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Direiro Empresarial IGP

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Didatismo e Conhecimento
1
DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
DIREITO EMPRESARIAL
DIREITO DO CONSUMIDOR
RESUMO PARA CONCURSOS
Conteúdo Resumido dos Principais Concursos
Michele de Fátima Alicínio
CONTATO
EDITORA NOVA APOSTILA 
FONE: (11) 3536-5302 / 28486366
EMAIL: NOVA@NOVAAPOSTILA.COM.BR
WWW.NOVACONCURSOS.COM.BR
WWW.NOVAAPOSTILA.COM.BR
Didatismo e Conhecimento
3
DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
DIREITO EMPRESARIAL
DIREITO DO CONSUMIDOR
RESUMO PARA CONCURSOS
COORDENAÇÃO GERAL
Juliana Pivotto
Pedro Moura
DIAGRAMAÇÃO
Emanuela Amaral
DESIGN GRÁFICO
Bárbara Gabriela
Alicínio, Michele de Fátima
Direito Empresarial e Direito do Consumidor . Resumo para Concursos / Michele de 
Fátima Alicínio. São Paulo: Editora Nova Apostila, 2011
1º edição
ISBN........
Didatismo e Conhecimento
5
DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
Sumário
Direito Empresarial
1. DIREITO SOCIETÁRIO ...................................................................................................................................01
1.1 EMPRESA ..................................................................................................................................01 
1.2. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL .................................................................................................01
1.3. O NOME EMPRESARIAL ...........................................................................................................................01
1.4. ALTERAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL ..........................................................................................02
1.5. PROTEÇÃO DO NOME EMPRESARIAL .............................................................................................03
1.6. EXTINÇÃO DO DIREITO AO NOME EMPRESARIAL ..................................................................04
2. TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO....................................................................................07
2.1.CONCEITO DE SOCIEDADE EMPRESÁRIA ......................................................................................07
2.2. SOCIEDADE SIMPLES E EMPRESARIA .............................................................................................07
2.3. A PERSONIFICAÇÃO DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA ................................................................08
2.4. CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES EMPRESÁRIAS ...............................................................09
2.4.1 CLASSIFICAÇÕES QUANTO À RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS PELAS 
OBRIGAÇÕES SOCIAIS. ............................................................................................................................................09
2.4.2. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO REGIME DE CONSTITUIÇÃO E DISSOLUÇÃO ...... 10
2.4.3.CLASSIFICAÇÃO QUANTO ÀS CONDIÇÕES DE ALIENAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO 
SOCIETÁRIA: ..................................................................................................................................................................10
2.5. SOCIEDADE IRREGULAR OU DE FATO ........................................................................................... 11
2.6. DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA ............................................................................... 11
3. CONSTITUIÇÃO DAS SOCIEDADES CONTRATUAIS ................................................................16
3.1. REQUISITOS DE VALIDADE DO CONTRATO SOCIAL ............................................................. 16
3.2. CLÁUSULAS CONTRATUAIS ................................................................................................................. 17
3.3. FORMA DO CONTRATO .............................................................................................................................18 
3.4. ALTERAÇÃO DO CONTRATO SOCIAL ...............................................................................................18
4. SOCIEDADES CONTRATUAIS MENORES ........................................................................................20
4.1. SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO .................................................................................20
4.2. SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES ..........................................................................................21
4.3. SOCIEDADE EM NOME COLETIVO ...................................................................................................22
5. SOCIEDADE LIMITADA .................................................................................................................................24
5.1. RESPONSABILIDADES DOS SÓCIOS.................................................................................................27 
5.2. DELIBERAÇÕES DOS SÓCIOS ................................................................................................................28
5.3. OBRIGATORIEDADE DE REALIZAÇÃO DE ASSEMBLÉIA .....................................................29
5.4. ADMINISTRAÇÃO ........................................................................................................................................ 29
6. DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONTRATUAL .............................................................................34
6. 1. CAUSAS GERAIS DE DISSOLUÇÃO TOTAL ..................................................................................34
6.2. CAUSAS GERAIS DE DISSOLUÇÃO PARCIAL ...............................................................................35
6.3. LIQUIDAÇÃO, EXTINÇÃO E PARTILHA ...........................................................................................36
7. SOCIEDADE POR AÇÕES ..............................................................................................................................38
7.1. SOCIEDADE ANÔNIMA .............................................................................................................................38
7.2. ESPÉCIES DE SOCIEDADE ANÔNIMA S/A.......................................................................................38
7.3. CONSTITUIÇÃO DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS.........................................................................39
7.4. VALORES MOBILIÁRIOS ...........................................................................................................................44
Didatismo e Conhecimento
6
DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
7.5. AÇÕES .................................................................................................................................................................45
7.6. CAPITAL SOCIAL ..........................................................................................................................................45
7.7. ÓRGÃOS SOCIAIS .........................................................................................................................................47
7.8. ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE ....................................................................................49
7.9. O ACIONISTA ..........................................................................................................................51
7.10. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ...................................................................................51
7.11. LUCROS, RESERVAS E DIVIDENDOS ...............................................................................51
7.12. DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO ..........................................................................................53
7.13. TRANSFORMAÇÃO, INCORPORAÇÃO, FUSÃO E CISÃO ............................................53
7.14. SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES ...................................................................55
8. TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ................................................................................63
8.1. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITOS ...........................................................................63
8.1.1 Quanto ao modelo ....................................................................................................................638.1.2Quanto à estrutura .....................................................................................................................63
8.1.3 Quanto às hipóteses de emissão ..............................................................................................63
8.1.4 Quanto à circulação, transferência de titularidade...................................................................64
9. LETRA DE CÂMBIO .........................................................................................................................................67
9.1. REQUISITOS DA LETRA DE CÂMBIO ................................................................................................67
9.2. ACEITE .....................................................................................................................................68
9.3. ENDOSSO ...............................................................................................................................68
9.4. AVAL .......................................................................................................................................70
9.5. EXIGIBILIDADE DE CREDITO CAMBIAL ........................................................................70
9.6. VENCIMENTO ........................................................................................................................70
9.7. PAGAMENTO ..........................................................................................................................71
9.8. PROTESTO ...............................................................................................................................71
9.9. AÇÃO CAMBIAL .....................................................................................................................72
10. NOTA PROMISSÓRIA.....................................................................................................................................75
10.1. CONCEITO ......................................................................................................................................................75
10.2. REQUISITOS DA NOTA PROMISSÓRIA ............................................................................75
11 CHEQUE ...................................................................................................................................................................79
11.1. FORMAS DE EMISSÃO DE CHEQUE .................................................................................................79
11.2. REQUISITOS LEGAIS ..........................................................................................................79
11.3. CHEQUE PÓS-DATADO .......................................................................................................80
11.4. MODALIDADES DE CHEQUE ............................................................................................81
11.5. PAGAMENTO DO CHEQUE .................................................................................................81
11.6. CHEQUE SEM FUNDOS .......................................................................................................82
12 DUPLICATA ...........................................................................................................................................................88
12.1. DUPLICATA MERCANTIL .......................................................................................................................88
12.2. NOTA FISCAL FATURA .......................................................................................................89
12.3. REQUISITOS DA DUPLICATA MERCANTIL ...................................................................89
12.4. ACEITE ..................................................................................................................................90
12.5. EXIGIBILIDADE DO CREDITO REPRESENTADO POR DUPLICATA ...........................91
12.6. AS DUPLICATAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ..........................................................93
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................................99
Didatismo e Conhecimento
7
DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
Michele de Fátima Alicínio
RESUMO PARA CONCURSOS
Conteúdo Resumido dos Principais Concursos
1ª edição
São Paulo
Nova Apostila
2011
Didatismo e Conhecimento
RESUMO PARA CONCURSOS
1
DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
DIREITO EMPRESARIAL 
1. DIREITO SOCIETÁRIO
1.1. EMPRESA 
Segundo Fábio Ulhoa1, Curso de direito comercial: “Empresa é a “atividade econômica organizada de produção ou circulação de 
bens ou serviços”, com o objetivo de atender a alguma necessidade humana. 
A empresa traz como atividade, um conjunto de atos destinados a uma finalidade comum, que organiza os fatores da produção, 
para fazer circular bens ou serviços. Para que seja constituída empresa é necessária uma sequência de atos dirigidos a uma mesma 
finalidade, para configurar a empresa. Com isso não basta um ato isolado para se consolidar como empresa. Todavia, esta atividade, 
deve ser destinada à satisfação de necessidades alheias juntamente com o mercado, tendo como penalidade a não configuração de 
empresa. Se a empresa cultiva, produz ou fabrica para seu próprio consumo não deve ser esta considerada como empresa. 
