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Saúde Mental

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Módulo: Saúde Mental
CONCEITUANDO A SAÚDE MENTAL
“Saúde Mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo realiza as 
suas funções, consegue lidar com estresse da vida normalmente, pode 
trabalhar de forma produtiva e é capaz de dar contribuições para si e 
para sua comunidade” 
SONY, 2009, p.48)(WHO. INVESTING IN MENTAL HEALTH: EVIDENCE FOR ACTION, 2013;
SAÚDE MENTAL
AMBIENTAIS
BIOLÓGICOS 
SÓCIOECONÔMICOS
A saúde mental é 
determinada por uma série 
de fatores
PSICOLÓGICOS
TRANSTORNOS MENTAIS, SEGUNDO CID-10
F00-F99 - Transtornos Mentais e do Comportamento
F00-F09- Transtornos 
mentais orgânicos, 
inclusive os sintomáticos
F10-F19 
Transtornos mentais e 
comportamentais devidos 
ao uso de substância 
psicoativa
F20-F29 - Esquizofrenia, 
transtornos esquizotípicos 
e transtornos delirantes
F30-F39 - Transtornos do 
humor [afetivos]
F40-F48 - Transtornos 
neuróticos, transtornos 
relacionados com o 
estresse e transtornos 
somatoformes
F50-F59 - Síndromes 
comportamentais 
associadas a disfunções 
fisiológicas e a fatores 
físicos
F60-F69 - Distorções da 
personalidade e do 
comportamento adulto
F70-F79 - Retardo mental
F80-F89 - Transtornos do 
desenvolvimento 
psicológico
F90-F98 - Transtornos do 
comportamento e transtornos 
emocionais que 
aparecem habitualmente 
durante a infância ou a 
adolescência
F99 - Transtorno mental 
não especificado
Classificação dos 
transtornos mentais 
de acordo com DSM-5 
(Manual Diagnóstico e Estatístico de 
Transtornos Mentais) 
da Associação 
Psiquiátrica 
Americana (APA)
Saúde Mental
“É parte integrante 
da saúde; na 
verdade, não há 
saúde sem saúde 
mental”
“A saúde mental é 
mais do que a 
ausência de 
transtornos 
mentais”
“Estratégias e 
intervenções custo-
efetivas de saúde 
pública e 
intersetoriais 
existem para 
promover, proteger 
e restaurar a saúde 
mental.”
Segundo a OMS:
ASPECTOS GERAIS
✓Os transtornos mentais atingem, em média, 26,1% da população
adulta em 17 países no mundo
Como esta a Saúde 
Mental do mundo
✓Os TM são responsáveis por 22,9% do total de “anos vividos com 
incapacidade” (1ª causa).
Saúde mental & 
incapacidade?
✓7,4% do total de “anos de vida perdidos por morte ou incapacidade” 
(5ª causa)
✓A redução na expectativa de vida, em média, de 10,1 ANOS de vida
Anos de vida perdidos 
por doenças mentais?
✓Estima-se que 14,3% das mortes em todo o mundo são atribuíveis 
aos TM. 
✓Pessoas com TM têm uma taxa de mortalidade 2,2 vezes maior do 
que a população geral
Mortalidade & Saúde 
mental
(Bonadiman et al. Rev Bras Epidemiol, 2017; WALKER, MCGEE, DRUSS, 
a systematic review and meta-analysis. JAMA psychiatry, 2015)
Instituto Nacional de Saúde Mental, 2014; COSTA, COLUGNATI, RONZANI, Ciência & Saúde Coletiva, 
2015; Lancet, 2013; VOS et al. The Lancet, 2016.
ASPECTOS GERAIS
Em países de 
renda média a 
baixa, 76% a 85% 
das pessoas com 
transtornos 
mentais graves 
não recebem 
tratamento 
TM são 
frequentemente 
comórbidos com 
outras doenças 
altamente 
prevalentes e 
incapacitantes, 
como, as doenças 
cardiovasculares e 
o diabetes 
Cerca de 80% das 
mortes por 
suicídio são 
atribuíveis aos TM 
Os transtornos 
depressivos e de 
ansiedade estão 
entre as maiores 
causas de 
incapacidade no 
Brasil e no mundo
REDE DE 
ATENÇÃO À 
SAÚDE 
MENTAL
REDE DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL (RAPS)
Unidade básica de Saúde/ Equipe de Saúde da Família; NASF; 
Centros de Convivência e Cultura; Consultório na Rua 
Atenção Básica/Primária
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS - III, II, I, AD, i)Atenção Psicossocial Estratégica
SAMU; Sala de Estabilização; UPAs; Unidades de Saúde 24h e 
hospitais/pronto socorro
Atenção de Urgência e 
Emergência 
Unidade de Acolhimento; Serviço de Atenção em Regime 
Residencial 
Atenção Residencial de Caráter 
Transitório
Serviço Hospitalar de referencia para atenção às pessoas com 
sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes 
do uso de álcool e outras drogas.
Atenção Hospitalar
Programa de volta para casa; Serviços Residenciais terapêuticos 
Estratégias de 
Desinstitucionalização
Iniciativas de geração de trabalho e renda; Empreendedorismo 
solidário e cooperativas sociais 
Estratégias de Reabilitação 
Psicossocial
Qual serviço é responsável pela saúde mental no SUS?
Redes de Atenção 
Psicossocial (RAPS)
RAPS: instituída pela portaria GM/MS n 3088/2011. 
Define o desenho e as diretrizes para a organização e 
articulação dessa rede com as demais redes do SUS
O QUE HÁ DE SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA?
TRANSTORNO DE 
HUMOR
Os mais frequentes 
na Atenção Básica 
são: depressão, 
ansiedade, 
somatizações
PSICOSES
Na psicose, colaborar 
com os serviços para o 
reconhecimento precoce 
e acompanhamento dos 
casos
INTERVENÇÃO 
PREVENTIVA
Agir 
preventivamente, 
como instrumento 
de reorganização da 
demanda
O FARMACÊUTICO E A SAÚDE MENTAL
Compreender a 
organização e a 
importância da Saúde 
Mental
Cenário 
epidemiológico 
identificar as principais 
características dos 
Transtornos Mentais 
mais prevalentes;
Cenário 
nosológico Implementar as funções 
do profissional 
Farmacêutico no 
acompanhamento dos 
pacientes com 
transtornos mentais
Cenário de 
prática
O FARMACÊUTICO E A SAÚDE MENTAL
Revisar: 
necessidade, 
adesão, 
efetividade, 
segurança
Gestão da 
condição clínica
Revisar aspectos: 
farmacocinética, 
farmacodinâmica, 
interações, reações 
adversas
Farmacoterapia
Planejar estratégias de 
acompanhamento, 
visando melhora da 
qualidade de vida e 
otimização dos 
resultados 
farmacoterapêuticos 
Plano de 
cuidado
Mais de 11,5 
milhões brasileiros, 
ou 5,8% da 
população 
brasileira com 
diagnóstico da 
depressão (OMS, 2015).
DEPRESSÃO
D
E
P
R
E
S
S
Ã
O
TRANSTORNO DEPRESSIVO
“Os transtornos depressivos são condições médicas sérias, potencialmente letais, cujo 
quadro clínico é dominado por humor patológico e alterações comportamentais, 
cognitivas e vegetativas. Sem diagnóstico e tratamento adequados causam sofrimento 
importante e incapacitam para o trabalho e a vida social e familiar. “
Depressão
(MORENO, DEMÉTRIO, MORENO, 2011)
PREVALÊNCIA
Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem ser atingidas, 
porém:
❖ Mulheres são duas a três vezes mais afetadas que os homens;
✓ Diferenças hormonais(?)
✓ Estressores psicossociais (?)
✓ Parto (?)
❖ Idade média de início na população geral:
✓ Países em desenvolvimento – 27,2 anos;
✓ Países desenvolvidos – 28,9 anos;
Depressão
Atualmente há 
tendência de início 
ainda mais precoce!
FISIOPATOLOGIA DA DEPRESSÃO
PRINCIPAIS NEUROTRANSMISSORES
Serotonina Noradrenalina Adrenalina Dopamina
❖ Teoria Monoaminérgica:
FISIOPATOLOGIA
Si
n
ap
se
 N
o
rm
al
Si
n
ap
se
 n
a
D
ep
re
ss
ão
❖Teoria dos Segundos 
Mensageiros
✓ Falta ou desequilíbrio de 
neurotransmissores no SNC;
✓ Desequilíbrio nos sistemas 
de mensageiros secundários 
e peptídeos neuroativos na 
depressão. Ação em cascata 
no interior do neurônio.
✓ Um provável local de falha 
na transdução de sinais 
pelos receptores 
monoaminérgicos na 
depressão é o gene do Fator 
Neurotrófico Derivado do 
Cérebro (BDNF)
FISIOPATOLOGIA
❖Teoria da desregulação do eixo Hipotálamo-Hipófise-
Adrenal (HHA):
✓ Eixo hiperativado foi evidenciado em metade dos deprimidos;
✓ Pode ser causada pelo estresse crônico:
• Reduz a expressão do BDNF.
❖Teoria da alterações no ritmo circadiano:
✓ Períodos insuficientes de luz podem ocasionar depressão 
sazonal;
✓ Síntese e secreção de neurotransmissores estão sob influência do ritmo circadiano; 
✓ Observa-se que a regulação do ritmo circadiano beneficia o paciente deprimido;
FISIOPATOLOGIA
❖ Fatores genéticos:
✓ Estimado em 40% a 50% de 
contribuição na depressão;
✓ Filtram os fatores ambientais 
conferindo diferentessuscetibi-
lidade a depressão ao indivíduo;
❖ Fatores ambientais e psicossociais;
✓ Uso de substâncias psicoativas:
• Álcool, Tabaco e Drogas ilícitas;
• Inibidores do apetite; 
• Medicamentos;
✓ Características da personalidade; 
✓ Padrão de relacionamentos pessoais
✓ Alteração dos ritmos biológicos:
• Privação de sono;
✓ Eventos adversos precoces: 
• Perda parental;
• Abuso físico/sexual na infância;
• Baixo suporte social; 
• Separações.
Medicamentos que podem ocasionar 
depressão
ACTH 
(corticotropina)
Cafeína Interferons
Ranitidina Cimetidina Levodopa
Alfa-metildopa Pseudoefedrina Metoclopramida
Esteróides
anabólicos
Vareniclina Contraceptivos orais
Baclofeno Glicocorticóides Fenotiazinas
Benzodiazepinicos Sulfonamidas Propranolol
Depressão
QUADRO CLÍNICO E CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Apresenta quadro clínico heterogêneo, porém existem três aspectos 
norteadores: 
✓ Humor depressivo e/ou falta de interesse e motivação com prejuízo 
da capacidade de se sentir bem; 
✓ Queda do ânimo ou fadiga, com sensação de redução do nível de 
energia no corpo;
✓ Lentificação psicomotora.
Depressão
CRITÉRIO DIAGNÓSTICO PARA DEPRESSIVO MAIOR SEGUNDO DSM-5
A= CINCO (OU MAIS) SINTOMAS ESTIVERAM PRESENTES DURANTE O PERÍODO DE DUAS SEMANAS (QUASE TODOS OS DIAS A
MAIOR PARTE DO DIA); SENDO PELO MENOS 01 DENTRE OS “SINTOMAS FUNDAMENTAIS” E 04 DOS “SINTOMAS
ASSOCIADOS”.
Sintomas fundamentais: presença de pelo 
menos 01 desses sintomas →
1. Humor deprimido ou
2. Perda de interesse ou prazer
Sintomas associados: presença de pelo 
menos 04 desses sintomas →
3. Redução ou aumento do apetite com alteração de peso;
4. Insônia ou hipersonia;
5. Agitação ou retardo psicomotor
6. Fadiga ou perda de energia
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão
9. Pensamentos recorrentes de morte
B= OS SINTOMAS CAUSAM SOFRIMENTO CLINICAMENTE SIGNIFICATIVO OU PREJUÍZO NO FUNCIONAMENTO SOCIAL,
PROFISSIONAL OU EM OUTRAS ÁREAS IMPORTANTES DA VIDA DO INDIVÍDUO.
