Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Módulo: Saúde Mental CONCEITUANDO A SAÚDE MENTAL “Saúde Mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo realiza as suas funções, consegue lidar com estresse da vida normalmente, pode trabalhar de forma produtiva e é capaz de dar contribuições para si e para sua comunidade” SONY, 2009, p.48)(WHO. INVESTING IN MENTAL HEALTH: EVIDENCE FOR ACTION, 2013; SAÚDE MENTAL AMBIENTAIS BIOLÓGICOS SÓCIOECONÔMICOS A saúde mental é determinada por uma série de fatores PSICOLÓGICOS TRANSTORNOS MENTAIS, SEGUNDO CID-10 F00-F99 - Transtornos Mentais e do Comportamento F00-F09- Transtornos mentais orgânicos, inclusive os sintomáticos F10-F19 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substância psicoativa F20-F29 - Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes F30-F39 - Transtornos do humor [afetivos] F40-F48 - Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o estresse e transtornos somatoformes F50-F59 - Síndromes comportamentais associadas a disfunções fisiológicas e a fatores físicos F60-F69 - Distorções da personalidade e do comportamento adulto F70-F79 - Retardo mental F80-F89 - Transtornos do desenvolvimento psicológico F90-F98 - Transtornos do comportamento e transtornos emocionais que aparecem habitualmente durante a infância ou a adolescência F99 - Transtorno mental não especificado Classificação dos transtornos mentais de acordo com DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) da Associação Psiquiátrica Americana (APA) Saúde Mental “É parte integrante da saúde; na verdade, não há saúde sem saúde mental” “A saúde mental é mais do que a ausência de transtornos mentais” “Estratégias e intervenções custo- efetivas de saúde pública e intersetoriais existem para promover, proteger e restaurar a saúde mental.” Segundo a OMS: ASPECTOS GERAIS ✓Os transtornos mentais atingem, em média, 26,1% da população adulta em 17 países no mundo Como esta a Saúde Mental do mundo ✓Os TM são responsáveis por 22,9% do total de “anos vividos com incapacidade” (1ª causa). Saúde mental & incapacidade? ✓7,4% do total de “anos de vida perdidos por morte ou incapacidade” (5ª causa) ✓A redução na expectativa de vida, em média, de 10,1 ANOS de vida Anos de vida perdidos por doenças mentais? ✓Estima-se que 14,3% das mortes em todo o mundo são atribuíveis aos TM. ✓Pessoas com TM têm uma taxa de mortalidade 2,2 vezes maior do que a população geral Mortalidade & Saúde mental (Bonadiman et al. Rev Bras Epidemiol, 2017; WALKER, MCGEE, DRUSS, a systematic review and meta-analysis. JAMA psychiatry, 2015) Instituto Nacional de Saúde Mental, 2014; COSTA, COLUGNATI, RONZANI, Ciência & Saúde Coletiva, 2015; Lancet, 2013; VOS et al. The Lancet, 2016. ASPECTOS GERAIS Em países de renda média a baixa, 76% a 85% das pessoas com transtornos mentais graves não recebem tratamento TM são frequentemente comórbidos com outras doenças altamente prevalentes e incapacitantes, como, as doenças cardiovasculares e o diabetes Cerca de 80% das mortes por suicídio são atribuíveis aos TM Os transtornos depressivos e de ansiedade estão entre as maiores causas de incapacidade no Brasil e no mundo REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (RAPS) Unidade básica de Saúde/ Equipe de Saúde da Família; NASF; Centros de Convivência e Cultura; Consultório na Rua Atenção Básica/Primária Centros de Atenção Psicossocial (CAPS - III, II, I, AD, i)Atenção Psicossocial Estratégica SAMU; Sala de Estabilização; UPAs; Unidades de Saúde 24h e hospitais/pronto socorro Atenção de Urgência e Emergência Unidade de Acolhimento; Serviço de Atenção em Regime Residencial Atenção Residencial de Caráter Transitório Serviço Hospitalar de referencia para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Atenção Hospitalar Programa de volta para casa; Serviços Residenciais terapêuticos Estratégias de Desinstitucionalização Iniciativas de geração de trabalho e renda; Empreendedorismo solidário e cooperativas sociais Estratégias de Reabilitação Psicossocial Qual serviço é responsável pela saúde mental no SUS? Redes de Atenção Psicossocial (RAPS) RAPS: instituída pela portaria GM/MS n 3088/2011. Define o desenho e as diretrizes para a organização e articulação dessa rede com as demais redes do SUS O QUE HÁ DE SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA? TRANSTORNO DE HUMOR Os mais frequentes na Atenção Básica são: depressão, ansiedade, somatizações PSICOSES Na psicose, colaborar com os serviços para o reconhecimento precoce e acompanhamento dos casos INTERVENÇÃO PREVENTIVA Agir preventivamente, como instrumento de reorganização da demanda O FARMACÊUTICO E A SAÚDE MENTAL Compreender a organização e a importância da Saúde Mental Cenário epidemiológico identificar as principais características dos Transtornos Mentais mais prevalentes; Cenário nosológico Implementar as funções do profissional Farmacêutico no acompanhamento dos pacientes com transtornos mentais Cenário de prática O FARMACÊUTICO E A SAÚDE MENTAL Revisar: necessidade, adesão, efetividade, segurança Gestão da condição clínica Revisar aspectos: farmacocinética, farmacodinâmica, interações, reações adversas Farmacoterapia Planejar estratégias de acompanhamento, visando melhora da qualidade de vida e otimização dos resultados farmacoterapêuticos Plano de cuidado Mais de 11,5 milhões brasileiros, ou 5,8% da população brasileira com diagnóstico da depressão (OMS, 2015). DEPRESSÃO D E P R E S S Ã O TRANSTORNO DEPRESSIVO “Os transtornos depressivos são condições médicas sérias, potencialmente letais, cujo quadro clínico é dominado por humor patológico e alterações comportamentais, cognitivas e vegetativas. Sem diagnóstico e tratamento adequados causam sofrimento importante e incapacitam para o trabalho e a vida social e familiar. “ Depressão (MORENO, DEMÉTRIO, MORENO, 2011) PREVALÊNCIA Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem ser atingidas, porém: ❖ Mulheres são duas a três vezes mais afetadas que os homens; ✓ Diferenças hormonais(?) ✓ Estressores psicossociais (?) ✓ Parto (?) ❖ Idade média de início na população geral: ✓ Países em desenvolvimento – 27,2 anos; ✓ Países desenvolvidos – 28,9 anos; Depressão Atualmente há tendência de início ainda mais precoce! FISIOPATOLOGIA DA DEPRESSÃO PRINCIPAIS NEUROTRANSMISSORES Serotonina Noradrenalina Adrenalina Dopamina ❖ Teoria Monoaminérgica: FISIOPATOLOGIA Si n ap se N o rm al Si n ap se n a D ep re ss ão ❖Teoria dos Segundos Mensageiros ✓ Falta ou desequilíbrio de neurotransmissores no SNC; ✓ Desequilíbrio nos sistemas de mensageiros secundários e peptídeos neuroativos na depressão. Ação em cascata no interior do neurônio. ✓ Um provável local de falha na transdução de sinais pelos receptores monoaminérgicos na depressão é o gene do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF) FISIOPATOLOGIA ❖Teoria da desregulação do eixo Hipotálamo-Hipófise- Adrenal (HHA): ✓ Eixo hiperativado foi evidenciado em metade dos deprimidos; ✓ Pode ser causada pelo estresse crônico: • Reduz a expressão do BDNF. ❖Teoria da alterações no ritmo circadiano: ✓ Períodos insuficientes de luz podem ocasionar depressão sazonal; ✓ Síntese e secreção de neurotransmissores estão sob influência do ritmo circadiano; ✓ Observa-se que a regulação do ritmo circadiano beneficia o paciente deprimido; FISIOPATOLOGIA ❖ Fatores genéticos: ✓ Estimado em 40% a 50% de contribuição na depressão; ✓ Filtram os fatores ambientais conferindo diferentessuscetibi- lidade a depressão ao indivíduo; ❖ Fatores ambientais e psicossociais; ✓ Uso de substâncias psicoativas: • Álcool, Tabaco e Drogas ilícitas; • Inibidores do apetite; • Medicamentos; ✓ Características da personalidade; ✓ Padrão de relacionamentos pessoais ✓ Alteração dos ritmos biológicos: • Privação de sono; ✓ Eventos adversos precoces: • Perda parental; • Abuso físico/sexual na infância; • Baixo suporte social; • Separações. Medicamentos que podem ocasionar depressão ACTH (corticotropina) Cafeína Interferons Ranitidina Cimetidina Levodopa Alfa-metildopa Pseudoefedrina Metoclopramida Esteróides anabólicos Vareniclina Contraceptivos orais Baclofeno Glicocorticóides Fenotiazinas Benzodiazepinicos Sulfonamidas Propranolol Depressão QUADRO CLÍNICO E CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS Apresenta quadro clínico heterogêneo, porém existem três aspectos norteadores: ✓ Humor depressivo e/ou falta de interesse e motivação com prejuízo da capacidade de se sentir bem; ✓ Queda do ânimo ou fadiga, com sensação de redução do nível de energia no corpo; ✓ Lentificação psicomotora. Depressão CRITÉRIO DIAGNÓSTICO PARA DEPRESSIVO MAIOR SEGUNDO DSM-5 A= CINCO (OU MAIS) SINTOMAS ESTIVERAM PRESENTES DURANTE O PERÍODO DE DUAS SEMANAS (QUASE TODOS OS DIAS A MAIOR PARTE DO DIA); SENDO PELO MENOS 01 DENTRE OS “SINTOMAS FUNDAMENTAIS” E 04 DOS “SINTOMAS ASSOCIADOS”. Sintomas fundamentais: presença de pelo menos 01 desses sintomas → 1. Humor deprimido ou 2. Perda de interesse ou prazer Sintomas associados: presença de pelo menos 04 desses sintomas → 3. Redução ou aumento do apetite com alteração de peso; 4. Insônia ou hipersonia; 5. Agitação ou retardo psicomotor 6. Fadiga ou perda de energia 7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada 8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão 9. Pensamentos recorrentes de morte B= OS SINTOMAS CAUSAM SOFRIMENTO CLINICAMENTE SIGNIFICATIVO OU PREJUÍZO NO FUNCIONAMENTO SOCIAL, PROFISSIONAL OU EM OUTRAS ÁREAS IMPORTANTES DA VIDA DO INDIVÍDUO. C= O EPISÓDIO NÃO É ATRIBUÍVEL AOS EFEITOS FISIOLÓGICOS DE UMA SUBSTÂNCIA OU A OUTRA CONDIÇÃO MÉDICA D= A OCORRÊNCIA DO EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR NÃO É CAUSADA POR TRANSTORNO DELIRANTE, OUTRO TRANSTORNO DO ESPECTRO DA ESQUIZOFRENIA E OUTRO TRANSTORNO PSICÓTICO. E= NUNCA HOUVE UM EPISÓDIO MANÍACO OU UM EPISÓDIO HIPOMANÍACO. ✓ Gravidade: Leve: Os sintomas são poucos. A intensidade causa sofrimento, mas é manejável, e os sintomas resultam em pouco prejuízo no funcionamento social ou profissional. Moderada: O número de sintomas, sua intensidade e/ou o prejuízo funcional são intermediários; Grave: O número de sintomas está além do requerido para o diagnóstico. Sua intensidade causa grave sofrimento, de difícil manejo, e os sintomas interferem acentuadamente no funcionamento social e profissional. Pode apresentar características psicóticas e ideação suicida. CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO Depressão Os transtornos depressivos podem ser classificados segundo: ✓Sintomatologia: melancólica/típica, psicótica e atípica; ✓Polaridade: bipolar ou unipolar; ✓Curso: aguda, recorrente, crônica; ✓Fatores desencadeantes: sazonal, puerperal; Depressão ✓ Afeta 5% da população geral durante a vida, principalmente mulheres; ✓ É um estado depressivo leve e crônico (duração > 2 anos), com sentimentos frequentes de insatisfação e pessimismo; ✓ 95% dos distímicos desenvolverão algum episódio depressivo ao longo da vida; ✓ Sua cronicidade implica maior morbidade e prognóstico ruim, inclusive com pior resposta à antidepressivos; ✓ Como os sintomas são leves, é comum o distímico não se considerar doente a creditar os sintomas à sua personalidade; ✓ São comuns letargia, falta de iniciativa e ânimo, anedonia, dificuldade de concentração, sentimentos de inadequação e baixa autoestima; ✓ O tratamento geralmente dura anos. Classificação : DISTIMIA DURAÇÃO E EVOLUÇÃO ❖SEM TRATAMENTO (em média): ✓ EPISÓDIO LEVE/MODERADO: 4 a 30 SEMANAS; ✓ EPISÓDIO GRAVE: 6 a 8 MESES (25% MAIS DE 12 MESES); ❖COM TRATAMENTO (em média): ✓ 3 meses (A suspensão precoce do tratamento pode precipitar recaídas); ❖EVOLUÇÃO: ✓ Cerca de 30% dos pacientes cronificam, tornando-se parcial ou totalmente sintomáticos; ✓ Cerca de 5 a 10% desenvolvem transtorno afetivo bipolar; ✓ Restante se recuperam. ❖Risco de suicídio: estimado em 15% dos pacientes. Abraham Lincoln Britney Spears Cássia Kiss Robin Willians Renato Russo Kurt Cobain Santos-Dumont Walmor Chagas Whitney Houston Jim Carrey Jean-Claude Van Damme J.K. Rowling Padre Marcelo Rossi Rastrear Depressão RASTREAMENTO ✓ Rastrear a depressão ainda é assunto controverso, pois apresenta limitada evidência científica quanto a sua eficácia; ✓ No entanto várias instituições recomendam o uso de instrumentos para rastreio pois a depressão é o distúrbio psiquiátrico mais comum na população geral e a condição de saúde mental mais frequente em pacientes atendidos em cuidados primários; ✓ Aproximadamente 65% dos pacientes portadores de depressão avaliados em serviços de cuidados primários apresentam sintomas devido a esta doença: Depressão Insônia Fadiga Dor crônica Percepção de saúde razoável ou ruim Sintomas físicos inexplicados RASTREAMENTO ✓ Na ausência de triagem estima-se que apenas 50% dos pacientes com depressão são identificados, e o rastreio rotineiro desta doença pode melhorar as taxas de diagnóstico. ✓ No entanto, para que os resultados clínicos sejam melhorados, o rastreamento deve ser parte de uma abordagem integralizada, em que a equipe esteja disponível para exercer adequado gerenciamento dos pacientes. RASTREAMENTO Depressão RASTREAMENTO Teste de duas questões (PHQ-2) 1. Durante o último mês você se sentiu incomodado por estar para baixo, deprimido ou sem esperança? 2. Durante o último mês você se sentiu incomodado por ter pouco interesse ou prazer para fazer as coisas? Sim para as duas questões: Sensibilidade = 96% e Especificidade = 57% Rastreamento da DepressãoQuestionário sobre a saúde do paciente (PHQ-9) Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer um dos problemas abaixo? Nenhuma vez (0) / Vários dias (1) / Mais da metade (2) / Quase todos os dias (3) 1. Pouco interesse ou pouco prazer em fazer as coisas 2. Se sentir “para baixo”, deprimido/a ou sem perspectiva 3. Dificuldade para pegar no sono ou permanecer dormindo, ou dormir mais do que de costume 4. Se sentir cansado/a ou com pouca energia 5. Falta de apetite ou comendo demais 6. Se sentir mal consigo mesmo/a — ou achar que você é um fracasso ou que decepcionou sua família ou você mesmo/a 7. Dificuldade para se concentrar nas coisas, como ler o jornal ou ver televisão 8. Lentidão para se movimentar ou falar, a ponto das outras pessoas perceberem. Ou o oposto – estar tão agitado/a ou irrequieto/a que você fica andando de um lado para o outro muito mais do que de costume 9. Pensar em se ferir de alguma maneira ou que seria melhor estar morto/a SOMA DOS RESULTADOS: 1-4: Depressão mínima, 5-9: Depressão leve, 10-14: Depressão moderada, 15-19: Depressão moderadamente grave, 20-27: Depressão grave Se você assinalou qualquer um dos problemas, indique o grau de dificuldade que os mesmos lhe causaram para realizar seu trabalho, tomar conta das coisas em casa ou para se relacionar com as pessoas? [ ] Nenhuma dificuldade [ ] Alguma dificuldade [ ] Muita dificuldade [ ] Extrema dificuldade Rastreamento da DepressãoQuestionário sobre a saúde do paciente (PHQ-9) Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer um dos problemas abaixo? Nenhuma vez (0) Vários dias (1) Mais da metade (2) Quase todos os dias (3) 1- Pouco interesse ou pouco prazer em fazer as coisas 2. Se sentir “para baixo”, deprimido/a ou sem perspectiva 3. Dificuldade para pegar no sono ou permanecer dormindo, ou dormir mais do que de costume 4. Se sentircansado/a ou com pouca energia 5. Falta de apetite ou comendo demais 6. Se sentir mal consigo mesmo/a — ou achar que você é um fracasso ou que decepcionou sua família ou você mesmo/a 7. Dificuldade para se concentrar nas coisas, como ler o jornal ou ver televisão 8. Lentidão para se movimentar ou falar, a ponto das outras pessoas perceberem. Ou o oposto – estar tão agitado/a ou irrequieto/a que você fica andando de um lado para o outro muito mais do que de costume 9. Pensar em se ferir de alguma maneira ou que seria melhor estar morto/a ❖ Se você assinalou qualquer um dos problemas, indique o grau de dificuldade que os mesmos lhe causaram para realizar seu trabalho, tomar conta das coisas em casa ou para se relacionar com as pessoas? [ ] Nenhuma dificuldade [ ] Alguma dificuldade [ ] Muita dificuldade [ ] Extrema dificuldade SOMA DOS RESULTADOS: 1-4: Depressão mínima 5-9: Depressão leve 10-14: Depressão moderada10 15-19: Depressão moderadamente grave 20-27: Depressão grave (MANEA, GILBODY, MCMILLAN, 2012; KROENKE et al., 2010; AZAH et al., 2005; KROENKE, SPITZER, WILLIAMS, 2001) PHQ-9 – INTERPRETANDO 1-4: Depressão mínima 5-9: Depressão leve O farmacêutico deve estar atento às comorbidades do paciente e avaliar o bem-estar periodicamente, assim como utilizar medidas psicoeducativas para conscientizar e empoderar o paciente sobre a importância da saúde mental. (MANEA, GILBODY, MCMILLAN, 2012; KROENKE et al., 2010; AZAH et al., 2005; KROENKE, SPITZER, WILLIAMS, 2001) ATENÇÃO PARA AS QUEIXAS DO PACIENTE !! Considerar medidas não farmacológicas e MIPs→ avaliação individual 10-14: Depressão moderada 15-19: Depressão moderadamente grave 20-27: Depressão grave (MANEA, GILBODY, MCMILLAN, 2012; KROENKE et al., 2010; AZAH et al., 2005; KROENKE, SPITZER, WILLIAMS, 2001) O farmacêutico deve estar atento às comorbidades do paciente e avaliar o bem-estar periodicamente, assim como utilizar medidas psicoeducativas para conscientizar e empoderar o paciente e deve encaminhar o paciente ao médico. Se confirmado diagnóstico iniciar acompanhamento PHQ-9 – INTERPRETANDO ACOMPANHAR PACIENTE!! Sempre considerar medidas não farmacológicas → avaliação individual ATENÇÃO AO RISCO DE SUICÍDIO!! TRATAMENTO Depressão COMO OS MÉDICOS DEFINEM QUAL MEDICAMENTO DEVE SER PRESCRITO? ✓ A escolha da terapia farmacológica é influenciada pela gravidade e características dos sintomas e existência de comorbidades clínicas. ✓ Partindo do princípio que a eficácia dos antidepressivos de primeira-linha pode ser considerada comparável entre as classes, a escolha do antidepressivo baseia-se: Tratamento da Depressão (MORENO, DEMÉTRIO, MORENO, 2011) Espectro de efeitos colaterais, segurança e tolerabilidade Histórico de resposta anterior Preferência do paciente Apresentação clínica do quadro depressivos Custo do tratamento Evidências científicas disponíveis •Tratamentos de primeira linha incluem psicoeducação, autogestão do cuidado e psicoterapia. •Em algumas situações a farmacoterapia pode ser considerada, de acordo com: ✓Falta de resposta a intervenções não-farmacológicas. ✓A preferência do paciente, ✓A resposta prévia a antidepressivos •Deve ser feita monitoração para a persistência ou para o desenvolvimento de episódio depressivo moderado a grave. DEPRESSÃO LEVE Depressão •Oferecem maior prejuízo sobre o dia-a-dia do paciente; •Incluir psicoterapia e ações educativas e de suporte; •Requer na maioria das vezes farmacoterapia: ✓Preferencialmente inibidores seletivos da receptação de serotonina (ISRS) ou inibidores da receptação da serotonina- norepinefrina (IRSN). ✓Antidepressivos atípicos e moduladores da serotonina são alternativas possíveis. ✓Os antidepressivos tricíclicos, a quetiapina e a trazodona são considerados agentes de segunda linha principalmente devido à maior carga de efeitos colaterais. ✓As recomendações de terceira linha incluem inibidores da monoamina-oxidade (IMAO), principalmente devido a maior carga de efeitos colaterais e potenciais interações medicamentosas e dietéticas, e a reboxetina, que apresenta menor eficácia. DEPRESSÃO MODERADA Depressão•Acarreta importante prejuízo e incapacitação sobre o dia-a-dia do paciente; •Incluir psicoterapia e ações educativas e de suporte; •Requer farmacoterapia: ✓ISRS e IRSN são as classes mais indicadas. ✓Antidepressivos atípicos e moduladores da serotonina também podem ser iniciados. ✓Em