 Uns dos traços característicos da empresa é a organização de fatores de produção, (capital, mão-de-obra, matéria-prima, 
capacidade empresarial e capacidade tecnológica); para atingir determinado fim, esses atos ordenados de produção podem ser as 
mais variadas de acordo com as necessidades das em presas.
1.2. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
Estabelecimento comercial é a representação patrimonial do empresário ou da sociedade empresária, englobando apenas elementos 
do seu ativo, incluindo bens materiais e imateriais.
O estabelecimento empresarial é composto por elementos materiais e imateriais, como segue: 
a) elementos materiais - são as mercadorias em estoque, mobiliários, veículos e todos os demais bens corpóreos que o empresário 
utiliza na exploração de sua atividade econômica; 
b) elementos imateriais - são, principalmente, os bens industriais (patentes de invenção, modelo de utilidade, registro de desenho 
industrial, marca registrada, nome empresarial e título de estabelecimento) e, o ponto (local em que se explora a atividade econômica). 
As dívidas e obrigações que o empresário possui (fornecedores, bancos etc.) não integram o estabelecimento empresário “seu 
passivo”.
De acordo com o Art. 1.142 do Código Civil. 
Art. 1.142 Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, 
por empresário, ou por sociedade empresária.
No que diz respeito à exploração da atividade comercial, não se deve iniciá-las sem antes a organização de um estabelecimento 
comercial. Devido o fato de o estabelecimento agregar fatores como o sobre valor, estando os bens articulados em função da empresa.
1.3. O NOME EMPRESARIAL
 Nome empresarial é o nome adotado pela pessoa física ou jurídica para o exercício do comércio. Esta designação serve tanto para 
indicar o nome do empresário quanto para indicar o exercício da atividade por ele desenvolvida, que pode ser empresário individual 
- pessoa física ou natural ou de uma sociedade empresarial - pessoa jurídica. 
O nome empresarial subdivide-se em duas espécies: firma ou razão comercial e denominação, adotada para o exercício da 
empresa, pode ser composta do o nome dos empresários ou o ramo da atividade explorada.
Firma somente tem como base o nome civil, do empresário individual ou dos sócios da sociedade empresaria. 
Para Fran Martins: “é o nome comercial formado do nome patronímico ou de parte desse nome de um comerciante ou de um 
ou mais sócios de sociedade comercial, acrescido ou não, quando se trata de sociedade, das palavras e companhia. O comerciante 
individual, por realizaro comércio sozinho, naturalmente terá uma firma composta de seu nome patronímico, usado por extenso ou 
abreviadamente... não pode usar um nome de fantasia como nome comercial”. 
Todavia, o empresário individual e o representante legal da sociedade empresária, a o adotarem firma, devem assinar a o documento 
não com o nome civil, mas com o empresarial. 
1 COELHO, Fábio Ulhoa, Curso de direito comercial, p. 19
Didatismo e Conhecimento
RESUMO PARA CONCURSOS
2
DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
Quem pode adotar o nome firma:
- Empresário individual. Ex: Roberta Miranda; R. Miranda; R. Miranda eventos; etc. 
- Sociedade em nome coletivo. Ex: Pedro Paulo & Tiago Verde; Pedro Paulo & Cia; P. Paulo & Cia Têxtil; etc.
- Sociedade em comandita simples. Ex: João José, Maria Melo, Luana Silva & Cia; José Melo & Silva Plásticos; etc.(nesse caso 
sempre haverá à expressão “& Cia”, para fazer referência aos sócios comanditários, uma vez que estes não figuram na firma, pois não 
possuem responsabilidade ilimitada.
 Na Denominação a essência do nome empresarial é o objeto da empresa, ou seja, o ramo de atividade desenvolvida. Salientando 
que se não constar o ramo de atividade não poderá ser denominação. 
Trata-se da adoção de nome próprio para a empresa coletiva. Não se denomina firma, pois não pode constituir assinatura. Essa 
sociedade assinará seus compromissos colocando sua denominação, usando um carimbo ou datilografando.
Quem adota só denominação:
- sociedade anônima. Salientasse que vai ter que aparecer na denominação o tipo societário, ou seja, “Sociedade Anônima”, 
“S.A.” ou “S/A” no início, no meio ou no final da denominação, ou a expressão “companhia” ou “Cia” no início ou no meio da 
denominação.
O nome da empresa deve ser registrado na Junta Comercial, cujo registro lhe garante exclusividade do uso no nome registrado. 
Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da 
empresa.
A denominação social pode ser formada com palavras de uso comum ou vulgar ou com expressões de fantasia, facultando-se 
a indicação do objeto da sociedade mercantil. A inclusão de nome próprio de pessoas em denominação social será tratada como 
expressão de fantasia e deve ter autorização de seu titular.
A sociedade cooperativa, também adotam a denominação, cujo nome indicará o objeto social, e conterá a expressão “cooperativa”. 
Artigo 1.159 do Código Civil.
Art. 1.159. A sociedade cooperativa funciona sob denominação integrada pelo vocábulo “cooperativa”.
1.4. ALTERAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL
Pode-se alterar o nome empresarial pela simples vontade do empresário, sendo pessoa física ou jurídica. Se a alteração for 
voluntária, exige-se a concordância dos sócios que detenham participação do capital social.
Segundo Fábio Ulhoa Coelho (2007. p.80), há ainda outra modificação do nome empresarial chamada alteração vinculada ou 
obrigatória, que são:
	 Saída, retirada, exclusão ou morte de sócio cujo nome civil constava da firma social: neste caso, enquanto não se proceder 
à alteração do nome empresarial, o ex-sócio, ou o seu espólio, continua a responder pelas obrigações sociais nas mesmas condições 
em que respondia quando ainda integrava o quadro associativo. Artigos 1.158, § 1º e 1.165 do Código Civil.
Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final 
“limitada” ou a sua abreviatura.
§ 1o A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de modo 
indicativo da relação social.
(...).
Art. 1.165. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na 
firma social.
	 Alteração da categoria do sócio, quanto à sua responsabilidade pelas obrigações sociais, se o nome civil dele integrava o 
nome empresarial: se sócio comanditado de uma sociedade em comandita simples passa a ser comanditário, ou se o acionista não 
diretor da sociedade em comandita por ações deixa as funções administrativas, o seu nome civil não poderá continuar a compor o 
nome da sociedade, a firma social. Até que se altere este nome, o sócio continuará a responder pelas obrigações sociais como se ainda 
integrasse a categoria anterior, art. 1.157 do Código Civil, alienação do estabelecimento ato por entre vivos: o empresário individual 
ou a sociedade empresária não podem alienar o nome empresarial art. 1.164 do Código Civil. Mas na hipótese de alienação do 
estabelecimento empresarial, por ato entre vivos, se previsto em contrato, o adquirente pode usar o nome do alienante, precedido do 
seu, com a qualificação de sucessor.
Didatismo e Conhecimento
RESUMO PARA CONCURSOS
3
DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual 
somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão 
“e companhia” ou sua abreviatura.
Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma 
social aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo. 
Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.
Qualquer que seja o tipo de nome empresarial, (denominação firma ou razão social), o nome empresarial deve obedecer aos 
princípios da veracidade e da novidade. Artigo 34, da Lei 8.934-94. 
Art. 34. O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade.
Segundo o princípio da veracidade não se pode traduzir uma idéia falsa no nome empresarial, sendo defeso na composição do 
nome empresarial se valer de elementos estranhos ao nome civil. Esse princípio objetiva a proteção de terceiros, para que não sejam 
enganados pelas indicações do nome. Não se pode indicar uma atividade que não seja exercida. 
Princípio da novidade o nome do empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro. O registro do 
nome empresarial da a o titular o direito a exclusividade do uso desse nome, não se pode admitir nomes iguais ou semelhantes que 
possam causar confusão junto ao público. Artigo 1.163 do Código Civil.
Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro.
Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar 
designação que o distinga.
O princípio da novidade está preenchido quando um nome se apresenta como suficiente para distinguir um sujeito de outros. Não 
basta um elemento diferenciador qualquer, é essencial que o nome além de diferente não possa ser confundido com outros nomes 
empresariais. O nome empresarial não pode ser idêntico, nem semelhante a outros já existentes no mesmo âmbito de proteção2.
1.5. PROTEÇÃO DO NOME EMPRESARIAL
De acordo com o art. 1.166 do Código Civil, “a inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as 
respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado”.