C= O EPISÓDIO NÃO É ATRIBUÍVEL AOS EFEITOS FISIOLÓGICOS DE UMA SUBSTÂNCIA OU A OUTRA CONDIÇÃO MÉDICA
D= A OCORRÊNCIA DO EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR NÃO É CAUSADA POR TRANSTORNO DELIRANTE, OUTRO TRANSTORNO
DO ESPECTRO DA ESQUIZOFRENIA E OUTRO TRANSTORNO PSICÓTICO.
E= NUNCA HOUVE UM EPISÓDIO MANÍACO OU UM EPISÓDIO HIPOMANÍACO.
✓ Gravidade:
Leve: Os sintomas são poucos. A intensidade causa sofrimento, mas é
manejável, e os sintomas resultam em pouco prejuízo no
funcionamento social ou profissional.
Moderada: O número de sintomas, sua intensidade e/ou o prejuízo
funcional são intermediários;
Grave: O número de sintomas está além do requerido para o
diagnóstico. Sua intensidade causa grave sofrimento, de difícil manejo,
e os sintomas interferem acentuadamente no funcionamento social e
profissional. Pode apresentar características psicóticas e ideação
suicida.
CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
Depressão
Os transtornos depressivos podem ser classificados segundo:
✓Sintomatologia: melancólica/típica, psicótica e atípica;
✓Polaridade: bipolar ou unipolar;
✓Curso: aguda, recorrente, crônica;
✓Fatores desencadeantes: sazonal, puerperal;
Depressão
✓ Afeta 5% da população geral durante a vida, principalmente mulheres;
✓ É um estado depressivo leve e crônico (duração > 2 anos), com sentimentos
frequentes de insatisfação e pessimismo;
✓ 95% dos distímicos desenvolverão algum episódio depressivo ao longo da vida;
✓ Sua cronicidade implica maior morbidade e prognóstico ruim, inclusive com pior
resposta à antidepressivos;
✓ Como os sintomas são leves, é comum o distímico não se considerar doente a
creditar os sintomas à sua personalidade;
✓ São comuns letargia, falta de iniciativa e ânimo, anedonia, dificuldade de
concentração, sentimentos de inadequação e baixa autoestima;
✓ O tratamento geralmente dura anos.
Classificação : DISTIMIA
DURAÇÃO E EVOLUÇÃO
❖SEM TRATAMENTO (em média):
✓ EPISÓDIO LEVE/MODERADO: 4 a 30 SEMANAS;
✓ EPISÓDIO GRAVE: 6 a 8 MESES (25% MAIS DE 12 MESES); 
❖COM TRATAMENTO (em média):
✓ 3 meses (A suspensão precoce do tratamento pode precipitar recaídas);
❖EVOLUÇÃO:
✓ Cerca de 30% dos pacientes cronificam, tornando-se parcial ou totalmente sintomáticos;
✓ Cerca de 5 a 10% desenvolvem transtorno afetivo bipolar;
✓ Restante se recuperam.
❖Risco de suicídio: estimado em 15% dos pacientes.
Abraham Lincoln
Britney Spears
Cássia Kiss
Robin Willians
Renato Russo
Kurt Cobain
Santos-Dumont
Walmor Chagas
Whitney Houston
Jim Carrey
Jean-Claude Van Damme
J.K. Rowling
Padre Marcelo Rossi
Rastrear Depressão
RASTREAMENTO
✓ Rastrear a depressão ainda é assunto controverso, pois apresenta limitada evidência 
científica quanto a sua eficácia;
✓ No entanto várias instituições recomendam o uso de instrumentos para rastreio pois a 
depressão é o distúrbio psiquiátrico mais comum na população geral e a condição de 
saúde mental mais frequente em pacientes atendidos em cuidados primários;
✓ Aproximadamente 65% dos pacientes portadores de depressão avaliados em serviços 
de cuidados primários apresentam sintomas devido a esta doença:
Depressão
Insônia
Fadiga
Dor crônica
Percepção de saúde 
razoável ou ruim
Sintomas físicos 
inexplicados
RASTREAMENTO
✓ Na ausência de triagem estima-se que
apenas 50% dos pacientes com depressão
são identificados, e o rastreio rotineiro
desta doença pode melhorar as taxas de
diagnóstico.
✓ No entanto, para que os resultados clínicos
sejam melhorados, o rastreamento deve
ser parte de uma abordagem integralizada,
em que a equipe esteja disponível para
exercer adequado gerenciamento dos
pacientes.
RASTREAMENTO
Depressão
RASTREAMENTO
Teste de duas questões (PHQ-2) 
1. Durante o último mês você se sentiu incomodado por estar para baixo,
deprimido ou sem esperança?
2. Durante o último mês você se sentiu incomodado por ter pouco interesse
ou prazer para fazer as coisas?
Sim para as duas questões:
Sensibilidade = 96% e Especificidade = 57%
Rastreamento da DepressãoQuestionário sobre a saúde do paciente (PHQ-9)
Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer um dos problemas abaixo?
Nenhuma vez (0) / Vários dias (1) / Mais da metade (2) / Quase todos os dias (3)
1. Pouco interesse ou pouco prazer em fazer as coisas
2. Se sentir “para baixo”, deprimido/a ou sem perspectiva
3. Dificuldade para pegar no sono ou permanecer dormindo, ou dormir mais do que de costume
4. Se sentir cansado/a ou com pouca energia
5. Falta de apetite ou comendo demais
6. Se sentir mal consigo mesmo/a — ou achar que você é um fracasso ou que decepcionou sua família ou você mesmo/a
7. Dificuldade para se concentrar nas coisas, como ler o jornal ou ver televisão
8. Lentidão para se movimentar ou falar, a ponto das outras pessoas perceberem. Ou o oposto – estar tão agitado/a ou irrequieto/a que
você fica andando de um lado para o outro muito mais do que de costume
9. Pensar em se ferir de alguma maneira ou que seria melhor estar morto/a
SOMA DOS RESULTADOS: 1-4: Depressão mínima, 5-9: Depressão leve, 10-14: Depressão moderada, 15-19: Depressão moderadamente
grave, 20-27: Depressão grave
Se você assinalou qualquer um dos problemas, indique o grau de dificuldade que os mesmos lhe causaram para realizar seu trabalho,
tomar conta das coisas em casa ou para se relacionar com as pessoas?
[ ] Nenhuma dificuldade [ ] Alguma dificuldade [ ] Muita dificuldade [ ] Extrema dificuldade
Rastreamento da DepressãoQuestionário sobre a saúde do paciente (PHQ-9)
Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por 
qualquer um dos problemas abaixo?
Nenhuma 
vez 
(0)
Vários 
dias
(1) 
Mais da 
metade 
(2) 
Quase 
todos 
os dias
(3)
1- Pouco interesse ou pouco prazer em fazer as coisas
2. Se sentir “para baixo”, deprimido/a ou sem perspectiva
3. Dificuldade para pegar no sono ou permanecer dormindo, ou dormir mais do que 
de costume
4. Se sentircansado/a ou com pouca energia
5. Falta de apetite ou comendo demais
6. Se sentir mal consigo mesmo/a — ou achar que você é um fracasso ou que 
decepcionou sua família ou você mesmo/a
7. Dificuldade para se concentrar nas coisas, como ler o jornal ou ver televisão
8. Lentidão para se movimentar ou falar, a ponto das outras pessoas perceberem. Ou 
o oposto – estar tão agitado/a ou irrequieto/a que você fica andando de um lado 
para o outro muito mais do que de costume
9. Pensar em se ferir de alguma maneira ou que seria melhor estar morto/a
❖ Se você assinalou qualquer um dos problemas, indique o grau de dificuldade que os mesmos lhe causaram para realizar 
seu trabalho, tomar conta das coisas em casa ou para se relacionar com as pessoas? 
[ ] Nenhuma dificuldade [ ] Alguma dificuldade [ ] Muita dificuldade [ ] Extrema dificuldade
SOMA DOS RESULTADOS:
1-4: Depressão mínima
5-9: Depressão leve
10-14: Depressão moderada10
15-19: Depressão 
moderadamente grave 
20-27: Depressão grave
(MANEA, GILBODY, MCMILLAN, 2012; KROENKE et al., 2010; AZAH et al., 2005; KROENKE, SPITZER, WILLIAMS, 2001)
PHQ-9 – INTERPRETANDO
1-4: Depressão mínima
5-9: Depressão leve
O farmacêutico deve estar atento às comorbidades do 
paciente e avaliar o bem-estar periodicamente, assim como 
utilizar medidas psicoeducativas para conscientizar e 
empoderar o paciente sobre a importância da saúde mental.
(MANEA, GILBODY, MCMILLAN, 2012; KROENKE et al., 2010; AZAH et al., 2005; KROENKE, SPITZER, WILLIAMS, 2001)
ATENÇÃO PARA AS 
QUEIXAS DO PACIENTE !!
Considerar medidas não 
farmacológicas e MIPs→
avaliação individual
10-14: Depressão moderada
15-19: Depressão 
moderadamente grave 
20-27: Depressão grave
(MANEA, GILBODY, MCMILLAN, 2012; KROENKE et al., 2010; AZAH et al., 2005; KROENKE, SPITZER, WILLIAMS, 2001)
O farmacêutico deve estar atento às comorbidades do paciente e avaliar o bem-estar 
periodicamente, assim como utilizar medidas psicoeducativas para conscientizar e empoderar o 
paciente e deve encaminhar o paciente ao médico. Se confirmado diagnóstico iniciar 
acompanhamento
PHQ-9 – INTERPRETANDO
ACOMPANHAR PACIENTE!!
Sempre considerar medidas não 
farmacológicas → avaliação 
individual
ATENÇÃO AO RISCO DE SUICÍDIO!!
TRATAMENTO
Depressão
COMO OS MÉDICOS 
DEFINEM QUAL 
MEDICAMENTO 
DEVE SER 
PRESCRITO?
✓ A escolha da terapia farmacológica é influenciada pela gravidade e
características dos sintomas e existência de comorbidades clínicas.
✓ Partindo do princípio que a eficácia dos antidepressivos de primeira-linha
pode ser considerada comparável entre as classes, a escolha do
antidepressivo baseia-se:
Tratamento da Depressão
(MORENO, DEMÉTRIO, MORENO, 2011)
Espectro de 
efeitos 
colaterais, 
segurança e 
tolerabilidade
Histórico de 
resposta 
anterior
Preferência 
do paciente
Apresentação
clínica do 
quadro 
depressivos
Custo do 
tratamento
Evidências 
científicas 
disponíveis
•Tratamentos de primeira linha incluem psicoeducação, 
autogestão do cuidado e psicoterapia. 
•Em algumas situações a farmacoterapia pode ser 
considerada, de acordo com:
✓Falta de resposta a intervenções não-farmacológicas.
✓A preferência do paciente, 
✓A resposta prévia a antidepressivos
•Deve ser feita monitoração para a persistência ou para 
o desenvolvimento de episódio depressivo moderado a 
grave.
DEPRESSÃO 
LEVE
Depressão
•Oferecem maior prejuízo sobre o dia-a-dia do paciente;
•Incluir psicoterapia e ações educativas e de suporte;
•Requer na maioria das vezes farmacoterapia:
✓Preferencialmente inibidores seletivos da receptação de
serotonina (ISRS) ou inibidores da receptação da serotonina-
norepinefrina (IRSN).
✓Antidepressivos atípicos e moduladores da serotonina são
alternativas possíveis.
✓Os antidepressivos tricíclicos, a quetiapina e a trazodona são
considerados agentes de segunda linha principalmente devido à
maior carga de efeitos colaterais.
✓As recomendações de terceira linha incluem inibidores da
monoamina-oxidade (IMAO), principalmente devido a maior carga
de efeitos colaterais e potenciais interações medicamentosas e
dietéticas, e a reboxetina, que apresenta menor eficácia.
DEPRESSÃO 
MODERADA 
Depressão•Acarreta importante prejuízo e incapacitação sobre o dia-a-dia
do paciente;
•Incluir psicoterapia e ações educativas e de suporte;
•Requer farmacoterapia:
✓ISRS e IRSN são as classes mais indicadas.
