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Orçamento Publico

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Aula 01 Orçamento Publico
Contexto, Tipos de Orçamento e Funções Orçamentarias de Intervenção e Econômica
É o instrumento de que o Poder Público, em qualquer de suas esferas, dispõe para, em determinado período de tempo, expressar o seu programa de atuação, discriminando a origem e o montante dos recursos a serem obtidos, bem como os dispêndios a serem efetuados.
É a materialização da ação planejada do Estado na manutenção de suas atividades e na execução de seus projetos e, sendo definido pela Constituição de 1988, que estabeleceu como instrumentos de planejamento governamental as seguintes leis:
Lei do Plano Plurianual – PPA
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO
Lei do Orçamento Anual – LOA.
Os instrumentos de planejamento governamental se transformam em leis de iniciativa do Poder Executivo e, através da LOA, estimam-se as receitas e fixam-se as despesas da administração pública.
O orçamento é elaborado em um exercício e, após aprovação do Poder Legislativo, vigorará no exercício seguinte.
As despesas fixadas no orçamento são cobertas com o produto da arrecadação dos impostos e os gastos podem também ser financiados por operações de crédito, que é o endividamento do tesouro junto ao mercado financeiro interno e externo, implicando no aumento da dívida publica. 
As receitas são estimadas pelo governo, podendo ser maiores ou menores do que foi inicialmente previsto.
Operação de Crédito
Gastos
Impostos
Despesas
Os orçamentos assumem os tipos:
Legislativo – É utilizado em países parlamentaristas, nos quais a elaboração, a votação e a aprovação são de competência do poder legislativo, cabendo ao poder Executivo a sua execução.
Executivo – É utilizado em países onde impera o poder absoluto, nos quais a elaboração. A aprovação, a execução e o controle são da competência do poder Executivo.
Misto - É utilizando nos países cujas funções legislativas são exercidas pelo Congresso ou Parlamento, sendo sancionado pelo chefe do poder executivo. Sua elaboração e execução são de competência do poder Executivo, cabendo ao poder Legislativo sua votação e seu controle.
Richard Musgrave, apud Giacomoni (2000, p.22), propôs uma classificação das funções econômicas do Estado, que se tornaram clássicas no gênero, denominadas as “funções fiscais”, considerando-as como as próprias “funções do orçamento”, principal instrumento de ação estatal na economia.
São elas:
Função alocativa - Promover ajustamento na alocação de recursos.
Função distributiva - Promover ajustamento na distribuição de renda.
Função estabilizadora - Manter a estabilidade econômica.
A seguir, saiba mais sobre cada uma delas.
Função Alocativa
Presume-se na alocação de recursos justificada naqueles casos em que não houver eficiência por parte do mecanismo de ação privada (sistema de mercado), chamando atenção para duas situações bem explicativas: os investimentos na infraestrutura econômica e a provisão de bens públicos e bens meritórios.
Os investimentos na infraestrutura econômica – transportes, energia, comunicações, armazenamento etc., sendo considerados indutores do desenvolvimento regional e nacional, sendo compreensível que se transformem em áreas de competência estatal. Os altos investimentos necessários e o longo período de carência entre as aplicações e o retorno desestimulam igualmente o envolvimento privado nesses setores. O bem privado é oferecido por meio dos mecanismos próprios do sistema de mercado. Há uma troca entre vendedor e comprador e uma transferência da propriedade do bem e o não pagamento por parte do comprador impede a operação e, logicamente, o benefício.
Função Alocativa do governo está associada ao fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado (chamados bens públicos). Bens Públicos = Bens de uso coletivo Característica : Impossibilidade de excluir determinados indivíduos de seu consumo, uma vez delimitado o volume à disposição do público. Ex.: defesa nacional e segurança pública. Função Alocativa O Princípio da Exclusão = (Bem Rival – ou consumo excludente) quando o consumo realizado por um agente exclui automaticamente o consumo por outros indivíduos (consumo de um ‘cafezinho’). Bem Não Rival = (Não satisfaz ao princípio da exclusão) O consumo de um bem não diminui a quantidade a ser consumida pelos demais indivíduos (serviço meteorológico). Bens Meritórios ou Semi-públicos – Satisfazem ao princípio da exclusão, mas são produzidos pelo Estado. Ex.: Serviços de saúde, saneamento e nutrição.
Função Distributiva
É a função pública de promover ajustamento na distribuição de renda que se justifica como correção de falhas do mercado.
Para tanto, a melhoria da posição de certas pessoas é feita às expensas de outras.
O problema é fundamentalmente de política e de filosofia social, cabendo a sociedade definir o que considera como níveis justos na distribuição da renda e da riqueza.
O orçamento público é o principal instrumento para a viabilização das políticas públicas de distribuição de renda, considerando que o problema distributivo tem por base tirar de uns para melhorar a situação de outros, o mecanismo fiscal mais eficaz é o que combina tributos progressivos sobre as classes de renda mais elevada com a transferência para aquelas classes de renda mais baixa. Em sentido amplo, uma série de outras medidas públicas enquadra-se nos esquemas distributivos como a educação gratuita, a capacitação profissional.
Função Estabilizadora
Além dos ajustamentos na alocação de recursos e na distribuição de renda, a política fiscal tem quatro objetivos macroeconômicos:
manutenção de elevado nível de emprego;
estabilidade nos níveis de preços;
equilíbrio no balanço de pagamentos;
razoável taxa de crescimento econômico.
A mais moderna das três, a função estabilizadora adquiriu especial importância como instrumento de combate aos efeitos da depressão dos anos trinta e a partir daí esteve sempre em cena, lutando contra as pressões inflacionárias e contra o desemprego.
O orçamento público é um importante instrumento da política de estabilização.
No plano da despesa, o impacto das compras do governo sobre a demanda agregada é expressivo, assim como o poder de gastos dos funcionários públicos.
No lado da receita, não só chama atenção o volume dos ingressos públicos, como também a variação na razão existente entre a receita orçamentária e a renda nacional, como consequência de mudanças existentes nos componentes da renda (lucros, transações comerciais).
Além dos instrumentos fiscais, a politica de estabilização utiliza outros instrumentos de cunho monetário que visam o controle da oferta monetária, variável de grande importância na consecução dos objetos estabilizadores.
Partindo da evidencia de que o mercado é mau regulador da oferta de moeda, os governos criaram seus bancos centrais com a finalizada de primeira de realizar esses controles, ajustando a oferta monetária as necessidades da economia.
Principais Leis Aplicadas
Constituição Federal Art 165
ÍNDICE TEMÁTICO
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nestaConstituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
§ 9º Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto no § 11 do art. 166. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
Lei 4.320/64 – Lei de Normas Gerais de Direito Financeiro - Lei 4320/64 | Lei no 4.320, de 17 de Março de 1964.
Lei complementar 101/00
Artigo 4 Lc nº 101 de 04 de Maio de 2000
Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:
I - disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31;
c) (VETADO)
d) (VETADO)
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos;
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
II - (VETADO)
III - (VETADO)
§ 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
§ 2o O Anexo conterá, ainda:
I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
IV - avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador ;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
§ 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
§ 4o A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subseqüente.
Aula 02 – Princípios Orçamentários, Instrumentos de Planejamento e programação Orçamentária
Nesta aula, trataremos da legislação aplicada ao planejamento orçamentário e os princípios orçamentários.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• reconhecer a legislação aplicada ao planejamento orçamentário;
• identificar os princípios orçamentários.
Plano Plurianual – PPA
Lei das Diretrizes Orçamentárias – LDO
Lei do Orçamento Anual – LOA
São Leis que reguilam o planejamento e o orçamento dos entes públicos federais, estaduais e municipais
Essas leis constituem etapas distintas, porém integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais.
Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal de 1988 tem-se essa integração, por 
meio da definição dos instrumentos de planejamento, os quais são de iniciativa do Poder Executivo.