A proteção do nome empresarial no âmbito estadual ou distrital é feito pelo registro na Junta Comercial, que é a autarquia 
brasileira responsável pelo registro de atividades ligadas a sociedades empresariais, sendo proibida de aceitar registro de nome já 
existente, ou de nome que faça confusão com nome já existente. Sendo efetuado o registrado, o nome empresarial passa a gozar de 
proteção em relação apenas àquela unidade da federação onde foi registrado.
Se o empresário achar conveniente ou queira estender o âmbito de proteção do nome, deve ser feito um pedido à Junta Comercial 
do Estado onde se queira estender a proteção. Artigo 1.166 do Código Civil.
Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas 
averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado.
Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional,se registrado na 
forma da lei especial.
Ao proteger o nome empresarial, portanto, o direito tem em vista a tutela desses dois interesses. Por esta razão, porque não visa 
somente a evitar o desvio desleal de clientela, é que a proteção não deve se restringir aos empresários que atuam no mesmo ramo 
da atividade empresarial. Como tem em mira, também, a preservação do crédito, não pode o empresário que explora determinada 
atividade pretender usar nome imitado de empresário explorador de atividade diversa, sob pretexto de não ser possível a concorrência 
entre ambos. Salvo é claro, autorização contratual, pela qual o titular do nome idêntico ou semelhante por outro empresário3. 
A Constituição Federal em seu art. 5º, XXIX, assegura o sistema de proteção ao nome empresarial está firmado em dois preceitos 
fundamentais: a tutela da clientela, que visa reprimir a concorrência desleal; e a tutela do crédito do empresário, que poderia ser 
maculado em razão de falência do empresário que adote nome idêntico ou semelhante.
2 FERRARA JÚNIOR, Francesco. Teoria Jurídica de la hacienda mercantil.Traduccion por José Maria Navas. Madrid: Revista de 
derecho privado, 1950, p. 188.
3 COELHO, Fábio Olha. Manual de Direito Comercial. p. 82
Didatismo e Conhecimento
RESUMO PARA CONCURSOS
4
DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros 
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, 
bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a 
outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico 
do País; 
1.6. EXTINÇÃO DO DIREITO AO NOME EMPRESARIAL
O direito do empresário sobre o nome empresarial, especificamente para as sociedades, perdura enquanto a sociedade estiver 
regularmente inscrita na Junta Comercial. O cancelamento do registro do nome ocorre quando cessar o exercício da atividade para 
que fosse adotado, ou quando se ultimar a liquidação da sociedade que o inscreveu. Artigo 1.168 do Código Civil.
Art. 1.168. A inscrição do nome empresarial será cancelada, a requerimento de qualquer interessado, 
quando cessar o exercício da atividade para que foi adotado, ou quando ultimar-se a liquidação da 
sociedade que o inscreveu.
EXERCÍCIOS:
01. Alienado o estabelecimento empresarial, é correto afirmar, quanto às obrigações ligadas à sua exploração, que
(A) o adquirente sub-rogar-se-á legalmente em todos os contratos estipulados pelo alienante.
(B) o adquirente não poderá fazer concorrência ao alienante pelo prazo de cinco anos.
(C) o adquirente receberá por cessão todos os créditos do alienante, invalidando-se qualquer pagamento posterior feito pelo 
devedor ao cedente.
(D) o adquirente obrigar-se-á solidariamente por créditos regularmente contabilizados, vencidos e vincendos, existentes na data 
do trespasse, agora por ele devidos.
02. Paulo e Vinícius, únicos sócios da Ômega Comércio de Roupas Ltda., decidiram ceder integralmente suas cotas sociais e, 
também, alienar o estabelecimento empresarial da sociedade para Roberto e Ana. Ômega Comércio de Roupas Ltda. havia celebrado 
contrato de franquia com conhecida empresa fabricante de roupas e artigos esportivos. Considerando a situação hipotética acima, 
assinale a opção correta.
A) eficácia da alienação do estabelecimento empresarial dependerá sempre do consentimento expresso de todos os credores.
B) O adquirente não responderá por qualquer débito anterior à transferência do estabelecimento empresarial.
C) O franqueador não poderá rescindir o contrato de franquia com a Ômega Comércio de Roupas Ltda. com base na transferência 
do estabelecimento.
D) Os alienantes do estabelecimento empresarial da Ômega Comércio de Roupas Ltda. Não poderão fazer concorrência aos 
adquirentes nos cinco anos subsequentes à transferência, salvo se houver autorização expressa para tanto.
03. Sobre a alienação do estabelecimento, assinale a opção correta.
A) O respectivo contrato produz efeitos quanto a terceiros após a sua averbação à margem da inscrição do empresário no registro 
público de empresas mercantis, ainda que não publicado na imprensa oficial.
B) Somente pode ser validamente realizada mediante a autorização expressa dos credores à época existente.
C) O alienante responderá subsidiariamente pelos débitos anteriores à transferência.
D) Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do 
pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.
04. (OAB/CESPE – 2007.3) Paulo e Vinícius, únicos sócios da Ômega Comércio de Roupas Ltda., decidiram ceder integralmente 
suas cotas sociais e, também, alienar o estabelecimento empresarial da sociedade para Roberto e Ana. Ômega Comércio de Roupas 
Ltda. havia celebrado contrato de franquia com conhecida empresa fabricante de roupas e artigos esportivos. Considerando a situação 
hipotética acima, assinale a opção correta.
(A) A eficácia da alienação do estabelecimento empresarial dependerá sempre do consentimento expresso de todos os credores.
(B) O adquirente não responderá por qualquer débito anterior à transferência do estabelecimento empresarial.
(C) O franqueador não poderá rescindir o contrato de franquia com a Ômega Comércio de Roupas Ltda. com base na transferência 
do estabelecimento.
(D) Os alienantes do estabelecimento empresarial da Ômega Comércio de Roupas Ltda. não poderão fazer concorrência aos 
adquirentes nos cinco anos subseqüentes à transferência, salvo se houver autorização expressa para tanto.
Didatismo e Conhecimento
RESUMO PARA CONCURSOS
5
DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
05. (OAB/CESPE – 2007.2) Com relação ao nome empresarial, assinale a opção correta.
(A) O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.
(B) As companhias podem adotar firma ou denominação social.
(C) Em princípio, o nome empresarial, após ser registrado, goza de proteção em todo território nacional.
(D) O empresário individual opera sob denominação.
06. (OAB/CESPE – 2006.3) Quanto ao que prescreve o Código Civil a respeito do contrato de alienação de estabelecimento 
empresarial, assinale a opção correta.
(A) O contrato que tenha por objeto a alienação do estabelecimento só produzirá efeitos perante terceiros depois de averbado na 
junta comercial.
(B) O alienante do estabelecimento pode fazer concorrência ao adquirente, salvo cláusula expressa em sentido contrário.
(C) O adquirente do estabelecimento responde por todo e qualquer débito anterior ao negócio.
(D) Salvo autorização expressa de terceiros contratantes, o adquirente do estabelecimento não se sub-roga nos contratos anteriores 
ao negócio firmados pelo alienante.
07. O nome comercial ou de empresa, ou, ainda, o nome empresarial, compreende, como expressão genérica, três espécies de 
designação: a firma de empresário (a antiga firma individual), a firma social e a denominação. Rubens Requião. Curso de direito 
comercial. 1.º vol., 27.ª ed., S. Paulo: Saraiva, 2007, p. 231 (com adaptações). Considerando a doutrina relativa às espécies de nomes 
comerciais, assinale a opção correta.
(A) A utilização da expressão “sociedade anônima” pode indicar a firma de sociedade simples ou empresária.
(B) O registro do nome comercial na junta comercial de um estado garante à sociedade constituída a exclusividade da utilização 
internacional da denominação registrada.
(C) O direito brasileiro se filia ao sistema legislativo da veracidade ou da autenticidade. Assim, a firma individual deve ser 
constituída sob o patronímico do empresário individual.
(D) A omissão do termo “limitada” na denominação social não implica necessariamentea responsabilidade solidária e ilimitada 
dos administradores da firma.
08. Assinale a opção incorreta em relação ao nome empresarial.
A) As sociedades que tiverem exclusivamente sócios com responsabilidade ilimitada somente podem operar sob firma que ostente 
o nome de pelo menos um deles.
B) O nome empresarial é próprio das sociedades empresárias, não havendo proteção legal à denominação adotada pelas sociedades 
simples.
C) A alienação do estabelecimento não importa em concessão de uso do nome empresarial, salvo disposição contratual diversa.
D) É vedada a alienação pura e simples do nome empresarial.
09. Entende-se por principal estabelecimento o:
A) lugar da sede da empresa.
B) local onde está assentado o ponto empresarial.
C) o local do domicílio do empresário.