✓Antidepressivos atípicos e moduladores da serotonina também podem
ser iniciados.
✓Em alguns casos faz-se necessário associar outros medicamentos, que
podem variar de acordo com os sintomas apresentados (exemplo:
ansiolíticos).
✓Para pacientes que mostram pouca melhora dos sintomas, apesar do
uso da medicação em dose plena, é recomendado troca ou combinação
de antidepressivos.
•Podem cursar com sintomas psicóticos: a associação de
antidepressivos + antipsicóticos é mais efetiva;
•Geralmente apresenta alto risco de suicídio;
•Outra alternativa para o tratamento é a eletrocunvulsoterapia
(ECT).
DEPRESSÃO 
GRAVE
TRATAMENTO 
FARMACOLÓGICO
Inibidores 
seletivos da 
recaptação 
de 
serotonina
Anti-
depressivos
tricíclicos
Inibidores da 
recaptação de 
serotonina e 
noradrenalina
Inibidores da 
enzima MAO
Moduladores 
de serotonina
Agentes 
atípicos
Medidas 
Farmacológicas 
INIBIDORES SELETIVOS DE 
RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA 
- ISRS
✓ Existem hoje seis fármacos principais nessa classe, que compartilham a
propriedade comum de inibir a recaptação de serotonina de forma seletiva, mas
também apresentam propriedades farmacológicas próprias, que possibilitam a
diferenciação uns dos outros. São eles:
FLUOXETINA
PAROXETINA
SERTRALINA
CITALOPRAM
FLUVOXAMINA
ESCITALOPRAM
Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS)
Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS)
INIBIDORES SELETIVOS DE RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA 
DROGA NOME COMERCIAL DOSE
FLUOXETINA PROZAC® 20 A 60 MG/DIA (80MG?)
PAROXETINA AROPAX® 20 A 60 MG/DIA
SERTRALINA ZOLOFT® 50 A 200 MG/DIA
CITALOPRAM CIPRAMIL® 20 A 60 MG/DIA 
ESCITALOPRAM LEXAPRO® 10 A 20 MG/DIA (30 MG?)
FLUVOXAMINA LUVOX® 50 A 300 MG/DIA
ISRS – PRINCIPAIS INDICAÇÕES
TRANSTORNOS DEPRESSIVOS
TRANSTORNOS ANSIOSOS
• TAG
• FOBIA SOCIAL
• T. PÂNICO
• TEPT
• TOC*
ISRS – PRINCIPAIS INDICAÇÕES
TRANSTORNOS ALIMENTARES
TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL
✓ Todos os ISRS se ligam fortemente às proteínas (fluvoxamina e citalopram em
menor grau);
✓ FLUOXETINA:
✓ É a única que apresenta metabólito com atividade clínica significativa
(norfluoxetina), que inibe a recaptação de serotonina;
✓ A longa meia-vida da fluoxetina e da norfluoxetina, faz com que a
fluoxetina tenha maior latência para início de ação antidepressiva;
ISRS – FARMACOCINÉTICA
✓ SERTRALINA, CITALOPRAM E ESCITALOPRAM:
✓ Tem farmacocinética linear, ou seja, as concentrações plasmáticas são
proporcionais às doses administradas;
✓ PAROXETINA, FLUOXETINA E FLUVOXAMINA:
✓ Têm farmacocinética não-linear, ou seja, aumentos das doses dessas
medicações levam a aumentos desproporcionais dos níveis plasmáticos,
meias-vidas e possivelmente nos efeitos colaterais;
ISRS – FARMACOCINÉTICA
✓ Em função de sua seletividade, apresentam um perfil mais tolerável de 
efeitos colaterais:
ISRS – EFEITOS COLATERAIS
PRINCIPAIS EFEITOS COLATERIAS DOS ISRS
NÁUSEAS E VÔMITOS AGITAÇÃO E ANSIEDADE
DIMINUIÇÃO DA LIBIDO CICLAGEM PARA MANIA
TONTURA ALTERAÇÕES DO SONO
TREMORES PERDA OU GANHO DE PESO
INIBIDORES DE RECAPTAÇÃO DE 
SEROTONINA E NORADRENALINA
(IRSN OU DUAIS)
✓ Inibição substancial do SERT e vários graus de inibição do transportador de
noradrenalina(NAT);
✓ Acredita-se que um mecanismo contribui para o bom funcionamento do outro,
ampliando o alcance no cérebro;
Quem são?
Duloxetina
Venlafaxina
Desvenlafaxina
Milnaciprano
IRSN – MECANISMO DE AÇÃO:
INIBIDORES DE RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA E 
NORADRENALINA
DROGA NOME COMERCIAL DOSE
VENLAFAXINA
EFEXOR® 75 A 375 MG/DIA
DESVENLAFAXINA
PRISTIQ® 50 A 200 MG/DIA
DULOXETINACYMBALTA® 60 A 120 MG/DIA
MILNACIPRANO
IXEL® 50 A 100MG/DIA
IRSN – MEDICAMENTOS
IRSN – INDICAÇÕES
DEPRESSÃO
• 1ª ESCOLHA EM CASOS GRAVES
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
• TAG, 
• TEPT, 
• FOBIA SOCIAL E 
• TOC*
DOR CRÔNICA
FIBROMIALGIA
ENXAQUECA
(DULOXETINA)
❖MECANISMO DE AÇÃO:
✓ Inibem recaptura de serotonina e noradrenalina; a venlafaxina possui efeito leve a
moderado na inibição da recaptação da noradrenalina; já a desvenlafaxina possui
efeito mais potente sobre a inibição da recaptação da noradrenalina, inclusive
maior que da serotonina;
❖EFEITOS COLATERIAS:
✓ Náuseas, sonolência, anorgasmia, impotência, retardo ejaculatório, boca seca e
síndrome de descontinuação;
✓ DOSES > 225mg/DIA = Hipertensão, sudorese e tremores;
✓A hipertensão ocorre devido inibição da recaptação de noradrenalina e em
menos de 1% dos casos há necessidade de suspender o tratamento;
IRSN – VENLAFAXINA E DESVENLAFAXINA
❖MECANISMO DE AÇÃO:
✓ Produzem um potente efeito inibidor da recaptação de noradrenalina e 
serotonina, sendo ligeiramente mais potente no SERT do que no NAT;
❖EFEITOS COLATERIAS:
✓Dificuldade de urinar, 
✓Alterações do paladar,
✓Perda de apetite
✓Boca seca, 
✓Ondas de calor.
✓Sonolência
IRSN – DULOXETINA
✓ Bruxismo
✓ Bocejo
ANTAGONISTAS ALFA-2
(MIRTAZAPINA)
✓ Assim como os IRSN, aumentam os níveis de noradrenalina e serotonina, porém 
através de um mecanismo independente dos seus transportadores;
ANTAGONISTAS ALFA-2
ANTAGONISTAS ALFA-2
DROGA NOME COMERCIAL DOSE
MIRTAZAPINA REMERON® 15 A 80MG/DIA
(DOSES USUAIS DE 15 
A 45MG/DIA)
✓ Indicações:
✓ Transtornos depressivos;
✓ Depressão com sintomas ansiosos;
✓ Tratamento de manutenção da depressão. 
✓ Efeitos colaterais:
✓ Aumento do apetite,
✓ Boca seca,
✓ Ganho de peso,
✓ Sonolência.
✓ “California Rocket Fuel” (combustível para foguetes da Califórnia): 
✓ IRSN (Venlafaxina, p.ex) + mirtazapina; 
ANTAGONISTAS ALFA-2
INIBIDORES DE RECAPTAÇÃO DE 
NORADRENALINA E DOPAMINA
(BUPROPIONA)
✓ MECANISMO DE AÇÃO: 
✓ Age inibindo os transportadores de dopamina (DAT) e noradrenalina (NAT) 
reduzindo a recaptação desses neurotransmissores;
✓ Praticamente não tem nenhuma ação sobre a recaptação da serotonina, não 
tendo ação também sobre os receptores muscarínicos, histamínicos e alfa-
adrenérgicos;
IRND - BUPROPIONA
BUPROPIONA BUPROPIONA
NA DA
✓ INDICAÇÕES: 
✓ Depressão (uni ou bipolar);
✓ TDAH;
✓ Cessação do tabagismo;
✓ Tratamento de efeitos colaterais sexuais dos ISRS:
✓ Por não ter ação sobre a serotonina não causa disfunção 
sexual.
INIBIDORES DE RECAPTAÇÃO DE NORADRENALINA 
E DOPAMINA
DROGA NOME COMERCIAL DOSE
BUPROPIONA ZIBAN® 150 A 450MG/DIA
IRND - BUPROPIONA
✓ CESSAÇÃO DO TABAGISMO:
✓ Ocupa os DAT no estriado e nucleus accumbens de maneira suficiente para 
reduzir a fissura, porém não o suficiente para provocar uso abusivo.
✓ EFEITOS COLATERAIS:
✓ Boca seca, 
✓ Insônia. 
✓ Inquieitação, 
✓ Convulsões em pacientes predispostos:
✓ Diminui limiar convulsivo
IRND - BUPROPIONA
✓ Tremores ✓ Vertigens
AGOMELATINA
AGOMELATINA
✓ MECANISMO DE AÇÃO:
✓ Exerce ações agonistas nos receptores de melatonina 1 e 2 e ações antagonistas
nos receptores serotoninérgicos 5HT2c (eleva os níveis de noradrenalina e
dopamina no córtex pré-frontal);
✓ A ação combinada sobre esses receptores no córtex pré-frontal e hipotálamo
levaria à ressincronização do ritmo circadiano e às ações antidepressivas;
✓ INDICAÇÃO: 
✓ Transtorno depressivo no adulto.
✓ A dose diária recomendada é de um comprimido de agomelatina (Valdoxan®) 
25mg ao deitar, podendo chegar a dois comprimidos, ou seja, 50mg, ambos 
devem ser tomados juntos ao deitar. 
MODULADORES DE SEROTONINA
✓ MECANISMO DE AÇÃO:
✓ Para ação antidepressiva: bloqueiam receptores 5HT2a e 5HT2c, além de inibir
a recaptação da serotonina inibindo o SERT➔ doses moderadas a altas;
✓ Para ação hipnótica: também bloqueiam receptores 5HT2a, além dos
receptores histamínicos H1 e alfa-1 adrenérgicos, sem inibir adequadamente
os SERT ou os receptores 5HT2c➔ doses baixas;
✓ Diferente dos ISRS/IRSN que aumentam a serotonina de forma a atuar em
todos os receptores 5HT, a trazodona, ao bloquear 5HT2a e 5HT2c,não
promove disfunção sexual, insônia ou ansiedade, mantendo as ações da
serotonina em 5HT1a.
ANTAGONISTAS/INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO 
DE SEROTONINA - TRAZODONA
✓ MECANISMO DE AÇÃO:
TRAZODONA
ANTAGONISTAS/INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO 
DE SEROTONINA - TRAZODONA
❖INDICAÇÕES:
✓ Transtorno depressivo,
✓ Insônia decorrente devido uso de ISRS;
ANTAGONISTAS/INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA
DROGA NOME COMERCIAL DOSE
TRAZODONA
DONAREN® 25 A 600MG/DIA (DOSE USUAL: 200 A 600MG/DIA)
ANTAGONISTAS/INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO 
DE SEROTONINA - TRAZODONA
❖ EFEITOS COLATERIAIS:
✓ Boca seca, 
✓ Ejaculação retardada, 
✓ Transt. do pânico com agorafobia,
✓ Ganho de peso, 
✓ Gosto desagradável na boca, 
✓ Hipotensão postural, 
✓ Sonolência.
✓ Priapismo
❖INDICAÇÃO:
✓ Transtorno depressivo em adultos;
❖DOSE:
✓ A dose inicial recomendada é de 10 mg uma vez por dia. Dependendo da
resposta, a dose pode ser aumentada até um máximo de 20 mg uma vez por
dia, ou diminuída até um mínimo de 5 mg uma vez por dia.
❖EFEITOS COLATERAIS:
VORTIOXETINA - BRINTELIX®
✓SONHOS ANORMAIS, 
✓TONTURAS,
✓NÁUSEAS E VÓMITOS,
✓DIARREIA ,
✓CONSTIPAÇÃO, 
✓PRURIDO.
