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Neurologia - Resumo de Semiologia Neurológica, síndromes neurológicas e HIC

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NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
E s t u d o b a s e a d o e m M o n i t o r i a 
N a t a n i L e i t e 
 
 
 
0 1 / 0 1 / 2 0 1 7 
Caroline Sucharski Vienscoski 
N1 
 
NEUROLOGIA 
N1 
Caroline Sucharski Vienscoski 
 
Monitoria Natani Leite | 
Complemento de Monitoria 
1 
Princí pios fundamentais em Neurologia 
Para poder entender melhor como funciona a neurologia, é necessário relembrar alguns conceitos básicos que 
aprendemos em neuroanatomia e neurofisiologia, assim, fica mais fácil de compreender os mecanismos de 
lesão! 
 
O SISTEMA NERVOSO CENTRAL: é dividido em duas porções: 
 
 
 
 ENCÉFALO (intracraniana) MEDULA ESPINAL (extracraniana) 
(Telencéfalo+diencéfalo) CÉREBRO SUBSTÂNCIA BRANCA 
(Verme cereb. e hemisf.)CEREBELO SUBSTANCIA CINZENTA 
 TRONCO ENCEFÁLICO 
 
 
 
 
MESENCÉFALO PONTE BULBO 
 
 Mas onde está a medula? DENTRO DO CANAL VERTEBRAL, ou seja: “Dentro da coluna vertebral” 
 Então a medula espinal é aquela que se localiza DENTRO, do canal vertebral! 
 E é na MEDULA que os nervos espinhais estão! 
 
NERVOS ESPINHAIS: São aqueles que fazem conexão com a medula espinal. 
 
 RESPONSÁVEIS PELA INERVAÇÃO DO TRONCO, MEMBROS E PARTES DA CABEÇA. 
Os nervos espinhais são ao todo 31 pares que correspondem aos 31 segmentos medulares 
existentes. 
 8 pares de Nervos Cervicais 
 12 pares de Nervos Torácicos 
 5 pares de Nervos Lombares 
 5 pares de Nervos Sacrais 
 1 pares de Nervos Coccígeos 
A medula espinal termina em L2, nesse ponto ela terá ramos, que vão continuar formando nervos! 
 
Então abaixo da L2 surgem os nervos sacrais e por fim se unem formando a cauda equina. 
NEUROLOGIA 
N1 
Caroline Sucharski Vienscoski 
 
Monitoria Natani Leite | 
Complemento de Monitoria 
2 
 Essa é uma imagem de um nervo espinhal, que é formado pela união das raízes: dorsal (sensitiva) e 
ventral (motora). Então, como os nervos espinhais são sensitivos e motores, eles são mistos! . 
 
- Radícula: formam as raízes anterior e posterior. 
 
 
 
 
 Corno Anterior: motoneurônio 
 Corno Posterior: neurônios sensoriais 
 Comissura Cinzenta: onde fica o canal central ou canal ependimário 
 
Então aqui só pra situar, e relembrar! 
O corpo celular é quem recebe os estímulos, ele 
é quem fica no CENTRO, e CENTRO É CINZA 
(CC), é quem tem FORMA DE DE H, Já o axônio 
precisa levar as informações, ele é o carregador, 
ele só pode vir depois do cinza, então ele é a 
SUBSTANCIA BRANCA. 
PARA GRAVAR, VAMOS LEMBRAR ENTÃO DO CARRO: 
 Onde está o motor? NA FRENTE! Então a raiz ANTERIOR FICA A PARTE MAIS IMPORTANTE DO CARRO, 
QUE É A RAIZ MOTORA! Faz o movimento do músculo! 
 
 Então só sobra a parte traseira do carro, ela é a: Raiz POSTERIOR, atrás é que se tem a SENSIBILIDADE! 
 
TEM FORMA DE 
H e é dividida 
em 3 partes! 
Axônios ou fibras 
nervosas que 
envolver o H, ou a 
substância cinzenta 
CORNO POSTERIOR 
CORNO ANTERIOR 
MOTOR fica 
na frente!!! 
NEUROLOGIA 
N1 
Caroline Sucharski Vienscoski 
 
Monitoria Natani Leite | 
Complemento de Monitoria 
3 
Para relembrar!! 
 Todas essas características nos nervos cranianos, mas assim como eles se dividem em 31 pares para 
inervar todos os segmentos mais “externos” do nosso corpo, que é o SEGMENTO EXTRACRANIANO, ele 
também se divide em mais 12 pares de nervos cranianos QUE É O SEU SEGMENTO INTRACRANIANO, que 
serve para dar movimento e sensibilidade para diversos órgãos necessários para viver! Então agora 
vamos falar dos seguimentos INTRACRANIANOS a seguir: 
 
 
1. Organização do SNC 
O SNC é constituído por uma porção intracraniana, o encéfalo, e por uma porção que se situa no 
interior do canal vertebral, a medula espinhal. . 
 
 
 RAIZ POSTERIOR 
OU AFERENTE 
RAIZ ANTERIOR 
OU EFERENTE 
NEUROLOGIA 
N1 
Caroline Sucharski Vienscoski 
 
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Complemento de Monitoria 
4 
 
Encéfalo: conjunto de tecidos nervosos dentro da caixa craniana, pode ser dividido em três 
grandes estruturas: 
 Cérebro (formado pelo telencéfalo e pelo diencéfalo), 
 Cerebelo (na parte posterior no encéfalo, na nuca) 
 Tronco encefálico (formado por mesencéfalo, ponte e bulbo). 
Tronco cerebral  é formado pelo mesencéfalo, ponte e bulo: 
É aonde se encontram os núcleos motores e sensitivos dos nervos cranianos, tratos ascendentes, 
descendentes e formação reticular (ciclo sono-vigília). 
1. Mesencéfalo: 
o Situam-se acima da ponte no limite superior da fossa posterior, que é limitada superiormente pela 
tenda do cerebelo e inferiormente pelo forame magno. 
o Importante para o movimento ocular, controle postural subconsciente, regula a consciência! 
o Estruturas: pedúnculos cerebrais e corpos quadrigêmeos (ant: visão / post: audição) 
 
2. Ponte 
o Situa-se acima do bulbo e tem importantes conexões com o cerebelo que se localiza posteriormente a ela. 
o A ponte não liga um lado ao outro? É exatamente isso que ponte faz, ela liga o minicérebro que é o 
mesencéfalo ao bulbo, que atua como o centro de várias funções vitais, é como se fosse esse caminho: 
o Minicérebro manda a informação, a ponte leva a informação e o bulbo é quem decide que há necessidade 
daquilo ou não, é graças a isso que você estuda respirando, coração batendo e a pressão controlada (pelo 
menos tentando)! 
o Pra carregar uma informação é necessário uma estrada: muitos neurônios que transmitem as informações 
que chegam no córtex até o cerebelo. Também precisa de ponte pra levar as informações pra medula. 
E 
N 
C 
É 
F 
A 
L 
O 
NEUROLOGIA 
N1 
Caroline Sucharski Vienscoski 
 
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o É na ponte que ocorre a inversão da lateralidade das inervações motoras proveniente dos hemisférios 
direito e esquerdo! SIM, É UMA PONTE TIPO EM X. 
3. Bulbo ou medula oblonga 
o Continuação superior da medula espinhal e situa-se logo acima da transição crânio-vertebral. 
o As fibras cruzam de modo que cada lado do cérebro fique conectado com o lado oposto do corpo (corpo 
caloso). 
o CONTROLE DAS FUNÇÕES VITAIS NÉ? Coração, pressão, respiração... E você nem precisa pensar pra que elas 
aconteçam! 
No meio da cabeça existe duas divisões principais: o meio que é o sulco central, e um corte nesse meio que 
divide em giro pré central e giro pós central 
Giro pós central 
 
Giro pré central 
 Giro central 
Cerebelo: responsável pela aprendizagem motora, controle do tônus muscular e manutenção do 
equilíbrio e da postura. É anatomicamente dividido em verme cerebelar e hemisférios cerebelares. 
Diencéfalo: formado pelo tálamo e hipotálamo. 
o Tálamo  grande massa cinzenta que processa a maior parte das informações aferentes que se 
destinam aos hemisférios cerebrais. Então tudo que chega no córtex passa primeiro pelo tálamo. 
o Hipotálamo  responsável pela homeostase, pois controla a secreção endócrina e o sistema 
neurovegetativo e também participa na regulação das emoções e de alguns comportamentos 
relacionados ao meio exterior. Todo o sistemaneurovegetativo autônomo, simpático, parassimpático e 
a secreção endócrina quem controla é o hipotálamo. 
 