Art. 165 da CF/1988 – Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
Plano Plurianual – PPA
É o instrumento de planejamento de médio prazo que estabelece, de forma regionalizada...
• as diretrizes;
• os objetivos e
• as metas.
....da Administração Pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Retrata em visão macro, as intenções do gestor público para um período de quatro anos, podendo ser revisado a cada ano.
A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (PPA) e o planejamento operacional (LOA).
Sua relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAS, que dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos estratégicos existentes antes da CF/88.
Além dos dispositivos referentes a LDO previstos na CF/88, veja abaixo que a Lei de Responsabilidade Fiscal, em seu art. 4º, I, aumentou o rol de funções da LDO.
  Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:
        I - disporá também sobre:
        a) equilíbrio entre receitas e despesas;
        b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31;
        c)  (VETADO)
        d)  (VETADO)
        e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos;
        f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
        II -  (VETADO)
        III -  (VETADO)
        § 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
        § 2o O Anexo conterá, ainda:
        I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
       II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando aconsistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;
        III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
        IV - avaliação da situação financeira e atuarial:
        a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;
        b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
        V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
        § 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
        § 4o A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subseqüente.
-...
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm
A LOA é um instrumento que expressa à alocação de cursos públicos, sendo operacionalizada por meio de diversos programas, onde o poder público prevê a arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano.
A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente dito e tem a finalidade de concretização dos objetivos e metas estabelecidas no 
PPA, expressando as políticas desenvolvidas pela entidade pública por meio do cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonância com o que foi estabelecido na LDO.
A LOA compreenderá:
o orçamento fiscal referente aos Poderes Executivos, seus Fundos, Órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta, inclusive Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
o orçamento de investimento das empresas em que o Poder Executivo, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
o orçamento de seguridade social, abrangendo todas as entidade e órgãos a ela vinculados da Adminsitração Direta ou Indireta bem como os Fundos e Fundações instituídos e mantidos pelo poder Publico.
Logo, os orçamento que compões a LOA são conhecidos como orçamento fiscal, orçamento de investimentos e orçamento de seguridade social.
Princípios Orçamentários são premissas, linhas norteadoras de ações a serem observadas na concepção da proposta, consagrados pela CF/88, pelas leis, pelas normas infra legais e pela tradição.
1 - Anualidade
(Lei 4.320/64)
A vigência do orçamento deve ser de um ano, normalmente, coincidindo com o ano civil.
2 - Clareza
O princípio da clareza estabelece que o orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e compreensível.
3 - Equilíbrio
(CF/88, art 167, inc II, IV, V e art 166, § 3°, inc II)
Total das despesas igual ao total das receitas, de modo a não resultar déficits espirais, coibindo a previsão de receitas fictícias.
4 - Especificação
Está relacionado ao aspecto formal da peça orçamentária, tendo como objetivo vedar previsões genéricas de receitas e despesas na lei orçamentária. Assim, as receitas e despesas deverão ser consignadas no nível mínimo de detalhamento exigido, isto é, um quadro de detalhamento de despesa, também chamado de discriminação ou especialização.
5 – Exclusividade
(CF/88, art 165, § 8º)
A lei orçamentaria não conterá matéria estranha à previsão da receita e à fixação da despesa, exceto à autorização para abertura de créditos adicionais e contratação de operações de créditos.
6 - Publicidade
(CF/88, Art 37)
A Lei orçamentária deve ser divulgada por meio dos mecanismos oficiais de comunicação/divulgação para conhecimento do público e para eficácia de sua validade.
7 – Unidade
(Lei 4.320/64)
Constitui-se em uma peça para cada esfera do governo devendo consolidar toas as propostas orçamentárias dos Poderes Legislativos, Executivo e Judiciário, dos seus órgãos, fundos, autarquias e fundações, bem como da empresa em que o estado, direta e indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
8 - Uniformidade
O mesmo que consistência, ou seja, o orçamento deve manter uma padronização ou uniformização de seus dados, a fim de possibilitar que os usuários possam realizar comparações entre os diferentes anos.
9 - Universalidade
(Lei 4.320/64)
O orçamento é um plano financeiro global, também chamado de orçamento bruto, pois mantém as receitas e as despesas pelos seus totais. O orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado. Este princípio é de fundamental importância, pois possibilita ao Legislativo conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo governo, a fim de autorizar a cobrança dos tributos estritamente necessários para atendê-las.
Aula 03 – 
 Técnicas de elaboração orçamentária
Nesta aula, vamos conhecer as técnicas para elaboração da lei orçamentária, a formatação institucional, funcional e programática, ou seja, o processo de estimar as receitas e fixar as despesas. Ao final desta aula, você será capaz de:
- identificar as técnicas para elaboração do orçamento, bem como as classificações institucionais, funcional e programática do conteúdo orçamentário.
Elaboração da Proposta Orçamentária
O orçamento, embora seja anual, não pode ser concebido ou executado isoladamente do período imediatamente anterior e do posterior, pois sofre influências condicionantes daquele que o precede, assim como constitui uma base informativa para os futuros exercícios.
Daí a necessidade de compreensão do Ciclo Orçamentário, que é a sequência das etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário.
A seguir, veremos detalhadamente cada etapa do ciclo.
Elaboração – Estudo e Aprovação – Execução - Avaliação e retoma no inicio.
Elaboração: 
A elaboração do orçamento, de conformidade com o disposto na 
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, compreende:
a fixação de objetivos concretos para o período considerado;
o cálculo dos recursos humanos, materiais e financeiros, necessários à sua materialização e concretização.
Esta fase do ciclo orçamentário é de competência exclusiva do Poder Executivo, cabendo ao Órgão Central de Planejamento a compatibilização final das propostas de todos os outros poderes ou funções, para então remeter ao Poder Legislativo, a proposta de Lei Orçamentária.
Elaboração – Consequência - providenciar a formalização de um documento onde fique demonstrada a fixação dos níveis das atividades governamentais, através da formulação dos programas de trabalho das unidades administrativas, e que, em última análise, constituirá a Proposta Orçamentária.
Estudo e Aprovação
Esta fase é de competência do Poder Legislativo, e o seu significado está configurado na necessidade de que o povo, através de seus representantes, intervenha na decisão de suas próprias aspirações, bem como na maneira de alcançá-las. Caso, o Poder Legislativo não receba a proposta no prazo constitucional, será considerada como proposta a Lei Orçamentária vigente no próprio exercício.
O Chefe do Poder Executivo, além de sancionar a Lei do Orçamento Anual - LOA, deverá promulgá-la e publicá-la. Se houver veto, total ou parcial, ele será votado em sessão conjunta do Poder Legislativo.
Execução
A execução do orçamento constitui a concretização anual dos objetivos e metas determinados para o setor público, no processo de planejamento integrado, e implica a mobilização de:
Recursos humanos - Recursos materiais -Recursos financeiros
Avaliação
A avaliação refere-se à organização, aos critérios e trabalhos destinados a julgar o nível dos objetivos fixados no orçamento e as modificações nele ocorridas durante a execução; à eficiência com que se realizam as ações empregadas para tais fins e grau de racionalidade na utilização dos recursos correspondentes.A LOA, o PPA e a LDO são leis de iniciativa vinculada, ou seja, a iniciativa, no caso brasileiro, é do Poder Executivo, que deverá fazer o encaminhamento de tais propostas nos prazos estabelecidos na Constituição ou em Lei.
As fases da discussão, votação e aprovação são prerrogativas exclusivas do Poder Legislativo amparado pelo artigo 166 da CF/88 que diz:
Promulgação - é o ato que sucede à decretação ou a sanção como elemento indispensável ao início da exigibilidade das regras e princípios contidos na lei que se divulga. E a própria divulgação ou publicação do texto legal, de modo solene.
Sanção – Representa a concordância do chefe do Executivo com os termos da lei decretada pelo Legislativo.
