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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS – 2570 TURMA:005 RELATÓRIO Nº 05 ANÁLISE GRANULOMÉTRICA POR PENEIRAMENTO E SEDIMENTAÇÃO Acadêmicos: Natália Rodrigues Marchini RA:59023 Turma: 005 Verônica Ricken Marques RA: 59381 Turma: 005 MARINGÁ, 12 de maio de 2011 ÍNDICE Objetivo 3 Fundamentação teórica 3 Equipamentos e métodos 5 Resultados 6 Análise e discussão dos resultados 7 Referências 8 ANÁLISE GRANULOMÉTRICA POR PENEIRAMENTO E SEDIMENTAÇÃO OBJETIVO O objetivo da presente prática é a análise granulométrica por peneiramento e sedimentação. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Através do ensaio granulométrico, determina-se a percentagem em peso que cada “classe” de tamanho de partículas representa na massa total utilizada para o ensaio. Utilizando os resultados obtidos por meio desse ensaio, faz-se a curva granulométrica do solo. A análise granulométrica pode ser feita somente por peneiramento ou por peneiramento e sedimentação. Essa última é realizada passando o material na peneira #2,0 mm, com material que fica retido nessa peneira realiza-se o peneiramento grosso, e com o material que passa por ela realiza-se a sedimentação e depois o peneiramento fino para grãos que ficarem retidos na peneira #0,075mm. Para se entender o processo de sedimentação, analisa-se a Lei de Stokes, que estabelece a velocidade limite alcançada por uma esfera em queda livre num meio viscoso, ao alcançar o movimento retilíneo uniforme. Essa lei explica que um corpo em um meio viscoso sofre a ação de uma força viscosa (Fv) que é proporcional a sua velocidade (V). Quando uma esfera é solta na superfície de um líquido, que possui uma densidade menor que a da esfera, no instante inicial sua velocidade é zero, mas essa por sua vez, sofre uma aceleração, não uniforme, até atingir um valor limite, momento em que a resultante das forças atuantes na esfera é nula. Além da força viscosa, duas outras forças atuam na esfera: o peso da mesma (P) e a força de empuxo (E). Igualando a resultante dessas forças à zero, obtêm-se a velocidade limite (VL), através da seguinte equação: (01) No qual: VL: Velocidade limite da esfera; : Peso específico da esfera; : Peso específico do meio dispersor; : Viscosidade do meio dispersor; : Diâmetro da esfera. Sendo a velocidade máxima da esfera proporcional ao quadrado do seu diâmetro. Como a velocidade da esfera (ou partícula) é igual a razão entre da altura de queda da esfera pelo tempo de sedimentação dessa: (02) Sendo: : Massa específica das partículas, em g/cm3; : Massa específica do meio dispersor, à temperatura de ensaio , em g/cm3; a’: Altura de queda das partículas, em cm; t: Tempo de sedimentação, em s; g: Aceleração da gravidade; D: Diâmetro das partículas. Isolando D na equação (02), tem-se que: [cm] (03) [mm] (04) No qual: Dmáx: Diâmetro máximo das partículas; n: Coeficiente relacionado com a viscosidade do meio dispersor, à temperatura de ensaio, em g.s/cm2. Na fase inicial (t=0), há uma suspensão homogênea. Em qualquer profundidade existirão partículas de todos os tamanhos e estas estarão presentes em igual quantidade para um determinado diâmetro. Na fase intermediária (t=t), há uma suspensão heterogênea, em que a densidade de suspensão varia ao longo da profundidade. Porcentagem, em massa, de partículas de diâmetro < Dmáx, no ponto X, no tempo t Massa específica no ponto X, no tempo t, para V1= 1 cm3: (05) Massa dos sólidos no ponto X, no tempo t, para V1= 1 cm3: (06) Porcentagem em relação à amostra seca (M3): (07) Porcentagem em relação à amostra total seca (M3) (08) MATERIAIS E MÉTODOS MATERIAL Solo superficial retirado de Porto Alegre – RS EQUIPAMENTOS Os aparelhos utilizados para a execução do ensaio são: Estufa capaz de manter a temperatura entre 60 ºC e 65 ºC e entre 105 ºC e 110 ºC; Balanças que permitam pesar nominalmente 200 g, 1.5 g, 5 Kg e 10 Kg, com resoluções de 0.01 g, 0.1 g, 0.5 g, e 1 g, respectivamente, e sensibilidades compatíveis; Recipientes adequados, tais como dessecadores, que permitam guardar amostras sem variação de umidade; Aparelho de dispersão, com hélices substituíveis e copo munido de chicanas (a rotação da hélice do aparelho não deve ser inferior 9000 rpm); Proveta de vidro, com cerca de 450 mm de altura e 65 mm de diâmetro, com traço de referência indicando 1.000 cm3 a 20 ºC; Densímetro de bulbo simétrico, calibrado a 20 ºC e com resolução de 0.001, graduado de 0.995 a 1.050; Termômetro graduado em 0.1 ºC, de 0 ºC a 50 ºC; Relógio com indicação de segundos; Béquer de vidro, com capacidade de 250 cm3; Proveta de vidro, com capacidade de 250 cm3 e resolução de 2 cm3; Tanque para banho, com dimensões adequadas à imersão das provetas até o traço de referência, capaz de manter a temperatura da suspensão aproximadamente constante durante a fase de sedimentação; Peneiras de 50, 38, 25, 19, 9.5, 4.8, 2.0, 1.2, 0.6, 0.42, 0.25, 0.15, e 0.075 mm, de acordo com a NBR 5734; Escova com cerdas metálicas; Agitador mecânico de peneiras, com dispositivo para fixação de até seis