✓ MECANISMO DE AÇÃO:
✓ Acredita-se que o mecanismo de ação da vortioxetina esteja relacionado com
a sua ação sobre os receptores serotoninérgicos e a inibição do transportador
da serotonina.
✓ A vortioxetina seria:
✓ Um antagonista dos receptores 5-HT3, 5-HT7 e 5-HT1d,
✓ Um agonista parcial do receptor 5-HT1b,
✓ Um agonista do receptor 5-HT1a e
✓ Um inibidor do SERT.
✓ Levaria à modulação predominante do sistema da serotonina, mas
provavelmente também dos sistemas da noradrenalina, dopamina,
histamina, acetilcolina, gaba e glutamato.
VORTIOXETINA - BRINTELIX®
✓ MECANISMO DE AÇÃO:
✓ Esta atividade diversificada é considerada responsável pelos efeitos
antidepressivos e ansiolíticos, além da melhoria na função cognitiva,
aprendizagem e memória observados com a vortioxetina em estudos em
animais.
✓ No entanto, a contribuição exata dos alvos individuais para o perfil
farmacodinâmico observado permanece por esclarecer, e deve ser tida
precaução ao extrapolar dados animais diretamente para o homem.
VORTIOXETINA - BRINTELIX®
VILAZODONA - VIIBRYD® 
✓ A vilazodona atua como inibidor seletivo da receptação de serotonina (ISRS) e 
também como um agonista parcial dos receptores serotoninérgicos 5-HT1a. 
✓ Foi aprovado pela Anvisa para comercialização no Brasil em agosto de 2017;
✓ Os principais efeitos adversos apresentados por este fármaco são:
✓ Distúrbios visuais; 
✓ Diarreia;
✓ Náuseas leves;
✓ Insônia.
✓ A dose usual recomendada é de 40mg/dia, podendo variar de 10 a 40mg/dia; 
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
✓ Inicialmente sintetizados para serem antipsicóticos, porém se mostraram
ineficazes para esquizofrenia mas úteis em quadros depressivos;
✓ MECANIMO DE AÇÃO:
✓ Bloqueiam a recaptação de noradrenalina (NAT) e serotonina (SERT), variando
quanto ao grau de bloqueio entre as drogas, além de poder agir como
antagonista nos receptores 5HT2a e 5HT2c:
✓ Bloqueio SERT ≥ NAT➔ ex: clomipramina;
✓ Bloqueio NAT > SERT➔ ex: nortriptilina;
✓ Antagonismo 5HT2a e/ou 5HT2c➔ ex: imipramina.
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
DROGA NOME COMERCIAL DOSE
AMITRIPTILINA
TRYPTANOL® 75 A 300MG/DIA
NORTRIPTILINA
PAMELOR® 50 A 150MG/DIA 
IMIPRAMINA
TOFRANIL® 75 A 300MG/DIA
CLOMIPRAMINA
ANAFRANIL® 75 A 250MG/DIA – ATÉ 300MG/DIA 
NO TOC
MAPROTILINA
LUDIOMIL® 75 A 225MG/DIA
DOXEPINA
MANIPULAÇÃO® 75 A 300MG/DIA
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
INDICAÇÕES ABSOLUTAS:
DEPRESSÃO MAIOR TODOS
ENURESE NOTURNA AMITRIPTILINA, IMIPRAMINA
FIBROMIALGIA AMITRIPTILINA
DOR NEUROPÁTICA AMITRIPTILINA
PROFILAXIA DE CEFALÉIA AMITRIPTILINA
TOC CLOMIPRAMINA
TRANSTORNO DO PÂNICO CLOMIPRAMINA, IMIPRAMINATRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL CLOMIPRAMINA
EJACULAÇÃO PRECOCE CLOMIPRAMINA
DISTIMIA IMIPRAMINA
TAG IMIPRAMINA
CESSAÇÃO DO TABAGISMO NORTRIPTILINA
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
✓ COMPARTILHAM QUATRO OUTRAS AÇÕES FARMACOLÓGICAS INDESEJÁVEIS:
✓ BLOQUEIO DOS RECEPTORES COLINÉRGICOS MUSCARÍNICOS:
✓ Visão turva;
✓ Boca seca (xerostomia);
✓ Sonolência;
✓ Retenção urinária
✓ Constipação intestinal
✓ BLOQUEIO DOS RECEPTORES HISTAMÍNICOS H1:
✓ Ganho de peso
✓ Sonolência.
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
✓ COMPARTILHAM QUATRO OUTRAS AÇÕES FARMACOLÓGICAS INDESEJÁVEIS:
✓ BLOQUEIO DOS RECEPTORES ADRENÉRGICOS ALFA1:
✓ Hipotensão ortostática (tontura);
✓ Redução da PA;
✓ Sonolência;
✓ BLOQUEIO DOS CANAIS DE SÓDIO SENSÍVEIS A VOLTAGEM: 
✓ No cérebro: coma e convulsões;
✓ No coração: arritmias e parada cardíaca;
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
INIBIDORES DA 
MONOAMINA OXIDASE
(IMAO)
✓ AS MONOAMINA OXIDASES:
✓ INIBINDO MAO-A ➔ AUMENTO DE SEROTONINA E NORADRENALINA, SEM AUMENTO DA DOPAMINA 
➔EFEITO ANTIDEPRESSIVO;
✓ INIBINDO MAO-B ➔ SEM AUMENTO DE SEROTONINA, NORADRENALINA E DOPAMINA ➔ NENHUM 
EFEITO ANTIDEPRESSIVO;
✓ INIBINDO MAO-A E MAO-B ➔ AUMENTO DE SEROTONINA, NORADRENALINA E DOPAMINA ➔
MAIOR EFEITO ANDEPRESSIVO. 
INIBIDORES DA MONOAMINA OXIDASE - IMAO
MAO-A versus MAO-B
DOPAMINA DOPAMINA
TIRAMINA TIRAMINA
SEROTONINA
NORADRENALINA
✓ QUEM SÃO ELES:
✓TRANILCIPROMINA
✓Parnate® 
✓FENELZINA
✓ISOCARBOXAZIDA
✓MOCLOBEMIDA
✓Aurorix®
✓SELEGILINA IRREVERSÍVEIS SELETIVOS DA MAO-B
✓Elepril® SEM EFEITO ANTIDEPRESSIVO
IRREVERSÍVEIS NÃO SELETIVOS
REVERSÍVEIS SELETIVOS DA MAO-A
INIBIDORES DA MONOAMINA OXIDASE - IMAO
Atualmente pouco 
utilizado devido aos 
efeitos colaterais 
importantes.
*Crise Hipertensiva
Depressão
TRATAMENTO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS
✓ Deve-se evitar prescrever para pacientes idosos drogas com efeitos
anticolinérgicos (podem provocar ou agravar sintomas como hipotensão,
confusão mental ou delirium, constipação intestinal, hipertrofia prostática).
✓ Preferir drogas que interfiram menos nos citocromos, pois em idosos é
comum o uso simultâneo de vários medicamentos, o metabolismo em
geral está diminuído e, consequentemente, a velocidade de eliminação.
Por estes motivos, níveis séricos podem facilmente elevar-se.
✓ Sertralina, citalopram, reboxetina, e dentre os tricíclicos a nortriptilina
são as drogas de escolha nessa faixa.IDOSOS
Depressão
✓ A abordagem biopsicossocial é o modelo ideal para a gestão de uma
mulher grávida.
✓ A fluoxetina é a melhor ISRS estudada em termos de segurança e eficácia
na gestação. Embora o perfil de segurança da gravidez da fluoxetina seja
reconfortante, se o paciente teve uma boa resposta para outro ISRS antes
ou durante a gravidez, pode não ser indicada a mudança para fluoxetina;
✓ Paroxetina tem sido associada a um aumento de defeitos cardíacos
congênitos, principalmente defeitos do septo ventricular, mas esses
resultados ainda não são consistentes;
GESTANTES
TRATAMENTO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS
Depressão
✓ A preferência deve ser por drogas não excretadas no
leite, ou de excreção mínima, de fácil metabolização
por parte do bebê, e cuja excreção no leite seja
conhecida (p. ex., sertralina, nortriptilina).
ALEITAMENTO
TRATAMENTO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS
Depressão
✓ A preferência deve ser por medicamentos que foram 
testados nessa faixa etária e demonstraram seguraça.
✓ Algum medicamentos são seguros para uso na 
infância (p. ex.,sertralina, fluoxetina), no entanto a 
maioria não foram ainda testados.
INFÂNCIA
TRATAMENTO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS
Medidas não Farmacológicas –
Suplementação –Fitoterapia - MIPs
✓ Existem diferentes tipos de terapias não farmacológicas propostas para o
tratamento da depressão, no entanto, a grande maioria delas sem evidências
científicas de eficácia.
✓ Algumas medidas com estudos demonstrando benefícios são:
❖ PISCOTERAPIA:
✓ Destaca-se entre as abordagens não medicamentosas, considerada
atualmente peça fundamental no tratamento da depressão, tanto como
monoterapia em casos leves a moderados, quanto em associação a
farmacoterapia em casos mais severos.
✓ Existem várias técnicas de psicoterapia indicadas, sendo a terapia cognitivo-
comportamental, a que tem apresentado melhores evidências de resposta.
Medidas não Farmacológicas 
❖ EXERCÍCIOS FÍSCOS:
✓ A prática de exercícios físicos regulares também tem sido apontada como meio
eficaz de combate a sintomas depressivos, podendo inclusive ser indicado em
monoterapia, como primeira linha de tratamento, em alguns casos leves a
moderados.
✓ Em casos mais graves, o exercício físico deve ser recomendado como terapia
adjuvante.
✓ Não há evidências de superioridade entre exercícios aeróbicos (caminhada, andar
de bicicleta, etc) e exercícios de resistência (musculação), sendo ambos efetivos no
combate aos sintomas depressivos.
✓ As principais recomendações apontam pelo menos 30 minutos de exercícios de
moderada intensidade, no mínimo 3 vezes por semana, por pelo menos 9 semanas.
Medidas não Farmacológicas 
❖ FOTOTERAPIA:
✓ Outra técnica que pode ser empregada no tratamento da depressão é a
fototerapia. Essa terapia pode ser usada como primeira linha de tratamento e
até em monoterapia, em casos de depressão sazonal.
✓ Em outros tipos de depressão essa técnica apresenta resposta limitada,
podendo ser usada como terapia adjuvante.
❖ OUTRAS:
✓ Existem outras técnicas, como yoga e acupuntura, apesar de possuírem
alguma evidência de eficácia, são consideradas úteis apenas como segunda
ou terceira linhas de tratamento, sempre como adjuvante a terapias mais
eficazes.
Medidas não Farmacológicas 
Estudo de 2011 apontou resultados
positivos e significativamente superiores
para os que consumiam alimentos integrais
foram observados após 5 anos.
Como a alimentação influencia a saúde mental
Outro estudo de 2015, mostrou
que alimentos com alta carga
glicêmica estão correlacionados
com um risco maior para
depressão
•Vitamina E
•Folato
•Cálcio
•Magnésio
•Zinco
•Vitamina B6
•Ferro
•Vitamina B12
•Vitamina D
Dieta vegana e vegetariana 
Probióticos
Privação de carne
✓ Algumas substâncias e medicamentos isentos de prescrição médica também são
usados com frequência no controle de sintomas depressivos:
✓ Erva de São João (*venda sob prescrição médica):
✓ Há estudos que comprovam sua eficácia quando comparados ao placebo para
quadros depressivos leves a moderados, podendo ser utilizada como primeira
linha de tratamento nesses casos.
✓ Há grande variação na maneira de usar essa substância, mas geralmente a
dose fica entre 500 e 1800mg ao dia, e o tratamento deve se estender de 4 a
12 semanas.
SUPLEMENTAÇÃO & MEDICAMENTOS ISENTOS DE 
PRESCRIÇÃO MÉDICA
✓ Ômega-3:
✓ Substância que despensa prescrição médica, também tem sido usada no
tratamento da depressão. São ácidos graxos polinsaturados, considerados
substâncias de segunda linha no tratamento da depressão, devendo ser
usados como terapia adjuvante.