Técnicas de Elaboração Orçamentária
Durante a fase de elaboração orçamentária, ou seja, o planejamento, as opções e decisões que se têm disponíveis podem ser classificadas segundo o processo decisório em:
a) Processo descendente
No processo descendente ou de cima para baixo, os objetivos são estabelecidos em função das necessidades, sem maior consideração aos meios. Aos níveis mais baixos da hierarquia cabe apenas elaborar os planos de trabalho de acordo com os objetivos fixados pela cúpula.
b) Processo ascendente
No processo ascendente, os objetivos são estabelecidos pelos órgãos inferiores da hierarquia e são aprovados pela administração central.
Nesse processo, cada unidade operacional é compelida a pensar em termos de objetivos, em seu próprio planejamento com o orçamento e avaliando em seu âmbito as necessidades em relação aos meios disponíveis.
c) Processo intermediário ou misto
No processo intermediário ou misto, os níveis hierárquicos mais altos traçam as diretrizes e os objetivos em função dos meios disponíveis, e com esses parâmetros as unidades operacionais elaboram os planos de trabalho que serão consolidados setorialmente nos Ministérios ou Secretarias de Estado e, finalmente, no órgão central de planejamento. Esse processo é adotado no Brasil.
Etapas da Elaboração Orçamentária
“O propósito de um orçamento é prever, enumerar, avaliar e confrontar despesas e receitas para um período futuro."
Esta é a função primordial do orçamento público.
Para termos visão perfeita das etapas de elaboração do orçamento devemos conhecer de modo preciso a organização governamental e os princípios constitucionais reguladores da vida do Estado.
As principais etapas da elaboração dos instrumentos orçamentários:
Preliminar – Inicial – Intermediária – Consolidação das propostas parciais do orçamento ao nível ministerial - final
Classificações Orçamentárias
As classificações orçamentárias são essenciais para a programação, a execução, o acompanhamento, o controle e a avaliação da atividade financeira do Estado.
Para as receitas, os critérios de classificação são:
• institucional;
• segundo sua natureza; e
• quanto às fontes de recursos.
Para as despesas os critérios são:
• institucional;
• funcional;
• programática; e
• segundo a natureza.
Classificações Institucionais, Funcional e Programática
Classificação Institucional - Corresponde aos Órgãos e suas respectivas Unidades Orçamentárias.
Classificação Funcional - Essa classificação é dividida em dois níveis: Funções e Subfunções. Trata-se de uma classificação independentes dos programas. As subfunções também podem ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam originalmente vinculadas.
Função: representa o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público, atualmente são 28 funções.
• Sub-Função: representa uma partição da função, visando agregar determinado subconjunto da despesa do setor público, atualmente são 109 sub-funções.
Classificação Programática - A finalidade das classificações por programas é demonstrar as realizações do governo, o resultado final de seu trabalho em prol da sociedade.
Classificação Programática
Principal categoria, o programa é estruturado visando ao alcance de objetivos concretos pretendidos pela administração pública. 
Conheça abaixo as categorias.
Programa - Instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no PPA.
Projeto - Instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que contribui para a expansão ou aperfeiçoamento da ação de governo.
Atividade - Instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo.
Operações Especiais – São despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não eram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Exemplos: apagamento de sentenças judiciais, pagamento de juros.
Apesar de não prevista na norma geral, mas por exigência da LDO, a LOA trará, ainda, uma quinta categoria na classificação por programas: o subtítulo, o qual passará a ser a categoria de menor nível da classificação, compreendendo subdivisão do projeto, atividade e das operações especiais.
“A classificação Institucional, conjugada com a funcional e a programática, forma o código de um Programa de Trabalho”
Exemplo 20.006.04.123.0421.2094
20 – representa o Orgão – neste caso a Secretaria da Educação
006 – Representa a unidade orçamentaria – Subsecretaria da Receita Publica
04 – Representa a Função – Administração
123 – Representa a Subjunção – Administração Financeira
0421 – Representa o Programa – Modernização da Gestão das Receitas
2091 – Representa a Atividade – Treinamento de Recursos Humanos
Aula 04 - Créditos orçamentários e adicionais e Receitas orçamentárias
Créditos Orçamentários e Créditos Adicionais
Podemos definir a execução orçamentária como sendo um conjunto de procedimentos adotados pela administração governamental para que sejam alcançadas as metas estabelecidas, uma vez que é nesse estágio do ciclo orçamentário que se realiza efetivamente a atividade financeira do estado.
Para realizar essa atividade financeira o governo dispõe de duas fontes:
Créditos Orçamentários
São aqueles aprovados pelo Legislativo na lei do orçamento e provêm de recursos do tesouro nacional e de outras fontes.
Créditos Adicionais
São aqueles concedidos quando, durante a execução do orçamento, houver necessidade de retificá-lo, seja por insuficiência de recursos ou para atender a situações não previstas quando da sua elaboração (Art. 40 da lei 4.320/64).
Tipos de Créditos Adicionais
Conforme especificação da Lei 4.320/64, Art. 41, os créditos adicionais podem ser:
Suplementares: são os destinados a reforço de dotação (ex. pagamento de pessoal - despesa de custeio).
Especiais: são aqueles destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
Extraordinários: são aqueles destinados para realização de despesas urgentes e imprevisíveis, como em casos de guerra ou calamidade pública.
Quadro Resumo sobre Créditos Adicionais
Suplementares - Reforçam dotação orçamentária existente. - Autorizado por Lei e aberto por decreto. - Dependem da existência de recursos disponíveis e justificativa. 
Especiais - Atendem a programas novos, sem dotação orçamentária. - Autorizado por Lei e aberto por decreto. - Dependem da existência de recursos disponíveis e justificativa. 
Extraordinários - Despesas urgentes e imprevisíveis, decorrentes de guerra, comoção interna, calamidade pública. - Aberto por decreto.
A fim de não prejudicar o equilíbrio do orçamento em execução, a lei determina que cada solicitação de crédito adicional seja acompanhada da indicação de recursos hábeis desde que não comprometidos (Art. 43, § 1° da lei 4.320/64).
São recursos hábeis:
I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II - os provenientes de excesso de arrecadação;III - os resultantes da anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais autorizados em lei; e
IV - o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite o Poder Executivo realizá-las.
Receitas Públicas
Conceito
“Entre os recursos que o estado aufere, temos as entradas que se incorporam de forma definitiva ao patrimônio e aquela que são restituíveis no futuro. No primeiro grupo, temos as Receitas Públicas; no segundo, temos os ingressos públicos, cuja característica é a restituição futura, pois são simples movimentos de fundos. Desse modo, podemos afirmar que os Ingressos correspondem a todas as quantias recebidas pelos cofres públicos, ao passo que as receitas públicas correspondem ao ingresso que, integrando-se ao patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, vem acrescentar seu vulto como elemento novo e positivo”.
Classificação
Quanto à sua natureza, as receitas podem ser:
Receitas Públicas quanto à sua NATUREZA
1 - Receita Orçamentária
Sua arrecadação depende de Lei. Essas receitas serão aplicadas na realização dos gastos públicos e devem ser previstas no Orçamento (LOA).
Subdivide-se em:
• Receitas Correntes
• Receitas de Capital
1.1 - Receitas Correntes
São as receitas destinadas a cobrir as despesas orçamentárias que visam a manutenção das atividades governamentais.
1.2. Receitas de Capital
São as que provêm da alienação de um bem de capital, definidas como operações de capital, recebimento das amortizações de empréstimos concedidos e as que estejam, por ato do poder público, vinculadas a uma operação de capital.
2 - Receita Extra-Orçamentária
É aquela que não integra o orçamento público.
Compreende os recolhimentos feitos e que constituirão compromissos exigíveis.
Receitas Correntes – 
São fontes das receitas correntes:
Receita Tributária: É a resultante da cobrança de tributos pagos pelos contribuintes em razão de suas atividades, suas rendas, suas propriedades e dos benefícios diretos e imediatos recebidos do Estado.