D) lugar onde o empresário centraliza as suas atividades e a administração de seu negócio.
10. (CESPE - 2009 - AGU - Advogado / Direito Comercial (Empresarial) / Registro de Empresa;) 
Julgue os próximos itens, que dizem respeito ao registro de empresas. 
Considere que o instrumento de dissolução de certa sociedade empresária tenha sido assinado no dia 19 de dezembro de 2008 e 
apresentado à junta comercial competente, para arquivamento, no dia 2 de janeiro de 2009. Nesse caso, os efeitos do arquivamento 
retroagirão à data da assinatura do instrumento. 
( ) Certo ( ) Errado 
11. Armando e Arnaldo, advogados, resolveram celebrar contrato de sociedade para realizar, por prazo indeterminado, a fabricação 
regular de peças para automóveis. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
A) O instrumento do contrato deverá ser inscrito no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, em razão de os sócios serem advogados.
B) Sendo ambos os sócios advogados, a sociedade será necessariamente simples.
C) A sociedade só existirá se o instrumento do contrato for submetido a registro.
D) O instrumento do contrato deverá ser inscrito no Registro Público de Empresas Mercantis, por ser empresarial o objeto da 
atividade.
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DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
12. Assinale a afirmativa CORRETA:
A) Pode exercer a atividade empresarial a pessoa que estiver em pleno gozo da capacidade civil e não for legalmente impedida. 
A pessoa legalmente impedida, caso a exerça, não responderá pelas obrigações contraídas, pois tais atos serão considerados nulos.
B) É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua 
atividade.
C) O empresário casado em regime de comunhão de bens precisa de outorga conjugal para alienar os imóveis que integrem o 
patrimônio de sua empresa.
D) Para que seja considerada nacional, além de a sociedade ter sócios brasileiros, deve ter sede no país.
13. Assinale a opção incorreta em relação ao nome empresarial. 
(A) As sociedades que tiverem exclusivamente sócios com responsabilidade ilimitada somente podem operar sob firma que 
ostente o nome de pelo menos um deles. 
(B) O nome empresarial é próprio das sociedades empresárias, não havendo proteção legal à denominação adotada pelas 
sociedades simples. 
(C) A alienação do estabelecimento não importa em concessão de uso do nome empresarial, salvo disposição contratual diversa. 
(D) É vedada a alienação pura e simples do nome empresarial.
14. Entende-se por principal estabelecimento o 
A) lugar da sede da empresa. 
B) local onde está assentado o ponto empresarial. 
C) o local do domicílio do empresário. 
D) lugar onde o empresário centraliza as suas atividades e a administração de seu negócio. 
GABARITO:
01 ALTERNATIVA D
02 ALTERNATIVA D
03 ALTERNATIVA D
04 ALTERNATIVA D
05 ALTERNATIVA A
06 ALTERNATIVA A
07 ALTERNATIVA C
08 ALTERNATIVA B
09 ALTERNATIVA D
10 ALTERNATIVA CERTA
11 ALTERNATIVA D
12 ALTERNATIVA B
13 ALTERNATIVA B
14 ALTERNATIVA D
 ANOTAÇÕES
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Didatismo e Conhecimento
RESUMO PARA CONCURSOS
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DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
2. TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
2.1. CONCEITO DE SOCIEDADE EMPRESÁRIA 
Sociedade empresária é aquela que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação 
de bens ou de serviços, constituindo elemento de empresa. A Sociedade Empresária objetiva o exercício da atividade própria de 
empresário sujeito a registro e as sociedade por ações, independentemente de seu objeto, devendo inscrever-se na Junta Comercial 
do respectivo Estado. 
A constituição do conceito sociedade empresária, dois institutos jurídicos sevem como alicerces. De um lado, a pessoa jurídica, 
e de outro a atividade empresarial. Uma primeira aproximação ao conteúdo deste conceito se faz pela idéia de pessoa jurídica 
empresarial, ou seja, que exerce atividade econômica sob forma de empresa. É uma idéia correta, mas incompleta ainda. Somente 
algumas espécies de pessoa jurídica que exploram atividade definida pelo direito como de natureza empresarial é que podem ser 
constituídas como sociedades empresárias4. 
Desta forma, podemos dizer que “sociedade empresária” é a reunião de dois mais empresários, para a exploração, em conjunto, 
de atividades econômicas. 
Em nosso ordenamento jurídico brasileiro as pessoas jurídicas são divididas em dois grupos, pessoas jurídicas de direito público 
e pessoa jurídica de direito privado.
Pessoa Jurídica de Direito Público são: União, Estados, Municípios, DF e suas autarquias.
Pessoas jurídicas de direito privado: todas as demais.
A diferença entre elas está no regime jurídico a que se diferenciam. As pessoas jurídicas de direito público gozam de certos 
privilégios (devido à supremacia do ente público bob o particular), enquanto que as privadas sujeitam-se a um regime jurídico 
caracterizado pela isonomia.
2.2. SOCIEDADE SIMPLES E EMPRESARIA.
As sociedades se dividem em simples e empresária, o que ira caracterizar ambas é a exploração do objeto econômico.
A sociedade simples explora atividades econômicas específicas e sua disciplina jurídica se aplica subsidiariamente à das sociedades 
empresárias contratuais e às cooperativas. As sociedades simples serão registradas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
As atividades são desempenhadas ordinariamente pelos próprios sócios, surgindo dai uma vinculação entre eles e a atividade. 
Tais sociedades de menor porte em que não se percebe a atuação da empresa, desse organismo que os deixaria distanciados de 
sua atividade. Temos como exemplos desse tipo de sociedades os escritórios de contabilidade, de corretagem de seguros, clínicas 
médicas, pequeno comércio, pequena indústria, artesãos, todos os profissionais que se encontrarem vinculados diretamente a sua 
atividade econômica. 
Todavia, o entendimento parágrafo único do art. 966 do Código Civil, de que as sociedades simples seriam tão somente aquelas 
cuja atividade venha a corresponder ao exercício de profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, pode ser 
entendido em sentido mais amplo como vimos acima. 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada 
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, 
literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da 
profissão constituir elemento de empresa.
 A sociedade simples adota firma ou denominação social e goza de autonomia patrimonial limitada em relação aos seus débitos, 
os sócios respondempelo saldo das dívidas; aos credores singulares de determinado sócio e não da sociedade, a estes faculta-se o 
direito de promover a liquidação da cota social do sócio.Salvo acordo específico em sentido contrário.
A administração na sociedade simples aplica se, relativamente a todos os sócios, as normas referentes ao mandato. O direito 
de representação é atribuído a cada um dos administradores, com possibilidade de administração por quaisquer dos sócios, 
independentemente de outros, sem que se exclua o direito destes de oposição, relativamente a certo ato. 
Se houver convenço unanime da maioria, no contrato social pode se estabelecer a administração conjuntiva.
4 COELHO, Fábio Olha. Manual de Direito Comercial. p. 109.
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DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
Sociedade empresária, por sua vez, é a pessoa jurídica que explora uma empresa. A própria sociedade é titular da atividade 
econômica. No caso em questão, a pessoa jurídica é o agente econômico organizador da empresa. É incorreto considerar os integrantes 
da sociedade empresária como os titulares da empresa, porque essa qualidade é a da pessoa jurídica, e não de seus membros.
Sociedade Empresária é constituída por no mínimo de duas pessoas, com objeto lícito descrito em seu contrato social, com sua 
natureza essencialmente mercantil, sujeita ao Registro Público de Empresas Mercantis (Junta Comercial).
Personalização da sociedade empresaria gera três consequências:
1). Titularidade Negocial – quando a Sociedade empresarial realiza negócios jurídicos, é executada necessariamente pelas mãos 
de seu representante legal, pessoa jurídica, como sujeito de direito autônomo, personalizado, que assume um dos pólos da relação 
negocial. 
 2). Titularidade Processual – a pessoa jurídica pode demandar e ser demandada em juízo; tem capacidade para ser parte 
processual. As ações que dizem respeito a sociedade devem ser endereçada contra a pessoa jurídica e não os seus sócios ou seu 
representante legal. 
3). Responsabilidade Patrimonial – em consequência, ainda, de sua personalização, a sociedade terá patrimônio próprio, 
inconfundível e incomunicável com o patrimônio individual de cada um de seus sócios.
A pessoa jurídica responderá com seu patrimônio pelas obrigações que assumir, pois é sujeito de direito personalizado autônomo.
Os sócios, em regra, não responderão pelas obrigações da Sociedade. 
2.3 A PERSONIFICAÇÃO DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA
A pessoa jurídica jamais se confunde com as pessoas que as compõem, a personalidade jurídica da sociedade empresaria tem que 
ser totalmente distintas de seus sócios.
