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NPJ 3 recurso ordinario trabalhista

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Patrícia Cristina Egrejas RA nº 200202082931
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 99ª VARA DO TRABALHO DE SALVADOR DO ESTADO DA BAHIA
Processo nº ...
	AERODUTO – EMPRESA PÚBLICA DE GERENCIAMENTO DE AEROPORTOS, já qualificada nos autos do processo acima descrito, por seu advogado que esta subscreve, na Reclamação Trabalhista proposta por PAULO, inconformado com a respeitável sentença de folhas ___, vem, tempestiva e respeitosamente à presença de Vossa Excelência, interpor RECURSO ORDINÁRIO com base no artigo 895, inciso I da CLT, de acordo com a razões em anexo, as quais requer que sejam recebidas e remetidas ao Egrégio Tribunal Regional da ___ Região.
	Segue comprovante do recolhimento das custas e depósito recursal.
	Termos em que, pede deferimento.
	Local e data.
	ADVOGADO
	OAB n.º
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
Recorrente: AERODUTO – EMPRESA PÚBLICA DE GERENCIAMENTO DE AEROPORTOS
Recorrido: PAULO
Processo n.º: ...
Origem: 99ª VARA DO TRABALHO DE SALVADOR DO ESTADO DA BAHIA
EGRÉGIO TRIBUNAL,
COLENDA TURMA,
NOBRES JULGADORES,
1. HISTÓRICO PROCESSUAL
	Foi ajuizada reclamação trabalhista em face do recorrente e da empregadora (primeira ré no processo) pleiteando o pagamento de adicional de insalubridade, alegando que trabalhava em local de barulho, e incidência de correção monetária sobre o valor dos salários, sob a razão de que recebia sempre até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido, portanto deveria haver a correção monetária, dado o momento, na época, de inflação galopante.
	Em audiência designada, compareceram representadas por contador e advogado da primeira empresa e preposto empregado e advogado da segunda empresa. Foi juntada toda a documentação relacionada à fiscalização do contrato entre as rés, o qual ainda se encontra em vigor, bem como exames médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive o autor, os quais não demonstravam nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato, além dos recibos do autor de fornecimento de EPI para audição.
	Entretanto, foi indeferido o requerimento desta recorrente para a produção de provas testemunhal e pericial para comprovar que o EPI eliminava a insalubridade.
	Nesta ocasião, a respeitável Vara do Trabalho decretou a revelia e confissão da primeira ré por não estar representada regularmente. Julgou procedentes os pedidos de pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, bem como de incidência de correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a “virada do mês”. Outrossim, condenou a segunda ré, subsidiariamente, em todos os pedidos, fundamentando a procedência na revelia e confissão da primeira ré.
	Neste caso, a referida decisão não merece prosperar, motivo pelo qual deve a sentença ser reformada, conforme os fundamentos que a seguir serão expostos:
2. CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO ORDINÁRIO.
	A decisão proferida na Vara do Trabalho trata-se de uma sentença, dessa forma encerrando a atividade jurisdicional do Douto Juízo de primeira instância.
	Neste contexto, o reexame da decisão supra citada só poderá ser feita através de Recurso Ordinário, conforme preceitua o artigo 895, inciso I da CLT.
	Cumpre ressaltar que segue cópia das custas e depósito recursal devidamente recolhidas, além do presente recurso ter sido interposto tempestivamente.
	Dessa forma, preenchidos os pressupostos de admissibilidade, requer seja o presente recurso processado e o seu mérito apreciado.
3. PRELIMINARMENTE
3.1. CERCEAMENTO DE DEFESA
	Inicia-se o presente protesto em razão do indeferimento de produção da prova testemunhal conforme garante o art. 5º, inciso LV da CF/88. 
	Inclui-se também o indeferimento de produção da prova pericial, com fundamento no mesmo dispositivo citado anteriormente, visto que, esta prova é de extrema utilidade para a causa, diante das circunstâncias pleiteadas.
4. MÉRITO
4.1. REVELIA NÃO CARACTERIZADA
	Trata-se a primeira ré do processo, microempresa regularmente constituída, e portanto sua representação em audiência estava devidamente constituída, conforme os termos da Súmula 377 do TST.
4.2. RESPONSABILIDADE SUBSIDIARIA INDEVIDA
	Por ser a recorrente, empresa pública que fiscalizou a íntegra do contrato, não há que se falar em responsabilidade subsidiária, conforme Súmula 331, inciso V do TST.
4.3. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE INDEVIDO
	O trabalho, nas condições do autor, teve a insalubridade neutralizada pelo EPI fornecido em acordo com a Súmula 80 do TST e, portanto, necessária a reforma do presente julgado.
4.4. GRAU DE INSALUBRIDADE MEDIANTE PERÍCIA
	Conforme elucida o art. 195, §2º da CLT, o grau de insalubridade, mesmo na revelia, não poderá ser fixado sem a exigência de perícia para sua classificação.
4.5. CORREÇÃO MONETÁRIA SOBRE SALÁRIOS
	Argui-se pela incabilidade da correção monetária, pois a forma de pagamento utilizada encontra respaldo na Súmula 381 do TST, portanto indevida sua procedência.
5 - CONCLUSÃO
	Diante das argumentações acima expostas, requer o conhecimento e o provimento do presente Recurso Ordinário, com os respectivos acolhimentos de preliminar e de mérito, com a consequente reforma da decisão, acolhendo na integralidade os pleitos acima mencionados e julgando improcedentes os pedidos da inicial.
Local e data
Advogada
OAB n.º

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