Agora que relembramos e entendemos como funciona o Sistema nervoso central, vamos entender como 
funcionam as alterações nas pessoas! 
 
 
2. Déficit de força muscular (PROVA)- TEM QUE SABER DO ÍNICIO AO FIM 
Em um paciente com queixa de déficit de forca muscular, onde pode estar à lesão? 
O professor pode cobrar de diversas formas, ele pode dar a clínica do paciente e perguntar onde está a 
lesão, ou ele vai te dar uma lesão e vai perguntar qual é a clínica daquele paciente! 
Toda vez para gerar um movimento, essa informação parte do CÓRTEX – é consciente, então essa 
informação é como uma estrada, por onde a minha informação vai passar e ai vai chegar até o músculo, 
então o músculo vai executar o movimento, mas, a informação vem lá de cima! 
NEUROLOGIA 
N1 
Caroline Sucharski Vienscoski 
 
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E esse trajeto é formado por quem? É por um neurônio muito importante, o NEURONIO MOTOR 
SUPERIOR OU TRATO PIRAMIDAL – ele é o mais importante, ele faz sinapse com o segundo neurônio, que 
é conhecido como segundo neurônio ou MOTONEURÔNIO, é o que pega a informação na medula e leva 
ela até o músculo, Alteração da força muscular então só pode ser em um desses três locais: ou o músculo 
não movimenta por problema na junção neuromuscular, ou porque eu tive uma lesão a nível do 
motoneurônio, ou eu tive uma lesão do neurônio motor superior, trato piramidal que tem outra clínica: 
o 
o Nos neurônios motores superiores ou 1º NEURÔNIO MOTOR 
 
 Neurônios motores inferiores ou 2º neurônio motor ou 
MOTONEURÔNIO. 
o 
o 
o 
o 
o Músculos e JUNÇÕES NEUROMUSCULARES 
 ENTÃO A MINHA LESÃO PODE ACONTECER EM QUALQUER UM 
DESSES LUGARES 
Alguns termos: 
o Plegia: perda total da força muscular (paralisia). 
o Paresia: apenas redução da força muscular (fraqueza), DIMINUIÇÃO DA FORÇA. 
o Parestesia: sensação espontânea anormal, descrita como “formigamento”, “agulhada”, “ferroada”. 
o Hemiparesia ou hemiplegia: fraqueza ou paralisia de um lado do 
corpo. 
o Fascial: acomete face. 
o Braquial: acomete membros superiores. 
o Crural: acomete membros inferiores. 
o Tetraparesia ou tetraplegia: fraqueza ou paralisia dos quatro 
membros. 
o Paraparesia ou paraplegia: fraqueza ou paralisia dos dois MMSS ou 
MMII. 
o Ipsilateral: do mesmo lado - Contralateral: do lado oposto. 
o Hipoestesia: redução da sensibilidade 
o Anestesia: perda total da sensibilidade. 
o Hiperestesia: dor ou aumento da sensibilidade em resposta ao 
toque. 
A lesão nos músculos e junções neuromusculares 
geralmente afeta segmentos simétricos e porções proximais 
dos membros. -> mais a título de conhecimento! 
LEMBRAR: 
PARESIA: MOTOR, então é 
relacionado a FORÇA 
PARESTESIA: SENSIBILIDADE, 
então está relacionado à 
alteração da sensibilidade! 
NEUROLOGIA 
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Caroline Sucharski Vienscoski 
 
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MOTONEURÔNIO LEVAR A 
INFORMAÇÃO: 
Comunicar quem? 
A MINHA MEDULA COM O MEU 
MÚSCULO! 
 
COMEÇA NO CORNO ANTERIOR DA 
MEDULA, CAI NA PROVA! 
 
Lembra do motoneurônio? É O CORNO ANTERIOR DA SUBSTÂNCIA CINZENTA! 
Ele fica lá dentro do H, que é o CENTRO CINZENTO NA MEDULA! É MOTO 
PORQUE A MOTO FICA NA FRENTE!!!!!!!!!!!! 
O neurônio motor inferior ou motoneurônio tem seu corpo localizado: 
Corno anterior da medula -> raiz anterior -> plexo nervoso -> nervo espinhal (são 31 pares de nervos 
espinhais) -> nervos periféricos. 
Qualquer um desses locais vai ter alteração do motoneurônio, mas cuidado, porque na medula 
espinal existe também o corno posterior que ela está relacionado a parte SENSITIVA, então se o 
professor falar: teve lesão de nervo espinhal: teve de motoneurônio mas também teve de sensibilidade!!! 
Na medula ainda temos os nervos cranianos, temos mas 12 pares de nervos cranianos, mas o que 
é importante saber sobre isso? 
É que MOTONEURONIO, que é relacionado a FORÇA E MOTRICIDADE NÃO CRUZA! Ele sai de um 
lado da medula e cada seguimento vai sair uma raiz de um nível, A CLÍNICA DO PACIENTE DE 
MOTONEURONIO É ALTERAÇÃO DO MESMO LADO ONDE FOI A LESÃO! 
A lesão no n. motor inferior levará a: Quando existe lesão do n. motor inferior ou motoneurônio, o 
paciente irá apresentar uma paralisia tipo flácida sendo observado no exame físico paralisia e flacidez 
(hipotonia) ou atonia -> síndrome MOTORA periférica, porque está lesando nervo periférico. 
 Núcleos motores dos nervos cranianos e ficam localizados lá no meu cérebro! 
 Ex. o n. VII é um nervo craniano de componente motor. 
 O núcleo do n. VII está na ponte e lá terá o n. motor inferior que vai inervar os músculos da face. 
 Movimentos finos, delicados e precisos. 
 Músculos de força. Ex: no gastrocnêmio há cerca de 2000 fibras musculares por unidade motora, 
porque este é um músculo que só realiza um tipo de movimento, sendo necessário mais de força do 
que precisão em seus movimentos. 
MOTOR fica 
na frente!!! 
NEUROLOGIA 
N1 
Caroline Sucharski Vienscoski 
 
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NEURÔNIOS MOTORES SUPERIORES ou 1 NEURONIO MOTOR 
Nasce lá no SNC (encéfalo e medula), especificamente: região do córtex cerebral 
Ele saí lá no meu CÓRTEX e ele vai atuar sobre os motoneurônios lá no corno anterior. Vai levar a 
informação lá de cima, a essas vias de comunicação que temos, nós chamamos elas de TRATOS E 
FASCÍCULOS! 
 Importante: TRATO corticoespinhal ou trato 
piramidal, dai o nome síndrome piramidal e paralisia 
espástica. Ele LEVA no o nome de onde ele sai para 
onde ele vai 
 Então todas as vezes que eu falar em trato 
corticoespinhal eu estou falando de uma via de 
condução nervosa relacionada a motricidade central 
comunico o meu córtex na minha medula com um 
neurônio que é o primeiro neurônio motor. 
 
Seus axônios formam os tratos encefaloespinhais que 
CRUZAM nas pirâmides (região inferior do bulbo). 
Posso ter lesão piramidal acima do cruzamento e abaixo! 
SE a lesão for abaixo, vou ter lesão do motoneurônio e aí a 
clínica vai ser do mesmo lado!! 
Mas se a lesão for ACIMA, será CONTRALATERAL (FLEXA 
VERMELHA! Na prova ele vai falar que o paciente levou um 
tiro na cabeça, ele não vai te confundir! Então aí você já 
sabe que a lesão nesse paciente é a nível de 1 neurônio! 
 O tálamo é um grande órgão sensitivo, por isso então não tem neurônio motor. 
 Isso é importante porque é nesse ponto que teremos uma grande variação entre a clínica e 
sintomas. 
Então qualquer lesão no n. motor superior acarretará em paralisia espástica, a característica 
dela é uma hiperreflexia do membro é a Síndrome Piramidal onde reflexos ficam exaltados. O tônus 
fica aumentado, é o que chamamos de liberação piramidal. É que o trato piramidal exerce inibição e 
controle sobre os motoneurônios e sua lesão leva a hiperreflexia. O músculo fica duro, rígido! 
 ACIMA DA DECUSSAÇÃO: CLÍNICA É CONTRALATERAL A LESÃO 
 DECUSSAÇÃO 
 ABAIXO DA DECUSSAÇÃO: CLÍNICA É IPSILATERAL A LESÃO. 
NÃO CONFUNDA: 
ACIMA: CONTRA 
ABAIXO: IPSI 
NEUROLOGIA 
N1 
Caroline Sucharski Vienscoski 
 