A vinculação jurídica entre as pessoas, ou seja, entre os seus membros, imprime uma unidade orgânica ao ente então criado. 
Surge, assim, a personificação deste ente abstrato, que possui vontade própria diferente das de seus membros e, portanto, há a 
personificação do ente coletivo.5 
A personalidade jurídica coincide com o registro de seu ato constitutivo, que se fará na Junta Comercial da circunscrição territorial 
que se encontra6. 
A esse respeito, o artigo 1.150, do Código Civil.
Art. 1.150: O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas 
Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, 
o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos 
tipos de sociedade empresária.
As sociedades só adquiram personalidade jurídica após a inscrição em registro próprio, elas na verdade, adquirem personalidade 
quando da sua constituição, e desta forma podem ter sua existência comprovada por terceiros, o que caracteriza a sociedade não 
inscrita7. 
Depois de formada a sociedade empresarial, a conseqüência é o aparecimento da personalidade jurídica, posto que a sociedade se 
transforma em um novo ser, diferente da individualidade das pessoas que a formam, com patrimônio próprio, que possui órgãos de 
deliberação e execução que determinam as obrigações e fazem cumprir a sua vontade8 .
A sociedade empresária é uma sociedade contratual, cuja personalidade jurídica surge quando devidamente registrada na Junta 
Comercial9. 
A personificação tem como objetivo unificar pessoas limitando e até mesmo suprimindo responsabilidades individuais, juntamente 
com a separação patrimonial destas pessoas com a da pessoa jurídica10.
Ao dizer que a sociedade adquire a personalidade jurídica após o arquivamento de seus atos constitutivos em órgão competente 
e, por conseqüência, separa-se de seus sócios constituindo uma pessoa capaz, que irá, em seu próprio nome, assumir direitos e 
obrigações e, ainda, as diversas conseqüências brotam desta personalidade.11 
A personalidade jurídica gera três consequências que são:
5 VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: parte geral. p. 254
6 ROCHA FILHO. José Maria. Curso de Direito Comercial. p.276.
7 BORBA, José Edwaldo Tavares. Direito Societário. p. 32.
8 REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial. p. 384.
9 FAZZIO JÚNIOR, Waldo. Manual de Direito Comercial. p.160
10 SILVA, Alexandre Couto. Aplicação da Desconsideração da Personalidade Jurídica no Direito Brasileiro. p.23.
11 MARTINS, Fran. Curso de Direito Comercial. p.192.
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DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
	 A titularidade negocial, é a capacidade para assumir um dos pólos da relação negocial, está diretamente ligada a possibilidade 
de realização de negócios, constituição de obrigações e celebração de contratos. Atos inerentes e essenciais à atividade do comércio
	 A titularidade processual é a capacidade para ser parte processual; a sociedade pode demandar em juízo. Salientasse que a 
capacidade de ser parte é da sociedade, e não de seus sócios ou administradores que em nome dela realizam atos do comércio.
	 A responsabilidade patrimonial, patrimônio próprio, inconfundível e incomunicável com o patrimônio de cada um dos 
sócios. Consagra-se pelo princípio da autonomia patrimonial, ao qual há uma separação de patrimônio dos sócios e da sociedade 
personalizada, todavia, a não responsabilidade dos sócios pelas obrigações da sociedade.
2.4. CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES EMPRESÁRIAS
As sociedades empresárias são classificadas por diversos critérios, os mais importantes são: as classificações das sociedades de 
acordo com a responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais; classificação quanto ao regime de constituição e dissolução e 
finalmente classificação quanto às condições para alienação da participação societária. 
Faz se necessária antes de adentramos nas classificações acima, apresentar os tipos societários existente no direito brasileiro. Que 
são: Sociedade em Nome Coletivo (N/C); A Sociedade em Comandita Simples (C/S); A Sociedade em Comandita por Ações (C/A); A 
Sociedade em Conta de Participação (C/P); A Sociedade Limitada (Ltda.); A Sociedade Anônima (S/A);
2.4.1 Classificações quanto à responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais.
O princípio da autonomia patrimonial nos ensina que a partir do momento em que a sociedade é constituída através do arquivamento 
dos seus atos constitutivos no órgão competente, nasce a pessoa jurídica, que passa a ter existência própria distinta da pessoa de seus 
sócios. Independência, sobretudo às questões patrimoniais, os bens, direitos e obrigações da empresa não se confundem com os de 
seus acionistas. 
As empresas, em decorrência dos atos praticados pelos seus administradores, assumem direitos e obrigações, e por eles responde 
sem o comprometimento ou vinculação do patrimônio dos sócios.
Qualquer que seja a espécie de sociedade empresária, o sócio terá a responsabilidade primeira de responder pela importância 
prometida à formação do capital social, sendo, para o autor, a obrigação principal dos sócios, consistindo esta uma responsabilidade 
subsidiária perante terceiros.12
Em razão do princípio da autonomia patrimonial, ou seja, da personalizaçãoda sociedade empresária, os sócios não respondem, 
em regra, pelas obrigações desta. Se a pessoa jurídica é solvente, quer dizer, possui bens em seu patrimônio suficiente para o integral 
cumprimento de todas as suas obrigações, o patrimônio particular de cada sócio é, absolutamente, inatingível por dívida social13.
A responsabilidade do sócio pela sociedade é subsidiaria, pois, esgotadas os recursos do patrimônio social é que se poderá pensar 
em executar o patrimônio do sócio por débitos existentes na sociedade.
A sociedade quando responde por obrigações suas, terá responsabilidade ilimitada o sócio que responde por ato seu prejudicial 
à vida social, e terá responsabilidade ilimitada. Os sócios respondem pelas obrigações sociais, de modo subsidiário sempre, 
limitadamente ou ilimitadamente.
Se o patrimônio social não foi suficiente para integral pagamento dos credores da sociedade, o saldo do passivo poderá ser 
reclamado dos sócios, em algumas sociedades, de forma ilimitada, ou seja, os credores poderão sacias seus créditos até a total 
satisfação, enquanto suportarem os patrimônios particulares dos sócios. Em outras sociedades, os credores somente poderão alcançar 
dos patrimônios particulares um determinado limite, além do qual o respectivo saldo será perda que deverão suportar. Em um terceiro 
grupo de sociedades, alguns dos sócios têm responsabilidade ilimitada e outros não14.
A responsabilidade dos sócios pelas obrigações da sociedade empresária de dividem em: 
a) Sociedade Ilimitada: Segundo Fabio Ulhoa15 afirmando que é ilimitada a sociedade onde todos os sócios respondem 
ilimitadamente pelas obrigações sociais. Se encaixando nesse caso somente a sociedade em nome coletivo (N/C).
b) Sociedade Mista é quando uma parte dos sócios que a integram a sociedade tem a responsabilidade ilimitada e a outra parte 
tem a responsabilidade limitada.
Rubens Requião conceitua que a sociedade mista acontecerá “quando o contrato social conjuga a responsabilidade ilimitada e 
solidária de alguns sócios com a responsabilidade limitada de outros sócios. São desta categoria as sociedade em comandita simples 
(C/S), cujo sócio comanditado responde ilimitadamente, e o sócio comanditário responde limitadamente. 
12 MARTINS, Fran. Curso de Direito Comercial. p.200.
13 COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. p. 116
14 COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. p. 117
15 COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. p. 117.
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RESUMO PARA CONCURSOS
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DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
c) Sociedade Limitada neste tipo societário os todos os sócios responderão de forma limitada pela obrigação adquirida pela 
sociedade. Para Rubéns A sociedade é limitada quando o contrato social restringe a responsabilidade dos sócios ao valor de suas 
contribuições ou a soma do capital social. Incluem nessa categoria a Sociedade Limitada (Ltda.) e a Sociedade Anônima (S/A)16. Para 
ingressar em uma sociedade empresaria, qualquer que seja ela, é necessário que o sócio contribua para a formação do capital social, 
efetuando o pagamento do valor correspondente das cotas subscritas, legitimando-se assim sua pretensão nas parcelas do lucro da 
sociedade. Quando todos os sócios contribuírem para a formação da sociedade o capital social vai estar integralizado.
2.4.2. Classificação quanto ao regime de constituição e dissolução 
O regime de dissolução se divide em dois:
a) Sociedades contratuais as sociedades cujo ato constitutivo é um contrato social. São as sociedades Limitadas (Ltda.); em 
Comandita Simples (C/S) e em Nome Coletivo (N/C).
. O capital social dessas sociedades é dividido em cotas (quotas) e o titular dessas cotas é o sócio. 
