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MpMagEst Empresarial Marcelo Cometti Data: 23/04/2013 Aula 04 MpMasEst – 2013 Anotador(a): Carlos Eduardo de Oliveira Rocha Complexo Educacional Damásio de Jesus RESUMO SUMÁRIO 1. Sociedades 2. Formas societárias 1. SOCIEDADES 1.1. Sociedades personificadas: são aquelas que possuem personalidade jurídica, gozando de titularidade obrigacional (é sujeita de direitos e obrigações, ou seja, pode contratar), titularidade processual (pode demandar e ser demandada em juízo) e titularidade patrimonial (possui patrimônio próprio e distinto do patrimônio de seus sócios – autonomia patrimonial). 1.1.1. Princípio da autonomia patrimonial: a sociedade personificada é dotada de autonomia patrimonial, razão pela qual, os bens que integram o seu patrimônio não se confundem com os bens particulares se seus sócios. Deste modo, os credores de uma sociedade personificada não podem, como regra, verificada a inadimplência da sociedade devedora buscar a satisfação de seus créditos diretamente nos bens particulares de seus sócios, que responderão subsidiariamente pelas dívidas sociais (benefício de ordem). Princípio da autonomia patrimonial Relativização São os credores negocias da autonomia Desconsideração da Teoria menor personalidade jurídica Teoria maior Pela simples inadimplência É o abuso da personalidade por parte dos sócios jurídica dos sócios, caracterizado por: trabalhista, consumidor (i) desvio de finalidade e (ii) confusão patrimonial créditos não negociais Responsabilização direta dos sócios Credores não negociais: são aqueles que dada sua posição em regra hipossuficiente, não podem ao contratar com a sociedade com ela negociar os riscos de sua eventual inadimplência, exigindo para tanto garantias ou maior retorno em virtude do risco assumido. Para esses credores admite-se a aplicação da teoria menor. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado nos termos do artigo 50 do código civil, pelo desvio de finalidade ou confusão patrimonial, poderá o juiz a requerimento da parte ou do ministério público, nos casos em que lhe couber intervir no processo, desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade, estendendo os efeitos de certas e determinadas relações obrigacionais aos bens particulares dos sócios e administradores da sociedade. (não produz efeitos erga omnes). 2 de 4 “Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.” 1.1.2. Nos termos do artigo 985 do Código Civil, a sociedade adquirirá personalidade jurídica com arquivamento de seus atos constitutivos no órgão próprio e na forma da lei. Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).” Portanto, nos termos do artigo 1150 do CC sendo a sociedade da espécie empresária o arquivamento dos seus atos constitutivos se dará na junta comercial. Sendo da espécie simples, no cartório de registro civil de pessoas jurídicas. “Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária.” 1.2. Espécies de sociedades: a) Sociedade empresária: a sociedade personificada será da espécie empresária quando tiver por objeto o exercício de uma atividade econômica própria de empresário, ou seja, sempre que tiver por objeto a produção ou circulação de bens ou serviços, ou simplesmente uma sociedade empresarial. Nos termos do art. 983 do CC, a sociedade empresária para ser constituída, deverá obrigatoriamente adotar uma das formas societárias reguladas pelo código civil, com exceção da cooperativa, que será sempre sociedade simples. “Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias. Parágrafo único. Ressalvam-se as disposições concernentes à sociedade em conta de participação e à cooperativa, bem como as constantes de leis especiais que, para o exercício de certas atividades, imponham a constituição da sociedade segundo determinado tipo.” b) Sociedade simples: é a espécie de sociedade personificada que terá por objeto o exercício de uma atividade econômica de natureza não empresarial, isto é: (i) Atividade rural (art. 984 do cc), salvo se os atos constitutivos da sociedade não sejam arquivados na junta comercial; 3 de 4 “Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária.” (ii) Atividade intelectual de natureza científica, literária ou artística (art. 966 p. único), salvo se a atividade intelectual constituir mero elemento de empresa. “Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Obs.: a sociedade simples pode, ou seja, lhe facultado nos termos do artigo 973 do CC, adotar uma das formas societárias previstas pelo código civil, com exceção das sociedades por ações (sociedade anônima e comandita por ações). Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.” 2. FORMAS SOCIETÁRIAS. 2.1. Sociedade em nome coletivo (art. 1039 a 1044). Pessoas físicas Subsidiária Sócios Responsabilidade Ilimitada Solidária Apenas sócios pessoas físicas, com responsabilidade subsidiária, ilimitada e solidária entre si. A administração da sociedade será privativa daqueles que sejam sócios. Nome empresarial desse ser exclusivamente razão social 2.2. Sociedade em Comandita Simples (art. 1.045 a 1.051): Somente Pessoa Física Sócio Comanditado (administração) Subsidiaria Responsabilidade Ilimitada Solidária Há 02 categorias de sócios: Pessoa Física ou Jurídica Sócio Comanditário Subsidiária Responsabilidade Limitada 4 de 4 Solidária Obs.: O nome empresarial será exclusivamente razão social, composta apenas pelo nome do comanditado. Caso o sócio comanditário tenha o seu nome utilizado na formação da razão social ou venha a praticar atos de gestão pela sociedade, passará a responder ilimitadamente. Na falta de uma das categorias de sócio, a sociedade em comandita simples, deverá buscar sua recomposição em até 180 dias, sob pena de ser dissolvida de pleno direito. Na ausência de sócio comanditado, os comanditários deverão eleger terceiro para administrara sociedade pelo prazo de até 180 dias. 2.3. Sociedade comandita por ações (art. 1.090 a 1.092 e Lei 6.404/76) Sempre será sociedade empresária (art. 982 p. único) Somente Pessoa física Subsidiária Acionista Diretor (Administrador) Responsabilidade Ilimitada Solidária Há 02 categorias de sócios Acionista Pessoa Física ou Jurídica Subsidiária Responsabilidade Limitada Não solidária Poderá adotar razão social, mas por ser uma sociedade por ações, a lei também permite que adote denominação. Próxima aula: sociedade limitada e S/A
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