alguns casos faz-se necessário associar outros medicamentos, que podem variar de acordo com os sintomas apresentados (exemplo: ansiolíticos). ✓Para pacientes que mostram pouca melhora dos sintomas, apesar do uso da medicação em dose plena, é recomendado troca ou combinação de antidepressivos. •Podem cursar com sintomas psicóticos: a associação de antidepressivos + antipsicóticos é mais efetiva; •Geralmente apresenta alto risco de suicídio; •Outra alternativa para o tratamento é a eletrocunvulsoterapia (ECT). DEPRESSÃO GRAVE TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Inibidores seletivos da recaptação de serotonina Anti- depressivos tricíclicos Inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina Inibidores da enzima MAO Moduladores de serotonina Agentes atípicos Medidas Farmacológicas INIBIDORES SELETIVOS DE RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA - ISRS ✓ Existem hoje seis fármacos principais nessa classe, que compartilham a propriedade comum de inibir a recaptação de serotonina de forma seletiva, mas também apresentam propriedades farmacológicas próprias, que possibilitam a diferenciação uns dos outros. São eles: FLUOXETINA PAROXETINA SERTRALINA CITALOPRAM FLUVOXAMINA ESCITALOPRAM Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS) Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS) INIBIDORES SELETIVOS DE RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA DROGA NOME COMERCIAL DOSE FLUOXETINA PROZAC® 20 A 60 MG/DIA (80MG?) PAROXETINA AROPAX® 20 A 60 MG/DIA SERTRALINA ZOLOFT® 50 A 200 MG/DIA CITALOPRAM CIPRAMIL® 20 A 60 MG/DIA ESCITALOPRAM LEXAPRO® 10 A 20 MG/DIA (30 MG?) FLUVOXAMINA LUVOX® 50 A 300 MG/DIA ISRS – PRINCIPAIS INDICAÇÕES TRANSTORNOS DEPRESSIVOS TRANSTORNOS ANSIOSOS • TAG • FOBIA SOCIAL • T. PÂNICO • TEPT • TOC* ISRS – PRINCIPAIS INDICAÇÕES TRANSTORNOS ALIMENTARES TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL ✓ Todos os ISRS se ligam fortemente às proteínas (fluvoxamina e citalopram em menor grau); ✓ FLUOXETINA: ✓ É a única que apresenta metabólito com atividade clínica significativa (norfluoxetina), que inibe a recaptação de serotonina; ✓ A longa meia-vida da fluoxetina e da norfluoxetina, faz com que a fluoxetina tenha maior latência para início de ação antidepressiva; ISRS – FARMACOCINÉTICA ✓ SERTRALINA, CITALOPRAM E ESCITALOPRAM: ✓ Tem farmacocinética linear, ou seja, as concentrações plasmáticas são proporcionais às doses administradas; ✓ PAROXETINA, FLUOXETINA E FLUVOXAMINA: ✓ Têm farmacocinética não-linear, ou seja, aumentos das doses dessas medicações levam a aumentos desproporcionais dos níveis plasmáticos, meias-vidas e possivelmente nos efeitos colaterais; ISRS – FARMACOCINÉTICA ✓ Em função de sua seletividade, apresentam um perfil mais tolerável de efeitos colaterais: ISRS – EFEITOS COLATERAIS PRINCIPAIS EFEITOS COLATERIAS DOS ISRS NÁUSEAS E VÔMITOS AGITAÇÃO E ANSIEDADE DIMINUIÇÃO DA LIBIDO CICLAGEM PARA MANIA TONTURA ALTERAÇÕES DO SONO TREMORES PERDA OU GANHO DE PESO INIBIDORES DE RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA E NORADRENALINA (IRSN OU DUAIS) ✓ Inibição substancial do SERT e vários graus de inibição do transportador de noradrenalina(NAT); ✓ Acredita-se que um mecanismo contribui para o bom funcionamento do outro, ampliando o alcance no cérebro; Quem são? Duloxetina Venlafaxina Desvenlafaxina Milnaciprano IRSN – MECANISMO DE AÇÃO: INIBIDORES DE RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA E NORADRENALINA DROGA NOME COMERCIAL DOSE VENLAFAXINA EFEXOR® 75 A 375 MG/DIA DESVENLAFAXINA PRISTIQ® 50 A 200 MG/DIA DULOXETINACYMBALTA® 60 A 120 MG/DIA MILNACIPRANO IXEL® 50 A 100MG/DIA IRSN – MEDICAMENTOS IRSN – INDICAÇÕES DEPRESSÃO • 1ª ESCOLHA EM CASOS GRAVES TRANSTORNOS DE ANSIEDADE • TAG, • TEPT, • FOBIA SOCIAL E • TOC* DOR CRÔNICA FIBROMIALGIA ENXAQUECA (DULOXETINA) ❖MECANISMO DE AÇÃO: ✓ Inibem recaptura de serotonina e noradrenalina; a venlafaxina possui efeito leve a moderado na inibição da recaptação da noradrenalina; já a desvenlafaxina possui efeito mais potente sobre a inibição da recaptação da noradrenalina, inclusive maior que da serotonina; ❖EFEITOS COLATERIAS: ✓ Náuseas, sonolência, anorgasmia, impotência, retardo ejaculatório, boca seca e síndrome de descontinuação; ✓ DOSES > 225mg/DIA = Hipertensão, sudorese e tremores; ✓A hipertensão ocorre devido inibição da recaptação de noradrenalina e em menos de 1% dos casos há necessidade de suspender o tratamento; IRSN – VENLAFAXINA E DESVENLAFAXINA ❖MECANISMO DE AÇÃO: ✓ Produzem um potente efeito inibidor da recaptação de noradrenalina e serotonina, sendo ligeiramente mais potente no SERT do que no NAT; ❖EFEITOS COLATERIAS: ✓Dificuldade de urinar, ✓Alterações do paladar, ✓Perda de apetite ✓Boca seca, ✓Ondas de calor. ✓Sonolência IRSN – DULOXETINA ✓ Bruxismo ✓ Bocejo ANTAGONISTAS ALFA-2 (MIRTAZAPINA) ✓ Assim como os IRSN, aumentam os níveis de noradrenalina e serotonina, porém através de um mecanismo independente dos seus transportadores; ANTAGONISTAS ALFA-2 ANTAGONISTAS ALFA-2 DROGA NOME COMERCIAL DOSE MIRTAZAPINA REMERON® 15 A 80MG/DIA (DOSES USUAIS DE 15 A 45MG/DIA) ✓ Indicações: ✓ Transtornos depressivos; ✓ Depressão com sintomas ansiosos; ✓ Tratamento de manutenção da depressão. ✓ Efeitos colaterais: ✓ Aumento do apetite, ✓ Boca seca, ✓ Ganho de peso, ✓ Sonolência. ✓ “California Rocket Fuel” (combustível para foguetes da Califórnia): ✓ IRSN (Venlafaxina, p.ex) + mirtazapina; ANTAGONISTAS ALFA-2 INIBIDORES DE RECAPTAÇÃO DE NORADRENALINA E DOPAMINA (BUPROPIONA) ✓ MECANISMO DE AÇÃO: ✓ Age inibindo os transportadores de dopamina (DAT) e noradrenalina (NAT) reduzindo a recaptação desses neurotransmissores; ✓ Praticamente não tem nenhuma ação sobre a recaptação da serotonina, não tendo ação também sobre os receptores muscarínicos, histamínicos e alfa- adrenérgicos; IRND - BUPROPIONA BUPROPIONA BUPROPIONA NA DA ✓ INDICAÇÕES: ✓ Depressão (uni ou bipolar); ✓ TDAH; ✓ Cessação do tabagismo; ✓ Tratamento de efeitos colaterais sexuais dos ISRS: ✓ Por não ter ação sobre a serotonina não causa disfunção sexual. INIBIDORES DE RECAPTAÇÃO DE NORADRENALINA E DOPAMINA DROGA NOME COMERCIAL DOSE BUPROPIONA ZIBAN® 150 A 450MG/DIA IRND - BUPROPIONA ✓ CESSAÇÃO DO TABAGISMO: ✓ Ocupa os DAT no estriado e nucleus accumbens de maneira suficiente para reduzir a fissura, porém não o suficiente para provocar uso abusivo. ✓ EFEITOS COLATERAIS: ✓ Boca seca, ✓ Insônia. ✓ Inquieitação, ✓ Convulsões em pacientes predispostos: ✓ Diminui limiar convulsivo IRND - BUPROPIONA ✓ Tremores ✓ Vertigens AGOMELATINA AGOMELATINA ✓ MECANISMO DE AÇÃO: ✓ Exerce ações agonistas nos receptores de melatonina 1 e 2 e ações antagonistas nos receptores serotoninérgicos 5HT2c (eleva os níveis de noradrenalina e dopamina no córtex pré-frontal); ✓ A ação combinada sobre esses receptores no córtex pré-frontal e hipotálamo levaria à ressincronização do ritmo circadiano e às ações antidepressivas; ✓ INDICAÇÃO: ✓ Transtorno depressivo no adulto. ✓ A dose diária recomendada é de um comprimido de agomelatina (Valdoxan®) 25mg ao deitar, podendo chegar a dois comprimidos, ou seja, 50mg, ambos devem ser tomados juntos ao deitar. MODULADORES DE SEROTONINA ✓ MECANISMO DE AÇÃO: ✓ Para ação antidepressiva: bloqueiam receptores 5HT2a e 5HT2c, além de inibir a recaptação da serotonina inibindo o SERT➔ doses moderadas a altas; ✓ Para ação hipnótica: também bloqueiam receptores 5HT2a, além dos receptores histamínicos H1 e alfa-1 adrenérgicos, sem inibir adequadamente os SERT ou os receptores 5HT2c➔ doses baixas; ✓ Diferente dos ISRS/IRSN que aumentam a serotonina de forma a atuar em todos os receptores 5HT, a trazodona, ao bloquear 5HT2a e 5HT2c,não promove disfunção sexual, insônia ou ansiedade, mantendo as ações da serotonina em 5HT1a. ANTAGONISTAS/INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA - TRAZODONA ✓ MECANISMO DE AÇÃO: TRAZODONA ANTAGONISTAS/INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA - TRAZODONA ❖INDICAÇÕES: ✓ Transtorno depressivo, ✓ Insônia decorrente devido uso de ISRS; ANTAGONISTAS/INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA DROGA NOME COMERCIAL DOSE TRAZODONA DONAREN® 25 A 600MG/DIA (DOSE USUAL: 200 A 600MG/DIA) ANTAGONISTAS/INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA - TRAZODONA ❖ EFEITOS COLATERIAIS: ✓ Boca seca, ✓ Ejaculação retardada, ✓ Transt. do pânico com agorafobia, ✓ Ganho de peso, ✓ Gosto desagradável na boca, ✓ Hipotensão postural, ✓ Sonolência. ✓ Priapismo ❖INDICAÇÃO: ✓ Transtorno depressivo em adultos; ❖DOSE: ✓ A dose inicial recomendada é de 10 mg uma vez por dia. Dependendo da resposta, a dose pode ser aumentada até um máximo de 20 mg uma vez por dia, ou diminuída até um mínimo de 5 mg uma vez por dia. ❖EFEITOS COLATERAIS: VORTIOXETINA - BRINTELIX® ✓SONHOS ANORMAIS, ✓TONTURAS, ✓NÁUSEAS E VÓMITOS, ✓DIARREIA , ✓CONSTIPAÇÃO, ✓PRURIDO. ✓ MECANISMO DE AÇÃO: ✓ Acredita-se que o mecanismo de ação da vortioxetina esteja relacionado com a sua ação sobre os receptores serotoninérgicos e a inibição do transportador da serotonina. ✓ A vortioxetina seria: ✓ Um antagonista dos receptores 5-HT3, 5-HT7 e 5-HT1d, ✓ Um agonista parcial do receptor 5-HT1b, ✓ Um agonista do receptor 5-HT1a e ✓ Um inibidor do SERT. ✓ Levaria à modulação predominante do sistema da serotonina, mas provavelmente também dos sistemas da noradrenalina, dopamina, histamina, acetilcolina, gaba e glutamato. VORTIOXETINA - BRINTELIX® ✓ MECANISMO DE AÇÃO: ✓ Esta atividade diversificada é considerada responsável pelos efeitos antidepressivos e ansiolíticos, além da melhoria na função cognitiva, aprendizagem e memória observados com a vortioxetina em estudos em animais. ✓ No entanto, a contribuição exata dos alvos individuais para o perfil farmacodinâmico observado permanece por esclarecer, e deve ser tida precaução ao extrapolar dados animais diretamente para o homem. VORTIOXETINA - BRINTELIX® VILAZODONA - VIIBRYD® ✓ A vilazodona atua como inibidor seletivo da receptação de serotonina (ISRS) e também como um agonista parcial dos receptores serotoninérgicos 5-HT1a. ✓ Foi aprovado pela Anvisa para comercialização no Brasil em agosto de 2017; ✓ Os principais efeitos adversos apresentados por este fármaco são: ✓ Distúrbios visuais; ✓ Diarreia; ✓ Náuseas leves; ✓ Insônia. ✓ A dose usual recomendada é de 40mg/dia, podendo variar de 10 a 40mg/dia; ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS ✓ Inicialmente sintetizados para serem antipsicóticos, porém se mostraram ineficazes para esquizofrenia mas úteis em quadros depressivos; ✓ MECANIMO DE AÇÃO: ✓ Bloqueiam a recaptação de noradrenalina (NAT) e serotonina (SERT), variando quanto ao grau de bloqueio entre as drogas, além de poder agir como antagonista nos receptores 5HT2a e 5HT2c: ✓ Bloqueio SERT ≥ NAT➔ ex: clomipramina; ✓ Bloqueio NAT > SERT➔ ex: nortriptilina; ✓ Antagonismo 5HT2a e/ou 5HT2c➔ ex: imipramina. ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS DROGA NOME COMERCIAL DOSE AMITRIPTILINA TRYPTANOL® 75 A 300MG/DIA NORTRIPTILINA PAMELOR® 50 A 150MG/DIA IMIPRAMINA TOFRANIL® 75 A 300MG/DIA CLOMIPRAMINA ANAFRANIL® 75 A 250MG/DIA – ATÉ 300MG/DIA NO TOC MAPROTILINA LUDIOMIL® 75 A 225MG/DIA DOXEPINA MANIPULAÇÃO® 75 A 300MG/DIA ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS INDICAÇÕES ABSOLUTAS: DEPRESSÃO MAIOR TODOS ENURESE NOTURNA AMITRIPTILINA, IMIPRAMINA FIBROMIALGIA AMITRIPTILINA DOR NEUROPÁTICA AMITRIPTILINA PROFILAXIA DE CEFALÉIA AMITRIPTILINA TOC CLOMIPRAMINA TRANSTORNO DO PÂNICO CLOMIPRAMINA, IMIPRAMINATRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL CLOMIPRAMINA EJACULAÇÃO PRECOCE CLOMIPRAMINA DISTIMIA IMIPRAMINA TAG IMIPRAMINA CESSAÇÃO DO TABAGISMO NORTRIPTILINA ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS ✓ COMPARTILHAM QUATRO OUTRAS AÇÕES FARMACOLÓGICAS INDESEJÁVEIS: ✓ BLOQUEIO DOS RECEPTORES COLINÉRGICOS MUSCARÍNICOS: ✓ Visão turva; ✓ Boca seca (xerostomia); ✓ Sonolência; ✓ Retenção urinária ✓ Constipação intestinal ✓ BLOQUEIO DOS RECEPTORES HISTAMÍNICOS H1: ✓ Ganho de peso ✓ Sonolência. ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS ✓ COMPARTILHAM QUATRO OUTRAS AÇÕES FARMACOLÓGICAS INDESEJÁVEIS: ✓ BLOQUEIO DOS RECEPTORES ADRENÉRGICOS ALFA1: ✓ Hipotensão ortostática (tontura); ✓ Redução da PA; ✓ Sonolência; ✓ BLOQUEIO DOS CANAIS DE SÓDIO SENSÍVEIS A VOLTAGEM: ✓ No cérebro: coma e convulsões; ✓ No coração: arritmias e parada cardíaca; ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS INIBIDORES DA MONOAMINA OXIDASE (IMAO) ✓ AS MONOAMINA OXIDASES: ✓ INIBINDO MAO-A ➔ AUMENTO DE SEROTONINA E NORADRENALINA, SEM AUMENTO DA DOPAMINA ➔EFEITO ANTIDEPRESSIVO; ✓ INIBINDO MAO-B ➔ SEM AUMENTO DE SEROTONINA, NORADRENALINA E DOPAMINA ➔ NENHUM EFEITO ANTIDEPRESSIVO; ✓ INIBINDO MAO-A E MAO-B ➔ AUMENTO DE SEROTONINA, NORADRENALINA E DOPAMINA ➔ MAIOR EFEITO ANDEPRESSIVO. INIBIDORES DA MONOAMINA OXIDASE - IMAO MAO-A versus MAO-B DOPAMINA DOPAMINA TIRAMINA TIRAMINA SEROTONINA NORADRENALINA ✓ QUEM SÃO ELES: ✓TRANILCIPROMINA ✓Parnate® ✓FENELZINA ✓ISOCARBOXAZIDA ✓MOCLOBEMIDA ✓Aurorix® ✓SELEGILINA IRREVERSÍVEIS SELETIVOS DA MAO-B ✓Elepril® SEM EFEITO ANTIDEPRESSIVO IRREVERSÍVEIS NÃO SELETIVOS REVERSÍVEIS SELETIVOS DA MAO-A INIBIDORES DA MONOAMINA OXIDASE - IMAO Atualmente pouco utilizado devido aos efeitos colaterais importantes. *Crise Hipertensiva Depressão TRATAMENTO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS ✓ Deve-se evitar prescrever para pacientes idosos drogas com efeitos anticolinérgicos (podem provocar ou agravar sintomas como hipotensão, confusão mental ou delirium, constipação intestinal, hipertrofia prostática). ✓ Preferir drogas que interfiram menos nos citocromos, pois em idosos é comum o uso simultâneo de vários medicamentos, o metabolismo em geral está diminuído e, consequentemente, a velocidade de eliminação. Por estes motivos, níveis séricos podem facilmente elevar-se. ✓ Sertralina, citalopram, reboxetina, e dentre os tricíclicos a nortriptilina são as drogas de escolha nessa faixa.IDOSOS Depressão ✓ A abordagem biopsicossocial é o modelo ideal para a gestão de uma mulher grávida. ✓ A fluoxetina é a melhor ISRS estudada em termos de segurança e eficácia na gestação. Embora o perfil de segurança da gravidez da fluoxetina seja reconfortante, se o paciente teve uma boa resposta para outro ISRS antes ou durante a gravidez, pode não ser indicada a mudança para fluoxetina; ✓ Paroxetina tem sido associada a um aumento de defeitos cardíacos congênitos, principalmente defeitos do septo ventricular, mas esses resultados ainda não são consistentes; GESTANTES TRATAMENTO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS Depressão ✓ A preferência deve ser por drogas não excretadas no leite, ou de excreção mínima, de fácil metabolização por parte do bebê, e cuja excreção no leite seja conhecida (p. ex., sertralina, nortriptilina). ALEITAMENTO TRATAMENTO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS Depressão ✓ A preferência deve ser por medicamentos que foram testados nessa faixa etária e demonstraram seguraça. ✓ Algum medicamentos são seguros para uso na infância (p. ex.,sertralina, fluoxetina), no entanto a maioria não foram ainda testados. INFÂNCIA TRATAMENTO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS Medidas não Farmacológicas – Suplementação –Fitoterapia - MIPs ✓ Existem diferentes tipos de terapias não farmacológicas propostas para o tratamento da depressão, no entanto, a grande maioria delas sem evidências científicas de eficácia. ✓ Algumas medidas com estudos demonstrando benefícios são: ❖ PISCOTERAPIA: ✓ Destaca-se entre as abordagens não medicamentosas, considerada atualmente peça fundamental no tratamento da depressão, tanto como monoterapia em casos leves a moderados, quanto em associação a farmacoterapia em casos mais severos. ✓ Existem várias técnicas de psicoterapia indicadas, sendo a terapia cognitivo- comportamental, a que tem apresentado melhores evidências de resposta. Medidas não Farmacológicas ❖ EXERCÍCIOS FÍSCOS: ✓ A prática de exercícios físicos regulares também tem sido apontada como meio eficaz de combate a sintomas depressivos, podendo inclusive ser indicado em monoterapia, como primeira linha de tratamento, em alguns casos leves a moderados. ✓ Em casos mais graves, o exercício físico deve ser recomendado como terapia adjuvante. ✓ Não há evidências de superioridade entre exercícios aeróbicos (caminhada, andar de bicicleta, etc) e exercícios de resistência (musculação), sendo ambos efetivos no combate aos sintomas depressivos. ✓ As principais recomendações apontam pelo menos 30 minutos de exercícios de moderada intensidade, no mínimo 3 vezes por semana, por pelo menos 9 semanas. Medidas não Farmacológicas ❖ FOTOTERAPIA: ✓ Outra técnica que pode ser empregada no tratamento da depressão é a fototerapia. Essa terapia pode ser usada como primeira linha de tratamento e até em monoterapia, em casos de depressão sazonal. ✓ Em outros tipos de depressão essa técnica apresenta resposta limitada, podendo ser usada como terapia adjuvante. ❖ OUTRAS: ✓ Existem outras técnicas, como yoga e acupuntura, apesar de possuírem alguma evidência de eficácia, são consideradas úteis apenas como segunda ou terceira linhas de tratamento, sempre como adjuvante a terapias mais eficazes. Medidas não Farmacológicas Estudo de 2011 apontou resultados positivos e significativamente superiores para os que consumiam alimentos integrais foram observados após 5 anos. Como a alimentação influencia a saúde mental Outro estudo de 2015, mostrou que alimentos com alta carga glicêmica estão correlacionados com um risco maior para depressão •Vitamina E •Folato •Cálcio •Magnésio •Zinco •Vitamina B6 •Ferro •Vitamina B12 •Vitamina D Dieta vegana e vegetariana Probióticos Privação de carne ✓ Algumas substâncias e medicamentos isentos de prescrição médica também são usados com frequência no controle de sintomas depressivos: ✓ Erva de São João (*venda sob prescrição médica): ✓ Há estudos que comprovam sua eficácia quando comparados ao placebo para quadros depressivos leves a moderados, podendo ser utilizada como primeira linha de tratamento nesses casos. ✓ Há grande variação na maneira de usar essa substância, mas geralmente a dose fica entre 500 e 1800mg ao dia, e o tratamento deve se estender de 4 a 12 semanas. SUPLEMENTAÇÃO & MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO MÉDICA ✓ Ômega-3: ✓ Substância que despensa prescrição médica, também tem sido usada no tratamento da depressão. São ácidos graxos polinsaturados, considerados substâncias de segunda linha no tratamento da depressão, devendo ser usados como terapia adjuvante. ✓ O ácido eicosapentanóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA) são as apresentações mais comuns do ômega-3. ✓ As doses indicadas são de 3 a 9 gramas por dia de ômega-3, ou 1 a 2 gramas de EPA mais 1 a 2 gramas de DHA por dia. ✓ Vitaminda D Metanálise recentes apontam benefícios, embora com resultados ainda inconclusivos. MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO MÉDICA ✓ SAM-e (S-adenosil-L-metionina): ✓ É uma suplementação que também pode ser usada como adjuvante no tratamento da depressão leve a moderada. ✓ A dose geralmente usada varia de 800 a 1600mg por dia, divididas em doses administradas com as principais refeições, por 4 a 12 semanas. ✓ Acredita-se que essa substância tenha efeito antidepressivo por modular a neurotransmissão monoaminégica. ✓ Existem outras substâncias com alguma evidência de eficácia na depressão, porém são pouco usadas e consideradas drogas de terceira linha, como o dehidroepiandrosterona (DHEA), que é um hormônio produzido pela suprarrenal, folato, acetil-L-carnitina,açafrão (Crocus sativus) e lavanda (Lavandula). MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO MÉDICA Objetivos e Metas Terapêuticas na Depressão Aumento da qualidade de vida Melhora funcional Resolução dos sintomas Remissão do episódio Depressão ✓ Após qualquer mudança, observar o paciente por mais 4 a 8 semanas. Tratamento da Depressão (MORENO, DEMÉTRIO, MORENO, 2011) •Monitorar a evolução por período de 4 a 8 semanas Após escolha terapêutica o que fazer? •Aumentar a dose do antidepressivo •Trocar o antidepressivo; •Potencializar (com lítio, p.ex.); •Associar outro antidepressivo; •Realizar ECT. E em caso de resposta insatisfatória ou ausente? Depressão Precauções a serem tomadas quando da retirada de um antidepressivo 1) Para retirar um antidepressivo, a dose deve ser reduzida gradualmente durante, pelo menos, quatro semanas; 2) Em pacientes em tratamento de manutenção de longa duração, a dose deve ser reduzida gradualmente ao longo de seis meses; 3) Se a reação de descontinuação ocorrer, explique e tranqüilize o paciente. No caso de reação de descontinuação mais intensa, o antidepressivo deve ser reintroduzido pelo médico e retirado mais lentamente. FASE AGUDA: 6 a 12 semanas -Objetivo: Remissão e prevenir recaídas 1 FASE DE CONTINUAÇÃO: 4 a 9 meses; Objetivo: Eliminar sintomas residuais (recuperação completa) e prevenir recaídas 2 FASE DE MANUTENÇÃO: 9 a 12 meses ou mais -Objetivo: Prevenir recorrência 3 ✓ Didaticamente o planejamento terapêutico divide-se em três fases: FASES DO TRATAMENTO RESPOSTA TERAPÊUTICA ✓ Recaída – retorno do episódio depressivo (de forma plena ou parcial) durante a resposta terapêutica ou mesmo após remissão e antes da recuperação; ✓ Recorrência – aparecimento de episódio depressivo após o período de recuperação. RESPOSTA TERAPÊUTICA: É SUBDIVIDIDA EM “REMISSÃO” E “RECUPERAÇÃO” Considera-se “resposta terapêutica” a redução maior ou igual a 50% de pontuação em escalas de avaliação padronizadas Remissão redução maior ou igual a 50% de pontuação em escalas de avaliação padronizadas por mais de 2 semanas e menos de 6 meses Recuperação redução maior ou igual a 50% de pontuação em escalas de avaliação padronizadas por mais de 6 meses CURVA DE KUPFER Kupfer DJ. Long-Term treatment o f depression. J Clin Psychiatry. 1991 ;52 (suppl 5):28-34. O farmacêutico pode promover o rastreamento do paciente, encaminhamento ao médico e posterior acompanhamento do tratamento do paciente, para tanto deve ser estabelecido junto ao paciente e ao médico assistente os objetivos terapêuticos que se pretende alcançar! O farmacêutico deve avaliar a efetividade e segurança do tratamento, o processo de uso e a capacidade de gestão dos medicamentos, bem como os desfechos humanísticos. CUIDADO FARMACÊUTICO NA SAÚDE MENTAL AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS TERAPÊUTICOS FREQUÊNCIA DE AVALIAÇÃO EFETIVIDADE Monitorização da doença* Aplicação de instrumentos validados, como o PHQ-9. Recomenda-se a utilização deste após o início ou a troca do tratamento (2 semanas| 4 semanas| 8 semanas|2 meses...), ou sempre que o farmacêutico definir como pertinente no processo de anamnese, a depender das queixas trazidas pelo paciente. SEGURANÇA Reação adversa / Toxicidade/ Interações medicamentosas Em todas as consultas. Aplicar algoritmos se necessário. PROCESSO DE USO DE MEDICAMENTOS Adesão ao tratamento e capacidade de gestão dos medicamentos Avaliação subjetiva da adesão ao tratamento em todas as consultas. Nos casos de suspeita baixa adesão, sugere-se a avaliação e acompanhamento com instrumentos padronizados, como ARMS (Adherence to Refills and Medication Scale), BMQ (Beliefs about Medicines questionnaire) ou MedTake. QUALIDADE DE VIDA E PERCEPÇÃO GERAL DA SAÚDE Qualidade de vida e percepção geral de saúde Durante o acompanhamento, reavaliar conforme necessário. Sugere-se avaliar durante cada consulta de forma breve, a fim de direcionar condutas que possam melhorar a percepção do paciente. Recomenda-se utilização de escala visual analógica para ambos os parâmetros. ✓ Características clínicas ✓ Presença de comorbidades ✓ Histórico de uso prévio de antidepressivos ✓ Preferência do paciente ✓ Efetividade e tolerabilidade do medicamento ✓ Potenciais interações medicamentosas ✓ Simplicidade de uso do medicamento ✓ Custo e disponibilidade do medicamento ✓ O FARMACÊUTICO DEVE MONITORAR A ESCOLHA TERAPÊUTICA DE ACORDO COM AS CARACTERÍSTICAS DO PACIENTE: OBJETIVOS E METAS TERAPÊUTICAS DO FARMACÊUTICO ✓ Características clínicas ✓ Presença de comorbidades ✓ Histórico de uso prévio de antidepressivos ✓ Preferência do paciente ✓ Efetividade e tolerabilidade do medicamento ✓ Potenciais interações medicamentosas ✓ Simplicidade de uso do medicamento ✓ Custo e disponibilidade do medicamento ✓ O FARMACÊUTICO DEVE MONITORAR A ESCOLHA TERAPÊUTICA DE ACORDO COM AS CARACTERÍSTICAS DO PACIENTE: ✓ AUMENTO DA QUALIDADE DE VIDA: ✓ A depressão não tratada está associada a uma diminuição da qualidade de vida, aumento do risco de suicídio e desfechos negativos das condições clínicas crônicas. O farmacêutico deve estar atento às comorbidades do paciente e avaliar o bem-estar periodicamente, assim como utilizar medidas psicoeducativas para conscientizar e empoderar o paciente. OBJETIVOS E METAS TERAPÊUTICAS DO FARMACÊUTICO ✓ ADESÃO AO TRATAMENTO: ✓ O farmacêutico deve propor estratégias de promoção e garantia da adesão do paciente ao tratamento proposto pelo médico. ✓ As principais estratégias para melhorar a adesão incluem a educação do paciente e a estimulação à autogestão do cuidado, bem como o uso de uma rede assistencial multiprofissional. ✓ A adesão ao tratamento deve ser discutida no início do tratamento e monitorada regularmente durante o tratamento. OBJETIVOS E METAS TERAPÊUTICAS DO FARMACÊUTICO Fármaco Efeito anticolinérgico Sono Insônia/ agitação Hipotensão ortostática Altera Intervalo QT TGI Ganho de peso Disfunção sexual INIBIDORES SELETIVOS DA RECEPTAÇÃO DE SEROTONINA Citalopram 0 0 1+ 1+ 1+ 1+ 1+ 3+ Escitalopram 0 0 1+ 1+ 1+ 1+ 1+ 3+ Fluoxetina 0 0 2+ 1+ 1+ 1+ 1+ 3+ Fluvoxamina 0 1+ 1+ 1+ 0 a 1+ 1+ 1+ 3+ Paroxetina 1+ 1+ 1+ 2+ 0 a 1+ 1+ 2+ 4+ Sertralina 0 0 2+ 1+ 0 a 1+ 2+ 1+ 3+ AGENTES ATÍPICOS Agomelatina 0 1+ 1+ 0 0 1+ 0 0 a 1+ Bupropiona 0 0 2+ 0 1+ 1+ 0 0 Mirtazapina 1+ 4+ 0 0 1+ 0 4+ 1+ INIBIDORES DA RECEPTAÇÃO DE SEROTONINA E NORADRENALINA Desvenlafaxina 0 0 1+ 0 0 2+ DI 1+ Duloxetina 0 0 1+ 0 0 2+ 0 a 1+ 1+ Venlafaxina 0 1+ 1+ 0 1+ 2+ 0 a 1+ 3+ 0= NENUMA 1+=LEVE 2+=BAIXO 3+=MODERADO 4+=ALTO DI: DADOS INSUFICIENTES MODULADORES DE SEROTONINA Nefazodona 1+ 2+ 0 1+ 0 2+ 0 0 Trazodona 0 4+ 0 3+ 2+ 3+ 1+ 1+ Vilzadona 0 0 2+ 0 0 4+ 0 2+ Vortioxetina 0 0 0 0 0 3+ 0 1+ ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS E TETRACÍCLICOS Amitriptilina 4+ 4+ 0 3+ 3+ 1+ 4+ 3 a 4+ Clomipramina 4+ 4+ 1+ 2 2 1 4 4 Desipramina 1 2 1 2 3 0 1 DI Imipramina 3 3 1 4 3 1 4 3 Nortriptilina 2 2 0 1 3 0 1 DI Trimipramina 4 4 1 3 1 0 4 DI INIBIDORES DA MAO Selegilina 1 0 1 1 0 0 0 0 Fármaco Efeito anticolinérgico Sono Insônia/ agitação Hipotensão ortostática Altera Intervalo QT TGI Ganho de peso Disfunção sexual 0= NENUMA 1+=LEVE 2+=BAIXO 3+=MODERADO 4+=ALTO DI: DADOS INSUFICIENTES ENCAMINHAMENTO ✓ O farmacêutico deverá encaminhar ao médico os pacientes positivos no rastreamento em saúde que não possuem diagnostico prévio para confirmação e início de tratamento. ✓ Pacientes com diagnóstico prévio e sintomas não controlados (verificados na escala) ou que apresentarem necessidade de ajuste na farmacoterapia por problemas de eficácia ou segurança dos medicamentos também devem ser encaminhados para avaliação médica. ✓ Também deve ficar atendo a presença de sintomas psicóticos como delírios e/ou alucinações, que demonstram maior gravidade do quadro. ✓ Outra situação importante que também merece grande cuidado é o risco de suicídio (pensamentos de morte,ideação suicida, planejamento suicida, tentativa de suicídio), condição que requer sempre encaminhamento imediato. ✓ MELHORA FUNCIONAL: ✓ O farmacêutico deve acompanhar o paciente e verificar as atividades desempenhadas periodicamente, incentivando e buscando melhoria sempre de forma participativa. ✓ DIMINUIÇÃO E/OU REMISSÃO DOS SINTOMAS: ✓ Realizar monitoramento inclusive com aplicação de escalas. OBJETIVOS E METAS TERAPÊUTICAS DO FARMACÊUTICO Atividade Prática CASO CLÍNICO Paciente feminino, 31 anos, IMC 22, professora de escola pública, solteira, mora sozinha. apresenta quadro de cefaleia, irritabilidade, perda de apetite, insônia de manutenção há 6 meses. Apesar dos prejuízos na sua rotina diária a paciente, acreditando se tratar de um quadro passageiro, não procurou assistência profissional. o quadro evoluiu com piora dos sintomas, e nos últimos 2 meses vem apresentando tristeza recorrente, sensação de perda de energia no corpo, perda de interesse em atividades que antes lhe davam prazer como ir ao cinema e andar de bicicleta, episódios frequentes de choro fácil. Foi aconselhada pelos amigos a buscar a unidade básica de saúde e durante a consulta médica foi orientada que se tratava de um quadro de “estresse” sendo sugerido atividade física e mudança de sua rotina diária, fornecendo atestado de afastamento do trabalho para 30 dias, não sendo iniciado outros tipos de tratamento. Passados os 30 dias paciente retornou à unidade básica onde relatou em consulta de triagem com enfermeira ter sentido pouca melhora do quadro, mantendo importantes sintomas que traziam grande sofrimento. Como não havia disponibilidade de avaliação médica naquele momento, a paciente foi encaminhada para uma consulta farmacêutica. Ao entrar no consultório farmacêutico, a paciente alegou que não estava bem e foi encaminhada para essa consulta, mas que não sabia ao certo como funcionava o atendimento farmacêutico; Qual seria a sua conduta? Rastreamento da Depressão Questionário sobre a saúde do paciente (PHQ-9) Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer um dos problemas abaixo? Nenhuma vez (0) Vários dias (1) Mais da metade (2) Quase todos os dias (3) 1- Pouco interesse ou pouco prazer em fazer as coisas X 2. Se sentir “para baixo”, deprimido/a ou sem perspectiva X 3. Dificuldade para pegar no sono ou permanecer dormindo, ou dormir mais do que de costume X 4. Se sentir cansado/a ou com pouca energia X 5. Falta de apetite ou comendo demais X 6. Se sentir mal consigo mesmo/a — ou achar que você é um fracasso ou que decepcionou sua família ou você mesmo/a X 7. Dificuldade para se concentrar nas coisas, como ler o jornal ou ver televisão X 8. Lentidão para se movimentar ou falar, a ponto das outras pessoas perceberem. Ou o oposto – estar tão agitado/a ou irrequieto/a que você fica andando de um lado para o outro muito mais do que de costume X 9. Pensar em se ferir de alguma maneira ou que seria melhor estar morto/a X ❖ Se você assinalou qualquer um dos problemas, indique o grau de dificuldade que os mesmos lhe causaram para realizar seu trabalho, tomar conta das coisas em casa ou para se relacionar com as pessoas? [ ] Nenhuma dificuldade [ ] Alguma dificuldade [X] Muita dificuldade [ ] Extrema dificuldade SOMA DOS RESULTADOS: 1-4: Depressão mínima 5-9: Depressão leve 10-14: Depressão moderada 15-19: Depressão moderadamente grave 20-27: Depressão grave PHQ-9 = 14 X E agora???? • A paciente foi reavaliada pelo médico da UBS que então confirmou a condição rastreada durante consulta farmacêutica, diagnosticando quadro de depressão; • Iniciou tratamento farmacológico com fluoxetina 20mg, 01 cp pela manhã; • Após 5 dias de uso da medicação, a paciente retornou à UBS e solicitou nova consulta farmacêutica. Durante essa consulta queixou-se de náuseas, cefaléia e piora na perda do apetite. Devido a tais sintomas, estava decidida a suspender a medicação por conta própria. • O que fazer?? ANSIEDADE CONCEITO ANSIEDADE ANSIEDADE ✓Ansiedade é uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou imaginário; ✓De maneira geral, definimos os distúrbios de ansiedade quando há preocupação excessiva e persistente, difícil de ser controlada, e causa sofrimento ao indivíduo. Ansiedade ✓ Preocupações, tensões e medos exagerados; ✓ A pessoa não consegue relaxar; ✓ Sensação contínua de que algum desastre vai acontecer; ✓ Preocupações exageradas com a saúde, dinheiro, família, trabalho; ✓ Medo extremo de algum objeto ou situação em particular; ✓ Falta de controle sobre pensamentos, imagens ou atitudes que se repetem independente da vontade. SINTOMAS DA ANSIEDADE COMUMENTE DESCRITOS PELOS PACIENTES ANSIEDADE Sintomas psíquicos Sintomas físicos Inquietação Palpitações Fadiga Falta de ar Irritabilidade Taquicardia Dificuldade de concentração Aumento da pressão arterial Sudorese excessiva Dor de cabeça Alteração dos hábitos intestinais Náuseas Tensão e dor muscular Perturbações do sono Ansiedade CLASSIFICAÇÃO – DSM-5 Transtorno de Pânico Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social) Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) Transtorno de Ansiedade Induzido por Substâncias Agorafobia Fobias Específicas (animal, sangue, etc) Transtorno de Ansiedade devido a Outra Condição Médica Transtorno de Ansiedade de Separação Mutismo Seletivo Vídeo Ansiedade ANSIEDADE TRANSTORNO DO PÂNICO ✓O ataque de pânico é definido por um episódio abrupto de ansiedade e medo intensos com início súbito, rico em sintomas físicos e com duração de minutos a horas; ✓Os sintomas típicos são: ✓ Dor no peito, ✓ Falta de ar, ✓ Sensação de morte iminente, ✓ Taquicardia, ✓ Calafrios ou ondas de calor, ✓ Desrealização ou despersonalização, ✓ Formigamentos (parestesias), ✓ Tonturas e sensação de desmaio, ✓ Sudorese, ✓ Tremores, ✓ Alterações gastrointestinais. ✓ Medo de morrer ou enlouquecer ✓ No transtorno do pânico, os ataques de pânico levam a uma preocupação persistente ou ansiedade sobre a possível recorrência e/ou resultar em mudanças comportamentais, como agorafobia, preocupações hipocondríacas e alta utilização de serviços médicos. ✓ O distúrbio tem uma idade mediana de início de 24 anos e é aproximadamente duas vezes mais comum em mulheres do que em homens, com uma prevalência de 5% entre mulheres e 2% entre homens; TRANSTORNO DO PÂNICO TRANSTORNO DO PÂNICO Critérios Diagnósticos – DSM - 5 1ª LINHA • Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS): • Doses iniciais baixas e titulação gradual, por exemplo: 5 mg Fluoxetina, 10 mg Paroxetina, 25 mg de Sertralina, 10 mg Citalopram e 5 mg Escitalopram, 1x/dia pela manhã. • Se o paciente é capaz de tolerar estas doses sem a ansiedade, agitação, ou insônia, as doses podem ser gradualmente aumentadas de 3-7 dias após o início. • O ISRS deve ser titulado até a dose terapêutica durante 2 a 6 semanas. TRANSTORNO DO PÂNICO Tratamento 1ª LINHA • Inibidores da Recaptação da Serotonina e Noradrenalina (IRSN): • Venlafaxina LP: Iniciada a 37,5 mg/dia e aumentada para 75 mg/dia após uma semana e 150 mg/dia durante duas a três semanas. Se a resposta clínica é inadequada após seis semanas, a dose pode ser aumentada para 225 mg/dia. • Benzodiazepínicos (BZD): • Clonazepam 1 a 3 mg/dia ou Alprazolam 0,5 a 2,0 mg 3x/dia. • BZD de ação prolongada são sugeridos para pacientes com sintomas graves ou que não responderam a um ISRS ou Venlafaxina, ou ainda que não podem esperar pelo tempo necessário para que eles funcionem. TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL ✓Classificado como FOBIA SOCIAL na CID-10; ✓Os sintomas ocorrem em situações nas quais a pessoa se sente observada e avaliada pelos outros. Situações típicas compreendem: escrever, assinar, comer e fazer uma apresentação na presença dos outros; ✓Em contato com os outros, especialmente estranhos, o paciente sofre de sintomas comotremores, sudorese, enrubescimento, dificuldade de concentração (“branco na cabeça”), palpitações, tonteira e sensação de desmaio; Ansiedade TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL ✓ Diferentemente dos ataques de pânico, os sintomas surgem durante as situações sociais temidas, ou mesmo antes, ao imaginar vivenciar uma situação de exposição. Geralmente duram até o contato com os outros terminar. • Os medos angustiantes estão presentes em múltiplas situações sociais que geralmente incluem a interação social. Generalizada • Os medos estão limitados a uma ou poucas situações sociais, que tendem a ser do desempenho ao invés de situações interacionais. Não-Generalizada Vídeo Fobia Social Tratamento da Ansiedade Social 1ª LINHA – Transtorno de Ansiedade Social • Inibidores da Recaptação da Serotonina (ISRS): • TODOS - Não há evidência de superioridade de um ISRS em detrimento de outro; • Inibidores da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (ISRS): • Venlafaxina LP (pode ser iniciada com 37,5 mg/dia e aumentada para uma dose dentro da faixa terapêutica, entre 75 e 225 mg/dia em cerca de 4 semanas); TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL Tratamento 2ª LINHA – Transtorno de Ansiedade Social • Benzodiazepínicos: os BZP de alta potência são eficazes para o TAS, seja como monoterapia ou como adjuvante de ISRS/ ISRN; O clonazepam pode ser iniciado de 0,25 a 0,5 mg duas vezes ao dia, até um máximo de 2 mg duas vezes ao dia. • Gabapentina e a pregabalina demonstraram uma eficácia modesta (taxas de resposta < 45%); • *Beta-bloqueadores e BZD: tratamento de primeira linha para TAS não- generalizada, pois atingem os seus efeitos dentro de 30 a 60 minutos, e são usados conforme o necessário (ansiedade de desempenho); TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA ✓ O início do transtorno de ansiedade generalizada é insidioso e precoce. Os pacientes informam que sempre foram “nervosos” ou “tensos”. ✓ Tende a apresentar: ✓ Curso crônico que flutua em gravidade ao longo do tempo ou ✓ Curso episódico com alguns períodos intermediários de bem-estar relativo. ✓ Depressão comórbida é comum e é mais prejudicial, levando a pior prognóstico; ✓ É um dos transtornos mentais mais comuns em ambientes de atenção primária e está associado ao aumento do uso de serviços de saúde; ✓ O distúrbio é aproximadamente duas vezes mais comum em mulheres do que em homens; Ansiedade Segundo o DSM-5: ✓ O indivíduo com TAG acha difícil controlar a preocupação; ✓ A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seis sintomas seguintes: 1. Inquietação ou sensação de estar excitada ou em risco; 2. Ser facilmente fadigado; 3. Dificuldade de concentração; 4. Irritabilidade; 5. Tensão muscular; 6. Distúrbio do sono (dificuldade em permanecer ou dormir, ou sono insatisfeito e insatisfeito) ✓ A ansiedade, preocupação ou sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo nas áreas sociais, ocupacionais ou outras áreas importantes de funcionamento. TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA Tratamento 1ª LINHA – Transtorno de Ansiedade Generalizada • Inibidores da Recaptação da Serotonina (ISRS): • TODOS - Não há evidência de superioridade de um ISRS em detrimento de outro; • Inibidores da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (ISRS): • Venlafaxina LP ou Duloxetina 2ª LINHA • Antidepressivos Tricíclicos: • Imipramina – iniciar com 25mg/dia e aumentar gradativamente até 150– 200mg/dia. Dose máx. 300mg/dia. • Clomipramina – iniciar com 25mg/dia e aumentar gradativamente até 100–150mg. Dose máx. 250mg/dia. • Benzodiazepínicos: • Clonazepam 0,5 – 4mg/dia; • Alprazolam 0,5 – 4mg/dia; • Outros: • Buspirona 10-60mg/dia; • Pregabalina: 50-300mg/dia. ✓ O início da ação clinicamente significativa para os ISRS demora cerca de 4 semanas; os BZDs podem ser administrados concomitantemente para tratar a ansiedade e agitação durante o período em que o ISRS ainda não apresentou efeito terapêutico; ✓ Uma vez que o paciente responde ao ISRS, o benzodiazepínico pode ser gradualmente