✓ O ácido eicosapentanóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA) são as
apresentações mais comuns do ômega-3.
✓ As doses indicadas são de 3 a 9 gramas por dia de ômega-3, ou 1 a 2 gramas
de EPA mais 1 a 2 gramas de DHA por dia.
✓ Vitaminda D
Metanálise recentes apontam benefícios, embora com resultados ainda inconclusivos.
MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO MÉDICA
✓ SAM-e (S-adenosil-L-metionina):
✓ É uma suplementação que também pode ser usada como adjuvante no
tratamento da depressão leve a moderada.
✓ A dose geralmente usada varia de 800 a 1600mg por dia, divididas em doses
administradas com as principais refeições, por 4 a 12 semanas.
✓ Acredita-se que essa substância tenha efeito antidepressivo por modular a
neurotransmissão monoaminégica.
✓ Existem outras substâncias com alguma evidência de eficácia na depressão, porém
são pouco usadas e consideradas drogas de terceira linha, como o
dehidroepiandrosterona (DHEA), que é um hormônio produzido pela suprarrenal,
folato, acetil-L-carnitina,açafrão (Crocus sativus) e lavanda (Lavandula).
MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO MÉDICA
Objetivos e Metas Terapêuticas na Depressão 
Aumento da 
qualidade 
de vida
Melhora 
funcional 
Resolução 
dos 
sintomas
Remissão 
do episódio
Depressão
✓ Após qualquer mudança, observar o paciente por mais 4 a 8 semanas.
Tratamento da Depressão
(MORENO, DEMÉTRIO, MORENO, 2011)
•Monitorar a evolução por período 
de 4 a 8 semanas 
Após escolha 
terapêutica o que 
fazer?
•Aumentar a dose do antidepressivo 
•Trocar o antidepressivo;
•Potencializar (com lítio, p.ex.);
•Associar outro antidepressivo;
•Realizar ECT.
E em caso de resposta 
insatisfatória ou 
ausente?
Depressão
Precauções a serem tomadas quando da retirada 
de um antidepressivo
1) Para retirar um antidepressivo, a dose deve ser reduzida 
gradualmente durante, pelo menos, quatro semanas;
2) Em pacientes em tratamento de manutenção de longa duração, a 
dose deve ser reduzida gradualmente ao longo de seis meses;
3) Se a reação de descontinuação ocorrer, explique e tranqüilize o 
paciente. No caso de reação de descontinuação mais intensa, o 
antidepressivo deve ser reintroduzido pelo médico e retirado mais 
lentamente.
FASE AGUDA:
6 a 12 semanas
-Objetivo: Remissão e prevenir recaídas
1
FASE DE CONTINUAÇÃO: 
4 a 9 meses;
Objetivo: Eliminar sintomas residuais (recuperação completa) 
e prevenir recaídas
2
FASE DE MANUTENÇÃO: 
9 a 12 meses ou mais
-Objetivo: Prevenir recorrência 
3
✓ Didaticamente o planejamento terapêutico divide-se em três fases:
FASES DO TRATAMENTO
RESPOSTA TERAPÊUTICA
✓ Recaída – retorno do episódio depressivo (de forma plena ou parcial) durante a
resposta terapêutica ou mesmo após remissão e antes da recuperação;
✓ Recorrência – aparecimento de episódio depressivo após o período de recuperação.
RESPOSTA TERAPÊUTICA: É SUBDIVIDIDA EM “REMISSÃO” E “RECUPERAÇÃO”
Considera-se “resposta 
terapêutica” a redução 
maior ou igual a 50% de 
pontuação em escalas 
de avaliação 
padronizadas
Remissão
redução maior ou igual 
a 50% de pontuação em 
escalas de avaliação 
padronizadas por mais 
de 2 semanas e menos 
de 6 meses
Recuperação
redução maior ou igual a 
50% de pontuação em 
escalas de avaliação 
padronizadas por mais de 
6 meses
CURVA DE KUPFER
Kupfer DJ. Long-Term treatment o f depression. J Clin Psychiatry. 1991 ;52 (suppl 5):28-34. 
O farmacêutico pode promover o rastreamento do
paciente, encaminhamento ao médico e posterior
acompanhamento do tratamento do paciente, para
tanto deve ser estabelecido junto ao paciente e ao
médico assistente os objetivos terapêuticos que se
pretende alcançar!
O farmacêutico deve avaliar a efetividade e 
segurança do tratamento, o processo de uso e a 
capacidade de gestão dos medicamentos, bem 
como os desfechos humanísticos.
CUIDADO FARMACÊUTICO NA SAÚDE MENTAL
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS TERAPÊUTICOS FREQUÊNCIA DE AVALIAÇÃO
EFETIVIDADE
Monitorização da doença*
Aplicação de instrumentos validados, como o PHQ-9.
Recomenda-se a utilização deste após o início ou a troca do tratamento (2 semanas|
4 semanas| 8 semanas|2 meses...), ou sempre que o farmacêutico definir como
pertinente no processo de anamnese, a depender das queixas trazidas pelo
paciente.
SEGURANÇA
Reação adversa / Toxicidade/ 
Interações medicamentosas
Em todas as consultas. Aplicar algoritmos se necessário.
PROCESSO DE USO DE MEDICAMENTOS
Adesão ao tratamento e 
capacidade de gestão dos 
medicamentos
Avaliação subjetiva da adesão ao tratamento em todas as consultas.
Nos casos de suspeita baixa adesão, sugere-se a avaliação e acompanhamento com
instrumentos padronizados, como ARMS (Adherence to Refills and Medication
Scale), BMQ (Beliefs about Medicines questionnaire) ou MedTake.
QUALIDADE DE VIDA E PERCEPÇÃO GERAL DA SAÚDE
Qualidade de vida e percepção 
geral de saúde
Durante o acompanhamento, reavaliar conforme necessário.
Sugere-se avaliar durante cada consulta de forma breve, a fim de direcionar
condutas que possam melhorar a percepção do paciente.
Recomenda-se utilização de escala visual analógica para ambos os parâmetros.
✓ Características clínicas
✓ Presença de comorbidades
✓ Histórico de uso prévio de 
antidepressivos
✓ Preferência do paciente
✓ Efetividade e tolerabilidade do 
medicamento
✓ Potenciais interações medicamentosas
✓ Simplicidade de uso do medicamento
✓ Custo e disponibilidade do medicamento
✓ O FARMACÊUTICO DEVE MONITORAR A ESCOLHA TERAPÊUTICA DE ACORDO
COM AS CARACTERÍSTICAS DO PACIENTE:
OBJETIVOS E METAS TERAPÊUTICAS DO FARMACÊUTICO 
✓ Características clínicas
✓ Presença de comorbidades
✓ Histórico de uso prévio de antidepressivos
✓ Preferência do paciente
✓ Efetividade e tolerabilidade do medicamento
✓ Potenciais interações medicamentosas
✓ Simplicidade de uso do medicamento
✓ Custo e disponibilidade do medicamento
✓ O FARMACÊUTICO DEVE MONITORAR A ESCOLHA TERAPÊUTICA DE ACORDO
COM AS CARACTERÍSTICAS DO PACIENTE:
✓ AUMENTO DA QUALIDADE DE VIDA:
✓ A depressão não tratada está associada a uma diminuição da qualidade de
vida, aumento do risco de suicídio e desfechos negativos das condições
clínicas crônicas. O farmacêutico deve estar atento às comorbidades do
paciente e avaliar o bem-estar periodicamente, assim como utilizar medidas
psicoeducativas para conscientizar e empoderar o paciente.
OBJETIVOS E METAS TERAPÊUTICAS DO FARMACÊUTICO 
✓ ADESÃO AO TRATAMENTO:
✓ O farmacêutico deve propor estratégias de promoção e garantia da adesão
do paciente ao tratamento proposto pelo médico.
✓ As principais estratégias para melhorar a adesão incluem a educação do
paciente e a estimulação à autogestão do cuidado, bem como o uso de uma
rede assistencial multiprofissional.
✓ A adesão ao tratamento deve ser discutida no início do tratamento e
monitorada regularmente durante o tratamento.
OBJETIVOS E METAS TERAPÊUTICAS DO FARMACÊUTICO 
Fármaco
Efeito 
anticolinérgico
Sono
Insônia/ 
agitação
Hipotensão 
ortostática
Altera 
Intervalo QT
TGI
Ganho de 
peso
Disfunção 
sexual
INIBIDORES SELETIVOS DA RECEPTAÇÃO DE SEROTONINA 
Citalopram 0 0 1+ 1+ 1+ 1+ 1+ 3+
Escitalopram 0 0 1+ 1+ 1+ 1+ 1+ 3+
Fluoxetina 0 0 2+ 1+ 1+ 1+ 1+ 3+
Fluvoxamina 0 1+ 1+ 1+ 0 a 1+ 1+ 1+ 3+
Paroxetina 1+ 1+ 1+ 2+ 0 a 1+ 1+ 2+ 4+
Sertralina 0 0 2+ 1+ 0 a 1+ 2+ 1+ 3+
AGENTES ATÍPICOS 
Agomelatina 0 1+ 1+ 0 0 1+ 0 0 a 1+
Bupropiona 0 0 2+ 0 1+ 1+ 0 0
Mirtazapina 1+ 4+ 0 0 1+ 0 4+ 1+
INIBIDORES DA RECEPTAÇÃO DE SEROTONINA E NORADRENALINA
Desvenlafaxina 0 0 1+ 0 0 2+ DI 1+
Duloxetina 0 0 1+ 0 0 2+ 0 a 1+ 1+
Venlafaxina 0 1+ 1+ 0 1+ 2+ 0 a 1+ 3+
0= NENUMA 1+=LEVE 2+=BAIXO 3+=MODERADO 4+=ALTO DI: DADOS INSUFICIENTES
MODULADORES DE SEROTONINA
Nefazodona 1+ 2+ 0 1+ 0 2+ 0 0
Trazodona 0 4+ 0 3+ 2+ 3+ 1+ 1+
Vilzadona 0 0 2+ 0 0 4+ 0 2+
Vortioxetina 0 0 0 0 0 3+ 0 1+
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS E TETRACÍCLICOS 
Amitriptilina 4+ 4+ 0 3+ 3+ 1+ 4+ 3 a 4+
Clomipramina 4+ 4+ 1+ 2 2 1 4 4
Desipramina 1 2 1 2 3 0 1 DI
Imipramina 3 3 1 4 3 1 4 3
Nortriptilina 2 2 0 1 3 0 1 DI
Trimipramina 4 4 1 3 1 0 4 DI
INIBIDORES DA MAO
Selegilina 1 0 1 1 0 0 0 0
Fármaco
Efeito 
anticolinérgico
Sono
Insônia/ 
agitação
Hipotensão 
ortostática
Altera 
Intervalo QT
TGI
Ganho de 
peso
Disfunção 
sexual
0= NENUMA 1+=LEVE 2+=BAIXO 3+=MODERADO 4+=ALTO DI: DADOS INSUFICIENTES
ENCAMINHAMENTO
✓ O farmacêutico deverá encaminhar ao médico os pacientes positivos no
rastreamento em saúde que não possuem diagnostico prévio para confirmação e
início de tratamento.
✓ Pacientes com diagnóstico prévio e sintomas não controlados (verificados na
escala) ou que apresentarem necessidade de ajuste na farmacoterapia por
problemas de eficácia ou segurança dos medicamentos também devem ser
encaminhados para avaliação médica.
✓ Também deve ficar atendo a presença de sintomas psicóticos como delírios e/ou
alucinações, que demonstram maior gravidade do quadro.
✓ Outra situação importante que também merece grande cuidado é o risco de
suicídio (pensamentos de morte,ideação suicida, planejamento suicida, tentativa
de suicídio), condição que requer sempre encaminhamento imediato.
✓ MELHORA FUNCIONAL:
✓ O farmacêutico deve acompanhar o paciente e verificar as atividades
desempenhadas periodicamente, incentivando e buscando melhoria sempre
de forma participativa.
✓ DIMINUIÇÃO E/OU REMISSÃO DOS SINTOMAS:
✓ Realizar monitoramento inclusive com aplicação de escalas.