Receita de Contribuição: É a destinada a arrecadar receitas relativas a contribuições sociais e econômicas, destinadas, geralmente, à manutenção dos programas e serviços sociais e de interesse coletivo.
Receitas Patrimonial, Agropecuária e Industrial – São fonte que se comprem de rendas provenientes, respectivamente, da utilização de bens pertencentes ao Estado, como aluguéis, arrendamentos, foros, laudêmicos, ou ainda, das rendas obtidas na aplicação de recursos, como juros, participações e dividendos; da produção vegetal, animal e de derivados; e da indústria extrativa mineral, de transformação e de construção.
Receitas de Serviços - É o ingresso proveniente da prestação de serviços de transporte,  saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, judiciário, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços. (Fonte: Manual Técnico de Contabilidade do Setor Público)
 Transferências Correntes - São recursos financeiros recebidos de outras entidades de direito público ou privado e destinados ao atendimento de despesas correntes.
Outras Receitas Correntes - São fontes de receitas correntes originárias da cobrança de multas e juros de mora, indenizações e restituições, receita da dívida ativa e receitas diversas.
Receitas de Capital
São fontes da receita de capital:
Operações de Crédito - São fontes oriundas da realização de recursos financeiros advindos da constituição de dívidas, através de empréstimos e financiamentos.
Alienação de Bens - É fonte da receita de capital, captada através da venda de bens patrimoniais móveis ou imóveis, e dizem respeito às conversões de bens e valores em espécie.
Amortização de Empréstimos - É fonte da receita de capital, através da qual se recebem valores dados anteriormente por empréstimos a outras entidades de direito público e privados.
Transferências de Capital - São fontes de recursos recebidos de outras entidades de direito público ou privados, destinados a atender despesas classificadas em despesas de capital.
Outras Receitas de Capital - Fonte destinada a arrecadar outras receitas de capital que constituirão uma classificação genérica não enquadrada nas fontes anteriores.
Receita Extra-Orçamentária
O Estado é obrigado a arrecadar valores que, em princípio, não lhe pertencem e que constituirão compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização orçamentária e, portanto, independe de autorização legislativa. As receitas extra-orçamentárias devem ser classificadas no Passivo Financeiro. 
O Estado figura apenas como depositário dos valores que ingressam a esse título, como por exemplo:
• as cauções;
• as fianças;
• as consignações;
• e outras.
As cauções, as fianças e os depósitos efetuados em títulos, apólice ou outro valor diferente da moeda nacional corrente, serão classificados em contas de compensação, não sendo, nestes casos, considerados receitas extra-orçamentárias.
Infomação
Em algum momento você certamente vai ouvir falar em superávit/déficit primário e nominal. Quer entender mais?  Primeiro, vamos ao superávit/déficit primário. É o resultado da arrecadação do governo menos os gastos, exceto juros da dívida. A grosso modo, é a geração de caixa do governo; é a economia para reduzir o endividamento. Mostra se as contas estão em ordem ou não. Resultado primário positivo (superávit) mostra contas sob controle e mostra que a dívida não seguirá uma trajetória explosiva.
O que é superávit/déficit nominal? O resultado nominal do governo equivale à arrecadação de impostos menos os gastos, incluindo os juros da dívida. É a medida mais completa, já que o número representa a total necessidade de financiamento do setor público. Ao apresentar um déficit nominal, o governo terá que se financiar com a colocação de títulos públicos.
Como eu disse,  o conceito primário exclui da conta a despesa com juros da dívida. E qual o interesse no resultado primário? É que ao desconsiderar os juros pagos, este número dá a medida correta da situação fiscal do governo, pois fornece uma comparação simples e direta entre receita e a despesa que o setor público tem para fazer o Estado ‘funcionar’. ‘Isto é particularmente importante para saber se há risco de descontrole das contas públicas e, principalmente, de crescimento explosivo do endividamento’, diz o economista Silvio Campos Neto, do Banco Schahin.Ou seja, obter um resultado primário positivo (superávit) é um passo fundamental para manter a dinâmica da dívida pública controlada, o que sinaliza menor risco ao mercado.
Os dois, tanto o superávit primário quanto o nominal, são importantes. Para medir a saúde financeira do setor público e a trajetória da dívida, o primário é um bom indicador, pois mostra se o governo está gerando um caixa razoavelmente bom.  Já o superávit nominal dá uma visão mais precisa porque engloba tudo, despesa com juros também.
Outro item importante para ficar de olho é o itemendividamento, ou seja, a dívida líquida do setor em relação ao PIB, que mostra justamente como anda o endividamento do governo.  Só para lembrar: o pior momento foi em 2002/2003 que a relaçãodívida/PIB estava em 60% do PIB. Segundo a última projeção do Banco Central, atualmente, a relação dívida/PIB está em 35,3%. Os economistas não gostam de fazer comparações entre os países, mas, só como exemplo, Grécia e Itália agora estão com a relação dívida/PIB muito alta, em 170% e 103%, respectivamente, segundo estimativa do FMI para 2012. Mas, por outro lado, o perfil da dívida lá é muito melhor _ por ser de longo prazo e ter custo menor_, diferentemente do que ocorre no Brasil.
Aula 05 – Estágios de Receitas e Conceituação das Despesas públicas
Antes de serem reconhecidas como recurso à disposição do órgão público, as receitas públicas passam por diversas etapas.
Nesta aula, vamos identificar essas fases e conceituar as despesas públicas.
Ao final desta aula, vocêserá capaz de:
• compreender as etapas pelas quais passam as receitas públicas;
• conceituar despesas públicas.
Estágios da Receita
São etapas consubstanciadas nas ações desenvolvidas e percorridas pelos órgãos e repartições encarregados de executá-las.
A Lei 4320/64 dispõe que a receita percorre três estágios:
Lançamento
Arrecadação
Recolhimento
Alguns estudiosos, no entanto, discordam considerando os seguintes estágios para a receita pública:
Estágios da Receita
Previsão – Lançamento – Arrecadação – Recolhimento
A seguir, veremos detalhadamente cada etapa desse processo.
Previsão
Indica a expectativa da receita por parte da Fazenda Pública e configura o que se pretende arrecadar no exercício financeiro com o objetivo de custear os serviços públicos programados para o mesmo período, compreendendo as seguintes fases:
organização das estimativas que servirão de base às parcelas indicadas na proposta orçamentária;
conversão da proposta em orçamento público (ato legislativo).
Para se realizar a organização da estimativa acima citada, temos alguns métodos tradicionalmente conhecidos, tais como:
Método das médias trienais
É condenado pelos especialistas, uma vez que seu uso traz grande desequilíbrio nas previsões, principalmente quando ocorre um crescimento contínuo na arrecadação efetiva, pois a base da média trienal anterior seria falsa e aquém das reais possibilidades da fazenda pública.
Método Automático - É o que determina que a estimativa não pode exceder a quantia arrecadada no exercício anterior e, por isso, sua aplicação deixa muito a desejar.
Método Direto
É aquele segundo o qual a estimativa é efetuada em torno das várias circunstâncias que tenham influído ou venham a influir numa melhor arrecadação.
Método das Majorações - É o que leva em conta a média dos excedentes das arrecadações dos três ou cinco últimos anos, bastante falho.
Método da extrapolação - É apoiado na estatística e no princípio de que a frequência de um fato no passado é de provável ocorrência no futuro.
Qualquer que seja o método utilizado, caberá sempre ao gestor a responsabilidade do desenvolvimento de metodologias que permitam, com razoável precisão, conhecer as estimativas a serem incluídas na Lei Orçamentária Anual, no caso das receitas próprias, uma vez que elas têm influência direta nas metas fiscais e, por via de consequência, nos resultados orçamentários.
Lançamento
É o ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. A Lei n° 4.320/64 especifica unicamente como objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
Pelo Código Tributário Nacional, não somente os impostos diretos são objetos de lançamento, como também os indiretos, além das taxas e das contribuições de melhoria. As modalidades de lançamentos é que variam, de acordo com as características de cada um desses tributos.