Monitoria Natani Leite | 
Complemento de Monitoria 
9 
O objetivo da aula será tentar identificar onde se encontra a lesão, ou seja, fazer o diagnostico 
topográfico em neurologia.As fibras que não decussão formam o trato corticoespinhal anterior e lateral ipsilateral, que 
terminam em motoneurônios (ipsilateral). 
Um paciente com queixa de monoparesia crural pode ter lesão em neurônios motores superiores 
(piramidal) ou em motoneurônios (neurônios motores inferiores). Como diferenciá-los? Através do 
reflexo miotático que tem por base o arco reflexo que surge quando o músculo é estirado rapidamente. 
3. Reflexo- TEM que procurar na prova onde vai estar o reflexo. 
O que é o reflexo? 
ARCO REFLEXO: É a contração BRUSCA do músculo quando este é submetido ao estiramento 
rápido, é aquilo que você fica fazendo na aula de neurologia quando fica batendo o martelinho. 
 O estímulo é volutário e consciente -> quando você bate com o martelinho 
 O reflexo é involuntário -> é o pulinho que o membro faz quando você bate o martelinho. 
Para o arco reflexo acontecer, eu preciso do meu músculo intacto e preciso do meu neurônio sensitivo e 
motor, então os cornos anteriores e posteriores também devem estar íntegros, e o motoneurônio 
também, obviamente, precisa estar funcionando. 
Então qualquer lesão nesses pontos, GENTE, O REFLEXO NÃO VAI EXISTIR. 
MACETE: PRIMEIRO VEM AÇÃO DEPOIS VEM A EMOÇÃO! Ou seja amigo, primeiro você faz a merda, 
depois você sofre com aquilo RS!!! -> Estímulo é voluntário, eu fui eu quis, mas a emoção é involuntária, 
porque mesmo que você não queira sentir nada, vc vai sentir. 
Reflexos Profundos  indicam lesão no MOTONEURÔNIO ou nas MIOPATIAS ou LESÕES DOS 
NERVOS SENSITIVOS PSEUDO UNIPOLARES. 
Nas miopatias e lesões dos motoneurônios ocorrem hipotonia, pois o reflexo ao estiramento esta 
reduzido ou abolido, pode também surgir em lesões cerebelares, e lesões agudas medulares. 
Arreflexia ou hiporreflexia ocorrem quando há comprometimento do arco reflexo, ou seja, nas 
miopatias, nas lesões dos motoneurônios e lesões dos neurônios sensitivos pseudo unipolares. 
Tono muscular  é a contração basal do músculo. 
Quando ocorre lesão no meu neurônio superior, eu NÃO TENHO O REFLEXO COMPROMETIDO, mas 
acontece um fenômeno chamado de liberação piramidal, porque na síndrome piramidal vamos ter 
hipertonia, porque a mobilização passiva estimula os fusos musculares e o arco reflexo, sendo assim, a 
contração reflexa é mais acentuada (espasticidade). Pode aparecer o sinal do canivete. 
 
NEUROLOGIA 
N1 
Caroline Sucharski Vienscoski 
 
Monitoria Natani Leite | 
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Quais são as características de uma hiperreflexia? 
 
 Clonos (esgotável/inesgotável) - série de contrações musculares involuntárias devido a um 
estiramento passivo súbito. É FISIOLÓGICO esgotável, mas o que você tem que saber é o 
inesgotável, seria tipo um espasmo muscular só que bem exaltado. 
 Reflexos policinéticos – uma percussão desencadeando contrações repetidas do mesmo grupo 
muscular. Aqui seria tipo o primeiro, só que a diferença é que aqui você estimula qualquer ponto, 
e todos os músculos próximos ao esse estímulo vão ficar pulando... 
 Exaltação dos reflexos – é quando você dá uma batidinha de leve e o membro vem com tudo... 
 Aumento de área – percute no tendão e aí tem um aumento da área. 
 
Então, pra resumir tudo isso que estamos tentando falar até agora e É EXATAMENTE O QUE VOCÊ 
PRECISA SABER ESTÁ DESCRITO NESTA TABELA: 
LESÃO Tono Reflexos Trofismo Outros 
SÍNDROME PERIFÉRICA 
Motoneurônio 
 
 ↓ 
Membro Flácido 
(membro mole) 
Diminuídos 
Ausentes 
Amiotrofia Fasciculações 
Em lesões de 
Motoneurônios 
SÍNDROME PIRAMIDAL 
Neurônio Superior 
 ↑ 
Membro Espástico 
(membro rígido) 
Hiperreflexia 
Aumentados 
*devido ao fenômeno 
LIBERAÇÃO PIRAMIDAL 
Normal ou pouco 
Afetados 
S. Babinski 
Cutâneo- 
Abdominal 
Abolidos 
 
Reflexos Superficiais  indicam lesão do N. MOTOR SUPERIOR. 
Só existem dois reflexos superficiais, todos os outros são profundos, então aprendam esses dois e 
qualquer outro reflexo vocês já saberão que é profundo! 
 
Reflexo cutâneo-plantar  no primeiro ano de vida temos o reflexo em 
extensão do hálux, acompanhado ou não dos outros artelhos (mielinização 
incompleta do trato piramidal). Após o primeiro ano a estimulação causa 
flexão plantar dos artelhos. A imagem representa um sinal de babinski 
alterado, porque o normal é a flexão plantar, se tem flexão dorsal aí tá errado, 
é a mesma coisa que extensão, alterado, babinski +. 
NEUROLOGIA 
N1 
Caroline Sucharski Vienscoski 
 
Monitoria Natani Leite | 
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11 
ENTÃO: Na lesão dos neurônios superiores, OU LESÃO NO TRATO PIRAMIDAL, o reflexo CUTÂNEO 
PLANTAR vai ser em extensão e é denominado sinal de Babinski. Não existe sinal de babinski 
negativo!!!!! 
Reflexos cutâneo-abdominais  a estimulação da pele da parede abdominal acarreta contração 
dos músculos causando desvio da linha alba e da cicatriz umbilical para o lado estimulado. Na lesão do 
trato piramidal há abolição desses reflexos. 
ENTÃO: Na lesão dos neurônios superiores, OU LESÃO NO TRATO PIRAMIDAL, o reflexo CUTÂNEO 
ABDOMINAL vai ser em ABOLIDO, não tem denominação de sinal. 
4. Choque medular 
Normalmente cai pouco, mas se cair na prova, será relacionado a um paciente que sofreu um trauma 
grande e vai ter os seus reflexos ausentes, aí tudo nesse paciente é ausente, aí esse paciente tem 
AUSENCIA DO SINAL DE BABINSKI, PORQUE O PÉ NÃO FAZ NENHUM TIPO DE REFLEXO, e também vai 
apresentar abolição do reflexo patelar.. ou pode ser de outros reflexos.. Isso depende da altura de que 
for a lesão! 
  A lesão medular aguda leva a abolição dos reflexos e às vezes é difícil distingui-las da síndrome 
periférica. 
 Após três semanas em média a Sd. Piramidal aparece. – O que vai interessar pra neuro é isso, o 
que vai aparecer nesse paciente depois de três semanas. 
 No diagnostico topográfico os distúrbios da sensibilidade ajudam muito. 
 
5. Distúrbios da Sensibilidade 
Então tudo que falamos daqui pra cima se relacionam com a parte motora, agora vamos falar sobre os 
distúrbios da sensibilidade! 
Eu me comunico com o meio externo através dos meus receptores, pra nós só interessa dois tipos de 
sensibilidade: 
 Exteroceptiva: visão, audição, sensibilidade cutânea, olfato, paladar. O estímulo vem de fora do 
corpo. 
 Proprioceptiva (cinético-postural): noções de posição do corpo no espaço. Se eu fechar o meu 
olho eu sei onde a minha mão está! 
 