OBJETIVOS E METAS TERAPÊUTICAS DO FARMACÊUTICO 
Atividade Prática
CASO CLÍNICO
Paciente feminino, 31 anos, IMC 22, professora de escola pública, solteira, mora sozinha.
apresenta quadro de cefaleia, irritabilidade, perda de apetite, insônia de manutenção há 6
meses. Apesar dos prejuízos na sua rotina diária a paciente, acreditando se tratar de um
quadro passageiro, não procurou assistência profissional.
o quadro evoluiu com piora dos sintomas, e nos últimos 2 meses vem apresentando tristeza
recorrente, sensação de perda de energia no corpo, perda de interesse em atividades que
antes lhe davam prazer como ir ao cinema e andar de bicicleta, episódios frequentes de choro
fácil.
Foi aconselhada pelos amigos a buscar a unidade básica de saúde e durante a consulta
médica foi orientada que se tratava de um quadro de “estresse” sendo sugerido atividade
física e mudança de sua rotina diária, fornecendo atestado de afastamento do trabalho para
30 dias, não sendo iniciado outros tipos de tratamento.
Passados os 30 dias paciente retornou à unidade básica onde relatou em consulta de triagem
com enfermeira ter sentido pouca melhora do quadro, mantendo importantes sintomas que
traziam grande sofrimento.
Como não havia disponibilidade de avaliação médica naquele momento, a paciente foi
encaminhada para uma consulta farmacêutica.
Ao entrar no consultório farmacêutico, a paciente alegou que não estava bem e foi
encaminhada para essa consulta, mas que não sabia ao certo como funcionava o
atendimento farmacêutico;
Qual seria a sua conduta?
Rastreamento da Depressão
Questionário sobre a saúde do paciente (PHQ-9)
Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por 
qualquer um dos problemas abaixo?
Nenhuma 
vez 
(0)
Vários 
dias
(1) 
Mais da 
metade 
(2) 
Quase 
todos os 
dias
(3)
1- Pouco interesse ou pouco prazer em fazer as coisas X
2. Se sentir “para baixo”, deprimido/a ou sem perspectiva X
3. Dificuldade para pegar no sono ou permanecer dormindo, ou dormir mais do que de 
costume
X
4. Se sentir cansado/a ou com pouca energia X
5. Falta de apetite ou comendo demais X
6. Se sentir mal consigo mesmo/a — ou achar que você é um fracasso ou que 
decepcionou sua família ou você mesmo/a
X
7. Dificuldade para se concentrar nas coisas, como ler o jornal ou ver televisão X
8. Lentidão para se movimentar ou falar, a ponto das outras pessoas perceberem. Ou o 
oposto – estar tão agitado/a ou irrequieto/a que você fica andando de um lado para o 
outro muito mais do que de costume
X
9. Pensar em se ferir de alguma maneira ou que seria melhor estar morto/a X
❖ Se você assinalou qualquer um dos problemas, indique o grau de dificuldade que os mesmos lhe causaram para realizar 
seu trabalho, tomar conta das coisas em casa ou para se relacionar com as pessoas? 
[ ] Nenhuma dificuldade [ ] Alguma dificuldade [X] Muita dificuldade [ ] Extrema dificuldade
SOMA DOS RESULTADOS:
1-4: Depressão mínima
5-9: Depressão leve
10-14: Depressão moderada
15-19: Depressão 
moderadamente grave 
20-27: Depressão grave
PHQ-9 = 14 
X
E agora????
• A paciente foi reavaliada pelo médico da UBS que então confirmou a condição
rastreada durante consulta farmacêutica, diagnosticando quadro de depressão;
• Iniciou tratamento farmacológico com fluoxetina 20mg, 01 cp pela manhã;
• Após 5 dias de uso da medicação, a paciente retornou à UBS e solicitou nova consulta
farmacêutica. Durante essa consulta queixou-se de náuseas, cefaléia e piora na perda
do apetite. Devido a tais sintomas, estava decidida a suspender a medicação por
conta própria.
• O que fazer??
ANSIEDADE
CONCEITO
ANSIEDADE
ANSIEDADE
✓Ansiedade é uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos
de perigo real ou imaginário;
✓De maneira geral, definimos os distúrbios de ansiedade quando há preocupação
excessiva e persistente, difícil de ser controlada, e causa sofrimento ao indivíduo.
Ansiedade
✓ Preocupações, tensões e medos exagerados;
✓ A pessoa não consegue relaxar;
✓ Sensação contínua de que algum desastre vai acontecer;
✓ Preocupações exageradas com a saúde, dinheiro, família, trabalho;
✓ Medo extremo de algum objeto ou situação em particular;
✓ Falta de controle sobre pensamentos, imagens ou atitudes que se repetem
independente da vontade.
SINTOMAS DA ANSIEDADE COMUMENTE 
DESCRITOS PELOS PACIENTES
ANSIEDADE
Sintomas psíquicos Sintomas físicos
Inquietação Palpitações
Fadiga Falta de ar
Irritabilidade Taquicardia
Dificuldade de concentração Aumento da pressão arterial
Sudorese excessiva
Dor de cabeça
Alteração dos hábitos intestinais
Náuseas
Tensão e dor muscular
Perturbações do sono
Ansiedade
CLASSIFICAÇÃO – DSM-5
Transtorno de 
Pânico
Transtorno de 
Ansiedade Social 
(Fobia Social)
Transtorno de 
Ansiedade 
Generalizada (TAG)
Transtorno de 
Ansiedade Induzido 
por Substâncias
Agorafobia
Fobias Específicas
(animal, sangue, 
etc)
Transtorno de 
Ansiedade devido a 
Outra Condição 
Médica
Transtorno de 
Ansiedade de 
Separação
Mutismo Seletivo
Vídeo Ansiedade
ANSIEDADE
TRANSTORNO DO PÂNICO 
✓O ataque de pânico é definido por um episódio abrupto de ansiedade e medo
intensos com início súbito, rico em sintomas físicos e com duração de minutos a horas;
✓Os sintomas típicos são:
✓ Dor no peito, 
✓ Falta de ar, 
✓ Sensação de morte iminente,
✓ Taquicardia,
✓ Calafrios ou ondas de calor,
✓ Desrealização ou despersonalização,
✓ Formigamentos (parestesias),
✓ Tonturas e sensação de desmaio,
✓ Sudorese, 
✓ Tremores,
✓ Alterações gastrointestinais.
✓ Medo de morrer ou enlouquecer 
✓ No transtorno do pânico, os ataques de pânico levam a uma preocupação
persistente ou ansiedade sobre a possível recorrência e/ou resultar em
mudanças comportamentais, como agorafobia, preocupações hipocondríacas e
alta utilização de serviços médicos.
✓ O distúrbio tem uma idade mediana de início de 24 anos e é aproximadamente
duas vezes mais comum em mulheres do que em homens, com uma prevalência
de 5% entre mulheres e 2% entre homens;
TRANSTORNO DO PÂNICO 
TRANSTORNO DO PÂNICO
Critérios Diagnósticos – DSM - 5 
1ª LINHA
• Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS):
• Doses iniciais baixas e titulação gradual, por exemplo: 5 mg Fluoxetina, 10 mg 
Paroxetina, 25 mg de Sertralina, 10 mg Citalopram e 5 mg Escitalopram, 1x/dia pela 
manhã. 
• Se o paciente é capaz de tolerar estas doses sem a ansiedade, agitação, ou insônia, as 
doses podem ser gradualmente aumentadas de 3-7 dias após o início.
• O ISRS deve ser titulado até a dose terapêutica durante 2 a 6 semanas.
TRANSTORNO DO PÂNICO
Tratamento
1ª LINHA
• Inibidores da Recaptação da Serotonina e Noradrenalina (IRSN):
• Venlafaxina LP: Iniciada a 37,5 mg/dia e aumentada para 75 mg/dia após uma semana 
e 150 mg/dia durante duas a três semanas. Se a resposta clínica é inadequada após 
seis semanas, a dose pode ser aumentada para 225 mg/dia.
• Benzodiazepínicos (BZD):
• Clonazepam 1 a 3 mg/dia ou Alprazolam 0,5 a 2,0 mg 3x/dia.
• BZD de ação prolongada são sugeridos para pacientes com sintomas graves ou que não 
responderam a um ISRS ou Venlafaxina, ou ainda que não podem esperar pelo tempo 
necessário para que eles funcionem.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL
✓Classificado como FOBIA SOCIAL na CID-10;
✓Os sintomas ocorrem em situações nas quais a pessoa se sente observada e avaliada 
pelos outros. Situações típicas compreendem: escrever, assinar, comer e fazer uma 
apresentação na presença dos outros;
✓Em contato com os outros, especialmente estranhos, o paciente sofre de sintomas 
comotremores, sudorese, enrubescimento, dificuldade de concentração (“branco na 
cabeça”), palpitações, tonteira e sensação de desmaio; 
Ansiedade
TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL
✓ Diferentemente dos ataques de pânico, os sintomas surgem durante as situações 
sociais temidas, ou mesmo antes, ao imaginar vivenciar uma situação de exposição. 
Geralmente duram até o contato com os outros terminar.
• Os medos angustiantes estão presentes em
múltiplas situações sociais que geralmente
incluem a interação social.
Generalizada
• Os medos estão limitados a uma ou poucas
situações sociais, que tendem a ser do
desempenho ao invés de situações
interacionais.
Não-Generalizada
Vídeo Fobia Social
Tratamento da Ansiedade Social
1ª LINHA – Transtorno de Ansiedade Social
• Inibidores da Recaptação da Serotonina (ISRS):
• TODOS - Não há evidência de superioridade de um ISRS em 
detrimento de outro;
• Inibidores da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (ISRS):
• Venlafaxina LP
(pode ser iniciada com 37,5 mg/dia e aumentada para uma dose dentro 
da faixa terapêutica, entre 75 e 225 mg/dia em cerca de 4 semanas);
TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL
Tratamento
2ª LINHA – Transtorno de Ansiedade Social
• Benzodiazepínicos: os BZP de alta potência são eficazes para o TAS, seja
como monoterapia ou como adjuvante de ISRS/ ISRN; O clonazepam pode
ser iniciado de 0,25 a 0,5 mg duas vezes ao dia, até um máximo de 2 mg duas
vezes ao dia.
• Gabapentina e a pregabalina demonstraram uma eficácia modesta (taxas de
resposta < 45%);
• *Beta-bloqueadores e BZD: tratamento de primeira linha para TAS não-
generalizada, pois atingem os seus efeitos dentro de 30 a 60 minutos, e são
usados conforme o necessário (ansiedade de desempenho);
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
✓ O início do transtorno de ansiedade generalizada é insidioso e precoce. Os pacientes
informam que sempre foram “nervosos” ou “tensos”.
✓ Tende a apresentar:
✓ Curso crônico que flutua em gravidade ao longo do tempo ou
✓ Curso episódico com alguns períodos intermediários de bem-estar relativo.
✓ Depressão comórbida é comum e é mais prejudicial, levando a pior prognóstico;
✓ É um dos transtornos mentais mais comuns em ambientes de atenção primária e está
associado ao aumento do uso de serviços de saúde;
✓ O distúrbio é aproximadamente duas vezes mais comum em mulheres do que em
homens;
Ansiedade
Segundo o DSM-5:
✓ O indivíduo com TAG acha difícil controlar a preocupação;
✓ A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seis
sintomas seguintes:
1. Inquietação ou sensação de estar excitada ou em risco;
2. Ser facilmente fadigado;
3. Dificuldade de concentração;
4. Irritabilidade;
5. Tensão muscular;
6. Distúrbio do sono (dificuldade em permanecer ou dormir, ou sono
insatisfeito e insatisfeito)
✓ A ansiedade, preocupação ou sintomas físicos causam sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo nas áreas sociais, ocupacionais ou outras áreas
importantes de funcionamento.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
Tratamento
1ª LINHA – Transtorno de Ansiedade Generalizada
• Inibidores da Recaptação da Serotonina (ISRS):
• TODOS - Não há evidência de superioridade de um ISRS em 
detrimento de outro;
• Inibidores da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (ISRS):
• Venlafaxina LP ou Duloxetina
2ª LINHA
• Antidepressivos Tricíclicos:
• Imipramina – iniciar com 25mg/dia e aumentar gradativamente até 150–
200mg/dia. Dose máx. 300mg/dia.