Existem três modalidades de lançamento:
Lançamento Direto - É o lançamento feito unilateralmente pela autoridade administrativa, sem intervenção do contribuinte. Exemplo: IPTU
Lançamento Por Homologação - Também chamado indireto ou auto lançamento, é o lançamento feito pelo próprio contribuinte, e apenas posteriormente verificado pela autoridade pública. Exemplo: ICMS
Lançamento Por Declaração - É o lançamento feito pela autoridade administrativa, com a colaboração do próprio contribuinte ou de uma terceira pessoa obrigada por lei a prestar informações sobre a matéria de fato indispensável à sua efetivação. Exemplos: IRPF e IRPJ.
Pelo Código de Contabilidade Pública, além dos impostos diretos, são objetos de lançamento:
Aluguéis, arrendamentos, foros e qualquer outra prestação relativa aos bens do Estado;
Os serviços industriais do Governo, a débito de outras administrações ou de terceiros, e cuja importância não tenha sido imediatamente arrecadada após a prestação dos serviços;
Todas as outras rendas, taxas ou proventos que decorram de direitos preexistentes do Estado contra terceiros, ou que possam originar-se de direito novo prescrito em leis, regulamentos ou contratos aprovados ou concluídos no decurso do ano financeiro.
Observação: O lançamento é composto das seguintes fases:
1 - Determinação da matéria tributável (coleta de dados, fixação da base de cálculo, etc.);
2 - Cálculo do imposto;
3 - Identificação do obrigado (sujeito passivo);
4 - Notificação.
Arrecadação
É o ato em que são pagos os tributos ou as diversas receitas ao agente arrecadador.
Agentes arrecadadores classificam-se em dois grupos:
Agentes Públicos
São as próprias repartições do Governo com atribuições legais para arrecadar receitas públicas.
Agentes Privados
São os bancos autorizados investidos das mesmas atribuições conferidas aos agentes públicos. São as tesourarias, as delegacias fiscais, alfândegas etc.
Recolhimento
É o fato que se relaciona com a entrega dos valores arrecadados pelos agentes arrecadadores ao Tesouro Público.
Só através do recolhimento, em conta específica, é que se pode dizer que os recursos estarão efetivamente disponíveis para utilização pelos gestores financeiros, de acordo com a programação que for estabelecida.
É neste momento que se verifica o princípio de unidade de caixa.
Quadro Resumo dos Estágios da Receita
 1. Previsão • expectativa da receita por parte da Fazenda Pública. 
2. Lançamento • São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato. Ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. 
3. Arrecadação • Contribuinte entrega aos Agentes Arrecadadores (bancos, delegacias, postos, etc.). 
4. Recolhimento • Agentes arrecadadores recolhem ao Cofre Público.
Outras Receitas – Receita da Dívida Ativa
Constitui-se nos créditos da Fazenda Pública, tributários ou não, que não pagos no vencimento, são inscritos em registro próprio, após apurada sua liquidez e certeza, de acordo com legislação específica.
Classificam-se em: 
Dívida Ativa Tributária - é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas;
Dívida Ativa Não Tributária - são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multas de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcance dos responsáveis definitivamente julgados e outras obrigações legais. Sua inscrição é considerada extra-orçamentária e movimenta só o balanço patrimonial, seu recebimento é considerado orçamentário e movimenta os três sistemas.
Despesas Públicas
Constituem os gastos, fixados na lei orçamentária ou leis especiais, destinados à:
• execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais;
• satisfação dos compromissos da dívida pública; ou
• restituição ou pagamento de importâncias recebidas a titulo de cauções, depósitos, consignações, etc.
As autorizações das despesas são feitas através dos chamados créditos orçamentários, que dão a possibilidade ao poder público de adquirir bens ou serviços. Quando essa autorização for insuficiente ou inexistente, dar-se-á origem aos créditos adicionais.
A possibilidade de pagar não advém dos créditos, mas sim do numerário disponível existente na conta única do tesouro, especificado para o pagamento da despesa.
	Instrumento
	Características
	PPA
	Objetivos
Metas e indicadores
Despesas de Capital e as delas decorrentes
Despesas de duração continuada
	LDO
	Diretrizes para elaboração da LOA
Metas Fiscais
Riscos Fiscais
Reserva de Contingência
Limites para emissão de empenho
	LOA
	Estimativa da Receita
Autorização dadespesa
Créditos adicionais
Cronograma de desembolso
Aula 06 – Classificação das Despesas Públicas e seus Estágios
Nesta aula, vamos estudar a classificação das despesas públicas, segundo sua natureza, bem como entender as etapas da execução orçamentária da despesa, através dos estágios da despesa pública.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• reconhecer as categorias econômicas da despesa pública;
• compreender os estágios da despesa pública.
Despesas Públicas
Constituem os gastos, fixados na lei orçamentária ou leis especiais, destinados à:
  • execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais;
 •satisfação dos compromissos da dívida pública; ou
 •restituição ou pagamento de importâncias recebidas a titulo de cauções, depósitos, consignações, etc.
As autorizações das despesas são feitas através dos chamados créditos orçamentários, que dão a possibilidade ao poder público de adquirir bens ou serviços. Quando essa autorização for insuficiente ou inexistente, dar-se-á origem aos créditos adicionais, como já estudado.
A possibilidade de pagar não advém dos créditos, mas sim do numerário disponível existente na conta única do tesouro nacional, especificado para o pagamento da despesa.
Classificação das Despesas
Quanto à natureza, as despesas podem ser Orçamentárias ou Extra-Orçamentárias.
As despesas orçamentárias podem ter as seguintes classificações:
Quanto à Competência Político Institucional
Divide-se em Federal, Estadual e Municipal.
Quanto à Afetação Patrimonial
Podem ser Efetivas ou de Mutação Patrimonial.
Quanto à Regularidade
Podem ser Ordinárias ou Extraordinárias.
Classificação Legal da Despesa Orçamentária
São classificadas pelo seus aspectos Jurídico, Econômico e Administrativo Legal.
Classificação das Despesas quanto à sua Natureza
Quanto a sua natureza, as despesas são classificadas em:
Despesas Orçamentárias
É aquela cuja realização depende de autorização legislativa.
Não pode se realizar sem crédito orçamentário correspondente; em outras palavras, é a que integra o orçamento, despesa discriminada e fixada no orçamento público.
Despesas Extra-Orçamentárias
É aquela paga à margem da lei orçamentária e, portanto, independe de autorização legislativa.
Despesa Orçamentária
Resumidamente, podemos apresentar a classificação orçamentária da despesa da seguinte forma:
As despesas orçamentárias são classificadas nas seguintes categorias econômicas:
Despesas Correntes: São os gastos de natureza operacional, realizados pela administração pública, para a manutenção e o funcionamento dos seus órgãos.
Despesas de Capital: São gastos realizados pela administração pública, cujo propósito é o de criar bens de capital ou mesmo de adquirir bens de capital já em uso, como é o caso dos investimentos e inversões financeiras, respectivamente, e, que constituirão, em última analise, incorporações ao patrimônio público de forma efetiva ou através de mutação patrimonial.
Despesas Correntes
Segundo a Lei 4.320/64 ão consideradas despesas correntes:
Despesas de Custeio
São as destinadas à manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.
Transferências Correntes
São despesas para as quais não corresponda uma contraprestação direta em bens e serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender a manutenção de outras entidades de direito público ou privado.
VocÊ sabe o que significa Subvenção?
Consideram-se subvenções, para os efeitos da Lei Federal n° 4.320/64, as transferências para cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;
II - subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas:
a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais;
b) as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais;
c) as dotações destinadas a cobrir déficit de manutenção de empresa pública, desde que expressamente autorizada na Lei de Orçamento ou em crédito adicional.