Prolongamentos periféricos 
Nervo espinhal 
Gânglio da raiz dorsal 
Raiz posterior 
Corno posterior 
 
NEUROLOGIA 
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Caroline Sucharski Vienscoski 
 
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Quando o professor cobrar de vocês distúrbios de sensibilidade, ele quer saber o distúrbio correlacionado 
a duas vias centrais, é como se fosse dois tratos diferentes. Aqui estamos falando de tratos e fascículos! 
As sensibilidades são distribuídas em duas vias centrais: Trato espinotalâmico lateral 
 Fascículos grácil e cuneiforme 
 
Trato espinotalâmico lateral 
 Térmica 
 Dolorosa 
 Sensibilidade táctil grosseira não discriminativa. 
Cruzam no mesmo nível que entram, passando perto do canal medular. CHEGA-CRUZA-SOBE 
Para lembrar, porque vai cair: TEL são as iniciais desse trato, isso não te lembrar do TBL que tem 
na aula? Então, o TBL, é uma aula que dá calor, dói as costas pela cadeira, dói a cabeça, dói 
tudo.. É isso, porque no TBL suas sensibilidades térmicas e dolorosas grosseiras não 
discriminativa (você nem sabe especificar de tantas coisas, que é indiscriminativa...)Então haverá como ocorrer lesão abaixo do cruzamento do trato espinotalâmico lateral? NÃO EXISTE! 
Na hora que ela chega, ela já cruza, a lesão SEMPRE SERÁ ACIMA!! 
 
Clínica: sensibilidade tátil grosseira discriminativa contralateral, anestesia térmica contralateral 
e dolorosa contralateral da lesão. 
 
Fascículo grácil e cuneiforme 
 Sensibilidade proprioceptiva ou profunda; 
 Sensibilidade vibratória; 
 Tátil discriminativa (mais fina e delicadas); 
 Dor a compressão profunda; 
 
Ficam no funículo posterior, se a gente sabe que o motor vem na frente e é anterior, logo sabemos que 
sensibilidade é atrás e logo é posterior. 
 
Todo mundo já viu um cone na vida! Lembra daquele chapéu que você coloca na cabeça em festa de 
crianças? Poisé... Aquele negócio pinica na cabeça, aí pra segurar ele tem que usar uma cordinha de 
elástico.. Essa cordinha aperta a papa e dói, porque fica apertando pra segurar, então daqui vem a dor a 
compressão pronfunda, e você sente e sabe que aquilo está na sua cabeça, isso é a propriocepção, você 
tem noção das coisas mesmo que você não esteja vendo, 
 
Cruzam na porção inferior do bulbo. 
 
ABAIXO DO BULBO: DO MESMO LADO - IPSILATERAL 
ACIMA DO BULBO: CONTRALATERAL 
 
Então lesões acima do cruzamento produzem alterações contralaterais e lesões abaixo 
produzem alterações ipsilaterais. 
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Caroline Sucharski Vienscoski 
 
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6. Distúrbios do Equilíbrio e da Coordenação 
CAI MUITO NA PROVA! Ou questão aberta ou fechada! 
 
Ataxia – perda da coordenação e do equilíbrio dos movimentos musculares voluntários. 
 
 Pra ter movimento eu não preciso só de força, eu preciso saber se esse movimento esteja sendo 
modulado e sai certo, fino, preciso e perfeito! 
 
•Equilíbrio: Testa-se a marcha (eq. Dinâmico) e a postura ereta (eq. Estático) 
O estático é ele ficar parado e em pé, o dinâmico é quando eu mando ele caminhar, ir e voltar. 
 
•Coordenação dos movimentos 
–Prova índex – nariz 
–Prova índex – índex 
–Prova calcanhar – joelho 
–Diadococinesia (Prova de movimentos alternados e sucessivos) brincadeira do 
socosoco bate-bate... Disdiadocinesia é que está alterado – PRESTA ATENÇÃO 
 
Peço pro paciente fechar os olhos e ficar em pé.. 
 
1.Ataxia sensitiva 2. Ataxia cerebelar 3. Ataxia vestibular 4.Ataxia frontal 
 
 
1. Ataxia Sensitiva – perda da propriocepção 
 
–Marcha talonante ou calcaneante é aquela marcha do soldado, isso acontece porque ele não tem 
noção do espaço dele no espaço 
–Romberg + quando ele está com o olho aberto, ele corrige com a visão, com os olhos fechados ele 
começa a cair e o romberg fica positivo! 
–Piora muito quando fecha os olhos, porque ele não consegue mais corrigir! 
–Erro de direção é a característica marcante. 
 
FASCICULO GRÁCIL E CUINEIFORME: SENSITIVO! Lembra, é posterior! 
 
Causas: lesão das raízes dorsais (Tabes dorsilis, Polirradiculoneurites) ou dos cordões posteriores 
da medula (Esclerose múltipla). 
 
2. Ataxia Cerebelar 
 
Cerebelo percebe a diferença de quase todas as partes do nosso corpo, porque o cerebelo modula! 
Então esse paciente vai ter alteração do equilíbrio e coordenação! 
–Marcha ebriosa (desvio p/ o lado lesado quando lesões unilaterais) – marcha do bêbado, sem sentido! 
–Romberg negativo - porque ele com o olho aberto ou fechado ele continua com a dança dos tendões 
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–Nistagmo + (falta de coordenação dos mm.) – é quando o olho fica “tremendo” altera a coordenação 
dos músculos oculares! 
–Dança dos tendões e ampliação da base de sustentação 
–Erro de medida e decomposição do movimento QUADRO DE UMA PESSOA BEBADA 
–Disdiadococinesia , NÃO FAZ DOIS MOVIMENTOS 
SUCESSIVOS E ALTERNADOS 
–Dismetria : ele não consegue atingir um alvo! 
 
 Verme cerebelar (musculatura axial): Distúrbios de equilíbrio. Ocorre a dança dos tendões, 
ampliação da base de sustentação. 
 
 Hemisférios cerebelares: Distúrbios da coordenação da motricidade voluntária dos membros. 
Não conseguirá fazer o planejamento motor. Erro de medida, decomposição do movimento e 
disdiadococinesia. 
 
O VERME NÃO SE MECHE, ENTÃO É EQUILÍBRIO, HEMISFÉRIO NÃO TEM DOIS? PORQUE NÓS 
TEMOS DOIS LADOS DO CORPO, SE FOSSE SÓ UM LADO, ERA SÓ UM HEMISFÉRIO! 
 
ATENÇÃO: Cada hemisfério cerebelar está ligado à motricidade do hemicorpo ipsilateral 
 
3. Ataxia Vestibular – lesão do n. VIII ou do labirinto. 
 
–Marcha com desvio para o lado lesado e alargamento da base que forma a figura de uma estrela: 
Marcha estrelar. O paciente literalmente anda um passo pra frente, um passo pra traz, formando uma 
estrela! 
–Romberg + com latência: pseudoromberg, ele tem tente a cair pro lado!! 
–Nas labirintopatias a queda ocorre para o lado lesado. 
–Nas lesões centrais (via central do n. VIII) a queda é variável. 
–Nistagmo vestibular. 
–Nas lesões centrais o nistagmo é variável. 
 
Causas: principalmente labirintopatias (vertigem) 
 
4. Ataxia Frontal - lesões em regiões do lobo frontal 
 
É o que menos cai! 
 Marcha em pequenos passos ou passos hesitantes. 
 Tendência a flexão do tronco 
 Perseveração motora 
 Apraxia da marcha (perda da capacidade de realizar ato motor previamente aprendido 
marcha). 
 
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Tabela Comparativa das ATAXIAS: 
 
 
7. Distúrbios visuais da motricidade ocular 
PROVA: 
Alterações de campo visual podem ocorrer por patologia: 
 
•Dos meios de refração (NÃO) 
•Da retina (NÃO) 
•Das vias ópticas É O QUE VAMOS ESTUDAR! 
 
Como funciona: 
 A retina está localizada de tal forma que subdivide-se em 
nasal e temporal, o campo visual nasal, estimula a retina 
temporal, o campo temporal estimula a retina nasal, é 
cruzado. 
Meu campo visual do lado esquerdo por exemplo, estimula 
a retina nasal do olho esquerdo e a temporal do olho direito. 
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O nervo Óptico está disposto da forma que os estímulos que chegam nas retinas nasais vão cruzar no 
quiasma optico no lado oposto, de forma que todos os estímulos do lado direito do campo visual 
chegam no hemisfério esquerdo. Se eu lesar o nervo optico direito vai ter amaurose a direita. Tanto 
nervo craniano quanto espinhal não cruzam. 
A lesão do quiasma optico geralmente lesam as fibras que cruzam, as fibras estão por baixo então vão 
ser mais lesados, essas fibras são de quais retinas: nasais que enchergam os campos temporais, o 
paciente então vai deixar de enxergar a periferia, uma visão que agente chama de tubular. Depois do 
quiasma vem o tracto óptico, radiações opticas e córtex visual. O que ocorre se lesar o tracto a direita: o 
paciente deixa de ver todo hemicampo esquerdo, das radiações e do córtex a mesma coisa. Padrões de 
lesões: Imagens 
O PROFESSOR VAI QUERER SABER A 
ALTERAÇÃO NO CAMPO VISUAL, PORQUE ELE 
É NEUROLOGISTA E NÃO OFTALMO! 
Lesão A: Lesão do n. óptico: vai ter uma 
amaurose do olho direito. 
Lesão B: Lesão do quiasma óptico: Vai ter a 
lesão tubular, hemianopsia heteronima 
bitemporal. Ele vai deixar de enxergar na 
periferia! 
Lesões do tracto, radiações e córtex: 
Hemianopsia homônima direito ou esquerdo, 
depende do lado lesado lembrando que é 
contralateral o campo visual. 
 