• Clomipramina – iniciar com 25mg/dia e aumentar gradativamente até 
100–150mg. Dose máx. 250mg/dia.
• Benzodiazepínicos:
• Clonazepam 0,5 – 4mg/dia;
• Alprazolam 0,5 – 4mg/dia;
• Outros:
• Buspirona 10-60mg/dia;
• Pregabalina: 50-300mg/dia.
✓ O início da ação clinicamente significativa para os ISRS demora cerca de 4
semanas; os BZDs podem ser administrados concomitantemente para tratar a
ansiedade e agitação durante o período em que o ISRS ainda não apresentou
efeito terapêutico;
✓ Uma vez que o paciente responde ao ISRS, o benzodiazepínico pode ser
gradualmente reduzido até a suspensão.
✓ Após 4 semanas, se o paciente mostrou uma resposta parcial a um ISRS, a dose
pode ser aumentada lentamente.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
Tratamento
MEDICAMENTOS QUE CAUSAM SINTOMAS DE ANSIEDADE
Estimulantes Simpatomiméticos Anticolinérgicos Dopaminérgicos Diversos
Na retirada da 
droga
Anfetamina Efedrina
Difenidramina
(Benadryl)
Amantadina Baclofeno Barbitúricos
Aminofilina Epinefrina Biperideno Bromocriptina Indometacina Benzodiazepinas
Cafeína Pseudoefedrina
Meperidina
(Demerol)
Levodopa-
carbidopa
Alucinógenos Narcóticos
Cocaína Tricíclicos
Neurolépticos
Álcool
Metilfenidato Metoclopramida
TRANSTORNO DE ANSIEDADE INDUZIDO POR SUBSTÂNCIAS
BENZODIAZEPÍNICOS
Há estimativas que, no 
Brasil, cada clínico geral 
possua uma lista com 
pelo menos 50 
pacientes dependentes 
destes psicotrópicos, 
dos quais, pelo menos 
30%, responsabilizam o 
prescritor pela 
manutenção do hábito 
de uso destes 
medicamentos 
(Meneses e col.,2007)
BENZODIAZEPÍNICOS
BENZODIAZEPÍNICOS
✓ EFEITOS:
✓ HIPNÓTICO
✓ RELAXANTE MUSCULAR
✓ ANSIOLÍTICO
✓ ANTICONVULSIVANTE
✓ Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de sedativos e hipnóticos.
✓ .0 - Intoxicação aguda
✓ .1 - Uso nocivo para a saúde
✓ .2 - Síndrome de dependência
✓ .3 - Síndrome de abstinência
✓ .8 - Outros transtornos mentais ou comportamentais
✓ .9 - Transtorno mental ou comportamental não especificado
✓ São chamados de hipnóticos os sedativos que produzem sonolência e facilitam
iniciar o sono: Ex. benzodiazepínicos, agonistas do receptor benzodiazepínico
(ditos compostos Z, como o zolpidem e a zolpiclona), a agomelatina e os
barbitúricos.
CLASSIFICAÇÃO NA CID 10 - F13 
BENZODIAZEPÍNICOS
✓ Não se deve esperar que o paciente preencha todos os critérios da síndrome de
dependência para começar a retirada,
✓ Os benzodiazepínicos por serem de alta eficácia, rápido início de ação e baixa
toxicidade, são alvo de aumento de doses pelos pacientes e recusa em parar de usá-
los, apesar das opiniões médicas.
✓ Fatores de risco para Síndrome de Dependência de Benzodiazepínicos:
✓ Maior duração do uso de benzodiazepínicos
✓ Maiores doses de benzodiazepínicos
✓ Nível inferior de educação
✓ SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA DE BENZODIAZEPÍNICOS:
✓ Consumidos em maior quantidade ou por períodos mais longos que o pretendido;
✓ Desejo persistente ou esforços malsucedidos para controlar o uso;
✓ Muito tempo é gasto para obtenção e na utilização do BZD;
✓ Fissura ou forte necessidade de usar o BZP;
✓ Uso recorrente de BZD, resultando no não cumprimento das principais obrigações de função;
✓ Manutenção do uso apesar de problemas sociais devido efeito do BZD;
✓ Atividades sociais, profissionais e de lazer importantes abandonadas ou reduzidas devido ao
efeitos adversos ao uso de BZD;
✓ Uso recorrente de BZD em situações de risco para integridade física;
✓ Manutenção do uso apesar da consciência da dependência;
✓ Evidência de tolerância no uso e abstinência na retirada do BZD.
BENZODIAZEPÍNICOS
✓ Qualquer redução abrupta ou excessivamente rápida na dose de BZD entre usuários
crônicos pode produzir Síndrome de Abstinência;
✓ O rápido reconhecimento e tratamento da abstinência de BZD é crucial porque a
síndrome pode se tornar muito grave. Os sintomas e sinais podem incluir tremores,
ansiedade, distúrbios de percepção, disforia, psicose e convulsões.
✓ Os sintomas podem ser retardados até três semanas em BZDs com meias-vidas
longas, mas podem aparecer em 24 a 48 horas após a cessação dos BZDs com
meias-vidas curtas. Podem também ocorrer após a diminuição da dose.
✓ A abstinência de BZD é tratada com um BZD de efeito clínico prolongado, como o
Diazepam;
✓ Embora o início e a duração dos sintomas de abstinência possam variar
amplamente, a maioria dos pacientes apresenta sintomas que duram de uma a
duas semanas;
BENZODIAZEPÍNICOS
POSSÍVEIS LOCAIS DETRATAMENTO
✓ Nas intoxicações graves com superdosagens, o atendimento deve ser feito em
pronto-socorro de hospital geral. Se necessário, o SAMU poderá ser acionado.
✓ O tratamento da dependência é ambulatorial. Pode ser feito em unidades
básicas de saúde (UBS), centros de atenção psicossocial (CAPS) e outros
serviços ambulatoriais.
TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA DE BZP
✓ Nos casos mais leves é possível a suspensão abrupta da medicação,
entretanto, a retirada gradual costuma ser mais bem aceita;
✓ Os 50% iniciais da retirada são mais fáceis e podem ser concluídos nas
primeiras duas semanas, ao passo que o restante da medicação pode
requerer um tempo maior;
✓ O prazo de retirada da medicação pode ser negociado com o paciente,
girando em torno de 4 a 8 semanas, inclusive para hipnóticos, podendo durar
até mais de 16 semanas
✓ É de grande valia oferecer esquemas de redução das doses por escrito, com
desenhos dos comprimidos e datas subsequentes de redução;
TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA DE BZP
✓ Pacientes que não conseguem concluir o plano de redução gradual podem se
beneficiar da troca para um agente de meia-vida mais longa, como o
diazepam, a fim de retirá-lo, gradualmente, depois;
✓ Estimada a dose de manutenção habitual, deve-se administrar a dose
equivalente de diazepam nos dois primeiros dias e então diminuí-la em 10%
ao dia, até a suspenção;
✓ O diazepam é a droga de escolha por ser absorvido de forma e seu
metabólito, o desmetildiazepam, é de longa duração, permitindo montar um
esquema de redução gradual, pois apresenta uma diminuição suave dos
níveis sanguíneos.
Rastreamento da 
Ansiedade
O farmacêutico na saúde mental
ESCALA DE ANSIEDADE DE BECK (BAI)
Durante o último mês você sentiu?
Ausente = 0 Suave = 1
não me incomoda 
muito
Moderado = 2
é desagradável, mas 
consigo suportar
Severo = 3 
quase não consigo 
suportar
1. Dormência ou formigamento
2. Sensações de calor
3. Tremor nas pernas
4. Incapaz de relaxar
5. Medo de acontecimentos ruins
6. Confuso ou delirante
7. Coração batendo forte e rápido
8. Inseguro (a)
9. Apavorado (a)
10. Nervoso (a)
11. Sensação de sufocamento
12. Tremor nas mãos
13. Trêmulo (a)
14. Medo de perder o controle
15. Dificuldade de respirar
16. Medo de morrer
17. Assustado (a)
18. Indigestão ou desconforto abdominal
19. Desmaios
20. Rubor facial
21. Sudorese (não devido ao calor)
Interpretação do Escore Total do BAI
ESCORE 
TOTAL
GRAVIDADE DA 
ANSIEDADE
0-7 Grau mínimo de ansiedade
8-15 Ansiedade leve
16-25 Ansiedade moderada
26-63 Ansiedade grave
INTERPRETAÇÃO TESTE DE ANSIEDADE
0-7 Nível de Ansiedade leve ou normal:
A ansiedade está controlada.
Aparentemente lida bem com a
ansiedade, ela é algo pontual e funciona
como estimulante no dia a dia, não
prejudica a aprendizagem e
produtividade.
8-15 Nível de Ansiedade leve:
A ansiedade tem grande espaço na rotina,
podendo fazer você perder a
concentração ou provocar sintomas
físicos que passam despercebidos
(aumento da frequência cardíaca, tensão
muscular, respiração deficitária,
etc). Mesmo assim, é possível resolver
problemas do dia-a-dia sem grandes
complicações. Atividades relaxantes e
MEV podem ajudar.
16 – 25 Nível de Ansiedade moderada:
A resolução de problemas comuns do dia-a-dia fica
comprometida. Os sintomas físicos são difíceis de
controlar; as emoções (medo, raiva) são expressas
numa intensidade desproporcional à situação; e, a
inquietação e a impaciência provocam grande prejuízo
na qualidade de vida. Necessário procurar ajuda de um
profissional médico e/ou um psicólogo.
26 – 63 Nível de Ansiedade Grave:
Neste nível de ansiedade todos os sintomas (físicos,
emocionais) estão severos, sem explicações e com
duração longa. A ansiedade pode se tornar
incapacitante, com a sensação de perda de controle,
trazendo sérios prejuízos na qualidade de vida (com
reflexos na qualidade do sono, na saúde física), nos
relacionamentos, na vida profissional e evoluindo para
transtornos mais sérios. Requer tratamento médico
e/ou psicológico o mais rápido possível.
Medidas não Farmacológicas –
Suplementação –Fitoterapia - MIPs
TRATAMENTO
✓Tratamento não farmacológico: Psicoterapia e Atividades físicas;
✓A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é a técnica com mais evidências de
sucesso no tratamento dos transtornos de ansiedade, podendo ser utilizada como
um tratamento isolado em casos leves a moderados, ou em combinação com
medicamentos em casos moderados a graves.
✓A escolha entre farmacoterapia e psicoterapia deve ser baseada na disponibilidade
e preferência do paciente.
Ansiedade
✓ Estudos epidemiológicos sugerem que 30 a 43 % dos pacientes tratados em cuidados
primários para ansiedade usam medidas alternativas como pelo menos parte de seu
tratamento
✓ Ensaios clínicos de remédios à base de ervas e suplementos dietéticos em sintomas e
distúrbios de ansiedade geralmente têm amostras pequenas e outras limitações
metodológicas apontando na maioria das vezes resultados inconclusivos.
✓ Os profissionais de saúde devem ajudar seus pacientes a avaliar os riscos e benefícios do
uso desses produtos investigando quais remédios e suplementos eles estão tomando,
particularmente aqueles conhecidos por interagir com outras drogas ou causar efeitos
adversos.
Ervas e Suplementação 
Nenhum dos remédios fitoterápicos testados para transtornos de ansiedade em ensaios clínicos
demonstrou ser claramente eficaz ou claramente ineficaz. Ensaios sugerem que
❖ Valeriana (Valeriana officinalis): Mecanismo de ação não conhecido, mas parece ter relação com
a afinidade da raiz de valeriana pelo receptor GABA. Poucos eventos adversos foram
relatados. Pode causar sonolência ou tontura. O risco de depressão respiratória deve ser
considerado no contexto de múltiplas drogas sedativas e/ou consumo significativo de
álcool. Valeriana pode causar dor abdominal em grandes doses.