A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenção cuja a concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial.
Despesas de Capital
Segundo a Lei 4.320/64, são consideradas despesas correntes:
Investimento: São aquelas necessárias ao planejamento a execução de obras, à aquisição de instalações, equipamentos, material permanente, constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. Incluem-se as aquisições de imóveis considerados necessários à execução de obras.
Inversões Financeiras: São despesas com aquisição de imóveis, de bens de capital já em utilização, aquisição de títulos representativos de entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando tal operação não importa aumento de capital; constituição ou aumento de capital de entidades que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
Transferências de capital: São dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especial anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.
Despesas Extra-Orçamentárias
É aquela paga à margem da lei orçamentária e, portanto, independe de autorização legislativa, pois se constitui em saídas do passivo financeiro, compensatórias de entradas no ativo financeiro, oriundas de receitas extra-orçamentárias, correspondendo à restituição ou entrega de valores recebidos, como cauções, depósitos, consignações e outros.
São, ainda, exemplos, pagamento de restos a pagar, resgates de operações de crédito por antecipação de receita, ou seja, empréstimos e financiamentos cuja liquidação deve ser efetuada em prazo inferior a 12 (doze) meses, que também são considerados extra-orçamentários, pois constituem saídas compensatórias de entrada, no ativo e passivo financeiro, respectivamente.
ORCAMENTÁRIAS • Seu pagamento depende de autorização da Lei. • Não pode ser realizada sem Crédito Orçamentário (Receita Orçamentária). • Deve ser discriminada e fixada no Orçamento (Lei).
• Correntes – afeta ao Patrimônio. Para manutenção e funcionamento dos Órgãos 1. Custeio (Pessoa, Material de Consumo Permanente, Serviços de Terceiros, Encargos Diversos). 2. Transferências Correntes (dotações para despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado (Subvenções Sociais e Econômicas, Inativos e Pensionistas, Salário-família e abono familiar, Juros da Dívida Pública, Contribuição da Previdência Social).
• De Capital – não afeta ao Patrimônio. Para criação de novos bens (Investimentos, Equipamentos e Materiais, Obras e Instalações, Constituição ou Aumento do Capital de empresa industrial ou agrícola) 1. Inversões Financeiras (Bens para Revenda, Títulos de Capital de Empresas em funcionamento, Depósitos Compulsórios e Confisco de Bens — Fundos Rotativos, Constituição ou Aumento do Capital de empresa comercial ou financeira, inclusive bancária ou de seguro). 2. Transferências de Capital – dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, bem como as dotações para amortização da dívida pública (AmortizaçãoDívida Pública, Auxílio pra investimentos e inversões, Empréstimos para Pessoa Física, Diferenças Cambiais).
EXTRA-ORÇAMENTÁRIAS • Restituição de valores arrecadados como Receita extra-orçamentária. • Não dependem de autorização. Exemplos: Devolução de Fianças, Retenções, Cauções e Consignações.
Classificação das Despesas quanto à Competência Político Institucional
Quanto a esse aspecto, divide-se as despesas em:
Federal: quando de responsabilidade da União, que a realiza para atendimento de seus serviços e encargos por força da Constituição, das leis e dos contratos.
Estadual: quando de responsabilidade dos Estados.
Municipal: quando de responsabilidade dos Municípios.
Classificação das Despesas quanto à Afetação Patrimonial
Quanto a esse aspecto, divide-se as despesas em:
Efetivas
Conjunto de despesas que contribuem para o decréscimo do patrimônio líquido do Estado. As despesas efetivas são, pois, aquelas cuja responsabilidade de pagamento o Estado obrigatoriamente assume, fixando dotações orçamentárias anuais.
Exemplo: despesas com pessoal e encargos sociais, juros e encargos da dívida, outras despesas correntes.
Mutação Patrimonial
São as despesas oriundas de mutações que em nada diminuem o patrimônio líquido, constituindo simples saídas ou alterações compensatórias nos elementos que o compõem.
Exemplo: investimentos, inversões financeiras, amortização da dívida e outras despesas de capital.
Classificação das Despesas quanto à Regularidade
Quanto a esse aspecto, divide-se as despesas em: 
Ordinárias
São despesas constantes, ou seja, aquelas que são gastas na manutenção dos serviços públicos.
Exemplo: material de consumo, serviços de terceiros, pessoal.
Extraordinárias
São despesas esporádicas provocadas por circunstâncias de caráter excepcional.
Exemplos: enchentes, despesas extraordinárias decorrentes de guerra, etc.
Classificação Legal da Despesa Orçamentária
Como você já viu, a classificação legal das despesas orçamentárias divide-se em três aspectos:
Aspecto Jurídico - Quanto ao aspecto jurídico, as despesas classificam-se em Despesas Fixas e Despesas Variáveis.
Despesas fixas: São as que têm caráter permanente. São estabelecidas por lei e, por conseguinte, só por outra lei podem ser alteradas.
Exemplos: despesas com pessoal, custeio dos serviços e outras fixadas em lei, despesas obrigatórias de caráter continuado.
Estas despesas vinculam anualmente o Poder Legislativo à concessão das respectivas dotações, podendo ser Constitucional ou Legal.
Constitucional: São as originárias de dispositivos expresso nas constituições (federal ou estadual) correspondentes aos subsídios e vencimentos dos membros dos poderes Legislativo, executivo e Judiciário.
São também as relativas ao atendimento de precatórios judiciais bem como às repartições na receita por parte das várias esferas do governo.
Legal - São as decorrentes de leis ordinárias federais, estaduais ou municipais e correspondentes em cada área de competência, aos vencimentos do funcionalismo civil e militar, bem como as destinadas à amortização da dívida pública e aos respectivos serviços de juros.
Despesas Variáveis - São as que somente serão realizadas de acordo com as necessidades dos serviços.
Aspecto Econômico - São as Despesas Correntes e Despesa de Capital.
Aspecto Administrativo Legal - Quanto ao aspecto administrativo legal, as despesas classificam-se em Institucionais e Funcionais-Programáticas.
Institucional - É subordinada aos três níveis de governo: União, Estados e Municípios, cada um com autonomia financeira própria, nos termos da Constituição. Corresponde aos Órgãos Setoriais e suas respectivas Unidades Orçamentárias.
Exemplos: Exemplificaremos uma Subsecretaria da Receita da Secretaria da Fazenda 20.006
20 - Secretaria de Estado da Fazenda
006 - Subsecretaria da Receita Pública
Funcional – Programática - Com a finalidade de programação, elaboração e controle da execução dos planos e das ações diretas ou indiretas do Governo, as despesas foram agrupadas em FUNÇOES e estas, por sua vez, divididas em SUB-FUNÇOES.
Saiba mais lendo o resumo.
Resumo Classificação Funcional-Programática das
Despesas Orçamentárias
Com a finalidade de programação, elaboração e controle da execução dos planos e das
ações diretas ou indiretas do Governo, as DESPESAS foram agrupadas em FUNÇOES e
estas, por sua vez divididas em SUB-FUNÇOES.
“A classificação funcional, composta de um rol de funções e subfunções pré fixadas,
servirá como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental, nas três
esferas. Trata-se de uma classificação independente dos programas.
Por ser de aplicação comum e obrigatória no âmbito dos Municípios, dos Estados e da
União, a classificação funcional permitirá a consolidação nacional dos gastos do setor
público”.
A Função representa o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que
competem ao setor público.
FUNÇÃO: 12- EDUCAÇÃO - SUBFUNÇÃO: 361 - ENSINO FUNDAMENTAL
A ESTRUTURA PROGRAMÁTICA
As FUNÇÕES e respectivas SUB-FUNÇÕES desdobram-se em PROGRAMAS, que se destinam à efetivação da integração entre os planos e os orçamentos, organicamente articulados, servindo de ligação entre o planejamento de longo e médio prazo e o Orçamento Anual.
