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XXI EXAME OAB 
Paulo foi empregado da microempresa Tudo Limpo Ltda. de 22/02/15 a 15/03/16. Trabalhava como auxiliar de serviços gerais, atuando na limpeza de parte da pista de um aeroporto de pequeno porte. Durante todo o contrato, prestou serviços na Aeroduto? Empresa Pública de Gerenciamento de Aeroportos. Ao ser dispensado e receber as verbas rescisórias, ajuizou reclamação trabalhista em face da empregadora e da tomadora dos serviços, pretendendo adicional de insalubridade porque trabalhava em local de barulho, bem como a incidência de correção monetária sobre o valor dos salários, vez que recebia sempre até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. Logo, tendo mudado o mês de competência, deveria haver a correção monetária, dado o momento, na época, de inflação galopante. A ação foi distribuída para a 99ª Vara de Trabalho de Salvador. No dia da audiência, a primeira ré, empregadora, fez-se representar pelo seu contador, assistido por advogado. A segunda ré, por preposto empregado e advogado. Foram entregues defesas e prova documental, sendo que, pela segunda ré, foi juntada toda a documentação relacionada à fiscalização do contrato entre as rés, o qual ainda se encontra em vigor, bem como exames médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive o autor, os quais não demonstravam nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato, além dos recibos do autor de fornecimento de EPI para audição. Superada a possibilidade de acordo, o juiz indeferiu os requerimentos da segunda ré para a produção de provas testemunhal e pericial, consignando em ata os protestos da segunda ré, pois visava, com isso, comprovar que o EPI eliminava a insalubridade. O processo seguiu concluso para a sentença, a qual decretou a revelia e confissão da primeira ré por não estar representada regularmente. Julgou procedentes os pedidos de pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, bem como de incidência de correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a ?virada do mês?. Outrossim, condenou a segunda ré, subsidiariamente, em todos os pedidos, fundamentando a procedência na revelia e confissão da 1ª ré. 
EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 99ª VARA DE TRABALHO DE SALVADOR /BA ou
 AO JUÍZO DO TRABALHO DA 99ª VARA DE TRABALHO DE SALVADOR /BA 
 (5 linhas) 
Processo nº XXX ou (...)
 		AERODUTO E OUTRA, já qualificados nos autos em epígrafe, em que contende com PAULO, vem, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra-assinado, tempestivamente, com fundamento no artigo 895, I da CLT, inconformado com a sentença que julgou procedente a pretensão autoral, interpor 
RECURSO ORDINÁRIO
para o Egrégio Tribunal Regional da Quinta Região, de acordo com as razões anexas. 
 	Informa desde já que o recurso é tempestivo, pois sua interposição foi dentro dentre do prazo legal e o preparo foi efetivado, conforme GRU e o comprovante do depósito recursal, anexos, motivo pelo qual após as formalidades de praxe, requer sejam os autos remetidos ao Tribunal Regional do Trabalho da quinta Região, para apreciação das anexas Razões. 
Termos em que,
P. Deferimento.
Local, data
Advogado OAB/UF
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA QUINTA REGIÃO 
Recorrente: AERODUTO E OUTRA; 
Recorrido: PAULO
Processo nº XXX 
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO:
Eméritos Julgadores, 
Douto Relator 
 		Pois bem, incialmente cumpre salientar que o recorrido foi empregado da recorrida de 22/02/15 a 15/03/16 e como auxiliar de serviços gerais, atuando na limpeza de parte da pista de um aeroporto de pequeno porte. 
 		Ao ser dispensado e receber as verbas rescisórias, ajuizou a presente reclamação trabalhista, pretendendo adicional de insalubridade pois supostamente trabalhava em local de barulho, bem como a incidência de correção monetária sobre o valor dos salários.
 		O MM. Juízo a quo julgou procedentes os pedidos de pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, bem como de incidência de correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a virada do mês. Outrossim, condenou a segunda ré, subsidiariamente, em todos os pedidos, fundamentando a procedência na revelia e confissão da 1ª ré. Contundo, a r. sentença merece ser reformada, conforme se demonstrará adiante. 