OBS: na prova prestar atenção se eu vou por parcial ou não a lesão, se for parcial: hemianopsiahomônima contralateral. Se for completa: hemianopsia homônima contralateral, se eu por lesão das 
radiações do lado esquerdo, quero que vocês coloquem, hemianopsia homônima direita, se eu não 
perguntar nada põem contralateral ou ipsilateral. E o córtex visual primário, o que o paciente vai ter, 
hemianopsia homônima contralateral. 
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Decore essas alterações visuais! 
 Lesão do nervo óptico: Amaurose ipsilateral. Lesões parciais produzem escotomas 
monoculares. 
 Lesão do quiasma óptico: Hemianopsia(não encherga na periferia) heterônima bitemporal. 
 Lesão da metade lateral do quiasma óptico: Hemianopsia nasal do olho direito/esquerdo. 
 Lesão do trato óptico, do corpo geniculado lateral, das radiações ópticas (completa) e do córtex 
visual primário: Hemianopsia homônima contralateral. 
 Lesão do córtex visual secundário: Agnosia visual (ele encherga o objeto mas não sabe 
identificar pela visão) e/ou cegueira verbal (alexia). 
 Lesão parcial nas radiações ópticas: Quadrantopsia homônima superior/inferior e 
esquerda/direita 
 
Musculatura Extrínseca Ocular 
 
Músculo Função Inervação 
Reto medial Adução III 
Reto superior Elevação III - inciclodução 
Reto inferior Abaixamento III - exciclodução 
Oblíquo inferior Elevação III - exiclodução 
Oblíquo superior Abaixamento IV 
Reto lateral Abdução VI 
 
MEMORIZE: OS 4 RELA 6 e o resto pelo 3. PODE COBRAR 
EXTRINSECA: OS: (4N.) OBLIQUO SUPERIOR, (4N) RETO LATERAL (6), O RESTO É O TERCEIRO PAR! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. Paralisia Facial 
 
Nervo facial 
-Fibras motoras: motricidade da musc. facial 
-Fibras aferentes (sensibilidade): gustação dos 2/3 anteriores da língua. 
-Fibras eferentes parassimpáticas para glândulas salivares e lacrimais. 
 
Paralisia facial central 
• Lesão no Trato córtico-nuclear 
• Paralisia do andar inferior da hemiface 
contralateral 
• A metade superior de uma hemiface recebe 
aferências corticais ipso e contralaterais. 
 
Quando há paralisia facial periférica a direita o 
desvio da rima labial será para que lado? 
•Lado esquerdo, ou seja, contralateral a lesão. 
 
Quando há paralisia facial central a direita o desvio 
da rima labial será para que lado? 
•Lado direito, ou seja, ipsilateral a lesão. 
Paralisia facial periférica 
•Lesão no n. VII 
•Paralisia da hemiface ipsilateral 
•Déficit na gustação dos 2/3 ant. da língua 
•Déficit na secreção lacrimal 
 
O professor pergunta pra qual 
lado a minha rima vai desviar! 
PRESTAR ATENÇÃO! 
PERIFÉRICA: CONTRALATERAL 
CENTRAL: IPSILATERAL 
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9. Distúrbios da comunicação verbal 
 
Distúrbio da linguagem verbal. Pode ser tanto de expressão quanto de compreensão, dependendo da 
lesão. 
Essas afasias são causadas por lesões no hemisfério dominante, exemplo, em um destro o hemisfério 
dominante é o esquerdo, nos canhotos pode ser direito ou esquerdo. No destro então se a lesão for no 
hemisfério dominante vou ter afasia, se for na mesma região mas no outro hemisfério não vou ter 
afasia. 
Linguagem verbal - capacidade de expressar idéias e sentimentos através de símbolos verbais e 
também de compreendê-los. 
Afasias-> são distúrbios da linguagem verbal 
- Causadas por lesões em áreas da linguagem no hemisfério dominante. O hemisfério esquerdo é 
dominante nos destros e em 50% dos canhotos 
Aqui não se incluem os distúrbios de aquisição de linguagem 
Áreas da fala: Broca e Werneck. A área de broca é motora e Werneck sensitiva. Na de broca o paciente 
vai ter dificuldade de expressar e na de Werneck de entender. Pode ter uma lesão das duas áreas. 
Afasia de expressão ou motora: Paciente vai ter dificuldade de expressar tanto escrita quanto falada, a 
leitura e compreensão normais, pode ler, mas não escreve, é comum hemiplegia direita, pois a maioria 
das pessoas tem o hemisfério dominante esquerdo, e a área de broca esta próxima a área motora. 
- Pobreza de expressão verbal 
- Comprometimento da escrita 
- Leitura e compreensão normal 
- Lesão da área de broca 
- É comum se associar a hemiplegia direita 
 Afasia sensorial ou de compreensão: Dificuldade de compreensão tanto verbal quanto escrita. Pode ser 
afasia global também, que acomete as 2 áreas. 
- Dificuldade na compreensão verbal(oral e escrita) 
- Trocas e supressões de fonemas e sílabas. 
- Lesão da área de Wernicke localizada no córtex auditivo de associação. 
 
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Afasia global 
 - Déficit importante da compreensão e expressão(mutismo). 
 - Lesões das áreas de broca e wernicke. 
Afasia nominal ou amnéstica: Pcte tem dificuldade de nomear os objetos, ele sabe o que é mais não 
sabe dar o nome as coisas. 
- Linguagem com pausas e circunlóquios 
- Lesões em diversas partes das regiões envolvidas na linguagem. 
Afasia de condução 
- Dificuldade na repetição das palavras falada a ele 
- Expressão e compreensão são normais 
- Lesão do fascículo arqueado que conecta a área de Wernicke à de Broca. 
10. Distúrbios da memória: 
Amnesia anterógrada (fixação): Geralmente por lesão no Hipocampo e amígdalas cerebrais. Causa 
comum: Alzheimer. Ocorre perda da memória a curto prazo, almoça e não lembra o que comeu, ou seja 
não lembra de acontecimentos a curto prazo, memoria recente. 
LEMBRAR DO FILME: COMO SE FOSSE A PRIMEIRA 
VEZ! 
E TAMBÉM A PERDA DE MEMÓRIA RECENTE DA DORI 
 
- Causas: Cirurgia para epilepsia; encefalite 
herpética, TCE, etc. 
- Lesões diencefálicas bilaterais em AVCs, 
encefalites, Síndrome de Korsakoff. 
- Síndromes demenciais 
Amnesia Retrógada: Ex: pcte teve TCE, ele vai esquecer de coisas que ocorreram antes do TCE. Minutos, 
horas ou até dias antes do TCE. No TCE pode ocorrer essas 2 amnesias, depende se houve ou não lesão 
do hipocampo. É A PESSOA QUE NÃO LEMBRA DO PASSADO! 
- Distúrbio da evocação, de período anterior ao evento mórbido. 
- Mais comum em traumatismo cranioencefálico. 
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12 pares de nervos Cranianos!!!???? DECORAR! 
 
 
 
 
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Semiologia Neurolo gica e Sí ndromes 
Neurolo gicas 
Para toda e qualquer Semiologia, é necessário uma boa anamnese, mas aqui vamos focar no exame 
físico do paciente neurológico! 
 
