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Introdução à Astronomia Aula 17 OVL 111 Helio J. Rocha-Pinto 2012 Modificações: Paulo Lopes Binárias e duplas Estrelas binárias Estrelas duplas Terra Terra Classes de binárias ● Quanto ao método de descoberta, classificamo-las em: – Binárias visuais – Binárias astrométricas – Binárias eclipsantes – Binárias espectroscópicas ● Além disso, são classificadas segundo o período orbital: – Curto período – Período intermediário – Longo período ou segundo o tipo de objeto envolvido (várias classes) Órbita de binárias Órbita de binárias Órbita da estrela secundária Órbita da estrela primária Centro de massa M=k a3 P2 Binárias visuais Alpha Geminorum: Castor ● Cerca de 10% de todas as estrelas são binárias visuais ● Embora as estrelas girem em torno de um centro de massa comum, é usual representar a órbita relativa, no céu, da secundária em torno da primária. ● Algumas dessas órbitas têm períodos de anos ou centenas de anos. Binárias astrométricas ● São estrelas cuja binariedade foi descoberta devido ao oscilar de uma delas em torno do centro de massa do sistema. ● Binárias de outros tipos (eclipsantes, espectroscópicas, etc) também podem ser observadas/detetadas por técnicas astrométricas. ● Geralmente um dos membros do par é invisível ou se encontra ofuscado pelo outro membro. Sírius A & B ● Sírius A e B são o melhor exemplo de binária astrométrica. ● Sírius A é uma estrela A1 V, enquanto Sírius B é uma anã branca. Binárias eclipsantes ● Binárias eclipsantes são aquelas descobertas pela variação no brilho integrado do par, quando uma passa diante ou atrás da outras. ● Para a ocorrência dos eclipses, o plano orbital das binárias deve ter uma inclinação de 90° com respeito ao plano do céu. ● Nessas binárias, é possível medir o raio das estrelas envolvidas, além das massas. Curva de luz Raio relativo em binárias eclipsantes Começa o eclipse separação = soma dos raios Segundo contato separação = diferença em raio A diferença de tempo entre esses eventos fornece os raios estelares Curva de luz Curva de luz ● Na prática, as curvas de luz nem sempre são completas. Objetos pouco estudados rendem curvas de luz segmentadas, e é a partir delas que conclusões são tiradas. Espectro do H em laboratório Espectro da estrela Dia 1 Espectro da estrela Dia 2 Espectro da estrela Dia 3 Espectro da estrela Dia 4 Binárias espectroscópicas Binárias espectroscópicas Curva de velocidade radial ● Quando é possível observar linhas das duas componentes, pode-se traçar a curva de velocidade radial do par. ● Neste caso, busca-se uma solução orbital que explique a variação da velocidade radial de ambas estrelas. Espectro composto B5 K2 Hot Cool What is required? Both Bright Different Temperature Espectro composto ● Teste seus conhecimentos com o espectro ao lado ● Como você pode explicar que o resultado observado corresponda a um espectro composto de um par binário formado por uma anã M e uma anã branca? Evolução de um sistema binário ● A evolução de estrelas em binárias cerradas (muito próximas) acaba dependendo da evolução da companheira. Relação Massa-Raio-Luminosidade ● Através das binárias, podemos calcular massas e raios estelares. Relação Massa-Raio-Luminosidade ● Através das binárias, podemos calcular massas e raios estelares. São esses dados que mostram a existência de uma relação massa raio-luminosidade na sequência principal. Sistemas triplos ● Em sistemas triplos estáveis, temos um par binário que orbita com uma estrela em torno do centro de massa comum. ● Em sistemas quádruplos, temos duas binárias em órbita de um mesmo centro de massa. Colapso Gravitacional ● Se uma nuvem interestelar for suficientemente densa, a atração gravitacional de suas partículas torna-se grande