❖ Flor da paixão - flor de maracujá ( Passiflora incarnata ) é tradicionalmente utilizado como uma
erva calmante. Os efeitos colaterais da flor da paixão são raros, mas podem incluir sonolência,
sedação, náuseas, vômitos e tontura.
❖ Erva de São João ( Hypericum perforatum ): Mecanismo de ação não conhecido. Propriedades
fracas inibidoras da monoamina oxidase (MAOI) têm sido sugeridas. A combinação com ISRS pode
causar a síndrome serotoninérgica e deve ser evitada. induz o sistema do citocromo P450 3A4.
Os achados de testes de valeriana, flor de maracujá e erva de São João são mistos, inconclusivos ou
negativos.
Ervas e Suplementação 
❖ Açafrão (Crocus sativus L): Dois ensaios clínicos, ambos com limitações metodológicas, 
mostraram maiores reduções na ansiedade e depressão com açafrão em comparação com 
placebo.
❖ Camomila (Matricaria recutita): tem sido usada para ansiedade. Pesquisas em animais
encontraram evidências de propriedades antiinflamatórias, anti-hiperglicêmicas,
antigenotóxicas e anticancerígenas . Foi relatado que a camomila aumenta as propriedades
anticoagulantes de outros medicamentos e, portanto, deve ser usada com cautela em
pacientes cujo estado de anticoagulação requeira monitoramento. Parece reduzir a
ansiedade em pessoas com TAG.
❖ Kava-kava (Piper methysticum): Propriedades psicoativas. O mecanismo de ação não é
conhecido; pesquisa sugere uma modulação da atividade do GABA e inibição da recaptação
de noradrenalina e dopamina. Os efeitos colaterais incluem dores de cabeça, sedação e
sonolência. relatos de hepatotoxicidade grave e insuficiência hepática. Parece reduzir a
ansiedade em pessoas com TAG.
Ervas e Suplementação 
Outras ervas menos conhecidas receberam algum estudo para ansiedade, mas
geralmente com limitações metodológicas significativas, resultados negativos ou
inconclusivos:
❖ Água hissopo ( Bacopa monnieri )
❖ Erva- cidreira/ Capim-limão ( Cymbopogon citratus )
❖ Raiz de ouro ( Rhodiola rosea )
❖ Skullcap ( Scutellaria lateriflora)
❖ Óleo de lavanda (Lavandula officinalis ou outras Lamiaceae)
❖ Erva- cidreira “verdadeira” (Melissa officianalis)
❖ A Borragem ( Echiumamoenum ) e o Cardo Mariano ( Silybum marianum ) mostraram
resultados promissores para o TOC em pequenos ensaios clínicos
Ervas e Suplementação 
Estudos mostraram associações entre as seguintes deficiências nutricionais e elevada
ansiedade ou a presença de um transtorno de ansiedade
❖ Deficiência de zinco e TOC e transtorno do pânico
❖ Deficiência de vitamina B 6 e ansiedade elevada
❖ Deficiência de Vitamina B 12 e TOC
Pequenos testes clínicos de suplementação dietética mostraram resultados promissores
para o
❖ •Zinco para o TOC e transtorno do pânico
❖ •vitaminas antioxidantes para TAG
❖ •Inositol para transtorno do pânico, agorafobia e TOC
❖ •Omega -3 para ansiedade por uso de substâncias
❖ •L-lisina / L-arginina para ansiedade associada à deficiência de cortisol
Ervas e Suplementação 
❖ PISCOTERAPIA:
✓ Destaca-se entre as abordagens não medicamentosas, considerada atualmente peça
fundamental
✓ A terapia cognitivo-comportamental tem apresentado melhores evidências de
resposta.
❖ ATIVIDADES FÍSICAS
As principais recomendações apontam pelo menos 30 minutos de exercícios de
moderada intensidade, no mínimo 3 vezes por semana.
❖ OUTRAS
Meditação, medidas religiosas e espirituais podem contribuir e não são prejudiciais mas
devem ser desencorajadas como tratamento único ou de primeira linha em situações de
moderada a grave. Agindo como adjuvante.
Ansiedade
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS TERAPÊUTICOS
Recorrência de episódios e 
Intensidade dos sintomas 
Fadiga, insônia, falta de ar, 
formigamento, confusão, 
instabilidade, dor no peito, 
palpitações, sudorese, boca 
seca, tremores, tensão 
muscular, vertigem, náusea e 
vômitos incontroláveis
Avaliação por meio de escalas
BAI
Esquizofrenia
“ESSAS VOZES NÃO ME DEIXAM EM PAZ ”
PSICOSE
“ Um conjunto de sintomas nos quais a capacidade mental da pessoa, sua 
resposta afetiva e sua capacidade de reconhecer a realidade, de se comunicar e 
de se relacionar com outras pessoas estão alteradas.”
ESQUIZOFRENIA
A esquizofrenia é um 
transtorno psiquiátrico que 
envolve psicose crônica ou 
recorrente. É comumente 
associada a alterações do 
funcionamento social e 
ocupacional.
✓ Atinge 1% da população mundial;
✓ Diagnóstico jovem: 15 aos 25 anos no homem, e 20 aos 30 anos na mulher;
✓ Afeta pessoas de todas as classes sociais e tem proporção semelhante entre homens e 
mulheres;
✓ Segundo a OMS uma das doenças mais incapacitantes e economicamente 
catastróficas;
✓ Aproximadamente 50% pessoas com esquizofrenia não recebem intervenções da
Saúde Mental (Federação Internacional de Farmacêuticos- FIP, 2015);
✓ 05% dos pacientes com esquizofrenia comete suicídio;
INTRODUÇÃO
HOR, 2010; Suominen, 2002; Wu, Birnbaum, 2005
INTRODUÇÃO
✓ Seu diagnóstico baseia-se fundamentalmente na história psiquiátrica e no exame
do estado mental: NÃO EXISTE UM EXAME DIAGNÓSTICO;
✓ É caracterizada por um período prodrômico que se constitui de sintomas
inespecíficos ou de sintomas que são chamados de negativos:
✓ Alterações no afeto (desconfiança, depressão, ansiedade, tensão,
irritabilidade) e
✓ Mudanças no comportamento (isolamento social, queda no rendimento
funcional, comportamento estranho).
Sintomas positivos
1. Alucinações - Percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem 
a presença do objeto estimulante real. A alucinação auditiva é a mais frequente.
Visuais
• Esferas incandescentes
• Flashes de cor
• Partes do corpo
• Pessoas
Auditivas
• Vozes
• Músicas
• Ruídos (barulho de 
máquinas)
Olfativas, gustativas ou 
somáticas
• Gosto ou cheiro 
estranho
• Sentimento de toque ou 
de abuso
ESQUIZOFRENIA – QUADRO CLÍNICO
Sintomas positivos
2. Delírios
• Alteração do conteúdo do 
pensamento no qual “a 
capacidade de julgar a realidade 
está patologicamente falseada”; 
• O paciente apresenta crenças 
irreais, impossíveis de serem 
modificadas pela experiência 
objetiva, por provas explícitas ou 
argumentos lógicos
Sistematizados
Bizarros
de 
Referência
GrandiososPersecutórios
Niilistas
Místico-
Religiosos
ESQUIZOFRENIA – QUADRO CLÍNICO
de Influência
Sintomas positivos
3. Desorganização de pensamento ou comportamento
Discurso 
tangencial
(a pessoa vai se 
desviando do tema)
Discurso 
circunstancial
(detalhes 
irrelevantes)
Descarrilamentos
(mudança de tema sem 
sequência)
Neologismos
(palavras que não 
existem no 
discurso)
Salada de 
palavras
ESQUIZOFRENIA – QUADRO CLÍNICO
Sintomas Negativos
GRUPO DE SINTOMAS SINTOMA MANIFESTAÇÃO
Redução da expressividade
Embotamento afetivo
Expressão facial imutável
Poucos movimentos espontâneos
Poucos gestos expressivos
Evitar contato visual
Resposta afetiva reduzida
Ausência de inflexões vocais
Alogia
[falta de lógica]
Pobreza do discurso
Bloqueio de pensamento
Latência de resposta
Avolição-apatia
Apatia
[falta de emoção, motivação, 
entusiasmo]
Falta de higiene
Falta com as responsabilidades
Inatividade
Anedonia
[perda da capacidade de sentir 
prazer]
Desinteresse social e falta de intimidade com as 
pessoas
Pouco interesse em sexo
Falta de interesse em ativ. estimulantes
Sintomas cognitivos
• Velocidade de processamento
• Atenção
• Memória de trabalho
• Aprendizagem e memória verbal
• Aprendizagem e memória visual
• Raciocínio / funcionamento executivo
• Compreensão verbal
• Cognição social
ESQUIZOFRENIA – QUADRO CLÍNICO
Outros sintomas psiquiátricos
• Pessoas com esquizofrenia têm maiores taxas de depressão, diversos transtornos de 
ansiedade, transtornos de uso de substância, e suicídio em comparação com 
pessoas sem esquizofrenia;
ESQUIZOFRENIA – QUADRO CLÍNICO
ESQUIZOFRENIA – DIAGNÓSTICO DSM-5
✓ Presença de dois ou mais sintomas por pelo menos 1 mês, sendo que pelo 
menos um deles deve ser dos de maior hierarquia:
Sintomas de maior hierarquia
• Delírios
• Alucinações
• Discurso desorganizado
Sintomas de menor hierarquia
• Comportamento grosseiramente 
desorganizado ou catatônico;
• Sintomas negativos.
✓Os vários antipsicóticos parecem ter efeitos equivalentes, exceto a CLOZAPINA
(mais efetiva, mas devido ao risco de agranulocitose reservada para pacientes
pouco responsivos);
✓Os passos do tratamento farmacológico de episódios agudos de sintomas 
psicóticos obedecem, de maneira geral, a seguinte ordem: 
✓Monoterapia com antipsicóticos típicos ou atípicos; 
✓Ajuste da dose; 
✓Troca de antipsicótico (pelo menos 3 medicamentos); 
✓Substituição por clozapina; 
✓Combinação com outros fármacos; 
✓Eletroconvulsoterapia. 
ESQUIZOFRENIA – TRATAMENTO
ANTIPSICÓTICOS
1º GERAÇÃO
Dose usual 
(mg/dia)
Dose inicial 
(mg/dia)
Dose máxima 
(mg/dia)
Formulações
Clorpromazina 400-600 20-200 800 Comp, IM
Flufenazina 2-15 2-10 12
Comp, IM, comp. 
Solúvel, solução
Haloperidol 2-20 2-10 30
Comp, IM, IM 
prolong, comp. 
Solúvel, solução
Levomepromazina 400-600 100 1000 Comp, solução, IM
Pimozida 8-10 1-2 10 Comp.
Tioridazina 10-20 5-10 30 Comp.
Trifluoperazina 15-20 4-10 40 Comp.
Zuclopentixol 10-60 10-20 75 Comp, IM
2º GERAÇÃO
Dose usual 
(mg/dia)
Dose inicial 
(mg/dia)
Dose máxima 
(mg/dia)
Formulações
Aripiprazol
10-15 10-15 30 Comp, IM, solução
Azenapina 10-20 10 20 Comp sublingual
Clozapina
150-600 25-50 900 Comp, suspensão
Olanzapina 10-20 5-10 30 Comp, IM
Paliperidona 6-12 6 12 Comp (LP), IM
Quetiapina 150-750
400-800 (LP)
50
750
800 (LP)
Comp, comp (LP)
Risperidona
2-6 1-2 8 Comp, IM, solução
Ziprazidona 40-160 40-80 200 Caps, IM
Lurasidona 40-80 20 120 Comp
Eventos Adversos dos 
Antipsicóticos
PSEUDOPARKINSONISMO
✓ Tremores, lentidão, rigidez de movimento, sialorreia.
ACATISIA
✓ Inquietação, angústia, dificuldade de permanecer imóvel
DISTONIA AGUDA
✓ Contrações espásticas dos músculos – posturas anormais ou espasmos musculares
prolongados, posicionamento anormal da cabeça e pescoço em relação ao corpo;
espasmos dos músculos da mandíbula (trismo, caretas):
DISCINESIA TARDIA
✓ A discinesia tardia é caracterizada por movimentos repetitivos, involuntários

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