■ Os Principais sintomas neurológicos 
 
• Coma e as demências 
• Cefaléia, alterações do apetite 
• Paralisias, alts esfincterianas ou sexuais 
• Convulsões , miofasciculações 
• Alterações da sensibilidade (parestesias) 
• Vertigem / síncopes 
• Tremores e incoordenação 
Evolução das neuropatias 
• Curso temporal: 
o Súbito = vascular 
o Progressivo e simétrico = metabólica/degenerativa 
o Progressivo – processo expansivo (tumoral) 
o Localizado que generaliza = convulsão 
o Gradual lento com cefaléia = enxaqueca 
o Início rápido e intermitente = d. Desmielinizante 
o Se associados com febre e rigidez de nuca = infecção 
o Lentamente = doença degenerativas 
 
■ Rotinasequencial do exame neurológico: 
 
1) EXAME NEUROPISICOLÓGICO - Consciência e cognição 
2) EXAME DO EQUILÍBRIO E MARCHA - marcha e fala 
3) EXAME DA MOTRICIDADE - Sistema motor 
4) EXAME DA SENSIBILIDADE - Sensibilidade superficial (tátil, térmica e dolorosa) E Sensibilidade 
profunda, irritação meníngea. 
5) EXAME DAS FUNÇÕES NEUROVEGETATIVAS - A coordenação estática e dinâmica 
6) EXAME DOS 12 NERVOS CRANIANOS - nervos cranianos 
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1) EXAME NEUROPSICOLÓGICO 
 
Para a prova: 
No ambulatório a primeira coisa que avaliamos, em relação ao Cognitivo é através do MINI-MENTUM, o 
mini exame do estado mental. – 30 PONTOS! 
 
AVALIAR: 
Nível de consciência, espaço, 
tempo, memória... Ele não cobra 
em prova normalmente, mas é 
bom ter um conhecimento! 
 
 
 
-> LINGUAGEM AVALIA AS 
AFASIAS! 
 
 
 
 
 
Avaliar equilíbrio e marcha 
Marcha e Fala: 
Marchas: 
• Tabética 
• Miopática 
• Cerebelar 
• Claudicante 
• Espástica 
• Parética 
• Passos miúdos (Parkinson, Atrofia cerebral) 
Fala 
• Voz (disfonias) 
• Laringites, paralisias das cordas vocais, câncer 
• Palavra (disartrias, dislalias) 
• Paralisia, paresia e ataxia dos músculos; 
• Linguagem (disfasias ou afasias) 
• Acometimento dos centros de linguagem; 
 
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A título de conhecimento: não cai na prova! 
Normal, Obnubilado, Torporoso 
Coma (superficial ou profundo), para o 
paciente em coma é usado o glascow, mas 
vamos avaliar mais outras alterações no 
ambulatório de neuro! 
 
Devemos sempre examinar: 
• Consciência 
• Postura 
• Pulilas 
• Padrão respiratório 
• Movimentos oculares 
 
Nível de consciência 
 
 Confusão - respostas inapropriadas; 
diminuição daatenção e memória 
 Letargia - sonolência marcada; respostas 
adequadas quando acordado 
 Delírio - confusão com percepção 
inadequada e diminuição da atenção; 
ansiedade marcada com hiperactividade 
motora e sensitiva 
 Estupor - despertável por curtos períodos 
a estímulos verbais, visuais ou dolorosos; 
respostas motoras simples e lentas 
 Coma - não despertável; descerebração a 
estímulos dolorosos 
 
2) EXAME FÍSICO DA MOTRICIDADE 
 
É importante e você deve saber! 
 
–Membros inferiores 
•Movimentos espontâneos e contra resistência 
do examinador. 
• Mingazini- déficit motor de MMII 
•Classificar a força de 0 a V ATENÇÃO! 
 
Sistema motor: Escala utilizada para 
registro da força muscular: 
• Observa-se movimento: 
 
0 – nunca resistência 
1 – apenas esboço resistência 
2 – a favor da gravidade resistência 
3 – ativo contra gravidade 
4 – ativo contra resistência 
5 - força normal 
 
 
 
G 
L 
A 
S 
G 
O 
W 
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1 
MINGAZINI: O paciente é posto em D.D, com as coxas e as pernas fletidas em 90º, então solicita ao 
mesmo que mantenha a posição por 2 min. O teste será positivo se o paciente não conseguir manter a 
posição, cair ou oscilar. Na perna o déficit é do quadríceps e na coxa o déficit é do psoas. 
 
–Membros superiores 
•Movimentos espontâneos e em oponência de força 
•Observar lentificação de movimentos finos 
•Manobra de Grasset- avaliar déficit motor dos MMSS 
•Classificar a força de 0 a V 
 
GRASSET: O paciente levanta os braços e deve manter suspenso por dois minutos! 
 
AS MANOBRAS DE MINGAZINI E GRASSET 
AVALIAM PATOLOGIAS CENTRAIS. 
 
–Tronco e pescoço 
•Movimentos de flexão, extensão, 
lateralidade e rotação 
•Exame do tono muscular: Inspeção, 
palpação e movimentação passiva. 
 
- Sistema motor: 
• Tônus e força muscular (de cada região) 
• Diferenciar : 
• Hipertonia X Rigidez X Hipotonias 
 
LESÃO Tono Reflexos Trofismo Outros 
SÍNDROME PERIFÉRICA 
Motoneurônio 
 
 ↓ 
Membro Flácido 
(membro mole) 
Diminuídos 
Ausentes 
Amiotrofia Fasciculações 
Em lesões de 
Motoneurônios 
SÍNDROME PIRAMIDAL 
Neurônio Superior 
 ↑ 
Membro Espástico 
(membro rígido) 
Hiperreflexia 
Aumentados 
*devido ao fenômeno 
LIBERAÇÃO PIRAMIDAL 
Normal ou pouco 
Afetados 
S. Babinski 
Cutâneo- 
Abdominal 
Abolidos 
 
Avaliação dos Reflexos: (PROVA) 
• A Avaliação Dos Reflexos Profundos: 
• Arreflexia, Quando Vc Tem Ausência Completa Do Reflexo. 
• Hiporreflexia, Quando Tem Diminuição Do Reflexo. 
• Normorreflexia, Quando Está Normal. 
• E Hiperreflexia, Quando Está Aumentado. 
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2 
 Clinicamente usamos a seguinte classificação: ausente, hipoativo ou diminuído, presente (quando 
está normal), vivo (quando vc obtém um reflexo com facilidade, não é patológico, é igual dos dois lados), 
hiperativo ou exaltado (quando é patológico). Vc vai escrever: reflexo patelar – ausente a direita e 
presente a esquerda ou reflexo patelar esquerdo diminuído. 
Testar os reflexos profundos. 
Cada reflexo é mediado por uma raiz ou por algum nervo. As raízes vão formar os nervos. Então, vc pode 
ter alteração no reflexo por lesão nas raízes nervosas ou por lesão do nervo. Por exemplo: 
- Reflexo Aquileus: L5 a S2 - N. tibial 
-Patelares: L2 a L4 -N. femoral. As raízes de L2 a L4 vão formar o nervo femoral. Vc pode ter lesão da 
raiz mais proximal ou lesão mais distal pegando o nervo femoral. 
- Adutores da coxa: L2 a L4 -N.obturador 
- Flexores dos dedos: C8 a T1 -N.mediano e ulnar 
-Estilorradiais: C5 - C6 -N.radial 
-Biciptais: C5-C6 - N.músculo-cutâneo 
-Triciptais: C7-C8 - N. radial 
Quando é q um reflexo está exaltado? 
Quando tem essas características: 
- Aumento da área – então, o local onde vc consegue o reflexo (no tendão), se vc obter o mesmo 
reflexo percutindo outra área próxima, por exemplo, o osso da tíbia e obter o reflexo é pq está 
tendo aumento da área. O fuso está tão sensível q a condução vai pelo osso. Vc percute a tíbia e 
o estímulo vai chegar no tendão e gerar o reflexo. Nesse caso com o aumento da área vc tem 
um reflexo exaltado. 
- Reflexos policinéticos – qdo vc percute o tendão, vc tem um movimento só. Se tiver exaltado, 
vc pode ter vários movimentos antes de relaxar. Vc percute, por exemplo, o tendão e vai ter 
vários movimentos e depois relaxa. 
- Clonos- nada mais é qdo vc faz o movimento de estirar o tendão bruscamente, por exemplo, vc 
faz uma dorso-flexão rápida do pé, vc está estirando o tendão Aquileu. Então, essa dorso-flexão 
rápida vai estirar o tendão Aquileu e vai funcionar como se vc estivesse percutindo ele. Então, se 
tiver exaltado, ele vai fazer uma flexão plantar. 
O clonos pode ser esgotável e inesgotável. Quando vc segura o pé, as vezes, ele faz uns 3 movimentos e 
para. A gente chama de esgotável. Ou inesgotável, qdo vc segura e ele continua, não para. O 
inesgotável, é patológico. O esgotável, pode ser fisiológico, pp se for simétrico. 
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3 
Se vc tiver um clonos esgotável de um lado e do outro não tiver nada, pode ser uma síndrome piramidal 
leve. Então, tudo vc tem q comprar um lado com o outro. 
Exame dos reflexos superficiais. 
É o cutâneo-plantar e o cutâneo-abdominal. 
- São reflexos polissinápticos, pq depende da integração de vários nervos. Por isso q qdo vc tem o 
reflexo cutâneo-abdominal abolido é pqvc tem lesão do sistema piramidal. Então, na sd piramidal vc vai 
ter reflexo exaltado, clonos, babinsky presente e cutâneo-abdominal abolido, pq esse reflexo precisa do 
trato piramidal. Ele não é aquele arco reflexo simples como os outros q vão na medula e voltam. Ele 
precisa de integração superior pra poder acontecer. 
- cutâneo abdominal quando se faz o estimulo o reflexo vem para o mesmo lado 
Descreva os sintomas: 
- Localização: Central ou periférica 
- Proximal X distal X dimidiada X Paraparesia 
- Fisiopatologia: 
- Substância cinzenta – distúrbios cognitivos e do 
movimento com convulsões 
- Substância branca – alterações motoras – 
sensitivas – visuais e cerebelares 
- Sintomas associados: 
- Vômitos X convulsão X febre X consumo X 
anemia 
 