reduzido até a suspensão. ✓ Após 4 semanas, se o paciente mostrou uma resposta parcial a um ISRS, a dose pode ser aumentada lentamente. TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA Tratamento MEDICAMENTOS QUE CAUSAM SINTOMAS DE ANSIEDADE Estimulantes Simpatomiméticos Anticolinérgicos Dopaminérgicos Diversos Na retirada da droga Anfetamina Efedrina Difenidramina (Benadryl) Amantadina Baclofeno Barbitúricos Aminofilina Epinefrina Biperideno Bromocriptina Indometacina Benzodiazepinas Cafeína Pseudoefedrina Meperidina (Demerol) Levodopa- carbidopa Alucinógenos Narcóticos Cocaína Tricíclicos Neurolépticos Álcool Metilfenidato Metoclopramida TRANSTORNO DE ANSIEDADE INDUZIDO POR SUBSTÂNCIAS BENZODIAZEPÍNICOS Há estimativas que, no Brasil, cada clínico geral possua uma lista com pelo menos 50 pacientes dependentes destes psicotrópicos, dos quais, pelo menos 30%, responsabilizam o prescritor pela manutenção do hábito de uso destes medicamentos (Meneses e col.,2007) BENZODIAZEPÍNICOS BENZODIAZEPÍNICOS ✓ EFEITOS: ✓ HIPNÓTICO ✓ RELAXANTE MUSCULAR ✓ ANSIOLÍTICO ✓ ANTICONVULSIVANTE ✓ Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de sedativos e hipnóticos. ✓ .0 - Intoxicação aguda ✓ .1 - Uso nocivo para a saúde ✓ .2 - Síndrome de dependência ✓ .3 - Síndrome de abstinência ✓ .8 - Outros transtornos mentais ou comportamentais ✓ .9 - Transtorno mental ou comportamental não especificado ✓ São chamados de hipnóticos os sedativos que produzem sonolência e facilitam iniciar o sono: Ex. benzodiazepínicos, agonistas do receptor benzodiazepínico (ditos compostos Z, como o zolpidem e a zolpiclona), a agomelatina e os barbitúricos. CLASSIFICAÇÃO NA CID 10 - F13 BENZODIAZEPÍNICOS ✓ Não se deve esperar que o paciente preencha todos os critérios da síndrome de dependência para começar a retirada, ✓ Os benzodiazepínicos por serem de alta eficácia, rápido início de ação e baixa toxicidade, são alvo de aumento de doses pelos pacientes e recusa em parar de usá- los, apesar das opiniões médicas. ✓ Fatores de risco para Síndrome de Dependência de Benzodiazepínicos: ✓ Maior duração do uso de benzodiazepínicos ✓ Maiores doses de benzodiazepínicos ✓ Nível inferior de educação ✓ SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA DE BENZODIAZEPÍNICOS: ✓ Consumidos em maior quantidade ou por períodos mais longos que o pretendido; ✓ Desejo persistente ou esforços malsucedidos para controlar o uso; ✓ Muito tempo é gasto para obtenção e na utilização do BZD; ✓ Fissura ou forte necessidade de usar o BZP; ✓ Uso recorrente de BZD, resultando no não cumprimento das principais obrigações de função; ✓ Manutenção do uso apesar de problemas sociais devido efeito do BZD; ✓ Atividades sociais, profissionais e de lazer importantes abandonadas ou reduzidas devido ao efeitos adversos ao uso de BZD; ✓ Uso recorrente de BZD em situações de risco para integridade física; ✓ Manutenção do uso apesar da consciência da dependência; ✓ Evidência de tolerância no uso e abstinência na retirada do BZD. BENZODIAZEPÍNICOS ✓ Qualquer redução abrupta ou excessivamente rápida na dose de BZD entre usuários crônicos pode produzir Síndrome de Abstinência; ✓ O rápido reconhecimento e tratamento da abstinência de BZD é crucial porque a síndrome pode se tornar muito grave. Os sintomas e sinais podem incluir tremores, ansiedade, distúrbios de percepção, disforia, psicose e convulsões. ✓ Os sintomas podem ser retardados até três semanas em BZDs com meias-vidas longas, mas podem aparecer em 24 a 48 horas após a cessação dos BZDs com meias-vidas curtas. Podem também ocorrer após a diminuição da dose. ✓ A abstinência de BZD é tratada com um BZD de efeito clínico prolongado, como o Diazepam; ✓ Embora o início e a duração dos sintomas de abstinência possam variar amplamente, a maioria dos pacientes apresenta sintomas que duram de uma a duas semanas; BENZODIAZEPÍNICOS POSSÍVEIS LOCAIS DETRATAMENTO ✓ Nas intoxicações graves com superdosagens, o atendimento deve ser feito em pronto-socorro de hospital geral. Se necessário, o SAMU poderá ser acionado. ✓ O tratamento da dependência é ambulatorial. Pode ser feito em unidades básicas de saúde (UBS), centros de atenção psicossocial (CAPS) e outros serviços ambulatoriais. TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA DE BZP ✓ Nos casos mais leves é possível a suspensão abrupta da medicação, entretanto, a retirada gradual costuma ser mais bem aceita; ✓ Os 50% iniciais da retirada são mais fáceis e podem ser concluídos nas primeiras duas semanas, ao passo que o restante da medicação pode requerer um tempo maior; ✓ O prazo de retirada da medicação pode ser negociado com o paciente, girando em torno de 4 a 8 semanas, inclusive para hipnóticos, podendo durar até mais de 16 semanas ✓ É de grande valia oferecer esquemas de redução das doses por escrito, com desenhos dos comprimidos e datas subsequentes de redução; TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA DE BZP ✓ Pacientes que não conseguem concluir o plano de redução gradual podem se beneficiar da troca para um agente de meia-vida mais longa, como o diazepam, a fim de retirá-lo, gradualmente, depois; ✓ Estimada a dose de manutenção habitual, deve-se administrar a dose equivalente de diazepam nos dois primeiros dias e então diminuí-la em 10% ao dia, até a suspenção; ✓ O diazepam é a droga de escolha por ser absorvido de forma e seu metabólito, o desmetildiazepam, é de longa duração, permitindo montar um esquema de redução gradual, pois apresenta uma diminuição suave dos níveis sanguíneos. Rastreamento da Ansiedade O farmacêutico na saúde mental ESCALA DE ANSIEDADE DE BECK (BAI) Durante o último mês você sentiu? Ausente = 0 Suave = 1 não me incomoda muito Moderado = 2 é desagradável, mas consigo suportar Severo = 3 quase não consigo suportar 1. Dormência ou formigamento 2. Sensações de calor 3. Tremor nas pernas 4. Incapaz de relaxar 5. Medo de acontecimentos ruins 6. Confuso ou delirante 7. Coração batendo forte e rápido 8. Inseguro (a) 9. Apavorado (a) 10. Nervoso (a) 11. Sensação de sufocamento 12. Tremor nas mãos 13. Trêmulo (a) 14. Medo de perder o controle 15. Dificuldade de respirar 16. Medo de morrer 17. Assustado (a) 18. Indigestão ou desconforto abdominal 19. Desmaios 20. Rubor facial 21. Sudorese (não devido ao calor) Interpretação do Escore Total do BAI ESCORE TOTAL GRAVIDADE DA ANSIEDADE 0-7 Grau mínimo de ansiedade 8-15 Ansiedade leve 16-25 Ansiedade moderada 26-63 Ansiedade grave INTERPRETAÇÃO TESTE DE ANSIEDADE 0-7 Nível de Ansiedade leve ou normal: A ansiedade está controlada. Aparentemente lida bem com a ansiedade, ela é algo pontual e funciona como estimulante no dia a dia, não prejudica a aprendizagem e produtividade. 8-15 Nível de Ansiedade leve: A ansiedade tem grande espaço na rotina, podendo fazer você perder a concentração ou provocar sintomas físicos que passam despercebidos (aumento da frequência cardíaca, tensão muscular, respiração deficitária, etc). Mesmo assim, é possível resolver problemas do dia-a-dia sem grandes complicações. Atividades relaxantes e MEV podem ajudar. 16 – 25 Nível de Ansiedade moderada: A resolução de problemas comuns do dia-a-dia fica comprometida. Os sintomas físicos são difíceis de controlar; as emoções (medo, raiva) são expressas numa intensidade desproporcional à situação; e, a inquietação e a impaciência provocam grande prejuízo na qualidade de vida. Necessário procurar ajuda de um profissional médico e/ou um psicólogo. 26 – 63 Nível de Ansiedade Grave: Neste nível de ansiedade todos os sintomas (físicos, emocionais) estão severos, sem explicações e com duração longa. A ansiedade pode se tornar incapacitante, com a sensação de perda de controle, trazendo sérios prejuízos na qualidade de vida (com reflexos na qualidade do sono, na saúde física), nos relacionamentos, na vida profissional e evoluindo para transtornos mais sérios. Requer tratamento médico e/ou psicológico o mais rápido possível. Medidas não Farmacológicas – Suplementação –Fitoterapia - MIPs TRATAMENTO ✓Tratamento não farmacológico: Psicoterapia e Atividades físicas; ✓A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é a técnica com mais evidências de sucesso no tratamento dos transtornos de ansiedade, podendo ser utilizada como um tratamento isolado em casos leves a moderados, ou em combinação com medicamentos em casos moderados a graves. ✓A escolha entre farmacoterapia e psicoterapia deve ser baseada na disponibilidade e preferência do paciente. Ansiedade ✓ Estudos epidemiológicos sugerem que 30 a 43 % dos pacientes tratados em cuidados primários para ansiedade usam medidas alternativas como pelo menos parte de seu tratamento ✓ Ensaios clínicos de remédios à base de ervas e suplementos dietéticos em sintomas e distúrbios de ansiedade geralmente têm amostras pequenas e outras limitações metodológicas apontando na maioria das vezes resultados inconclusivos. ✓ Os profissionais de saúde devem ajudar seus pacientes a avaliar os riscos e benefícios do uso desses produtos investigando quais remédios e suplementos eles estão tomando, particularmente aqueles conhecidos por interagir com outras drogas ou causar efeitos adversos. Ervas e Suplementação Nenhum dos remédios fitoterápicos testados para transtornos de ansiedade em ensaios clínicos demonstrou ser claramente eficaz ou claramente ineficaz. Ensaios sugerem que ❖ Valeriana (Valeriana officinalis): Mecanismo de ação não conhecido, mas parece ter relação com a afinidade da raiz de valeriana pelo receptor GABA. Poucos eventos adversos foram relatados. Pode causar sonolência ou tontura. O risco de depressão respiratória deve ser considerado no contexto de múltiplas drogas sedativas e/ou consumo significativo de álcool. Valeriana pode causar dor abdominal em grandes doses. ❖ Flor da paixão - flor de maracujá ( Passiflora incarnata ) é tradicionalmente utilizado