peneiras, inclusive tampa e fundo; Bagueta de vidro; Bisnaga. PREPARAÇÃO DE AMOSTRA DE SOLO PARA ENSAIO ANÁLISE GRANULOMÉTRICA Secou-se a amostra de solo ao ar até próximo da umidade higroscópica. Desmancharam-se os torrões, evitando a quebra dos grãos, e homogeneizou-se a amostra. Com o repartidor ou pelo quarteamento, reduziu-se a quantidade de material até se obter uma amostra representativa em quantidade suficiente para a realização do ensaio. Passou-se o material na peneira # 76 mm. Do material passado na peneira # 76 mm, tomou-se uma quantidade, em função da dimensão estimada dos grãos maiores, que para o presente experimento foi de 4 Kg. O critério analisado para a escolha da quantidade de material a tomar, foi analisado através das tabelas abaixo: Quantidade de amostra de solo para análise granulométrica (Tabela 3 da NBR 6457/86) Dimensões dos grãos maiores contidos na amostra, determinada por observação visual (mm) Quantidade mínima a tomar Mt(kg) <5 1 5 a 25 4 >25 8 Tabela 01 – Quantidade de solo para análise granulométrica Determinação da massa da amostra seca ao ar – Mt Dimensão dos grãos maiores contidos na alvenaria (mm) Balança a ser utilizada Capacidade nominal (Kg) Resolução (g) >25 10 1 5 a 25 5 0,5 <5 1,5 0,1 Tabela 02 – Determinação da amostra seca ao ar MÉTODO DE ENSAIO Sedimentação Após o peneiramento, do material passado na peneira de 2,0mm, tomou-se cerca de 120 g, no caso de solo arenoso, ou 70g no de solo siltoso e argiloso, para peneiramento fino. Pesou-se esse material com resolução de 0,01 g e anotou-se como Mh. Tomou-se ainda cerca de 100 g para três determinações da umidade higroscópica (h) de acordo com a NBR 6457. Transferiu-se o material assim obtido para um béquer de 250 cm³ e juntou-se, com o auxílio de proveta, como defloculante, 125 cm³ de solução de hexametafosfato de sódio, com concentração de 45,7 g do sal por 1000 cm³. Agitou-se o béquer até que todo o material ficou imerso e deixou-se em repouso, por no mínimo, 12 horas. Verteu-se, então a mistura do copo de dispersão, removendo-se com água destilada, com auxílio da bisnaga, o material aderido ao béquer. Adicionou-se água destilada até que seu nível ficou 5 cm abaixo das bordas do copo e submeteu à ação do aparelho dispersor durante 15 minutos. Transferiu-se a dispersão para a proveta e removeu-se com água destilada, com auxílio da bisnaga, todo o material aderido ao copo. Juntou-se água destilada até atingir o traço correspondente a 1000cm³; em seguida, colocou-se a proveta no tanque para banho ou em local com temperatura aproximadamente constante. Agitou-se frequentemente a mistura com a bagueta de vidro para manter, tanto quanto possível, as partículas em suspensão. Logo que a dispersão atingiu a temperatura de equilíbrio, tomou-se a proveta e, tapando-lhe a boca com uma das mãos, executou-se, com o auxílio da outra, movimentos enérgicos de rotação, durante 1 minuto, pelos quais a boca da proveta passe de cima para baixo e vice-versa. Imediatamente após terminada a agitação, colocou-se a proveta sobre uma mesa, anotou-se a hora exata do início da sedimentação e mergulhou-se cuidadosamente o densímetro da dispersão. Efetuaram-se as leituras do densímetro correspondentes aos tempos de sedimentação (t) de 0,5, 1 e 2 minutos. Retirou-se lenta e cuidadosamente o densímetro da dispersão. Fazer as leituras subsequentes a 4, 8 15 e 30 minutos, 1, 2, 3, 4, 8 e 24 horas, a contar do início da sedimentação. Cerca de 15 a 20 segundos antes de cada leitura, mergulhou-se lenta e cuidadosamente o densímetro na dispersão. Todas as leituras foram feitas na parte superior do menisco, com interpolação de 0,0002, após o densímetro ter ficado em equilíbrio. Assim que cada leitura foi efetuada, retirou-se o densímetro da dispersão e colocou-o numa proveta com água limpa, à mesma temperatura da dispersão. Após cada leitura, exceto as duas primeiras, mediu-se a temperatura de dispersão, com resolução de 0,1 °C. Realizada a última leitura, verteu-se o material da proveta na peneira de 0,075 mm, procedeu-se a remoção com água de todo o material que estivesse aderido às suas paredes e efetuou-se a lavagem do material na peneira mencionada, empregando-se água potável à baixa pressão. RESULTADOS Os resultados encontram-se anexados ao relatório. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6457/1986 – Amostras de solos – preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6508/1984 – Grãos de solos que passam na peneira de 4,8 mm – determinação da massa específica. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 7181/1984 – Solo – Análise granulométrica. BELICANTA, A; GUTIERREZ, N. H. M. Caderno de laboratório. Maringá, Departamento de Engenharia Civil – DEC, 2011. GRANULOMETRIA DOS SOLOS. Disponível em < http://www.ufsm.br/engcivil/Material_Didatico/TRP1003_mecanica_dos_solos/unidade_3.pdf>. Acesso em 05/04/2011. PRASS, A. R, Massa específica e densidade. Disponível em <http://www.algosobre.com.br/fisica/massa-especifica-e-densidade.html>. Acesso em 05/04/2011.
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