A função do sistema extrapiramidal 
• As síndromes extrapiramidais: 
• Fácies e atitude parkinsonianas 
• Tremores, acinesias, bradipsiquismo 
• Movimentos anormais: 
• Coréias, Atetose (bilateral), 
Mioclonias 
• Sinal da Roda Dentada 
• A rigidez extrapiramidal 
 
4 - EXAME DE SENSIBILIDADES 
 
Sensibilidade superficial (tátil, térmica e dolorosa) 
• Superficial: 
• Tátil ( epicrítica e protopática ou fina) 
• Térmica e dolorosa 
 
Sensibilidade profunda 
Noção de posição segmentar (artrocinética) 
 Vibratória (palestesia, 
 Pressão (barestesia) 
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1 
 Estereognosia (reconhecer objetos) 
 
 Devemos assinalar no exame da sensibilidade: 
o • Anormalidades com distribuição específica: 
 
– Dimidiada = lesão do tálamo 
– Com nível medular – traumatismo medular 
– Anormalidades em luva e bota daspolineuropatias 
– Anormalidades acometendo o dermátomo – compressão radicular 
– Dores neuropáticas – na síndrome ombro-mão 
 
Sinais de irritação meníngea – KERNIG, BRUDZINSKI E LASÉGUE 
 
 
 
5) NEUROVEGETATIVAS 
 
A coordenação estática e dinâmica 
 
 ESTÁTICA 
• (O sinal de Romberg fica positivo) 
• Visão, labirintopatias e os cordões 
posteriores da medula espinhal 
 
DINÂMICA 
• (Provas dedo/dedo, dedo/nariz, 
calcanhar joelho, as disdiadococinesias) 
• Ataxias de tronco X Ataxias 
periféricas 
 
 
 
 
 
 
 
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2 
6) OS NERVOS CRANIANOS 
 
I. Olfativo – Avaliar a capacidade de identificar cheiros 
II. Óptico III- N. oculomotor; IV- N. troclear; VI- N. abducente 
III. Oculomotor – Reflexo pupilar participa do reflexo foto motor**! E acomodação visual (4RELA6) 
IV. Troclear – É cursar com um objeto em direções e avaliar os nervos oculomotores (4RELA6) 
V. Trigêmio (oftálmico, maxilar e mandibular) – sensibilidade da face, músculos da mastigação, 
participa do reflexo corneano-palpebral, cobra também! Estímulo – quem leve a informação, 
mas é o fácil que fecha o olho! 
VI. Abducente - 
VII. Facial – paladas dos 2/3 ant da língua e mimica (avaliar paralisias) 
VIII. Vestíbulo-coclear – audição, equilíbrio e propriocepção TESTE DE WEBER (diapasão) no meio da 
testa, TESTE DE RINNE o diapasão do lado do ouvido, até parar de ouvir!! Ver alterações 
neurossensoriais: ... distúrbio de condução: ouve pelo ósseo! – PROVA!!! 
IX. Glossofaríngeo 
X. Vago 
XI. Espinhal 
XII. Hipoglosso 
 
Lembre-se da origem (MPB) 2 + 4 + 4 
Mesencéfalo, ponte e bulbo! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Hipertensa o Intracraniana 
Produção do LCR: 
 O LCR é produzido nos plexos coróides  Passa dos ventrículos para o espaço subaracnóideo 
através dos forames de luschka e magendie e desloca-se no sentido caudal e cranial  a absorção é 
realizada nas vilosidades aracnóideas. 
Obs.: Se tiver uma obstrução dos forames de luschka e magendie e o liquor não conseguir chegar nas 
vilosidades aracnoides vai aumentar a pressão e o paciente terá uma hidrocefalia. Como essa 
hidrocefalia ocorreu por uma obstrução ela é denominada de hidrocefalia não comunicante. Existe 
outro tipo de hidrocefalia, onde o problema está na reabsorção ou na produção do LCR, esta é 
denominada de hidrocefalia comunicante. 
Pressão Intracraniana: 
 Normal – 50mm a 200mm de água ou até 15mm mercúrio (tolerável até 20). A partir de 20 cm 
H2O (ou seja, de 15 mmHg) fala-se em hipertensão do LCR ou hipertensão intracraniana (HIC). 
Medidas (locais em que se pode medir a PIC): 
 Espaço subaracnoideo espinhal 
 Cisterna magna 
 Intraventricular 
 Sensores intracranianos (intra ou subdurais, subaracnóideos ou extradurais). 
Obs.: Camadas do crânio: Calota craniana, espaço epidural/extradural, dura-máter, espaço subdural, 
aracnóide, espaço subaracnóide, pia-máter. 
Circulação Sanguínea: 
 O encéfalo corresponde a 2% do peso corporal, mas consome de 20% a 22% do O2, e o fluxo 
sanguíneo corresponde a 15% do rendimento cardíaco. 
 FSE = PPE – RVE (Se  pressão  fluxo, Se  resistência ↓ fluxo) 
 PPE = PA (carótidas e vértebras) - P (nas veias jugulares) 
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 A pressão nas veias jugulares não muda, ela é constante (exceto em IC grave). Sendo assim na 
prática PPE = PA Sistêmica. 
 
 
 
 A primeira coisa que altera é a PA, se eu quiser mais fluxo eu aumento a PA, se eu quiser menos 
fluxo eu diminuo a PA. 
↑ PA ↑ FSE 
↑ RVE ↓ FSE 
Aumenta o CO2 – vasodilatação (↓RVE ↑FSE) 
 Aumenta o O2 – vasoconstrição (↑RVE ↓FSE) 
 
 Se eu faço vasoconstrição à resistência vascular encefálica (RVE) aumenta consequentemente o 
fluxo sanguíneo diminui, se eu faço vasodilatação a RVE diminui consequentemente o fluxo sanguíneo 
aumenta e piora o edema. Logo, um dos tratamentos para a HIC é a hiperventilação. Você 
hiperventilando o paciente vai ter uma queda do CO2 e um aumenta do O2, só que quem promove mais 
essa vasoconstricção é queda do CO2 e não o aumento do O2. 
 Edema cerebral ou outras causas de HIC  tratamento é com hiperventilação (diminui o fluxo 
sanguíneo encefálico e assim diminui um pouco a pressão). 
 
 
 
 
 
 
FSE - Fluxo Sanguíneo Encefálico 
PPE – Pressão de perfusão Encefálica 
RVE – Resistência Vascular Encefálica 
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Circulação do LÍQUOR – PODE CAIR EM QUESTÃO ABERTA PARA DESCREVER! 
LCR: 20 cm equivale a 200 mm 
Produção: plexos coroides dentro dos ventrículos 
Absorção: Vilosidades aracnóideas 
 
 
 
 
 
Relação Volume – Pressão 
 Complacência  capacidade do conteúdo intracraniano em adaptar-se ao aumento do volume em 
seu interior. 
 1º - Diminuição do LCR com diminuição do espaço subaracnóideo periencefálico e depois dos 
ventrículos. 
 2º - Diminuição do volume sanguíneo. 
 3º - Diminuição volume do parênquima por compressão e atrofia. 
 No gráfico temos a relação da PIC com 
o volume, digamos que o volume está 
aumentando devido um tumor. Incialmente 
ainda não temos um aumento disparado da PIC 
pq temos agindo nessa fase inicial a 
complacência. Contudo, à medida que o tumor 
vai aumentando essa complacência não 
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funciona mais e descompensa e assim a PIC aumenta rapidamente. 
 