O Código Civil prevê as causas específicas de dissolução dessas sociedades, na qual não basta à vontade majoritária dos sócios, 
também há causas especificas de dissolução como a morte e ou expulsão do sócio. 
b) Sociedades institucionais também conhecidos como estatutárias, são aquelas sociedades regulamentadas e constituídas por um 
estatuto social. O capital social é dividido em ações, e o titular das ações é denominado acionista. São institucionais as Sociedades 
Anônimas (S/A) e a sociedade em Comandita Por Ações (C/A). 
A sociedade institucional rege-se pela lei nº 6404/76 regulamenta a forma de dissolução dessas sociedades, já a sociedade 
contratual tem sua constituição e sua dissolução regida pelo Código Civil. 
2.4.3. Classificação quanto às condições de alienação da participação societária:
No tocante às condições de alienação da participação societária e dividem em: 
a) Sociedades de pessoas os sócios tem direito a proibir o ingresso de estranho no quadro de sócios, pois existe um vínculo de 
confiança entre os sócios que impede o ingresso de terceiro estranho à sociedade.
Todavia, o ingresso de um sócio estranho depende da anuência ou autorização dos demais sócios, podendo os sócios, vetar o 
ingresso de um novo sócio.
b) Sociedades de capital neste tipo de sociedade basta a contribuição do sócio para o desenvolvimento da empresa.
A alienação da participação societária independe da autorização dos demais sócios e os demais sócios não podem vetar o ingresso 
de terceiro na sociedade. 
As sociedades institucionais são sempre ”de capital”, enquanto as sociedades contratuais podem ser “de pessoas” ou “de capital”. 
Assim, na sociedade anônima (S/A) e em comandita por ações (C/A), os acionistas não têm o direito de impedir o ingresso de terceiro 
não-sócio na sociedade, assegurado o princípio da livre-circulação das ações (LSA, art. 36). Nestas sociedades as ações são sempre 
penhoráveis por divida do sócio e a morte não autoriza a dissolução parcial, seja a pedido dos sobreviventes ou dos sucessores.17 
Art. 36. O estatuto da companhia fechada pode impor limitações à circulação das ações nominativas, 
contanto que regule minuciosamente tais limitações e não impeça a negociação, nem sujeite o acionista 
ao arbítrio dos órgãos de administração da companhia ou da maioria dos acionistas.
Parágrafo único. A limitação à circulação criada por alteração estatutária somente se aplicará às 
ações cujos titulares com ela expressamente concordarem, mediante pedido de averbação no livro de 
“Registro de Ações Nominativas”.
Enquanto que nas sociedades em nome coletivo (N/C) e comandita simples (C/S), a cessão de quotas sociais depende da anuência 
dos demais sócios (art. 1.003 do Código Civil), suas cotas são impenhoráveis. Na sociedade em nome coletivo é de [pessoas] (art. 
1.028 do Código Civil) na morte do sócio o contrato social poderá assegurar aos sucessores o ingresso na sociedade; as sociedades 
em comandita simples, se o sócio comanditado falecer é de [pessoas], agora se o sócio comanditário falecer é de [capital].
 Art. 1.003. A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente modificação do contrato social 
com o consentimento dos demais sócios, não terá eficácia quanto a estes e à sociedade.
16 REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial. p. 373.
17 COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. p. 123.
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DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo:
I - se o contrato dispuser diferentemente;
II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade;
III - se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido.
2.5. SOCIEDADE IRREGULAR OU DE FATO 
A sociedade empresária irregular ou “de fato” é disciplinada sob a designação de “sociedade em comum”, regulamentada 
no Código Civil. Não se trata de novo tipo societário, mas de uma situação em que a sociedade empresarial ou simples pode 
eventualmente se encontrar irregular pela exploração de negócios sem o prévio registro exigido na lei.
Não estão incluídas neste conceito, as sociedades anônimas e as sociedades em comandita por ações, de acordo com a legislação, 
não podem funcionar sem que sejam arquivadose publicados os seus atos constitutivos, artigo 982 do Código Civil. 
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o 
exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. 
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, 
simples, a cooperativa.
Sendo assim, as sociedades não personificadas se subdividem em sociedade em comum e sociedade em conta de participação.
Para a sociedade adquirir personalidade jurídica, necessita-se que seus atos sejam registrados e arquivados perante a Junta 
Comercial, que é o órgão que regula a existência das sociedades comerciais, desde sua abertura até o seu fechamento. 
Se o registro da sociedade não for efetuado por qualquer motivo na Junta Comercial a sociedade será “uma sociedade irregular 
ou uma sociedade de fato”.
 A sociedade irregular ocorre, quando mesmo existindo um ato constitutivo, este não é devidamente registrado perante o órgão 
competente, no caso a Junta Comercial.
Já sociedade de fato é aquela que sequer possui ato constitutivo. Ambos os tipos societários não tem personalidade jurídica, que 
somente é obtida através do regular registro do contrato social. 
A personalidade jurídica confere à sociedade a possibilidade contrair obrigações, respondendo por qualquer ato praticado. O 
patrimônio da sociedade devidamente inscrita na Junta Comercial é próprio, não tendo vínculo algum com o patrimônio de seus 
sócios. 
Tais sociedades por não ter personalidade jurídica, são impossibilitadas de usufruir dos requisitos conferidos à sociedade 
regularmente registrada. Não dispõe de um patrimônio próprio, exclusivo, devendo seus credores para haver seu pagamento, acionar, 
não o patrimônio social, pois este inexiste, mas sim acionar os sócios que deverão responder por todos os atos, não podendo excluir 
seu patrimônio particular de qualquer execução. 
Devido à sociedade ser irregular, ela não tem a faculdade de requerer sua falência, todavia, os credores podem requerer a falência 
da sociedade. 
Não há nenhuma proibição especifica das sociedades irregulares ou de fato, entretanto, ela causa danos principalmente para os 
seus sócios, devido o fato de não ter patrimônio próprio, no caso de dívidas com seus credores, o patrimônio alienado será justamente 
o dos sócios.
Os sócios da sociedade sem registro responderão sempre ilimitadamente pelas obrigações sociais, sendo ineficaz eventual cláusula 
limitativa desta responsabilidade no contrato social, artigo 990 do Código Civil.
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do 
benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.
2.6. DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA 
A desconsideração da personalidade jurídica significa separação patrimonial existente entre o capital de uma empresa e o 
patrimônio de seus sócios para os efeitos de determinadas obrigações, para evitar sua utilização de forma indevida
Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos casos previstos em lei, essa e a regra.
A serventia da desconsideração é retornar ao estado anterior determinado ato que lesou ou fraudou interesse de terceiros, pois 
essa atividade estava em vícios. Segundo Maria Helena Diniz: “A doutrina da desconsideração da personalidade jurídica visa impedir 
a fraude contra credores, levantando o véu corporativo, desconsiderando a personalidade jurídica num dado caso concreto, ou seja, 
declarando a ineficácia especial da personalidade jurídica para determinados efeitos, portanto, para outros fins permanecerá incólume. 
Com isso alcançar-se-ão pessoas e bens que dentro dela se escondem para fins ilícitos ou abusivos, pois a personalidade jurídica não 
pode ser um tabu que entrave a ação do órgão judicante”18.
18 Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, p. 256/257.
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RESUMO PARA CONCURSOS
12
DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
O “afastamento” da personalidade ocorre em empresa privada e mercantil para buscar corrigir atos que as atingiu, em decorrência 
de manobras fraudulentas. A desconsideração da pessoa jurídica é temporária, não sendo causa de sua extinção ou tornar nula a 
sociedade desconsiderada. Mas sim uma fase momentânea ou casuística durante a qual a pessoa física do sócio pode ser alcançada, 
como se a pessoa jurídica jamais estivesse existindo.
O Código Civil no art. 20: “As pessoas jurídicas têm existência distinta da de seus membros.” Todavia, as pessoas jurídicas têm 
caráter próprio, não se confundindo jamais com as pessoas naturais, físicas, que a integra. Dentre as pessoas jurídicas, as sociedades 
mercantis, ou comerciais, são constituídas por pessoas naturais que se reúnem intencionalmente para determinado fim, de cunho 
econômico. À luz exclusivamente do Código Civil, tais pessoas físicas não respondem civilmente pela sociedade que constituíram.
Resultasse também que, a desconsideração da pessoa jurídica não atinge a validade do ato constitutivo, mas a sua eficácia episódica. 