PRELIMINARMENTE:
 		Preliminarmente, tendo em vista que o MM. Juízo a quo os requerimentos da recorrente para a produção de provas testemunhal e pericial, fato inclusive consignando em ata, pois visava, com isso, comprovar que o EPI eliminava a insalubridade, requer que a r. sentença, seja anulada por cerceamento de defesa, em razão do indeferimento da prova testemunhal e pericial, conforme o art. 5º, inciso LV, da CRFB/88. 
MÉRITO
 DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE:
 			Acerca do tema, conforme narrado em sua inicial, o recorrido trabalhava como auxiliar de serviços gerais, atuando na limpeza de parte da pista de um aeroporto de pequeno porte. 
 			Durante todo o contrato, o reclamante ora recorrido, prestou serviços na recorrida Aeroduto Empresa Pública de Gerenciamento de Aeroportos, motivo pleiteou adicional de insalubridade, pois supostamente trabalhava em local de barulho. Contudo, pecou a r. sentença ao julgar procedente tal pretensão, uma vez que a recorrente sempre forneceu o EPI para audição, ou seja, teve a insalubridade neutralizada pelo EPI fornecido, nos termos da Súmula 80 do TST.
 			Inclusive, conforme os exames médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive o autor ora recorrido, demonstraram nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato. Ademais, conforme art. 195, § 2º, da CLT, é obrigatória a realização de perícia para o deferimento da mesma. 
DA SUPOSTA REVELIA:
 		No que tange a revelia, o MM. Juízo a quo decretou a revelia e confissão da primeira reclamada, ora recorrente, por não estar representada regularmente, eis que a recorrente, fez-se representar pelo seu contador. 
 		Porém, não merece prosperar a revelia aplicada na r. sentença, eis que tratando-se de microempresa, a representação foi correta, nos termos da Súmula 377 do TST.[footnoteRef:1] [1: Súmula nº 377 do TST PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DE EMPREGADO (nova redação) - Res. 146/2008, DJ 28.04.2008, 02 e 05.05.2008 Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.] 
 		Eventualmente, ainda que a revelia seja mantida por esse Egrégio Tribunal do Trabalho, em apreço ao debate, não é permitido a fixação do grau de insalubridade mesmo na revelia, conforme o art. 195, § 2º, da CLT, que exige perícia. 
DA SUPOSTA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA SEGUNDA RECLAMADA:
 		Da mesma forma, a r. sentença, em razão da revelia, equivocamente aplicada, condenou a segunda ré, subsidiariamente, em todos os pedidos, fundamentando a procedência na revelia e confissão da 1ª ré. 
 		Ocorre que, a ora recorrente juntou toda a documentação relacionada à fiscalização do contrato entre as rés, o qual ainda se encontra em vigor, bem como exames médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive no reclamante, ora recorrido, motivo pelo qual, improcede a imputação de responsabilidade subsidiária aplicada na segunda ré, conforme nos termos da Súmula 331, inciso V, do TST.
DA CORREÇÃO MONETÁRIA:
 		Por fim, não menos importante, improcede a incidência de correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a virada do mês. Pois, o recorrente sempre efetuou o pagamento no prazo estabelecido do art. 459 e parágrafo primeiro da CLT, qual seja, até o quinto dia útil do mês subsequente, motivo pelo qual, não merece prosperar tal atualização monetária, bem como os termos da Súmula 381 do TST.
CONCLUSÃO:
 		Pelo exposto, com arrimo na fundamentação que ao presente petitório integra, requer conhecimento e provimento para:
a) Preliminarmente, a anulação do decisum ora recorrido, por cerceamento de defesa, em razão do indeferimento da provatestemunhal e pericial, conforme o art. 5º, inciso LV, da CRFB/88;
b) Meritoriamente, pugna-se pelo provimento do recurso ordinário para viabilizar reforma do julgado e por conseguinte julgar improcedente a pretensão autoral;
c) Em razão do provimento recursal, a condenação do reclamante no honorário sucumbencial, nos termos do art. 791-A, da CLT. 
Termos em que,
P. Deferimento.
Local, data
Advogado OAB/UF

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