Patologia da Hipertensão Intracraniana: 
 A HICpode levar às hérnias encefálicas (migrações e torções de estruturas para outros 
compartimentos intra ou extracraniano). 
1. Hernia supracalosa (acima do corpo caloso): 
 Herniação do giro do Cíngulo sob a borda livre da foice cerebral. Pode comprimir as artérias 
pericalosas e causar infartos. 
 
2. Hérnia transtentorial anterior ou uncal: 
 Herniação do uncus e porção medial do giro hipocampal através da incisura da tenda do 
cerebelo. 
 O uncos vai em direção ao tronco encefálico e vai comprimir o mesencéfalo e assim lesa o III 
nervo (oculomotor) a clínica será midríase e ptose palpebral. Se lesar o trato piramidal a clínica é 
hemiparesia contralateral (via piramidal do pedúnculo cerebral no mesencéfalo), pode acontecer de 
comprimir o pedúnculo cerebral do outro lado e assim a clínica irá cursar com hemiparesia 
ipsolateral. Por fim, pode comprimir a artéria cerebral posterior que irriga o córtex visual a clínica 
nesse caso é hemianopsia homônima contralateral. Pode evoluir para coma, descerebração e óbito 
por maior compressão e distorção do mesencéfalo. 
Clínica: Midríase (nIII), déficit da motricidade ocular e ptose palpebral, hemiparesia contralateral e 
lembrar da síndrome alternada, que acaba é fazendo a hiperreflexia! 
 
3. Hernia Transtentorial Central: 
 Deslocamento caudal do diencéfalo e da porção superior do mesencéfalo pelo buraco de 
Pacchioni (tenda do cerebelo). 
 Quando o diencéfalo desce ele traciona a hipófise contra o clivo causando necrose da hipófise 
(causa diabetes insipidus), também comprime o teto do mesencéfalo e o paciente pode ter paralisia 
do olhar vertical para cima. Causas: aumento da PIC e lesões situadas na linha mediana. 
Clínica: necrose hipofisária (devido à tração), diabetes insípidus, paralisia do olhar vertical para 
cima. 
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4. Hérnias Cerebelares: 
 Superior: Podem se dirigir para cima insinuando-se no buraco de Pacchioni. Comprime o 
mesencéfalo e aqueduto de Silvius levando a hidrocefalia não comunicante. 
 Inferior (tonsilar ou amgdaliana): mais freqüentemente para baixo através do forame magno. 
Tonsilar ou amigdaliana comprime o bulbo e o 4º ventrículo e leva a parada cardiorrespiratória 
súbita. 
 
Obs.: Contraindicado coleta de LCR em suspeita de HIC. Pode levar a herniação. Por exemplo, o paciente 
tem um tumor ou hematoma se você colher o liquor lombar vai diminuir a pressão e isso pode 
desencadear uma herniação. Toda HIC está contraindicado coleta de LCR? Não, 
Relação entre HIC e Fluxo Sanguíneo Encefálico: 
Essa mecanismo é muito importante, tem que saber! 
HIC  Vasoconrtrição  Aumento da RVE  Diminui o FSE  Anóxia Cerebral  Aumento do CO2  
Vasodilatação  Diminui a RVE  Aumenta o FSE  Agrava a HIC 
 Esse mecanismo compensatório que a principio é pra ser benéfico ele tem um limite. Como eu 
faço para quebrar esse ciclo? faço hiperventilaçao na fase que tem aumento do CO2. 
 
Manifestações Clínicas: 
1) Assintomática: ainda funcionam os mecanismos compensatórios/de adaptação. 
2) Comprometimento do FSE: Isquemia dos centros bulbares, surgem as ondas de platô, surgem sinais 
e sintomas de HIC com redução da freqüência cardíaca e aumento da PA. 
3) Falência dos mecanismos vasopressóricos: ocorre vasodilatação encefálica com aumento do fluxo 
sanguíneo e da PIC. Os sinais se intensificam com comprometimento da consciência, alteração da 
PA, FC e ritmo respiratório. Ainda é reversível! 
4) PA CAI: Ritmo respiratório e batimentos cardíacos irregulares. Surge o coma, pupilas midriáticas e 
paraliticas. Morte por parada cardiorrespiratória. 
 
Clínica: 
 Sinais e sintomas  gerais por aumento da PIC e compressão e torção das estruturas 
encefálicas. 
Cefaléia: 
 Generalizada ou localizada 
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 Caráter progressivo 
 Mais intenso à noite 
 1º sintoma em 20% e ocorre em 70% no curso da doença. 
Vômitos: 
 Queixa inicial em 10% dos pacientes e ocorre em 70% no curso da doença 
 Mais pela manhã ao despertar 
 Vômitos com ou sem náuseas. O vômito em jato (sem náuseas) ocorre em 20% dos que tem 
vômitos. 
Edema de Papila (FUNDO OLHO): 
 Sinal mais característico da HIC 
 A presença do pulso venoso afasta a possibilidade de HIC, sua ausência não confirma. 
 Embaçamento visual 
 Cegueiras transitórias sugerem cegueira iminente 
Alterações da Personalidade e do Nível de Consciência: 
 20% das manifestações iniciais da HIC 
 Fatigabilidade, apatia, irritabilidade, desatenção, instabilidade emocional. 
 Sonolência, diminuição do nível de consciência e coma. 
Crises Convulsivas: 
 Crises generalizadas são manifestações iniciais em 15% dos que tem tumores intracranianos e 
ocorrem em 30% no curso da doença. 
Tonturas: 
 Subjetiva de caráter não rotatório. 
 Resultam de edema do labirinto. 
Macrocefalia: 
 Em crianças com suturas ainda não soldadas. 
 Som de pote rachado obtido à percussão do crânio. 
 
Alterações da PA, respiração e FC: 
 Aumento da PA junto com as ondas de platô. 
 Bradicardia e alterações do ritmo respiratório. 
 Tardiamente pode haver diminuição da PA e parada cardiorrespiratória. 
 
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Sinais Focais: 
 Lesão de par craniano: o par craniano mais comumente lesado é o VI par (abducente - 75%), pois 
ele tem um maior trajeto dentro do crânio. O segundo é III par (oculomotoe – 20%) e o terceiro é o 
IV par (troclear – 5%). O MAIS IMPORTANTE É LEMBRAR DISSO, DAS PARALISIAS DE NERVOS 
CRANIANOS! 
A TC é o exame ideal para pacientes com HIC aguda! 
 
Tratamento: 
 Redução do volume de LCR 
Punção lombar  HSA, meningite e hidrocefalias comunicantes, pseudotumor cerebral 
(SOMENTE PUNÇAO AQUI). 
Obs.: se tiver lesão focal é contraindicado fazer punção lombar. 
Derivação intra ou extracraniana. 
 Redução do Volume Sanguíneo Encefálico 
Hiperventilação 
 Redução do Edema Cerebral 
 Soluções hipertônicas: Manitol a 20% (mais usado)  infusão EV rápida na dose de 1,5 a 2 g/kg. 
Efeito por 4 horas. Indicado em todas as causas de HIC. 
 Corticóides: 
 Atua na permeabilidade vascular e reduz a produção de LCR. Só usar quando tiver 
inflamação/infecção ou neoplasia. Em TCE é contraindicado o uso de corticoide(?). Neoplasias e 
inflamações. 
 Hiportermia 
 Induzir Coma com Barbitúrico: 
 O barbitúrico vai diminuir a PIC e vai diminuir o metabolismo encefálico. Então, se vc diminui o 
metabolismo, vc diminui a demanda de O2, diminui o sofrimento neuronal e vc vai preservar esses 
neurônios, além de diminuir inicialmente a PIC. 
 
 Cirurgia Descompressivas: 
1. Craniectomias descompressivas Externa: Por exemplo, vc pode retirar uma retirar uma parte da 
calota craniana pra ver se diminui a PIC, depois vc reconstrói. 
2. Cirurgia descompressiva Interna: Retira a lesão que está causando efeito de massa como o 
tumor, hematoma.

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