o bastante para forçar o colapso da nuvem. ● Durante o colapso gravitacional, o objeto é chamado de protoestrela. ● Contra o colapso, a nuvem oferece resistência na forma de pressão interna, seja devido ao movimento térmico dos átomos, seja devido à existência de campos magnéticos e turbulência no gás. Massa de Jeans Fragmentação de nuvens colapsantes ● Vimos que quando aumenta a densidade de uma nuvem colapsante, diminui a massa de Jeans. Isso implica em que a nuvem colapsante se fragmenta em nuvens menores também em colapso, e assim por diante, até a formação de nuvens colapsantes com massa estelar. Simulação da fragmentação de uma nuvem e formação estelar, por Klessen et al. (1998) Glóbulos de Bok ● Glóbulos de Bok são nuvens escuras, com diâmetro típico de 1000 a 100000 UA. ● São milhões de vezes mais densas do que o meio interestelar circundante e contém várias massas solares na forma de gás e poeira. ● São pequenas nuvens moleculares, mais simples do que as gigantes. Formação estelar pode ocorrer em algumas delas. Glóbulos de Bok ● Alguns glóbulos de Bok possuem uma ou mais fontes compactas em colapso. Huard et al. 1999, ApJ 526, 833 Teorema do Virial ● A competição entre gravidade e pressão é dada pelo teorema do virial (ou teorema de Jeans): um sistema está em equilíbrio gravitacional se sua energia total é igual a metade da energia potencial gravitacional. Mas a energia total é a soma da energia cinética e potencial: • O teorema do virial implica que, quando uma protoestrela colapsa, metade da energia potencial gravitacional perdida transforma- se em energia térmica, aquecendo a protoestrela, e a outra metade é irradiada no espaço. Protoestrelas no Diagrama HR ● Durante o colapso, as protoestrelas são frias e muito luminosas, uma vez que sua atmosfera é pouco opaca. À medida que se contraem, esquentam e tornam-se menos luminosas. ● O caminho que as protoestrelas fazem, no diagrama HR, até sua chegada à Seqüência Principal é composto pelas trajetórias de Hayashi e de Henyey. Nebulosas Casulos ● Estudos teóricos e observações indicam que estrelas recém- formadas estão envoltas em nuvens relativamente densas de gás e poeira. ● Essas nuvens obscurecem a estrela, impedindo sua observação no visível. São apelidadas de nebulosas casulos. Estrelas imersas nessas nebulosas podem ser observadas no infravermelho. ● Numa escala de tempo curta, após a formação, a estrela acaba por dispersar a nebulosa. ● Estudos teóricos prevêem que a nebulosa casulo possa fragmentar-se em dois ou mais objetos, dando origem a sistemas múltiplos. Formação de binárias e múltiplas Trífida (Messier 20) ● A nebulosa Messier 20, é um exemplo de região onde há evidências de três estágios de formação estelar: da contração de regiões mais densas, à excitação da nuvem pela estrela recém-formada e dispersão da nuvem protoestelar. Regiões H II ● As regiões de formação estelar recente costumam ainda conter boa parte da nuvem molecular original. ● Esse gás (em sua maioria H), excitado pela radiação ultravioleta das estrelas jovens, fica incandescente, formando as chamadas Regiões H II, ou nebulosas de emissão. Nebulosa de Órion: uma região H II Slide 1 Slide 2 Double Stars/Binary Stars Slide 4 Slide 5 Visual Binary Stars Slide 7 Slide 8 Sirius A & B Eclipsing Binaries Slide11 Relative radius Second class of binary…eclipsing binaries Slide 14 Slide 15 Slide 16 Radial Velocity Curve Spectrum Binary Slide 19 Evolução de um sistema binário Slide 21 Slide 22 Slide 23 Colapso Gravitacional Massa de Jeans Slide 26 Glóbulos de Bok Slide 28 Teorema do Virial Protoestrelas no Diagrama HR Nebulosas Casulos Slide 32 Slide 33 Messier 20 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39
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