PROGRAMA - categoria orçamentária cujo objetivo é traduzir no orçamento anual as definições e objetivos do planejamento de médio e longo prazos.
PROJETOS E ATIVIDADES
As ações de governo derivadas dos Programas, portanto, os instrumentos de realização dos programas, podem ser de três tipos:
PROJETOS: conjunto de operações limitadas no tempo, dos quais normalmente resultam produtos quantificáveis física e financeiramente, que concorrem para a expansão ou para o aperfeiçoamento da ação governamental, entendendo-se como expansão os dispêndios necessários à ampliação dos atuais níveis de atendimento ou diversificação de bens e serviços.
ATIVIDADES: conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e que concorrem para a manutenção da ação do Governo, entendendo-se como manutenção os dispêndios necessários para assegurar a execução das ações existentes nos níveis correspondentes à capacidade produtiva instalada.
A Portaria MF/MPOG n° 163, de 04 de maio 2001, em seu art. 90 determinou que a partir do ano de 2002, a todos os entes da federação, adotar para a elaboração de suas Leis Orçamentárias, no que se refere à despesa, a nova classificação econômica - segundo a sua natureza - seguinte estrutura (grupo de despesas):
“CATEGORIA ECONÔMICA: despesas correntes ou de capital. 
 “GRUPOS DE NATUREZA DE DESPESA” a agregação de elementos de despesa que apresentam as mesmas características quanto ao objeto de gasto.
III) “MODALIDADE DE APLICAÇÃO”, a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva, precisamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos.
IV) “ELEMENTO DE DESPESA” tem por finalidade identificar os objetos de gastos.
V) FONTES DE RECURSOS: essa classificação varia conforme a esfera de governo e completa o detalhamento legal da despesa pública. Como exemplos, podemos citar:
- recursos diretamente arrecadados do tesouro
- recursos diretamente arrecadados de outras fontes
- operações de crédito
- convênios e outros de acordo com o nível de governo.
Estágios da Despesa
São operações com finalidade específica.
A Lei 4.320/64 dispõe que a despesa percorre três estágios:
Empenho
Liquidação
Pagamento
Alguns autores consideram a fixação da despesa na lei orçamentária como o primeiro estágio da despesa.
Assim, os quatros estágios da despesa são:
Fixação – Empenho – Liquidação – Pagamento
A seguir, veremos detalhadamente cada etapa desse processo.
Fixação
A fixação é cumprida por ocasião da edição da discriminação das tabelas explicativas, baixadas através da Lei de Orçamento.
A fixação da despesacompreende as seguintes fases:
Organização das estimativas
Conversão da proposta em orçamento público (autorização legislativa).
Empenho
É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Poder Público obrigação de pagamento.
Portanto, uma vez autorizado o empenho, pela autoridade competente, fica criada a obrigação de pagamento para o Estado, podendo ficar dependendo de algumas condições ou não.
A importância da despesa empenhada fica abatida do crédito orçamentário respectivo e constitui uma garantia para o fornecedor.
O empenho materializa-se através da emissão de um documento denominado nota de empenho, o qual será extraído para cada empenho, e indicará o nome do credor, a especificação e a importância da despesa, bem como a dedução desta do saldo da dotação própria.
Existem três modalidades de empenho:
Ordinário (ou Normal) – É utilizado quando o montante a ser pago previamente conhecido e deva ocorrer de uma vez. São perfeitamente conhecidos o valor e o credor.
Global – É utilizado quando o montante a ser pago tb for previamente conhecido, mas deva ocorrer parceladamente. São desesas típicas de empenhamento global aquelas que se referem aos alugueis, as manutenções as conservações , a limpeza.
Estimativa- estimado
Empenho
O empenho ainda compreende três fases:
Licitação ou sua dispensa
• Precede ao empenho da despesa e tem por objetivo verificar entre vários fornecedores quem oferece condições mais vantajosas à Administração Pública.
• Obedece a dois princípios fundamentais: publicidade e igualdade de tratamento para os vários fornecedores.
Autorização
• Constitui a decisão, manifestação ou despacho do Ordenador de Despesa, isto é, permissão dada pela autoridade competente para realização da despesa, sendo efetuada pelos Ordenadores de Despesas que são definidos como toda e qualquer autoridade de cujos atos resultarem reconhecimento de dívida, emissão de empenho, autorização de pagamento, concessão de adiantamento, suprimento de fundos ou dispêndios de recursos do Estado ou pelos quais este responda.
Formalização
• Corresponde a dedução do valor da despesa feita no saldo disponível da dotação, e é comprovada pela emissão da Nota de Empenho.
Liquidação
Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor ou entidade beneficiária, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da habilitação ao beneficio.
Essa verificação tem por fim apurar os seguintes dados:
a origem e o objeto do que se deve pagar;
a importância exata a pagar;
a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.
A liquidação da despesa por fornecimentos feitos, obras executadas ou serviços prestados terá por base:
• contrato, ajuste ou acordo respectivo;
• nota de empenho; e
• comprovantes da entrega do material ou da prestação do serviço.
Pagamento
Só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
O pagamento será realizado em documento próprio, assinado pelo ordenador de despesa e pelo agente responsável pelo setor financeiro.
Admite-se, mediante indispensáveis cautelas ou garantias, o pagamento de parcela contratual, na vigência do respectivo contrato ou convênio, de acordo com a forma de pagamento nele estabelecida e prevista no edital de licitação ou nos instrumentos formais de adjudicação direta.
Glossário
Pagamento indevido: pagamento efetuado sem documento comprobatório correspondente da despesa; pagamento efetuado além da despesa liquidada e qualquer despesa impugnada cuja regularização seja feita por ressarcimento à Fazenda Nacional.
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Aula 06 – Resumo dos Estágios da Despesa Pública
	1. Fixação
	A LOA é sancionada
	
2. Empenho
	Ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
Não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.
Para cada empenho será extraído um documento denominado “nota de empenho” que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa, bem como a dedução desta do saldo da dotação própria.
Fases do Empenho (Licitação ou sua dispensa, Autorização e Formalização).
	
3. Liquidação
	Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
Apura origem, objeto, importância e a quem pagar baseada em títulos e documentos.
Despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base o contrato, ajuste ou acordo respectivo, nota de empenho, comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.
	
4. Pagamento
	O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
Extinção da obrigação perante o credor.
Outras Despesas Públicas
Outras despesas públicas constituem:
Restos a Pagar;
  
  • Restos a Pagar Não Processados - RPN - Não Liquidados;
  
  • Restos a Pagar Processados - RPP – Liquidados;
Suprimento de Fundos (sua concessão é especificada pelo Decreto 93.872/86);
Despesas de Exercícios Anteriores;
Dívida Pública;
  • Dívida Fundada ou Consolidada;
  • Dívida Flutuante ou Não Consolidada.
Restos a Pagar: Despesas do orçamento empenhadas e não pagas até o último dia do exercício financeiro, sendo pagas com receitas extra-orçamentárias, podem ser:
Restos a Pagar Não Processados – RPN – Não Liquidados – são aquelas que não concluíram o estágio de liquidação, mesmo que nele já tenha ingressado.
Restos a Pagar Processados – RPP – Liquidados – são aquelas que completam o estágio de liquidação. O registro dos Restos a Pagar far-se-á por exercício e por credor, distinguindo-se as despesas processadas das não-processadas.
Os empenhos que correm a conta de créditos com vigência plurianual, que não tenham sido liquidados, serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito.
Suprimento de Fundos: O regime de adiantamento, ou suprimento de fundos, é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
O Decreto 93.872/86, em seu artigo 45, especifica os casos em que o ORDENADOR DE DESPESAS pode conceder Suprimento de Fundos:
- para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento em espécie.
- quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e
- para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.
Condições para se adotar o Regime de Adiantamento:
As espécies de despesas têm de ser previamente definidas em lei.
Deve ser utilizado em casos excepcionais.
Que a natureza da despesa ou a sua vigência não permitam o processamento normal de aplicação.
