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FÍSICA TEÓRICA III Vitor Dias Poten ial Elétri o - Resumo - Notas de Aula 1 Energia Poten ial Elétri a a variação∆U da energia poten ial elétri a U de uma arga pontual, quando a arga se deslo a de um ponto ini ial i para um ponto �nal f na presença de um ampo elétri o, é dada por: ∆U = Uf − Ui = −W (1) onde W∞ é o trabalho realizado pela força eletrostáti a (asso iada ao ampo elétri o externo) sobre a arga pontual durante o deslo amento de i para f . Se a energia poten ial é de�nida omo sendo zero no in�nito, a energia poten ial elétri a U da arga pontual em um ponto qualquer é dada por: U = −W∞, (2) onde W∞ é o trabalho exe utado pela força eletrostáti a sobre a arga pon- tual quando a arga é deslo ada do in�nito para o ponto onsiderado. 2 Diferença de Poten ial Elétri o e Poten ial Elétri o De�nimos a diferença de poten ial∆V entre dois pontos i e f na presença de um ampo elétri o omo ∆V = Vf − Vi = − W q , (3) onde q é a arga de uma partí ula sobre a qual é realizado trabalho pelo ampo. O poten ial em um ponto é dado por: V = −W∞ q , (4) A unidade de poten ial no SI é o volt: 1 volt = 1 joule por oulomb. 1 O poten ial e a diferença de poten ial também podem ser es ritos em termos da energia poten ial elétri a U de uma partí ula de arga q na presença de um ampo elétri o: V = U q , (5) ∆V = Vf − vi = Uf q − Ui q = ∆U q , (6) 3 Superfí ies Equipoten iais Figura 1: Poten ial em um dipolo. Os pontos que perten em a uma superfí ie equipo- ten ial possuem o mesmo poten ial elétri o. O traba- lho realizado sobre uma arga de prova para deslo á-la de uma superfí ie equipoten ial para outra não de- pende da lo alização dos pontos ini ial e �nal nem da trajetória entre os pontos. O ampo elétri o ~E é sempre perpendi ular à superfí ie equipoten ial or- respondente. 4 Cál ulo de V a partir de ~E A diferença de poten ial elétri o entre dois pontos i e f é Vf − Vi = − ∫ f i ~E · d~s, (7) 5 Poten ial produzido por argas pontuais O poten ial elétri o produzido por uma arga pontual a uma distân ia r da arga é dado por: V = 1 4πǫ0 q r , (8) 2 Exemplo 1: Qual é o valor do poten ial elétri o no ponto P , situado no entro do quadrado de argas pontuais que apare e na Figura abaixo? A dis- tân ia d é 1.3m e as argas são: q1 = +12nC, q2 = −24nC, q3 = +31nC e q4 = +17nC. Figura 2: Poten ial elétri o na origem. onde V tem o sinal de q. O poten ial produzido por um onjunto de argas pontuais é dado por: V = n∑ i=1 Vi = 1 4πǫ0 n∑ i=1 qi ri , (9) 6 Poten ial produzido por um dipolo elétri o A uma distân ia r de um dipolo elétri o om um momento dipolar elétri o p = qd, o poten ial elétri o do dipolo é dado por: Figura 3: Poten ial em um dipolo. V = 1 4πǫ0 n∑ i=1 p cos θ r2 (10) para r ≫ d; o ângulo θ é de�nido na Fig 1. 7 Poten ial por uma distribuição ontí- nua de argas A equação 9 se torna: V = 1 4πǫ0 ∫ dq r (11) onde a integral é al ulada para toda a distribuição. 3 7.1 Linha de Cargas A �gura abaixo mostra uma barra �na não- ondutora de omprimento L possui uma densidade linear de argas positivas λ. Vamos determinar o poten ial elétri o V pro- duzido pela barra no ponto P , situado a uma distân ia perpendi ular d da extremidade esquerda da barra. Figura 4: Uma barra �na uniformemente arregada. dq = λdx (12) Este elemento produz um poten ial dV no ponto P , que está a uma distân ia r = (x2 + d2)1/2 do elemento. Tratando o elemento omo uma arga pontual podemos utilziar a seguinte equação: dV = 1 4πǫ0 dq r = 1 4πǫ0 λdx (x2 + d2)1/2 (13) V = ∫ dV = λ 4πǫ0 ∫ L 0 dx (x2 + d2)1/2 = λ 4πǫ0 [ ln(x+ (x2 + d2)1/2) ]L 0 V = λ 4πǫ0 ln L+ (L 2 + d2)1/2) d (14) 7.2 Dis o Carregado Figura 5: Um dis o arregado de raio R om densidade de ar- gas σ. Vamos obter para V (z), o poten ial elétri o em um ponto qualquer do eixo entral. Consideramos um elemento de área onstituído por um anel de raio R ′ e largura dR ′ . A arga deste elemento é dada por: dq = σ(2πR ′ )(dR ′ ) (15) onde (2πR ′ )(dR ′ ) é a área do anel. Como o ponto P está sobre o eixo entral, todas as partes do elemento de arga estão à mesma distân ia r do ponto. Es revemos a ontribuição desse anel para o poten ial elétri o no ponto P na forma: 4 dV = 1 4πǫ0 dq r = 1 4πǫ0 σ(2πR ′ )(dR ′ )√ z2 + R′2 (16) V = ∫ dV = σ 2ǫ0 ∫ R 0 R ′ dR ′ √ z2 + R′2 = σ 2ǫ0 ( √ z2 +R2 − z) (17) 8 Cál ulo de ~E a partir de V A omponente de ~E em qualquer direção é o negativo da taxa de variação do poten ial om a distân ia na direção onsiderada: E = −∂V ∂s , (18) As omponentes x, y e z de ~E são dadas por: Ex = − ∂V ∂x ; Ey = − ∂V ∂y ; Ez = − ∂V ∂z , (19) Se ~E é uniforme, a equação 12 se reduz a: E = −∆V ∆s , (20) onde s é a direção perpendi ular às superfí ies equipoten iais. O ampo elétri o é zero na direção paralela às superfí ies equipoten iais. 9 Energia poten ial elétri a de um sistema de argas pon- tuais A energia poten ial elétri a de um sistema de argas pontuais é igual ao tra- balho ne essário para montar o sistema om as argas ini ialmente em repouso e a uma distân ia in�nita umas das outras. Para duas argas separadas por uma distân ia r, U = W = 1 4πǫ0 q1q2 r (21) 5 Exemplo 2: A Figura abaixo mostra três argas pontuais mantidas �xas no lugar por forças não-espe i� asas. qual é a energia potan ial elétri a U desse sistema de argas? Suponha que d = 12cm e que: q1 = +q, q2 = −4q e q3 = +2q, onde q = 150nC. 10 Poten ial de um ondutor arregado Em equilíbrio, toda a arga em ex esso de um ondutor está on entrada na superfí ie externa do ondutor. a arga se distribui de tal forma que o poten ial é o mesmo em todos os pontos do ondutor. 6
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