Uma sociedade que tenha a autonomia patrimonial desconsiderada continua válida, assim como válidos são todos os demais atos que 
praticou. A separação patrimonial em relação aos seus sócios é que não produzirá nenhum efeito na decisão judicial referente àquele 
específico ato objeto da fraude. Esta é, inclusive, a grande vantagem da desconsideração em relação a outros mecanismos de coibição 
da fraude, tais como a anulação ou dissolução da sociedade. Por apenas suspender a eficácia do ato constitutivo, no episódio sobre 
o qual recai o julgamento, sem invalidá-lo, a teoria da desconsideração preserva a empresa, que não será necessariamente atingida 
por ato fraudulento de um de seus sócios, resguardando-se, desta forma, os demais interesses que gravitam ao seu redor, como o dos 
empregados, dos demais sócios, da comunidade etc19. 
19 Coelho, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. p.127.
EXERCÍCIOS:
01. (CESPE - 2008 - MPE-RR - Promotor de Justiça / Direito Comercial (Empresarial) / Direito societário;) 
Em relação às inovações trazidas pelo Código Civil de 2002 à disciplina da atividade empresarial, julgue os itens que se seguem.
O Código Civil organizou as sociedades contratuais em dois grupos, as empresárias, que exercem atividade econômica, e as 
simples, para os demais casos. 
( ) Certo ( ) Errado 
02. Antônio e Joana casaram-se pelo regime da comunhão parcial de bens. Após o casamento, Antônio tornou-se sócio de 
sociedade simples com 1.000 quotas representativas de 20% do capital da sociedade. Passados alguns anos, o casal veio a se separar 
judicialmente. Assinale a alternativa que indique o que Joana pode fazer em relação às quotas de seu ex-cônjuge.
(A) Solicitar judicialmente a parti lha das quotas de Antônio, ingressando na sociedade com 500 quotas ou 10% do capital social.
(B) Requerer a dissolução parcial da sociedade de modo a receber o valor de metade das quotas de Antônio calculado com base 
em balanço especialmente levantado, tomando-se como base a data da separação.
(C) Participar da divisão de lucros até que se liquide a sociedade, ainda que não possa nela ingressar.
(D) Requerer a dissolução da sociedade e a liquidação dos bens sociais para que, apurados os haveres dos sócios, possa receber a 
parte que lhe pertence das quotas de seu ex-cônjuge.
03. A respeito da classificação das sociedades em simples e empresárias, bem como da relação prevista em lei entre os tipos 
societários pertencentes a cada um desses grupos, é correto afirmar que as regras legais relativas à sociedade simples:
(A) são subsidiárias a todos os tipos societários.
(B) aplicar-se-ão à sociedade limitada se o respectivo contrato social não estabelecer a regência supletiva das normas sobre 
sociedade anônima.
(C) são subsidiárias apenas à sociedade em nome coletivo e à sociedade em comandita simples.
(D) são subsidiáriasàs da sociedade cooperativa, e as regras relativas à sociedade limitada são subsidiárias às demais sociedades 
empresárias, especialmente a sociedade anônima.
04. A sociedade simples difere, essencialmente, da sociedade empresária porque:
(A) aquela não exerce atividade própria de empresário sujeito a registro, ao contrário do que ocorre nesta.
(B) aquela não exerce atividade econômica nem visa ao lucro, ao contrário desta.
(C) naquela, a responsabilidade dos sócios é sempre subsidiária, enquanto nesta, é sempre limitada.
(D) aquela deve constituir-se apenas sob as normas que lhe são próprias, enquanto esta pode constituir-se utilizando-se de diversos 
tipos.
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05. A propósito da dissolução e liquidação de sociedade simples, assinale a opção correta.
(A) É imprescindível, em qualquer hipótese, que haja o consenso de todos os sócios.
(B) Os administradores continuam gerindo os negócios normalmente até que seja concluída a liquidação.
(C) A dissolução e a liquidação da sociedade não podem ocorrer no mesmo ato.
(D) O Ministério Público está legitimado a, em situações especiais, promover a liquidação judicial da sociedade.
06. Nas sociedades simples:
(A) As obrigações dos sócios começam com o registro do contrato junto ao órgão competente, e terminam quando, liquidada a 
sociedade, promove-se a averbação de tal fato em seu registro.
(B) A cessão total ou parcial de quota, mesmo sem a correspondente modificação do contrato social com o consentimento dos 
demais sócios, tem eficácia quanto a estes e à sociedade.
(C) O sócio que, a título de quota social, transfere crédito à sociedade, não responde pela solvência do devedor.
(D) O sócio pode, a qualquer tempo, examinar os livros e documentos, e o estado de caixa e da carteira da sociedade, salvo 
estipulação que determine época própria para tanto.
07. No que concerne às sociedades simples, não é correto afirmar que:
(A) Ela adquire personalidade jurídica com a inscrição de seus atos constitutivos no registro próprio, em até trinta dias subseqüentes 
à sua constituição;
(B) Pessoas jurídicas podem ser sócias em sociedades simples;
(C) As obrigações dos sócios começam imediatamente com o contrato, sendo vedada a designação de data diversa;
(D) A cláusula que exclua um sócio de participar de lucros e perdas é considerada nula.
08. Na administração da sociedade simples, nada dispondo o contrato social, podemos afirmar que:
(A) A administração compete, separadamente, a cada um dos sócios;
(B) A administração compete, em conjunto, a todos os sócios;
(C) A administração compete ao sócio majoritário;
(D) O contrato social deve mencionar sempre quem é incumbido da administração, sob pena de nulidade.
09. (CESPE - 2009 - AGU - Advogado / Direito Comercial (Empresarial) / Sociedade Empresária;) 
Julgue os itens seguintes, que se referem à sociedade empresária. 
A teoria da desconsideração da personalidade jurídica é sempre aplicável aos casos em que os sócios ou administradores 
extrapolam seus poderes, violando a lei ou o contrato social, e a norma jurídica lhes impõe a responsabilidade por tais atos. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
10. A sociedade empresária denominada KLM Fábrica de Móveis Ltda. teve a sua falência decretada. No curso do processo, restou 
apurado que a sociedade, pouco antes do ajuizamento do requerimento que resultou na decretação de sua quebra, havia promovido 
a venda de seu estabelecimento, independentemente do pagamento de todos os credores ao tempo existentes, ou do consentimento 
destes, de modo expresso ou tácito, e sem que lhe restassem bens suficientes para solver o seu passivo.
Diante desse quadro, é correto afirmar que a alienação é
(A) revogável por iniciativa do administrador judicial.
(B) ineficaz em relação à massa falida.
(C) nula de pleno direito.
(D) anulável por iniciativa do administrador judicial.
11. Acerca do exercício da empresa em sociedade, assinale a opção correta.
A) A qualificação de uma sociedade como empresarial só ocorre quando ela exerce atividade própria de empresário sujeito a 
registro.
B) A sociedade que precipuamente exercer atividade de empresário rural só poderá adotar tipo reservado às sociedades empresárias.
C) A constituição de sociedade para a realização de apenas um negócio determinado é incompatível com a atividade empresarial, 
pois impede a habitualidade de seu exercício.
D) O conceito de sociedade implica o exercício de atividade econômica, embora nem toda sociedade que realize atividade 
econômica seja necessariamente considerada empresarial.
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12. (TRT 2R (SP) - 2009 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Juiz / Direito Comercial (Empresarial) / Direito societário;) 
Analise as proposituras abaixo:
I - As cooperativas são sociedades de pessoas, pois a realização do objeto social depende dos atributos individuais dos sócios e 
não da contribuição material que investem.
II - Nas sociedades de pessoas a cessão da participação depende da anuência dos demais sócios.
III - A existência da sociedade de fato somente pode ser provada por terceiros para responsabilizar os sócios solidariamente.
IV - A natureza da sociedade importa diferenças no tocante à alienação da participação societária, à sua penhorabilidade por 
dívida particular do sócio e à questão da sucessão por morte.
Diante das assertivas supra assinale:
a) São verdadeiras apenas as assertivas II e IV. 
b) Apenas a propositura III está correta. 
c) Apenas a propositura IV é falsa. 
d) São verdadeiras apenas as proposituras I e III. 
e) São corretas todas as proposituras. 
13. Em relação à teoria da desconsideração da personalidade jurídica, assinale a afirmativa incorreta:
a) Está positivada no art. 50 do Código Civil, que determina que, em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo 
desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir a requerimento da parte, ou pelo Ministério Público quando 
lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidas aos bens particulares 
dos administradores ou sócios da pessoa jurídica; 
b) As sociedades integrantes de grupos societários e sociedades controladas são solidariamente responsáveis pelas obrigações 
decorrentes do Código Civil; 
c) As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes do Código Civil; 
d) As sociedades coligadas só responderão por culpa;
14. Os sócios da Frente e Verso Tecidos Ltda. Praticaram atos desvirtuados da função da pessoa jurídica, constatando-se fraude 
relativa à sua autonomia patrimonial. Os credores propuseram a ação judicial competente e o juízo a quo decretou a desconsideração 
da personalidade jurídica da referida sociedade. Considerando a situação hipotética apresentada e a disciplina normativa da 
desconsideração da personalidade jurídica, assinale a opção correta.