como uma erva calmante. Os efeitos colaterais da flor da paixão são raros, mas podem incluir sonolência, sedação, náuseas, vômitos e tontura. ❖ Erva de São João ( Hypericum perforatum ): Mecanismo de ação não conhecido. Propriedades fracas inibidoras da monoamina oxidase (MAOI) têm sido sugeridas. A combinação com ISRS pode causar a síndrome serotoninérgica e deve ser evitada. induz o sistema do citocromo P450 3A4. Os achados de testes de valeriana, flor de maracujá e erva de São João são mistos, inconclusivos ou negativos. Ervas e Suplementação ❖ Açafrão (Crocus sativus L): Dois ensaios clínicos, ambos com limitações metodológicas, mostraram maiores reduções na ansiedade e depressão com açafrão em comparação com placebo. ❖ Camomila (Matricaria recutita): tem sido usada para ansiedade. Pesquisas em animais encontraram evidências de propriedades antiinflamatórias, anti-hiperglicêmicas, antigenotóxicas e anticancerígenas . Foi relatado que a camomila aumenta as propriedades anticoagulantes de outros medicamentos e, portanto, deve ser usada com cautela em pacientes cujo estado de anticoagulação requeira monitoramento. Parece reduzir a ansiedade em pessoas com TAG. ❖ Kava-kava (Piper methysticum): Propriedades psicoativas. O mecanismo de ação não é conhecido; pesquisa sugere uma modulação da atividade do GABA e inibição da recaptação de noradrenalina e dopamina. Os efeitos colaterais incluem dores de cabeça, sedação e sonolência. relatos de hepatotoxicidade grave e insuficiência hepática. Parece reduzir a ansiedade em pessoas com TAG. Ervas e Suplementação Outras ervas menos conhecidas receberam algum estudo para ansiedade, mas geralmente com limitações metodológicas significativas, resultados negativos ou inconclusivos: ❖ Água hissopo ( Bacopa monnieri ) ❖ Erva- cidreira/ Capim-limão ( Cymbopogon citratus ) ❖ Raiz de ouro ( Rhodiola rosea ) ❖ Skullcap ( Scutellaria lateriflora) ❖ Óleo de lavanda (Lavandula officinalis ou outras Lamiaceae) ❖ Erva- cidreira “verdadeira” (Melissa officianalis) ❖ A Borragem ( Echiumamoenum ) e o Cardo Mariano ( Silybum marianum ) mostraram resultados promissores para o TOC em pequenos ensaios clínicos Ervas e Suplementação Estudos mostraram associações entre as seguintes deficiências nutricionais e elevada ansiedade ou a presença de um transtorno de ansiedade ❖ Deficiência de zinco e TOC e transtorno do pânico ❖ Deficiência de vitamina B 6 e ansiedade elevada ❖ Deficiência de Vitamina B 12 e TOC Pequenos testes clínicos de suplementação dietética mostraram resultados promissores para o ❖ •Zinco para o TOC e transtorno do pânico ❖ •vitaminas antioxidantes para TAG ❖ •Inositol para transtorno do pânico, agorafobia e TOC ❖ •Omega -3 para ansiedade por uso de substâncias ❖ •L-lisina / L-arginina para ansiedade associada à deficiência de cortisol Ervas e Suplementação ❖ PISCOTERAPIA: ✓ Destaca-se entre as abordagens não medicamentosas, considerada atualmente peça fundamental ✓ A terapia cognitivo-comportamental tem apresentado melhores evidências de resposta. ❖ ATIVIDADES FÍSICAS As principais recomendações apontam pelo menos 30 minutos de exercícios de moderada intensidade, no mínimo 3 vezes por semana. ❖ OUTRAS Meditação, medidas religiosas e espirituais podem contribuir e não são prejudiciais mas devem ser desencorajadas como tratamento único ou de primeira linha em situações de moderada a grave. Agindo como adjuvante. Ansiedade AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS TERAPÊUTICOS Recorrência de episódios e Intensidade dos sintomas Fadiga, insônia, falta de ar, formigamento, confusão, instabilidade, dor no peito, palpitações, sudorese, boca seca, tremores, tensão muscular, vertigem, náusea e vômitos incontroláveis Avaliação por meio de escalas BAI Esquizofrenia “ESSAS VOZES NÃO ME DEIXAM EM PAZ ” PSICOSE “ Um conjunto de sintomas nos quais a capacidade mental da pessoa, sua resposta afetiva e sua capacidade de reconhecer a realidade, de se comunicar e de se relacionar com outras pessoas estão alteradas.” ESQUIZOFRENIA A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico que envolve psicose crônica ou recorrente. É comumente associada a alterações do funcionamento social e ocupacional. ✓ Atinge 1% da população mundial; ✓ Diagnóstico jovem: 15 aos 25 anos no homem, e 20 aos 30 anos na mulher; ✓ Afeta pessoas de todas as classes sociais e tem proporção semelhante entre homens e mulheres; ✓ Segundo a OMS uma das doenças mais incapacitantes e economicamente catastróficas; ✓ Aproximadamente 50% pessoas com esquizofrenia não recebem intervenções da Saúde Mental (Federação Internacional de Farmacêuticos- FIP, 2015); ✓ 05% dos pacientes com esquizofrenia comete suicídio; INTRODUÇÃO HOR, 2010; Suominen, 2002; Wu, Birnbaum, 2005 INTRODUÇÃO ✓ Seu diagnóstico baseia-se fundamentalmente na história psiquiátrica e no exame do estado mental: NÃO EXISTE UM EXAME DIAGNÓSTICO; ✓ É caracterizada por um período prodrômico que se constitui de sintomas inespecíficos ou de sintomas que são chamados de negativos: ✓ Alterações no afeto (desconfiança, depressão, ansiedade, tensão, irritabilidade) e ✓ Mudanças no comportamento (isolamento social, queda no rendimento funcional, comportamento estranho). Sintomas positivos 1. Alucinações - Percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença do objeto estimulante real. A alucinação auditiva é a mais frequente. Visuais • Esferas incandescentes • Flashes de cor • Partes do corpo • Pessoas Auditivas • Vozes • Músicas • Ruídos (barulho de máquinas) Olfativas, gustativas ou somáticas • Gosto ou cheiro estranho • Sentimento de toque ou de abuso ESQUIZOFRENIA – QUADRO CLÍNICO Sintomas positivos 2. Delírios • Alteração do conteúdo do pensamento no qual “a capacidade de julgar a realidade está patologicamente falseada”; • O paciente apresenta crenças irreais, impossíveis de serem modificadas pela experiência objetiva, por provas explícitas ou argumentos lógicos Sistematizados Bizarros de Referência GrandiososPersecutórios Niilistas Místico- Religiosos ESQUIZOFRENIA – QUADRO CLÍNICO de Influência Sintomas positivos 3. Desorganização de pensamento ou comportamento Discurso tangencial (a pessoa vai se desviando do tema) Discurso circunstancial (detalhes irrelevantes) Descarrilamentos (mudança de tema sem sequência) Neologismos (palavras que não existem no discurso) Salada de palavras ESQUIZOFRENIA – QUADRO CLÍNICO Sintomas Negativos GRUPO DE SINTOMAS SINTOMA MANIFESTAÇÃO Redução da expressividade Embotamento afetivo Expressão facial imutável Poucos movimentos espontâneos Poucos gestos expressivos Evitar contato visual Resposta afetiva reduzida Ausência de inflexões vocais Alogia [falta de lógica] Pobreza do discurso Bloqueio de pensamento Latência de resposta Avolição-apatia Apatia [falta de emoção, motivação, entusiasmo] Falta de higiene Falta com as responsabilidades Inatividade Anedonia [perda da capacidade de sentir prazer] Desinteresse social e falta de intimidade com as pessoas Pouco interesse em sexo Falta de interesse em ativ. estimulantes Sintomas cognitivos • Velocidade de processamento • Atenção • Memória de trabalho • Aprendizagem e memória verbal • Aprendizagem e memória visual • Raciocínio / funcionamento executivo • Compreensão verbal • Cognição social ESQUIZOFRENIA – QUADRO CLÍNICO Outros sintomas psiquiátricos • Pessoas com esquizofrenia têm maiores taxas de depressão, diversos transtornos de ansiedade, transtornos de uso de substância, e suicídio em comparação com pessoas sem esquizofrenia; ESQUIZOFRENIA – QUADRO CLÍNICO ESQUIZOFRENIA – DIAGNÓSTICO DSM-5 ✓ Presença de dois ou mais sintomas por pelo menos 1 mês, sendo que pelo menos um deles deve ser dos de maior hierarquia: Sintomas de maior hierarquia • Delírios • Alucinações • Discurso desorganizado Sintomas de menor hierarquia • Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico; • Sintomas negativos. ✓Os vários antipsicóticos parecem ter efeitos equivalentes, exceto a CLOZAPINA (mais efetiva, mas devido ao risco de agranulocitose reservada para pacientes pouco responsivos); ✓Os passos do tratamento farmacológico de episódios agudos de sintomas psicóticos obedecem, de maneira geral, a seguinte ordem: ✓Monoterapia com antipsicóticos típicos ou atípicos; ✓Ajuste da dose; ✓Troca de antipsicótico (pelo menos 3 medicamentos); ✓Substituição por clozapina; ✓Combinação com outros fármacos; ✓Eletroconvulsoterapia. ESQUIZOFRENIA – TRATAMENTO ANTIPSICÓTICOS 1º GERAÇÃO Dose usual (mg/dia) Dose inicial (mg/dia) Dose máxima (mg/dia) Formulações Clorpromazina 400-600 20-200 800 Comp, IM Flufenazina 2-15 2-10 12 Comp, IM, comp. Solúvel, solução Haloperidol 2-20 2-10 30 Comp, IM, IM prolong, comp. Solúvel, solução Levomepromazina 400-600 100 1000 Comp, solução, IM Pimozida 8-10 1-2 10 Comp. Tioridazina 10-20 5-10 30 Comp. Trifluoperazina 15-20 4-10 40 Comp. Zuclopentixol 10-60 10-20 75 Comp, IM 2º GERAÇÃO Dose usual (mg/dia) Dose inicial (mg/dia) Dose máxima (mg/dia) Formulações Aripiprazol 10-15 10-15 30 Comp, IM, solução Azenapina 10-20 10 20 Comp sublingual Clozapina 150-600 25-50 900 Comp, suspensão Olanzapina 10-20 5-10 30 Comp, IM Paliperidona 6-12 6 12 Comp (LP), IM Quetiapina 150-750 400-800 (LP) 50 750 800 (LP) Comp, comp (LP) Risperidona 2-6 1-2 8 Comp, IM, solução Ziprazidona 40-160 40-80 200 Caps, IM Lurasidona 40-80 20 120 Comp Eventos Adversos dos Antipsicóticos PSEUDOPARKINSONISMO ✓ Tremores, lentidão, rigidez de movimento, sialorreia. ACATISIA ✓ Inquietação, angústia, dificuldade de permanecer imóvel DISTONIA AGUDA ✓ Contrações espásticas dos músculos – posturas anormais ou espasmos musculares prolongados, posicionamento anormal da cabeça e pescoço em relação ao corpo; espasmos dos músculos da mandíbula (trismo, caretas): DISCINESIA TARDIA ✓ A discinesia tardia é caracterizada por movimentos repetitivos, involuntários
Compartilhar