóticos é, hoje, conduta padrão na terapia de psicoses agudas. No entanto, nem todos os casos são tratados pelo grupo de medicamentos em discussão. Muitas vezes, podem-se utilizar também antidepressivos. O uso prolongado, se possível em pequenas doses, pode prevenir novas psicoses agudas. Vale lembrar que os antipsicóticos não substituem a Psicoterapia ou, até mesmo, uma Socioterapia.
Os neurolépticos, uma sub-divisão dentro dos antipsicóticos, foram os primeiros remédios desenvolvidos para o tratamento de sintomas positivos da psicoses (alucinações e delírios), por isto são também conhecidos como antipsicóticos típicos. Seus efeitos adversos são caracterizados por um conjunto de sintomas conhecido vulgarmente como impregnação ou efeitos extrapiramidais.
As drogas antipsicóticas, por ocasionarem prejuízo na sexualidade e no controle de peso dos seus usuários, têm seus efeitos adversos como os principais responsáveis pela descontinuação, pela baixa adesão, pela redução da qualidade de vida, da interação e da adaptação social. Com freqüência, observa-se que a troca por outro antipsicótico provoca uma mudança do perfil de efeitos indesejados, e não a supressão dos mesmos. Assim, deve-se escolher o menos desastroso para o sujeito. O clínico deve estar sensível para as dificuldades particulares de seu paciente, e selecionar o medicamento com maior efeito antipsicótico e menor desconforto e risco. Assim como os antipsicóticos de nova geração (ANG) ou atípicos (como clozapina, risperidona, olanzapina e quetiapina) significaram uma grande contribuição ao tratamento farmacológico das psicoses, ainda não é tempo de aposentar os de primeira geração, não só por seus efeitos clínicos, mas também por sua eventual vantagem em pacientes nos quais existe preocupação com o ganho de peso e com o controle de glicemia.	
Tipos de Antipsióticos	
	
Os antipsicóticos podem ser divididos em três grupos:	
1. Antipsicóticos Sedativos	
2. Antipsicóticos Incisivos	
3. Antipsicóticos Atípicos e de última geração	
- Mecanismos de ação dos Antipsicóticos
A superactividade das vias neuronais de dopamina no nível do sistema límbico cerebral é importante na patogenia da esquizofrenia. O receptor mais importante dessas vias é o receptor dopaminérgico D2. Os antipsicóticos funcionam como antagonistas do receptor D2, diminuindo a sua activação pela dopamina endógena. Os efeitos de controle sobre os sintomas da esquizofrenia surgem quando 80% dos receptores D2 estão bloqueados pelo antagonista. Atualmente, certos neurolépticos têm a capacidade de atuar nos receptores serotoninérgicos, acetilcolinérgico, histamínico e noradrenérgico. É importante lembrar que os neurolépticos são drogas sintomáticas, ou seja, elas não têm a função de curar uma doença psíquica. No entanto, na maioria dos casos, consegue-se eliminar os surtos de alucinações e ilusões, o que oferece ao paciente a possibilidade de distanciamento de sua própria doença, podendo, até mesmo, influenciar na acepção do seu estado doente. Os neurolépticos não interferem na lucidez ou no intelecto, mas podem, por vezes, sedar o paciente fortemente. Os neurolépticos atípicos podem melhorar a capacidade de concentração e de fala. Em algumas ocasiões, os neurolépticos, além de agirem antipsicoticamente, também mostram um efeito calmante.
- Efeitos adversos dos antipsicóticos
Neurotoxicidade.
Discinesia tardia (DT)
Síndrome neuroléptica maligna (SNM)
Distonia tardia.
Tremor tardio.
Convulsões.
Sedação.
Entre outros.
Indicações clinicas dos Antipsicóticos
Esquizofrenia episódios de mania, estados mistos maníacodepressivos, depressões psicóticas comportamento de violência impulsiva distúrbios de comportamento em doenças de Alzheimer, Parkinson, psicoses orgânicas Uso Clínico dos Antipsicóticos Doença (Coréia) de Huntington: bloqueio dos movimentos involuntários controle de náuseas e vômitos tratamento dos soluços incoercíveis pré-medicação cirúrgica - BDZ são preferidos neuroleptoanalgesia - droperidol + fentanil.
- Contra-indicações para uso dos antipsicóticos	
Depressão grave do SNC, estados comatosos, doença cardiovascular grave. A relação risco-benefício deve ser avaliada nas seguintes situações: alcoolismo, angina do peito, discrasias sangüíneas, glaucoma, disfunção hepática, mal de Parkinson, úlcera péptica, retenção urinária, síndrome de Reye, distúrbios convulsivos, vômitos (posto que a ação antiemética pode mascarar os vômitos como sinal de superdosagem de outras medicações). 
- Dependência	
Os antipsicóticos causam alta dependência física e psicológica.
- Caso Clínico	
CASO 1 Paciente do sexo masculino, 45 anos, procedente de Campinas, SP, casado, primeiro grau incompleto, foi encaminhado, em junho de 2005, ao serviço de neurologia clinica do Hospital e Maternidade Celso Pierro, PUCCampinas, referindo dois episódios consecutivos de crise tônico-clônico generalizada (CTCG), enquanto praticava videojogos, há 50 dias, época em que foi medicado com carbamazepina 600 mg por dia. Apresentava exame neurológico tradicional normal. A tomografia computadorizada de crânio foi normal. O eletrencefalograma (EEG), realizado em junho de 2005, mostrou anormalidade paroxística generalizada por complexos de ponta-onda lenta 4 Hz regulares, bilaterais e sincrônicos durante repouso, com a hiperpnéia e com a fotoestimulação intermitente (Figura 1). Há um ano, o paciente estava em acompanhamento no ambulatório de psiquiatria, com diagnóstico de esquizofrenia indiferenciada e em uso de haloperidol 10 mg/dia e Biperideno 2 mg/dia. Em fevereiro de 2005, portanto 4 meses antes do ínício das crises convulsivas, as drogas haviam sido substituídas por olanzapina na dose de 5 mg/dia. No seguimento neurológico apresentou episódio de CTCG em série a partir do qual foi medicado com ácido valpróico. Nos meses seguintes, ainda medicado com olanzapina, teve mais algumas crises epilépticas.
- Comentário sobre o Caso	
Neste caso, O paciente descrito tem o diagnóstico de esquizofrenia, mas não apresentavam história de crises epilépticas até a introdução da olanzapina. As crises epilépticas ocorreram aproximadamente 1 mês e 4 meses após o inicio da droga antipsicótica. A olanzapina é uma droga antipsicótica com estrutura farmacológica e propriedade clínica similares às da clozapina. Ambas as drogas são descritas como efetivas em pacientes com esquizofrenia resistente a tratamento convencional, mas diferem, contudo no risco de desenvolvimento de crises epilépticas.
as alterações no eeg ocorrem devido o uso do medicamento, os ataques epiléticos são um dos efeitos adversos causados pelos antipsicóticos.

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