(A) O juízo a quo não tem competência para decretar a desconsideração da personalidade jurídica da Frente e Verso Tecidos Ltda., 
mas apenas para decidir por sua dissolução, total ou parcial, nos casos de fraude relativa à autonomia patrimonial.
(B) A decretação da desconsideração da personalidade jurídica da Frente e Verso Tecidos Ltda. acarreta sua liquidação. 
(C) A decisão judicial importará na extinção da Frente e Verso Tecidos Ltda., com a posterior liquidação de seus bens materiais 
e imateriais.
(D) A desconsideração da personalidade jurídica importará na retirada momentânea da autonomia patrimonial da Frente e Verso 
Tecidos Ltda., para estender os efeitos de suas obrigações aos bens particulares de seus sócios.
15. A sociedade comercial irregular: 
 (a) Pode requerer a falência de outro comerciante. 
(b) Está sujeita ao regime falimentar, mesmo não tendo o ato constitutivo registrado na Junta Comercial. 
(c) Pode impetrar concordata preventiva. 
(d) Está livre de qualquer sançãode ordem tributária, pois não detém personalidade jurídica.
16. (OAB/CESPE) Acerca do direito de empresa, assinale a opção correta.
(A) Considere que, em 5/4/2004, Alessandra e Cristine decidiram formar determinada sociedade, cujos atos constitutivos só 
foram inscritos no registro próprio em 6/7/2004. Nesse caso, durante o período compreendido entre 5/4/2004 e 6/7/2004, a sociedade 
não possuiu personalidade jurídica.
(B) Considere que Joana e Márcia sejam sócias da sociedade empresária Elite Segurança Ltda. Nessa situação, Joana e Márcia 
são consideradas empresárias, conforme disposições do Código Civil.
(C) Não há impedimento legal à contratação de sociedade empresária entre cônjuges casados sob o regime de comunhão universal 
de bens.
(D) A sociedade que, no exercício de atividade de natureza científica, produza bens e serviços de consumo é considerada 
empresária, em conformidade com o atual ordenamento civil.
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17. No que concerne às sociedades simples, não é correto afirmar que: 
(a) Ela adquire personalidade jurídica com a inscrição de seus atos constitutivos no registro próprio, em até trinta dias subseqüentes 
à sua constituição; 
(b) Pessoas jurídicas podem ser sócias em sociedades simples; 
(c) As obrigações dos sócios começam imediatamente com o contrato, sendo vedada a designação de data diversa; 
(d) A cláusula que exclua um sócio de participar de lucros e perdas é considerada nula.
GABARITO
01 ALTERNATIVA ERRADA
02 ALTERNATIVA C
03 ALTERNATIVA B
04 ALTERNATIVA A
05 ALTERNATIVA D
06 ALTERNATIVA D
07 ALTERNATIVA C
08 ALTERNATIVA A
09 ALTERNATIVA ERRADO
10 ALTERNATIVA B
11 ALTERNATIVA D
12 ALTERNATIVA E
13 ALTERNATIVA B
14 ALTERNATIVA D
15 ALTERNATIVA B
16 ALTERNATIVA A
17 ALTERNATIVA C
 ANOTAÇÕES
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DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
3. CONSTITUIÇÃO DAS SOCIEDADES CONTRATUAIS
A sociedade empresária se constitui quando há o encontro da vontade dos sócios. Que será em algumas sociedades regulada por 
um estatuto ou contrato social, que norteará as normas da sociedade.
As sociedades contratuais, em comandita simples, limitada e em nome coletivo se dissolvem de acordo com o Código Civil, pois 
são constituídas por contrato social.
3.1. REQUISITOS DE VALIDADE DO CONTRATO SOCIAL
Pode ser decretada a anulação ou nulidade da sociedade que não observa determinados requisitos de validade do contrato social, 
tais requisitos são norteados pelo direito brasileiro.
A invalidação é distinta e não se confunde com dissolução da sociedade, pois elas se diferenciam em três aspectos: 
Quanto aos efeitos, a dissolução opera irretroativamente e a invalidação, retroativamente. A irretroatividade da dissolução e a 
retroatividade da invalidação têm em vista, apenas, o principal efeito do ato constitutivo, qual seja, a existência da pessoa jurídica. Os 
atos jurídicos praticados pela sociedade empresária, não- relacionados com a sua existência propriamente dita, não serão invalidados 
pela só invalidação do ato constitutivo20.
Os motivos a invalidação funda-se com uma incompatibilidade com o ordenamento jurídico me vigor no que diz respeito ao 
contrato social, enquanto a dissolução se norteia pelos artigos 1.034 e 1077 do Código Civil etc; 
Art. 1.034. A sociedade pode ser dissolvida judicialmente, a requerimento de qualquer dos sócios, 
quando:
I - anulada a sua constituição;
II - exaurido o fim social, ou verificada a sua inexeqüibilidade.
Art. 1.077. Quando houver modificação do contrato, fusão da sociedade, incorporação de outra, ou dela 
por outra, terá o sócio que dissentiu o direito de retirar-se da sociedade, nos trinta dias subseqüentes à 
reunião, aplicando-se, no silêncio do contrato social antes vigente, o disposto no art. 1.031.
Os sujeitos, dissolução pode decorrer da vontade de partes dos “sócios” ou decisão do judiciário, já a invalidação sempre do Poder 
Judiciário.
Temos para a validade do contrato social temos que analisar os requisitos genéricos e específicos.
a) Requisitos genéricos 
O Ordenamento Jurídico determina alguns requisitos de validade do Contrato Social, são eles: agente capaz, objeto lícito e forma 
prescrita ou não defesa em lei, itens estes elencados no artigo 104 do Código Civil que reza:
Art. 104 – A validade do negócio jurídico requer:
I – agente capaz;
II – objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III – forma prescrita ou não defesa em lei.
Agente capaz – para que o consentimento seja válido é preciso que a pessoa seja capaz. O agente capaz será àquele que tiver 
pleno exercício de atividades civis, será o maior de 18 (dezoito) anos. A uma há uma corrente jurisprudencial que permite ao 
menor, a sua admissão como sócio desde que não tenha poderes de gerência ou administração da sociedade, devendo, mais ser 
assistido ou representado, e, ainda, deverá sempre o menor ter sua quota de Capital totalmente integralizada. 
Objeto possível e lícito – é preciso que a atividade econômica explorada pela sociedade seja possível, lícita e válida; ou 
melhor, não deve contrariar nenhuma norma jurídica;
Forma prescrita ou não proibida em lei – o contrato social deve ser escrito por instrumento particular ou público. 
b) Requisitos específicos – todos os sócios devem contribuir para a formação do capital social, com dinheiro, bens ou crédito; os 
sócios sem nenhuma exceção participarão dos resultados, positivos ou negativos. Tais critérios advêm do artigo 981 do Código Civil. 
20 Coelho, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. Pg132.
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DIREITO EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com 
bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. 
O artigo 288 do Código Comercial estipulava ser nula a sociedade em que se estabelecesse que a totalidade dos lucros pertencesse 
a um só dos sócios, ou em que algum fosse excluído da participação nos resultados, bem como a sociedade em que se desonerasse 
de toda a contribuição nas perdas as somas ou efeitos entrados por um ou mais sócios para o fundo social. Era a chamada sociedade 
leonina.
O artigo 1.008 do Código Civil, a nulidade da cláusula que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas, não mais 
a nulidade de tal sociedade.
Art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das 
perdas.
O pressuposto de uma sociedade comercial tem “affectio societatis” e “pluralidade dos sócios”.
A affectio societatis diz respeito à disposição, que todas as pessoas manifestam ao ingressar em uma sociedade comercial, de 
lucrar ou suportar prejuízo em decorrência do negócio comum. Essa disposição, este ânimo, é pressuposto de fato da existência 
da sociedade, posto que, sem ela, não haverá a própria conjugação de esforços indispensável à criação e desenvolvimento do ente 
coletivo21. 
José Tavares exemplifica para determinar a existência de affectio societatis, quais seja a repartição de lucros na proporção de 
metade, a exigência de acordo comum das partes para a realização de operações a efetuar, os poderes de intervenção das partes na

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