Aplicação => por processo normal de aplicação deve-se entender o processamento da despesa, atravessando todos os estágios, fase por fase, operação por operação. O prazo de aplicação começa a contar do dia da entrega do dinheiro, dentro deste prazo o responsável realiza as despesas, guarda os comprovantes e no final do período de aplicação recolherá aos cofres da entidade o saldo não utilizado se houver.
O prazo máximo para aplicação de um suprimento de fundos é de 90 dias a partir da data da Ordem Bancária. O suprido é obrigado a prestar contas do recurso aplicado através de suprimento, inclusive comprovar o recolhimento do saldo não utilizado, se for ocaso, dentro de 30 dias após o término da data de aplicação.
A entrega de numerário é precedida de empenho ordinário e pagamento por:
Em favor do servidor (suprido) quando o valor for menor que 50% do limite de licitação;
Ordem Bancária para conta corrente em nome do suprido, aberta com autorização do Ordenador Despesas, quando a quantia for igualou maior que 50% do limite de licitação.
Observação:
O responsável pelo recebimento do adiantamento que não comprovar as despesas no prazo é considerado em “Alcance” e não poderá receber novo adiantamento.
O responsável por adiantamento será inscrito pela contabilidade no Sistema de Compensação em conta própria de responsabilidade que será baixada depois da aprovação de suas contas.
Despesas de Exercícios Anteriores: São as despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê- las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.
Dívida Pública: São todos os compromissos assumidos pelo governo e os respectivos juros. Classifica-se em:
Dívida Fundada ou Consolidada – compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 (doze) meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financiamentos de obras e serviços públicos. Representa um compromisso a longo prazo de valor previamente determinado, garantida por títulos do governo, que rendem juros e são amortizáveis ou resgatáveis, podendo ou não o seu vencimento ser fixado. E efetuada através de contratos de financiamentos, sendo o seu pagamento estipulado em prestações parciais (amortizações), distribuídas por certo período de anos. Pode ser interna ou externa.
Dívida Flutuante ou Não Consolidada – É aquela que o Tesouro contrai por um breve ou indeterminado período de tempo, quer para atender a eventuais insuficiências de caixa quer como administrador dos bens e valores de terceiros. De certa forma, são os mesmos compromissos assumidos em vista da condição de depositário que o Poder Público exerce, como sejam os depósitos de cauções, fianças, consignação etc., além dos restos a pagar e dos débitos de tesouraria, que são considerados receita extra-orçamentária por ocasião de seu recebimento e que constituem a dívida flutuante, enquanto não liquidada ou não devolvida e por ocasião de sua devolução ou pagamento, é processada como despesa extra- orçamentária.
De acordo com o aspecto legal, a Dívida Flutuante compreende:
Os restos a pagar (excluídos os serviços da dívida);
Os serviços da dívida a pagar (juros);
Depósitos; e
Débitos de tesouraria (operações de créditos por antecipação de receita).
Resumo das Dívidas Públicas
	
Dívida Flutuante ou Não consolidada – Curto Prazo
	
Dívidas contraídas em curto prazo por insuficiência de caixa independem de autorização legislativa.
INTERNA.
	
Restos a Pagar, Depósitos, Débitos de Tesouraria, Credores, Receitas Extra- Orçamentárias, Amortização e Juros Dívida Fundada.
	
Dívida Fundada ou Consolidada – Longo Prazo
	Dívidas contraídas para prazo superior a 12 meses, para atender desequilíbrios orçamentários ou financiamento de obras e serviços públicos.
Será escriturada com individuação e especificações que permitem verificar, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços de amortização e juros.
Garantida por títulos que rendem juros e são resgatáveis.
INTERNA ou EXTERNA.
Compreende as fases de organização das estimativas e a conversão da proposta em orçamento público (autorização legislativa). fixação
É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Poder Público obrigação de pagamento. Materializa-se através da emissão de um documento próprio, o qual será extraído para cada pagamento.  EMPENHO
Será realizado em documento próprio, assinado pelo ordenador de despesa e pelo agente responsável pelo setor financeiro.  PAGAMENTO
Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor ou entidade beneficiária. Essa verificação tem por fim apurar a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância exata a pagar e a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.  LIQUIDAÇÃO
Aula 07 Contabilidade publica, Regimes Contábeis e Patrimônio Público
Nesta aula, vamos dar os primeiros passos para o conhecimento da execução orçamentária, através da Contabilidade Pública.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• identificar o Campo de Aplicação, Objeto e o Objetivo da Contabilidade Pública, iniciando assim a execução orçamentária;
• diferenciar o Regime Contábil utilizado no Brasil;
• avaliar o Patrimônio Público como objeto da Gestão Pública.
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
É o instrumento de que dispõe o Poder Público, em qualquer de suas esferas, para evidenciar, em determinado período de tempo, o seu programa de atuação, enfocando o seu Campo de Atuação, Objeto, Objetivos e Regime Contábil, que são específicos e vão proporcionar uma avaliação do próprio Patrimônio Público.
Contabilidade Pública
É uma especialização da Contabilidade, voltada para o estudo, análise e controle dos atos e fatos de natureza orçamentária, visto que o orçamento, sendo um dos primeiros atos praticados pelo administrador público, tem um papel importantíssimo na Contabilidade e Gestão Pública.
Campo de Aplicação
É o das pessoas jurídicas de Direito Público (União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas Autarquias), bem como o de algumas de suas entidades vinculadas (Fundações, Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista) quando utilizam recursos à conta do Orçamento Público.
Objeto
O objeto de qualquer contabilidade é o Patrimônio.
O objeto da Contabilidade Pública é o Patrimônio Público, excetuando os Bens de Domínio Público de Uso Comum (mares, praças, estradas, ruas, viadutos, etc).
Objetivo
Fornecer informações atualizadas e exatas:
• à administração para subsidiar as tomadas de decisões;
• aos órgãos de controle interno e externo para o cumprimento da legislação;
• às instituições governamentais e a particulares (informações estatísticas e outras de interesse dessas instituições).
Regime Contábil
Por imposição do Artigo 35 da Lei 4.320/64, foi consagrado o regime contábil MISTO, que disciplina o seguinte:
“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro”:
    I. as receitas nele arrecadadas;
   II. as despesas nele legalmente empenhadas.
Por esta doutrina devem pertencer ao exercício financeiro “as receitas nele arrecadadas”, isto quer dizer que, em relação ao regime contábil de escrituração, devemos utilizar o Regime de Caixa, pois só dever ser considerada a receita que for efetivamente arrecadada (recebida) no exercício;
Pertencem ao exercício financeiro “as despesas nele legalmente empenhadas”, o que em termos de escrituração contábil, trata-se do Regime de Competência, uma vez que a despesa é atribuída ao exercício, de acordo com a sua real incidência, ou seja, de acordo com a data do fato gerador (momento em que ocorreu).
Patrimônio
É o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculadas a uma pessoa física ou jurídica. O patrimônio do Estado como objeto da gestão patrimonial, desempenhada pelos órgãos da administração pública, é o conjunto de bens, valores, créditos e obrigações de conteúdo econômico e avaliável em moeda que a Fazenda Pública possui e utiliza na consecução de seus objetivos.
Além dos recursos financeiros obtidos e da realização dos gastos de custeio, o Estado realiza gastos na construção ou aquisição de bens cujo conjunto deve administrar e conservar. Esse conjunto de bens constitui os Bens Públicos.
Os valores que representam créditos realizáveis a curto ou longo prazo, provenientes de depósitos bancários, diversos devedores e créditos relativos a fornecimentos e serviços prestados, e inscrição da dívida ativa, são denominados Direitos das Entidades Públicas.
Ainda em decorrência da execução orçamentária a administração pública também assume compromissos (obrigações) com terceiros mediante a obtenção de empréstimos internos e externos, em curto prazo e em longo prazo, que constituem o que se

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